AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DOS CARDÁPIOS OFERECIDOS … · faixa de 1000 a 1200 quilocalorias de ......
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UNIVERSIDADE VALE DO RIO DOCE
FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO DE NUTRIÇÃO
Aline Souza Horta
Lívia Daniele dos Santos Leal Oliveira
Tatiany Cardoso Leal
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DOS CARDÁPIOS OFERECIDOS NO RESTAURANTE POPULAR DO MUNÍCIPIO DE GOVERNADOR VALADARES –
MG, EM RELAÇÃO AO PRECONIZADO PELO PAT
Governador Valadares – MG
2009
ALINE SOUZA HORTA
LÍVIA DANIELE DOS SANTOS LEAL OLIVEIRA
TATIANY CARDOSO LEAL
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DOS CARDÁPIOS OFERECIDOS NO
RESTAURANTE POPULAR DO MUNÍCIPIO DE GOVERNADOR VALADARES – MG, EM RELAÇÃO AO PRECONIZADO PELO PAT
Monografia para obtenção do grau de bacharel em Nutrição, apresentada à Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Vale do Rio Doce.
Orientadora: Profª. Esp. Regina Célia Silveira Sirio
Governador Valadares – MG
2009
ALINE SOUZA HORTA
LÍVIA DANIELE DOS SANTOS LEAL OLIVEIRA
TATIANY CARDOSO LEAL
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DOS CARDÁPIOS OFERECIDOS NO RESTAURANTE POPULAR DO MUNÍCIPIO DE GOVERNADOR VALADARES –
MG, EM RELAÇÃO AO PRECONIZADO PELO PAT
Monografia para obtenção do grau de bacharel em Nutrição, apresentada à Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Vale do Rio Doce.
Governador Valadares, _____de ______________ de ________
Banca Examinadora:
______________________________________________ Profª.Esp. Regina Célia Silveira Sírio - Orientadora
Universidade Vale do Rio Doce
______________________________________________ Profª. Esp. Enara Cristina Silva Gloria Roberto - Convidada
Universidade Vale do Rio Doce
________________________________________________ Profª. Esp. Núbia Cristina Freitas Barbosa - Convidada
Universidade Vale do Rio Doce
AGRADECIMENTOS
Agradecemos primeiramente a Deus, por ter iluminado o nosso caminho e ter dado
força nas horas mais difíceis, pois ele é o principal responsável pela conclusão do
trabalho e pela conquista deste sonho.
A orientadora, Profª Regina Célia Silveira Sírio pela dedicação, disponibilidade,
apoio e paciência durante toda realização do trabalho e por sua contribuição em nos
mostrar a melhor maneira de executá-lo.
A Profª Enara Cristina Silvia Glória Roberto pela colaboração, pela sugestão e
inspiração do tema pesquisado, pela sabedoria e por suas dicas precisas durante o
desenvolvimento da pesquisa.
A Prefeitura Municipal de Governador Valadares pela autorização e disponibilização
dos dados para realização do trabalho.
“No entanto, o propósito das Unidades
Produtoras de Refeições (UPR) não deve
ser apenas alimentar o homem, mas “bem
alimentá-lo””.
(Zandonadi et al., 2007)
RESUMO Os Restaurantes Populares constituem uma ação social e uma das mais viáveis
alternativas para uma expressiva parcela da população quando se necessita de uma
alimentação fora do domicílio doméstico, pois além da praticidade, estas Unidades
de Alimentação e Nutrição (UAN’s) oferecem refeições variadas, de baixo custo, e
nutricionalmente adequadas. O objetivo do presente trabalho foi analisar os cálculos
dos cardápios oferecidos pelo restaurante popular do Município de Governador
Valadares-MG em relação aos macronutrientes (carboidrato, proteína e lipídio), o
percentual protéico-calórico (NdPCal) e o valor calórico total (VCT) diário quanto ao
preconizado pelo PAT (Programa de Alimentação do Trabalhador). Esta unidade
fornece 1250 refeições por dia, sendo 600 servidas em bandejas estampadas e 650
distribuídas em marmitex, entre os horários de 10h:30min e 14h. Foram avaliados 15
cardápios, elaborados pela nutricionista do local, em dias consecutivos, com
exceção do sábado, domingo e feriado. Cada cardápio é composto por: dois tipos de
saladas, um prato principal, um tipo de guarnição, arroz e feijão. Para verificação,
utilizou-se os cardápios do almoço referentes ao período de 01 a 19 de setembro de
2008. Para adequação do VCT do almoço da UAN, utilizou-se como parâmetro a
faixa de 1000 a 1200 quilocalorias de acordo com PAT. Para análise dos
macronutrientes e NdPCal utilizou-se como referência a média de cada faixa de
percentual recomendada pelo PAT em relação ao VCT para as grandes refeições.
Quanto aos resultados, os cardápios que estiveram de acordo com o recomendado,
foram somente o 3º (1033,27 kcal), o 8º (1031,35 kcal) e o 10º (1117,47 kcal) em se
tratando do VCT, em relação ao carboidrato, foi apenas o 3º (57,6%), quanto a
proteína, foi somente o 7º (11,44%) cardápio, em relação ao lipídio, foi apenas o 3º
(19,21%), o 11º (15%), o 6º (14,76%) e o 7º (14,77%) e quanto ao NdPCal, apenas o
4º (9,95%), o 6º (10,08%), o 7º (7,66%) e o 11º (10,5%) que se encontraram
adequados. Em fim, a minoria das preparações servidas pelo restaurante popular
correspondem aos princípios preconizados pelo PAT, pois grande parte dos
resultados do VCT, macronutrientes e do NdPCal dos cardápios analisados
encontram-se abaixo do valor recomendado.
Palavras-chave: Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN), Adequação Nutricional,
Cardápios, PAT.
ABSTRACT
The popular restaurants are a social action and one of the most viable alternative for
a significant proportion of the population when they need a home away from home
food, because besides the convenience, these units of Food and Nutrition (UAN's)
offer varied meals, low cost and nutritionally adequate. The objective of this study
was to analyze the calculations of the popular restaurant menus offered by the city of
Governador Valadares-MG for macronutrients (carbohydrate, protein and lipid), the
percentage protein-calorie (NdPCal) and total caloric value (VCT) daily as
recommended by the PAT (Program Power Labor). This unit provides 1,250 meals a
day and is served in trays 600 and 650 distributed in printed marmitex, between the
hours of 10h: 14h and 30min. We evaluated 15 menus, prepared by the nutritionist of
the site, on consecutive days, except Saturday, Sunday and holiday. Each menu is
composed of two types of salad, a main dish, a sort of garrison, rice and beans. For
verification, using the menus of lunch for the period from 01 to 19 September 2008.
Adequacy of VCT for the lunch of UAN was used as the parameter range from 1000
to 1200 kilocalories in accordance with PAT. For the analysis of macronutrients and
NdPCal used as reference the average of each range of percentage recommended
by the PAT in the VCT for large meals. As for results, the menus that were in line with
the recommended were only 3 (1033.27 kcal), the 8th (1031.35 kcal) and 10
(1117.47 kcal) in the case of VCT in the carbohydrate, was only 3 (57.6%), but the
protein was only 7 (11.44%) menu on the lipid, was only 3 (19.21%), the 11 (15% ),
the 6 (14.76%) and 7 (14.77%) and about NdPCal, only 4 (9.95%), the 6 (10.08%),
the 7 (7.66%) and 11 (10.5%) that were appropriate. Finally, a minority of
preparations served by the restaurant popuplar correspond to the principles
advocated by the PAP, because much of the results of VCT, and the macronutrients
NdPCal the menus analyzed are below the recommended amount.
Keywords: Unit of Food and Nutrition (UAN), nutritional adequacy, Menus, PAT.
LISTA DE SIGLAS
AI - Ingestão Adequada
DCNT’s - Doenças Crônicas Não Transmissíveis
DTA’s - Doenças Transmitidas Por Alimentos
ENDEF - Estudo Nacional da Despesa Familiar
FTP - Ficha Técnica de Preparo
PNAN - Política Nacional de Alimentação e Nutrição
POF - Pesquisas de Orçamento Familiar
SUS - Sistema Único de Saúde
UAN - Unidade de Alimentação e Nutrição
PAT - Programa de Alimentação do Trabalhador
VET – Valor Energético Total
VCT – Valor Calórico Total
NdPCal – percentual protéico-calórico
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 11
2 REVISÃO DE LITERATURA....................................................................... 14
2.1 UNIDADE DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO (UAN).................................. 14
2.2 ATUAÇÃO DO NUTRICIONISTA EM UAN’S.............................................. 15
2.3 PLANEJAMENTO DE CARDÁPIOS............................................................ 17
2.4 PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR (PAT)................... 19
2.5 POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE............................................................ 20
2.6 ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL....................................................................... 22
2.7 PIRÂMIDE ALIMENTAR.............................................................................. 23
2.8 DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRASMISSÍVEIS (DCNT)............................. 25
2.9 DOENÇAS TRASMITIDAS POR ALIMENTOS (DTA’S).............................. 27
2.10 ASPECTOS HIGIÊNICO-SANITÁRIOS EM UAN........................................ 28
3 OBJETIVOS................................................................................................. 30
3.1 OBJETIVO GERAL...................................................................................... 30
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS........................................................................ 30
4 MATERIAIS E MÉTODOS........................................................................... 31
5 RESULTADOS ............................................................................................ 32
5.1 RESULTADO DA AVALIAÇÃO DO VCT DOS CARDÁPIOS
ANALISADOS DA UAN QUANTO AO PRECONIZADO PELO PAT.......... 33
5.2 RESULTADO DA AVALIAÇÃO DO PERCENTUAL DE CARBOIDRATO
DOS CARDÁPIOS ANALISADOS DA UAN QUANTO AO
PRECONIZADO PELO PAT........................................................................ 34
5.3 RESULTADO DA AVALIAÇÃO DO PERCENTUAL PROTÉICO DOS
CARDÁPIOS ANALISADOS DA UAN QUANTO AO PRECONIZADO
PELO PAT.................................................................................................... 35
5.4 RESULTADO DA AVALIAÇÃO DO PERCENTUAL LIPÍDICO DOS
CARDÁPIOS ANALISADOS DA UAN QUANTO AO PRECONIZADO
PELO PAT.................................................................................................... 36
5.5 RESULTADO DA AVALIAÇÃO DO PERCENTUAL PROTÉICO-
CALÓRICO (NDPCAL) DOS CARDÁPIOS ANALISADOS DA UAN
QUANTO AO PRECONIZADO PELO PAT................................................. 37
6 DISCUSSÃO E CONCLUSÃO ................................................................... 38
7 REFERÊNCIAS........................................................................................... 40
ANEXOS ..................................................................................................... 46
11
1 – INTRODUÇÃO
As dificuldades impostas pelos longos deslocamentos e a extensa jornada de
trabalho das sociedades modernas, impedem que uma expressiva parcela da
população realize suas refeições regulares em família. Neste contexto, cresce a
preferência dos consumidores por refeições mais convenientes influenciando cada
vez mais o desenvolvimento e crescimento mundial do mercado de alimentação
coletiva (CARDOSO, SOUZA e SANTOS, 2005; ZANDONADI et al., 2007).
