AVALIAÇÃO DE RISCO CARDIOVASCULAR SEGUNDO O …grupos de risco e classificados segundo o Escore de...

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UniSALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Enfermagem IGOR DE CARVALHO BEZERRA JENIFFER CAPUTTI MARTINS JOÃO MARCOS ZONETTI BORGES AVALIAÇÃO DE RISCO CARDIOVASCULAR SEGUNDO O ESCORE DE FRAMINGHAM DE PACIENTES DIABÉTICOS E HIPERTENSOS ASSISTIDOS PELA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA LINS - SP 2018

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UniSALESIANO

Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

Curso de Enfermagem

IGOR DE CARVALHO BEZERRA

JENIFFER CAPUTTI MARTINS

JOÃO MARCOS ZONETTI BORGES

AVALIAÇÃO DE RISCO CARDIOVASCULAR SEGUNDO O ESCORE

DE FRAMINGHAM DE PACIENTES DIABÉTICOS E HIPERTENSOS

ASSISTIDOS PELA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA

LINS - SP

2018

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IGOR DE CARVALHO BEZERRA

JENIFFER CAPUTTI MARTINS

JOÃO MARCOS ZONETTI BORGES

AVALIAÇÃO DE RISCO CARDIOVASCULAR SEGUNDO O ESCORE DE FRAMINGHAM DE PACIENTES DIABÉTICOS E HIPERTENSOS ASSISTIDOS

PELA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA

LINS - SP

2018

Trabalho de conclusão de curso apresentado a Banca examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium. Curso de Enfermagem sob a orientação do Prof° Me. Paulo Fernando Barcelos Borges e Profª. Ma. Jovira Maria Sarraceni.

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Bezerra, Igor de Carvalho; Martins, Jeniffer Caputti; Borges, João Marcos Zonetti

Avaliação de risco cardiovascular segundo o Escore de Framingham de pacientes diabéticos e hipertensos assistidos pela estratégia Saúde da Família / Igor de Carvalho Bezerra; Jeniffer Caputti Martins; João Marcos Zonetti Borges. – – Lins, 2018.

59 p. il. 31cm. Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano

Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em Enfermagem, 2018.

Orientadores: Paulo Fernando Barcelos Borges; Jovira Maria Sarraceni

1. Escore de Framingham. 2. Diabéticos e hipertensos. 3. Estratégia saúde da família. I. Título.

CDU 616-083

B469e

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IGOR DE CARVALHO BEZERRA

JENIFFER CAPUTTI MARTINS

JOÃO MARCOS ZONETTI BORGES

AVALIAÇÃO DE RISCO CARDIOVASCULAR SEGUNDO O ESCORE DE

FRAMINGHAM DE PACIENTES DIABÉTICOS E HIPERTENSOS ASSISTIDOS

PELA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, para

obtenção do título de Bacharel em Enfermagem.

Aprovada em: 12/12/2018

Banca Examinadora:

Prof. Orientador: Me. Paulo Fernando Barcelos Borges

Titulação: Mestre em Enfermagem pela Universidade Estadual Paulista - UNESP

Botucatu.

Assinatura: ______________________________

1° Prof.: Me. Francisco de Assis Andrade

Titulação: Mestre em Ciências dos Materiais pela UNESP.

Assinatura: ______________________________

2° Prof (a): Ma. Helena Ayako Mukai

Titulação: Mestre em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina de Rio Preto,

FAMERP, São José de Rio Preto-SP.

Assinatura: ______________________________

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RESUMO

Doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) têm sido observadas e determinadas por diversos fatores que envolvem mudanças nos hábitos da população. O atual contexto de saúde da população fez com que o Ministério da Saúde junto a outras entidades lançassem uma campanha de prevenção para redução das taxas dessas doenças, além de classificar as DCNT e propor as unidades de saúde principalmente de atenção primaria o melhor caminho de enfrentamento. Partindo dessa premissa realizou-se uma pesquisa de campo de caráter transversal, observacional de abordagem quantitativa, que avaliou e classificou hipertensos e diabéticos segundo o escore de risco de Framingham. Objetivou-se compreender os riscos para doenças cardiovasculares entre os grupos de hipertensos e diabéticos, os dados se basearam de prontuários físicos e eletrônicos, que demonstraram maior participação por parte do sexo feminino, com variação da idade entre 30 a 74 anos. Além disso, a pesquisa possibilitou identificar a subnotificação dos dados de saúde em relação aos homens. Nota-se também que o mesmo está distante da participação da unidade. Frente a estas comprovações, ressalta-se o papel da unidade de saúde, que busque esse público para mais próximo criando vínculos e fortalecendo os já existentes que os faz mais participativos nos processos de saúde e orientar sobre a importância que o mesmo tem ao ser inserido. A elaboração de planejamento estratégico, com ações direcionadas às áreas de maior risco além de mapeamento, que possibilite o monitoramento e construção de novas ações neste âmbito.

Palavras–chave: Escore de Framingham. Diabéticos e hipertensos. Estratégia saúde da família.

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ABSTRACT

Chronic noncommunicable diseases (CNCD) have been observed and determined by several factors that involve changes in the habits of the population. The current health context of the population has caused the Ministry of Health along with other entities to launch a prevention campaign to reduce the rates of these diseases, in addition to classifying the CNCD and to propose the health units, mainly primary care, the best way of coping . Based on this premise, a descriptive, descriptive, quantitative-based field study was conducted that stratified and classified hypertensive and diabetic individuals according to the Framingham risk score. The objective was to understand the risks for cardiovascular diseases among the hypertensive and diabetic groups, the data were based on physical and electronic medical records, which showed a greater participation by the female sex, with a variation in age between 30 and 74 years. In addition, the research made it possible to identify the underreporting of health data in relation to men, it is also noted that it is far from the participation of the unit. Faced with these findings, the role of the health unit is highlighted, which seeks this public closer to creating links and strengthening existing ones that make them more participatory in health processes and guide the importance that it has when inserted . The elaboration of strategic planning, with actions directed to the areas of greater risk besides mapping, that allows the monitoring and construction of new actions in this scope.

Key words: Framingham score. Diabetics and hypertensives. Family health strategy.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: indica a amostra de pacientes diabéticos e hipertensos numa USF em

2018............................................................................................................................28

Tabela 2: indica o número de participantes conforme idade em anos, numa USF em

2018............................................................................................................................28

Tabela 3: Estratos de risco cardiovasculares de Framingham – geral ...................... 29

Tabela 4: indica os estratos de risco pelo escore de Framingham determinados

pelo sexo, numa USF em 2018.................................................................................. 30

Tabela 5: Participantes conforme idade, sexo e escore de risco conforme

Framingham .............................................................................................................. 30

Tabela 6: Estrato de participantes e valores de colesterol – LDL.............................. 31

Tabela 7: Estrato de participantes para valores de colesterol – HDL ........................ 32

Tabela 8: Estrato de risco segundo escore de Framingham para tabagistas ............ 33

Tabela 9: Estrato de risco segundo escore de Framingham em diabéticos .............. 34

Tabela 10: Estrato dos níveis pressóricos dos participantes ..................................... 35

Tabela 11: Comparação dos níveis do escore de risco de Framingham em pacientes

com doença cardiovascular anterior .......................................................................... 36

Tabela 12: Estratificação de risco conforme escore de Framingham por microárea . 36

LISTA DE ABREVIATURAS

ACS – Agentes Comunitários de Saúde

APS – Atenção Primaria a Saúde

AVC – Acidente Vascular Cerebral

DCNT – Doenças Crônicas Não Transmissíveis

DCV – Doenças Cardiovasculares

DM – Diabetes Mellitus

ERF – Escore de Risco de Framingham

ESF – Estratégia da Saúde da Família

HAS – Hipertensão Arterial Sistêmica

IAM – Infarto Agudo do Miocárdio

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica

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PA – Pressão Arterial

SUS – Sistema Único de Saúde

TCLE – Termo de Consentimento Livre e Esclarecid

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 10

CAPITULO I: O PERFIL DE PESSOAS PORTADORAS DE HIPERTESÃO E

DIABETES: CONTEXTUALIZANDO FATORES DE RISCO E CONDIÇÕES

SOCIODEMOGRAFICAS ......................................................................................... 13

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 13

1.1 As mudanças sociodemográficas e suas consequências na qualidade de vida .. 13

1.2 Doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) ..................................................... 14

1.3 Hipertensão arterial sistêmica .............................................................................. 17

1.4 Fatores de risco ................................................................................................... 18

1.5 Complicações Potenciais .................................................................................... 19

1.6 Diabetes mellitus ................................................................................................. 20

1.7 Fatores de riscos ................................................................................................ 21

1.8 Complicações potenciais ..................................................................................... 22

CAPITULO II – MÉTODOS E TÉCNICAS ................................................................ 23

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 23

1.1 Métodos .............................................................................................................. 23

1.2 Suposição e objetivos da pesquisa .................................................................... 24

1.3 Instrumento de coleta ........................................................................................ 24

1.3.1 Escore de Risco de Framingham .................................................................... 24

1.4 Locais de coleta de dados ................................................................................. 26

1.5 População de estudo ......................................................................................... 26

1.5.1 Critérios de inclusão .................................................................................... 26

1.6 Análise dos dados .............................................................................................. 27

CAPITULO III – RESULTADOS E DISCUSSÃO ...................................................... 28

1 Resultados e Discussão ......................................................................................... 28

1.1 Considerações finais ........................................................................................... 37

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO ............................................................................. 38

CONCLUSÃO ........................................................................................................... 39

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 40

APÊNDICES ............................................................................................................. 47

ANEXOS ................................................................................................................... 59

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INTRODUÇÃO

A unidade de atenção primaria à saúde, é um modelo assistencial destinado a

reorientar a pratica de saúde no Brasil, tendo como enfoque principal a prevenção e

promoção de saúde, sendo uma das portas de entrada preferencial do usuário no

sistema de saúde.

A atenção primária leva em consideração as especificidades das pessoas e

sua condição sociocultural, que tem por objetivo promover atenção integral, inserir

ações de vigilância em saúde, que estabelece processo continuo e sistemático de

coleta, estabilização, estudo e divulgação de dados sobre eventualidades

associadas à saúde, dessa forma o planejamento e implementação de ações que

promovam politicas de saúde para a proteção do bem estar dos usuários, a

prevenção e controle de fatores de riscos, agravos e doenças, além de promoção de

saúde (BRASIL, 2011).

As pesquisas são de grande valor para ciência e sociedade, que contribuem

pra melhorar a qualidade de vida das pessoas ou comunidade, ela busca explicar ou

justificar algumas questões já estabelecidas, por isso se faz necessário uma carga

de conhecimento ao que se busca, sendo apoiados pelos recursos humanos,

materiais e financeiros, de forma sistematizada e bem planejada (GERHARDT,

A rede de assistência do Sistema Único de Saúde (SUS) é composta de

princípios e valores de atenção básica que são universalidade, equidade no acesso,

continuidade, integralidade, autonomia do paciente, humanização, vínculo,

responsabilização, participação e controle social pela comunidade além de

qualidade, resolutividade e adaptação sociocultural. Dando ênfase à integralidade

essencial para a assistência primaria à saúde que propõe um equilíbrio de ações

para prevenir, tratar, reabilitar e promover saúde com abordagem conjunta dos

aspectos fisiológicos, patológicos, psicoemocionais, familiares e sociais do usuário,

desta forma a equidade se completa, pois não pode haver preferencia no acesso ao

atendimento que não sejam as adscritas pelo risco ou vulnerabilidade. Portanto

deve-se adaptar ao nível e características culturais dos usuários e membros da

comunidade e família, buscando entender suas origens, faixa etária, escolaridade,

religião, crenças e atividades de trabalho, etc. além de compreender a dinâmica

familiar (quem lidera, ensina, influencia, forma opinião sobre os demais) e como

estratégia de ação focar em quem lidera (OLIVEIRA et al., 2016).

