AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO...

115
UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO PROGRAMA DE MESTRADO E DOUTORADO EM FISIOTERAPIA NAIANE TEIXEIRA BASTOS DE OLIVEIRA AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO PILATES SÃO PAULO 2014

Transcript of AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO...

Page 1: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO

PROGRAMA DE MESTRADO E DOUTORADO EM

FISIOTERAPIA

NAIANE TEIXEIRA BASTOS DE OLIVEIRA

AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO PILATES

SÃO PAULO

2014

Page 2: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

NAIANE TEIXEIRA BASTOS DE OLIVEIRA

AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO PILATES

Defesa apresentada ao Programa de Mestrado e

Doutorado em Fisioterapia da Universidade Cidade de

São Paulo, sob orientação da Profa. Dra. Cristina Maria

Nunes Cabral e co-orientação da Profa. Dra. Sandra

Maria Sbeghen Ferreira de Freitas como requisito para

obtenção do título de Mestre.

SÃO PAULO

2014

Page 3: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

NAIANE TEIXEIRA BASTOS DE OLIVEIRA

AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO PILATES

Defesa apresentada ao Programa de Mestrado e

Doutorado em Fisioterapia da Universidade Cidade de

São Paulo, sob orientação da Profa. Dra. Cristina Maria

Nunes Cabral e co-orientação da Profa. Dra. Sandra

Maria Sbeghen Ferreira de Freitas como requisito para

obtenção do título de Mestre.

Área de Concentração: Avaliação, Intervenção e Prevenção em Fisioterapia.

Data da Defesa:

Resultado: _________________________________________

BANCA EXAMINADORA

Profa. Dra. Cristina Maria Nunes Cabral _____________________________

Universidade Cidade de São Paulo

Profa. Dra. Rosimeire Simprini Padula ______________________________

Universidade Cidade de São Paulo

Prof. Dr. Paulo Roberto Garcia Lucareli ______________________________

Universidade Nove de Julho

Page 4: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

AGRADECIMENTOS

Obrigada Deus, por você estar sempre ao meu lado durante toda esta caminhada, por

me proporcionar persistência e determinação para que eu conseguisse realizar este sonho.

Agradeço a todos os meus familiares principalmente: aos meus pais Rita Teixeira

Bastos e Sebastião Martins de Oliveira, ao meu irmão Halbert Christian Teixeira de Oliveira e

ao meu padrasto Romualdo Bossa que são à base da minha existência, que mesmo distante,

estiveram sempre comigo, apoiando-me, ouvindo-me chorar, ensinando-me, sempre

acreditando em meu potencial e torcendo por mim. Eu os amo incondicionalmente!

Agradeço ao meu noivo Anderson Pedroso Barbosa, o qual eu sempre compartilhei

esse sonho e sempre esteve ao meu lado apoiando-me e incentivando-me.

Agradeço ao meu amigo Irlei dos Santos, que não hesitou em nenhum momento sua

ajuda para a conquista deste sonho.

Agradeço aos meus amigos de Rondônia, que sempre me incentivaram e me apoiaram.

Agradeço aos meus amigos de curso, que contribuíram de forma direta ou indireta para

a realização desta etapa da minha vida.

Agradeço ao Programa de Mestrado e Doutorado em Fisioterapia da UNICID-SP, e

seus docentes e discentes, por me conduzirem a esse difícil, mas prazeroso caminho do

conhecimento, em especial a minha orientadora Prof. Dra. Cristina Maria Nunes Cabral por

incentivar-me, apoiar-me sempre que precisei.

Agradeço a Prof. Dra. Sandra Maria Sbeghen Ferreira de Freitas pelas sugestões

pertinentes durante a construção final desse trabalho e ao Prof. Dr. César Ferreira Amorin por

ajudar com o seu conhecimento e com a disponibilidade do eletromiógrafo.

Agradeço a Fernanda Ferreira Fuhro, Ana Carolina Taccolini Manzoni e Mauricio

Antônio da Luz Júnior, que se dedicaram para a execução deste trabalho.

Page 5: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

Agradeço aos professores Prof Dra. Rosimeire Simprini Padula e Prof Dr. Luis

Mochizuki pelas contribuições durante a qualificação deste trabalho.

Agradeço aos voluntários que participaram do estudo.

Divido com todos vocês mais uma etapa de minha vida!

Muito Obrigado!

Page 6: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

SUMÁRIO

Prefácio............................................................................................................................. i

Resumo.............................................................................................................................. iii

Abstract............................................................................................................................. v

CAPÍTULO 1: Introdução................................................................................................ 1

Referências.................................................................................................................... 9

CAPÍTULO 2: Análise biomecânica do tronco e pelve durante a realização de

exercícios baseados no método pilates: revisão sistemática..............................................

15

Página de título.............................................................................................................. 16

Resumo.......................................................................................................................... 17

Introdução..................................................................................................................... 18

Métodos......................................................................................................................... 20

Resultados..................................................................................................................... 29

Discussão....................................................................................................................... 39

Limitações do estudo.................................................................................................... 43

Conclusão...................................................................................................................... 43

Referências.................................................................................................................... 44

Anexo 1: Estratégia de busca........................................................................................ 50

CAPÍTULO 3: Ativação muscular durante exercícios do método pilates em

participantes com dor lombar crônica não específica – estudo caso-controle..................

55

Página de título.............................................................................................................. 56

Resumo.......................................................................................................................... 57

Introdução..................................................................................................................... 58

Métodos........................................................................................................................ 59

Resultados..................................................................................................................... 66

Page 7: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

Discussão....................................................................................................................... 71

Conclusão...................................................................................................................... 74

Pontos chave................................................................................................................. 74

Referências.................................................................................................................... 75

CAPÍTULO 4: Considerações finais................................................................................. 80

Referências.................................................................................................................... 82

ANEXOS.......................................................................................................................... 84

Anexo 1 – Normas de publicação da revista Journal of Manipulative and

Physiological Therapeutics................................................................................................

85

Anexo 2 – Normas de publicação da revista Journal of Orthopaedic & Sports

Physical Therapy...............................................................................................................

96

Anexo 3 – Aprovação do comitê de ética em pesquisa................................................. 102

Page 8: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

i

 

 

PREFÁCIO

Esta dissertação de mestrado aborda tópicos relacionados à ativação muscular durante

a realização de exercícios do método Pilates em participantes saudáveis e com dor lombar

crônica não específica. Está dividida em quatro capítulos, sendo que cada capítulo possui sua

própria lista de referências bibliográficas. O Programa de Mestrado e Doutorado em

Fisioterapia da Universidade Cidade de São Paulo permite a inclusão de artigos publicados,

aceitos ou submetidos para publicação em seu formato de publicação ou submissão no corpo

do exemplar da dissertação.

O capítulo 1 é uma introdução à dissertação que fornece uma visão geral da literatura

sobre avaliação biomecânica durante a realização de exercícios do método Pilates. O capítulo

2 tem como objetivo apresentar uma revisão sistemática sobre estudos transversais com

análise biomecânica do tronco durante a realização de exercícios do método Pilates. Este

trabalho está apresentado no formato exigido pelo Journal of Manipulative and Physiological

Therapeutics. O capítulo 3 tem como objetivo descrever os resultados finais de um estudo

caso e controle que analisa e compara a atividade eletromiográfica dos músculos glúteo

máximo e oblíquo externo em exercícios do método Pilates realizados no solo e nos

aparelhos, em pacientes com dor lombar crônica não específica e participantes saudáveis. Este

documento está apresentado no formato requerido pelas normas do Journal of Orthopaedic &

Sports Physical Therapy, ao qual será submetido para publicação. O capítulo 4 apresenta uma

visão geral dos principais pontos dos capítulos 2 e 3, colocando em destaque suas implicações

clínicas e direções para pesquisas futuras.

Os anexos incluídos como materiais complementares estão no final de cada capítulo.

Uma cópia das instruções para autores das revistas Journal of Manipulative and Physiological

Therapeutics e Journal of Orthopaedic & Sports Physical Therapy está incluída no final da

Page 9: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

ii

 

 

dissertação (Anexos 1 e 2). O parecer de aprovação concedido pelo Comitê de Ética em

Pesquisa da Universidade Cidade de São Paulo para o estudo antes do início da coleta de

dados foi incluído em anexo no final desta dissertação (Anexo 3).

Page 10: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

iii

 

 

RESUMO

Esta dissertação de mestrado teve como objetivo geral analisar a ativação muscular

durante exercícios do método Mat Pilates e Studio Pilates em participantes com dor lombar

crônica não específica. Os objetivos específicos foram: 1) realizar uma revisão sistemática

com estudos transversais sobre análise biomecânica de tronco e pelve durante a realização de

exercícios do método Pilates; e 2) analisar e comparar a atividade eletromiográfica dos

músculos glúteo máximo e oblíquo externo em exercícios do método Pilates realizados no

solo e nos aparelhos em pacientes com dor lombar crônica não específica e participantes

saudáveis.

A dor lombar crônica é considerada um problema de saúde pública e de ordem

socioeconômica mundial, com alta prevalência e dificuldade na obtenção do diagnóstico e

tratamento. Os exercícios têm sido uma ótima opção no tratamento da dor lombar crônica não

específica. Alguns estudos já investigaram a eficácia do método Pilates no tratamento de

doenças musculoesqueléticas, mas observa-se uma dificuldade de encontrar na literatura

informações detalhadas com respeito a avaliações biomecânicas dos exercícios realizados no

método. O conhecimento das avaliações biomecânicas pode ser considerado como ferramenta

complementar na escolha dos exercícios do método Pilates durante um programa de

reabilitação. Desde 2005 estudos sobre este tema têm sido publicados.

O capítulo 2 descreve os resultados da revisão sistemática com o objetivo de unir os

estudos transversais que realizaram análise biomecânica do tronco e pelve durante exercícios

do método Pilates, avaliando a qualidade metodológica e a descrição dos Standards for

Reporting EMG Data. Foram encontrados 1623 artigos, 12 artigos foram elegíveis, os quais

possuem uma média de 12 participantes e foram conduzidos em dois países. Todos os artigos

são estudos transversais seccionais, somente um artigo possui delineamento tipo caso e

Page 11: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

iv

 

 

controle. Na avaliação da qualidade metodológica dos estudos incluídos, somente um estudo

pontuou acima de cinco repostas “sim”. Na avaliação dos Standards for Reporting EMG

Data, somente quatro estudos pontuaram acima de cinco repostas “sim”. Assim, pode-se

sugerir que os estudos avaliados não possuem boa qualidade metodológica, e não descrevem

todos os itens dos Standards for Reporting EMG Data, prejudicando a sua confiabilidade.

No capítulo 3 estão apresentados os resultados do estudo caso e controle, que teve

como objetivo analisar e comparar a atividade eletromiográfica dos músculos glúteo máximo

e oblíquo externo em exercícios do método Pilates, realizados no solo e nos aparelhos em

pacientes com dor lombar crônica não específica e participantes saudáveis. Não houve

diferença de ativação muscular durante os exercícios do método Pilates avaliados entre

participantes com e sem dor lombar crônica não específica. Também não houve diferença na

avaliação da dor durante os exercícios. Assim, conclui-se que os pacientes realizaram o

mesmo recrutamento muscular observado em participantes saudáveis, e que a dor não

influencia na execução do exercício. Portanto sugerimos que esses exercícios sejam utilizados

no tratamento para dor lombar crônica. Os estudos descritos nesta dissertação são

importantes, pois podem auxiliar profissionais da área da saúde em suas tomadas de decisões

clínicas como na escolha dos exercícios evitando o uso de regulagens ou posições do

exercício que ativem, de forma indesejada, determinada musculatura em período de

recuperação.

Page 12: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

v

 

 

ABSTRACT

The objective of this research was to analyze the muscle activation during Mat Pilates

and Studio Pilates exercises in participants with nonspecific chronic low back pain. The

specific objectives were: 1) to conduct a systematic review with cross-sectional studies about

biomechanical analysis of trunk and pelvis during exercises of the Pilates method; and 2) to

analyze and compare the electromyographic activity of the external oblique and gluteus

maximus muscles during Pilates exercises performed on the ground and in the equipments in

patients with nonspecific chronic low back pain and healthy subjects.

Chronic low back pain is considered a public health and world economic problem,

with high prevalence and difficult diagnosis and treatment. The exercises have been a great

option in the treatment of chronic nonspecific low back pain. Some studies have investigated

the effectiveness of the Pilates method in the treatment of musculoskeletal diseases, but is

difficult to find detailed information in the literature with respect to biomechanical evaluation

of Pilates exercises. The knowledge of the biomechanical evaluations can be considered as a

complementary tool to choose the exercises of Pilates method during a rehabilitation program.

Since 2005 studies on this topic have been published.

Chapter 2 describes the results of a systematic review with the objective to summarize

all cross-sectional studies that performed a biomechanical analysis of the trunk and pelvis

during the exercises of Pilates method, evaluating the methodological quality and the

description of the Standards for Reporting EMG Data. We found 1,623 articles, of these 12

articles were eligible, which have an average of 12 participants and were conducted in two

countries. All studies are cross-sectional, only one article has a study design of case and

control. In the assessment of the methodological quality of cross-sectional studies, only one

study scored above five answers "yes". In the evaluation of Standards for Reporting EMG,

Page 13: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

vi

 

 

only four studies scored above five answers "yes". Thus, we may suggest that the studies

evaluated did not have good methodological quality, and did not describe all items of

Standards for Reporting EMG Data, hampering their reliability.

In chapter 3 are presented the results of the case and control study. The objective was

to analyze and compare the electromyographic activity of external oblique and gluteus

maximus muscles during exercises of the Pilates method, performed on the ground and in the

equipment in patients with chronic nonspecific low back pain and healthy subjects. There was

no difference in muscle activation during the exercises of Pilates method evaluated between

participants with and without nonspecific chronic low back pain. There was no difference in

pain assessment during the exercises. Thus, it is concluded that the patients reached the same

muscular recruitment observed in healthy subjects, and that pain does not influence the

execution of the exercise. Therefore, we suggest that such exercises are used in the treatment

for low back pain. The studies described in this thesis are important because they can help

health professionals in their clinical decisions, as in the choice of exercise, avoiding the use of

adjustments or positions that activate, in an undesired way, certain muscles in the recovery

period.

Page 14: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

CAPÍTULO 1

INTRODUÇÃO

Page 15: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

2

 

 

INTRODUÇÃO

Dor lombar é a designação de qualquer dor na região inferior do dorso e quando

persiste por mais de três meses torna-se crônica. Apenas 10 a 20% dos pacientes que tem dor

lombar desenvolve dor lombar crônica1. Muitas vezes, este sintoma tem início impreciso com

períodos de melhora e piora, apresentando causa multifatorial1. Alguns pacientes com dor

lombar crônica exercem suas atividades diárias e profissionais normais, enquanto outros

evoluem com importantes níveis de incapacidade2, 3. A dor lombar crônica é considerada um

dos problemas musculoesqueléticos mais comuns da sociedade, sendo um problema de saúde

pública e de ordem socioeconômica mundial, e representa uma das principais causas de

absenteísmo no trabalho e incapacidade temporária ou definitiva para atividades

profissionais1, 4-12.

Devido a falhas metodológicas e diversas variações da definição e severidade da dor

lombar torna-se difícil avaliar e comparar estudos de prevalência. Mesmo com essas

dificuldades as estimativas mostram a dimensão desse problema. Uma revisão sistemática13

recente sobre o tema mostrou que as estimativas de dor lombar têm grande variabilidade. O

sintoma tem prevalência pontual de 18%; para um mês é de 31%; para um ano, a prevalência

é de 38%; e para pessoas que em algum momento de suas vidas sentiram dor lombar é de

39%. Uma pesquisa nacional por Amostra de Domicílios realizada pelo Instituto Brasileiro

de Geografia e Estatística em 2008 estimou que, no Brasil, entre as doenças crônicas

identificadas por algum médico ou profissional de saúde, a doença de coluna ocupa o segundo

lugar com 13,5%, ficando atrás apenas da hipertensão arterial14.

Nos últimos anos ocorreu um grande avanço da tecnologia com o diagnóstico e a

utilização de intervenções inovadoras, mas os gastos com a dor lombar estão crescendo rápido

e gerando enormes custos sociais e econômicos15. Os custos com o tratamento deste sintoma

Page 16: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

3

 

 

parecem ser maiores no cuidado de pacientes crônicos. Mais de 80% de todos os custos de

saúde para problemas crônicos são gastos com esses pacientes15. As despesas são divididas

em custos diretos, que estão relacionados a gastos médicos e não médicos, e indiretos,

relacionados à produtividade e absenteísmo15. Nos Estados Unidos, os custos indiretos

chegam a 7,4 bilhões de dólares, sendo 14,5 milhões de dólares estimados com despesas em

dor lombar quando o sintoma torna-se crônico15. Em uma revisão sistemática, foi encontrado

que os custos diretos são em sua maioria com fisioterapia, serviços de internação, farmácia,

cuidados primários, exame de imagem, médicos especialistas, entre outros serviços, e para os

custos indiretos, os principais foram com licença do trabalho e aposentadoria precoce15. Os

custos indiretos apresentam maiores estimativas com despesas relacionadas com dor lombar

do que os custos diretos15. No Brasil não há dados referentes a este assunto até o momento.

O diagnóstico de pacientes com dor lombar baseia-se em avaliação clínica composta

por história clínica e exame físico, o que é importante para nortear as decisões básicas que

serão tomadas para um tratamento eficaz, possibilitando a exclusão de doenças sérias16.

Algumas classificações ajudam no diagnóstico, em relação à resposta sintomática e à duração

dos sintomas. Para a resposta sintomática, a classificação é dividida em três grupos: 1) dor

lombar não específica, relacionada à dor mecânica de origem musculoesquelética, com sinais

de dor na região lombossacra, nádegas e coxas. Pode variar com atividade física e com o

tempo, acomete cerca de 95% dos pacientes; 2) dor lombar por compressão de raiz nervosa,

que pode surgir a partir de uma hérnia discal, estenose do canal vertebral ou cicatriz cirúrgica.

A dor é aguda e bem localizada, irradiada para o membro inferior abaixo do joelho e até o pé

ou dedos, acometendo menos de 5% dos pacientes; e 3) dor lombar por doenças sérias da

coluna, incluindo doenças inflamatórias, tumores e infecções da coluna vertebral, que

acomete menos de 1% dos pacientes16. Em relação à duração dos sintomas, a dor lombar pode

ser classificada como: 1) até seis semanas: dor lombar aguda; 2) de seis a 12 semanas:

Page 17: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

4

 

 

subaguda; e 3) mais de 12 semanas: crônica. Estas classificações auxiliam no prognóstico da

dor lombar4, 16.

O prognóstico da dor lombar para a forma aguda é considerado favorável, pois os

pacientes têm uma melhora rápida dentro de algumas semanas. Há melhora rápida em 58%

dos casos para dor e função e 82% dos pacientes retornam ao trabalho em um mês. Esses

pacientes continuam melhorando, mas 73% dos casos apresentam recidivas17. Para a forma

crônica, há uma boa chance de recuperação2, 17. Em nove meses, 35% dos pacientes estarão

sem dor e recuperados completamente e em 12 meses, 42% estarão sem dor e 41% estarão

recuperados completamente com redução da dor, melhora da função e retorno ao trabalho2.

Fatores como licenças médicas anteriores devido à dor lombar, experiências passadas de dor,

baixo nível educacional, percepção de risco de persistência da dor e níveis elevados de

incapacidade funcional podem estar relacionados com o tempo de recuperação de dor lombar

crônica2.

O tratamento para dor lombar não específica irá depender da duração dos sintomas6.

Para os pacientes com dor lombar aguda é recomendado fornecer informações adequadas,

esclarecer que a dor lombar na maioria dos casos não é uma doença grave e que pode haver

uma rápida recuperação em algumas semanas. Deve-se recomendar que o paciente permaneça

o mais ativo possível para voltar precocemente as suas atividades diárias, prescrever

medicamentos para amenizar a dor, fazer manipulação da coluna vertebral para aqueles que

não estão conseguindo retornar para suas atividades normais e fornecer cartilhas educativas.

Para estes pacientes, não é recomendado o repouso, a realização de exercícios específicos,

Back School, terapia comportamental, tração, massagem, eletroterapia, ultrassom, laser e

acompanhamento multidisciplinar1, 4, 6, 18.

Já para dor lombar subaguda é recomendado acompanhamento multidisciplinar,

incluindo intervenção psicológica, terapia física, social e profissional, exercícios e terapia

Page 18: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

5

 

 

comportamental19. Com relação à dor lombar crônica, os tratamentos utilizados como laser,

massagem e manipulação da coluna vertebral têm efeitos pequenos. A prescrição de

medicamentos, Back School, tratamento multidisciplinar, terapia comportamental,

intervenções educativas, exercícios supervisionados incorporando adaptação individual,

alongamento e fortalecimento é recomendada. Já os recursos físicos e tração não são

recomendados 1, 6, 18, 19.

Porém essas formas de tratamento para dor lombar crônica são consideradas como

tendo efeitos moderados, de forma que ainda não existem evidências suficientes para

recomendar qualquer tratamento específico efetivo para os portadores deste sintoma1, 20. Um

dos poucos tratamentos para a dor lombar crônica que tem grande efeito a curto e longo prazo

é o exercício, pois reduz a dor e a incapacidade1. Assim, podem ser indicados programas de

exercícios para condicionamento geral, força e resistência da musculatura da coluna

vertebral9. Estudos mostram que os tratamentos para dor lombar têm uma baixa taxa de

sucesso1 e é notório que há uma necessidade de tratamentos mais eficazes para esses

pacientes8.

A dor lombar está associada às disfunções e deficiências dos músculos profundos do

tronco como transverso do abdome e multífidos21-23. Essas deficiências provocam alterações

nos mecanismos neuromusculares, afetando a estabilidade do tronco e a realização correta de

movimentos21-24. O método Pilates vem sendo usado como uma opção de tratamento a ser

estudada. Esse método foi criado pelo alemão Joseph Hubertus Pilates e possui seis princípios

básicos que devem ser seguidos nos seus exercícios: centralização, concentração, controle,

precisão, respiração e fluidez de movimento25. Os exercícios são realizados com a

centralização, considerada o ponto principal de foco do método Pilates e recebe a

denominação de power house ou centro de força, que envolve contrações musculares

concêntricas e isométricas25, 26. Os músculos componentes do power house são: músculos

Page 19: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

6

 

 

abdominais anteriores, abdominais posteriores, extensores do quadril, flexores do quadril e

assoalho pélvico25. Os referidos músculos são contraídos durante os exercícios, utilizando a

respiração diafragmática, com o objetivo de diminuir as compressões articulares e causar uma

alteração na inclinação da pelve25. Esses músculos fortalecidos promovem uma estabilidade

da coluna, principalmente da coluna lombar, deixando a pelve neutra, evitando compensações

adversas, como por exemplo uma hiperlordose25. Assim, é realizada uma estabilização da

postura estática da coluna lombar e pelve, auxiliando na estabilidade dinâmica do corpo

durante a execução dos exercícios25.

O método Pilates possui vários exercícios de alongamento e fortalecimento, podendo

ser dividido em Mat Pilates, praticado no solo, e Studio Pilates, praticado com aparelhos25. A

intensidade dos exercícios nos aparelhos é fornecida através de polias e molas, sendo estas

últimas classificadas por cores diferentes: preta, verde, vermelha, azul e amarela, em ordem

decrescente de intensidade. As molas podem ser utilizadas para facilitar ou dificultar os

exercícios25, 27. Os exercícios são adaptados de acordo com as condições dos praticantes. Com

o tempo de prática, há um aumento gradual da dificuldade, respeitando as habilidades e

características de cada praticante16. O método Pilates também é dividido em tradicional e

moderno. No método tradicional, os exercícios são mais vigorosos, realizados com ritmo

rápido e dinâmico sem supervisão, enfatizando a posição reta da coluna e sendo indicado para

pessoas saudáveis28. Já os exercícios do método moderno enfatizam o alinhamento e a postura

neutra da coluna10, 28 e são adaptados para cada praticante respeitando suas condições físicas,

podendo ser prescritos para a população em geral, incluindo pessoas em reabilitação28. Esse

método é o mais utilizado na prática fisioterapêutica e descrito como exercícios baseados no

método Pilates12, 29 e atualmente é o método utilizado nos estudos sobre o método Pilates.