Segundo Cardoso, Souza e Santos (2005) uma Unidade de Alimentação e
Nutrição (UAN) é considerada como a unidade de trabalho ou órgão de uma
empresa que desempenha atividades relacionadas à alimentação e à nutrição,
independentemente da situação que ocupa na escala hierárquica da entidade. Estas
unidades objetivam principalmente oferecer alimentação adequada às necessidades
nutricionais da clientela atendida.
As UAN’s atendem clientela definida – comunidade de direito ou de fato – e
podem estar localizadas em empresas, escolas, universidades, hospitais, asilos,
orfanatos, dentre outras instituições (COLARES e FREITAS, 2007).
Na vida do profissional nutricionista, planejar, calcular e avaliar programas
alimentares é uma atividade que está inserida no seu cotidiano (FAUSTO, 2003). É
de extrema importância e indispensável à presença do profissional nutricionista
dentro de uma UAN, pois cabe a ele exercer o papel de educador e cumprir as
atribuições a ele destinadas, através do uso de seu espaço de trabalho nestas
unidades para efetivar, de forma concreta, seu papel como o profissional da área de
saúde (SAVIO et al., 2005).
As fichas técnicas de preparação dos alimentos, desde que concebidas de
forma adequada, fornecem informações e instruções claras, que orientam sobre a
forma e o uso dos produtos, equipamentos e utensílios, passo a passo, no processo
de elaboração, e permitirem a racionalização na área de produção. A implementação
das fichas técnicas facilita o trabalho do profissional de nutrição, promove o
aperfeiçoamento dos funcionários e, principalmente, na medida em que permite
controlar o valor energético total e os nutrientes fornecidos, promove a melhoria da
saúde da população atendida (AKUTSU et al., 2005 b).
12
A população em geral, vem se preocupando cada vez mais com a qualidade
dos alimentos que consome, tanto em relação ao seu aspecto nutricional quanto aos
possíveis malefícios que possam afetar diretamente a qualidade de vida (MAIHARA
et al., 2006).
Na produção de refeições a manipulação dos alimentos pode ser uma forma
de contaminação ou de transferência de microrganismos nocivos à saúde humana.
Nesse sentido, os operadores que atuam na preparação das refeições são
fundamentais na redução do risco das doenças de origem alimentar para a
população que se alimenta fora do domicílio. As principais causas de surtos de
doenças de origem alimentar é o despreparo dos manipuladores de alimentos,
relacionando-se diretamente com a contaminação dos alimentos, decorrente de
doenças, de maus hábitos de higiene e de práticas inadequadas na
operacionalização do sistema produtivo de refeições (CAVALLI e SALAY, 2007).
A alimentação individual ou da coletividade também pode ser sistematizada
de modo a garantir o acesso a todos os nutrientes necessários para organismo
humano. É importante destacar que o planejamento tanto da alimentação destinada
a grupos populacionais específicos como do programa alimentar deve ter como base
o padrão alimentar dos indivíduos envolvidos, de modo a causar menor impacto
psicológico possível e garantir a adesão à alimentação ou à dieta planejada
(FAUSTO, 2003).
Cada vez mais se tem verificado a importância da avaliação dos hábitos
alimentares da coletividade, pois a alimentação nutricionalmente adequada pode
atuar tanto na redução do risco como no tratamento de doenças. Uma dieta
adequada diminui o número de doenças, reduzindo, portanto, os gastos públicos
com o tratamento de doenças relacionadas com as deficiências nutricionais
(CERVATO e VIEIRA, 2003; MAIHARA et al., 2006).
O perfil de morbi-mortalidade da população brasileira tem se alterado
consideravelmente nas últimas décadas em decorrência do aumento da prevalência
de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Entre estas, destacam-se as
doenças cardiovasculares, os diversos tipo de câncer e o Diabetes mellitus como as
principais causas de morte nos países desenvolvidos e em desenvolvimento
(BARRETO e CARMO, 1998 apud RIBEIRO e CARDOSO, 2002).
Fatores de risco relacionados ao estilo de vida, tais como obesidade,
tabagismo, sedentarismo, hipercolesterolemia, alcoolismo, estresse e hipertensão
13
arterial, têm sido associados às DCNT’s (DREWNOWSKI e POPKIN, 1997;
MONTEIRO e CONDE, 1999 apud RIBEIRO e CARDOSO, 2002).
A determinação dos níveis de macronutrientes (proteínas, lipídeos,
carboidratos), fibras, vitaminas e minerais permitem avaliar se as dietas são
adequadas ou não sob o ponto de vista nutricional aos grupos a que se destinam.
Portanto, para garantir a adequação nutricional do almoço fornecido deve-se
estabelecer o quanto o consumo médio corresponde às recomendações, ou seja, se
a média do que é consumido pelos comensais atende as necessidades nutricionais
de um indivíduo-padrão, que apresente as características prevalentes da clientela
(MAIHARA et al., 2006; VANIN et al., 2007).
O presente estudo teve como objetivo analisar os cálculos dos cardápios
oferecidos pelo restaurante popular do Município de Governador Valadares-MG em
relação aos macronutrientes, o percentual-protéico-calórico (NdPCal) e o valor
calórico total (VCT) diário quanto ao preconizado pelo PAT (Programa de
Alimentação do Trabalhador).
A escolha do local para realização do estudo deve-se ao fato da UAN ser
recentemente instalada e que produz diariamente mais de mil refeições dia. Mas o
motivo principal deste trabalho é verificar o impacto da alimentação fora de casa, em
relação à saúde do consumidor, conhecendo melhor o valor nutricional das refeições
oferecidas pelo restaurante popular de Governador Valadares-MG.
14
2 – REVISÃO DE LITERATURA
2.1 – UNIDADES DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
No Brasil há uma grande tendência de crescimento no número de refeições
realizadas fora do domicílio. Esta diminuição das refeições dentro do universo
doméstico é devido às transformações ocorridas no mundo contemporâneo, que
provocaram mudanças significativas na alimentação e nos hábitos alimentares da
população. A urbanização, a industrialização, a profissionalização das mulheres, a
elevação do nível de vida e de educação, o acesso mais amplo da população ao
lazer, a redução do tempo para o preparo e/ou consumo do alimento, as viagens,
entre outros, são alguns dos fatores que contribuíram para estas mudanças
(CAVALLI e SALAY, 2007; ZANDONADI et al., 2007).
A partir de duas perspectivas, pode-se analisar o desenvolvimento do hábito
de “comer fora”: a primeira enfoca o “comer fora” como atividade social; a segunda,
como uma necessidade imposta pelo modelo de força de trabalho. Portanto, em
relação a refeição fora do lar, a Unidade de Alimentação e Nutrição é uma das
alternativas mais viáveis para uma expressiva parcela da população pois além da
praticidade, estas unidades oferecem refeições variadas e de baixo custo, permitindo
ao consumidor compor o seu prato, de acordo com sua preferência. As UAN’s
podem ser entendidas como órgão de uma empresa ou uma unidade de trabalho,
que desempenha atividades relacionadas à alimentação e nutrição, como produção
de refeições. São órgãos de funcionamento complexo, porém de estrutura
administrativa simples, visto que nelas são desenvolvidas atividades que se
enquadram nas funções técnicas, administrativas, comerciais, financeira, contábil e
de segurança (AKUTSU et al., 2005 a; CARDOSO, SOUZA e SANTOS, 2005;
VEIROS, 2002; ZANDONADI et al., 2007;).
Estas unidades pertencem ao setor de alimentação coletiva, que tem como
objetivo administrar a produção de refeições nutricionalmente equilibradas com bom
padrão higiênico-sanitário para consumo fora do lar, satisfazendo o cliente com o
serviço oferecido - o ambiente físico, a convivência e as condições de higiene das
15
instalações, auxiliando no desenvolvimento de bons hábitos alimentares (AKUTSU et
al., 2005 b; COLARES e FREITAS, 2007).
Porém, para a obtenção desses objetivos em uma UAN, devem visar sempre
à melhoria dos serviços prestados, através de um planejamento competente, de um
conhecimento aprofundado dos processos executados e da disseminação do
conceito de alimentação saudável (AKUTSU et al., 2005 b).