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2009).

Portanto cabe a atenção primária se empenhar em identificar determinantes

que se relacionam ao processo de saúde doença de seus usuários, através dos

estudos epidemiológicos. Esse trabalho contribuiu para que a unidade tenha um

conhecimento sobre a população assistida de sua área de abrangência. Teve como

objetivo geral estratificar os riscos de doenças cardiovasculares em hipertensos e

diabéticos pertencentes a essa unidade, especificando o objetivo buscou-se

comparar os riscos cardiovasculares identificados entre os mesmos grupos, segundo

área, faixa etária, sexo e atuação profissional.

Os dados foram baseados segundo informações contidas nos prontuários dos

grupos de risco e classificados segundo o Escore de risco de Framingham, que

determinou o grau de risco para a amostra estudada classificando-os em baixo,

moderado e alto risco.

A partir dos objetivos delimitados e mencionados, surgiu o seguinte

questionamento: como se configura o perfil de risco cardiovascular de pacientes

hipertensos e diabéticos assistidos por uma equipe de estratégia saúde da família?

Para responder a questão acima foi apontado como hipótese: Que o território

apresenta alta prevalência de risco cardiovascular desconhecidos pela ESF tendo

em vista a não realização de estratificação utilizando o Escore de Framingham o que

pode fortalecer práticas de promoção da saúde e prevenção de agravos.

Portanto os resultados buscou subsidiar a atuação da unidade no

enfrentamento das doenças crônicas na atenção primária, mais especificamente

com relação às doenças cardiovasculares, de modo que os usuários possa receber

um cuidado mais individualizado, gerando por consequência, melhor qualidade de

vida, menores índices de internações hospitalares e gastos ao sistema de saúde.

Trata-se de um estudo transversal observacional, com enfoque quantitativo.

Onde foi utilizado e adaptado como instrumento para coleta de dados o escore de

risco de framingham. Os participantes só foram inclusos na pesquisa, após a

aceitação do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) que foi entregue a

todos os potenciais participantes.

Este trabalho está organizado em três capítulos. No primeiro encontra-se todo

referencial teórico para o desenvolvimento do mesmo. No segundo, encontra-se a

metodologia utilizada para a realização da pesquisa, com a descrição do tipo de

pesquisa, instrumento de coleta de dados, locais de estudo e, recrutamento da

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população de estudo. No terceiro, é apresentado os resultados com as devidas

discussões da pesquisa que foi realizada na Estratégia Saúde da Família (ESF) num

município do interior paulista.

Os resultados deste estudo confirmara a hipótese, considerando que existem

fatores de risco alarmantes neste território.

Neste sentido, propõe-se a elaboração de um planejamento estratégico, com

ações direcionadas as áreas de maior risco.

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CAPÍTULO I

O PERFIL DE PESSOAS PORTADORAS DE HIPERTESÃO E DIABETES:

CONTEXTUALIZANDO FATORES DE RISCO E CONDIÇÕES

SOCIODEMOGRAFICAS.

1 INTRODUÇÃO

O Sistema Único de Saúde (SUS) conta hoje com tecnologias e métodos que

garantem o acesso a saúde da população. Neste contexto, a atenção primária

destaca-se pela importância no âmbito do acesso, resolutividade e garantia dos

princípios, fornecendo autonomia e assistência humanizada aos usuários

(BRASIL, 2012).

Cabe às redes básicas de saúde se organizar e propor a melhor assistência

no contexto em que se está inserida, usufruindo das capacidades estruturais e

organizacionais disponíveis (BRASIL, 2012).

Reconhecer as especificidades da população é um desafio e por isso deve-

se pensar em estratégias que garantam o objetivo desta complexidade assistencial

que pauta-se na estratificação de risco, prevenção promoção a saúde. Com isso, é

possível identificar indivíduos e grupos de riscos além de entender seus fatores

condicionantes. Portanto saber a demanda da unidade de saúde, norteia os

cuidados e garante intervenções individualizadas e preventivas, o que reflete

diretamente em seu planejamento. O produto final do processo sempre será o

sistema de saúde mais holístico e humano no atendimento das necessidades

coletivas, individuais e de grupos de risco, garantindo a integralidade e autonomia

(CAVALCANTI, NETO, SOUZA, 2015).

Neste capitulo será discutido as mudanças que a sociedade vem passando e

junto dessa transição os impactos ambientais, socioculturais e de saúde, que

justifica e se associa as Doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) e sua alta e

crescente prevalência e os impactos na saúde publica.

1.1 As mudanças sociodemograficas e suas consequências na qualidade de vida.

O processo de mudanças das características sociodemográficas,

comportamentais e de saúde de uma sociedade é uma realidade mundial. O

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aumento de expectativa de vida se associa a interação dinâmica das taxas de

nascimento e de óbitos, de associação e aperfeiçoamento técnico-científico e

melhoria da qualidade de vida e das condições de saneamento básico.

Segundo Tavares et. al. (2013) essas mudanças são acompanhadas por

alterações nos fatores de morbimortalidade onde é percebido o aumento da

ocorrência das doenças crônicas, entretanto a subnotificação em alguns grupos da

sociedade dessas doenças não são perceptíveis, devido à pobreza, isolamento

social, baixa escolaridade, condições precárias de moradia, limitação ou acesso a

transporte, recursos sociais e de instituições de saúde.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2009 acrescentou

que o Brasil vem demonstrando um novo padrão demográfico caracterizado pela

redução do crescimento populacional e modificações significativas na composição

de faixa etária, significando um aumento da população idosa e consequências a

alteração do perfil epidemiológico da população que refletem nos indicadores de

morbimortalidade de saúde. Por mais que alguns cenários demonstram

perspectiva de qualidade de vida para a população e que se assemelham a dos

países desenvolvidos ainda não é percebido uma infraestrutura de serviços que

supra a demanda dessas transições demográficas.

Junto dessa transição é notório destacar as crescentes taxas de doenças

crônicas no país. Veras e Parahyba (2007) em sua pesquisa apresenta que

indivíduos de 0 a 14 anos representavam 9,3% de doenças crônicas, analisando o

perfil de idosos representaram 75,5% dessa mesma condição, sendo 69,3% entre

homens e 89,2% entre as mulheres.

Tendo em visto o atual contexto de saúde da população o Ministério da

Saúde junto a outras entidades lançaram uma campanha de prevenção para

redução das taxas dessas doenças, além classificar as DNCT e propor as

unidades de saúde principalmente de atenção primaria o melhor caminho de

enfrentamento.

1.2 Doenças crônicas não transmissíveis (DCNT)

As DCNT têm sido observadas e determinadas por diversos fatores que

envolvem mudanças nos hábitos da população.

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O Ministério da Saúde (2011) reconhece que as principais DCNT que se

prevalecem são as doenças cardiovasculares, doenças respiratórias crônicas,

diabetes mellitus e neoplasias. Os fatores que se associam em cada portador

estão relacionados tanto no âmbito coletivo quanto nas praticas individuais, que

são caracterizadas por pouca prática de atividade física, má alimentação, uso

prejudicial de álcool, uso indiscriminado de tabaco, entre outros, que resultam

diretamente no aumento de risco de sobrepeso e obesidade, somados a elevada

prevalência de hipertensão arterial e dislipidemias sendo de grande impacto

econômico para a sociedade em geral.

Em 2011 o Ministério da Saúde se empenhou em conjunto com outras

entidades a elaboração de planos estratégicos para deter os fatores relacionados

a essas doenças por um período de 10 anos sendo 2022 sua conclusão no intuito

de avaliar essa proposta. Para tanto, foram implementadas políticas públicas, com

destaque ao setor de Organização da Vigilância de DCNT com o objetivo de

conhecer a distribuição, a proporção e as tendências de doenças crônicas,

agravos e seus fatores de risco, definindo ações de promoção a saúde, priorizando

ações de alimentação saudável, atividade física, prevenção do uso do tabaco e

álcool. (BRASIL, 2011)

Até o presente levantamento de dados, as DCNT tem sido causa de

mortalidade em 72% de seus portadores, sendo as camadas pobres, idosos e os

de baixa escolaridade, renda e vulneráveis mais atingidos (BRASIL, 2011).

Segundo Schmldt et al. (2011) a taxa de mortalidade por DCNT no Brasil foi de

540 óbitos por 100 mil habitantes. Portanto observou também redução de até 20%

na ultima década das doenças do aparelho circulatório e respiratórias crônicas, em

contra partida as doenças como diabetes e câncer tem se mostrado em elevadas

taxas no mesmo período.

As variáveis que contribuem para a crescente estatística de pessoas

acometidas por DCNT estão condicionadas a desigualdade social, as dificuldades

de acesso aos bens serviços, à baixa escolaridade, as desigualdade no acesso à

informação, além de correlacionar aos determinantes sociais, como educação,

ocupação, renda, gênero, etnia, e fatores de risco (DUNCAN ET al, 2012).

Os processos e modificações que a sociedade vem passando como

transição demográfica, epidemiológica e nutricional, urbanização e o crescimento

econômico e social também se relacionam com os riscos para o desenvolvimento

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de doenças crônicas (BRASIL, 2011).

Com base nos dados epidemiológicos do Ministério da Saúde em 2011

classificou as DCNT conforme a maior taxa de prevalência na população, sendo as

de caráter circulatórias, cancerígenas, respiratórias crônicas e diabéticas com

maiores taxas de óbitos nas pesquisas correspondendo por 80,7%. Suas causas

são dividas em dois grupos, as de fatores não modificáveis que estão relacionados

ao sexo, etnia, idade, histórico familiar; Já os grupos de modificáveis estão

associados aos hábitos individuais das pessoas como o uso do tabaco,

alimentação inadequada, sedentarismo e consumo de álcool (MÁSSIMO, SOUZA,

FREITAS, 2015).

A complexidade envolvida nos processos de adoecimento de cada pessoa

envolve fatores e condições sociodemograficas, que dificultam planos de ações

para conter a epidemia crescente das DCNT. OS principais desafios para seu

enfrentamento estão relacionados ao sedentarismo, lazer, consumo indiscriminado

de bebidas alcoólicas, os padrões alimentares inadequados para uma vida

saldável resultando em crescentes números de obesidade, a despreocupação por

parte da população em relação aos casos agudos (DUNCAN et al., 2012).

Ainda o autor sugere o aprimoramento e aperfeiçoamento em todas as

esferas do SUS na obtenção de uma resposta de enfrentamento mais efetiva e

identificação precoce dessas doenças.

O cenário epidemiológico brasileiro permite afirmar que é preciso entender e

promover maior capacidade e competência para o acareamento efetivo das DCNT.

Esse esforço se faz necessário para que atenda as pessoas com integralidade,

discutindo seus fatores causais, entender as demandas reais e disponibilizar os

recursos necessários (DUNCAN et al., 2012). Ainda segundo o autor, é necessário

usufruir de recursos que possam produzir conhecimento e identificação dessas

doenças de acordo com o contexto do país, para que suas intervenções tenham

efetivações nas reais variáveis causais.