Vários ensaios clínicos vêm sendo realizados para investigar a eficácia do método

Pilates no tratamento de doenças musculoesqueléticas8, 9, 11, 30-36. Nas últimas duas décadas, os

Page 20: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

7

 

 

exercícios baseados no método Pilates vêm sendo utilizados por fisioterapeutas para reforçar

os programas de reabilitação10, 12. Porém, há uma carência na literatura de estudos com

avaliações biomecânicas durante os exercícios. A avaliação, identificação e conhecimento das

mudanças na ativação muscular dos músculos estabilizadores da coluna lombar decorrentes da

variação do mesmo exercício, poderiam ajudar os fisioterapeutas a definir melhor os

exercícios a serem utilizados no seu programa de reabilitação37. Por exemplo, com esses

dados, o fisioterapeuta pode evitar posições que ativem determinada musculatura em fase de

recuperação ou escolher os exercícios que ativam os músculos específicos de acordo com o

programa de reabilitação desenvolvido37. Assim, para compreender as diversas formas de

movimento, a biomecânica engloba alguns métodos, sendo eles: cinemetria, dinamometria,

antropometria e eletromiografia38.

A cinemetria mede parâmetros cinemáticos do movimento, isto é, posição, orientação,

velocidade e aceleração, através de imagens, registro de trajetórias, decurso de tempo,

determinação de curvas de velocidade e de aceleração. Essa medição utiliza câmeras de vídeo,

cronômetros, goniômetros, acelerômetros, fotografia, entre outros38, 39. A dinamometria mede

forças e a distribuição de pressões, utilizando plataformas de força, plataformas de pressão,

células de carga, atenuadores e transdutores de carga38, 39. A antropometria é utilizada para

determinar características e propriedades do corpo humano, definindo um modelo

antropométrico, contendo parâmetros necessários para a construção de um modelo

biomecânico da estrutura analisada, tendo por base leis matemáticas e físicas. Para isso, são

utilizados fita métrica, balanças, paquímetros digitais, entre outros38, 39. A eletromiografia

analisa a atividade elétrica associada às contrações musculares, para verificar os níveis de

participação de cada músculo ou parte deste, utilizando sinais eletromiográficos. É possível

determinar o padrão temporal da atividade muscular, nível de excitação indicando força e

utilizar o sinal eletromiográfico para indicar fadiga39, 40.

Page 21: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

8

 

 

Até o momento, 12 estudos realizaram uma avaliação biomecânica dos exercícios do

método Pilates. A grande maioria desses estudos27, 37, 41-44 realizaram avaliação em

participantes saudáveis e/ou praticantes do método Pilates. Apenas um estudo recente45

comparou a atividade eletromiográfica durante a realização do power house em pacientes com

dor lombar crônica e participantes saudáveis, e foi observado que os participantes saudáveis

têm maior ativação dos músculos estabilizadores do tronco e co-contração antagonista durante

a contração isométrica do músculo oblíquo interno. Observa-se uma dificuldade de encontrar

na literatura informações detalhadas com respeito aos padrões de ativação muscular

produzidos pelos diferentes exercícios do método Pilates. Mesmo com a publicação dos

estudos descritos anteriormente, não é possível estabelecer conclusões com relação a aspectos

de biomecânica durante os exercícios do método Pilates por conta da diversidade dos

exercícios avaliados.

Em 2012 foi publicada uma revisão sistemática com metanálise sugerindo que a

avaliação da atividade eletromiográfica dos músculos extensores lombares e abdominais

durante exercícios do método Pilates seja realizada em pacientes com dor lombar, para

esclarecer o funcionamento exato dos exercícios do método Pilates e adequar a sua

recomendação aos pacientes46. Um estudo recente45 que fez avaliação em pacientes com dor

lombar crônica, o mesmo possui uma amostra pequena e sem a realização de cálculo amostral.

Este estudo realizou somente a avaliação da atividade eletromiográfica durante o power house

e não avaliou a atividade eletromiográfica durante os exercícios. O conhecimento da atividade

eletromiográfica durante os exercícios pode ser utilizado como ferramenta complementar na

escolha dos exercícios do método Pilates durante um programa de reabilitação.

Assim, o objetivo geral desta dissertação de mestrado é analisar a ativação muscular

durante exercícios do método Mat Pilates e Studio Pilates em participantes com dor lombar

crônica não específica. Os objetivos específicos são: realizar uma revisão sistemática de

Page 22: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

9

 

 

estudos transversais que fizeram uma análise biomecânica da musculatura do tronco e pelve

durante exercícios do método Pilates; e analisar e comparar a atividade eletromiográfica dos

músculos glúteo máximo e oblíquo externo em exercícios do método Pilates realizados no

solo e nos aparelhos em pacientes com dor lombar crônica não específica e participantes

saudáveis.

REFERÊNCIAS

1. Maher CG. Effective physical treatment for chronic low back pain. Orthop Clin North

Am 2004;35:57-64.

2. Costa Lda C, Maher CG, McAuley JH, Hancock MJ, Herbert RD, Refshauge KM,

Henschke N. Prognosis for patients with chronic low back pain: inception cohort study. BMJ

2009;339:b3829.

3. Rainville J, Bagnall D, Phalen L. Health care providers' attitudes and beliefs about

functional impairments and chronic back pain. Clin J Pain 1995;11:287-95.

4. van Tulder M, Becker A, Bekkering T, Breen A, del Real MT, Hutchinson A, Koes B,

Laerum E, Malmivaara A. Chapter 3. European guidelines for the management of acute

nonspecific low back pain in primary care. Eur Spine J 2006;15 Suppl 2:S169-91.

5. Walker BF. The prevalence of low back pain: a systematic review of the literature

from 1966 to 1998. J Spinal Disord 2000;13:205-17.

6. Airaksinen O, Brox JI, Cedraschi C, Hildebrandt J, Klaber-Moffett J, Kovacs F,

Mannion AF, Reis S, Staal JB, Ursin H, Zanoli G. Chapter 4. European guidelines for the

management of chronic nonspecific low back pain. Eur Spine J 2006;15 Suppl 2:S192-300.

Page 23: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

10

 

 

7. Henschke N, Ostelo RW, van Tulder MW, Vlaeyen JW, Morley S, Assendelft WJ,

Main CJ. Behavioural treatment for chronic low-back pain. Cochrane Database Syst Rev

2010;7:CD002014.

8. Gladwell V, Head S, Haggar M, Beneke R. Does a program of pilates improve chronic

non-specific low back pain? J Sport Rehabil 2006;15:338-50.

9. Rydeard R, Leger A, Smith D. Pilates-based therapeutic exercise: effect on subjects

with nonspecific chronic low back pain and functional disability: a randomized controlled

trial. J Orthop Sports Phys Ther 2006;36:472-84.

10. La Touche R, Escalante K, Linares MT. Treating non-specific chronic low back pain

through the Pilates Method. J Bodyw Mov Ther 2008;12:364-70.

11. da Fonseca JL, Magini M, de Freitas TH. Laboratory gait analysis in patients with low

back pain before and after a pilates intervention. J Sport Rehabil 2009;18:269-82.

12. Lim EC, Poh RL, Low AY, Wong WP. Effects of Pilates-based exercises on pain and

disability in individuals with persistent nonspecific low back pain: a systematic review with

meta-analysis. J Orthop Sports Phys Ther 2011;41:70-80.

13. Hoy D, Bain C, Williams G, March L, Brooks P, Blyth F, Woolf A, Vos T,

Buchbinder R. A systematic review of the global prevalence of low back pain. Arthritis

Rheum 2012;64:2028-37.

14. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Instituto Brasileiro de Geografia

e Estatística (IBGE): Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. Um Panorama da Saúde

no Brasil: acesso e utilização dos serviços, condições de saúde e

fatores de risco e proteção à saúde. 2008; Available from:

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/pnad_panorama_saude_brasil.pdf.

15. Dagenais S, Caro J, Haldeman S. A systematic review of low back pain cost of illness

studies in the United States and internationally. Spine (Phila Pa 1976) 2008;8:8-20.

Page 24: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

11

 

 

16. Waddell G. The Back Pain Revolution. ed S, editor. Edinburgh: Churchill

Livingstone; 2004.

17. Pengel LH, Herbert RD, Maher CG, Refshauge KM. Acute low back pain: systematic

review of its prognosis. BMJ 2003;327:323.

18. Burton AK, Waddell G, Tillotson KM, Summerton N. Information and advice to

patients with back pain can have a positive effect. A randomized controlled trial of a novel

educational booklet in primary care. Spine (Phila Pa 1976) 1999;24:2484-91.

19. Chou R, Qaseem A, Snow V, Casey D, Cross JT, Jr., Shekelle P, Owens DK.

Diagnosis and treatment of low back pain: a joint clinical practice guideline from the

American College of Physicians and the American Pain Society. Ann Intern Med

2007;147:478-91.

20. Assendelft WJ, Morton SC, Yu EI, Suttorp MJ, Shekelle PG. Spinal manipulative

therapy for low back pain. Cochrane Database Syst Rev 2004;1:CD000447.

21. Hodges PW, Richardson CA. Altered trunk muscle recruitment in people with low

back pain with upper limb movement at different speeds. Arch Phys Med Rehabil

1999;80:1005-12.

22. Hodges PW, Richardson CA. Delayed postural contraction of transversus abdominis in

low back pain associated with movement of the lower limb. J Spinal Disord 1998;11:46-56.

23. Hodges PW, Richardson CA. Inefficient muscular stabilization of the lumbar spine

associated with low back pain. A motor control evaluation of transversus abdominis. Spine

(Phila Pa 1976) 1996;21:2640-50.

24. van Dieen JH, Selen LP, Cholewicki J. Trunk muscle activation in low-back pain

patients, an analysis of the literature. J Electromyogr Kinesiol 2003;13:333-51.

25. Musculino JE, Cipriani S. Pilates and the ‘‘powerhouse’’- I. J Bodyw Mov Ther

2004;8:449-55.

Page 25: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

12

 

 

26. Muscolino JE, Cipriani S. Pilates and the ‘‘powerhouse’’-II. J Bodyw Mov Ther

2004;8:122-30.

27. Queiroz BC, Cagliari MF, Amorim CF, Sacco IC. Muscle activation during four

Pilates core stability exercises in quadruped position. Arch Phys Med Rehabil 2010;91:86-92.

28. Latey P. The Pilates method: history and philosophy. J Bodyw Mov Ther 2001;5:275-

82.

29. Coudeyre E, Tubach F, Rannou F, Baron G, Coriat F, Brin S, Revel M, Poiraudeau S.

Effect of a simple information booklet on pain persistence after an acute episode of low back

pain: a non-randomized trial in a primary care setting. PLoS One 2007;2:e706.

30. Rajpal N, Arora M, Chauhan V. The study on efficacy of Pilates and McKenzie

exercises in postural low back pain- A rehabilitative protocol. Physiother Occup Ther J

2008;1:33-56.

31. Curnow D, Cobbin D, Wyndham J, Boris Choy ST. Altered motor control, posture and

the Pilates method of exercise prescription. J Bodyw Mov Ther 2009;13:104-11.

32. Wajswelner H, Metcalf B, Bennell K. Clinical pilates versus general exercise for

chronic low back pain: randomized trial. Med Sci Sports Exerc 2012;44:1197-205.

33. Quinn K, Barry S, Barry L. Do chronic low back pain patients benefit from

attending Pilates classes after completing conventional physiotherapy treatment? Physiother

Ireland 2011;32:5-12.

34. Donzelli S, Di Domenica E, Cova AM, Galletti R, Giunta N. Two different techniques

in the rehabilitation treatment of low back pain: a randomized controlled trial. Eura

Medicophys 2006;42:205-10.

35. Marshallm PW, Kennedy S, Brooks C, Lonsdale C. Pilates exercise or stationary

cycling for chronic non-specific low back pain: Does it matter? A randomized controlled trial

with 6-month follow-up. Spine (Phila Pa 1976) 2013;38:E952-9.

Page 26: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

13

 

 

36. Miyamoto GC, Costa LO, Galvanin T, Cabral CM. Efficacy of the addition of

modified pilates exercises to a minimal intervention in patients with chronic low back pain: a

randomized controlled trial. Phys Ther 2013;93:310-20.

37. Loss JF, Melo MO, Rosa CH, Santos AB, La Torre M, Silva YO. Atividade elétrica

dos músculos oblíquos externos e multífidos durante o exercício de flexoextensão do quadril

realizado no Cadillac com diferentes regulagens de mola e posições do indivíduo. Rev Bras

Fisioter 2010;14:510-7.

38. Winter DA. Biomechanics and Motor Control of Human Movement. John Wiley &

Sons: New York; 1990.

39. Enoka R. Neuromechanical Basis of Kinesiology. Champaign: Human Kinetics; 1988.

40. Luca CJD. The Use of Surface Electromyography in Biomechanics. J Appl Biomech

1997;13:135-63.

41. Menacho MO, Obara K, Conceicao JS, Chitolina ML, Krantz DR, da Silva RA,

Cardoso JR. Electromyographic effect of mat Pilates exercise on the back muscle activity of

healthy adult females. J Manipulative Physiol Ther 2010;33:672-8.

42. Petrofsky JS, Morris A, Bonacci J, Hanson A, Jorritsma R, Hill J. Muscle use during

exercise: A comparison of conventional weight equipment to pilates with and without a

resistive exercise device. J Appl Res 2005;5:160-73.

43. Silva YO, Melo MO, Gomes LE, Bonezi A, Loss JF. Análise da resistência externa e

da atividade eletromiográfica do movimento de extensão de quadril realizado segundo o

método Pilates. Rev Bras Fisioter 2009;13:82-8.

44. Melo MO, Gomes LE, Silva YO, Bonezi A, Loss JF. Assessment of resistance torque

and resultant muscular force during Pilates hip extension exercise and its implications to

prescription and progression. Rev Bras Fisioter 2011;15:23-30.

Page 27: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

14

 

 

45. Marques NR, Morcelli MH, Hallal CZ, Goncalves M. EMG activity of trunk stabilizer

muscles during Centering Principle of Pilates Method. J Bodyw Mov Ther 2013;17:185-91.

46. Pereira LM, Obara K, Dias JM, Menacho MO, Guariglia DA, Schiavoni D, Pereira

HM, Cardoso JR. Comparing the Pilates method with no exercise or lumbar stabilization for

pain and functionality in patients with chronic low back pain: systematic review and meta-

analysis. Clin Rehabil 2012;26:10-20.

Page 28: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

CAPÍTULO 2

ANÁLISE BIOMECÂNICA DO TRONCO E PELVE DURANTE A REALIZAÇÃO

DE EXERCÍCIOS BASEADOS NO MÉTODO PILATES: REVISÃO SISTEMÁTICA

Page 29: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

16

 

 

Título curto: Avaliação biomecânica do método Pilates

Título: Análise biomecânica do tronco e pelve durante a realização de exercícios baseados no

método Pilates: revisão sistemática

Autores: Naiane Teixeira Bastos de Oliveira, Mestranda, Sandra Maria Sbeghen Ferreira de

Freitas, Professora-Doutora, Maurício Antônio da Luz Junior, Mestre, Cristina Maria Nunes

Cabral, Professora-Doutora.

Instituição: Programa de Mestrado e Doutorado em Fisioterapia, Universidade Cidade de São

Paulo, São Paulo, SP, Brasil

Autor correspondente:

Cristina Maria Nunes Cabral

Programa de Mestrado e Doutorado em Fisioterapia, Universidade Cidade de São Paulo -

UNICID.

Rua Cesário Galeno 448, Tatuapé, São Paulo, Brasil, CEP 03071-000

Fone: +55 11 21781565; e-mail: [email protected]

Page 30: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

17

 

 

RESUMO

Introdução: O método Pilates é uma modalidade de exercício que tem sido utilizado por

fisioterapeutas na reabilitação. Alguns estudos investigaram a eficácia do método Pilates, mas

informações detalhadas sobre a avaliação biomecânica ainda são escassas. Portanto, o

objetivo deste estudo foi realizar uma revisão sistemática de estudos longitudinais com

avaliação biomecânica durante os exercícios baseados no método Pilates.

Métodos: O busca foi realizada na base de dados EMBASE, CINAHL, Web of Science,

SPORTDiscus e PubMed para artigos publicados entre 1800 e 12 de dezembro de 2013. Na

estratégia de busca, alguns dos termos foram "electromyogr*", "torque", "biomechanics*",

"kinematics", "motion exercises techniques", "training of Pilates" e "Pilates-based exercises",

ligadas por OR/AND . Dos 1623 estudos inicialmente identificados, 12 foram incluídos na

revisão sistemática.

Resultados: Dentre os 12 artigos selecionados somente um utilizou o desenho de estudo

transversal caso e controle, e, em média, 12 pessoas participaram dos estudos. Na avaliação

da qualidade metodológica, a maioria dos estudos selecionados obteve descrição

metodológica insatisfatória. A avaliação da utilização das normas para apresentação de dados

eletromiográficos mostrou que nenhum estudo pontuou todos os itens avaliados.

Conclusão: Esta revisão sistemática concluiu que os 12 estudos publicados têm baixa

qualidade metodológica e descrição incompleta dos registros eletromiográficos. Além disso,

constatou que há necessidade de mais estudos que incluam amostras significantes e

participantes com doenças musculoesqueléticas, a fim de auxiliar na prescrição de exercícios

para programas de reabilitação.

Page 31: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

18

 

 

INTRODUÇÃO

O método Pilates é atualmente uma modalidade de exercício muito difundida.1-3

Especificamente, na fisioterapia, tem sido utilizado para diversos fins, tais como: restauração

da função articular,4, 5 estabilização lombopélvica,2, 6 controle da fibromialgia,7 relaxamento,

aumento na abertura da caixa torácica,8 manutenção da pressão arterial,9 recuperação pós-

operatória de artroplastia de quadril e joelho,10 melhora de alterações posturais,11 tratamento

da dor lombar4, 12, 13 e ganho de flexibilidade.14 Além disso, tem sido utilizado com o objetivo

de melhorar a força, amplitude de movimento, coordenação, equilíbrio, simetria muscular,

propriocepção, e também para definição corporal e melhora geral da saúde.14

Durante os exercícios, ocorre a ativação do power house na expiração, que são contrações

concêntricas e isométricas dos músculos abdominais anteriores, extensores da coluna,

extensores e flexores do quadril e musculatura profunda da pelve,2, 15 os quais proporcionam a

estabilização estática e dinâmica do corpo. Essa característica tornam os exercícios do método

Pilates semelhantes aos de estabilização de coluna.3, 16-18 O método Pilates possui atualmente

mais de 500 exercícios de alongamento e fortalecimento, sendo dividido em Mat Pilates,

exercícios realizados no solo, e Studio Pilates, exercícios com aparelhos. Os exercícios no

solo foram os primeiros a serem desenvolvidos por Joseph Hubertus Pilates, enquanto uma

série de aparelhos, tais como o Cadillac e Reformer, foi criada posteriormente para realização

de exercícios contra resistência fornecida por molas e polias,2, 6 os quais podem ser utilizados

para facilitar ou dificultar os exercícios.2, 6 Essas molas são classificadas por diferentes cores

que indicam a intensidade de resistência imposta ao exercício.

Page 32: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

19

 

 

Atualmente existem duas vertentes do método Pilates: tradicional e moderno. O método

tradicional é composto por exercícios mais vigorosos, realizados em um ritmo rápido e

dinâmico sem supervisão, enfatizando a posição retificada da coluna, com alta dificuldade de

execução e é indicado para pessoas saudáveis.19 O método moderno é realizado com

exercícios adaptados às condições físicas dos praticantes, com aumento gradual da dificuldade

e complexidade do exercício, respeitando as habilidades e características individuais, podendo

ser prescritos para a população em geral, incluindo pessoas com lesões musculoesqueléticas,

entre outras.19 Tal método enfatiza o alinhamento e a postura da coluna neutra,1, 19 sendo o

mais utilizado na prática fisioterapêutica e descrito como exercícios baseados no método

Pilates.19

O método Pilates tem sido muito procurado nas últimas duas décadas e vem sendo utilizado

por fisioterapeutas para reforçar os programas de reabilitação de problemas ortopédicos, na

área esportiva e desordens neurológicas, focando principalmente a coluna vertebral e sua

estabilização.1 Mais especificamente, para o tratamento da dor lombar, o método Pilates tem

sido motivo de estudos, provavelmente devido à alta incidência e ao alto custo envolvidos

com o tratamento.1, 3, 13, 20, 21 Entretanto, o critério de escolha das variáveis, como posição do

praticante e da mola que modula a sobrecarga dos exercícios do método Pilates, ainda vem

sendo realizado por meio de avaliações subjetivas,22 devido ao pequeno número de estudos a

esse respeito. Embora alguns estudos já tenham investigado a eficácia do método Pilates no

tratamento de doenças musculoesqueléticas,4, 12, 16, 17, 23-28 informações detalhadas sobre as

avaliações biomecânicas dos exercícios realizados no método Pilates são escassas. O

conhecimento das avaliações biomecânicas é fundamental como ferramenta complementar na

escolha dos exercícios do método Pilates durante um programa de reabilitação. Com esses

dados, o fisioterapeuta pode, por exemplo, evitar o uso de regulagens ou posições do exercício

Page 33: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

20

 

 

que ativem, de forma indesejada, determinada musculatura em período de recuperação, ou

ainda, eleger condições de exercício que privilegiem a ativação de grupos musculares

específicos conforme o objetivo do programa. Assim, o objetivo primário deste estudo é

realizar uma revisão sistemática de estudos transversais que utilizaram uma análise

biomecânica da musculatura do tronco e pelve durante a realização de exercícios do método

Pilates. Os objetivos secundários são verificar a qualidade metodológica dos estudos

transversais selecionados e a utilização dos "Standards for Reporting EMG Data"

recomendados pelo International Society of Electrophysiology and Kinesiology (ISEK) nos

estudos que utilizaram a eletromiografia como recurso de avaliação.

MÉTODOS

Critérios de Inclusão

Os critérios utilizados para inclusão dos estudos a serem analisados foram:

1. Estudos transversais com análise biomecânica (por exemplo: avaliação eletromiográfica,

isocinética etc);

2. Estudos com análise biomecânica de tronco e pelve;

3. Estudos em que a avaliação biomecânica foi realizada durante os exercícios do método

Pilates;

4. Estudos publicados em revistas científicas; e

5. Estudos publicados em inglês ou português.

Estratégia de Busca

A busca de artigos foi realizada nas seguintes bases de dados : EMBASE, CINAHL, Web of

Science, SPORTDiscus e Pubmed. Na estratégia de pesquisa, foram utilizados dois blocos de

Page 34: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

21

 

 

termos, um relacionado à analise biomecânica ("electromyogr*’’, “torque”, “biomechanic*”,

“kinematic*”, “kinetic*”, “muscle strength”), e outro bloco de termos sobre Pilates (“exercise

movement techniques”, “exercise movement technics”, “pilates training”, “pilates-based

exercises”) interligados por e/ou. A estratégia de pesquisa está apresentada como um material

suplementar (Anexo 1). Dois revisores independentes realizaram uma análise preliminar dos

resultados da pesquisa com base nas informações fornecidas no título, resumo e palavras-

chave. A partir desta análise preliminar, os artigos selecionados foram examinados mais

profundamente pelo texto completo na fase de avaliação. O último dia da pesquisa foi 12 de

dezembro de 2013. A lista de referências dos estudos selecionados foi procurada para

identificar outros possíveis estudos elegíveis com base nos critérios de inclusão que não foram

encontrados nas bases de dados.