As UAN’s podem adotar dois tipos de sistema de distribuição: o self-service,
quando o próprio cliente se serve, ou do tipo porcionado por atendentes. No primeiro
sistema, não existem restrições das quantidades servidas, enquanto no porcionado,
o cliente consome a porção já definida das preparações disponíveis. As quantidades
consumidas per capta irão definir as diferenças individuais, mas isto é dependente
do sistema de distribuição adotado pela UAN. Portanto, os cardápios devem ser bem
elaborados, balanceados de modo que os requerimentos de energia e nutrientes
possam ser atendidos adequadamente. Esta adequação deve, além de desenvolver
hábitos alimentares saudáveis, amparados pela educação alimentar, manter e/ou
recuperar a saúde dos comensais. Por isto, quando se trata de alimentação da
coletividade, é indispensável a presença do profissional nutricionista para o
gerenciamento de uma UAN (AMORIM, JUNQUEIRA e JOKL, 2005; VEIROS, 2002).
2.2 - ATUAÇÃO DO NUTRICIONISTA EM UNIDADES DE ALIMENTAÇÃO E
NUTRIÇÃO
Segundo Mezomo (2002) a Lei nº 5.276, de 24 de abril de 1967 que dispõe
sobre a profissão de Nutricionista, regula o exercício e dá outras providências.
Art. 5º - Constituem atividades a serem exercidas privativamente pelos
nutricionistas as seguintes:
II – planejamento, organização e chefia dos serviços de alimentação, em
estabelecimentos públicos, paraestatais, autárquicos e de economia mista, bem
como inspeção dos mesmos serviços nos aludidos estabelecimentos.
16
De acordo com o Conselho Federal de Nutricionista (2008) a Resolução CFN
Nº 380/2005 dispõe sobre a definição das áreas de atuação do nutricionista e suas
atribuições, estabelece parâmetros numéricos de referência, por área de atuação, e
dá outras previdências.
Anexo II – Atribuições do Nutricionista por área de atuação:
I – Área de Alimentação Coletiva
Fundamento legal:
Incisos II, VI e VII do artigo 3º; Incisos III, IV, XI e Parágrafo único do Artigo 4º da Lei
nº 8.234/91.
1. Unidade de Alimentação e Nutrição – Compete ao Nutricionista, no exercício de
suas atribuições em Unidades de Alimentação e Nutrição, planejar, organizar, dirigir,
supervisionar e avaliar os serviços de alimentação e nutrição. Realizar assistência e
educação nutricional a coletividade ou indivíduos sadios ou enfermos em
instituições públicas e privadas (CONSELHO FEDERAL DE NUTRICIONISTAS,
2005).
O nutricionista é o responsável pelo gerenciamento em uma UAN, profissional
com formação especializada para desempenhar as atividades desse setor, entre
outros, que incluam a alimentação e a saúde das pessoas. O papel do nutricionista,
em uma UAN, engloba planejar cardápios diversificados, que é considerado uma
atividade constante e essencial do profissional nutricionista, que atua em uma
dessas unidades. As escolhas culinárias para preparação de cada refeição devem
ser selecionadas pelo nutricionista, levando em consideração os hábitos e as
preferências alimentares dos clientes, a variedade de alimentos existentes,
considerando as, características nutritivas e sensoriais dos alimentos, a safra, a
oferta e o custo do gênero alimentício no mercado, os recursos humanos, o preparo
e o consumo efetivo dos alimentos. Inclui, ainda, o gerenciamento, no número de
funcionários e cumprimento de suas atividades, tipos de equipamentos disponíveis
para melhor flexibilidade do cardápio, monitoramento das boas práticas de
produção, controle higiênico-sanitário da UAN e das refeições oferecidas e o
atendimento aos clientes (AMORIM, JUNQUEIRA e JOKL, 2005; VEIROS, 2002).
17
O planejamento da alimentação da coletividade acaba sendo realizado com
base em estimativas do perfil da clientela quando não se tem as informações
necessárias sobre a população atendida (sexo, faixa etária, nível de atividade física,
peso, altura, estado nutricional e o número de refeições habitualmente consumidas
por dia), o que dificulta a avaliação do impacto nutricional da alimentação sobre os
usuários, assim como a importância do restaurante para a comunidade-alvo
(FAUSTO et al., 2001).
2.3 - PLANEJAMENTO DE CARDÁPIOS
Os cardápios elaborados devem ser balanceados de modo que os
requerimentos em energia e nutrientes possam ser atendidos, garantindo saúde e
capacitação para o trabalho. A adequação nutricional do almoço fornecido para a
clientela da UAN é preciso estabelecer o quanto o consumo médio corresponde às
recomendações, ou seja, se a média do que é consumido pelos clientes atende às
necessidades nutricionais de um indivíduo-padrão, que apresente as características
prevalentes da clientela. As diferenças individuais são definidas pelas quantidades
consumidas per capita, sendo dependentes do sistema de distribuição adotado pela
UAN (AMORIM, JUNQUEIRA e JOKL, 2005).
O planejamento de cardápio tem por objetivo programar tecnicamente
refeições que atendam pré-requisitos como hábitos alimentares, características
nutricionais da clientela, qualidade higiênico-sanitária, e estejam adequados aos
mercados de abastecimentos e à capacidade de produção da UAN (MATOS E
PROENÇA, 2003).
É imprescindível que haja um bom planejamento e controle das etapas
executadas pela unidade, para que a atenção dietética se dê de forma completa,
visando o estabelecimento de meios para a padronização e a qualidade dos
processos na produção de refeições. Desta forma, a padronização visa diferenciar
produtos e contribuir para a sua qualidade. Portanto, é importante avaliar o consumo
do indivíduo padrão de uma unidade de alimentação e nutrição, para poder verificar
a adequação nutricional do almoço em questão e também para estabelecer
parâmetros locais de consumo (AKUTSU et al., 2005 b; VANIN et al., 2007).
18
A produção de refeições envolve fatores como o número de operadores, o
tipo de alimento utilizado, as técnicas de preparo e infra-estrutura, exigindo
equipamentos e utensílios que visam aperfeiçoar as operações, tornando-as mais
rápidas e confiáveis do ponto de vista da conformidade do produto final. A qualidade
das refeições ainda está diretamente relacionada ao desempenho da mão-de-obra,
garantindo o equilíbrio de nutrientes, observando a quantidade de alimentos
oferecidos e a inclusão de um alimento de cada grupo básico na refeição planejada,
a combinação entre uma alimentação equilibrada e a produtividade, assim como o
baixo rendimento do trabalho quando ocorre ingestão calórica inadequada. Sabe-se
que a má nutrição pode desencadear conseqüências relacionadas à redução da vida
média, da produtividade, da resistência às doenças, aumento à predisposição aos
acidentes de trabalho e baixa capacidade de aprendizado do trabalho. Para
assegurar este equilíbrio, é importante que se defina o per capita de cada alimento
(MATOS e PROENÇA, 2003; VANIN et al., 2007;).
A Ficha Técnica de Preparo é um instrumento gerencial de apoio operacional,
pelo qual se fazem o levantamento dos custos, a ordenação do preparo e o cálculo
do valor nutricional da preparação, sendo, portanto, útil para subsidiar o
planejamento de cardápio. Na Ficha Técnica de Preparo apresenta o tempo total de
preparo, incluindo o pré-preparo e o preparo que, por ser um indicador indireto da
complexidade da preparação, permite avaliar se a unidade dispõe de tempo hábil
para a execução da mesma. Através desta, é possível obter também os seguintes
dados: per capita, fator de correção e cocção, composição centesimal em macro e
micronutrientes da preparação, o rendimento e o número de porções da mesma,
permitindo o controle financeiro e a determinação da composição nutricional
(AKUTSU et al., 2005 b).
As fichas técnicas de produção são receitas padronizadas das preparações
que compõem um cardápio, contendo informações claras e precisas que possibilitem
a reprodutibilidade da preparação (KAWASAKI, CYRILLO e MACHADO, 2007).
Os Fatores de correção das preparações facilitam o planejamento e a confecção da
lista de compras e eliminam efetivas aquisições aleatórias que acarretam elevação
dos custos. São importantes formas de avaliar a necessidade de treinamento para
os funcionários e de controlar o desperdício na unidade. Como cada ficha possui a
composição centesimal da preparação, é possível combiná-las de tal forma que se
obtenha um cardápio equilibrado e balanceado, do ponto de vista nutricional, e
19
também garante ao cliente que determinada preparação terá sempre o mesmo
aspecto físico e sensorial, garantia essa que o tornará satisfeito e fiel à empresa
(AKUTSU et al., 2005 b)
2.4 – PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR
O Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) foi instituído com o
objetivo de melhorar as condições nutricionais dos trabalhadores, prioritariamente os
de baixa renda, visando às repercussões positivas na qualidade de vida, à redução
de acidentes de trabalho, ao aumento da produtividade, assim como à prevenção de
doenças profissionais (SAVIO et al., 2005).
Uma alimentação balanceada em uma UAN é fundamental no que diz
respeito à saúde e à produtividade do trabalhador. Deve-se, também, garantir o
equilíbrio de nutrientes, observando a quantidade de alimentos oferecidos e a
inclusão de um alimento de cada grupo básico na refeição planejada (VANIN, 2007).
O PAT tem como objetivo suprir as necessidades alimentares do corpo do
trabalhador, enquanto força de trabalho que produz valor. Uma alimentação
adequada envolve não apenas o acesso, mas a relação entre indivíduo e alimento,
inclusive suas representações sociais, comportamentos, conhecimento e capacidade
de escolha, entre outros aspectos. Uma das possíveis explicações para os efeitos
observados dos programas de alimentação é o perfil dos hábitos alimentares
(VELOSO, 2002).