A Atenção Primaria a Saúde (APS) abrange um largo espectro de

assistência prestada às famílias, indivíduos, comunidades, de intervenções

coletivas e individuais com objetivos em prevenir doenças e promover ações e

estratégia de organização da atenção à saúde voltada para responder de forma

regionalizada, contínua e planejada, além disso, estão envolvidas nos

procedimentos assistenciais, de diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de

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danos e a manutenção da saúde de forma integral e continua e que garante a

autonomia das pessoas e em seus determinantes e condicionantes de saúde,

sendo a porta de entrada para o sistema de saúde (OLIVEIRA, 2016).

Com ideia de reorganização da APS e o modelo assistencial fez-se

necessário entender e reconhecer os reais problemas de saúde publica para

melhor intervir e planejar no contexto de cada região de implementação. É

importante destacar a ação dos agentes comunitários de saúde (ACS) que

compõem as equipes de Estratégia de saúde da família (ESF) para estabelecer

melhor relação entre os usuários e os sistemas de saúde além de ser

responsáveis pela cobertura de todas as pessoas da área que abrange o território

(CONSENSUS, 2008).

Portanto cabe ao ESF de cada território entender como se configura o perfil

da população que é assistida, por isso a prática de implementação de tecnologia e

meios para apurar e estratificar o perfil dos indivíduos e comunidade são requisitos

para a implementação de medidas preventivas e de promoção da saúde em áreas

estratégicas e consequentemente reconhecer pontos de vulnerabilidade,

diagnósticos territoriais, condições de vida, de saúde individuais, coletiva e grupos

de risco. Assim o planejamento em saúde é baseado na demanda da área

abrangência que deve ser bem definida e conhecida pela equipe, além de garantir

serviços de referência à saúde aos níveis de maior complexidade (OLIVEIRA,

2016).

Segundo Silva et al. (2011) a hipertensão arterial sistêmica (HAS) e a

Diabetes Mellitus (DM) tem sido tomadas como desafiadoras para a saúde publica,

por se manifestarem de forma precoce e silenciosa, que se associa a maiores

riscos de doenças cardiovascular.

1.3 Hipertensão arterial sistêmica

A hipertensão arterial ou pressão alta é uma doença crônica caracterizada

pelos níveis elevados da pressão sanguínea nas artérias. A pressão alta faz com

que o coração tenha que exercer um esforço maior do que o normal para fazer com

que o sangue seja distribuído corretamente no corpo (BRASIL, 2009).

HAS é uma doença crônica a onde a pressão sanguínea nas artérias se

encontra em constantemente elevação. Geralmente não apresenta sintomas, no

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entanto, ao longo prazo é um dos principais fatores de risco para uma série de

doenças graves como: doença arterial coronária, acidente vascular cerebral,

insuficiência cardíaca, doença periférica, incapacidade visual, doença renal crônica e

demência.

A Hipertensão Arterial Sistêmica é a mais frequente das doenças

cardiovasculares. É também o principal fator de risco para as complicações mais

comuns como acidente vascular cerebral e infarto agudo do miocárdio, além da

doença renal crônica terminal (NEVES, 2015).

As alterações no estilo de vida e a medicação permite diminuir a pressão

arterial e o de complicações futuras. Uma das alterações no estilo de vida está à

perda de peso, praticar exercícios físicos, diminuir o consumo de sal e manter uma

dieta saudável e balanceada. As alterações no estilo de vida não são o suficiente, e

pode ser administrada com os medicamentos anti-hipertensivos.

A hipertensão arterial (HA) contribui significativamente para uma elevada

mortalidade cardiovascular em todas as regiões do país. Apesar da medida da

pressão arterial ser um método diagnóstico simples, não-invasivo e de baixo custo,

estudos epidemiológicos têm demonstrado que muitos hipertensos desconhecem a

sua condição ( BLOCH, RODRIGUES, FISZMAN, 2006).

1.4 Fatores de risco

Levando em conta os fatores de risco que a hipertensão arterial pode

ocasionar aos indivíduos, existe o problema de que na saúde pública ela é ainda

pouca valorizada. O que causa o descaso é pelo fato da hipertensão arterial de

início, não apresentar sintomas, o que acaba causando dificuldades no diagnóstico e

no tratamento. A maioria das pessoas que tem hipertensão acaba herdando a

doença de seus pais, pois um dos fatores de risco é a genética que acomete em

90% dos casos. Os principais fatores de risco da complicação cardiovascular é a

hipertensão arterial, pois ela atua diretamente na parede das artérias, podendo

causar lesões (MÁSSIMO, SOUZA, FREITAS, 2015).

A HAS é um fator de risco para a insuficiência renal crônica e para os

transtornos cognitivos como a perturbação de memória e períodos de confusão e

demência. Outras complicações podem vir a incluir retinopatia hipertensa e

nefropatia hipertensa.

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19

A doença pode ser controlada desde que o individuo esteja envolvido e dê

importância para o tratamento. Deve-se levar em conta que também é necessário o

acompanhamento das co-morbidades que são: diabetes, obesidade, e dislipidemia,

o que implica na redução das complicações em outros órgãos alvos, que são

consequências da hipertensão ao longo dos anos.

Um dos principais fatores de risco para complicações cardiovasculares é a

hipertensão arterial, pois atua diretamente na parede das artérias podendo produzir

lesões. Daí a importância do tratamento anti-hipertensivo na redução da morbidade

e mortalidade cardiovasculares, principalmente na prevenção de acidentes

vasculares, insuficiência cardíaca e renal. (MARIA, 2013).

Existem vários fatores de risco que influenciam no aparecimento ou

agravamento da HAS que são: hereditariedade, idade, raça, sexo, obesidade,

sobrepeso, álcool, tabagismo, estresse, sedentarismo, dieta rica em gordura e uso

de anticoncepcionais.

O tratamento farmacológico é indicado para hipertensos moderados e graves,

e para aqueles com fatores de risco para doenças cardiovasculares e/ou lesão

importante de órgãos-alvo (ZAITUNE et al., 2015).

A hipertensão arterial é classificada em duas categorias que são primárias e

secundária. Em torno de 90 a 95% dos casos são conhecidos como primário, tendo

em vista os fatores que não são específicos, genéticos e estilo de vida. (CAROLINA,

2010).

É importante ressaltar que as combinações entre os fatores de risco são mais

graves, a onde o risco de comorbidades acaba si multiplicando. Em indivíduos que

tem a doença e não faz o controle adequadamente, podem vir a ter problemas mais

sérios no futuro.

1.5 Complicações Potenciais

O risco de complicações de hipertensão arterial, em geral, é maior em

homens do que em mulheres. Nos grupos mais idosos esta diferença entre os sexos

reduz-se, particularmente, ao risco de complicações cardiovasculares,

acentuadamente aumentada nas mulheres após a menopausa (NOBLAT, LOPES,

LOPES, LOPES,2004).

Além da idade, existe o fator da raça que também deve ser levada em

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20

consideração, na comparação entre os homens e as mulheres, em relação ao

evento adverso da HAS.

Na faixa etária de 20 a 50 anos de idade, o risco de estágio final de doença

renal por hipertensão arterial é 30% maior em homens do que em mulheres, e as

diferenças entre sexos similares em negros e brancos. Estas diferenças entre os

sexos tendem a aumentar nas faixas etárias mais avançadas nos brancos e reduzir

em negros, devido à elevada incidência de estágio final de doença renal por

hipertensão arterial na mulher negra mais idosa (NOBLAT, LOPES, LOPES,

LOPES,2004).

Em relação ao controle da HAS, inicia com a detecção e observação. A HAS

não pode ser diagnosticada com base em uma única medida da pressão arterial.

Um dos principais fatores de risco para complicações cardiovasculares é a

hipertensão arterial, pois atua diretamente na parede das artérias podendo produzir

lesões. Daí a importância do tratamento anti-hipertensivo na redução da morbidade

e mortalidade cardiovasculares, principalmente na prevenção de acidentes

vasculares, insuficiência cardíaca e renal. (SOUZA, 2013).

Quando a HAS não é controlada corretamente, a pressão pode elevar, e em

longo prazo pode causar problemas em órgãos como o coração, cérebro e rins.

Como se trata de um doença sem cura, seu tratamento visa em prevenção de

complicações futuras, e principalmente de um AVC, infarto do miocárdio,

insuficiência cardíaca, e insuficiência renal crônica.

1.6 Diabetes mellitus

Diabetes mellitus é uma doença do metabolismo caracterizada pelo excesso

de glicose no sangue (hiperglicemia), que se manifesta quando o pâncreas deixa de

sintetizar ou reduz a quantidade de insulina, ou ainda quando a insulina não é

capaz de agir de maneira adequada.

A função principal da insulina é promover a entrada de glicose para as células

do organismo de maneira que ela possa ser utilizada para as inúmeras atividades

celulares.

A falta da insulina ou a deficiência na sua ação de origem desenvolve um

acúmulo de glicose no sangue, que é caracterizado de hiperglicemia. (GOMES,

2006)

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21

A diabetes mellitus pode ser categorizada de duas formas. No primeiro caso,

há o acumulo de glicose no sangue e o pâncreas deixa de produzir ou reduz a

insulina, o sistema imunológico ataca equivocadamente as células beta. Sendo

assim, pouca ou nenhuma insulina é liberada para o corpo. Como resultado, a

glicose fica no sangue, em vez de ser usada como energia. Esse é o processo que

caracteriza o Tipo 1 de diabetes.

A condição de tipo l, surge geralmente na infância ou adolescência, mas pode

ser diagnosticado em adultos também. Essa variedade é sempre tratada com

insulina, medicamentos, planejamento alimentar e atividades físicas, para ajudar a

controlar o nível de glicose no sangue.

A tipo ll é caracterizado quando a insulina não se desenvolve de maneira

correta, ele aparece quando o organismo não consegue usar adequadamente a

insulina que produz; ou não produz insulina suficiente para controlar a taxa de

glicemia.

A maioria das pessoas com diabetes são diagnosticadas com o tipo ll. Ele se

manifesta mais frequentemente em adultos, mas também não é incomum observar

esse tipo de diabetes em crianças.

Dependendo da gravidade o mesmo pode ser controlado com atividade física

e planejamento alimentar. Em outros casos, exige o uso de insulina e/ou outros

medicamentos para controlar a glicose. (LIMA, 2006)

1.7 Fatores de riscos

O diabetes mellitus é considerado uma das principais doenças crônicas que

afetam o homem contemporâneo, afetando populações de países em todos os

estágios de desenvolvimento econômico-social. Desenvolve-se através da interação

entre fatores genéticos e fatores ambientais, ou seja, indivíduos que são

geneticamente propensos a ter diabetes podem apresentar a doença quando

expostos a determinados eventos (fatores ambientais) durante a vida.

Sua relevância nas últimas décadas vem aumentando por decorrência de vários fatores, como: maior taxa de urbanização, aumento da expectativa de vida, industrialização, maior consumo de dietas hipercalóricas e ricas em hidratos de carbono de absorção rápida, deslocamento da população para zonas urbanas, mudança de estilos de vida tradicionais para modernos, inatividade física e

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22

obesidade, sendo também necessário considerar a maior sobrevida da pessoa diabética. Pelo impacto social e econômico que tem ocasionado, tanto em termos de produtividade quanto de custos, o diabetes mellitus vem sendo reconhecido, em vários países, como problema de saúde pública com reflexos sociais importantes. Suas manifestações crônicas são ainda, na nossa realidade, causas comuns de hospitalização e absenteísmo no trabalho. (ORTIZ ZANETTI, 2001 p, 59).