Avaliação dos Estudos

Inicialmente, dois revisores realizaram uma descrição das características e resultados dos

estudos selecionados, considerando o país de realização, objetivos principais, características

dos participantes, desfecho e exercícios avaliados e principais resultados obtidos. Eles

também classificaram a qualidade metodológica considerando o desenho dos estudos e a

utilização dos "Standards for Reporting EMG Data" do ISEK29 na descrição dos

procedimentos da aquisição de dados EMG. No desentendimento entre revisores, foi realizado

um consenso.

A escala de avaliação da qualidade metodológica de estudos transversais seccionais (Quadro

1) foi criada à partir dos critérios descritos previamente em quatro estudos,30-33 que também

avaliam qualidade metodológica de estudos distintos, além dos critérios incluídos pelos

próprios autores do presente estudo. A escala avalia dois aspectos metodológicos: seleção da

Page 35: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

22

 

 

amostra e desfecho. O aspecto da seleção da amostra possui quatro itens. O primeiro avalia se

os autores definiram os critérios de elegibilidade, os quais são planejados para aumentar a

homogeneidade entre os participantes do estudo, fortalecendo a validade externa.34 Em alguns

estudos esses critérios podem ser numerosos e rigorosos, já em outros são bastante resumidos

e simples. Quando esses critérios são muito numerosos e rigorosos, podem dificultar o

recrutamento de participantes, restringindo a generalização dos achados para a população em

geral; quando são resumidos e simples, normalmente os resultados podem ser muito

generalizados. Em ambos os casos, há limitação da validade externa do estudo. O segundo

item avalia se os autores descrevem as características demográficas da amostra. Em uma

pesquisa é de fundamental importância o conhecimento da procedência dos dados e das

características da população, a fim de sabermos a quem os resultados do estudo se destinam.

O terceiro item avalia a representatividade da amostra do estudo em relação à população-alvo.

Um estudo ideal deve ter uma boa validade interna e externa. Estudos com alto risco de viés,

mesmo incluindo uma amostra representativa da população de interesse, são pouco úteis. O

quarto item avalia a seleção aleatória dos participantes do estudo, a qual permite que os

participantes selecionados sejam distintos, favorecendo uma amostra homogênea e

enriquecendo os resultados do estudo.34 No segundo aspecto metodológico da escala,

relacionado ao desfecho, o quinto item avalia o cegamento do avaliador. Assim, o estudo não

será influenciado pelo manejo da avaliação, já que o cegamento previne vieses em vários

estágios da pesquisa, considerando que nem sempre é possível de ser realizado dependendo

do desenho de estudo.34 O sexto item avalia a confiabilidade e reprodutibilidade do

instrumento usado para avaliação, que representa a consistência de resultados obtidos pelos

mesmos participantes em diferentes ocasiões.35 Além disso, foi acrescentado o sétimo item

que avalia a descrição detalhada do exercício analisado. Essa descrição dos exercícios

avaliados é muito importante para uma futura reprodução do estudo por outros autores e

Page 36: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

23

 

 

também para que os clínicos possam usar os exercícios propostos no estudo. O oitavo item

avalia a adequada apresentação dos dados e análise estatística. Dados apresentados com

clareza permitem que o leitor faça uma boa interpretação dos mesmos. Por fim, a pontuação

da escala foi considerada satisfatória quando o artigo obteve cinco respostas “sim” ou mais,

em uma escala que varia de zero a oito pontos.

Page 37: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

 

 

24

Quadro 1: Escala de avaliação da qualidade metodológica de estudos transversais seccionais.30-33

SELEÇÃO DA AMOSTRA SIM NÃO EXEMPLOS

1. Definição dos critérios de elegibilidade SIM: Os critérios são descritos na seção de métodos ou especificamente em um fluxograma

NÃO: Os critérios não são descritos em nenhum momento na seção de métodos

2. Descrição das características demográficas da amostra SIM: As características demográficas são descritas na seção de métodos ou em tabela (por exemplo,

dados como gênero, idade, massa corporal, estatura, prática de atividade física etc)

NÃO: As características demográficas não são descritas em nenhum momento na seção de métodos

3. Representatividade da amostra do estudo em relação à

população-alvo

SIM: Os participantes incluídos na amostra são representativos da população alvo, para a qual os

resultados serão generalizados (por exemplo, o estudo avaliou o desfecho em todos os indivíduos que

apresentavam os critérios de elegibilidade)

NÃO: Os participantes utilizados na amostra não são representativos da população alvo

4. Seleção aleatória dos participantes do estudo SIM: Os participantes foram escolhidos de forma aleatória dentro da população alvo

NÃO: Os participantes não foram escolhidos de forma aleatória

DESFECHO SIM NÃO EXEMPLOS

5. Cegamento do avaliador SIM: A avaliação foi realizada por um avaliador cego, que não conhecia os critérios de elegibilidade

do estudo

NÃO: O avaliador não foi cego

6. Confiabilidade e reprodutibilidade do instrumento

usado para avaliação

SIM: O instrumento utilizado para avaliação possui confiabilidade e reprodutibilidade intra ou inter-

examinador ou foi feito coeficiente de correlação intraclasse para o desfecho

Page 38: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

 

 

25

NÃO: O instrumento utilizado para avaliação não possui confiabilidade e reprodutibilidade

7. Descrição detalhada do exercício realizado SIM: O exercício realizado, a posição do participante e o equipamento utilizado para a realização do

exercício (quando for o caso) foram descritos detalhadamente

NÃO: O exercício realizado e demais parâmetros não foram descritos

8. Adequada apresentação dos dados e análise estatística SIM: Os dados são apresentados por medidas de tendência central e dispersão e os resultados são

inseridos adequadamente nas tabelas e/ou figuras

NÃO: A apresentação dos dados e dos resultados não é adequada

Page 39: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

        26

 

 

O Quadro 2 apresenta a escala formulada a partir dos “Standards for Reporting EMG Data”

do ISEK.29 Apesar da escala ser composta por oito itens, o último item referente ao

processamento do sinal eletromiográfico para estimativa da velocidade de condução da fibra

muscular não foi avaliado no presente estudo. Tal fato é devido a esse tipo de análise ser

específico para a avaliação de fadiga muscular e, portanto, não ser pertinente aos estudos

transversais selecionados nesta revisão sistemática. Assim, a pontuação final da escala

apresentada no Quadro 2 variou de zero a sete pontos e foi considerada satisfatória quando o

artigo obteve quatro respostas “sim” ou mais.

Page 40: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

           

 

 

27

Quadro 2: Escala baseada nos "Standards for Reporting EMG Data”29.

ITEM SIM NÃO NA EXEMPLOS

1. Descrição do tipo de eletrodo

de superfície utilizado

SIM: Descreveu a colocação do eletrodo, em termos de material (por exemplo, Al/AgCl etc), forma (por exemplo,

discos, barras, retangular etc), tamanho (por exemplo, diâmetro, raio, comprimento x largura), uso de gel ou pasta,

abrasão e limpeza da pele com álcool, tricotomia, distância inter eletrodos, localização do eletrodo e a sua orientação

sobre o músculo em relação aos tendões, ponto motor e a direção das fibras

NÃO: Não descreveu as especificações do eletrodo acima

2. Modo de detecção e

amplificação do sinal EMG

SIM: Descreveu se a detecção foi monopolar, diferencial, diferencial duplo etc, a impedância de entrada, taxa de rejeição

de modo comum, razão sinal-ruído e ganho usado

NÃO: Não descreveu as especificações acima

3. Descrição da filtragem do

sinal EMG bruto

SIM: Descreveu o tipo de filtro usado (por exemplo, Butterworth, Chebyshev etc), filtro passa baixa e passa alta e a

ordem do filtro (se de primeira ordem, segunda etc)

NÃO: Não descreveu as especificações acima

4. Descrição da retificação dos

dados de EMG

SIM: Descreveu se o sinal EMG foi retificado por onda completa ou onda parcial

NÃO: Não descreveu as especificações acima

5. Amostragem do sinal EMG SIM: Descreveu se foi usada uma frequência de 1000 Hz, no mínimo, e o número de bits, modelo e fabricante do

conversor analógico digital

NÃO: Não descreveu as especificações acima

Page 41: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

           

 

 

28

6. Processamento do sinal

EMG

SIM: Descreveu o processamento do sinal (por exemplo, detecção de envelope linear, valor médio retificado, raiz

quadrada da média e eletromiografia integrada) e, se for o caso, o processamento no domínio da frequência (por

exemplo, tipo de janela utilizada antes de fazer a transformada de Fourier, o algoritmo usado, a equação utilizada para

calcular a frequência mediana, frequência média, momentos etc)

NÃO: Não descreveu as especificações acima

7. Normalização dos dados SIM: Descreveu a normalização dos dados: se foi pelo pico máximo, médio ou fixo do sinal eletromiográfico, contração

isométrica voluntária máxima de cada músculo, incluindo como os participantes foram treinados para realizar a

contração isométrica voluntária máxima, taxa de aumento da força, velocidade de encurtamento ou alongamento,

amplitude do ângulo articular ou comprimento do músculo em contração não isométrica, carga aplicada em contrações

não isométricas, quando for o caso

NÃO: Não descreveu as especificações acima

Page 42: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

            29

 

 

RESULTADOS

Características dos Estudos

A Figura 1 apresenta o fluxograma com o número de artigos encontrados em cada etapa da

seleção dos artigos. Foram encontrados 1623 artigos, sendo 12 considerados potencialmente

relevantes por mostrarem-se dentro dos critérios de inclusão. Os 12 artigos possuem juntos

um total de 145 participantes e foram conduzidos em dois países, sendo que mais de 90% dos

estudos foram realizados no Brasil. Somente um estudo é caso e controle e os outros são

transversais seccionais e fizeram avaliação biomecânica com exercícios do método Pilates.

Apenas um artigo36 incluiu pacientes com dor lombar, um outro artigo6 incluiu bailarinas e

instrutores de método Pilates6 e os outros 10 artigos incluíram participantes saudáveis.22, 37-45

Os exercícios do Mat Pilates foram avaliados em seis estudos,37, 38, 41, 42, 44, 45 dois estudos42, 45

avaliaram os mesmos exercícios no Mat Pilates e no Studio Pilates (utilizando o Reformer e o

Cadillac), enquanto dois estudos36, 43 avaliaram apenas a ativação do power house. Os demais

estudos fizeram uma avaliação biomecânica em exercícios do Studio Pilates (três estudos

utilizaram o Cadillac 22, 39, 40 e um o Reformer6). Para avaliação biomecânica verificou-se que

a eletromiografia foi utilizada isoladamente por cinco estudos,36, 37, 41-43 dois estudos

associaram a eletromiografia com eletrogoniometria6, 22 e quatro associaram com webcam.38,

39, 44, 45 Apenas um estudo usou a eletrogoniometria isoladamente.40 Na Tabela 1 são

apresentadas as características dos 12 estudos de forma descritiva.

Page 43: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

            30

 

 

Figura 1. Processo de seleção para artigos incluídos na análise.

Page 44: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

             

 

 

31

Tabela 1. Características dos estudos

Autor País Objetivos Características da amostra Exercícios avaliados Principais resultados obtidos

Petrofsky et al.

(2005)37

Estados

Unidos

Avaliar a atividade EMG de

reto abdominal, paraespinal,

quadríceps femoral,adutor e

abdutor do quadril, glúteo

máximo e gastrocnêmio em

exercícios de Pilates com e sem

aparelho de resistência e com

faixa elástica e exercícios em

equipamentos com pesos

6 participantes saudáveis

Gênero: ambos

Idade: 25,3±1,5 anos

Estatura: 169,9±6,7 cm

Massa Corporal: 69,8±9,6 Kg

Agachamento até 45° de flexão do joelho,

agachamento até 90° de flexão do joelho,

adução do quadril direito e esquerdo e

extensão do quadril direito e esquerdo

Exercícios do método Pilates mostraram bom resultado para

treinamento de resistência; a adição de um aparelho de

resistência nos exercícios de Pilates levou a um aumento de

carga de trabalho, equivalente a um exercício de equipamento

com peso de média intensidade, e a ativação de múltiplos

grupos musculares simultaneamente, o que é mais eficiente

que o equipamento com peso

Silva et al.

(2009)22

Brasil Comparar a atividade EMG de

reto femoral , bíceps femoral

cabeça longa e semitendíneo e

o torque de resistência do

movimento de extensão do

quadril realizado com a mola

fixa em duas posições

12 praticantes experientes em

Pilates e saudáveis

Gênero: ambos

Idade: 34,3±11,5 anos

Estatura: 163,8±11,5 cm

Massa corporal: 62,1±14,0 Kg

Extensão de quadril no Cadillac: em

decúbito dorsal, cinco repetições, de 90º de

flexão até extensão total, em duas posições

das molas (alta e baixa)

Com a mola na posição alta, o torque de resistência foi

classificado como decrescente ocorrendo no “sentido” de

flexão; na posição baixa, foi classificado como decrescente

até aproximadamente 60º de flexão de quadril no “sentido”

de flexão e, após, crescente, no “sentido” da extensão. A

atividade EMG do reto femoral foi maior que a dos

extensores

Menacho et al.

(2010)38

Brasil Verificar a atividade EMG

bilateralmente dos multífidos

durante três exercícios do Mat

Pilates

11 participantes saudáveis

Gênero: feminino

Idade: 22±5 anos

Estatura: 165±6 cm

Massa corporal: 57,7± 8 Kg

Exercícios tradicionais do Mat Pilates:

swimming, single leg kick with static prone

back extension e double leg kick

O nível de ativação EMG dos multífidos variou entre 15% e

61% de contração voluntária máxima nos três exercícios. O

exercício swimming aumentou significantemente a ativação

EMG dos multífidos, comparado com outros exercícios.

Além disso, o double leg kick gerou significantemente mais

atividade nos multífidos que o single leg kick

Page 45: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

             

 

 

32

Queiroz et al.

(2010)6

Brasil Compararam a atividade EMG

em quatro variações de

exercícios de estabilização do

tronco do método Pilates na

posição quadrúpede

19 instrutores de Pilates e

bailarinos experientes em Pilates

e saudáveis

Gênero: ambos

Idade: 31±5 anos

Estatura: 166±9 cm

Massa corporal: 60±11 kg

Exercícios no Reformer em posição de

quatro apoios associados a retroversão da

pelve com flexão de tronco, anteversão da

pelve com extensão de tronco, pelve neutra

com inclinação do tronco em relação ao

aparelho ou pelve neutra com tronco paralelo

ao aparelho

Houve diferença significante entre as variações dos

exercícios para reto abdominal, glúteo máximo, multífidos e

oblíquo externo e interno. Porém, para o iliocostal não houve

efeito significante

Loss et al.

(2010)39

Brasil Verificar a influência de

diferentes alturas de mola e

posições do participante sobre a

ativação EMG dos multífidos e

oblíquos externos durante

exercícios de flexo-extensão do

quadril no Cadillac

8 praticantes experientes em

Pilates e saudáveis

Gênero: feminino

Idade: 27,7±1,8 anos

Estatura: 160±6 cm

Massa corporal: 55,6±5,7 Kg

Extensão de quadril no Cadillac com o

participante posicionado perto e distante da

extremidade do aparelho e a mola ajustada

em posição alta e baixa em relação ao

participante

Os multífidos apresentaram valores de ativação de 10 a 20%

da contração voluntária máxima, a ativação maior do

músculo foi com a mola em posição mais baixa e o

participante mais próximo da extremidade do aparelho. Os

músculos oblíquos externos apresentaram valores de ativação

de 20 a 45% da contração voluntária máxima e a ativação foi

maior com a mola em posição mais alta e o participante mais

distante da extremidade do aparelho

Melo et al.

(2011)40

Brasil Avaliar o comportamento do

torque de resistência do

exercício de extensão do

quadril realizado no Cadillac

em quatro situações, usando

molas fixadas em duas posições

14 praticantes experientes em

Pilates e saudáveis

Gênero: feminino

Idade: 30,9±8,6 anos

Estatura: 160±0,4 cm

Massa corporal: 55,5±4,3 Kg

Extensão de quadril no Cadillac: em

decúbito dorsal, cinco repetições, de 90º de

flexão até extensão total, em duas posições

das molas (alta e baixa)

O torque de resistência e a força muscular resultante

apresentaram comportamentos semelhantes em todas as

situações. Entretanto, os valores máximos de torque de

resistência não ocorreram na mesma posição articular que a

força muscular resultante máxima

Page 46: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

             

 

 

33

Souza et al.

(2012)42

Brasil Comparar a atividade EMG do

reto abdominal e reto femoral

em dois exercícios realizados

no solo e em aparelho

11 praticantes experientes em

Pilates e saudáveis

Gênero: feminino

Idade: 29,6 ± 8 anos

Estatura: 158,1 ± 4,7 cm

Massa Corporal: 62,3 ± 4,1 kg

Hundred (realizado no Mat Pilates e

Reformer ) e teaser (realizado no Mat Pilates

e Cadillac)

O exercício hundred (no Mat Pilates e Reformer) e o

exercício teaser (no Mat Pilates e Cadillac) foram

comparados e nenhuma diferença foi encontrada entre eles

considerando os músculos avaliados. Quando os grupos

musculares foram comparados, o reto femoral apresentou

níveis mais elevados de ativação no exercício hundred

realizado no Mat Pilates e Reformer, enquanto o reto

abdominal apresentou maior ativação durante o exercício

teaser realizado no Cadillac

Silva et al.

(2013)41

Brasil Analisar e comparar a atividade

EMG do reto abdominal e

oblíquos externos durante um

programa de exercício

abdominal tradicional e um

programa de exercícios com

base no método Pilates usando

uma bola e uma faixa elástica

10 participantes saudáveis

Gênero: feminino

Idade: 21,5 ± 0,6 anos Índice de

Massa Corporal: 19,6 ± 0,4

Kg/m2

Tradicional curl-up e roll-up baseado no

método Pilates com uma bola e com uma

faixa elástica

Na comparação entre os exercícios, o músculo oblíquo

externo na fase concêntrica obteve um recrutamento maior no

roll-up com a bola. Na comparação entre os músculos em

cada exercício o músculo reto abdominal mostrou uma maior

ativação na fase concêntrica e na fase excêntrica do exercício

abdominal tradicional

Barbosa et al.

(2013)43

Brasil Avaliar o comportamento EMG

do bíceps braquial e reto

abdominal superior durante

uma flexão do antebraço

com e sem ativação do power

house

10 participantes experientes e

saudáveis

Gênero: feminino

Idade: 21,9 ± 3,3 anos

Índice de Massa Corporal: 21,6 ±

2,7 Kg/m2

Flexão de antebraço (posição ortostática)

com o joelho flexionado a 20 º e antebraços

flexionados a 90 º com

rotação externa total

A ativação muscular foi maior com a ativação do power

house em ambos os músculos, com maior atividade na fase

concêntrica em relação à fase de excêntrica

Silva et al. Brasil Comparar e analisar os 10 participantes saudáveis Leg pull front support modificado do método Na comparação entre os exercícios, observaram-se diferenças

Page 47: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

             

 

 

34

(2013)44 multífidos durante exercícios

do método Pilates, Spine

stabilization

e série de Williams

Gênero: feminino

Idade: 21,5 ± 0,6 anos

Índice de Massa Corporal: 19,6 ±

0,4 Kg/m2

Pilates, o quarto exercício da série

adicional de Williams e o quadruped

exercise

significantes para os multífidos a favor do exercício do

método Pilates tanto na fase concêntrica quanto na

excêntrica, o que demonstra ser o exercício de melhor

ativação EMG para o músculo analisado

Marques et al.

(2013)36

Brasil Analisar a atividade EMG do

iliocostal lombar, oblíquo

interno e multífido e da co-

contração antagonista

durante a realização do power

house

18 participantes experientes em

Pilates e saudáveis

Gênero: feminino

Grupo dor lombar:

Idade: 19,5 ± 1,1 anos

Estatura: 160 ± 0,1 cm

Massa Corporal: 59,6 ± 7,1 kg

Grupo controle:

Idade: 20,8 ± 2,4 anos

Estatura: 160 ± 0,1 cm

Massa Corporal: 61,2 ± 8,4 kg

Duas contrações isométricas dos músculos

oblíquo interno durante o power house em

postura sentado

Ativação da co-contração dos músculos avaliados foi maior

no grupo controle. Por isso, o grupo controle apresentou um

recrutamento maior dos músculos estabilizadores que o grupo

dor lombar durante a realização do power house

Menacho et al.

(2013)45

Brasil Comparar a atividade EMG dos

multífidos durante a execução

do mesmo exercício de Pilates

sob duas condições

16 participantes experientes em

Pilates e saudáveis

Gênero: feminino

Idade: 24,3 ± 3,1 anos

Altura: 160 ± 0,1 cm

Massa Corporal: 20,7 ± 1,3 kg

Mergulho de cisne (Reformer e Mat Pilates)

e nado de peito (Reformer e Mat Pilates)

Os exercícios realizados sob diferentes condições causaram

alterações na ativação muscular dos multífidos. No entanto,

os resultados para as percentagens de ativação sugerem que a

intensidade de recrutamento pode não ser suficiente para

fortalecer a musculatura em participantes saudáveis e

treinados

* EMG: eletromiográfica.

Page 48: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

35

 

 

Resultados da Qualidade Metodológica

Na avaliação da qualidade metodológica de estudos transversais (Tabela 2), apenas um

estudo39 pontuou acima de cinco repostas “sim”, sendo considerado satisfatório, sete estudos6,

22, 36, 38, 40, 42, 45 pontuaram quatro pontos e um estudo37 obteve apenas dois pontos. Os itens 1 e

2, referentes aos critérios de elegibilidade e características demográficas da amostra, foram

descritos por todos os estudos. Por outro lado, os itens 4 e 5, referentes à seleção aleatória dos

participantes e ao cegamento do avaliador, não foram descritos por nenhum estudo

selecionado.

Page 49: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

36

 

 

Quadro 2: Respostas "sim" após avaliação da qualidade metodológica dos estudos de corte

transversal

Autor/Ano Item

1

Item

2

Item

3

Item

4

Item

5

Item

6

Item

7

Item

8

Total

Petrofsky et al., 200537 Sim Sim 2

Silva et al., 200922 Sim Sim Sim Sim 4

Menacho et al., 201038 Sim Sim Sim Sim 4

Queiroz et al., 20106 Sim Sim Sim Sim 4

Loss et al., 201039 Sim Sim Sim Sim Sim Sim 6

Melo et al., 201140 Sim Sim Sim Sim 4

Souza et al., 201242 Sim Sim Sim Sim 4

Silva et al., 201341 Sim Sim Sim 3

Barbosa et al., 201343 Sim Sim Sim Sim Sim 5

Silva et al., 201344 Sim Sim Sim 3

Marques et al., 201336 Sim Sim Sim Sim 4

Menacho et al., 201345 Sim Sim Sim Sim 4

Legenda - Item 1: Definição de critérios de elegibilidade; Item 2: Descrição das características

demográficas da amostra; Item 3: Representatividade da amostra em relação à população-

alvo; Item 4: Seleção aleatória dos participantes do estudo; Item 5: Cegamento dos

avaliadores; item 6: Confiabilidade e reprodutibilidade do instrumento de avaliação; item 7:

Descrição detalhada do exercício realizado; item 8: Apresentação adequada dos resultados e

análise estatística.

Page 50: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

37

 

 

Na avaliação baseada na utilização dos "Standards for Reporting EMG Data" (Tabela 3)

foram analisados 11 estudos, pois um estudo utilizou análise de movimento somente por

eletrogoniometria.40 Quatro estudos36, 42, 43, 45 pontuaram acima de cinco repostas “sim”, sendo

considerado satisfatório. O item 6, referente à descrição do processamento do sinal

eletromiográfico, foi descrito por todos os estudos, enquanto o item 4, referente a descrição da

retificação do sinal eletromiográfico, foi descrito somente por um estudo.6

Page 51: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

38

 

 

Quadro 3: Respostas "sim" da avaliação da utilização das normas para apresentação de

dados EMG

Autor/ Ano Item

1

Item

2

Item

3

Item

4

Item

5

Item

6

Item

7

Total

Petrofsky et al., 200537 Sim Sim 2

Silva et al., 200922 Sim Sim Sim 3

Menacho et al., 201038 Sim Sim Sim 3

Queiroz et al., 20106 Sim Sim Sim Sim 4

Loss et al., 201039 Sim Sim Sim 3

Melo et al., 201140 n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a.