De acordo com a Portaria Interministerial Nº. 66, de 25 de agosto de 2006, os
parâmetros nutricionais para a alimentação do trabalhador deverão ser calculados
com base nos seguintes valores diários de referência para macronutrientes e
calorias:
Refeições Carboidratos (%)
Proteínas (%)
Gorduras totais (%)
Gorduras saturadas
(%)
VCT (Kcal/dia)
almoço/ jantar/ ceia
55-75 % 10-15 % 15-30 % <10 % 1000 – 1200
20
As principais refeições (almoço, jantar e ceia) deverão conter de seiscentas a
oitocentas calorias, admitindo-se um acréscimo de vinte por cento (quatrocentas
calorias) em relação ao Valor Energético Total - VET de duas mil calorias por dia e
deverão corresponder a faixa de 30 - 40% (trinta a quarenta por cento) do VET diário
(BRASIL. MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. PORTARIA
INTERMINISTERIAL Nº. 66, DE 25 DE AGOSTO DE 2006).
O percentual protéico-calórico (NdPCal%) também é um indicador utilizado
para avaliar o valor protéico de dietas e pode ser definido como a quantidade de
calorias fornecidas por proteínas totalmente utilizáveis da dieta (FAUSTO, 2003, c.
8).
O NdPCal% das refeições deverá ser de no mínimo 6% (seis por cento) e no
máximo 10 % (dez por cento). Valores abaixo de 6 indicam que a dieta pode conter
um alto teor de proteínas de origem vegetal, portanto, de baixa disponibilidade, ou
que a dieta contem um teor baixo de proteínas totais (BRASIL. MINISTÉRIO DO
TRABALHO E EMPREGO. PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº. 66, DE 25
DE AGOSTO DE 2006; FAUSTO, 2003, c. 8).
A avaliação do valor protéico da alimentação consumida, quando se utilizam
dois ou mais indicadores, pode fornecer informações valiosas para o nutricionista. A
utilização de apenas um indicador e/ou o desconhecimento das limitações dos
indicadores ou do individuo/população que a está consumido inviabiliza qualquer
prognóstico sobre o valor protéico da alimentação (BRASIL. MINISTÉRIO DO
TRABALHO E EMPREGO. PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº. 66, DE 25
DE AGOSTO DE 2006; FAUSTO, 2003, c. 8).
2.5 - POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE
Em termos de economia e saúde pública, o segmento de refeições coletivas
desempenha um papel muito importante na medida em que afeta o estado de saúde
e o bem-estar da população por meio da qualidade do alimento que produz
(KAWASAKI, CYRILLO e MACHADO, 2007).
21
Desde os tempos coloniais no Brasil, os governantes já preocupavam com a
alimentação da população. A partir do século XX, essa preocupação termina por se
transformar em políticas públicas, com a emergência dos movimentos sociais contra
a carestia. Mas a história das políticas de alimentação e nutrição, no Brasil, só se
concretiza a partir da década de 1940 por meio de algumas iniciativas do Estado na
era Vargas (BELIK, 2003; PINHEIRO e CARVALHO, 2008).
Segundo Pereira, 1994 apud Pinheiro e Carvalho, (2008), políticas públicas
são definidas, em termos conceituais, como sendo "linhas de ação coletiva que
concretizam direitos sociais declarados e garantidos por lei", ou seja, são respostas
do estado às demandas que emergem da sociedade, sendo a expressão do
compromisso público de atuação em uma determinada área em longo prazo.
Particularmente nas zonas rurais e centros urbanos pobres, são onde
concentram a maior parte das famílias de baixa renda que têm pouco acesso aos
alimentos de qualidade e quando conseguem ter pagam preços mais altos. Sendo
assim, é necessário que as prefeituras e os governos estaduais usem, sempre que
possível, seu poder de compra para a criação de programas, como a implantação de
restaurantes populares, entre outras instituições de combate à fome e à pobreza
(ARAÚJO, ALMEIDA e BASTOS, 2007).
Bicudo, 2005 apud Araújo, Almeida e Bastos, (2007), relatam que para
compreender a implantação do Programa de Restaurantes Populares (PRP) como
uma política pública de governo, é necessário o entendimento das relações entre
políticas sociais, cidadania e exclusão, pois estes programas buscam combater a
fome e a exclusão em um contexto de expansão da cidadania no ambiente público
democrático.
No âmbito das políticas públicas é importante ressaltar que a temática da
alimentação e nutrição, é acolhida pelo setor saúde e tem na lei Orgânica do
Sistema Único de Saúde (n°. 8080) o respaldo legal necessário para se "fixar" e
propor ações nesse sentido (PINHEIRO e CARVALHO, 2008).
A falta da definição de uma política pública de segurança alimentar no país
faz com que a parcela mais pobre da população não consiga se alimentar
adequadamente tanto em termos quantitativos quanto em termos qualitativos
(ARAÚJO, ALMEIDA e BASTOS, 2007).
Junto ao Conselho Nacional de Saúde, em 1999, após um processo
participativo de formulação, é homologada a Política Nacional de Alimentação e
22
Nutrição (PNAN), após as devidas pactuações nas instâncias colegiadas que
compõem o SUS. A PNAN assumiu como fundamentos o entendimento da
alimentação saudável enquanto um direito humano, e a necessidade de articulação
e da busca da garantia da segurança alimentar e nutricional. Desta forma,
pressupõe-se que só haverá condições de pleno exercício do direito humano a
alimentação adequada através de medidas institucionais que visem à segurança
alimentar e nutricional (PINHEIRO e CARVALHO, 2008).
O conceito de segurança alimentar, com a participação do Estado, das
empresas, das famílias e dos cidadãos, que é a garantia para todos de acesso a
uma alimentação de qualidade, suficiente e equilibrada, mais ações de políticas de
saneamento básico, habitação e educação, promovem a melhor distribuição de
riquezas e renda e ao desenvolvimento sustentável com eqüidade. Neste contexto,
ressalta que o direito de se alimentar regularmente e adequadamente não deve ser
produto de recompensa ou resultado de ações de caridade, mas sim, uma obrigação
prioritariamente exercida pelo Estado que, em última análise, é a representação da
nossa sociedade (ARAÚJO, ALMEIDA e BASTOS, 2007; BELIK, 2003). Para o planejamento de ações em saúde é importante o auxílio de pesquisas
para obtenção de informações sobre estado nutricional de coletividades,
possibilitando o direcionamento de estratégias para atender as necessidades
específicas da população em questão e não só reproduzir programas prontos e
descontextualizados (STOLTE, HENNINGTON e BERNARDES, 2006).
2.6 - ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL
É direito de todo ser humano ter acesso a uma alimentação saudável sendo,
esta, definida como um padrão alimentar adequado às necessidades biológicas,
culturais, sociais e econômicas dos indivíduos, respeitando os princípios de
acessibilidade físico e financeiro, sabor, variedade, cor, harmonia e segurança
sanitária, com ênfase em práticas alimentares que assumam os significados
simbólico-culturais da comida nas relações sociais das populações (PINHEIRO e
CARVALHO, 2008).
23
A alimentação é a necessidade básica para qualquer sociedade. Ela está
altamente relacionada com a qualidade de vida, pois tem ligação com a
manutenção, prevenção ou recuperação da saúde. Mas, para ela cumprir seu papel,
ela deve ser saudável, completa, variada, agradável ao paladar e segura
(ZANDONADI et al., 2007).
Segundo Vanin et al. (2007) uma alimentação balanceada em UAN se
encontra diretamente relacionada com o rendimento do trabalhado, aumentando a
produtividade e diminuindo os riscos de acidentes de trabalho. Portanto, ela é
essencial no que diz respeito à saúde e à produtividade do trabalhador. Por isto, em
uma UAN, é necessário que a alimentação atenda três requisitos fundamentais:
deve ser equilibrada em nutrientes de acordo com os hábitos alimentares da
clientela; deve ser segura sob o aspecto higiênico-sanitário e ajustada à
disponibilidade financeira da empresa.
Entretanto, a qualidade dos alimentos também diz respeito à possibilidade
dos comensais consumi-los de forma digna, sendo que, dignidade, significa permitir
que as pessoas possam comer em um ambiente limpo, com talheres e seguindo as
normas tradicionais de higiene. Por isto, a alimentação disponível para o consumo
da população não pode estar submetida a qualquer tipo de risco por contaminação,
problemas de apodrecimento ou outros decorrentes de prazos de validade vencidos
(BELIK, 2003).
2.7 - PIRÂMIDE ALIMENTAR
Os guias alimentares são ferramentas de orientações à população que
fornecem informações de saúde por meio da formação de hábitos alimentares
adequados. Adaptam conhecimentos científicos sobre recomendações nutricionais e
composição de alimentos, facilitando ao maior número de pessoas, o consumo
adequado de alimentos, levando-se em considerações os fatores antropológicos,
culturais, educativos, sociais e econômicos. Um dos motivos para a sua elaboração
é prevenir excessos e carências nutricionais, a moderação e a proporcionalidade.
(LANZILLOTTI, COUTO e AFONSO, 2005).
24
Historicamente, os guias alimentares foram desenvolvidos como instrumentos
que determinam quais escolhas alimentares são necessário para se alcançar às
necessidades nutricionais por meio da dieta. O índice dietético consiste em um
método de análise da alimentação de indivíduos através de um ou mais parâmetros,
tais como: ingestão adequada de nutrientes, número de porções consumidas de
cada grupo de alimentos (leite e substitutos, carnes, cereais, frutas e hortaliças),
quantidade de diferentes gêneros alimentícios presentes na dieta. Tem-se verificado
cada vez mais a importância da avaliação dos hábitos alimentares da população,
devido a prevenção no tratamento de doenças (CERVATO e VIEIRA, 2003).