Necessário ressaltar que boa parte dos portadores de diabetes mellitus não

conhecem sua real situação, e muitos do que reconhecem não desenvolvem

qualquer tipo de tratamento.

1.8 Complicações potenciais

O descontrole do diabetes pode desenvolver complicações agudas e

crônicas. As agudas normalmente surgem por eventos esporádicos, e as

crônicas pelo mau controle glicêmico ao longo dos anos, sendo ambas

responsáveis pelo aumento de morbimortalidade.

As principais situações agudas relacionadas ao DM são a hipoglicemia grave com alteração cognitiva e a cetoacidose metabólica. Há a necessidade de imediata identificação e intervenção pela enfermagem, pois as consequências são graves, variando do coma à morte. Considerando o diabetes com sua elevada carga de morbimortalidade associada é essencial realizar a prevenção no início do DM (prevenção primária); identificação de casos não diagnosticados para tratamento (prevenção secundária); e intensificação do controle de pacientes já diagnosticados visando prevenir complicações agudas e crônicas (prevenção terciária). Para haver eficácia nas ações, os três graus de prevenção devem ocorrer de forma articulada em todos os níveis de atenção à saúde. (OLIVEIRA et al., 2016, p,2.)

Compreende-se que as complicações do DM aumentam ao longo do tempo, e

identifica-la pode ser uma ideia para traçar medidas que diminuem o aparecimento

de complicações precocemente.

As características sociodemográficas e clínicas podem nortear o

gerenciamento do cuidado e programas educativos pelos profissionais de saúde que

permitam controlar os níveis glicêmicos dos usuários dos serviços de saúde com

diabetes. (OLIVEIRA et al., 2016).

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23

CAPÍTULO II

MÉTODOS E TÉCNICAS

1 INTRODUÇÃO

As pesquisas são de grande valor para ciência e sociedade, que contribuem

pra melhorar a qualidade de vida das pessoas ou comunidade, ela busca explicar

ou justificar algumas questões já estabelecidas, por isso se faz necessário uma

carga de conhecimento ao que se busca, sendo apoiados pelos recursos

humanos, materiais e financeiros, de forma sistematizada e bem planejada

(GERHARDT, 2009).

Tem por objetivo diminuir as lacunas entre o saber e o ser e quais os fatores

que distanciam um do outro, que resulta diretamente na melhoria de saúde das

populações e seus resultados servem de base para implementação de

conhecimentos apoiados pelas ferramentas já existentes, no entanto toda pesquisa

deve ter caráter quantitativo ou qualitativo para que se possa engajar-se em uma

variedade de métodos, que busque melhor responder a pergunta problema de todo

trabalho cientifico (BRASIL, 2007).

Dessa forma o presente estudo levantou dados sobre os riscos de

portadores de hipertensão e diabetes para o desencadeamento de doenças

cardiovasculares.

1.1 Método

Trata-se de uma pesquisa de campo sendo de caráter descritivo

observacional, com abordagem quantitativa.

O estudo descritivo de forma geral é utilizado para informar a distribuição de

um evento na população que podem ser usados para estudo de caso, série de

casos, estudos de incidência ou prevalência descritivos, que nos permite identificar

grupos de riscos, sugerir explicações para variações de frequência, baseando em

dados da população ou grupos de indivíduos. Esses estudos são especialmente

úteis quando pouco é conhecido sobre frequência, história natural ou

determinantes de uma doença. Por ser observacional irá descrever a ocorrência

de um evento no caso doença, de acordo com diversas exposições ou

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24

características das pessoas, ou seja, sexo ou gênero, idade, raça, nível sócio

econômico, de acordo com o local, hospital, bairro, cidade, país etc. e tempo por

exemplo a detecção de aumento importante na frequência ou incidência

(ARCÊNCIO, 2017).

Para Sucigan et al. (2005) os estudos observacionais buscam entender os

fatore de riscos ou causais associados a determinadas situações de diagnostico

ou resolutivas, portanto não interfere diretamente nesses casos.

1.2 Suposição e objetivos da pesquisa

Infere-se o não conhecimento por parte da ESF em reconhecer o perfil de

pacientes hipertensos e diabéticos para os riscos de doenças cardiovascular,

portanto objetivou-se comparar os riscos cardiovasculares identificados entre os

grupos de hipertensos e diabéticos.

1.3 Instrumento de coleta

O instrumento de coleta para estudos quantitativos tem por objetivo obter

índices numéricos que correspondam os objetivos estabelecidos, esses conjuntos

numéricos devem ser resumidos e registrado sob forma de relatório para melhor

visualiza-los (BARBOSA, 2008).

O instrumento foi construído, embasado e adaptado a partir do Escore de

Risco de Framingham que permitiu identificar os riscos para doenças

cardiovasculares e suas consequências em longo prazo e os reflexos na qualidade

de vida de portadores de diabetes e hipertensão.

1.3.1 Escore de Risco de Framingham

Para a realização do rastreamento e estratificação de doenças

cardiovascular (DCV), o indivíduo deve ser avaliado de uma forma global, sendo

necessário o desenvolvimento de avaliações criteriosas para o desdobramento da

pesquisa. Existem instrumentos que auxiliam para obter a estimativa de risco com

precisão. Um deles é o Escore de Risco de Framingham (ERF), que é um método

que avalia o risco de doença cardiovascular de acordo com a presença ou não de

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25

alguns fatores.

O ERF é considerado atualmente uma forma fidedigna, simples e de baixo custo de identificação de pacientes sob maior risco de DCV, o que pode definir que sejam introduzidos rastreamentos mais rigorosos e terapias mais agressivas como forma de prevenção de eventos coronarianos futuros. (ALVIM, 2014, p 20).

Entre os métodos para avaliar o risco das DCV, o escore de risco de

Framingham foi o primeiro, mais conhecido e é o mais utilizado no mundo.

Desenvolvido pelo Framingham Heart Study teve como objetivo de compreender

os fatores de risco e fisiopatologia associada às DCV. Esse grande estudo

populacional foi realizado na cidade de Framingham, Massachusetts, nos Estados

Unidos em 1948 e teve longa duração. Na época, pouco se sabia a respeito dos

fatores de risco cardiovascular, e o mesmo permitiu avaliar o risco cardiovascular

como probabilidade de ocorrer infarto do miocárdio ou morte por doença coronária

nos próximos 10 anos (SOUZA, 2016).

O Framingham foi iniciado com menos de seis mil participantes e, durante

mais de meia década, conseguiu instituir relações de qualidade que nenhum outro

estudo ainda teve possibilidade (LOTUFO, 2008).

O ERF trata cálculo de risco cardiovascular sugerido a partir do estudo,

inclui as características de idade, sexo, pressão arterial sistólica, tabagismo,

tratamento anti-hipertensivo, o colesterol total e HDL-C, variáveis utilizadas

frequentes em pacientes atendidos na prática clínica.

A avaliação é diferente para homens e mulheres, dessa forma deve ser

avaliada os dois gêneros de forma separada. A avaliação acontece em 3 etapas, n

primeira etapa serão pontuados e comparado os dados com usuários ou seja será

avaliado a idade, LDL-Colesterol, HDL-Colesterol, níveis pressóricos, se é portador

de diabetes e se faz uso de tabaco; A segunda etapa é a somatória dos pontos, ou

seja em todas as categorias da etapa 1 será atribuídas as pontuações conforme

informações dos participantes a segunda etapa então faz a somatória desses

pontos, e para finalizar a terceira etapa consiste em comparar a somatória dos

pontos na porcentagem de chances que o individuo tem em desenvolver doença

cardiovascular em até 10 anos conforme é sugerido pelo escore.

O propósito da estratificação do risco é reconhecer e tratar pacientes que

podem estar com alto risco cardiovascular em longo prazo a partir de um método

simples e acessível visando à intervenção e tratamento antecipado. (SOUZA,

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26

2016).

As questões abordadas no instrumento discorre sobre os riscos de doenças

cardiovasculares, às complicações e agravamento do diabetes e hipertensão,

mensuração do colesterol total, HDL colesterol, valor da Pressão Arterial (PA),

Acidente Vascular Encefálico (AVC) e/ou Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) prévio.

A segunda categoria o que se refere às praticas de saúde individuais com

uma abordagem geral, levando-se em consideração o sexo, idade, se era

tabagista ou etilista, portador de diabetes ou de hipertensão.

Para realização da coleta, o instrumento de Escore de Framingham

disponibilizado pelo Ministério da Saúde em 2011 tanto para homens quanto para

mulheres foi adaptado para o formato do sistema Exce®l para melhor visualização

dos dados. Esta coleta foi baseada em analises de prontuários eletrônicos e

físicos, onde foram coletadas as informações de pressão arterial sistólicas e

diastólicas, colesterol HDL e colesterol LDL, idade entre 30 a 74 anos, se faz uso

de tabaco, portador de diabetes, se já houve ocorrência de doenças cardíacas ou

de eventos cardíacos anteriores e que aceitou pelo Termo de Consentimento Livre

e Esclarecimento (TCLE) participar da pesquisa.

As informações categorizadas e armazenadas em planilha eletrônica do

sistema Excel ®, foram analisadas e estratificadas em formas de gráficos e

tabelas, caracterizando a população estudada quanto aos fatores de riscos e

condições sociodemograficas.

1.4 Local de coleta de dados

Os dados foram coletados mediante análise de prontuários de pacientes

hipertensos e diabéticos moradores da área de cobertura da ESF.

A ESF em questão está situada num município do interior paulista, que

possui 10.800 habitantes. Atualmente a unidade atente uma população de 4480

pessoas, num território estratégico e vulnerável do município.

A equipe é composta por um enfermeiro, um médico, um dentista, quatro

técnicos em enfermagem, sete agentes comunitários de saúde, dois auxiliares

administrativos e duas auxiliares de limpeza.

1.5 População de estudo

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27

Consiste em um conjunto de indivíduos que compartilham de, pelo menos,

uma característica comum, seja ela a espécie, etnia, cidadania, filiação a uma

associação, matrícula em uma universidade (BERGAMACHI; SOUZA; HINNING,

2010). Portanto foram inclusos na pesquisas os portadores de hipertensão e

diabetes.

1.5.1 Critérios de inclusão

Os portadores das doenças crônicas devem corresponder a idade mínima de

30 anos e máxima 74, domiciliados e assistidos pela ESF de um município do

interior paulista.

1.6 Análise dos dados

Os dados foram avaliados e classificados por seus indicadores de riscos

mais prevalentes, sendo assim estratificados e pontuados os públicos vulneráveis,

grupos e áreas de riscos. Após a análise desses dados foram disponibilizamos a

rede de atenção primaria desse município a respectiva conclusão e discussão dos

dados, para que possam traçar metas e planejamento em saúde para melhoria do

processo de trabalho da equipe tendo em vista que o estudo fortalecerá o vínculo,

a adscrição e a estratificação de risco do território desse modo intervir de forma

preventiva e promocional, garantindo integridade da saúde e qualidade de vida.