Souza et al., 201242 Sim Sim Sim Sim Sim Sim 6

Silva et al., 201341 Sim Sim Sim Sim Sim 5

Barbosa et al., 201343 Sim Sim Sim Sim Sim Sim 6

Silva et al., 201344 Sim Sim Sim Sim 4

Marques et al., 201336 Sim Sim Sim Sim Sim Sim 6

Menacho et al., 201345 Sim Sim Sim Sim Sim Sim 6

Legenda - Item 1: Descrição da superfície do eletrodo; Item 2: Modo de detecção e

amplificação do EMG; Item 3: Descrição de filtragem do sinal EMG bruto; Item 4: Descrição

do sinal de retificação EMG; Item 5: Amostragem do sinal EMG; Item 6: Processamento do

sinal EMG; item 7: Normalização de dados; NA: não aplicado.

Page 52: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

39

 

 

DISCUSSÃO

A presente revisão sistemática de estudos transversais sobre a avaliação biomecânica durante

a realização de exercícios do método Pilates é a primeira a ser realizada. Estudar e informar

esses dados à comunidade científica é de suma importância clínica, pois o assunto é pertinente

e atual, visto que o uso comum deste método vem crescendo a cada dia em clínicas,

academias e também em reabilitação. Esse crescimento ocorre mesmo com poucas evidências

confirmando os seus benefícios e mediante a escassez científica de estudos com alta qualidade

metodológica neste campo. Tal fato pode ser corroborado pelos achados da presente revisão

que apesar de ter encontrado 12 artigos sobre a avaliação biomecânica dos exercícios, que

poderiam fornecer bases científicas para a realização adequada dos exercícios do método

Pilates em programas de reabilitação, encontrou apenas um artigo com o delineamento caso e

controle.

Além disso, o resultado total da avaliação da qualidade metodológica dos estudos transversais

seccionais encontrados não foi satisfatório, pois entre os 12 estudos analisados, somente um

pontuou acima de cinco repostas “sim”. Os itens referentes à seleção aleatória dos

participantes e cegamento do avaliador não foram descritos por nenhum dos estudos

analisados. A seleção aleatória dos participantes do estudo favorece a homogeneidade da

amostra.34 Em adição, o cegamento do avaliador previne vieses em vários estágios da

pesquisa.34 Deve-se destacar que o cegamento do avaliador pode ser difícil em alguns

desenhos de estudos, como por exemplo, nos transversais tipo caso e controle, em que um dos

grupos possui uma doença cujos sintomas não são possíveis de ocultar.

Page 53: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

40

 

 

Os estudos publicados em revistas científicas devem apresentar as informações essenciais

sobre a pesquisa realizada, descritas de forma clara e adequada. Como nem sempre isso

acontece, um grupo de pesquisadores desenvolveu a iniciativa “Strengthening the Reporting

of Observational Studies in Epidemiology” - Strobe, a qual engloba recomendações para

melhorar a qualidade da descrição de estudos observacionais.46 Assim, as revistas que

adotaram essas recomendações em suas instruções para os autores conseguem publicar

estudos com melhor descrição metodológica. Infelizmente, nenhum dos estudos selecionados

se refere à utilização dessas recomendações na preparação dos manuscritos. Além disso, após

consulta às instruções aos autores das oitos revistas que publicaram os estudos selecionados,

observou-se que somente a Revista Brasileira de Fisioterapia sugere consulta prévia ao

STROBE mas nenhum dos artigos publicados nesta revista cita a utilização do STROBE,

como sugerido. Vale ressaltar que a revista recentemente sofreu algumas alterações, como a

mudança do nome para Brazilian Journal of Physical Therapy, consequentemente a sugestão

para consulta prévia ao STROBE possa ser recente, justificando o motivo pelo qual os estudos

não citaram a utilização do STROBE.

Na avaliação sobre a utilização dos “Standards for Reporting EMG Data" do ISEK,29 somente

quatro estudos obtiveram pontuação acima de quatro respostas ‘sim” para os sete itens

analisados. O item referente à descrição da retificação do sinal EMG foi descrito somente por

um estudo dos 12 estudos analisados. Por outro lado, o item referente ao processamento do

sinal eletromiográfico foi descrito por todos os estudos. Além disso, somente cinco estudos

fizeram a descrição do tipo de eletrodo de superfície. Apesar dos artigos mais recentes

apresentarem uma pontuação maior com relação a esta avaliação, acreditamos que a ausência

dessas descrições pode comprometer a qualidade metodológica de um manuscrito, já que as

inferências em relação aos resultados obtidos e também as comparações com estudos

Page 54: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

41

 

 

semelhantes ficam impossibilitadas, visto que boa parte dos métodos utilizados na avaliação

não é conhecida. Além disso, impossibilita uma das principais recomendações do Surface

ElectroMyoGraphy for the Non-Invasive Assessmente of Muscles (SENIAM),47 que é a de

uniformizar os procedimentos de aquisição de dados eletromiográficos. Apesar da ampla

divulgação dos “Standards for Reporting EMG Data”, muitos estudos não descrevem todas as

especificações necessárias e orientadas pelo ISEK. Isso ocorre mesmo tendo sido observado

que alguns22, 39, 42-44 descreveram no texto que seguiram as orientações do ISEK ou de outros

autores,47 embora não tenham apresentado descrição detalhada sobre cada item, como é

recomendado. Uma das nossas hipóteses é que, com o controle do tamanho de um manuscrito

feito pelas revistas em relação ao número máximo de palavras ou caracteres, muitos autores

acabam decidindo retirar as descrições recomendadas pelo ISEK para apresentação detalhada

de outras seções dos artigos. No entanto, tal escolha dos autores torna difícil o completo

entendimento do estudo realizado bem como sua reprodução, já que o leitor nem sempre tem

certeza se as diretrizes foram utilizadas e se houve uma correta avaliação da atividade

eletromiográfica.

Os critérios de inclusão utilizados na presente revisão sistemática não restringiam o tipo de

estudo transversal. Porém, mais de 90% dos estudos encontrados são transversais

experimentais ou seccionais, somente um estudo36 é caso-controle, o qual avaliou a atividade

EMG durante o power house mas não durante a realização dos exercícios em pacientes com

dor lombar crônica. Um desenho de estudo com alta qualidade metodológica deve ser

realizado para haver um melhor aproveitamento do mesmo dentro da população em geral.

Assim, seria importante que estudos biomecânicos realizados durante exercícios do método

Pilates incluíssem participantes com lesão musculoesquelética, já que esses exercícios têm

cada vez mais sido prescritos para pessoas com algum tipo de doença ou sintoma

Page 55: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

42

 

 

musculoesquelético. Com relação aos exercícios e músculos avaliados, os estudos são

divergentes entre si, pois cada um analisa músculos e exercícios diferentes. A própria

característica do método Pilates pode ser considerada uma das responsáveis pela diversidade

dos exercícios, pois há uma infinidade de exercícios disponíveis dentro do método cujo

número é ainda maior se variações dos exercícios pelo uso de diferentes molas forem

consideradas. Essa questão novamente poderia ser contornada se os estudos transversais

fossem desenhados para responder uma pergunta relacionada à reabilitação. Assim, a escolha

dos exercícios e dos músculos avaliados seria mais direcionada para uma lesão ou disfunção

específica.

Por fim, os estudos sugerem que a avaliação dos exercícios realizados tenha provocado um

aumento da atividade eletromiográfica dos músculos ou uma diferença de ativação entre os

mesmos e que esses exercícios sejam utilizados em programas de reabilitação para enfoque da

região corporal estudada. Além disso, sugerem que a mudança de posicionamento das molas

seja feita e que os exercícios propostos podem ajudar na construção de um programa de

reabilitação, citando a sua utilização em algumas desordens musculoesqueléticas, como por

exemplo, na dor lombar crônica. No entanto, é importante destacar que somente um estudo foi

realizado em pacientes com dor lombar crônica e os outros apenas com participantes

saudáveis, e com uma amostra pequena para que os resultados sejam ampliados e aplicados a

outras populações. Assim, futuros estudos devem ser feitos sobre a avaliação biomecânica de

exercícios do método Pilates em populações específicas, como por exemplo, em pacientes

com dor lombar crônica.

Contudo, os estudos analisados poderão nortear a realização de outros estudos transversais

que incluam amostras mais representativas da população alvo e participantes portadores de

Page 56: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

43

 

 

doenças musculoesqueléticas. Assim, estudos transversais do tipo caso e controle com alta

qualidade metodológica e redigidos de acordo com as recomendações poderão fornecer

resultados mais objetivos e aplicados para a elaboração de programas de reabilitação usando

os exercícios do método Pilates.

LIMITAÇÕES DO ESTUDO

Nenhum dos 12 artigos selecionados analisaram exercícios e/ou músculos em condições

iguais, impossibilitando a realização de uma metanálise. Apesar do método Pilates ter sido

muito procurado nas últimas duas décadas, os estudos encontrados com avaliação

biomecânica possuem restrições com relação à qualidade metodológica, já que há deficiências

na descrição dos métodos. Por fim, pode-se observar uma tendência à regionalização do

método Pilates, pois 11 artigos6, 22, 36, 38-45 foram conduzidos por pesquisadores brasileiros, e

destes, seis22, 39-42, 44 foram publicados em uma revista nacional e cinco6, 36, 38, 43, 45 em revistas

internacionais.

CONCLUSÃO

Esta revisão sistemática observou que os estudos que foram publicados sobre a avaliação

biomecânica durante a realização de exercícios do método Pilates não permitem estabelecer

profundas conclusões sobre esse tipo de avaliação, em particular, sobre a ativação muscular.

Os estudos publicados possuem qualidade metodológica insatisfatória e, entre aqueles que

fizeram uma avaliação eletromiográfica, não é feita a descrição completa sobre a utilização

dos “Standards for Reporting EMG Data” do ISEK. Além disso, é sugerida a realização de

Page 57: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

44

 

 

outros estudos que incluam amostras representativas da população alvo e participantes

portadores de doenças musculoesqueléticas.

REFERÊNCIAS

1 La Touche R, Escalante K, Linares MT. Treating non-specific chronic low back pain

through the Pilates Method. J Bodyw Mov Ther. 2008;12:364-70.

2 Muscolino JE, Cipriani S. Pilates and the ‘‘powerhouse’’- I. J Bodyw Mov Ther.

2004;8:15-24.

3 Silva ACLGd, Mannrich G. Pilates na reabilitação: uma revisão sistemática. Fisioter

Mov. 2009;22:449-55.

4 Rydeard R, Leger A, Smith D. Pilates-based therapeutic exercise: effect on subjects

with nonspecific chronic low back pain and functional disability: a randomized controlled

trial. J Orthop Sports Phys Ther. 2006;36:472-84.

5 Levine B, Kaplanek B, Scafura D, Jaffe WL. Rehabilitation after total hip and knee

arthroplasty: a new regimen using Pilates training. Bull NYU Hosp Jt Dis. 2007;65:120-5.

6 Queiroz BC, Cagliari MF, Amorim CF, Sacco IC. Muscle activation during four

Pilates core stability exercises in quadruped position. Arch Phys Med Rehabil. 2010;91:86-92.

7 Altan L, Korkmaz N, Bingol U, Gunay B. Effect of pilates training on people with

fibromyalgia syndrome: a pilot study. Arch Phys Med Rehabil. 2009;90:1983-8.

8 Balogh A. Pilates and pregnancy. RCM Midwives. 2005;8:220-2.

9 Kopitzke R. Pilates: a fitness tool that transcends the ages. Rehab Manag. 2007;20:28-

31.

Page 58: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

45

 

 

10 Levine B, Kaplanek B, Scafura D, Jaffe W. Rehabilitation after total hip and knee

arthroplasty: a new regimen using Pilates training. Bull NYU Hosp Jt Dis. 2007;65:120-5.

11 Blum CL. Chiropractic and pilates therapy for the treatment of adult scoliosis. J

Manipulative Physiol Ther. 2002;25:E3.

12 Donzelli S, Di Domenica E, Cova AM, Galletti R, Giunta N. Two different techniques

in the rehabilitation treatment of low back pain: a randomized controlled trial. Eura

Medicophys. 2006;42:205-10.

13 Maher CG. Effective physical treatment for chronic low back pain. Orthop Clin North

Am. 2004;35:57-64.

14 Segal NA, Hein J, Basford JR. The effects of Pilates training on flexibility and body

composition: an observational study. Arch Phys Med Rehabil. 2004;85:1977-81.

15 Latey P. The Pilates method: history and philosophy. J Bodyw Mov Ther. 2001;5:275-

82.

16 Gladwell V, Head S, Haggar M, Beneke R. Does a program of Pilates improve chronic

non-specific low back pain? J Sport Rehabil. 2006;15:338-50.

17 da Fonseca JL, Magini M, de Freitas TH. Laboratory gait analysis in patients with low

back pain before and after a pilates intervention. J Sport Rehabil. 2009;18:269-82.

18 Pereira LM, Obara K, Dias JM, Menacho MO, Guariglia DA, Schiavoni D, et al.

Comparing the Pilates method with no exercise or lumbar stabilization for pain and

functionality in patients with chronic low back pain: systematic review and meta-analysis.

Clin Rehabil. 2012;26:10-20.

19 Latey PJ. Updating the principles of the Pilates method - Part 2. J Bodyw Mov Ther.

2002;6:94-101.

Page 59: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

46

 

 

20 Lim EC, Poh RL, Low AY, Wong WP. Effects of Pilates-based exercises on pain and

disability in individuals with persistent nonspecific low back pain: a systematic review with

meta-analysis. J Orthop Sports Phys Ther. 2011;41:70-80.

21 Posadzki P, Lizis P, Hagner-Derengowska M. Pilates for low back pain: a systematic

review. Complement Ther Clin Pract. 2011;17:85-9.

22 Silva YO, Melo MO, Gomes LE, Bonezi A, Loss JF. Análise da resistência externa e

da atividade eletromiográfica do movimento de extensão de quadril realizado segundo o

método Pilates. Rev Bras Fisioter. 2009;13:82-8.

23 Curnow D, Cobbin D, Wyndham J, Boris Choy ST. Altered motor control, posture and

the Pilates method of exercise prescription. J Bodyw Mov Ther. 2009;13:104-11.

24 Marshall PW, Kennedy S, Brooks C, Lonsdale C. Pilates exercise or stationary cycling

for chronic nonspecific low back pain: does it matter? a randomized controlled trial with 6-

month follow-up. Spine. 2013;38:E952-9.

25 Miyamoto GC, Costa LO, Galvanin T, Cabral CM. Efficacy of the addition of

modified Pilates exercises to a minimal intervention in patients with chronic low back pain: a

randomized controlled trial. Phys Ther. 2013;93:310-20.

26 Quinn K, Barry S, Barry L. Do chronic low back pain patients benefit from attending

Pilates classes after completing conventional physiotherapy treatment? Physiother Pract Res.

2011;32:5-12.

27 Rajpal N, Arora M, V C. The study on efficacy of Pilates and McKenzie exercises in

postural low back pain - a rehabilitative protocol. Physio and Occup Therap J. 2008;1:33-56.

28 Wajswelner H, Metcalf B, Bennell K. Clinical pilates versus general exercise for

chronic low back pain: randomized trial. Med Sci Sports Exerc. 2012;44:1197-205.

29 Isek.International society of electrophysiology and kinesiology. Disponível em:

http://www.isek-online.org/index.php

Page 60: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

47

 

 

30 Hoy D, March L, Blyth F. Assessing risk of bias in studies measuring the prevalence

of low back pain: modification of an existing quality assessement tool and assessment of its

inter-rater reliability. Proceedings of the Melbourne International Forum XI, Primary Care

Research on Low Back Pain. Melbourne: Australia; 2011

31 Roffey DM, Wai EK, Bishop P, Kwon BK, Dagenais S. Causal assessment of

workplace manual handling or assisting patients and low back pain: results of a systematic

review. Spine. 2010;10:639-51.

32 Stang A. Critical evaluation of the Newcastle-Ottawa scale for the assessment of the

quality of nonrandomized studies in meta-analyses. Eur J Epidemiol. 2010;25:603-5.

33 van Gent RN, Siem D, van Middelkoop M, van Os AG, Bierma-Zeinstra SM, Koes

BW. Incidence and determinants of lower extremity running injuries in long distance runners:

a systematic review. Br J Sports Med. 2007;41:469-80.

34 Buehler AM, Cavalcanti AB, Suzumura EA, Carballo MT, Berwanger O. Como

avaliar criticamente um ensaio clínico de alocação aleatória em terapia intensiva: How to

assess intensive care randomized trials. Rev Bras Ter Intensiva. 2009;21:219-25.

35 Soares KV, Figueiredo KMOBd, Caldas VVdA, Guerra RO. Avaliação quanto à

utilização e confiabilidade de instrumentos de medida do equilíbrio corporal em idosos.

PublICa I. 2005;78 - 85.

36 Marques NR, Morcelli MH, Hallal CZ, Goncalves M. EMG activity of trunk stabilizer

muscles during Centering Principle of Pilates Method. J Bodyw Mov Ther. 2013;17:185-91.

37 Petrofsky JS, Morris A, Bonacci J, Hanson A, Jorritsma R, Hill J. Muscle use during

exercise: A comparison of conventional weight equipment to pilates with and without a

resistive exercise device. J Appl Res. 2005;5:160-73.

Page 61: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

48

 

 

38 Menacho MO, Obara K, Conceição JS, Chitolina ML, Krantz DR, da Silva RA, et al.

Electromyographic Effect of Mat Pilates Exercise on the Back Muscle Activity of Healthy

Adult Females. J Manipulative Physiol Ther. 2010;33:672-8.

39 Loss JF, Melo MO, Rosa CH, Santos AB, La Torre M, Silva YO. Atividade elétrica

dos músculos oblíquos externos e multífidos durante o exercício de flexoextensão do quadril

realizado no Cadillac com diferentes regulagens de mola e posições do indivíduo. Rev Bras

Fisioter. 2010;14:510-7.

40 Melo MO, Gomes LE, Silva YO, Bonezi A, Loss JF. Assessment of resistance torque

and resultant muscular force during Pilates hip extension exercise and its implications to

prescription and progression. Rev Bras Fisioter. 2011;15:

41 Silva MF, Silva MAC, Campos RRd, Obara K, Mostagi FQRC, Cardoso APRG, et al.

A comparative analysis of the electrical activity of the abdominal muscles during traditional

and Pilates-based exercises under two conditions. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum.

2013;15:296-304.

42 Souza EFd, Cantergi D, Mendonça A, Kennedy C, Loss JF. Análise eletromiográfica

dos músculos reto femoral e reto abdominal durante a execução dos exercícios hundred e

teaser do método Pilates. Rev Bras Med Esporte. 2012;18:105-8.

43 Barbosa AWC, Martins FbLMa, Vitorino DbFdM, Barbosa MCSA. Immediate

electromyographic changes of the biceps brachii and upper rectus abdominis muscles due to

the Pilates centring technique. J Bodyw Mov Ther. 2013;17:385-90.

44 Silva MAC, Dias JM, Silva MF, Mazuquin BF, Abrão T, Cardoso JR. Análise

comparativa da atividade elétrica do músculo multífido durante exercícios do Pilates, série de

Williams e Spine Stabilization. Fisioter Mov. 2013;26:87-94.

45 Menacho MdO, Silva MF, Obara K, Mostagi FQRC, Dias JM, Lima TB, et al. The

electromyographic activity of the multifidus muscles during the execution of two pilates

Page 62: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

49

 

 

exercises--swan dive and breast stroke--for healthy people. J Manipulative Physiol Ther.

2013;36:319-26.

46 von Elm E, Altman DG, Egger M, Pocock SJ, Gotzsche PC, Vandenbroucke JP.

Strengthening the Reporting of Observational Studies in Epidemiology (STROBE) statement:

guidelines for reporting observational studies. BMJ. 2007;335:806-8.

47 Hermens HJ, Freriks B, Disselhorst-Klug C, Rau G. Development of

recommendations for SEMG sensors and sensor placement procedures. J Electromyogr

Kinesiol. 2000;10:361-74.

Page 63: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

50

 

 

Anexo 1: Estratégia de busca

Estratégia de busca para a base de dados PubMed (1800-2013)

Mesh terms Número de artigos encontrados

#1-electromyogr* 76.889

#2- torque 15.094

#3-biomechanic* 100.371

#4-kinematic* 19.636

#5-kinetic* 595.801

#6-muscle strength 38.836

#7- #1 OR #2 OR #3 OR #4 OR #5 OR #6 807.523

#8-exercise movement techniques 5.360

#9-exercise movement technics 5.362

#10-pilates training 5.390

#11-pilates-based exercises 5.370

#12-#8 OR #9 OR #10 OR #11 5.396

#13-#7 AND #12 687

Page 64: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

51

 

 

Estratégia de busca para a base de dados CINAHL (1937-2013)

Mesh terms Número de artigos encontrados

S1-electromyogr* 8.845

S2- torque 4.070

S3-biomechanic* 13.368

S4-kinematic* 5.831

S5-kinetic* 5.137

S6-muscle strength 10.480

S7- S1 OR S2 OR S3 OR S4 OR S5 OR S6 37.949

S8-exercise movement techniques 2

S9-exercise movement technics 0

S10-pilates training 31

S11-pilates-based exercises 7

S12-S8 OR S9 OR S10 OR S11 38

S13-S7 AND S12 12

Page 65: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

52

 

 

Estratégia de busca para a base de dados SportDiscus (1985-2013)

Mesh terms Número de artigos encontrados

#1-electromyogr* 10.161

#2- torque 6039

#3-biomechanic* 44.528

#4-kinematic* 10.573

#5-kinetic* 20.273

#6-muscle strength 14.083

#7- #1 OR #2 OR #3 OR #4 OR #5 OR #6 85.028

#8-exercise movement techniques 41

#9-exercise movement technics 0

#10-pilates training 147

#11-pilates-based exercises 24

#12-#8 OR #9 OR #10 OR #11 209

#13-#7 AND #12 29

Page 66: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

53

 

 

Estratégia de busca para a base de dados Web of Science (1900-2013)

Mesh terms Número de artigos encontrados

#1-electromyogr* 33.658

#2- torque 60.375

#3-biomechanic* 51.444

#4-kinematic* 107.789

#5-kinetic* 759.165

#6-muscle strength 32.191

#7- #1 OR #2 OR #3 OR #4 OR #5 OR #6 1.014.809

#8-exercise movement techniques 715

#9-exercise movement technics 1

#10-pilates training 61

#11-pilates-based exercises 12

#12-#8 OR #9 OR #10 OR #11 785

#13-#7 AND #12 273

Page 67: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

54

 

 

Estratégia de busca para a base de dados Embase (1966-2013)

Mesh terms Número de artigos encontrados

#1-electromyogr* 90.326

#2- torque 16.149

#3-biomechanic* 109.222

#4-kinematic* 23.787

#5-kinetic* 1.087.181

#6-muscle strength 67.387

#7- #1 OR #2 OR #3 OR #4 OR #5 OR #6 1.394.052

#8-exercise movement techniques 1.372

#9-exercise movement technics 2

#10-pilates training 95

#11-pilates-based exercises 10

#12-#8 OR #9 OR #10 OR #11 1.470

#13-#7 AND #12 622

Page 68: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

 

CAPÍTULO 3

ATIVAÇÃO MUSCULAR DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO PILATES EM

PARTICIPANTES COM DOR LOMBAR CRÔNICA NÃO ESPECÍFICA – ESTUDO

CASO-CONTROLE

Page 69: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

56

 

 

ATIVAÇÃO MUSCULAR DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO PILATES EM

PARTICIPANTES COM DOR LOMBAR CRÔNICA NÃO ESPECÍFICA - ESTUDO

CASO-CONTROLE

Naiane Teixeira Bastos de Oliveiraa, Ft, Sandra Maria Sbeghen Ferreira de Freitasa, EF, Dr,

César Ferreira Amorima, EE, Dr, Maurício Antônio da Luz Juniora, Ft, Ms, Fernanda Ferreira

Fuhrob, Ft, Cristina Maria Nunes Cabrala, Ft, Dr.

a Programa de Mestrado e Doutorado em Fisioterapia, Universidade Cidade de São Paulo, São

Paulo, Brasil.

b Departamento de Fisioterapia, Universidade Cidade de São Paulo, São Paulo, Brasil.