Atwater foi pioneiro na investigação nutricional e o primeiro a desenvolver
vários dos componentes necessários para a elaboração de guias alimentares. Em
1894, ele publicou tabelas de composição de alimentos e padrões dietéticos para a
população norte-americana, dando início às bases científicas para estabelecer
relações entre a composição dos alimentos, consumo e saúde dos indivíduos. A
partir daí, foram propostos vários guias para diversos grupos populacionais com
diferentes formas de apresentação. O conteúdo destes também foi modificado
devido às novas concepções sobre alimentos, como por exemplo, o consumo de
gorduras e açúcares que é variável, conforme a população à qual se destina o guia.
A Pirâmide Alimentar norte-americana é baseada em alguns pontos principais como:
ingestão de uma dieta variada em alimentos; manutenção do “peso ideal”; dieta
pobre em gorduras, em gorduras saturadas e em colesterol; dieta rica em vegetais,
em frutas, em grãos e em produtos derivados dos grãos; consumo de açúcar com
moderação; consumo de sal e sódio com moderação e consumo de bebidas
alcoólicas com moderação (WELSH et al., 1992 apud PHILIPPI et al., 1999).
A dieta adequada deve suprir as necessidades energéticas do indivíduo, ser
nutricionalmente diversificada, considerar a idade, as condições fisiológicas, a
atividade física e, por fim, os hábitos culturais de cada um deles (PANIGASSI et al.,
2008).
Para o desenvolvimento de guias alimentares deve haver um processo de
pesquisa contendo: o diagnóstico da situação nutricional e dados epidemiológicos
que fundamentem as dietas, os objetivos, as metas nutricionais e um banco de
dados contendo a composição dos alimentos escolhidos. Os guias alimentares
devem:
25
• Promover e manter a saúde global do indivíduo com orientações
direcionadas para prevenção ou tratamento de qualquer doença;
• Ser baseados em pesquisas atualizadas;
• Ter uma visão global da dieta;
• Ser úteis para o público alvo;
•Encontrar uma forma realista de suprir as necessidades nutricionais
utilizando-se da dieta habitual de cada população;
• Ser práticos e, os nutrientes e energia adaptados segundo a idade, o sexo e
a atividade física,
• Ser dinâmicos, permitindo o máximo de flexibilidade para a escolha dos
alimentos, a fim de suprir as necessidades nutricionais do indivíduo (WELSH et
al.,1992 apud PHILIPPI et al., 1999).
2.8 - DOÊNÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS
As doenças crônicas não transmissíveis acometem a grande maioria da
população adulta, sendo que os casos ocorrem já desde a adolescência, na medida
em que o risco de adoecer e de morrer por doenças infecciosas e parasitárias
diminuiu consideravelmente. Entre os fatores e comportamentos de risco são
identificados àqueles ligados ao estilo de vida (hábitos e comportamentos), às
exposições no ambiente de trabalho (doenças ocupacionais e/ou profissionais e os
acidentes de trabalho). Associam-se ainda a estes fatores os de ordem psicossocial,
decorrentes de tensões ou conflitos vivenciados no ambiente de trabalho e familiar,
reconhecidamente geradores de “estresse” (MOURA, CARVALHO e SILVA, 2007).
Os fatores de risco indicados para monitoramento são aqueles que mais
repercutem na morbidade e mortalidade por doenças crônicas não transmissíveis,
que podem ser modificados mediante intervenções no âmbito da atenção básica à
saúde, e que são relativamente simples de serem medidos, tais como: consumo de
tabaco e de álcool, inatividade física e consumo insuficiente de frutas e hortaliças
(CARVALHAES, MOURA e MONTEIRO, 2004).
Segundo o relatório sobre a Saúde no Mundo (2002), entre os principais
fatores de risco para o desenvolvimento de DCNT’s estão: o sedentarismo, a
26
obesidade, a hipertensão, o alto nível de colesterol, o tabagismo e o consumo
alimentar (PONTES et al., 2006).
As doenças crônicas não transmissíveis correspondem à maior proporção
das mortes nos países industrializados e nos emergentes e a maior população
mundial com essas doenças em torno do ano 2050 (LESSA, 2004).
DCNT’s, como doenças cardiovasculares, câncer, Diabetes mellitus e
hipertensão arterial, compõem um grupo de patologias que se caracterizam por
apresentar, de uma forma geral, longo período de latência, tempo de evolução
prolongado, lesões irreversíveis e complicações que acarretam graus variáveis de
incapacidade ou óbito. Dados divulgados pela Sociedade Brasileira de Cardiologia
apontam que 80% da população adulta é sedentária e que 52% dos adultos
brasileiros estão acima do peso, sendo 11% obesos, o que explica o aumento da
morbidade e mortalidade, já que a obesidade é fator de risco para várias doenças
crônicas não transmissíveis. As maiores proporções de excesso de peso e
obesidade concentram-se na Região Sul do país, prevalecendo em 89,6% e 25,2%
da população, respectivamente (MARIATH et al., 2007).
A obesidade é o desequilíbrio entre o consumo alimentar e o gasto
energético. Está associado ao sedentarismo e à inadequação alimentar e é
considerado um dos principais determinantes da alta prevalência de doenças
crônicas como as cardiovasculares, a hipertensão e os Diabetes mellitus tipo dois.
Ao avaliar as mudanças ocorridas em três inquéritos nacionais, as Pesquisas de
Orçamento Familiar (POF), das décadas de 60 e 80, e o Estudo Nacional da
Despesa Familiar (ENDEF), de 1974/75, Mondini e Monteiro (1997), observaram: a
redução no consumo de cereais e derivados, feijão, raízes e tubérculos.
Principalmente da década de 1970 para a de 1980; o aumento contínuo no consumo
de ovos, leite e derivados; a substituição da banha, bacon e manteiga por óleos
vegetais e margarina; e o aumento no consumo de carnes (DALLA COSTA,
CORDONI JUNIOR e MATSUO, 2007).
A dieta pobre em carboidratos complexos e rica em açúcares simples e
gorduras está associada à obesidade e a outras DCNT como Diabetes mellitus tipo 2
e hipertensão arterial, levando à redução da qualidade de vida e,
conseqüentemente, a um maior risco de morbi-mortalidade, principalmente por
doenças cardiovasculares (PANIGASSI et al., 2008).
27
2.9 - DOÊNÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS
As doenças transmitidas por alimentos (DTA’s) são causadas por agentes, os
quais penetram no organismo humano através da ingestão de água ou alimentos
contaminados. Estes agentes podem ser químicos, como pesticidas e metais tóxicos
ou biológicos, como microrganismos patogênicos (NOTERMANS e VERDEGAAL,
1992 apud VAN AMSON, HARACEMIV e MASSON, 2006).
Os alimentos contaminados aparentemente são normais, apresentam odor e
sabor normais e, como o consumidor não está devidamente esclarecido ou
consciente dos perigos envolvidos, não consegue identificar qual alimento poderia
estar contaminado em suas últimas refeições, sendo assim, torna-se difícil rastrear
os alimentos responsáveis pelas toxinfecções ocorridas (FORSYTHE, 2000 apud
VAN AMSON, HARACEMIV e MASSON, 2006).
A oferta de alimentos isentos de agentes patogênicos que possam pôr em
risco a saúde do consumidor assumiu mundialmente uma grande relevância em
saúde pública. Nas últimas décadas, tem-se observado um aumento das doenças
transmitidas por alimentos, relacionado a vários fatores, tais como o
desenvolvimento econômico, a globalização do comércio de alimentos, a
intensificação da urbanização e a modificações dos hábitos alimentares dos
consumidores, com aumento do consumo de alimentos frescos ou in natura,
preferência por alimentos prontos ou semi-prontos e o consumo de refeições fora do
domicílio (SILVA et al., 2005).
Os surtos, embora subestimados, principalmente nos países
subdesenvolvidos, têm prevalência elevada e decorrem de microrganismos como
Salmonella spp, Staphylococcus aureus, Campylobacter jejuni, Yersinia
enterocolitica, Escherichia coli, entre outros. Os surtos geralmente se desenvolvem
por falhas múltiplas peculiares a esses serviços, incluindo: refrigeração inadequada,
preparo do alimento com amplo intervalo (maior que doze horas) antes do consumo,
manipuladores infectados/ contaminados, processamento térmico insuficiente
(cocção ou reaquecimento), conservação a quente imprópria, alimentos
contaminados, contaminação cruzada, higienização incorreta, utilização de sobras e
28
uso de produtos não submetidos a fiscalização por órgão de saúde competentes
(CARDOSO, SOUZA e SANTOS, 2005).
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define doença transmitida por
alimento como “uma doença de natureza infecciosa ou tóxica causada por, ou
através do consumo de alimento ou água”. Assim, surto de DTA’s é a ocorrência de
dois ou mais casos que apresentem sintomas semelhantes após a ingestão de
alimento ou água, de mesma origem, implicados como veículo da doença, exceto em
caso de botulismo, quando uma ocorrência única já é considerada um surto
(ZANDONADI et al., 2007).