O estudo teve por objetivo estratificar o risco cardiovascular de pacientes

hipertensos e diabéticos, analisando o perfil sociodemográfico individuais e

coletivos. Comparou-se os riscos cardiovasculares identificados entre os grupos

de risco (hipertensos e diabéticos).

Portanto a elaboração e planejamento de intervenções será baseado nos

dados coletados, dessa forma identificar os fatores condicionantes de alteração do

bem estar e estratificar os riscos para doenças cardíacas, o que irá fortalecer as

práticas de saúde, bem como o planejamento estratégico da unidade em questão.

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CAPÍTULO lll

RESULTADOS E DISCUSSÃO

1 RESULTADOS E DISCUSSÃO

O universo que representa os resultados deste estudo está envolto em 1104

prontuários que foram rigorosamente analisados. Destes, a amostra foi composta

por 390 prontuários de pacientes diabéticos e/ou hipertensos, pois os mesmos

atendiam os critérios de elegibilidade deste estudo. Após a coleta foram estimados

baixo (<10%), moderado (10% a 20%) e alto (> 20%) risco para eventos

cardiovasculares nos próximos dez anos (BRASIL, 2006).

A tabela 1 apresenta a caracterização da amostra deste estudo segundo o

sexo. Nela, observamos que 60% do objeto deste estudo está sob o sexo feminino.

Tabela 1: indica a amostra de pacientes diabéticos e hipertensos numa USF em

2018

Sexo Nº %

Feminino 234 60

Masculino 156 40

Total 390 100

Fonte: elaborado pelos autores, 2018.

Outra variável analisada pelo instrumento foi a idade, conforme apresenta a

tabela 2:

Tabela 2: indica o número de participantes conforme idade em anos, numa USF em

2018

IDADE

Sexo

Nº % ♂ ♀

30 a 34

35 a 39

40 a 44

45 a 49

00

06

10

20

08

09

10

27

08

15

20

47

2,00

3,90

5,20

11,6

(continua)

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29

Os participantes que se enquadraram para os riscos cardiovasculares

estiveram concentrados na faixa etária de 30 a 74 anos de idade (média de 58 anos

com desvio padrão de 11 anos), sendo a maior proporção entre 50 a 74 anos.

Ficou evidente a maior prevalência por parte do sexo feminino na pesquisa.

Isso corrobora com estudo realizado no município de Florianópolis, onde a maior

prevalência tanto para pacientes diabéticos quanto para pacientes hipertensos eram

mulheres (TORTORELLA, 2017).

Um estudo de prevalência de diabetes e hipertensão no Brasil baseada em

inquérito de morbidade autoreferida também evidenciou maior incidência das DCNT

no público feminino (SCHMIDT et al, 2009). Neste sentido, a variável sexo necessita

de atenção especial pelas equipes de atenção básica, visto que os estudos apontam

essa tendência feminina. (SILVA, OLIVEIRA, PIERIN; 2016)

Tabela 3: Estratos de risco cardiovascular de Framingham - geral

ESTRATOS DE RISCO** N (%)

Baixo 187 (48)

Moderado 145 (37,1)

Alto 58 (14,9)

Fonte: elaborado pelos autores, 2018. **conforme escores de risco de Framingham.

Tratando-se da estratificação de risco em uma observação geral, 187 (48%)

50 a 54

55 a 59

60 a 64

65 a 69

70 a 74

26

18

28

25

23

25

49

38

30

38

51

67

66

55

61

14,4

16,0

17,0

14,2

15,7

Total 156 234 390 100

Fonte: elaborado pelos autores, 2018.

Nota:

Media por idade (anos)*

58

±11**

Idade (anos) mulheres* 58 ±11**

Idade (anos) homens* 58 ±10**

(conclusão)

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30

pontuou com baixo risco, 145 (37,1%) pontuou com risco moderado, para alto risco

pontuou 58 (14,9%).

Ao diferenciar a participação por sexo é percebido uma sobreposição de risco

para o sexo feminino como mostra a Tabela 4.

Tabela 4: indica os estratos de risco pelo escore de Framingham determinados pelo

sexo, numa USF em 2018.

Variáveis de risco ♂ % ♀ %

Baixo 40,3 52,5

Moderado 36,0 38,1

Alto 23,7 9,4

TOTAL 100,0 100,0

Fonte: autores.

As mulheres participantes sobressaíram os homens em baixo risco somando

123 (52,5% da amostra feminina), moderado com 89 (38,1% da amostra feminina), e

apresentaram 9,4% de prevalência no alto risco cardiovascular. Na amostra

masculina, 40,3% apresentavam baixo risco, 36% risco moderado e alarmantes

23,7% pontuaram alto risco cardiovascular (37 homens).

Pensando nesta problemática constatada, pensou-se em compreender a

distribuição dos estratos de risco por idade conforme pode ser constatado na tabela

5 abaixo:

Tabela 5: participantes conforme idade, sexo e escore de risco conforme

Framingham

IDADE (ANOS) HOMENS

Baixo

RISCO

RISCO

Moderado

Alto

RISCO

MULHERES

Baixo

RISCO

RISCO

Moderado

Alto

RISCO

30 a 34

35 a 39

40 a 44

45 a 49

50 a 54

55 a 59

60 a 64

65 a 69

70 a 74

06

10

20

26

18

28

25

23

05

10

10

17

11

02

05

03

01

09

08

03

15

09

11

01

01

04

11

11

09

08

09

10

27

25

49

38

30

38

08

09

10

25

11

18

15

11

16

02

14

25

20

13

15

06

03

06

07

(continua)

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31

Fonte: elaborado pelos autores, 2018

Ficou notório a maior prevalência de baixo risco em mulheres em idade fértil e

de alto risco em mulheres em período de menopausa. Nos homens, ficou evidente a

maior incidência de homens com moderado e alto risco cardiovascular na faixa etária

ainda considerada trabalhadora.

Nos homens, a idade não demonstrou ser um fator de impacto no fator de

risco, o que foi comprovado com o coeficiente de correlação (r = -0,46064). Nas

mulheres, a idade demonstra influência nos indicadores de risco encontrados (r =

0,480559).

Destaca-se ainda que de todas as 22 mulheres classificadas no estrato de

alto risco, 100% delas possuíam idade igual ou superior à 55 anos. A condição

hormonal protetora que as mulheres possuem em idade fértil, porém com a

menopausa, essa proteção decai e as chances de tornarem-se sintomáticas e

expostas à maiores riscos cardiovasculares aumentam (MAFRA; OLIVEIRA, 2008;

MELO et al. 2018).

Os valores colesterol LDL e colesterol HDL também são fatores importantes

que influenciam na estratificação do risco cardiovascular nesses participantes,

contextualizando, a tabela 6 descreve esse indicador:

Tabela 6: Estrato de participantes e os valores de colesterol-LDL

LDL – colesterol mg/dl Homens Mulheres Total

<100 45 (28,8%) 68 (29%) 113 (28,9%)

100 a 159 90 (57,6%) 127 (54,2%) 217 (55,6%)

160 a 189 15 (9,6%) 29 (12,6%) 44 (11,2%)

>= 190 6 (3,8%) 10 (4,2%) 16 (4,1%)

Fonte: elaborado pelos autores, 2018

Considerou-se nesta tabela a estratificação considerando os valores de LDL

<100 mg/dl desejável, de 100 a 159 mg/dl limítrofe ou baixo risco, de 160 a 189

mg/dl como risco moderado e os valores de LDL superiores a 190 mg/dl como alto

risco, segundo o escore de risco de Framingham.

Em relação aos valores apresentados de LDL-colesterol, não se observou

TOTAL 156 63 56 37 234 123 89 22

(conclusão)

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32

diferença significativa entre os sexos. Ambos os sexos apresentavam maior

prevalência dos níveis de LDL dentro dos parâmetros limítrofes e desejáveis.

Pode-se evidenciar a condição dislipidêmica da amostra desta pesquisa. As

mulheres após a idade fértil apresentam uma tendência ao ganho de peso e à

elevação do colesterol total devido à diminuição do estrogênio, o que aumenta o

risco, principalmente se somado à outras comorbidades como o diabetes (MELO et

al. 2018).

Tabela 7: Estrato de participantes para valores de colesterol HDL

HDL – colesterol mg/dl Homens Mulheres Total

< 35 12 (7,6%) 3 (1,2%) 15 (3,8%)

35 - 44 49 (31,4%) 46 (19,6%) 95 (24,3%)

45 - 49 16 (10,2%) 32 (13,6%) 48 (12,3%)

50 - 59 52 (33,3%) 84 (35,8%) 136 (34,8%)

>= 60 27 (17,3%) 69 (29,4%) 96 (24,6%)

Fonte: elaborado pelos autores (2018)

Os dados apresentados na tabela 8 apresentam os valores de HDL -

colesterol, considerando os valores >= 60 como desejável, 50 – 59 como baixo risco

ou limítrofe, 45 – 49 como risco moderado, 35 – 44 como alto risco e <35 como risco

altíssimo, conforme o ERF.

Fica evidente a maior prevalência da amostra masculina no estrato de alto e

altíssimo risco, o que expõe essa população à maior condição de mortalidade

cardiovascular. Avaliando os estratos de limítrofe e desejável, as mulheres

apresentam maior pontuação neste estudo.

Ao correlacionar os achados às novas recomendações da diretriz de

dislipidemia da Sociedade Brasileira de Cardiologia, os níveis de HDL colesterol

estão, em sua maior prevalência, dentro dos parâmetros estabelecidos (> 40mg/dl).

(MAGALHÃES, 2017).

Dos 390 participantes estratificados para o ERF, 37 (9,4%) foram identificados

como tabagistas. Separando-os por gênero, foram identificados que do total de

participantes tabagistas, os homens somaram 9 (24,3%) e as mulheres somaram 28

(75,6%) do total tabagistas.

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Tabela 8: Estrato de risco segundo escore de Framingham para tabagistas

Variáveis de risco Baixo (n=11) Moderado (n=17) Alto (n=9)

Homens 0 4 (10,8%) 5 (13,5%)

Mulheres 11(29,7%) 13 (35,1%) 4 (10,8%)

Fonte: elaborado pelos autores, 2018

Estratificando os riscos segundo a pontuação do escore de Framingham para

tabagistas foi identificado que homens apresentaram maior percentual para alto risco

5 (13,5%) e as mulheres o maior percentual foi para o risco moderado 13 (35,1%).

Comparando o alto grau de risco entre as proporções dos sexos, observou que o

percentual para homens é maior em relação as mulheres. Não foram identificados

homens com baixo risco segundo o escore.

O costume de fumar é um poderoso problema de saúde publica e um fator de

risco significativo na indicação de doenças cardiovasculares. O tabagismo é um dos

preditores de morte súbita cardíaca por isquemia miocárdica acelerando o processo

aterosclerótico não só nas coronárias, mas em vários territórios arteriais, somando a

preponderância de doenças arterial periféricas, aneurisma da aórtica e acidentes

vasculares cerebrais (SILVA, 2005).

Ainda segundo o autor, os impactos danosos do tabaco envolvem mudanças

prejudiciais no perfil lipídico, elevando a viscosidade do sangue, modificações nas

funções das plaquetas, promoção de trombose e também afetando as propriedades

elásticas das artérias. Além de incluir impactos endotelial, maior oxidação de LDL

colesterol, redução de HDL colesterol, aumento das moléculas de adesão,

fibrogênio, aumento da agregação plaquetária, e espasmos vascular (SILVA, 2005).