Número de aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da UNICID: CAAE:

056.0186.000-11

Autor correspondente:

Cristina Maria Nunes Cabral, Ft, Dr

Professor Titular

Universidade Cidade de São Paulo (UNICID), Programa de Mestrado e Doutorado em

Fisioterapia

Rua Cesário Galeno, 448/475, Tatuapé, CEP 03071-000, São Paulo, Brasil.

Telefone: +55 11 21781565; Fax: +55 11 21781310

Email: [email protected]

Page 70: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

57

 

 

RESUMO

Desenho do estudo: Estudo transversal, caso e controle.

Objetivos: Analisar e comparar a atividade eletromiográfica de músculos estabilizadores do

tronco durante exercícios do método Pilates em mulheres com e sem dor lombar crônica não

específica.

Introdução: O exercício é um dos tratamentos mais eficientes para a dor lombar crônica. O

método Pilates tem sido considerado uma forma de tratamento deste sintoma. Alguns estudos

foram publicados sobre os padrões de ativação muscular produzido durante os exercícios do

método Pilates, mas os resultados são divergentes.

Métodos: Foram incluídas 60 mulheres sem experiência no método Pilates, sedentárias,

divididas em dois grupos: Grupo Dor Lombar (n = 30) e Grupo Controle (n = 30). Dados de

eletrogoniometria e eletromiográficos dos músculos glúteo máximo e oblíquo externo foram

coletados simultaneamente e bilateralmente durante 12 repetições de quatro exercícios do

método Pilates, bem como a escala numérica de dor foi aplicada antes e após a realização dos

exercícios. O Root Mean Square (RMS) foi calculado e normalizado pelo valor médio obtido

nas quatro repetições centrais de todas as tarefas. Análise de variância foi utilizada para

comparar os valores de RMS dos exercícios inter e intragrupos e os valores da diferença de

mudança da escala numérica de dor durante os exercícios no Grupo Dor Lombar.

Resultados: Não houve diferença estatisticamente significante dos valores de RMS na análise

intergrupos e na análise dos valores da diferença de mudança da escala numérica de dor para

o Grupo Dor Lombar. Na análise do Grupo Dor Lombar, houve diferença estatisticamente

significante entre o exercício “Ponte sobre os ombros” e os exercícios “Rolamento do quadril

com 1 mola” (p < 0,001) e “Rolamento do quadril com 2 molas” (p < 0,001). Já para o Grupo

Controle houve diferença estatisticamente significante do exercício “Ponte sobre os ombros” e

os demais exercícios: “Respiração” (p = 0,025), “Rolamento do quadril com 1 mola” (p <

0,001) e “Rolamento do quadril com 2 molas” (p = 0,017).

Page 71: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

58

 

 

Conclusão: Não foi observada diferença de ativação muscular durante os exercícios avaliados

entre participantes com e sem dor lombar. Porém a ativação muscular foi diferente com

relação aos exercícios, principalmente para o grupo sem dor lombar. Também não houve

aumento da dor em função da realização dos exercícios no grupo com dor lombar. Assim,

pode-se sugerir que os exercícios avaliados sejam utilizados no tratamento da dor lombar

crônica, visto que os pacientes podem atingir o mesmo recrutamento muscular observado em

participantes saudáveis.

Nível de evidência: Caso-controle, terapia; 3a.

Palavras Chave: Biomecânica, dor lombar crônica, eletromiografia, exercícios baseados no

método Pilates.

INTRODUÇÃO

A dor lombar crônica é um sintoma de alta prevalência; uma revisão sistemática(15)

mostrou uma prevalência de 29% para as pessoas que em algum momento de suas vidas

sentiram dor lombar, enquanto no Brasil 13,5% da população sofre com doença de coluna(17).

Este sintoma envolve altos custos com o tratamento(10). Um dos tratamentos mais eficientes

para a dor lombar crônica é o exercício, a curto e longo prazo, pois reduz a dor e a

incapacidade(20). Através deste contexto de preocupação com o tratamento da dor lombar

crônica, o método Pilates vem sendo usado como uma nova opção a ser estudada, testada e

comprovada. Vários ensaios clínicos foram realizados com o objetivo de verificar a eficácia

do método Pilates na melhora dos sintomas da dor lombar(8, 9, 11, 13, 22, 26, 32, 34, 35, 42). Entretanto,

poucos são os estudos que realizam uma avaliação biomecânica dos exercícios do método

Pilates.

Os estudos(2, 12, 19, 21, 23-25, 30, 31, 38-41) que fizeram uma avaliação biomecânica dos

exercícios do método Pilates apresentam resultados divergentes. Alguns estudos(2, 19, 21, 24, 25, 30,

Page 72: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

59

 

 

31, 38-41) que utilizam eletromiografia avaliam músculos e exercícios diferentes, não permitindo

conclusões profundas sobre este tipo de avaliação, principalmente com relação à ativação

muscular durante os exercícios. Uma revisão sistemática(29) publicada em 2012 ressaltou que a

atividade eletromiográfica dos músculos extensores lombares e abdominais durante exercícios

do método Pilates foi avaliada até aquela data somente em participantes saudáveis e sugere

que esse tipo de avaliação deveria ser realizada em pacientes com dor lombar. Até o momento

somente um estudo(21) avaliou a ativação muscular durante a execução do power house em

pacientes com dor lombar crônica comparando com participantes saudáveis. Porém os

resultados desse estudo não correspondem à sugestão da recente revisão sistemática(29), pois

não fornecem informações sobre os principais exercícios do método Pilates, afim de

esclarecer o funcionamento exato dos exercícios e adequar a sua recomendação em pacientes

com dor lombar crônica.

O método Pilates é utilizado por fisioterapeutas para reforçar os programas de

reabilitação(18). Entretanto, o critério de escolha das variáveis, como por exemplo, o tipo de

exercício a ser realizado, ainda vem sendo feito por meio de avaliações subjetivas(40), já que

os estudos a esse respeito são escassos. Assim, o objetivo deste estudo é analisar e comparar a

atividade eletromiográfica dos músculos glúteo máximo e oblíquo externo em exercícios do

método Pilates em participantes com e sem dor lombar crônica não específica.

MÉTODOS

Participantes

Foram avaliadas participantes do sexo feminino, recrutadas na clínica-escola de

Fisioterapia da Universidade Cidade de São Paulo, São Paulo, Brasil. Os critérios de inclusão

eram mulheres com idade entre 18 e 60 anos, sedentárias e com marcha independente. Para o

Grupo Dor Lombar as participantes deveriam ter dor lombar crônica não específica

Page 73: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

60

 

 

persistente por mais de três meses e para o Grupo Controle as participantes deveriam ser

saudáveis. A idade, estatura e índice de massa corpórea (IMC) foram pareados entre os

grupos. As contraindicações para a realização de exercícios físicos foram avaliadas pelo

Questionário de Prontidão para Atividade Física, sugerido como padrão mínimo de avaliação

pré-participação, pois pode identificar, por alguma resposta positiva, os participantes que

necessitam de avaliação e liberação médica prévia(6). Os critérios de exclusão para os dois

grupos foram: participantes com experiência prévia com o método Pilates, gravidez, cirurgias

prévias de coluna vertebral e membros inferiores e superiores, história de fratura de coluna

vertebral, desordens inflamatórias, reumáticas e neurológicas, doença metabólica sistêmica

não controlada, hérnia de disco, tumor, infecção, osteoporose, deformidade estrutural, não

compreender a escrita e fala da língua portuguesa e participantes que realizaram tratamento

fisioterapêutico para dor lombar crônica nos últimos seis meses(13, 35). As participantes

assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para participação do estudo, o qual

recebeu aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Cidade de São Paulo

(CAAE: 0056.0186.000-11).

Cálculo amostral

O cálculo amostral foi realizado no software GPower, versão 3.1, com base em um

estudo piloto com quatro participantes do Grupo Dor Lombar e oito do Grupo Controle.

Utilizamos a média e desvio padrão do valor Root Mean Square (RMS) do músculo oblíquo

externo direito e esquerdo gerado durante o exercício “Ponte sobre os ombros” de cada grupo

para determinar uma diferença entre os grupos de 0,65. Para o grupo Dor Lombar a média de

ativação muscular utilizada foi de 1,22 e o desvio padrão de 0,10 e para o Grupo Controle a

média de ativação muscular foi de 1,14 e o desvio padrão de 0,14. Consideramos o poder

Page 74: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

61

 

 

estatístico de 80% e alfa de 5%. Sendo assim, o tamanho da amostra obtido foi de 30

participantes por grupo.

Procedimento

No primeiro dia de avaliação, as participantes receberam orientações básicas sobre o

método Pilates e treinamento da ativação do centro de força, que corresponde à contração

concêntrica e isométrica dos músculos do assoalho pélvico na expiração durante a respiração

diafragmática(33). Nesse mesmo dia, foi realizado um treinamento dos exercícios propostos

para favorecer a familiarização das participantes.

Em outro dia, com um intervalo mínimo de dois dias, os dados de ativação muscular

foram coletados por meio de um eletromiógrafo (EMG System do Brasil Ltda.), modelo

EMG-800C, com placa de conversão analógico/digital de 16 bits de resolução, interfaciado

com eletrogoniômetro (EMG System do Brasil Ltda.) e programa de aquisição de dados

WinDaq com frequência de amostragem de 2000 Hz por canal. Os dados foram coletados com

um filtro passa-banda de quarta ordem de 20 a 500 Hz, realizada por um filtro analógico do

tipo Butterworth, com ruído inferior a 3 µV, impedância de 109 Ohms e índice de módulo de

rejeição comum maior que 100 dB. O eletrogoniômetro foi utilizado para determinar o início

e o final da ativação muscular e apresenta acurácia de 0,1 grau.

Os eletrodos utilizados foram bipolares de Ag/AgCl ativos de superfície, com pré-

amplificação de 20 vezes, cabo blindado e clipe de pressão na extremidade, acoplados com

eletrodos descartáveis (Meditrace). Os eletrodos foram colocados sobre o ventre muscular,

paralelos às fibras musculares, de forma que ficassem distantes 2 cm um do outro(3). Para

captação do sinal eletromiográfico, foram observados rigorosamente todos os procedimentos

recomendados por Hermens et al.(14). O eletrodo de referência foi colocado sobre o processo

espinhoso da sétima vértebra cervical. Os músculos monitorados foram o glúteo máximo e o

Page 75: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

62

 

 

oblíquo externo bilateralmente. Para o músculo glúteo máximo, os eletrodos foram colocados

sobre o meio da linha entre as vértebras sacrais e o trocânter maior, com orientação na direção

da linha da espinha ilíaca posterosuperior à face média posterior da coxa(36). Para o músculo

oblíquo externo, os eletrodos foram colocados no ponto de distância média entre a espinha

ilíaca anterosuperior e o ponto mais inferior da margem costal (na altura da terceira vértebra

lombar)(27). Previamente à colocação dos eletrodos foi realizada tricotomia (quando

necessário) e limpeza da pele com álcool. O eletrogoniômetro foi colocado na articulação do

quadril como forma de sincronizar a captação da atividade eletromiográfica e para possibilitar

a definição do intervalo de análise dos sinais eletromiográficos.

Exercícios

Os exercícios realizados foram “Ponte sobre os ombros” do Mat Pilates, “Respiração”

realizado no Cadillac e “Rolamento do quadril” realizado no Reformer (Metalife Indústria e

Comércio de Móveis Ltda.). Esses exercícios são utilizados usualmente nas clínicas de

fisioterapia no tratamento de pacientes com dor lombar crônica e objetivam trabalhar os

músculos estabilizadores da coluna lombar, gerando uma estabilização de tronco em pacientes

com dor lombar.

No exercício “Ponte sobre os ombros” (Figura 1), a participante foi posicionada em

decúbito dorsal, pelve e coluna neutra, joelhos flexionados, pés apoiados no colchonete,

pernas paralelas e abduzidas na distância do quadril, braços ao longo do corpo, palmas das

mãos voltadas para cima e escápulas estabilizadas. Após o posicionamento, a participante foi

orientada para realizar elevação da pelve criando uma posição de ponte dos ombros até os

joelhos, e retornar a posição inicial depois de alguns segundos(37).

Page 76: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

63

 

 

Figura 1: Exercício “Ponte sobre os ombros”. A. Posição inicial. B. Posição de realização do

exercício.

No aparelho Cadillac foi realizado o exercício “Respiração” (Figura 2). Nele, a

participante foi posicionada em decúbito dorsal, cabeça em direção à barra de rolamento,

pelve e coluna neutra, joelhos flexionados, braços estendidos ao longo do corpo, escápulas

estabilizadas e pés encaixados na alça do trapézio utilizando a mola vermelha que possui 473

cm de comprimento e 0,69 kgf/cm. Após a posição estabelecida, a participante foi orientada

para elevar a pelve criando uma posição de ponte dos ombros até os joelhos, e retornar a

posição inicial depois de alguns segundos(4).

Figura 2: Exercício “Respiração”. A. Posição inicial. B. Posição de realização do exercício.

A. B.

A. B.

Page 77: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

64

 

 

No aparelho Reformer foi realizado o exercício “Rolamento do quadril” (Figura 3) que

consistiu na posição da participante em decúbito dorsal, com pelve e coluna neutra, pés na

barra, pernas paralelas e abduzidas na distância do quadril, braços ao longo do corpo e com as

palmas da mão voltadas para cima. A partir desta posição, a participante foi orientada para

elevar a pelve criando uma posição de ponte dos ombros até os joelhos, e para retornar a

posição inicial depois de alguns segundos.

Figura 3: Exercício “Rolamento do quadril”. A. Posição inicial. B. Posição de realização do

exercício.

Nos exercícios realizados no Reformer, foi realizada uma variação com uso de molas:

com uma ou duas molas vermelhas. A variação de molas foi utilizada porque acreditamos que

o uso de somente uma mola torna a realização do exercício mais instável, e consequentemente

é exigida maior ativação dos músculos avaliados para controlar o movimento. Já utilizando

duas molas a realização do exercício seria mais estável e poderia haver uma menor ativação

dos músculos avaliados. As molas vermelhas do Reformer possuem 473 cm de comprimento

e 0,2 kgf/cm.

Foram realizadas 12 repetições para cada exercício e para cada variação de mola em

uma velocidade determinada pela respiração e conforto da participante, com um intervalo de

dois minutos entre cada exercício e variação de mola. Além disso, a ordem de realização dos

B. A.

Page 78: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

65

 

 

exercícios foi aleatorizada com a finalidade de diminuir fadiga induzida e não interferir na

análise dos dados. Antes e após cada um dos exercícios foi aplicada a escala numérica de dor

no Grupo Dor Lombar(7).

Processamento do sinal e Análise estatística

Os dados eletromiográficos foram processados através de rotinas definidas no

programa Matlab (versão 7.12.0.635, The Mathworks Inc®). A variação angular obtida pelo

eletrogoniômetro também foi filtrada pelo filtro Butterworth de quarta ordem e 3 Hz. A

análise do sinal eletromiográfico foi realizada levando em consideração o início e término da

movimentação do quadril adquirida pelo eletrogoniômetro, sendo estes definidos pelos

valores mínimos obtidos na posição inicial e após a realização do exercício. Para reduzir a

variabilidade, na análise foram utilizadas apenas as quatro repetições centrais, excluindo as

três primeiras e três últimas das 12 repetições realizadas por cada participante. A exclusão das

três primeiras repetições é sugerida para diminuir a interferência de uma possível adaptação

ao exercício por parte da participante e das três últimas para minimizar o efeito da fadiga

muscular sobre a atividade eletromiográfica(25). Para cada repetição foi calculado o RMS de

cada músculo no intervalo entre o início e término definidos anteriormente. Em seguida, foi

calculado o valor de RMS médio das quatro repetições centrais de todos os exercícios para

cada músculo, o qual foi utilizado na normalização do sinal eletromiográfico. Para a análise

estatística, foi considerada a média de ativação entre os lados direito e esquerdo de cada

músculo, já que o objetivo deste estudo é verificar a ativação muscular para a estabilização do

tronco e não a assimetria entre os músculos.

Page 79: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

66

 

 

Análise estatística

Para a análise estatística, foi realizado o teste de normalidade (Shapiro-Wilk) e de

homogeneidade de variância (Teste de Levene). Confirmada a aderência ao modelo normal,

foi feita uma Análise de variância com post hoc de Tukey para verificar as diferenças inter e

intragrupos e exercícios nas seguintes comparações: a) comparação entre grupos dos valores

de RMS dos músculos avaliados durante os quatro exercícios; b) comparação intragrupos dos

valores de RMS de cada músculo registrado entre os exercícios; e c) comparação da diferença

da intensidade da dor antes e após a realização dos exercícios no Grupo Dor Lombar. O nível

de significância adotado em todos os testes foi p < 0,05. Os dados foram analisados pelo

software SPSS (versão 20.0.0) e estão apresentados por medidas de tendência central.

RESULTADOS

Sessenta mulheres foram divididas em dois grupos: Grupo Dor Lombar (n=30) e

Grupo Controle (n=30). As características demográficas da amostra estão descritas na Tabela

1.

Page 80: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

67

 

 

Tabela 1 – Características das Participantes.

Características Participantes

Grupo Dor Lombar

(n = 30)

Grupo Controle

(n = 30)

Idade (anos), média (DP) 35,7 (12,9) 34,2 (9,9)

Duração da dor lombar (meses), média

(DP)

91 (129,5) NA

Estatura (m), média (DP) 1,6 (0,1) 1,6 (0,1)

Índice de massa corpórea (kg/m2), média

(DP)

23,3 (2,8) 22,7 (2,1)

Estado Civil, n (%)

Solteiro 11 (36,7) 12 (40)

Casado 17 (56,7) 14 (46,7)

Divorciado 2 (6,7) 3 (10)

Viúvo 0 (0) 1 (3,3)

Escolaridade, n (%)

Ensino fundamental 6 (20) 6 (20)

Ensino médio 16 (53,3) 21 (90)

Ensino superior 8 (26,7) 0 (0)

Pós-graduação 0 (0) 2 (6,7)

Renda (salários mínimos), média (DP) 5,4 (4,6) 8,5 (6,5)

NA: Não se aplica.

Page 81: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

68

 

 

Na Tabela 2 estão apresentados os resultados da comparação de ativação muscular

intergrupos e da comparação dos exercícios intragrupos. Podemos observar que não houve

diferença estatisticamente significante (p ≥ 0,05) de ativação muscular entre os grupos

analisados. Já nas análises intragrupos houve diferença estatisticamente significante (p ≤ 0,05)

entre os exercícios. No Grupo Dor Lombar houve diferença estatisticamente significante entre

os exercícios “Respiração” e “Rolamento do quadril com 1 mola” (p = 0,009). Para o

exercício “Ponte sobre os ombros” houve diferença estatisticamente significante entre os

exercícios “Rolamento do quadril com 1 mola” (p < 0,001) e “Rolamento do quadril com 2

molas” (p < 0,001). Com relação ao Grupo Controle houve diferença estatisticamente

significante do exercício “Ponte sobre os ombros” e os demais exercícios: “Respiração” (p =

0,025); “Rolamento do quadril com 1 mola” (p < 0,001); e “Rolamento do quadril com 2

molas” (p = 0,017).

Page 82: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

 

 

69

Tabela 2: Valores RMS dos músculos glúteo máximo e oblíquo externo durante os quatro exercícios avaliados nos Grupos Dor Lombar e

Controle.

1Diferença estatisticamente significante entre os exercícios Respiração e Rolamento do quadril com 1 mola para o Grupo Dor Lombar (p = 0,009).

2Diferença estatisticamente significante entre os exercícios Rolamento

do quadril com 1 mola e Ponte sobre os ombros para o Grupo Dor Lombar (p < 0,001). 3Diferença estatisticamente significante entre os exercícios Rolamento do quadril com 2 molas e Ponte sobre os ombros para o

Grupo Dor Lombar (p < 0,001). 4

Diferença estatisticamente significante entre os exercícios Respiração e Ponte sobre os ombros para o Grupo Controle (p = 0,025). 5

Diferença estatisticamente significante entre os

exercícios Rolamento do quadril com 1 mola) e Ponte sobre os ombros para o Grupo Controle (p < 0,001). 6

Diferença estatisticamente significante entre os exercícios Rolamento do quadril com 2 molas e Ponte sobre

os ombros para o Grupo Controle (p = 0,017)

Grupo Dor Lombar

Média (DP)

Grupo Controle

Média (DP)

Diferença entre as médias

(IC a 95%)

p

“Ponte sobre os ombros” Glúteo Máximo

Oblíquo Externo

1,25 (0,24)

1,05 (0,23)

1,22 (0,22)

1,06 (0,16)

0,03 (-0,09 a 0,15)

-0,01 (-0,11 a 0,10)

0,573

0,913

“Respiração”1,4 Glúteo Máximo

Oblíquo Externo

0,89 (0,25)

1,20 (0,21)

0,81 (0,24)

1,12 (0,23)

0,08 (-0,05 a 0,21)

0,08 (-0,03 a 0,19)

0,232

0,163

“Rolamento do quadril”

(1 mola)2,5

Glúteo Máximo

Oblíquo Externo

0,89 (0,15)

0,87 (0,15)

0,93 (0,14)

0,89 (0,12)

-0,04 (-0,11 a 0,04)

-0,02 (-0,09 a 0,05)

0,377

0,616

“Rolamento do quadril”

(2 molas)3

Glúteo Máximo

Oblíquo Externo

0,96 (0,16)

0,88 (0,21)

1,04 (0,21)

0,93 (0,12)

-0,08 (-0,17 a 0,02)

-0,05 (-0,15 a 0,03)

0,108

0,214

Page 83: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

70

 

 

Na Tabela 3 estão apresentados os resultados da média das diferenças da intensidade

da dor avaliada após e antes a realização dos exercícios no Grupo Dor Lombar. O resultado

dessa análise demonstra que não houve diferença estatisticamente significante (p ≥ 0,05) entre

os exercícios analisados.

Tabela 3: Valores da diferença de mudança da escala numérica de dor avaliada antes e após a

realização dos quatro exercícios no Grupo Dor Lombar.

Exercícios Média (DP)

“Ponte sobre os ombros” 0,13 (1,57)

“Respiração” 1,30 (1,82)

“Rolamento do quadril com 1 mola” 0,73 (1,74)

“Rolamento do quadril com 2 molas” 0,80 (1,79)

Page 84: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

71

 

 

DISCUSSÃO

Neste estudo foi comparada a ativação elétrica dos músculos glúteo máximo e oblíquo

externo durante quatro exercícios do método Pilates realizados por dois grupos de mulheres,

um com e outro sem dor lombar. Não houve diferença estatisticamente significante entre os

grupos, mas houve diferença significante entre os exercícios com relação à ativação dos

músculos glúteo máximo e oblíquo externo. Para o Grupo Dor Lombar, o exercício “Ponte

sobre os ombros” apresentou diferença estatisticamente significante quando comparada aos

exercícios “Rolamento do quadril” utilizando uma ou duas molas, e o exercício “Respiração”

mostrou diferença estatisticamente significante com o exercício “Rolamento do quadril com 1

mola”. Para o Grupo Controle houve diferença estatisticamente significante entre o exercício

“Ponte sobre os ombros” com os demais exercícios. A análise da diferença de mudança da

intensidade da dor avaliada após e antes os exercícios no Grupo Dor Lombar não mostrou

diferença estatisticamente significante.