2.10 – ASPECTOS HIGIÊNICO-SANITÁRIOS EM UAN
As UAN’s estão associadas à qualidade e aspectos intrínsecos do alimento
(qualidade nutricional e sensorial), à segurança (qualidades higiênico-sanitárias), ao
atendimento (relação cliente-fornecedor), e ao preço. A qualidade dos alimentos é
aquilo que satisfaz o cliente e o controle de qualidade é a manutenção dos produtos
e serviços dentro dos níveis de tolerância aceitáveis para o consumidor ou
comprador. Para avaliar a qualidade de um produto alimentar, deve ser mensurado o
grau em que o produto satisfaz os requisitos específicos, sendo que esses níveis de
tolerância e requisitos se expressam por meio de normas, padrões e especificações.
A qualidade higiênico-sanitária, como fator de segurança alimentar, tem sido
amplamente estudada e discutida, uma vez que as doenças veiculadas por
alimentos são um dos principais fatores que contribuem para os índices de
morbidade (AKUTSU et al.,2005 a).
Os alimentos preparados em UAN’s são responsáveis pela maioria de casos
informados de doenças de origem alimentar confirmados em várias partes do Brasil
e do mundo, e têm a finalidade de oferecer alimentos com boa qualidade nutricional,
sensorial e boas condições higiênico-sanitárias. Os procedimentos de higiene dos
profissionais responsáveis pela qualidade nas UAN’s constituem ferramentas para
melhoria dos procedimentos de higienização para que sejam alcançados índices
microbiológicos compatíveis com as recomendações, referentes aos equipamentos e
utensílios, manipuladores de alimentos, ambientes de processamento auxiliando na
29
obtenção de alimentos com boa qualidade nutricional, sensorial e microbiológica
dentre outros vigentes (ANTUNES et al., 2006).
O alimento para se tornar fonte de saúde imprescindível ao ser humano, deve
ser processado dentro de um controle de etapas, utilizando-se matéria-prima de boa
qualidade, em condições higiênico-sanitárias satisfatórias, e sendo convenientemente
armazenado e transportado. Quando não obedecidas essas condições ele pode
tornar-se fonte de doenças. A qualidade é uma característica multidimensional do
alimento, sendo uma combinação de atributos microbiológicos, nutricionais e
sensoriais. O seu controle em todas as etapas do processamento de alimentos tem
como objetivo assegurar a qualidade, promover a saúde do consumidor (SOUSA e
CAMPOS, 2003).
O sistema tradicional de produção de refeições coletivas é definido como o
modo de produção no qual a etapa de preparo dos alimentos é efetuada
imediatamente antes de servir as refeições, sendo as preparações mantidas em
equipamentos conservadores de temperaturas adequadas e servidas no local da
produção. Para garantia da produção de refeições seguras é preciso reunir um
conjunto de recursos físicos adequados, tais como instalações, equipamentos e
utensílios, mão-de-obra capacitada e matéria-prima proveniente de fonte segura,
que geram custos para o serviço de alimentação. Os benefícios advindos não podem
ser mensurados por unidades monetárias e sim pelo alcance das metas
estabelecidas, em termos de segurança para redução do risco de doenças
transmitidas por alimentos (KAWASAKI, CYRILLO e MACHADO, 2007).
30
3 - OBJETIVOS
3.1 - OBJETIVO GERAL
O presente estudo teve como objetivo analisar os cálculos dos cardápios
oferecidos pelo restaurante popular do Município de Governador Valadares em
relação aos macronutrientes, o percentual protéico-calórico (NdPCal) e o valor
calórico total (VCT) diário quanto ao preconizado pelo PAT (Programa de
Alimentação do Trabalhador).
3.2 - OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Verificar se os cálculos dos cardápios do almoço oferecidos na unidade
correspondem ao percentual diário recomendado pelo PAT.
Analisar adequações nutricionais de macronutrientes, calorias e o NdPCal,
de acordo com as necessidades básicas dos comensais/trabalhadores conforme as
referências do PAT.
31
4 – MATERIAIS E MÉTODOS
Foram avaliados os cálculos de 15 cardápios elaborados pela nutricionista do
local, em dias consecutivos, com exceção do sábado, domingo e feriado. Cada
cardápio é composto por: dois tipos de saladas, um prato principal, uma guarnição,
arroz e feijão. Para verificação, utilizou-se os cardápios do almoço referentes ao
período de 01 a 19 de setembro de 2008.
O Restaurante Popular do município de Governador Valadares é administrado
por uma empresa terceirizada, tanto mão de obra quanto o serviço de alimentação.
O Município não possui na Secretaria Municipal de Agricultura, Abastecimento e
Meio Ambiente, o profissional nutricionista para acompanhar o desenvolvimento das
atividades da empresa contratada.
Esta unidade fornece 1.250 refeições por dia, utiliza-se sistema porcionado,
sendo 600 servidas em bandejas estampadas e 650 distribuídas em marmitex entre
os horários de 10h:30min e 14h. O custo final da refeição é R$ 3,20 (três reais e
vinte centavos) sendo cobrado dos usuários R$ 1,00 (um real) pelo bandejão e
R$1,50 (um real e cinqüenta centavos) pela refeição servida em marmitex. O valor
restante é subsidiado pela Prefeitura Municipal de Governador Valadares.
Realizou-se a análise dos cardápios do almoço quanto a adequação das
quantidades de calorias, macronutrientes, e o percentual protéico-calórico (NdPCal)
de acordo com o preconizado pelo PAT.
Os dados para a verificação dos cálculos nutricionais dos cardápios foram
baseados nos parâmetros nutricionais do PAT disponíveis na Portaria Interministerial
n° 66, de 25 de agosto de 2006, publicada no DOU de 28 de agosto de 2006. Esta
portaria estabelece que as grandes refeições devam corresponder a uma variação
de 30 a 40% (600 a 800 quilocalorias) do VET (valor energético total) diário de 2000
(duas mil) quilocalorias, admitindo-se um acréscimo de 20% (400 quilocalorias).
Sendo assim, para adequação do VCT do almoço da UAN, utilizou-se como
referência a faixa de 1000 a 1200 quilocalorias.
Para análise dos macronutrientes e NdPCal utilizou-se como parâmetro
nutricional a média de cada faixa de percentual recomendada pelo PAT em relação
ao VCT para as grandes refeições..
32
O mineral ferro não foi avaliado, pois não existe parâmetro preconizado pelo
PAT.
O presente trabalho foi autorizado pela Secretaria Municipal de Agricultura,
Abastecimento e Meio Ambiente, através da gerência responsável pelo Restaurante
Popular, em anexo.
5 – RESULTADOS
As preparações servidas na UAN, referentes ao período analisado (01 a 19 de
setembro de 2008), estão dispostas nos 15 cardápios usados para a avaliação, e
podem ser visualizadas na Tabela 1 em anexo.
Os cálculos nutricionais dos cardápios da UAN, referentes ao período
analisado, podem ser visualizados conforme a Tabela 2 em anexo.
33
5.1 – Gráfico I: Resultado da avaliação do VCT dos cardápios analisados da
UAN quanto ao preconizado pelo PAT.
1117,47
908,35
753,53746,83
1031,35
717,22855,56841,6
902,99
807,71
894,03876,5
855,76
1033,27
821,11
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º 14º 15º
CARDÁPIOS
KC
AL/
DIA
KCAL ANALISADO RECOMENDAÇÃO MÁXIMA DO PAT RECOMENDAÇÃO MÍNIMA DO PAT
Conforme o valor de referência do PAT para o VCT das grandes refeições
(1000 a 1200 kcal/dia), de acordo com o gráfico acima, somente o 3º (1033,27 kcal),
8º (1031,35 kcal) e 10º (1117,47 kcal) cardápios analisados que enquadraram-se na
faixa recomendada.
34
5.2 – Gráfico II: Resultado da avaliação do percentual de carboidrato dos
cardápios analisados da UAN quanto ao preconizado pelo PAT.
43,18
37,95
35,7740,94
36,55
36,64
39,5444,138,51
38,13
37,3637,6
34,69
57,6
36,68
75
55
0
15
30
45
60
75
1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º 14º 15º
CARDÁPIOS
PE
RC
ENTU
AL
(%)
PERCENTUAL ANALISADO RECOMENDAÇÃO MÁXIMA DO PAT RECOMENDAÇÃO MÍNIMA DO PAT
O PAT preconiza uma variação de 55 a 75% no percentual de carboidratos
em relação ao VCT das grandes refeições, mas, de acordo com gráfico II, apenas o
3º (57,6%) cardápio que se encontrou dentro desta faixa recomendada.
35
5.3 – Gráfico III: Resultado da avaliação do percentual protéico dos cardápios
analisados da UAN quanto ao preconizado pelo PAT.
7,98
11,44
7,2 8,01
16,75
6,99
17,8
7,47
15,42 15,57
7,47 8,12
15,67
6,26 6,99
0
5
10
15
20
1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º 14º 15ºCARDÁPIOS
PER
CEN
TUA
L(%
)
PERCENTUAL ANALISADO RECOMENDAÇÃO MÁXIMA DO PAT RECOMENDAÇÃO MÍNIMA DO PAT
Conforme o gráfico III, apenas o 7º (11,44%) cardápio se encontrou dentro da
faixa adequada preconizada pelo PAT (10 a 15% por dia). O 4º (15,42%), o 6º
(15,57%) e o 11º (15,67%) cardápios, mostraram-se com percentual protéico um
pouco acima do recomendado. Já o 3º (17,8%), e o 14º (16,75%) cardápios
encontraram-se bem acima do valor de referência.
36
5.4 - Gráfico IV: Resultado da avaliação do percentual lipídico dos cardápios
analisados da UAN quanto ao preconizado pelo PAT.
12,6
5,865,81
13,85
8,056,39
19,21
6,35
14,76 14,77
4,39 5,97
15
6,08 6,140
15
30
1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º 14º 15ºCARDÁPIOS
PER
CEN
TUA
L (%
)
PERCENTUAL ANALISADO RECOMENDAÇÃO MÁXIMA DO PAT RECOMENDAÇÃO MÍNIMA DO PAT
De acordo com o gráfico acima, os cardápios que correspondem com a faixa
de percentual diário preconizado pelo PAT, foram somente o 3º (19,21%) e o 11º
(15%). O 6º (14,76%) e 7º (14,77%) cardápios também podem ser considerados
como adequados, pois seus valores estão muito próximos do valor mínimo
recomendado.
37
5.5 – Gráfico V: Resultado da avaliação do percentual protéico-calórico
(NdPCal) dos cardápios da UAN quanto ao preconizado pelo PAT.
4,54
7,66
4,9
11,03
4,634,01
10,0811,03
3,92
9,95
4,47 4,62
10,5
3,57 4,22
02468
1012
1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º 14º 15ºCARDÁPIOS
PER
CEN
TUA
L (%
)
PERCENTUAL ANALISADO RECOMENDAÇÃO MÁXIMA DO PAT RECOMENDAÇÃO MÍNIMA DO PAT
Como demonstrado no gráfico acima, apenas o 4º (9,95%), o 6º (10,08%), 7º
(7,66%) e 11º (10,5%) cardápios que estiveram em concordância com a faixa de
percentual diário preconizado pelo PAT. Já o 3º (11,03%) e o 14º (11,03) cardápios
encontraram-se acima do recomendado.
38
6 – DISCUSSÃO E CONCLUSÃO
A importância da alimentação evidencia-se no equilíbrio metabólico, não
apenas como fator de manutenção da saúde, mas também do ponto de vista
econômico, como condição para maior gasto de energia e, conseqüentemente,
maior capacidade para o trabalho.
Por isso, cabe ao nutricionista preocupar-se com a prevenção de doenças e a
promoção da saúde, através de ações exercidas contínua e globalmente sobre o
indivíduo ou população, conduzindo-a uma vida mais longa, saudável e produtiva.
A alimentação saudável preserva o valor nutritivo e os aspectos sensoriais
dos alimentos, os quais devem ser qualitativa e quantitativamente adequados ao
hábito alimentar e capazes de promover uma vida saudável, que previna o
aparecimento de doenças provenientes de hábitos alimentares inadequados.
Esses grupos populacionais devem ser alvos de estratégias com foco na
promoção da saúde. O nutricionista deve exercer seu papel de educador e cumprir
as atribuições a ele destinadas, usando seu espaço de trabalho nas UAN’s para
efetivar, de forma concreta, seu papel como profissional da área de saúde.
Se esta refeição for nutricionalmente adequada, pode representar a base de
uma vida saudável, com reflexos positivos para a saúde. Outro dado importante é
que esta, além de bem nutrir, poderá servir de exemplo para a criação de hábitos
alimentares adequados nos indivíduos. Sendo assim, observa-se a importância de
verificar a adequação das refeições servidas em uma UAN.
Devido às dificuldades impostas pelo mundo moderno, como a extensa
jornada de trabalho, há um grande crescimento do número de refeições realizadas
fora do lar. Deste modo, percebe-se a importância da implantação do Programa de
Restaurante Popular em um município, pois, atualmente, é uma das alternativas
mais viáveis para uma expressiva parcela da população. Além da praticidade, estas
unidades oferecem refeições variadas, de baixo custo, com bom padrão higiênico-
sanitário permitindo ao consumidor compor o seu próprio prato de acordo com sua
preferência e auxilia no desenvolvimento de bons hábitos alimentares. Porém, para
alcançar estes objetivos, deve visar sempre à melhoria dos serviços prestados,
através de um planejamento competente, de um conhecimento aprofundado dos
processos executados e da disseminação do conceito de alimentação saudável.
39
Tendo em vista os resultados deste trabalho, pode-se verificar que o almoço
servido pelo Restaurante Popular de Governador Valadares, durante o período
analisado, não encontrou-se adequado quanto aos parâmetros nutricionais
propostos pelo PAT, pois somente a minoria dos valores de VCT, macronutrientes e
NdPCal de todos os cardápios avaliados estiveram dentro da faixa recomendada.
Esses dados poderão servir como instrumento auxiliar para a entidade, a
estar sempre aperfeiçoando seus serviços, preservando sua importância na
manutenção do acesso as refeições com qualidade, no meio urbano, para pessoas
em situação de pobreza e vulnerabilidade alimentar.
Portanto, é necessário que as preparações sejam revistas e reajustadas para
melhor atender às necessidades nutricionais dos trabalhadores que freqüentam esta
unidade. Neste contexto, percebe-se a importância da presença do profissional
Nutricionista do município para supervisionar e contribuir no gerenciamento do
restaurante para melhor adequar nutricionalmente as preparações servidas e
acompanhar o desenvolvimento das atividades da empresa contratada.
40
7 - REFERÊNCIAS
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47
TABELA 1: RESTAURANTE POPULAR DE GOVERNADOR VALADARES / CARDÁPIOS MÊS DE SETEMBRO DE 2008 01/09 Carne Moída Angu Couve Cenoura Arroz Simples Feijão Simples
02/09 Frango Ensopado Macarronada Repolho Tomate Arroz Simples Feijão Simples
03/09 Isca de Porco Mandioca Ensopada Almeirão Beterraba Arroz Simples Feijão Simples
04/09 Picadinho Bovino/Molho Repolho Búlgaro Couve Cenoura Arroz Composto Feijão Simples
05/09 Frango Frito Batata Sauté Alface Tomate Arroz Simples Feijão Simples
08/09 Cubos Bovinos Macarrão a Primavera Couve Beterraba Arroz Simples Feijão Simples
09/09 Cubos de Frango ao Molho Chuchu Sauté Almeirão Cenoura Arroz Simples Feijão Simples
10/09 Carne Moída Batata Ensopada Alface Tomate Arroz Simples Feijão Simples
11/09 Frango Frito Abobrinha Cozida Couve Beterraba Arroz Simples Feijão Preto
12/09 Isca de Porco Jardineira de Legumes Repolho Roxo Repolho Branco Arroz Simples Feijão Simples
15/09 Goulash Macarronada Couve Tomate Arroz Simples Feijão Simples
16/09 Frango com Quiabo Angu Almeirão Cenoura Arroz Simples Feijão Simples
17/09 Carne Moída Inhame Repolho Vinagrete Arroz Simples Feijão Simples
18/09 Pernil Picado Creme de Milho Alface Beterraba Arroz Simples Feijão Simples
19/09 Frango Frito Abóbora Cozida Couve Cenoura Arroz Composto Feijão
22/09 Virado de Carne Farofa Almeirão Pepino Arroz Simples Feijão Simples
23/09 Carne Moída Ensopada Jardineira de Legumes Repolho Tomate Arroz Simples Feijão Simples
24/09 Cubos Bovinos Macarrão Alho e Óleo Almeirão Beterraba Arroz Simples Feijão Simples
25/09 Strogonoff de Frango Batata Sauté Alface Tomate Arroz Simples Feijão Simples
26/09 Frango Frito Mandioca Ensopada Couve Cenoura Arroz Simples Feijão Simples
29/09 Picadinho Bovino Macarronada Repolho Tomate Arroz Simples Tutu
30/09 Carne Moída Repolho Búlgaro Couve Beterraba Arroz Simples Feijão Simples
01/10 Frango com Quiabo Angu Almeirão Cenoura Arroz Simples Feijão Simples
02/10 Isca de Porco Chuchu com Ovos Alface Tomate Arroz Simples Feijão Simples
03/10 Frango Xadrez Abóbora Cozida Couve Beterraba Arroz Simples Feijão Simples
48
TABELA 2: RESTAURANTE POPULAR GOVERNADOR VALADARES - MG
Sá Pomaroli Refeições Empresariais CÁRDAPIO MÊS SETEMBRO
Dia 01 - Segunda- Feira Calorias Carboidratos Proteínas Lípideos Ferro NDPcal Prato Principal Carne Moida 236.3 2.68 26.24 13.41 4.19 18.4 Guarnição Angu 99.2 20.96 2.64 0.56 0.48 1.32 Salada 1 Couve 9.99 5.16 3.48 1.35 0 1.7 Salada 2 Cenoura 18.42 16.1 1.6 0 0,06 0.8 Arroz Simples 366 306 27,6 32,4 4,2 13,8 Feijão Simples 91,2 49,6 20 21,6 1,5 12,0 VCT 821.11 400.5 81.56 69.32 10.43 48.02 Dia 02 - Terça- Feira Calorias Carboidratos Proteínas Lípideos Ferro NDPcal Prato Principal Frango Ensopado 120.65 0 20.9 4.09 1.24 14.6 Guarnição Macarronada 122,18 103,42 14,83 3,93 0,98 7,4 Salada 1 Repolho Branco 6.03 4,68 1,08 0.27 0.06 0.5 Salada 2 Tomate 11,16 7,44 2,64 1,08 0,12 1,3 Arroz Simples 366 306 27,6 32,4 4,2 13,8 Feijão Simples 91,2 49,6 20 21,6 1,5 12,0 VCT 717.22 471.14 87.05 63.37 8.1 49.6 Dia 03 - Quarta - Feira Calorias Carboidratos Proteínas Lípideos Ferro NDPcal % Prato Principal Isca de Porco 253,5 0 128,4 125,1 1,3 89,9 Guarnição Mandioca Ensopda 209,2 199,2 6,4 3,6 2,4 3,2 Salada 1 Almeirao 6.66 3.96 2.16 3.93 0,18 1.1 Salada 2 Beterraba 19,71 17,61 1.8 0.3 0,35 0.9 Arroz Simples 366 306 27,6 32,4 4,2 13,8 Feijão Simples 91,2 49,6 20 21,6 1,5 12,0 Doce de Amendoim 87 52 8 27 0 VCT 1033.27 628.37 194.36 213.93 9.93 120.9
49
TABELA 2: RESTAURANTE POPULAR GOVERNADOR VALADARES - MG
Sá Pomaroli Refeições Empresariais CÁRDAPIO MÊS SETEMBRO
Dia 04 - Quinta - Feira Calorias Carboidratos Proteínas Lípideos Ferro NDPcal %
Prato Principal Picadinho Bovino ao Molho 211 0 112 99 1,4 78,4
Guarnição Repolho Búlgaro 159.15 1.63 3.53 15.41 0.57 2.3 Salada 1 Couve 9.99 5.16 3.48 1.35 0 1.7 Salada 2 Cenoura 18.42 16.1 1.6 0 0,06 0.8 Arroz Composto 366 306 27,6 0.54 0.35 13.8 Feijão Simples 91,2 49,6 20 21,6 1,5 12,0 Sobremesa VCT 855.76 378.49 168.21 137.9 3.88 109,0 Dia 05 - Sexta - Feira Calorias Carboidratos Proteínas Lípideos Ferro NDPcal % Prato Principal Frango Frito 137.75 0 20.90 5.99 1.24 14.63 Guarnição Batata Saute 150.00 17.23 1.86 8.19 0.63 1.1 Salada 1 Alface 5,19 2,88 2,04 0,27 0,18 1,0 Salada 2 Tomate 11,16 7,44 2,64 1,08 0,12 1,3 Arroz Simples 366 306 27,6 32,4 4,2 13,8 Feijão Simples 91,2 49,6 20 21,6 1,5 12,0 Doce de Banana 115.20 27.09 1.26 0.20 0 VCT 876.5 410.24 76.3 69.73 7.87 43.83
50
TABELA 2: RESTAURANTE POPULAR GOVERNADOR VALADARES - MG
Sá Pomaroli Refeições Empresariais CÁRDAPIO MÊS SETEMBRO
Dia 08 - Segunda- Feira Calorias Carboidratos Proteínas Lípideos Ferro NDPcal Prato Principal Cubos Bovinos ao Molho 211 0 112 99 1,4 78,4 Guarnição Parafuso a Primavera 196.13 29.27 5.04 6.5 1.07 3.2 Salada 1 Beterraba 19,71 17,61 1.8 0.3 0,35 0.9 Salada 2 Couve 9.99 5.16 3.48 1.35 0 1.7 Arroz Simples 366 306 27,6 32,4 4,2 13,8 Feijão Simples 91,2 49,6 20 21,6 1,5 12,0 VCT 894.03 407.64 169.92 161.15 8.52 110,0 Dia 09 - Terça - Feira Calorias Carboidratos Proteínas Lípideos Ferro NDPcal % Prato Principal Cubos de Frango ao Molho 194,78 31,41 69,24 94,13 0,96 48,5 Guarnição Chuchu Saute 130.65 8.95 4.26 8.61 2.14 7.4 Salada 1 Cenoura 18.42 16.1 1.6 0 0,06 0.8 Salada 2 Almeirão 6.66 3.96 2.16 3.93 0,18 1.1 Arroz Composto 366 306 27,6 32,4 4,2 13,8 Feijão Simples 91,2 49,6 20 21,6 1,5 12,0 VCT 807.71 416.02 124.86 160.67 9.04 83.6 Dia 10 - Quarta - Feira Calorias Carboidratos Proteínas Lípideos Ferro NDPcal % Prato Principal Carne Moida 236.3 2.68 26.24 13.41 4.19 18.4 Guarnição Batata Ensopada 224.0 28.8 3.44 10.56 1.04 2,0 Salada 1 Alface 5,19 2,88 2,04 0,27 0,18 1,0 Salada 2 Tomate 11,16 7,44 2,64 1,08 0,12 1,3 Arroz Simples 366 306 27,6 0.54 0.35 13.8 Feijão Simples 91,2 49,6 20 21,6 1,5 12,0 Sobremesa Maça 97.5 22.8 0.45 0.45 0.6 0.3 VCT 1031.35 420.2 82.41 47.91 7.98 48.8
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TABELA 2: RESTAURANTE POPULAR GOVERNADOR VALADARES - MG
Sá Pomaroli Refeições Empresariais CÁRDAPIO MÊS SETEMBRO
Dia 11 - Quinta - Feira Calorias Carboidratos Proteínas Lípideos Ferro NDPcal % Prato Principal Frango Frito 137.75 0 20.90 5.99 1.24 14.63 Guarnição Abobrinha Cozida 122.18 103.42 14.83 3,6 0.98 7.4 Salada 1 Couve 9.99 5.16 3.48 1.35 0 1.7 Salada 2 Beterraba 19,71 17,61 1.8 0.3 0,35 0.9 Arroz Simples 366 306 27,6 32,4 4,2 13,8 Feijão Preto 91,2 49,6 20 21,6 1,5 12,0 VCT 746.83 481.79 88.61 65.24 8.27 50.43 Dia 12 - Sexta - Feira Calorias Carboidratos Proteínas Lípideos Ferro NDPcal % Prato Principal Isca de Porco 393.0 0 24.0 33.0 3,1 16.8 Guarnição Jardineira de Legumes 127.62 27.96 3.09 0.45 1.93 1.8 Salada 1 Repolho 6,03 4,68 1,08 0,27 0,06 0,5 Salada 2 Cenoura 18.42 16.1 1.6 0 0,06 0.8 Arroz Simples 366 306 27,6 32,4 4,2 13,8 Feijão Simples 91,2 49,6 20 21,6 1,5 12,0 Doce de Banana 115.20 27.09 1.26 0.20 0
VCT 1117.47 431.43 78.63 87.92 10.85 45.7
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RESTAURANTE POPULAR GOVERNADOR VALADARES - MG Sá Pomaroli Refeições Empresariais
CÁRDAPIO MÊS SETEMBRO Dia 15 - Segunda- Feira Calorias Carboidratos Proteínas Lípideos Ferro NDPcal Prato Principal Goulash 211 0 112 99 1,4 78,4 Guarnição Macarronada 219.00 31.55 5.28 7.92 0.59 7.4 Salada 1 Tomate 11,16 7,44 2,64 1,08 0,12 1,3 Salada 2 Couve 9.99 5.16 3.48 1.35 0 1.7 Arroz Simples 366 306 27,6 32,4 4,2 13,8 Feijão Simples 91,2 49,6 20 21,6 1,5 12,0 VCT 908.35 399.75 171.0 163.35 7.81 114.6 Dia 16 - Terça - Feira Calorias Carboidratos Proteínas Lípideos Ferro NDPcal % Prato Principal Frango com Quiabo 172.05 0 14.34 8.69 2.05 10,0 Guarnição Angu 99.2 20.96 2.64 0.56 0.48 1.32 Salada 1 Almeirao 6.66 3.96 2.16 3.93 0,18 1.1 Salada 2 Cenoura 18.42 16.1 1.6 0 0,06 0.8 Arroz Simples 366 306 27,6 32,4 4,2 13,8 Feijão Simples 91,2 49,6 20 21,6 1,5 12,0 VCT 753.53 396.62 68.34 67.18 8.47 39.02 Dia 17 - Quarta - Feira Calorias Carboidratos Proteínas Lípideos Ferro NDPcal % Prato Principal Carne Moida 236.3 2.68 26.24 13.41 4.19 18.4 Guarnição Inhame 103.00 23.8 1.8 0.10 0.74 3.2 Salada 1 Repolho 6,03 4,68 1,08 0,27 0,06 0,5 Salada 2 Vinagrete 13.46 7.92 2.71 1.09 0.17 1.6 Arroz Simples 366 306 27,6 0.54 0.35 13.8 Feijão Simples 91,2 49,6 20 21,6 1,5 12,0 Sobremesa Doce de Amendoim 87 52 8 27 0 4,0 VCT 902.99 446.68 87.43 64.01 7.01 53.5
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TABELA 2: RESTAURANTE POPULAR GOVERNADOR VALADARES - MG
Sá Pomaroli Refeições Empresariais CÁRDAPIO MÊS SETEMBRO
Dia 18 - Quinta - Feira Feriado Calorias Carboidratos Proteínas Lípideos Ferro NDPcal % Prato Principal Pernil em Cubos 253,5 0 128,4 125,1 1,3 89,9 Guarnição Creme de Milho 106.0 14.45 3.34 3.83 0.55 2,0 Salada 1 Alface 5,19 2,88 2,04 0,27 0,18 1,0 Salada 2 Beterraba 19,71 17,61 1.8 0.3 0,35 0.9 Arroz Simples 366 306 27,6 0.54 0.35 13.8 Feijão Simples 91,2 49,6 20 21,6 1,5 12,0 VCT 841.6 390.54 183.18 151.64 4.23 119.6 Dia 19 - Sexta - Feira Calorias Carboidratos Proteínas Lípideos Ferro NDPcal % Prato Principal Frango Frito 137.75 0 20.90 5.99 1.24 14.63 Guarnição Abobora Refogada 117 15.18 1.87 5.46 1.1 3.2 Salada 1 Couve 9.99 5.16 3.48 1.35 0 1.7 Salada 2 Cenoura 18.42 16.1 1.6 0 0,06 0.8 Arroz Composto 366 306 27,6 32,4 4,2 13,8 Feijão Simples 91,2 49,6 20 21,6 1,5 12,0 Sobremesa Bananada 115.20 27.09 1.26 0.20 0 VCT 855.56 419.13 76.71 67.0 8.1 46.13