Os achados em relação ao tabagismo deste estudo diferenciou dos

apontamentos teóricos, tendo em vista que este está habitualmente mais presente

entre homens, considerando uma aspecto cultural e histórico de força e poder “dado”

aos fumantes (MALTA et al., 2017).

O fator condicionante para os riscos cardiovascular diabetes também foi

pontuado e estratificado totalizando 153 do total da amostra. Desse total, os homens

representavam 32% (49) e as mulheres 68% (104). Nesta categoria foram

identificados os seguintes percentuais ao classificar no escore de Framingham:

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Tabela 9: Estrato de risco segundo escore de Framingham em diabéticos

Variáveis de risco Baixo (n= 33) Moderado (n=82) Alto (n=38)

Homens 10 (6,5%) 21 (13,7%) 18 (11,7%)

Mulheres 23 (15%) 61 (39,8%) 20 (13%)

Fonte: elaborado pelos autores, 2018

As participantes do sexo feminino tiveram um percentual maior quando

abordado a vertente diabetes mellitus em relação aos homens em todos os estratos

de risco como é observado na tabela 6. As mulheres de baixo risco somaram 23

(15%), risco moderado 61 (39,8) e alto risco 20 (13%). Já os homens pontuaram em

baixo risco 10 (6,5%), risco moderado 21 (13,7%) e alto risco 18 (11,7%).

A prevalência de diabetes mellitus tem sido maior nos indivíduos com idade

superior à 40 anos, principalmente naqueles com comorbidades associadas como a

hipertensão. O envelhecimento da população, o sedentarismo e a urbanização são

fatores determinantes neste contexto (FLOR; CAMPOS, 2017).

Neste estudo o diabetes mellitus estava em maior proporção entre as

mulheres, corroborando com outros estudos realizados em municípios brasileiros. O

risco pode estar correlacionado à condição do climatério e menopausa. (SCHMIDT;

BENETTI; AIRES, 2017; VINHOLES; PACHECO, 2014). Confirma-se o achado

tendo em vista que vinte das vinte e duas mulheres em alto risco cardiovascular

além de estarem no status menopausa e pós-menopausa, eram diabéticas.

O diabetes se destacou como aliado ao aumento do risco cardiovascular. No

destaque para o alto risco cardiovascular do grupo masculino, 50% desta amostra

era diabética.

Os pacientes diabéticos possuem maior risco, para quaisquer tipos de doença

cardiovascular que resulte ou não em óbito, sendo este risco cardiovascular

potencializado ao número de fatores de risco, como tabagismo, hipercolesterolemia

e hipertensão arterial sistêmica, presentes nesses indivíduos (PERDIGÃO, 2009).

Considerando todas as complicações em nível sistêmico que o diabetes traz

aos indivíduos, deve-se atentar para ações de saúde visando implicar na adesão

terapêutica e mudança do estilo de vida dos pacientes tendo em vista que o risco

que estes estão expostos são similares os ocasionados após infarto do miocárdio

(VINHOLES; PACHECO, 2014).

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Em relação aos níveis pressóricos, as mulheres mais uma vez sobressaíram

os homens. Deve-se salientar que os níveis pressóricos que mais pontuaram tanto

para os níveis diastólicos quanto para sistólicos foram 140-156 x 90-99 mmHg,

sendo 49 homens (31,4%) e 78 mulheres (33,3%), o que perfaz um total de 127

(32,5%) pessoas do total de participantes, ou seja, esses participantes se encontram

com parâmetros pressóricos limítrofes.

Tabela 10: Estrato dos níveis pressóricos dos participantes

Pressão arterial (mmHg) Homens Mulheres Total

< 120 x 80 19 (12,1%) 32 (13,6%) 51 (13%)

120-129 x 80-84 37 (23,7%) 54 (23%) 91 (23,3)

130-139 x 85-89 15 ( 9,6%) 36 (15,3%) 51 (13%)

140-159 x 90-99 49 (31,4%) 78 (33,3%) 127 (32,5%)

≥ 160 x ≥100 36 (23%) 34 (14,5%) 70 (17,9%)

Fonte: elaborado pelos autores, 2018

Numa avaliação da condição pressórica, mais de 60% dos homens

apresentavam níveis pressóricos limítrofes ou elevados. Esse dado, somado à

condição cardiovascular anterior de maior prevalência nos homens pode estar

correlacionado com a maior estratificação deste grupo no alto risco cardiovascular.

Os achados correspondem aos apontamentos teóricos e sugerem a necessidade de

intensificação de ações de promoção e monitoramento de risco de homens na

atenção básica (VAN EYKEN; MORAES, 2009; MOREIRA et al. 2011; SILVA et al.

2016).

A verificação do risco cardiovascular em hipertensos deve considerar

variáveis relacionadas ao estilo de vida, história pessoal e familiar de outras

comorbidades crônicas relacionadas à doença aterosclerótica (RADOVANOVIC,

2014; SILVA et al., 2016).

A HAS está presente em mais de 30 milhões de pessoas no Brasil, sendo de

maior prevalência nos homens. É fator de risco para acidentes cardio e

cerebrovasculares e está associado a causas importantes de mortes no pais.

(MAGRINI; MARTINI, 2012).

Na hipertensão arterial, a idade avançada em ambos os sexos tem se

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demonstrado como um fator preponderante (TORTORELLA, 2017).

Tabela 11: Comparação dos níveis do escore de risco de Framingham em pacientes

com doenças cardiovascular anterior

Variáveis Baixo Moderado Alto Total

Homens 10 (6,4%) 8 (5,1%) 10 (6,4%) 28 (7,1%)

Mulheres 28 (11,9%) 20 (8,5%) 5 (2,1%) 53 (13,5%)

Fonte: elaborado pelos autores, 2018

Levando em consideração o grau de risco proposto pelo ERF, o estudo

objetivou comparar os participantes que tiveram doenças cardiovasculares prévias,

como mostra a tabela 11. Foi observada que na amostra masculina, 28 (7,1%)

apresentavam condições cardiovasculares prévias. Na amostra composta pelas

mulheres, 53 (13,5%) apresentavam o risco prévio.

Pensando em estabelecer uma proposta e facilitar um possível planejamento

frente os ERF apontados, elaborou-se a estratificação mediante as microáreas. A

unidade de coleta possui oito microáreas que são apresentadas com as respectivas

estratificações na tabela abaixo:

Tabela 12: estratificação de risco conforme escore de Framingham por microárea

VARIÁVEIS MICROÁREAS

01 02 03 04 05 06 07 08

BAIXO 14 22 55 10 09 14 32 20

MODERADO 28 22 31 10 12 12 25 11

ALTO 10 12 09 06 04 07 09 06

TOTAL 52 56 95 26 25 33 66 37

Fonte: elaborado pelos autores, 2018

Conforme pode ser destacado na tabela 12, a maior prevalência de risco

cardiovascular está na microárea 03, seguida pela 07, 02 e 01. Ressalta-se a grande

predominância de risco na microárea 03 (24,3%), o que indica necessidade iminente

de elaboração de um plano de trabalho que vise impactar positivamente na saúde

desta população.

As ações das equipes de saúde da família devem ser pautadas na

resolutividade. Neste sentido, o planejamento deve ter como prioridade as

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37

demandas da população, incluindo os problemas mais importantes e todos os seus

determinantes (SARTI et al. 2012).

1.1 Considerações finais

Fica evidente a elevada prevalência de fatores de risco modificáveis para

doenças cardiovasculares, principalmente para mulheres o que reforça a

responsabilidade dos enfermeiros e o papel das políticas públicas de saúde na

prevenção de agravos cardiovasculares.

Mesmo verificado maior prevalência de baixo risco para os participantes, as

variáveis moderadas e alto risco se apresentam de forma significativa. A prevalência

de comorbidades associadas demonstrou-se importante para a elevação dos fatores

de risco cardiovascular.

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PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

Ao se pensar no homem inserido no sistema de saúde de nível primário é

percebido subnotificação dos dados de saúde, também nota-se que o mesmo está

distante da participação da unidade, principalmente aos usuários com menos de 50

anos de idade que são classificados hipertensos e diabéticos. Partindo dessa

premissa é importante salientar o papel da unidade de saúde, que busque esse

publico para mais próximo criando vínculos e fortalecendo os já existentes que os

faz mais participativos nos processos de saúde e orientar sobre a importância que o

mesmo tem ao ser inserido.

Neste sentido, propõe-se a elaboração de um planejamento estratégico, com

ações direcionadas às áreas de maior risco. Destaca-se também a ferramenta de

mapeamento, que pode ser muito útil no monitoramento e elaboração de novas

ações neste âmbito.

Finaliza-se elucidando a importância da educação permanente de todos os

envolvidos no processo de assistir essa população e a intensificação de ações de

educação em saúde, o que tem sido uma ferramenta transformadora do processo de

cuidar no âmbito da atenção básica.

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CONCLUSÃO

A ideia deste estudo foi conhecer como se configurou o perfil de riscos

cardiovascular de pacientes hipertensos e diabéticos assistidos por uma equipe de

estratégia saúde da família que num contexto geral apresentou maior prevalência de

baixo risco cardiovascular que foram estratificação utilizando o Escore de

Framingham.

Os resultados deste estudo confirmaram a hipótese deste estudo,

considerando que existem fatores de risco alarmantes neste território.

Evidenciou-se de forma irrefutável a importância do uso de ferramentas de

estratificação de risco cardiovascular na prática clínica, tendo em vista que o

instrumento proposto (ERF), demonstrou ser efetivo para evidenciar grupos de risco

cardiovascular.

Finaliza-se enfatizando a necessidade de novos estudos para adequação de

parâmetros propostos pelo ERF, considerando as novas diretrizes das sociedades e

especialidades deste âmbito. Reforça-se a necessidade de novas pesquisas nesta

área, visto que estas podem fortalecer a prática da enfermagem efetiva e evidente.