Com relação à ativação muscular durante os exercícios do método Pilates, até o

momento não foram encontrados na literatura estudos que investigassem especificamente a

ativação elétrica dos músculos glúteo máximo e oblíquo externo, durante a realização dos

quatro exercícios propostos para mulheres com e sem dor lombar crônica. Um estudo

recente(21) avaliou a execução do power house por meio da atividade eletromiográfica de

músculos do tronco em indivíduos com e sem sintomas de dor lombar, e observou que os

músculos oblíquo interno e multífidos apresentaram maior ativação no grupo sem dor,

diferente dos resultados do presente estudo. A divergência entre os resultados pode se dar pelo

tipo de exercícios avaliados. No presente estudo foram avaliados exercícios dinâmicos,

realizados por participantes sedentários, enquanto o outro estudo(21) realizou uma avaliação

durante uma contração estática e em participantes fisicamente ativos. Além disso, o estudo(21)

utilizou feedback visual fornecido pelo sinal EMG durante a avaliação. Um estudo(28) que

Page 85: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

72

 

 

avaliou os efeitos de um dispositivo de feedback visual baseado em eletromiografia no

sistema musculoesquelético observou que, para a região lombar, o feedback visual é uma

maneira eficaz para reeducar a postura corporal. Com isso acreditamos que a execução do

power house com o auxílio do feedback visual pode ter influenciado nos resultados. Além

disso, o uso do feedback visual faz com que os resultados não se aproximem da prática

clínica, já que durante uma sessão utilizando o método Pilates, o uso de feedback visual do

sinal eletromiográfico aos pacientes não é um procedimento comum.

Os resultados desse estudo mostraram que há uma diferença estatisticamente

significante com relação à análise dos exercícios intragrupos. Podemos observar na literatura

que poucos estudos analisaram a atividade eletromiográfica dos músculos do tronco durante

exercícios baseados no método Pilates, principalmente em pacientes com dor lombar crônica.

No Grupo Controle o exercício “Ponte sobre os ombros” foi diferente quando comparado com

os exercícios realizados nos aparelhos. Apesar do nível de dificuldade do exercício não

depender somente da ativação muscular, é possível que na modalidade Mat Pilates a execução

dos exercícios seja considerada de maior dificuldade. De acordo com American College of

Sports Medicine(1), os aparelhos de musculação proporcionam a realização de exercícios mais

seguros e facilitam o aprendizado e a execução dos exercícios, pois os aparelhos contribuem

com a estabilização do corpo. Provavelmente isso pode ocorrer com os aparelhos do método

Pilates, pois ambos contam com dispositivos semelhantes (polias, alças e molas).

Os achados do presente estudo também mostraram que a intensidade da dor após a

execução dos exercícios não difere da apresentada antes do exercício no Grupo Dor Lombar.

É possível que os resultados tenham sido influenciados pelo fato dos exercícios propostos

serem bem parecidos quanto a sua execução, e a amplitude de movimento máxima do

exercício ser adaptada à capacidade física de cada participante. No entanto, futuros estudos

Page 86: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

73

 

 

são necessários para investigar se a atividade eletromiográfica dos músculos difere entre os

exercícios se a amplitude de movimento for pré-determinada.

Os estudos(2, 12, 19, 21, 23-25, 30, 31, 38-41) que realizaram uma avaliação biomecânica durante

os exercícios do método Pilates são diferentes com relação aos seus objetivos e resultados, e

também analisam músculos e exercícios diferentes. A maioria dos estudos fazem avaliação

com participantes saudáveis, diferente do presente estudo. No entanto, uma das limitações do

presente estudo foi a escolha dos músculos avaliados, isto é, glúteo máximo e oblíquo

externo. Uma possibilidade é que esses músculos nem sempre são os mais ativados durante a

realização dos exercícios propostos, porém estes músculos foram escolhidos devido ao

objetivo do estudo ter sido avaliar os músculos estabilizadores do tronco, e, portanto, a

avaliação de outros músculos como, por exemplo, os isquiotibiais não foi realizada. Ainda, os

músculos foram escolhidos para avaliação por serem músculos superficiais, já que há uma

dificuldade em avaliar pela eletromiografia os músculos profundos. Outro ponto de limitação

foi a dificuldade de cegar o avaliador. Durante a tentativa de cegar o avaliador, muitos dos

participantes avaliados relatavam sobre a dificuldade de realizar alguns exercícios, deixando

claro ao avaliador em qual grupo foram alocados.

Alguns estudos(2, 19, 25, 31, 40, 41) que realizaram uma avaliação biomecânica durante os

exercícios do método Pilates normalizaram os sinais de eletromiografia pela contração

voluntária máxima isométrica (CVMI), mas outros estudos(16, 39) sugerem que a CVMI

depende de fatores para ser atingida, como: formação e motivação do avaliador. Devido a

esses fatores um estudo(5) sugere que a normalização pela média deve ser escolhida para

diminuir a variabilidade interindividual. Assim a atividade eletromiográfica dos músculos

analisados no presente estudo foi normalizada pela média.

Há uma carência científica de estudos na área, em termos de avaliação do padrão

muscular dos músculos do tronco durante exercícios realizados no método Pilates. Mais

Page 87: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

74

 

 

estudos devem ser realizados a fim de analisar outros grupos musculares nestes exercícios e

com outros tipos de exercícios bem como estudos com amostras mais representativas

abordando diversas faixas etárias e sexos, em diferentes populações, principalmente pacientes

com dor lombar, bem como participantes com ou sem adaptação ao método Pilates. Esse tipo

de estudo permite uma melhor compreensão do efeito do exercício sobre a ativação muscular

e pode auxiliar na escolha dos exercícios e variáveis, durante a prescrição dos exercícios no

programa de reabilitação utilizando o método Pilates.

CONCLUSÃO

De acordo com os resultados do presente estudo, não foi observada diferença de

ativação muscular durante os exercícios do método Pilates avaliados entre participantes com e

sem dor lombar crônica não específica. Também não houve diferença na avaliação da dor

durante os exercícios. Assim, pode-se sugerir que os exercícios avaliados recrutam a

musculatura avaliada de forma semelhante e podem ser utilizados no tratamento da dor

lombar crônica, visto que os pacientes atingiram o mesmo recrutamento muscular observado

em participantes saudáveis. No entanto, os resultados apontam que a ativação muscular foi

maior no exercício “Ponte sobre os ombros” nos dois grupos, assim é possível que na prática

clínica, os exercícios do Mat Pilates possam ser utilizados em uma fase mais avançada de

tratamento, considerando o nível de dificuldade. Porém, mais estudos com boa qualidade

metodológica, devem ser feitos.

PONTOS CHAVE

ACHADOS: Não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes entre os grupos

analisados em função da dor lombar. Considerando o grupo Controle, o exercício “Ponte

Page 88: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

75

 

 

sobre os ombros” exigiu maior ativação do músculo glúteo máximo durante a sua execução

comparada aos outros exercícios analisados.

SUGESTÕES: Os resultados desse estudo auxiliam os profissionais de saúde a compreender

a ativação no músculo, assim os ajudam na escolha dos exercícios e variáveis de acordo com

o objetivo proposto durante um programa de tratamento utilizando o método Pilates.

CAUTELA: O presente estudo analisou a atividade eletromiográfica somente de dois

músculos e quatro exercícios em pacientes com dor lombar crônica. Devemos ter cautela ao

extrapolar esses resultados para outros músculos e outros exercícios no mesmo grupo de

pacientes.

REFERÊNCIAS

1. American College of Sports Medicine position stand. Progression models in resistance

training for healthy adults. Med Sci Sports Exerc 2009;41:687-708.

2. Barbosa AW, Martins FL, Vitorino DF, Barbosa MC, Immediate electromyographic

changes of the biceps brachii and upper rectus abdominis muscles due to the Pilates

centring technique. J Bodyw Mov Ther 2013;17:385-390.

3. Basmajian JV, De Luca CJ, 1985. Muscles alive: Their functions revealed by

electromyography, Baltimore: Williams & Wilkins.

4. Books EH, 2007. Pilates Cadillac, Tanscontinental Print, Canada.

5. Burden A, How should we normalize electromyograms obtained from healthy

participants? What we have learned from over 25 years of research. J Electromyogr

Kinesiol 2010;20:1023-1035.

6. Carvalho Td, Nóbrega ACLd, Lazzoli JK, Magni JRT, Rezende L, Drummond FA, et

al, Posição oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte: atividade física e

saúde. Rev Bras Med Esport 1996;2:79-81.

Page 89: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

76

 

 

7. Costa LO, Maher CG, Latimer J, Ferreira PH, Ferreira ML, Pozzi GC, et al,

Clinimetric testing of three self-report outcome measures for low back pain patients in

Brazil: which one is the best? Spine (Phila Pa 1976) 2008;33:2459-2463.

8. Curnow D, Cobbin D, Wyndham J, Boris Choy ST, Altered motor control, posture and

the Pilates method of exercise prescription. J Bodyw Mov Ther 2009;13:104-111.

9. da Fonseca JL, Magini M, de Freitas TH, Laboratory gait analysis in patients with low

back pain before and after a pilates intervention. J Sport Rehabil 2009;18:269-282.

10. Dagenais S, Caro J, Haldeman S, A systematic review of low back pain cost of illness

studies in the United States and internationally. Spine (Phila Pa 1976) 2008;8:8-20.

11. Donzelli S, Di Domenica E, Cova AM, Galletti R, Giunta N, Two different techniques

in the rehabilitation treatment of low back pain: a randomized controlled trial. Eura

Medicophys 2006;42:205-210.

12. Endleman I, Critchley D, Transversus abdominis and obliquus internus activity during

pilates exercises: measurement with ultrasound scanning. Arch Phys Med Rehabil

2008;89:2205-2212.

13. Gladwell V, Head S, Haggar M, Beneke R, Does a program of Pilates improve chronic

non-specific low back pain? J Sport Rehabil 2006;15:338-350.

14. Hermens HJ, Freriks B, Disselhorst-Klug C, Rau G, Development of

recommendations for SEMG sensors and sensor placement procedures. J

Electromyogr Kinesiol 2000;10:361-374.

15. Hoy D, Bain C, Williams G, March L, Brooks P, Blyth F, et al, A systematic review of

the global prevalence of low back pain. Arthritis Rheum 2012;64:2028-2037.

16. Hug F, Can muscle coordination be precisely studied by surface electromyography? J

Electromyogr Kinesiol 2011;21:1-12.

Page 90: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

77

 

 

17. IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Available at:

http://www.ibge.gov.br/home/. Accessed 2011.

18. La Touche R, Escalante K, Linares MT, Treating non-specific chronic low back pain

through the Pilates Method. J Bodyw Mov Ther 2008;12:364-370.

19. Loss JF, Melo MO, Rosa CH, Santos AB, La Torre M, Silva YO, Electrical activity of

external oblique and multifidus muscles during the hip flexion-extension exercise

performed in the Cadillac with different adjustments of springs and individual

positions. Rev Bras Fisioter 2010;14:510-517.

20. Maher CG, Effective physical treatment for chronic low back pain. Orthop Clin North

Am 2004;35:57-64.

21. Marques NR, Morcelli MH, Hallal CZ, Goncalves M, EMG activity of trunk stabilizer

muscles during Centering Principle of Pilates Method. J Bodyw Mov Ther

2013;17:185-191.

22. Marshallm PW, Kennedy S, Brooks C, Lonsdale C, Pilates exercise or stationary

cycling for chronic non-specific low back pain: Does it matter? A randomized

controlled trial with 6-month follow-up. Spine (Phila Pa 1976) 2013;38:E952-959.

23. Melo MO, Gomes LE, Silva YO, Bonezi A, Loss JF, Assessment of resistance torque

and resultant muscular force during Pilates hip extension exercise and its implications

to prescription and progression. Rev Bras Fisioter 2011;15:23-30.

24. Menacho MdO, Silva MF, Obara K, Mostagi FQRC, Dias JM, Lima TB, et al, The

electromyographic activity of the multifidus muscles during the execution of two

pilates exercises--swan dive and breast stroke--for healthy people. J Manipulative

Physiol Ther 2013;36:319-326.

Page 91: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

78

 

 

25. Menacho MO, Obara K, Conceicao JS, Chitolina ML, Krantz DR, da Silva RA, et al,

Electromyographic effect of mat Pilates exercise on the back muscle activity of

healthy adult females. J Manipulative Physiol Ther 2010;33:672-678.

26. Miyamoto GC, Costa LO, Galvanin T, Cabral CM, Efficacy of the addition of

modified Pilates exercises to a minimal intervention in patients with chronic low back

pain: a randomized controlled trial. Phys Ther 2013;93:310-320.

27. Ng JK, Kippers V, Parnianpour M, Richardson CA, EMG activity normalization for

trunk muscles in subjects with and without back pain. Med Sci Sports Exerc

2002;34:1082-1086.

28. Park SY, Yoo WG, Effect of EMG-based feedback on posture correction during

computer operation. J Occup Health 2012;54:271-277.

29. Pereira LM, Obara K, Dias JM, Menacho MO, Guariglia DA, Schiavoni D, et al,

Comparing the Pilates method with no exercise or lumbar stabilization for pain and

functionality in patients with chronic low back pain: systematic review and meta-

analysis. Clin Rehabil 2012;26:10-20.

30. Petrofsky JS, Morris A, Bonacci J, Hanson A, Jorritsma R, Hill J, Muscle Use During

Exercise: A Comparison of Conventional Weight Equipment to Pilates With and

Without a Resistive Exercise Device. J App Res 2005;5:

31. Queiroz BC, Cagliari MF, Amorim CF, Sacco IC, Muscle activation during four

Pilates core stability exercises in quadruped position. Arch Phys Med Rehabil

2010;91:86-92.

32. Quinn K, Barry S, Barry L, Do chronic low back pain patients benefit from attending

Pilates classes after completing conventional physiotherapy treatment? Physiother

Ireland 2011;32:5-12.

Page 92: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

79

 

 

33. Rainville J, Bagnall D, Phalen L, Health care providers' attitudes and beliefs about

functional impairments and chronic back pain. Clin J Pain 1995;11:287-295.

34. Rajpal N, Arora M, Chauhan V, The study on efficacy of Pilates and McKenzie

exercises in postural low back pain- A rehabilitative protocol. Physiother Occup Ther

J 2008;1:33-56.

35. Rydeard R, Leger A, Smith D, Pilates-based therapeutic exercise: effect on subjects

with nonspecific chronic low back pain and functional disability: a randomized

controlled trial. J Orthop Sports Phys Ther 2006;36:472-484.

36. SENIAM. SENIAM Available at: http://www.seniam.org/. Accessed 2011.

37. Siler B, 1968. The pilates body, Broadway Books, New York.

38. Silva MAC, Dias JM, Silva MF, Mazuquin BF, Abrão T, Cardoso JR, Análise

comparativa da atividade elétrica do músculo multífido durante exercícios do Pilates,

série de Williams e Spine Stabilization. Fisioter Mov. 2013;26:87-94.

39. Silva MF, Silva MAC, Campos RRd, Obara K, Mostagi FQRC, Cardoso APRG, et al,

A comparative analysis of the electrical activity of the abdominal muscles during

traditional and Pilates-based exercises under two conditions. Rev Bras Cineantropom

Desempenho Hum 2013;15:296-304.

40. Silva YO, Melo MO, Gomes LE, Bonezi A, Loss JF, Análise da resistência externa e

da atividade eletromiográfica do movimento de extensão de quadril realizado segundo

o método Pilates. Rev Bras Fisioter 2009;13:82-88.

41. Souza EFd, Cantergi D, Mendonça A, Kennedy C, Loss JF, Análise eletromiográfica

dos músculos reto femoral e reto abdominal durante a execução dos exercícios

hundred e teaser do método pilates. Rev Bras Med Esporte 2012;18:

42. Wajswelner H, Metcalf B, Bennell K, Clinical pilates versus general exercise for

chronic low back pain: randomized trial. Med Sci Sports Exerc 2012;44:1197-1205.

Page 93: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

 

 

CAPÍTULO 4

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Page 94: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

81

 

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os objetivos desta dissertação de mestrado foram reunir estudos que realizaram uma

avaliação biomecânica utilizando os exercícios do método Pilates em uma revisão sistemática

e realizar um estudo transversal caso e controle de avaliação eletromiográfica em

participantes com dor lombar não específica. No capítulo 2 foram apresentados os resultados

com relação à revisão sistemática de estudos sobre a avaliação biomecânica durante a

realização de exercícios do método Pilates, indicando que os resultados destes estudos1-12

devem ser analisados com cautela, pois são de baixa qualidade metodológica. Para realização

de novas revisões sistemáticas é necessário que mais estudos de alta qualidade metodológica

sejam publicados. A fim de minimizar limitações metodológicas que afetam a qualidade dos

artigos, recomendamos que os próximos estudos transversais sigam as recomendações do

STROBE, com o propósito de melhorar a qualidade metodológica dos estudos, e

consequentemente fornecer resultados mais fidedignos sobre o tema em questão. Dos estudos

publicados até hoje está é a primeira revisão sobre o assunto.

No capítulo 3 apresentamos os principais achados do primeiro estudo transversal caso

e controle de avaliação biomecânica durante exercícios das duas modalidades do método

Pilates em participantes com dor lombar crônica não específica, com uma amostra superior

aos outros estudos publicados até o momento sobre este assunto. De acordo com esses

resultados sugerimos que os exercícios avaliados podem ser prescritos para pacientes com dor

lombar, pois a ativação da musculatura avaliada foi realizada de forma semelhante nos dois

grupos.

Diante desses resultados, observamos que mais estudos com boa qualidade

metodológica devem ser feitos, principalmente para responder perguntas clínicas, já que o

método Pilates vem sendo utilizado por vários fisioterapeutas em seus programas de

Page 95: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

82

 

 

reabilitação. O uso de evidências científicas para nortear a tomada de decisão clínica durante

um programa de reabilitação é muito importante tanto para os pacientes, como para os

profissionais de saúde, principalmente quando observamos uma baixa qualidade metodológica

dos estudos avaliados. Além disso, é importante que estudos futuros avaliem outros grupos

musculares nestes exercícios e com outros tipos de exercícios, além de amostras mais

representativas. Esperamos que os resultados da pesquisa atual auxiliem os profissionais de

saúde na sua tomada de decisão clínica, principalmente os fisioterapeutas para definir melhor

os exercícios e variáveis prescritos durante o programa de reabilitação, utilizando o método

Pilates.

REFERÊNCIAS

1. Barbosa AWC, Martins FbLMa, Vitorino DbFdM, Barbosa MCSA. Immediate

electromyographic changes of the biceps brachii and upper rectus abdominis muscles due to

the Pilates centring technique. J Bodyw Mov Ther 2013;17:385-90.

2. Loss JF, Melo MO, Rosa CH, Santos AB, Torre ML, Silva YO. Atividade elétrica dos

músculos oblíquos externos e multífidos durante o exercício de flexoextensão do quadril

realizado no Cadillac com diferentes regulagens de mola e posições do indivíduo. Rev Bras

Fisioter 2010;14:510-7.

3. Marques NR, Morcelli MH, Hallal CZ, Goncalves M. EMG activity of trunk stabilizer

muscles during Centering Principle of Pilates Method. J Bodyw Mov Ther 2013;17:185-91.

4. Melo MO, Gomes LE, Silva YO, Bonezi A, Loss JF. Análise do torque de resistência

e da força muscular resultante durante exercício de extensão de quadril no Pilates e suas

implicações na prescrição e progressão. Rev Bras Fisioter 2011;15:23-30.

Page 96: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

83

 

 

5. Menacho MdO, Silva MF, Obara K, Mostagi FQRC, Dias JM, Lima TB, Abraõ T,

Cardoso JR. The electromyographic activity of the multifidus muscles during the execution of

two pilates exercises--swan dive and breast stroke--for healthy people. J Manipulative Physiol

Ther 2013;36:319-26.

6. Menacho MO, Obara K, Conceicao JS, Chitolina ML, Krantz DR, da Silva RA,

Cardoso JR. Electromyographic effect of mat Pilates exercise on the back muscle activity of

healthy adult females. J Manipulative Physiol Ther 2010;33:672-8.

7. Petrofsky JS, Morris A, Bonacci J, Hanson A, Jorritsma R, Hill J. Muscle Use During

Exercise: A Comparison of Conventional Weight Equipment to Pilates With and Without a

Resistive Exercise Device. J Appl Res 2005;5.

8. Queiroz BC, Cagliari MF, Amorim CF, Sacco IC. Muscle activation during four

Pilates core stability exercises in quadruped position. Arch Phys Med Rehabil 2010;91:86-92.

9. Silva MAC, Dias JM, Silva MF, Mazuquin BF, Abrão T, Cardoso JR. Análise

comparativa da atividade elétrica do músculo multífido durante exercícios do Pilates, série de

Williams e Spine Stabilization. Fisioter Mov 2013;26:87-94.

10. Silva MF, Silva MAC, Campos RRd, Obara K, Mostagi FQRC, Cardoso APRG,

Abrão T, Cardoso JR. A comparative analysis of the electrical activity of the abdominal

muscles during traditional and Pilates-based exercises under two conditions. Rev Bras

Cineantropom Desempenho Hum 2013;15:296-304.

11. Silva YO, Melo MO, Gomes LE, Bonezi A, Loss JF. Análise da resistência externa e

da atividade eletromiográfica do movimento de extensão de quadril realizado segundo o

método Pilates. Rev Bras Fisioter 2009;13:82-8.

12. Souza EFd, Cantergi D, Mendonça A, Kennedy C, Loss JF. Análise eletromiográfica

dos músculos reto femoral e reto abdominal durante a execução dos exercícios hundred e

teaser do método Pilates. Rev Bras Med Esporte 2012;18:104-8.

Page 97: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

 

 

ANEXOS

Page 98: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

85

 

 

ANEXO 1 – Normas de publicação da revista Journal of Manipulative and Physiological Therapeutics

General information

The Journal of Manipulative and Physiological Therapeutics (JMPT) is an international peer-reviewed journal dedicated to

the advancement of the science of manipulative and physiological therapeutics and chiropractic health care principles and

practice. Submissions must be original work, not previously published, and not currently under consideration for publication

in another medium, including both paper and electronic formats. The JMPT does not publish articles containing material that

has been reported at length elsewhere. The journal follows the standards as set forth in the Uniform Requirements for

Manuscripts (www.icmje.org).

JMPT MANUSCRIPT FORMS

Title Page Form

Copyright

Conflict of Interest

Case/Case Series

MANUSCRIPT CATEGORIES

Manuscripts should fit into one of the following categories (text word limit does not include abstract, tables, or reference

word count):

Experimental and observational investigations

Reports of new research findings. These studies may include investigations into the improvement of health factors, causal

aspects of disease, and the establishment of clinical efficacies of related diagnostic and therapeutic procedures. These types of

studies may include: clinical trials, intervention studies, cohort studies, case-control studies, observational studies, cost-

effectiveness analyses, epidemiologic evaluations, studies of diagnostic tests, etc. These reports should follow current and

relevant guidelines (eg, CONSORT, MOOSE, QUOROM, STARD, TREND, etc.) (text word limit, approximately 4000

words)

Systematic reviews and meta-analyses

Assessments of current knowledge of a particular subject of interest that synthesize evidence relevant to well-defined

questions about diagnosis, prognosis, or therapy with emphasis on better correlation, the demonstration of ambiguities, and

the delineation of areas that may constitute hypotheses for further study. (text word limit, approximately 4000 words)

Clinical guidelines

Succinct, informative, summaries of official or consensus positions on issues related to health care delivery, clinical practice,

or public policy. (text word limit, approximately 2000 words)

Technical reports

Reporting and evaluation of new or improved equipment, procedures, or the critical evaluation of old equipment or

procedures that have not previously been critically evaluated. (text word limit, approximately 2000 words)

Case series

Case series are retrospective descriptions of the diagnosis and treatment of several cases of a similar condition. (text word

limit, approximately 1500 words)

Page 99: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

86

 

 

Letters to the editor

Communications that are directed specifically to the editor that add to the information base or clarify a deficiency in paper

recently published in the JMPT (must be within the last 2 months) and include relevant references to substantiate comments.

No unidentified letters are accepted for publication. All letters are subject to editing and abridgement. If a letter is accepted

for publication, a blinded copy will be sent to the author of the article who will have an opportunity to provide a response and

new information that will be considered for publication along with the letter. Direct communication between the writer of a

letter and the author of an article should be avoided, because in the interest of scientific objectivity differences of opinion are

best handled by a third party—the editor—who can serve as an arbitrator if there is a dispute, thus avoiding unnecessary

irritations to either party. Also, if deficiencies exist in an article published in theJMPT, all readers (and the scientific

community in general) have a right to be informed. For more information about letters to the editor, please read this editorial.

(text word limit, 500 words maximum, reference limit 8).

EDITORIAL POLICIES

Authorship

All authors of papers submitted to JMPT must have an intellectual stake in the material presented for publication and must be

able to answer for the content of the entire work. Authors must be able to certify participation in the work, vouch for its

validity, acknowledge reviewing and approving the final version of the paper, acknowledge that the work has not been

previously published elsewhere, and be able to produce raw data if requested by the editor. All authors are required to

complete and submit an authorship copyright form.

As stated in the Uniform Requirements (www.icmje.org), credit for authorship requires all three of the following: 1)

substantial contributions to conception and design, or acquisition of data, or analysis and interpretation of data; 2) drafting the

article or revising it critically for important intellectual content; and 3) final approval of the version to be published. Authors

should meet conditions 1, 2, and 3. Each author must sign a statement attesting that he or she fulfills the authorship criteria of

the Uniform Requirements and is included on the copyright assignment form. Authors are required to designate their level of

participation of authorship on the authorship form. A change in authorship after submission must be signed by all authors and

submitted to the editor prior to being considered.

Contributorship

For each author, how the author contributed to the manuscript should be included in the title page form. For example: concept

development (provided idea for the research), design (planned the methods to generate the results), supervision (provided

oversight, responsible for organization and implementation, writing of the manuscript), data collection/processing

(responsible for experiments, patient management, organization, or reporting data), analysis/interpretation (responsible for

statistical analysis, evaluation, and presentation of the results), literature search (performed the literature search), writing

(responsible for writing a substantive part of the manuscript), critical review (revised manuscript for intellectual content, this

does not relate to spelling and grammar checking), and other (list other specific novel contributions).

Human subjects and animal studies

Studies with human subjects or animals must go through approval from the appropriate ethics review board/committee,

animal board, or IRB in advance. The JMPT endorses the ICMJE guidelines and the Declaration of Helsinki. All related

conditions regarding the experimental use of human subjects and their informed consent apply. Studies using animals should

follow the Animal Research: Reporting In Vivo Experiments (ARRIVE) guidelines. Information about review board

approval should be included the Methods section of the paper. Manuscripts that report the results of experimental

investigations with human subjects must include a statement that informed consent was obtained (in writing, from the subject

or legal guardian) after the procedure(s) had been fully explained.

Evidence of board approval should be submitted at the initial time of submission. When applicable, a signed letter from the

HIPAA compliance officer should be submitted. Fax (630) 839-1792 or email [email protected].

Clinical trial registration

Clinical trials should be included in a clinical trial registry. The clinical trial registration number should be included in the

methods section of the manuscript. Clinical trials should be registered in a public trials registry at or before the onset of

patient enrollment as a condition of consideration for publication. This policy applies to clinical trials starting enrollment

after July 1, 2005. For trials that began enrollment before this date, registration should be completed by September 13, 2005,

Page 100: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

87

 

 

before considering the trial for publication. The ICMJE (www.icmje.org) defines a clinical trial as a study that prospectively

assigns human subjects to intervention or comparison groups to evaluate the cause-and-effect relationship between an

intervention and a health outcome. Trial registration numbers and the URLs for the registry should be included in the title

page form at the time of submission.

Patient anonymity

It is the authors' responsibility to maintain appropriate records as well as protect patients' identity. Ethical and legal

considerations require careful attention to the protection of the patient's anonymity in case reports and other publications.

Identifying information such as names, initials, actual case numbers, and specific dates must be avoided; identifying

information about a patient's personal history and characteristics should be disguised. Anonymity should be maintained for

case reports regardless of the patient providing permission to publish. Photographs or artistic likenesses of subjects, patients,

or models are publishable only with their written consent or the consent of legal guardian; the signed consent form, giving

any special conditions, must accompany manuscript.

Case consent form

Case series must be accompanied by completed and signed patient consent to publish form from each patient. The case

consent forms should be uploaded at the time of initial manuscript submission. Authors should include a statement in the text,

without divulging personal identifiers, that the patient(s) gave consent to have personal health information published.

HIPAA compliance

For more information about HIPAA as it relates to obtaining patient consent for publication, please refer

to http://privacyruleandresearch.nih.gov/faq.asp or your country's legal guidelines.

Conflict of interest

Authors - Each author is required to complete a conflict of interest form (created by the ICMJE) and submit this form at the

time of initial submission. Conflict of interest exists when an author has financial or other interests that may influence his or

her actions in regard to the authors' work, manuscript development, or decisions. Conflicts of interest that exist, or that are

perceived to exist, for individual authors in connection with the content of the paper shall be disclosed to the JMPT at the

time of submission. In addition to the form, any concerns or additional conflict of interest issues may be included in the cover

letter to the editor. Authors must also disclose to the editor in the cover letter the conflicts of interest of any other person or

entity involved with the paper (eg, non-author, contributor, funding body) In recognition that it may be difficult to judge

material from authors where conflict of interests are concerned, authors should be ready to answer requests from the editor

regarding potential conflicts of interest. The editor makes the final determination concerning the extent of information

included in the published paper.

It is expected that authors are truthful when declaring conflicts on their submission materials. An editor's role is not to be

policeman, so the burden is upon the author to properly declare COI. If an author did not accurately and completely declare

their interests upon submission, and it is discovered later, the editor will follow up with an ethics investigation. The results

may include rejection or retraction of the paper, prevention of future submissions, and notification of ethical misconduct to

the proper authorities.

Editorial staff and Peer Reviewers - It is expected that people involved with handling manuscripts for the journal will

properly disclose their financial and professional interests that may be be viewed as potential conflicts of interest and recuse

themselves from any actions in which their conflicts of interest will hamper their judgment or actions. Peer reviewers should

inform the editor if they feel they are not able to properly peer review a manuscript and recuse themselves from reviewing

that manuscript. Editorial staff should disclose information that readers may perceive might influence decisions in journal

editing. Disclosure statements about potential conflicts of interest for the journal staff should be published regularly. Please

refer to ICMJE website for more information on COI.

Funding sources

Sources of financial support of the study, such as grants, funding sources, equipment, and supplies, should be clearly stated in

the title page form. The role of funding organizations, if any, in the conduct of the study should be described in the Methods

section of the manuscript. If the study is funded directly by an NIH grant or other national funding, it is the corresponding

author's responsibility to inform the editor and mark this information on the copyright form at the time of submission.

Page 101: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

88

 

 

Copyright of journal contents

Materials published in the JMPT are covered by copyright. No content published by the JMPT (either in print or electronic)

may be stored or presented in other locations such as on another private website, an organization's site, or displayed or

reproduced by any other means, without the express permission of the copyright holder.

Redundant or duplicate publication

Manuscripts must be submitted to only one journal at a time and published in only one journal. The JMPT does not publish

articles containing material that has been reported at length elsewhere. The corresponding author must include in the cover

letter a statement to the editor about all submissions and previous materials that might be considered to be redundant or

duplicate publication of similar work, including if the manuscript includes materials on which the authors have published a

previous report or have submitted similar or related work to another publication. Copies of the related material may be

requested by the editor in order to assist with the editorial decision of the paper.

If redundant or duplicate publication is attempted or occurs without proper disclosure to the editor, editorial action will be

taken as follows. The results may include rejection or retraction of the paper, prevention of future submissions, and

notification of ethical misconduct to the proper authorities. If it is confirmed that a paper is a duplicate or redundant

publication and is discovered in the prepublication phase, the paper will be rejected, even if an accept notice has been

distributed previously to the authors. If duplicate or redundant publication is confirmed after publication, the paper will be

retracted and the appropriate boards/institutions notified.

Non-compliance with author instructions

Authors who do not comply with the items set forth in these instructions may have the submission returned, rejected, or

brought to higher authorities, such as ethics, licensing, or institutional boards for further review at the editor's discretion.

EDITORIAL PROCESS

Pre-peer review, and internal review by editors

To insure that only relevant and appropriate papers are sent to peer review, submitted manuscripts are pre-reviewed for

relevance, appropriate submission format, and basic quality before sending out to peer review. Reasons for early rejection

may include: the submission does not meet the requirements as stated in the instructions for authors, the work is of poor

quality, and/or the topic is not relevant to the mission of journal.

The editorial staff reads each manuscript and then decides whether to send the paper to outside reviewers. If a submission is

rejected without external review, the author will typically be notified electronically within 2 to 3 weeks of receipt. Over 80%

of submitted papers are sent to external peer review, which is usually made up of at least 2 reviewers, but may be more.

Review process

The JMPT uses double-blind peer review methods (author and reviewer are blinded). The journal staff will do their best to

support blinded review methods, however due to the special nature of the topics published, we cannot guarantee that

reviewers or authors may be able to guess the identity of each other.

All manuscripts are subject to blind (without author or institutional identification) critical review by experts in the related

field to assist the editor in determining appropriateness to JMPT objectives, originality, validity, importance of content,

substantiation of conclusions, and possible need for improvement. Manuscripts are considered privileged communications

and should not be retained or duplicated during the review process. Reviewers' comments may be returned with the

manuscript if rejected or if strong recommendations for improvement are made. All reviewers remain anonymous.

Rapid review

Rapid review speeds up the process of peer review and publication. Priority will be given to large clinical trials and meta-

analysis. Only manuscripts that are of very high quality that have findings likely to directly influence clinical practice

immediately will be considered.

Authors who feel that their research warrants rapid review should email the editor and submit justification regarding the

merits of the paper to substantiate its inclusion for rapid review. The editor will make the final decision regarding the

suitability of a submission for rapid review and publication. If a paper is not deemed appropriate by the editor for rapid

Page 102: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

89

 

 

review, the manuscript may still be submitted through the regular submission process and timeline.

If a manuscript is accepted for rapid review, it will then be handled through an expedited peer review process for decision.

The results may include acceptance, major revision, minor revision, or rejection. Inclusion in the rapid review process

guarantees neither acceptance of the paper nor promise of rapid publication if accepted. Each decision and paper review will

be done separately. All papers that are selected for rapid review will be processed through peer review.

The expedited review process will take approximately 15 business days. Authors will be notified about revision no later than

5 weeks after the manuscript is initially received. If revision is requested, authors of a rapid review submission should return

a revised manuscript within 2 weeks of notification. At this time, a decision will be made for acceptance or rejection. If the

manuscript is accepted, it will be scheduled immediately for in press publication.

Criteria for editorial decisions

The JMPT can publish only a portion of all papers submitted each year. Papers are selected based on quality and strength of

the paper in regard to scientific merit and the potential impact on improving patient care.

Revisions, rejections, and resubmissions

Processing of a manuscript for peer review does not imply acceptance to publish, even though the paper may be found to be

within JMPTeditorial objectives. Submissions may receive one of five responses from the editor: 1) incomplete or not ready

for submission, 2) major revision, 3) minor revision, 4) accept, or 5) reject. Aside from rejection for uncorrectable faults, a

well-compiled manuscript may also be rejected because it adds little new information to work that was previously published

in the literature or addresses a new topic that deserves more in-depth reporting. In these cases, the editor may provide the

author of a rejected manuscript recommendations that may be helpful for submission elsewhere.

If the authors have been given the opportunity by the editor to make specific changes to a manuscript and return it for further

consideration, this is considered a "revision." The manuscript will have the same manuscript number and may be sent out to

the same or different reviewers, depending on the needs of the revision. A request for revision does not imply that the

manuscript will be accepted. Manuscripts that are revised and returned may still be rejected.

If the authors have received a rejection decision but wish the editor to reconsider the decision, this is considered a

"resubmission." A new file will be created, and the paper will receive a new manuscript number. The cover letter must

explain that the paper is being resubmitted and substantiated with explanations for why the paper should be allowed to be

resubmitted.

Acceptance for publication

Once a manuscript has been accepted, the authors should not distribute content relating to the article while it is being

prepared for publication. It is permissible at this time to refer to this manuscript as "accepted for publication" in a

forthcoming issue of JMPT; however, it is requested that no further details of the paper, or the research on which it may have

been based, be given out in consideration that abridged or inexact versions of research or scholarly work can be misleading,

or even hazardous where clinical procedures are involved.

Authors may use Elsevier's Author Gateway (http://authors.elsevier.com ) to track accepted articles and set up e-mail alerts to

inform you of when an article's status has changed. Answers to questions arising after acceptance of an article, especially

those relating to proofs, are provided after registration of an article for publication.

Accepted papers will be edited for clarity, journal style, and accuracy of information. The intention is to provide the highest

quality version of the paper for final publication. Authors will have the opportunity to review the manuscript before final

publication during the proof stage to make sure all corrections are accurate. The editor reserves the right to accept or deny

any correction requests from authors prior to final publication.

Proofs

All manuscripts accepted for publication are subject to post acceptance editing; revision may be necessary to ensure clarity,

completeness, conciseness, correct usage, and conformance to approved style. Almost all papers that are accepted require

some editorial revision before publication. Authors will have the opportunity to review corrections/revisions made during the

copy editing process during the reviewing of the proofs. Editors will work with authors to arrive at agreement when authors

Page 103: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

90

 

 

do not find the revisions acceptable, but the JMPT reserves the right to refrain from publishing a manuscript if discussion

with the author fails to reach a solution that satisfies the editors. The journal reserves the right to deny requested changes that

do not affect accuracy. Authors may be charged for changes to the proofs beyond those required to correct errors or to answer

queries. Authors must carefully check and correct the proofs and reply within 24 to 48 hours of receipt and follow all

instructions in the proof email.

Publication scheduling of accepted papers and proofs

Authors will be sent proofs by email. Authors who cannot examine email proofs by the deadline (48 hours of receipt) should

email the editor to designate a colleague who will review proofs. All requests for changes within the proofs are reviewed and

either approved or denied by the editor. Authors should email promptly for additional information requests from the journal

personnel. Once proof changes have been submitted and approved by the editor, no further changes will be considered.

JMPT e-papers

Starting with the January 2002 issue, the JMPT initiated an electronic paper section in the journal. Electronic papers have

their abstract published in the print version of the journal, while the full-text version of the paper is included on

the JMPT web site (www.jmptonline.org). While the editor will attempt to honor requests to publish or not publish a paper as

an E-paper, the editor reserves the right to make a final decision as to whether a given paper will be published as an E-paper.

It is important to note that electronic publication includes all the same rights and privileges as print publication, including

inclusion in indexing agency databases.

Funding sources and NIH funded studies

Statements about funding sources and conflicts of interests should be included in the title page form. If there were no funding

sources or identified conflicts of interest to declare, then this should be clearly stated.

The JMPT is compliant with the open access NIH publication policy and will deposit the final version of the published paper

to PubMedCentral (PMC) within 12 months of final publication. It is the corresponding author's responsibility to inform the

editor in both the cover letter and the copyright form that the study was directly funded by an NIH grant.

Reprints and copies

Authors of papers published in the JMPT are encouraged to make reprints available to interested members of the scientific,

academic, and clinical communities so that the inherent knowledge may be more widely disseminated; a reprint order form

will be provided with the proofs to facilitate ordering quantity reprints. One complimentary copy of the JMPT issue in which

an author's work appears will be provided at no charge to the corresponding author. Additional copies, if desired, must be

ordered at regular cost directly from the publisher. Authors are responsible for payment of reprints or additional copies.

Reproductions

The entire content of the JMPT is protected by copyright, and no part may be reproduced (outside of the fair use stipulation

of Public Law 94-553) by any means without prior permission from the editor or publisher in writing. In particular, this

policy applies to the reprinting of an original article in print or in electronic format, in another publication and the use of any

illustrations or text to create a new work.

Sponsored Access

For those authors who wish to make their article open access, the JMPT offers authors the option to sponsor non-subscriber

access to individual articles. The charge for article sponsorship is $3,000. This charge is necessary to offset publishing costs -

from managing article submission and peer review, to typesetting, tagging and indexing of articles, hosting articles on

dedicated servers, supporting sales and marketing costs to ensure global dissemination via ScienceDirect, and permanently

preserving the published journal article. The fee excludes taxes and other potential author fees such as color charges which

are additional.

Authors may select this option after receiving notification that their article has been accepted for publication. This prevents a

potential conflict of interest where a journal would have a financial incentive to accept an article.

Authors who have had their article accepted and who wish to sponsor their article to make it available to non-subscribers

should complete and submit the order form. Note, the fee is waived with NIH funded articles.

Page 104: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

91

 

 

SUBMISSION INFORMATION

Manuscript preparation and submission

All manuscripts must be submitted through the Journal of Manipulative and Physiological Therapeutics online submission

and review Web site ( http://ees.elsevier.com/jmpt). Authors may send queries concerning the submission process,

manuscript status, or journal procedures to the Editorial Office at [email protected].

Once you have uploaded your submission files, the system automatically generates an electronic (PDF) proof for your

review. All correspondence, including the Editor's decision and request for revisions, will be sent by e-mail to the

corresponding author.

Revised manuscripts should be accompanied by an additional Word file with responses to all editor requests and reviewers'

comments. This file should contain an itemized list addressing each of the revision requests and demonstrate how these have

been addressed in the manuscript. The preferred order of files is as follows: cover letter, response to reviews (revised

manuscripts only), manuscript file(s), figure(s).

Authors who are unable to provide an electronic version or have other circumstances that prevent online submission must

contact the Editorial Office prior to submission to discuss alternate options. The Publisher and Editors regret that they are not

able to consider submissions that do not follow these procedures.

Materials due at initial submission

All materials associated with the manuscript are due at the time of initial submission. These include: cover letter, title page

form, manuscript files, assignment of copyright forms for all authors, conflict of interest forms for all authors, and any

permission forms (eg, patient consent to publish forms, permission to have name printed in acknowledgements, permission to

reprint table or figure, permission to include person's picture, etc.). It is the corresponding author's responsibility to obtain

these permissions and upload them to the website. In the event that the paper is rejected, the permissions and files associated

with this manuscript will no longer be valid so that the authors may pursue publication elsewhere.

File requirements

Original source files, not PDF files, are required for submission. Files should be labeled with appropriate and descriptive file

names (eg, SmithText.doc or Fig1.tif).

It is recommended that each file is no greater than 2MB are uploaded during the submissions process.

Revision

Manuscript revisions are expected within 30 days of request for revision. The corresponding author should contact the editor

if there are any questions or more time is needed.

Materials due during revision

If revision has been requested, all comments, concerns, suggestions must be addressed and include whether the change is

made or not. The corresponding author should upload a Word document with a list of itemized changes made in the

manuscript addressing each of the revision requirements. Changes made in the manuscript (insertions or corrected

information) should be highlighted the within the text (either highlight or color font) to show reviewers and editor where the

changes have been made.

SUBMISSION COMPONENTS AND REQUIREMENTS

Submission check list

The following items should be ready before submitting to the JMPT website:

1. Cover letter

2. Title page form

3. Blinded manuscript Word file (does not include author name or other identifying information):

structured abstract

body of manuscript

references

Page 105: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

92

 

 

tables

4. Figures (separate JPEG files no bigger than 2 MB)

5. Signed assignment of copyright forms for each author

6. Completed conflict of interest form for each author

7. Permissions to publish, consent forms, permissions forms, for human or animal studies, evidence of board

approval. 1. Cover letter The cover letter should explain why the paper should be published in the JMPT rather than elsewhere and if the submission is original and not currently under consideration for publication in another peer-reviewed medium. The cover letter should include a statement of intent to submit to the JMPT. The cover letter may also include any special information regarding the submission that may be helpful in its consideration for publication. Authors may recommend reviewers for consideration and should include name and email of the suggested reviewers. If the study was funded by an NIH grant, this information should be included in the cover letter. 2. Title page Please fill in title page form from the JMPT submission website. 3. Blinded manuscript file Manuscript format and style Manuscripts must be prepared in accordance with the Declaration of Vancouver "Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to Biomedical Journals" (available from the JMPT Editorial Office or from www.icmje.org). The manuscript should be in double-spaced format. Do not break any words (hyphenate) at the end of any line and do not insert hard page breaks. The journal follows American Medical Association Manual of Style (10th ed. Oxford University Press, NY, 2007). Structured abstract The structured abstract should be no more than 250 words. The abstract should consist of 4 paragraphs, labeled: Objectives, Methods (include relevant information such as design, subjects/population, setting, statistical methods, etc), Results, and Conclusions. Manuscript organization The text of observational and experimental articles is usually divided into sections with the headings Introduction, Methods, Results, and Discussion. Longer articles may need subheadings within some sections to clarify or break up content. Other types of articles such as case reports, reviews, editorials, and commentaries may need other formats. Studies with designed that have guidelines should follow published guidelines. (eg, CONSORT, MOOSE, QUOROM, STARD, TREND, etc.) Any questions about format should be directed to the editor. Introduction Clearly state the purpose of the article. Summarize the rationale for the study or observation. Give only pertinent references and do not review the subject extensively; the introduction should serve only to introduce what was done and why it was done. State the specific purpose, research objective, or hypothesis tested by the study (typically found at the end of the introduction section). Methods The selection and description of participants, technical information, and statistics used should be reported in this section. Describe the selection of the observational or experimental subjects (patients or experimental animals, including controls). Papers of a specific study design should follow current and relevant guidelines (e.g., CONSORT, MOOSE, QUOROM, STARD, TREND, etc.) and include appropriate materials in the text. Identify the methods, apparatus (manufacturer's name and address in parentheses) and procedures in sufficient detail to allow others to reproduce the work for comparison of results. Give references to establish methods, provide references and brief descriptions for methods that have been published but may not be well known, describe new or substantially modified methods and give reasons for using them and evaluate their limitations. When reporting experiments with human subjects, indicate the procedures used in accordance with the ethical standards of the Committee on Human Experimentation of the institution in which the research was conducted and/or were done in accordance with the Helsinki Declaration of 1975. Clearly indicate the ethics review board or IRB that approved the study. When reporting experiments on animals, indicate whether the institution's or the National Research Council's guide for the care and use of laboratory animals was followed. Do not use patient names, initials, or hospital numbers or in any manner give information by which the individuals can be identified. The author may be requested to provide the editor documentation from the ethics board and methods used to review the work. The source(s) of support in the form of funds, grants, equipment, or other real goods should be clearly stated in the Methods section.