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APÊNDICES

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Idad

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RO

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1 61 134 0 130 80 0 0 0 1

2 72 103 51 110 80 0 0 0 1

3 61 89 0 160 100 2 0 0 1

4 47 0 45 120 80 0 0 0 1

5 67 0 50 180 70 0 0 0 1

6 73 103 37 110 80 0 0 0 1

7 68 169 41 150 90 0 0 1 1

8 53 107 32 130 80 2 0 0 1

9 47 122 63 180 110 2 0 0 1

10 59 143 0 120 80 2 2 0 1

11 62 77 37 160 80 2 2 0 1

12 72 0 61 180 100 2 0 0 1

13 58 0 60 140 90 2 0 0 1

14 61 171 62 100 60 2 0 1 2

15 53 98 53 120 80 0 0 0 2

16 74 95 21 120 80 0 0 0 2

17 66 121 78 160 100 0 0 0 2

18 51 82 48 100 70 2 0 0 2

19 52 106 40 140 80 2 0 0 2

20 68 136 55 160 80 2 0 0 2

21 68 101 60 100 70 0 0 0 2

22 66 130 41 140 80 0 0 1 2

23 71 169 38 140 90 0 0 0 2

24 47 114 45 140 90 0 0 0 2

25 47 139 50 120 90 2 0 0 2

26 55 128 54 130 80 2

27 53 134 20 110 70 0 0 0 2

28 41 126 59 120 80 0 0 0 2

29 60 149 0 140 90 2 0 0 2

30 62 0 40 140 80 0 0 0 2

31 46 0 39 160 90 0 0 0 2

32 46 30 22 180 120 0 0 0 2

33 42 148 0 150 80 0 0 0 2

34 60 160 47 160 80 2 0 0 2

35 68 0 61 140 90 0 0 0 2

36 66 177 49 120 80 0 0 0 2

37 61 157 0 150 80 0 0 0 2

Apêndice A: Adaptação do escore de Framingham para coleta de dados para homens

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38 63 115 73 110 70 2 0 0 2

39 68 77 45 120 80 0 0 1 2

40 53 134 20 110 70 0 0 0 2

41 41 126 59 120 80 0 0 0 2

42 60 149 0 140 90 2 0 0 2

43 62 0 40 140 80 0 0 0 2

44 46 0 39 160 90 0 0 0 2

45 46 30 22 180 120 0 0 0 2

46 42 148 0 150 80 0 0 0 2

47 60 160 47 160 80 2 0 0 2

48 68 0 61 140 90 0 0 0 2

49 66 177 49 120 80 0 0 0 2

50 61 157 0 150 80 0 0 0 2

51 63 115 73 110 70 2 0 0 2

52 68 77 45 120 80 0 0 1 2

53 66 130 41 140 80 0 0 1 2

54 71 169 38 140 90 0 0 0 2

55 47 114 45 140 90 0 0 0 2

56 47 139 50 120 90 2 0 0 2

57 55 128 54 130 80 2

58 74 95 52 140 80 0 0 0 3

59 44 93 60 140 80 0 0 0 3

60 70 142 0 120 80 0 0 0 3

61 64 192 80 160 90 0 0 1 3

62 51 81 41 140 80 2 0 0 3

63 71 86 57 120 80 0 0 0 3

64 28 119 43 140 80 2 0 0 3

65 35 0 52 160 90 0 0 0 3

66 74 100 44 130 80 0 0 0 3

67 55 115 63 120 80 0 0 0 3

68 52 70 57 140 80 0 0 0 3

69 65 155 66 120 90 0 2 0 3

70 54 99 44 140 80 0 0 1 3

71 64 126 55 160 80 0 0 1 3

72 53 81 48 160 100 2 0 0 4

73 58 77 58 130 70 0 0 0 4

74 48 116 41 130 80 0 2 0 4

75 53 116 49 130 80 2 0 0 4

76 64 70 43 120 80 0 0 0 4

77 58 86 60 180 90 2 0 0 4

78 57 85 42 120 80 0 0 0 4

79 44 137 40 140 80 0 0 0 4

80 53 38 24 170 100 0 0 0 4

81 35 74 32 140 80 0 0 0 4

82 60 0 57 170 80 2 0 0 4

83 51 0 40 120 80 0 0 0 4

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84 54 129 72 160 90 2 0 0 4

85 71 74 43 100 80 0 0 0 4

86 54 129 72 160 90 2 0 0 4

87 71 74 43 100 80 0 0 0 4

88 61 134 0 130 80 0 0 0 5

89 72 103 51 110 80 0 0 0 5

90 61 89 0 160 100 2 0 0 5

91 47 0 45 120 80 0 0 0 5

92 67 0 50 180 70 0 0 0 5

93 73 103 37 110 80 0 0 0 5

94 68 169 41 150 90 0 0 1 5

95 53 107 32 130 80 2 0 0 5

96 47 122 63 180 110 2 0 0 5

97 59 143 0 120 80 2 2 0 5

98 62 77 37 160 80 2 2 0 5

99 70 109 42 110 60 0 0 1 6

100 55 201 39 140 80 2 0 0 6

101 56 174 44 130 80 2 0 1 6

102 49 197 30 140 80 2 0 0 6

103 69 75 36 130 80 0 0 1 6

104 53 140 55 120 80 2 0 0 6

105 51 90 55 160 100 0 0 0 6

106 55 68 43 140 80 0 0 0 6

107 70 104 56 150 80 0 0 0 6

108 66 168 60 120 80 0 0 0 6

109 54 138 42 150 80 0 0 0 6

110 49 145 40 100 70 0 1 6

111 66 62 0 160 90 2 0 0 6

112 39 116 51 140 80 0 0 0 6

113 43 0 47 110 80 2 0 0 6

114 56 102 40 120 70 0 0 0 6

115 65 147 56 140 80 2 0 0 6

116 61 0 37 120 80 0 0 0 6

117 63 165 59 140 80 2 0 1 7

118 47 117 42 160 90 2 0 1 7

119 37 104 55 120 80 2 0 1 7

120 53 98 35 180 100 0 2 1 7

121 60 185 51 160 80 0 2 0 7

122 74 125 66 140 80 0 0 1 7

123 74 95 52 140 80 0 0 0 7

124 44 93 60 140 80 0 0 0 7

125 70 142 0 120 80 0 0 0 7

126 64 192 80 160 90 0 0 1 7

127 51 81 41 140 80 2 0 0 7

128 71 86 57 120 80 0 0 0 7

129 28 119 43 140 80 2 0 0 7

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51

130 35 0 52 160 90 0 0 0 7

131 74 100 44 130 80 0 0 0 7

132 55 115 63 120 80 0 0 0 7

133 52 70 57 140 80 0 0 0 7

134 65 155 66 120 90 0 2 0 7

135 54 99 44 140 80 0 0 1 7

136 64 126 55 160 80 0 0 1 7

137 70 109 42 110 60 0 0 1 8

138 55 201 39 140 80 2 0 0 8

139 56 174 44 130 80 2 0 1 8

140 49 197 30 140 80 2 0 0 8

141 69 75 36 130 80 0 0 1 8

142 53 140 55 120 80 2 0 0 8

143 51 90 55 160 100 0 0 0 8

144 55 68 43 140 80 0 0 0 8

145 70 104 56 150 80 0 0 0 8

146 66 168 60 120 80 0 0 0 8

147 54 138 42 150 80 0 0 0 8

148 49 145 40 100 70 0 1 8

149 66 62 0 160 90 2 0 0 8

150 39 116 51 140 80 0 0 0 8

151 43 0 47 110 80 2 0 0 8

152 56 102 40 120 70 0 0 0 8

153 65 147 56 140 80 2 0 0 8

154 61 102 37 120 80 0 0 0 8

155 64 98 50 150 90 0 0 1 8

156 47 77 33 120 80 0 0 0 8

157 45 87 67 120 80 0 0 0 8

158 44 86 66 120 70 0 0 1 8

Page 52: AVALIAÇÃO DE RISCO CARDIOVASCULAR SEGUNDO O …grupos de risco e classificados segundo o Escore de risco de Framingham, que determinou o grau de risco para a amostra estudada classificando-os

52

N.º

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= 0

Sim

= 1

SOM

A

MIC

RO

ÁR

EA

1 74 96 63 130 80 0 0 0 1

2 51 0 43 130 100 0 0 1 1

3 56 251 43 120 80 0 0 0 1

4 55 0 40 110 70 2 2 0 1

5 70 95 37 130 80 2 0 0 1

6 57 104 56 150 80 0 2 0 1

7 64 161 37 170 100 0 0 0 1

8 72 109 33 160 80 0 2 0 1

9 51 90 50 160 100 2 0 0 1

10 50 125 44 150 90 0 2 0 1

11 57 174 64 160 110 2 0 0 1

12 45 72 31 140 80 2 2 1 1 13 69 151 39 140 80 2 0 0 1

14 60 0 69 120 80 0 0 0 1

15 65 136 82 130 80 0 0 0 1

16 59 0 51 130 80 2 2 0 1

17 60 122 53 120 80 0 0 0 1

18 69 0 47 140 80 2 0 0 1

19 56 85 39 120 80 2 0 0 1

20 58 123 54 140 90 2 0 0 1

21 60 96 48 140 100 2 0 0 1

22 54 68 63 140 80 2 0 0 1

23 59 201 0 140 80 0 0 0 1

24 56 67 55 120 80 0 0 0 1

25 74 223 53 150 90 2 0 0 1

26 45 142 53 140 80 0 0 0 1

27 49 0 62 150 80 0 2 0 1

28 74 149 72 120 80 0 0 0 1

29 45 130 46 170 100 0 2 0 1

30 58 148 55 140 80 0 0 0 1

31 70 146 0 150 80 0 0 0 1

32 58 174 0 120 80 2 0 0 1

33 64 196 60 120 80 0 0 0 1

34 54 105 62 130 80 0 2 0 1

35 33 0 58 130 80 0 0 0 1

36 55 101 45 120 80 2 2 0 1

Apêndice B: Adaptação do escore de Framingham para coleta de dados para mulheres

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53

37 64 126 0 120 80 2 2 0 1

38 68 135 49 120 80 2 0 0 1

39 64 105 44 160 80 2 2 0 1

40 59 166 54 120 80 0 0 1 2

41 48 196 63 120 80 2 0 1 2

42 59 107 47 140 100 2 0 0 2

43 61 79 49 170 90 2 0 0 2

44 51 0 41 110 80 2 0 0 2

45 54 86 50 130 80 0 0 0 2

46 62 132 53 110 80 0 0 1 2

47 57 134 69 110 70 0 0 0 2

48 65 170 70 140 90 0 0 0 2

49 38 199 0 140 80 2 0 0 2

50 64 135 54 140 70 0 0 0 2

51 60 0 52 140 80 2 0 0 2

52 53 121 49 140 80 0 0 0 2

53 67 183 54 180 100 2 2 0 2

54 61 148 50 120 70 2 0 0 3

55 71 114 51 120 80 0 0 0 3

56 39 68 80 140 90 2 0 0 3

57 63 192 84 160 90 0 0 0 3

58 64 182 44 140 80 0 0 1 3

59 38 80 51 140 80 2 0 1 3

60 74 79 62 120 90 2 0 1 3

61 67 88 63 140 80 2 0 1 3

62 73 85 60 170 80 0 2 0 3

63 35 92 46 180 90 0 0 0 3

64 74 45 116 140 80 0 0 1 3

65 48 60 52 130 80 2 0 1 3

66 58 178 119 110 70 0 0 1 3

67 52 136 43 140 80 2 0 1 3

68 74 131 37 150 80 0 0 0 3

69 58 128 49 160 80 2 0 1 3

70 71 118 70 150 80 0 0 0 3

71 68 0 45 120 80 0 0 1 3

72 55 53 38 130 80 2 0 1 3

73 72 82 72 100 70 0 0 0 3

74 43 181 50 140 80 2 0 0 3

75 60 0 59 110 80 2 0 0 3

76 54 118 43 110 70 0 0 0 3

77 65 106 37 140 80 2 2 0 3

78 62 160 67 120 80 0 0 0 3

79 59 164 29 110 80 0 0 0 3

80 74 34 47 100 70 2 2 1 3

81 53 87 41 140 80 2 0 0 3

82 68 109 51 160 80 2 0 0 3

Page 54: AVALIAÇÃO DE RISCO CARDIOVASCULAR SEGUNDO O …grupos de risco e classificados segundo o Escore de risco de Framingham, que determinou o grau de risco para a amostra estudada classificando-os

54

83 69 102 59 150 80 0 0 0 3

84 47 101 42 130 90 2 0 0 3

85 61 252 63 130 80 0 0 0 3

86 66 123 52 130 80 0 0 0 3

87 59 86 45 140 100 2 0 0 3

88 43 129 72 130 70 2 0 1 3

89 60 68 37 130 80 0 0 0 3

90 49 108 71 120 80 0 0 0 3

91 59 144 46 110 80 0 0 0 3

92 51 129 72 120 80 0 0 0 3

93 50 124 48 120 80 0 0 0 3

94 63 113 0 140 80 0 0 0 3

95 55 109 41 140 80 2 0 0 3

96 67 166 57 120 80 0 0 0 3

97 66 130 54 120 80 2 0 0 3

98 68 147 38 120 70 0 0 0 3

99 36 176 55 120 80 0 2 0 3

100 49 88 70 110 70 0 2 0 3

101 69 0 46 120 80 0 0 1 3

102 51 118 48 120 80 0 0 0 3

103 57 0 56 120 80 0 0 0 3

104 55 113 50 130 80 0 0 0 3

105 48 162 0 120 80 0 0 0 3

106 53 0 44 120 80 0 0 0 3

107 64 159 51 180 90 2 0 0 3

108 65 140 44 140 80 2 0 0 3

109 53 122 40 160 100 0 0 0 3

110 57 0 39 120 80 2 0 0 3

111 60 0 54 120 80 2 0 0 3

112 68 101 80 160 80 2 0 0 3

113 65 107 59 130 80 0 0 0 3

114 37 157 54 100 70 0 0 0 3

115 65 0 62 180 100 0 0 0 3

116 64 136 48 160 100 0 2 0 3

117 55 146 47 110 80 2 2 0 3

118 33 53 68 100 60 0 0 0 3

119 53 114 52 140 90 2 0 0 3

120 43 0 59 140 90 2 0 0 3

121 56 0 46 140 90 2 0 0 3

122 63 0 62 140 80 2 0 0 3

123 54 0 52 120 80 0 0 0 3

124 60 122 85 140 80 0 0 0 3

125 51 139 81 150 80 2 0 0 3

126 61 66 44 120 80 0 0 0 3

127 65 144 63 130 90 0 0 0 3

128 48 80 41 120 80 0 0 0 3

Page 55: AVALIAÇÃO DE RISCO CARDIOVASCULAR SEGUNDO O …grupos de risco e classificados segundo o Escore de risco de Framingham, que determinou o grau de risco para a amostra estudada classificando-os

55

129 69 134 59 110 80 0 0 0 3

130 47 147 78 120 80 0 0 0 3

131 52 79 54 110 80 0 0 0 3

132 60 0 45 100 70 0 0 0 3

133 30 115 42 140 90 0 0 0 3

134 51 119 71 160 90 0 0 0 3

135 77 58 82 100 70 2 0 0 3

136 28 144 50 140 80 0 0 0 3

137 43 119 41 150 90 0 0 1 3

138 66 0 64 140 80 0 0 0 3

139 70 87 0 180 90 2 0 1 3

140 51 69 37 180 100 2 0 0 5

141 57 90 66 130 90 2 0 1 5

142 45 133 56 90 60 0 0 0 5

143 49 0 72 140 80 0 0 0 5

144 47 97 56 130 80 0 0 0 5

145 47 74 0 130 80 2 0 0 5

146 74 152 0 130 80 2 0 0 5

147 55 123 52 110 70 0 0 0 5

148 42 115 49 120 80 0 0 0 5

149 31 101 55 110 70 0 0 1 5

150 66 118 0 140 80 2 0 0 5

151 55 0 36 120 80 0 0 0 5

152 64 62 41 140 80 2 0 0 5

153 74 188 65 160 80 2 0 0 5

154 34 174 0 120 80 0 0 0 5

155 74 96 0 140 80 2 0 0 6

156 74 125 56 120 80 2 0 0 6

157 63 142 56 140 80 2 0 0 6

158 56 68 53 160 80 2 2 0 6

159 45 125 48 110 80 2 0 0 6

160 74 225 48 140 80 2 0 1 6

161 74 45 116 140 80 0 0 1 6

162 48 60 52 130 80 2 0 1 6

163 58 178 119 110 70 0 0 1 6

164 52 136 43 140 80 2 0 1 6

165 74 131 37 150 80 0 0 0 6

166 58 128 49 160 80 2 0 1 6

167 71 118 70 150 80 0 0 0 6

168 68 0 45 120 80 0 0 1 6

169 55 53 38 130 80 2 0 1 6

170 71 114 51 120 80 0 0 0 7

171 39 68 80 140 90 2 0 0 7

172 63 192 84 160 90 0 0 0 7

173 64 182 44 140 80 0 0 1 7

174 38 80 51 140 80 2 0 1 7

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56

175 74 79 62 120 90 2 0 1 7

176 67 88 63 140 80 2 0 1 7

177 73 85 60 170 80 0 2 0 7

178 35 92 46 180 90 0 0 0 7

179 74 45 116 140 80 0 0 1 7

180 48 60 52 130 80 2 0 1 7

181 58 178 119 110 70 0 0 1 7

182 52 136 43 140 80 2 0 1 7

183 74 131 37 150 80 0 0 0 7

184 58 128 49 160 80 2 0 1 7

185 71 118 70 150 80 0 0 0 7

186 68 0 45 120 80 0 0 1 7

187 55 53 38 130 80 2 0 1 7

188 72 82 72 100 70 0 0 0 7

189 43 181 50 140 80 2 0 0 7

190 60 0 59 110 80 2 0 0 7

191 55 0 37 140 80 2 0 1 7

192 63 90 60 120 80 0 0 0 7

193 60 171 53 160 80 0 0 0 7

194 58 98 60 130 90 0 0 0 7

195 70 171 68 170 80 2 0 0 7

196 65 179 55 140 80 0 0 0 7

197 71 0 51 140 80 0 0 0 7

198 44 125 69 130 80 0 2 1 7

199 48 0 44 120 80 0 0 0 7

200 47 92 52 130 90 2 2 1 7

201 57 136 70 140 8 0 0 1 7

202 56 78 46 120 80 2 2 1 7

203 51 69 37 180 100 2 0 0 7

204 57 90 66 130 90 2 0 1 7

205 45 133 56 90 60 0 0 0 7

206 49 0 72 140 80 0 0 0 7

207 47 97 56 130 80 0 0 0 7

208 47 74 0 130 80 2 0 0 7

209 74 152 0 130 80 2 0 0 7

210 55 123 52 110 70 0 0 0 7

211 42 115 49 120 80 0 0 0 7

212 31 101 55 110 70 0 0 1 7

213 66 118 0 140 80 2 0 0 7

214 55 0 36 120 80 0 0 0 7

215 64 62 41 140 80 2 0 0 7

216 74 188 65 160 80 2 0 0 7

217 34 174 0 120 80 0 0 0 7

218 61 148 50 120 70 2 0 0 7

219 57 0 93 140 100 2 0 0 7

220 72 82 72 100 70 0 0 0 8

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221 43 181 50 140 80 2 0 0 8

222 60 0 59 110 80 2 0 0 8

223 55 0 37 140 80 2 0 1 8

224 63 90 60 120 80 0 0 0 8

225 60 171 53 160 80 0 0 0 8

226 58 98 60 130 90 0 0 0 8

227 70 171 68 170 80 2 0 0 8

228 65 179 55 140 80 0 0 0 8

229 71 0 51 140 80 0 0 0 8

230 44 125 69 130 80 0 2 1 8

231 48 0 44 120 80 0 0 0 8

232 47 92 52 130 90 2 2 1 8

233 57 136 70 140 8 0 0 1 8

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TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Você está sendo convidado (a) como voluntário (a) a participar da pesquisa: Estratificação de risco

cardiovascular: avaliação segundo o Escore de Framingham de pacientes diabéticos e hipertensos assistidos pela Estratégia Saúde da Família.

O motivo que nos leva a propor este estudo os é a necessidade de entender a prevalência de pessoas com risco cardíaco e que sejam atendidos pela ESF, a pesquisa se justifica pois a partir que a unidade conhece o perfil dos pacientes, ela conseguirá proporcionar assistência eficaz a população adscrita. O objetivo desse projeto é verificar os riscos de pessoas com diabetes e pressão alta a desenvolverem doenças do coração. O procedimento de coleta de dados será da seguinte forma: Coleta de informações ao acessar os dados armazenadas no sistema informatizado da própria unidade de saúde.

A sua participação neste estudo pode gerar algum tipo de desconforto no sentido de ter suas informações pessoais acessadas, porém para minimizar, o pesquisador ira tratar a sua identidade com padrões profissionais de sigilo, além de orientação previa a todos os participantes mediante objetivos e metodologia da pesquisa. Os benefícios esperados são o fortalecimento do vinculo da unidade com os moradores da região e a melhoria do processo de trabalho da equipe.

Você poderá solicitar esclarecimento sobre a pesquisa em qualquer etapa do estudo. Você é livre para recusar-se a participar, retirar seu consentimento ou interromper a participação na pesquisa a qualquer momento, seja por motivo de constrangimento e/ou outros motivos. A sua participação é voluntária e a recusa em participar não irá acarretar qualquer penalidade ou perda de benefícios. Os pesquisadores irão tratar a sua identidade com padrões profissionais de sigilo. Seu nome que indique a sua participação não será liberado sem a sua permissão. Você não será identificado(a) em nenhuma publicação que possa resultar deste estudo. Este consentimento está impresso e deve ser assinada em duas vias, uma será fornecida a você e a outra ficará com os pesquisadores responsáveis. Se houver mais de uma página, tanto o pesquisador quanto o participante deve rubricar todas as páginas.

A participação no estudo, não acarretará custos para você. Eu, ......................................................................................................., fui informado (a) dos objetivos da

pesquisa acima de maneira clara e detalhada e esclareci minhas dúvidas. Sei que em qualquer momento poderei

solicitar novas informações e ou retirar meu consentimento. Os responsáveis pela pesquisa acima, certificaram-

me de que todos os meus dados serão confidenciais. Em caso de dúvidas poderei chamar o estudante Igor de

Carvalho Bezerra, que reside na cidade de Promissão/SP na Rua Alzira Ferrato Jardim Paraíso nº 120, Tel: (14)

9916-55915 e o pesquisador responsável Paulo Fernando Barcelos Borges, Tel: (14) 99640-0795 ou ainda entrar

em contato com o Comitê de Ética em Pesquisa do UniSALESIANO, localizado na Rodovia Teotônio Vilela,

Bairro Alvorada – Araçatuba-SP Fone:(18)3636-5252, 08:00 às 14:00. O Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) é

um colegiado composto por pessoas voluntárias, com o objetivo de defender os interesses dos participantes da

pesquisa em sua integridade e dignidade e para contribuir no desenvolvimento da pesquisa dentro de padrões

éticos. O CEP – UniSALESIANO de Araçatuba é diretamente vinculado ao Centro Universitário Católico Auxilium

de Araçatuba-SP/Missão Salesiana de Mato Grosso.

Declaro que concordo em participar desse estudo. Recebi uma via deste termo de consentimento livre e

esclarecido e me foi dada a oportunidade de ler e esclarecer as minhas dúvidas.

Assinatura do participante de pesquisa ou impressão dactiloscópica(se necessário).

Assinatura: Nome legível: Data _______/______/______ ................................................................................ Assinatura do(a) pesquisador(a) responsável

Data _______/______/______

Im pr es s ã o d a c t i l o s c ó pi c a

APÊNDICE C : Termo de consentimento livre e esclarecido

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ANEXOS

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ANEXO A : Escore de Framingham homem

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ANEXO B : Escore de Framingham mulheres