Page 106: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

93

 

 

Statistics Describe the statistical methods in enough detail that would allow a knowledgeable reader with access to the original data to verify the results. Findings should include appropriate indicators of measurement error or uncertainty, such as confidence intervals. Examples of statistical details that should be included in the methods section are: the eligibility of experimental subjects, details about randomization, methods for blinding, complications of treatment, numbers of observations, dropouts from a clinical trial, the statistical programs used. In the results section, state the statistical methods used to analyze the results. All statistical terms, abbreviations, and symbols should be defined. Include numbers of observations and the statistical significance of the findings when appropriate. Detailed statistical analyses, mathematical derivations, and the like may sometimes be suitably presented in the form of one or more appendixes. Results Present your results in logical sequence within the text, tables, and figures. Do not repeat findings in multiple places (eg, do not include the same data in both text and tables). Emphasize or summarize only important observations, do not discuss findings in this section. Discussion The discussion should emphasize the important aspects of the study and include conclusions that follow from these observations. Do not repeat data presented in the Results section and do not include information or work that is not directly relevant to the study. State new hypotheses when indicated, but clearly label them as such. Statements that are unsupported, that generalize, or that over extrapolate the findings should not be included. Conclusions that may be drawn from the study may be included in the discussion; however, they may be more appropriately presented in a separate section. The principal conclusions should be directly linked to the goals of the study. Unqualified statements and conclusions not supported by your data should not be included. Avoid claiming priority or referring to work that has not been completed or published. State new hypotheses when warranted but clearly label them as such. Recommendations (for further study, etc), when appropriate, may be included. Limitations subsection Place limitation subsection at the end of the Discussion section. List and discuss the limitations of the study, possible sources of bias, and any reasonable alternate explanations for the findings and interpretation for the study. Acknowledgments Acknowledge only those who have made substantive contributions to the study itself; this includes support personnel such as statistical or manuscript review consultants, but not subjects used in the study or clerical staff. Clearly state what each contributor has provided. Authors are responsible for obtaining the written permission (to be included at time of submission) that is required from persons, institutions, or businesses being acknowledged by name because readers may infer their endorsement of the data and conclusions. References Authors are responsible for accurate reference and citation information, especially accuracy of author names, journal titles, volume numbers, and page numbers. References should be numbered consecutively when they are first used in the text. Reference citation in the text should be in superscript format and after punctuation (eg, The quick fox jumped over the dog.1). References should be listed in numeric order (not alphabetically) following the text pages. The original citation number assigned to a reference should be reused each time the reference is cited in the text, regardless of its previous position in the text: do not assign it another number. References should not be included in abstracts. References that are only used in tables or figure legends should be numbered in the sequence established by the first use of the particular table or figure in the text. Only references that provide support for a particular statement in the text, tables, and/or figures should be used. Reference or referring to unpublished work should be avoided. Excessive use of references should be avoided. Each reference should only be listed in the reference section once. Authors are responsible to verify references against the original document and not from reading the abstract alone. Care should be taken to accurately represent the original work and not misconstrue the original meaning of the paper. Unacceptable reference sources Using only the abstract, referring to "unpublished observations" and "personal communications" should be avoided. Unpublished references (submitted but not accepted) should not be listed as references. Manuscripts that are accepted but not yet published may be included in the references with the designation "in press." The author should obtain written permission to cite these papers and may be requested by the editor to provide documentation to verify the paper was accepted for publication. For the most part, sources of information and reference support for a bioscientific paper should be limited to journals (rather than books) because that knowledge is generally considered more recent and (in the case of refereed journals) more accurate.

Page 107: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

94

 

 

Reference style Reference style should be in accordance with that specified by the US National Library of Medicine. Specific examples of correct reference form for journal articles and other publications can be found at http://www.nlm.nih.gov/bsd/uniform_requirements.html. The format for at typical journal article is as follows:

1. Last name of author(s) and their initials in capitals separated by a space with a comma separating each author. (List

all authors when 6 or fewer; when 7 or more, list only the first 6 and add et al.)

2. Title of article with first word capitalized and all other words in lower case, except names of persons, places, etc.

3. Name of journal, abbreviated according to Index Medicus http://www.nlm.nih.gov/tsd/serials/lji.html; year of

publication (followed by a semicolon); volume number (followed by a colon); and inclusive pages of article (with

redundant number dropped, ie, 105-10). Tables Tables should be placed at the end of the blinded manuscript file at the time of submission. If the paper is accepted, tables will be placed appropriately in the final publication. Tables should be numbered as they appear in the text (e.g., Table 1). Identify statistical measures of variation, such as standard deviation and standard error of mean. If data are used from another source, the author should acknowledge the original source in the text and include the written permission from the copyright holder to reproduce the material with the submission. Using Arabic numerals, number each table consecutively (in the order in which they were listed in the text in parentheses) and supply a brief title to appear at the top of the table above a horizontal line; place any necessary explanatory matter in footnotes at the bottom of the table below a horizontal line and identify with footnote symbols *, †, ‡, §, ¶, **, ††, ‡‡, etc. Do not submit tables as photographs. Avoid the use of too many tables in relation to length of the text, as this may produce difficulties in layout of the pages. Avoid the use of tables that do not fit in the 'portrait' layout. Table contents and number of tables may be subject to editing. Type legends for tables above each table. Include expanded version of all acronyms and symbol meanings in the legend. Identify each legend with Arabic numerals in the same manner and sequence as they were indicated in the text in parentheses (eg, Table 1). Include in the manuscript text where the table should be placed. For example "call out" where the table should be located using (Table 1) in the text. Terminology Standard spelling and terminology should be used whenever possible. Avoid creating new terms or acronyms for entities that already exist. Technical terms that are used in statistics should not be used as non-technical terms, such as "random" (which implies a randomizing device), "normal," "significant" (which implies statistical significance), and "sample." Units of Measurement In most countries the International System of Units (SI) is standard, or is becoming so, and bioscientific journals in general are in the process of requiring the reporting of data in these metric units. However, insofar as this practice is not yet universal, particularly in the United States, it is permissible for the time being to report data in the units in which calculations were originally made, followed by the opposite unit equivalents in parentheses; ie, English units (SI units) or SI units (English units). Nevertheless, researchers and authors considering submission of manuscripts to the JMPT should begin to adopt SI as their primary system of measurement as quickly as it is feasible. Abbreviations and symbols Use only standard abbreviations for units of measurement, statistical terms, biological references, journal names, etc. Avoid abbreviations in titles and abstracts. The full term should precede its abbreviation for the first use in the manuscript, unless it is a standard unit of measurement. For standard abbreviations, consult the following: 1) Uniform requirements for manuscripts submitted to biomedical journals (Ann Intern Med 1997;126:36-47); 2) American Medical Association manual of style. 10th ed. Baltimore: Williams & Wilkins; 2007; 3) Scientific style and format, the CBE manual for authors, editors, and publishers. 6th ed. Cambridge (UK): Cambridge University Press; 1994. 4. Figures Figures include images, charts, graphs, and lists of information (eg, inclusion criteria). Figures should not be included in the manuscript file. Instead, they should be uploaded separately. Illustrations (including lettering, numbering and/or symbols) must be of professional quality and of sufficient size so that when reduced for publication all details will be clearly readable.

Page 108: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

95

 

 

Rough sketches with freehand or typed lettering are not acceptable. Include legends for figures after the reference section in the blinded manuscript file. Identify each figure with Arabic numerals in the same sequence as they appear in the text in parentheses (eg, Fig 1). Do not type legends in the image file. When symbols, arrows, numbers, or letters are used to identify parts of the illustrations, identify and explain each one clearly in the legend. Include in the manuscript text where the figure should be placed. For example "call out" where the figure should be located using (Figure 1) in the text. Color versions of all figures are preferred. Hard copy will be printed in black and white and electronic version will include color at no extra cost to the author. All illustrations (including radiographs, diagnostic imaging) must be uploaded as at least 200 dpi resolution in JPEG format. The file should be 2MB or less in size. Figures should be submitted as separate JPEG files and not embedded in the manuscript or Word file. Each figure should be saved using the figure number in its file name (eg, Fig1) and uploaded as a separate file. Original data (eg, Excel file) for graphs or charts may be requested by the editor if the submitted figure is not clear or of poor quality for printing. Typically no more than eight figures are acceptable (eg, Fig 1A and Fig 1B are considered two figures). If photographs of persons are used the submission must be accompanied by signed written permission to publish the photographs. If a figure has been previously published, acknowledge the original source and submit written permission from the copyright holder to reproduce the image. Permission is required, regardless of authorship or publisher, except for documents in the public domain, in this case the source of the image should be clearly labeled. Since JMPT articles appear in both the print and online versions of the journal, and wording of the letter should specify permission in all forms and media. Failure of the author to obtain electronic permission rights will result in the images not appearing in the paper or rejection. The acceptance of color illustrations is at the discretion of the editor. Costs of color printing for the hard copy publication will be incurred by the authors. 5. Assignment of copyright and permissions At the time of initial submission, all manuscripts must be accompanied by a properly completed authorship form for all authors. Upon submission, authors will not disseminate of any part of the material contained in the manuscript without prior written approval from the editor. Nonobservance of this copyright stipulation may result in rejection of the submission for publication. Assignment of copyright should be uploaded to the website in order to initiate manuscript processing for peer review. Multiple authors should submit separate versions of the form (all signatures should not be on the same form). Manuscripts will not be processed until all signatures have been received. The assignment of copyright form may be obtained on the JMPT submission website. 6. Conflict of interest At the time of initial submission, all manuscripts must be accompanied by a properly completed conflict of interest form for all authors. The conflict of interest form may be obtained on the JMPT submission website or directly from the ICMJE, www.icmje.org. 7. Permissions All permissions should be submitted at the time of initial manuscript submission. It is the corresponding author's responsibility to secure all permissions and provide these to the JMPT editorial office. Permissions include permission to state names or institutions in the acknowledgements, permissions from models who are identifiable in figures, and permissions from patients of case reports (when applicable), etc. Illustrations or content from other publications (print or electronic) must be submitted with written permission from the copyright holder (and author if required) and must be acknowledged in the manuscript, as delineated by the permission granting publisher. For animal or human subject studies, evidence of board approval should be submitted to the website at the initial time of submission. Please upload a jpeg or pdf scan of the approval/exemption letter to the website. Files should be no bigger than 1MB each. Supplemental Digital Files Supplemental digital files associated with your manuscript, such as video or data files, may be uploaded at the time of ubmission. For any questions regarding supplemental files, please contact the editor.

Page 109: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

96

 

 

ANEXO 2 – Normas de publicação da revista Journal of Orthopaedic & Sports Physical Therapy

General Requirements

All manuscripts must meet the following basic requirements to be eligible for review by JOSPT®.

Written in English Include a cover letter Present findings or data that have not been previously published either in print or electronic (online) format or

widely disclosed in a form other than published abstracts of oral presentations at scientific conferences and meetings

Undergoing exclusive review by JOSPT Address scientific, clinical, or professional issues relevant to musculoskeletal or sports-related physical therapy

practice Written in accordance with the recommendations found in the Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to

Biomedical Journals: Writing and Editing for Biomedical Publication by the International Committee of Medical Journal Editors, April 2010 (http://www.icmje.org/urm_main.html and http://www.icmje.org/urm_full.pdf)

Formatted according to AMA style guidelines (American Medical Association Manual of Style, 9th Edition)

Submissions that do not meet the above essential requirements will be returned to the author without review. For additional guidance, please review JOSPT's Author and Reviewer Tools.

NOTE: In the peer-review process, JOSPT reviewers are unaware of the author's identity and institutional afiliation. Associate editors are not blinded to author identity and vice versa.

Protection Of Human Subjects

The name of the Institutional Review Board that approved the research protocol involving human subjects must be included on the title page and in the Methods section. The Methods section must also contain a statement that informed consent was obtained and that the rights of the subjects were protected.

It is mandatory that clinical trials initiated on or after January 1, 2013 be prospectively registered in a public trials registry. In these cases, authors should provide the name of the registry and the registration number on the title page. For clinical trials initiated prior to January 1, 2013, prospective clinical trial registration is desirable but not mandatory.

When required by the appropriate Institutional Review Board, case reports should include either a statement that each subject was informed that data concerning the case would be submitted for publication or a statement indicating approval by the Board. In all cases, patient confidentiality must be protected.

Use Of Animals

Manuscripts with experimental results in animals must include a statement on the title page and in the Methods section that an animal utilization study committee approved the study.

Use Of Cadavers

When applicable, manuscripts with experimental results on cadavers must include a statement on the title page and in the Methods section that a relevant utilization study committee approved the study.

Page 110: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

97

 

 

Preparing Your NEW Manuscript

All manuscripts submitted to JOSPT should be double-spaced and have 2.54-cm (1-in) margins on all sides of the page. Pages should be consecutively numbered, starting with the title page. Pages should be continuously line numbered, with line numbers starting at 1 on the abstract. The font should be 12-point Arial, Times New Roman, or Courier. All measurements in the manuscript should be presented in SI units, except for angular measures, which should be presented in degrees rather than radians.

The manuscript should be arranged as follows:

Title Page (separate page)

Title of manuscript Names of each author with their highest academic credential (ie, PhD), or most relevant professional designation

(eg, PT), or both (eg, PT, PhD). Limit credentials to these 2 items only Institution, city, state/province, country for each author Statement of the sources of grant support (if any) Statement of Institutional Review Board approval of the study protocol Name of the public trials registry and the registration number Corresponding author's name, address, and e-mail address

Anonymous Title Page (separate page)

Title of manuscript Statement of financial disclosure and conflict of interest (see item 6 of the Author Agreement and Publication

Rights Form) Acknowledgements (on a separate page)

Abstract (see also Manuscript Categories)

Structured Abstract: Research reports (including systematic literature reviews) and brief reportsrequire an abstract containing a maximum of 250 words, divided into 6 sections with the following headings in this order: Study Design, Objectives, Background, Methods, Results, Conclusion. Abstracts for case reports should have 5 sections with the following headings and order: Study Design, Background, Case Description, Outcomes, and Discussion. Abstracts for resident's case problemsshould have 4 sections with the following headings and order: Study Design, Background, Diagnosis, and Discussion.

Unstructured Abstract: Clinical commentaries and narrative literature reviews require an abstract (called synopsis) that is not structured and that contains a maximum of 250 words.

All abstracts should include, where appropriate, a line item called "Level of Evidence," which indicates the study type and level of evidence, according to the classification system listed at the Oxford Centre for Evidence-based Medicine website (http://www.cebm.net). This final line in the abstract should be in the following format example: "Level of Evidence: Therapy, level 2a." When the study does not fit any of the study type and level of evidence descriptors included in the above classification system, this line may be omitted. A list of suggested study design names and the Oxford Center for Evidence-Based Medicine levels of evidence table are provided for reference here.

All abstracts should end with a Key Words section, containing 3 to 5 key words that do not appear in the manuscript title.

Text

Research reports, systematic literature reviews, and brief reports require the body of the manuscript to be divided into 5 sections: Introduction, Methods, Results, Discussion, and Conclusion.

Case reports require the body of the manuscript to be divided into 4 sections: Background, Case Description, Outcomes, and Discussion.

Resident's case problems require the body of the manuscript to be divided into 3 sections: Background, Diagnosis, and Discussion.

Clinical commentaries and narrative literature reviews do not have specific mandatory subdivisions or sections.

Page 111: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

98

 

 

For all of these manuscript categories except brief reports, the text should be less than 4,000 words and be supplemented by a reasonable number of figures and tables. Brief reports should be less than 2,000 words (excluding no more than 20 references) and have no more than 4 tables or figures.

Key Points

The brief Key Points section of the manuscript is needed for research reports only, including systematic literature reviews. Key Points should be provided at the end of the text, prior to the references. These points should be written in user-friendly language, consist of brief sentences, and summarize the most important information related to the findings, implications, and caution directly resulting from the work. These 3 subheading should be used:

Findings: One or 2 statements on what the study adds to current knowledge. Implications: A statement on how the results impact clinical practice or research on this topic. Caution: A statement on the most important limitations of the study, especially external validity (what may

prevent wide utilization of the results).

References

References should be numbered consecutively in alphabetical order, according to author last name and initials, title, and year. Where the first-author names are identical, references with 1 author precede those with mutiple authors. Where all the author names are identical, the title is the next ordering component, followed by the year.

All references in the References section must be cited in the text. References must be cited in the text by using the reference number in superscript at the end of the sentence or the

referenced portion of the sentence. The reference goes after the author's name when the author's name is listed (eg, Davies1). If there are only 2 authors in the reference, then the text should include both authors (eg, Davies and Ellenbecker1). If the reference has more than 2 authors, the text should include "et al" after the first author's name (eg, Davies et al1).

In the Reference section, when a reference has 7 or more authors, list the first 3 authors, followed by "et al." References must include only material that is retrievable through standard literature searches. References to papers

accepted but not published or published ahead of print should be designated "in press" or use the PubMed/MEDLINE [Epub ahead of print] status until an updated citation is available. Doctoral and master's theses are considered published material. Information from manuscripts not yet accepted for publication and personal communications will not be accepted. The use of abstracts and proceedings should be avoided unless they are very recent and the sole source of the information.

Abbreviations for the journals in references must conform to those of the National Library of Medicine in Index Medicus (http://www.ncbi.nlm.nih.gov/journals).

References that have CrossRef Digital Object Identifiers (doi) should include them at the end of the citation. References must be verified by the author(s) against the original documents.

Reference style and punctuation should conform to the examples that follow:

Journals Wilson T. The measurement of patellar alignment in patellofemoral pain syndrome: are we confusing assumptions with evidence? J Orthop Sports Phys Ther 2007;37(6):330-341. http://dx.doi.org/10.2519/jospt.2007.2281

Books Portney LG, Watkins MP. Foundations of Clinical Research: Applications to Practice. 3rd ed. Upper Saddle River, NJ: Prentice Hall Health; 2009.

Organization as Author and Publisher US Food and Drug Administration. Guidance for industry: patient-reported outcome measures: use in medical product development to support labeling claims. Rockville, MD: FDA; 2006.

Chapter in a Book Jones MA, Rivett DA. Introduction to clinical reasoning. In: Jones MA, Rivett DA, eds. Clinical Reasoning for Manual Therapists. Edinburgh, UK: Butterworth-Heinemann; 2004:3-24.

Master's or Doctoral Thesis Langshaw M. Cervical Spine Mobilisation: The Effect of Experience and Subject on Dose [thesis]. NSW, Australia: The University of Sydney; 2001.

Page 112: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

99

 

 

Published Abstract of a Paper Presented at a Conference Chen YJ, Powers CM. The dynamic Q-angle: a comparison of persons with and without patellofemoral pain [abstract]. Proceedings of the North American Congress on Biomechanics. Ann Arbor, MI: 2008.

Universal Resource Locator (URL) NFHS Associations. 2007-2008 National Federation of State High School Associations Participation Survey. Available at: http://www.nfhs.org. Accessed May 17, 2010.

Paper Presented at a Symposium Nelson-Wong E, Gregory DE, Winter DA, Callaghan JP. Postural control strategies during prolonged standing: is there a relationship with low back discomfort? American Society of Biomechanics Annual Conference. Palo Alto, CA: American Society of Biomechanics; 2007.

Preparing Your Tables And Figures

Tables

Each table must be self-contained and provide standalone information independent of the text. See AMA Manual of Style (9th ed.), section 2.13, to organize and format tables. Table titles should list the table number in uppercase bold (eg, "TABLE1."), followed by a period, then the title of

the table in sentence case. Abbreviations used in each table must be spelled out below the table. Footnotes must be listed below the table, after the abbreviations, in order of occurrence in the table (left to right,

row to row). According to AMA style, footnotes are cited with the following superscript symbols in this order: *, †, ‡, §, ||, ¶, #, **, ††, ‡‡. Where these symbols are unavailable, superscript numbers may be used.

All tables must be referred to somewhere in the text. All tables go after the reference list.

Figures

Figure captions should list the figure number in uppercase bold (eg, "FIGURE 1.") followed by a period, and continue with the text of the caption in sentence case.

All abbreviations appearing in the figures should be defined in the caption for each respective figure, and abbreviations appearing only in the figure caption must be defined at first use.

Digital figures must be at least 350 dots per inch (dpi). Charts and graphs generated from spreadsheet programs must accompany, or allow access to, the data. Photographs must be in JPEG file format (JPG) and graphic art in GIF file format and at a resolution of at least 350

dpi. All figures must be referred to in the text. Each view (eg, A, B, C) within the figure must be defined in the figure caption. Color figures and graphics are welcome. All figures go after the tables at the end of the manuscript.

Preparing Your Supplementary Material

Videos

Authors may wish to consider including supplemental videos to be published online with their manuscript. These videos can describe intervention or examination techniques as well as surgical procedures or other material pertinent to the manuscript. Intent to include videos may be mentioned in the cover letter with the initial manuscript submission or may be discussed with the editor-in-chief once the manuscript is accepted.

Videos should be:

MPEG-1, MPEG-2, or AVI files No longer than 2.5 minutes Introduced with a title screen and include audio narration

Page 113: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

100

 

 

There is no limit on the number of videos that may be submitted with a manuscript.

Additional Required Documents

For manuscript submissions to qualify for review, the following documents must be submitted:

Author Agreement and Publication Rights Form: This document must have original signatures of all authors. Author signatures may be on separate copies or 1 copy of the form. This form may be downloaded here. Please submit the form when you are submitting your manuscript on JOSPT's manuscript submission website at http://mc.manuscriptcentral.com/jospt or send it directly to the editorial office by e-mail ([email protected]), mail (JOSPT, 1033 N Fairfax St, Ste 304, Alexandria, VA 22314-1540), or fax (703-836-2210).

Photograph/Video Release Statement: Signed photograph/video release forms should accompany photographs/videos of patients and subjects. A photograph/video release statement should contain the following (1) manuscript title; (2) names of all authors; (3) statement placed below the manuscript title and author names as follows: "I hereby grant to the Journal of Orthopaedic & Sports Physical Therapy the royalty-free right to publish photographs and/or videos of me for the stated journal and the above manuscript in which I appear as subject, patient, or model, and for the stated Journal's website (www.jospt.org). I understand that any figure in which I appear may be modified."; and (4) the original signature and date signed by each subject who appears in the figures. This original signed statement must be submitted to the JOSPT office with the manuscript. This statement may be e-mailed ([email protected]), mailed (JOSPT, 1033 N Fairfax St, Ste 304, Alexandria, VA 22314-1540), or faxed (703-836-2210) to the office.

Preparing Other Contributions—Musculoskeletal Imaging, Letters, Invited Commentaries

Musculoskeletal Imaging: This feature focuses on the use and interpretation of medical imaging related to a case scenario relevant to musculoskeletal or sports physical therapy practice. In most instances, these cases will emphasize how information from imaging can affect physical therapy management of the patient. In some instances, however, this feature may be used to share information on unusual medical conditions, or to simply illustrate commonly used imaging techniques and their interpretation. Contributions should include no more than 3 authors, 250 words, 3 figures, and 3 references (if any). See the Figures section above for instructions on preparing the images for submission.

Letter to the Editor-in-Chief: Letters should relate to professional issues or articles published in theJournal. Letters will be reviewed and selected for publication by the editor-in-chief based on the relevance, importance, appropriateness, and timeliness of the topic. Letters to the editor-in-chief are copy edited, and the correspondent is not typically sent a version to approve. Letters should include a summary statement of any conflict of interest, including financial support related to the issue addressed.

Invited Commentary: Invited commentaries are expert points of view concerning articles published inJOSPT. Commentaries are invited by the editor-in-chief and immediately follow the article discussed. Authors of the manuscript under commentary are given the opportunity to respond to the expert's point of view.

Preparing Your REVISED Manuscript

When the editors suggest that a manuscript be revised and resubmitted, the same guidelines outlined above for the preparation of the original manuscript apply. All resubmitted manuscripts must be accompanied by a cover letter. The cover letter must include a list of all revisions made in response to suggestions from reviewers and editors contained in the review materials provided to you by the editorial office. Changes made to the text and tables must be highlighted in the manuscript.

Manuscript Checklist

When submitting a new or revised manuscript, please use the checklist below to ensure you have included the following items in your submission:

COMPLETED (yes/no/NA)

ITEM

Cover letter identifying the phone, fax, and e-mail address of the corresponding author and the manuscript category

Author Agreement and Publication Rights Form(s) with original signatures of all authors

Photograph/Video Release Statement sgined by the individual(s) in the photograph/video

Page 114: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

101

 

 

Full title page

Name of the Institutional Review Board that approved the protocol for the study on the title page

Name of the public trials registry and the registration number on the title page, if applicable

Statement in the Methods section that informed consent was obtained and the rights of subjects were protected

Properly structured abstract

Line numbering for each page of the manuscript

References listed and numbered in alphabetical order and cited with superscripts in the text

Inclusion of the appropriate checklist (eg, CONSORT, STARTD, PRISMA), if applicable

Page 115: AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO …arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/mestrado... · universidade cidade de sÃo paulo programa de mestrado

102

 

 

ANEXO 3 – Aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa