Avaliacao Fisica - 05 - Nutricional

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA LEONARDO DE ARRUDA DELGADO AVALIAÇÃO NUTRICIONAL São Luis 2004

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA

LEONARDO DE ARRUDA DELGADO

AVALIAÇÃO NUTRICIONAL

São Luis

2004

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Leonardo de Arruda Delgado 2

SUMARIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 3 2 AVALIAÇÃO DA INGESTÃO ALIMENTAR...................................................... 3

2.1 Pirâmide de orientação alimentar ............................................................. 5 2.1.1 Recomendações dietéticas diárias .................................................... 7

2.1.1.1 Necessidades diárias de carboidratos ........................................ 9 2.1.1.2 Necessidades de gorduras ......................................................... 9 2.1.1.3 Necessidades diárias de proteínas........................................... 10 2.1.1.4 Necessidade de hídricas........................................................... 10 2.1.1.5 Necessidades minerais............................................................. 11 2.1.1.6 Necessidades vitamínicas ........................................................ 11

3 AVALIAÇÃO DA QUANTIDADE ALIMENTAR............................................... 12 3.1 Controle de massa corporal .................................................................... 13 3.2 Calculo do gasto energético total (GET) ................................................. 14

3.2.1 Cálculo do efeito térmico do alimento (TEF).................................... 15 3.2.2 Termogênese facultativa.................................................................. 15 3.2.3 Cálculo do gasto energético em repouso (GER).............................. 15

3.2.3.1 Fatores que afetam o GER....................................................... 18 3.2.4 Cálculo do consumo energético de trabalho (GET) ......................... 19 3.2.5 Cálculo do gasto energético com atividade física (GAT) ................. 20

3.2.5.1 Demanda energética de algumas atividades esportivas........... 20 3.2.6 Cálculo do GET................................................................................ 22

4 AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA ALIMENTAÇÃO....................................... 22 4.1 Avaliação antropométrica........................................................................ 22

4.1.1 Relação peso estatura ..................................................................... 23 4.1.1.1 Estatura/Peso ........................................................................... 23 4.1.1.2 Peso/Estatura ........................................................................... 23 4.1.1.3 Relação Peso/Estatura² ............................................................ 24

4.2 Avaliação dos sintomas referidos ........................................................... 24 4.2.1 Fatores determinantes ..................................................................... 24 4.2.2 Classificação dos níveis de carência nutricional .............................. 25 4.2.3 Sensações relacionadas à deficiência nutricional............................ 25 4.2.4 Patologias relacionadas à desnutrição ............................................ 25

4.2.4.1 KWASHIORKOR ...................................................................... 25 4.2.4.2 Marasmo................................................................................... 26 4.2.4.3 Anemia...................................................................................... 26 4.2.4.4 Bócio endêmico ........................................................................ 27 4.2.4.5 Vitaminoses .............................................................................. 27

REFERÊNCIAS..................................................................................................... 27

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AVALIAÇÃO NUTRICIONAL

1 INTRODUÇÃO

Um adequado estado nutricional é condição primária para realização de atividade física com características recreativas, terapêuticas ou competitivas. MACHADO NETO (1994, p.51) define o estado nutricional, como o grau, pelo qual as necessidades fisiológicas de nutrientes do indivíduo estão sendo atendidas através dos alimentos ingeridos. Para realizarmos a avaliação do estado nutricional, lançamos mão de indicadores direitos e indicadores indiretos. Os indicadores diretos são:

- Estudo dietético dos hábitos alimentares: primeiramente

conhecimento dos hábitos nutricionais e das necessidades nutricionais diárias e os gastos energéticos diários e com atividades físicas e diárias.

- Estudo antropométrico das variáveis: peso, altura, circunferência, pregas cutâneas e composição corporal.

- Estudo dos sinais clínicos: sinais e sintomas característicos de carência nutricional pele, unhas, cabelo, olhos, lábios e etc.

- Estudos bioquímicos: dosagem séricas de proteínas, vitaminas A, D e C, hemoglobina e hematócitos.

Os indicadores indiretos são:

- Estatísticas vitais: mortalidade infantil, índice de prematuridade, mutabilidade específica por doenças diarréicas (1 a 4 anos), mortalidade de 1 a 4 anos.

- Folha de balanço de alimentos; - Estudo sócio-econômico e cultural.

2 AVALIAÇÃO DA INGESTÃO ALIMENTAR

É importante diferenciar dois conceitos relacionados à ingestão alimentar, o conceito de alimentação e nutrição. De acordo com GUEDES & GUEDES (2003, p. 155):

“A alimentação é um processo que se identifica com a seleção e a ingestão de produtos que, de acordo com a disponibilidade e as preferências de paladar, procuram atender às necessidades orgânicas manifestadas pela fome. Nutrição, por sua vez, é um conceito amplo e complexo, no qual intervêm uma série de mecanismos orgânicos à

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transformação e á utilização das diversas substâncias contidas nos alimentos”.

Portanto, alimentação e nutrição não são expressões equivalentes que podem ser utilizadas indistintamente. Alimentação constitui procedimentos em que predomina o desejo de satisfação sobre o de necessidade, podendo ser considerada uma arte. Ao passo que nutrição, por estarem implícitos conhecimentos quanto aos princípios que regulam os nutrientes, tem mais a ver com investigações e evidências científicas. A boa nutrição resulta de uma dieta em que os alimentos são ingeridos nas quantidades apropriadas e com a distribuição necessária de nutrientes para manter boa saúde no presente e no futuro.1 Uma avaliação nutricional, prévia ao início de um programa de exercício, deverá interferir com o tipo, volume e intensidade da atividade preconizada para o indivíduo. Antes de planejar um programa de atividade física, muitas vezes é útil saber, além das qualidades físicas relacionadas com a saúde, o número de calorias necessárias para suportar seu peso corporal e como deve ser composta a alimentação para o funcionamento adequado do organismo. Examinar os hábitos dietéticos de uma pessoa permite ao avaliador dar sugestões sobre como melhor alcançar metas nutricionais e sobre perda, manutenção ou ganho de massa corporal. Uma ferramenta bastante utilizada por nutricionistas é a anamnese alimentar, esse instrumento serve para obter informações tais como horários, hábitos, gostos, por quem e como foi preparada a sua comida quantidade de alimentos consumidos, atividades físicas praticadas e, muitos outros dados e registros de sua vida pessoal. Essas informações podem ser colhidas através do diário alimentar em que o aluno registra tudo que consome e faz durante 1, 3 ou 7 dias. O questionário de 24 horas é possivelmente o mais simples. Consiste na aplicação de um questionário ou da realização de uma entrevista, onde o avaliado informa o que ingeriu nas últimas 24 horas ou no dia anterior. Erros freqüentemente comprometem esse método. Logo concluímos que, um registro alimentar de 1 dia pode não fornecer informações suficientes para desenvolver o perfil dos hábitos nutricionais de uma pessoa, no entanto nos da uma vaga idéias. Devido ao tempo e ao esforço necessários para registrar a ingestão alimentar, muitas pessoas preferem registros alimentares de 3, em vez de 7 dias. Se um registro de 3 dias for mantido, é importante que um dos dias seja um dia de fim de semana, porque muitas pessoas nos finais de semana comem de forma diferente em relação aos dias de semana. Embora diários alimentares forneçam informações importantes, há problemas com essa prática:

1 HOWLEY & FRANKS. Manual do instrutor de condicionamento físico para saúde, 2000, p.136.

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- As pessoas tendem a relatar menos do que comem; - As pessoas não fazem anotações específicas o suficiente para

fornecerem informações de qualidade; - As pessoas muitas vezes modificam temporariamente a forma como

comem quando são solicitadas a registrar sua ingestão alimentar. Existem medidas que o avaliador pode tomar para minimizar esses problemas. Primeiro, certifique-se de que o aluno compreende a importância de registrar complemente e honestamente o que é ingerido. Enfatize ao cliente que a precisão e a utilização da reposta dependem das informações que ele fornece e que não será criticado ou julgado pelo que come. O avaliador deve fornecer modelos ou descrições de tamanhos de porções. Devem ser dadas ao cliente instruções explicitas sobre como preencher o registro alimentar. Além disso, o diário alimentar deve servir de auxílio ao usuário e incluir sugestões para induzir a repostas completas. Uma vez copilados os registros, há vários pacotes de softwares que podem fornecer uma analise da dieta.

2.1 Pirâmide de orientação alimentar

É um sistema elaborado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos para proporcionar escolhas alimentares saudáveis. Da mesma forma que no caso do binômio alimentação e nutrição, também é necessário diferenciar o que se entende por alimento e nutriente. Alimento são produtos obtidos na natureza, seja de procedência animal ou de origem vegetal, consumidos para atender às necessidades orgânicas manifestadas pela fome.

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Nutrientes, por sua vez, são componentes que constituem ou integram os alimentos. Os nutrientes se dividem em macro e micronutrientes. Carboidratos, gorduras, proteínas e água são considerados macronutrientes. Vitaminas e sais minerais, os micronutrientes. As fibras vegetais, ainda que carentes de propriedades nutritivas, são destacadas como macronutrientes pelos seus efeitos benéficos ao melhor funcionamento orgânico. A pirâmide alimentar classifica os alimentos em: energéticos, reguladores, construtores e energéticos extras. Esses alimentos devem ser consumidos em ordem decrescente, ou seja, devemos consumir em maior quantidade os energéticos, seguidos dos reguladores, dos construtores e por último os energéticos extras, de consumo limitado.

- Os alimentos energéticos: são os responsáveis por gerar energia (combustível) para que nosso organismo possa realizar suas funções normais. Eles são os carboidratos complexos, como farinhas, pães, tubérculos, massas, cereais, trigo. Deve-se consumir 6 a 11 porções ao dia.

- Os reguladores: legumes, frutas e verduras - fornecem vitaminas, minerais e fibras. Deve-se consumir 3 a 5 porções de vegetais e 2 a 4 porções de frutas ao dia.

- Os construtores: são os ricos em proteínas, como o leite e derivados, carnes, ovos e leguminosas, e são responsáveis pela construção dos novos tecidos, pelo crescimento e pela reparação do desgaste natural dos tecidos. Devem ser consumidas 2 a 3 porções de leite e derivados, e 2 a 3 porções de carne ou equivalentes ao dia.

- Energéticos extras: os açúcares e doces devem ser consumidos com moderação. As gorduras, por sua vez, são necessárias em uma quantidade mínima no organismo, pois realizam isolamento térmico, proteção contra choques e transporte de algumas vitaminas.

A vantagem do uso da pirâmide alimentar é que se pode comer de tudo, sem enjoar da dieta, tornando os hábitos alimentares mais saudáveis. A maior quantidade de porções é recomendada para os grupos de alimentos que estão na base da pirâmide, e quantidades menores para os que estão situados em seu topo. Os alimentos situados na base da pirâmide são considerados nutricionalmente mais densos, por apresentarem maior proporção de nutrientes por calorias ingeridas que os alimentos de baixa densidade. A compreensão quanto ao papel dos diferentes nutrientes torna-se de grande importância na prescrição e orientação de programas de controle do peso corporal, na medida em que uma dieta deficiente nesse campo poderá interferir decisivamente no melhor funcionamento orgânico.

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2.1.1 Recomendações dietéticas diárias

Vários planos diferentes vêm sendo sugeridos para orientar a ingestão alimentar, o DAEU (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) apresenta as seguintes dicas de alimentação:

1. Tomar 12 ou mais copos de água por dia e na hora de comer mastigue lentamente o alimento.

2. Evitar alto consumo de sal (retenção de líquidos e hipertensão). 3. Coma uma variedade de alimentos, evitando enlatados e carnes

gordurosas, dando preferência às carnes brancas, sem pele, podendo também consumir carne bovina magra.

4. Equilibre o alimento que você come com sua atividade física, evitar frituras e refrigerantes. Iniciar o almoço e o jantar com a salada crua e evitar comer bebendo água.

5. Mantenha ou melhore seu peso, dando preferência ao leite desnatado, queijos magros, ricotas, iogurte desnatados cereais integrais, principalmente ao farelo de aveia (fibras solúveis - reduzem o colesterol).

6. Escolha uma dieta com bastante produtos em grão, vegetais e frutas, comendo pelo menos uma fruta cítrica por dia (repor a cota de vitamina C que ajuda na absorção do ferro).

7. Escolha uma dieta baixa em gordura, gordura saturada e colesterol. Usar óleo de canola ou girassol, ou margarina light para cozinhar, sempre em pouca quantidade.

8. Se você bebe bebidas alcoólicas, faça com moderação e se possível deve ser acompanhado por ingestões de água, pois a mesma dilui o álcool, diminuindo seus efeitos colaterais.

9. Ovos devem ser consumidos moderadamente, no máximo três vezes por semana, devido ao alto teor de colesterol da gema.

10. Trocar o açúcar refinado por açúcar mascavo (que contém vitamina B1, C, ferro, sódio; porém, cuidado com as calorias).

11. Faça no mínimo três refeições grandes ao dia, procurando consumir nos intervalos (lanches), sucos de frutas, gelatinas dietéticas, iogurtes, etc.

12. No jantar, a refeição deve ser mais leve e feita até duas a três horas antes de dormir.

13. O sono é igualmente importante. Procure dormir de 7 a 8 horas por dia.

14. Fazer exercícios aeróbicos, como caminhada com pelo menos 45 minutos, no mínimo três vezes por semana.

A tabela 1 apresenta quais são os alimentos recomendados para uma boa nutrição na maioria das pessoas saudáveis.

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Tabela 1 Alimentos necessários para uma dieta saudável

Energia Lipídeos Aminoácidos Vitaminas Minerais Carboidratos Ou lipídeos

Ácido graxo insaturado

Valina Lisina Treonina Leucina Isoleucina Triptofano Fenilalanina Metionina Histodina

Tiamina Riboflavina Niacina Piridoxina Cianocobalamina Ácido fólico Ácido Pantotênico Retinoal Calciferol Vitamina K Biotina Ácido ascórbico

Cálcio Fósforo Enxofre Potássio Cloro Magnésio Ferro Flúor Zinco Cobre Iodo Cromo Cobalto Silício Vanádio Estanho Manganês Níquel Sódio e Molibdênio

A tabela 2 apresenta as necessidades diárias de nutrientes e calorias, necessárias diariamente, de acordo com o Estudo de M. Batista Filho, apud MARCONDES (1983, p.188), em seu trabalho denominado problema de nutrição no Brasil. Tabela 2 Quantidade em calorias dos nutrientes recomendados para uma boa nutrição

Necessidades diárias Gramas Miligramas ug mg mg mg mg

Vitaminas Grupo Calorias Carb. Gorduras Proteínas Ca P Fe A B1 B2 C D PP Meninos 12-14 2.700 402 90 50-90 1.1 1.0 10 575 1,2 1,7 70 10 18 Meninos 14-18 3.000 445 100 60-100 1.1 1.0 10 750 1,4 2,0 70 10 20 Meninas 12-14 2.400 355 80 50-90 1.1 1.0 18 575 1,0 1,4 70 10 16 Meninas 14-18 2.400 350 80 55-90 1.1 1.0 18 750 1,0 1,3 70 10 14 Homens 3.200 435 118 65-90 800 1.0 10 750 1,3 1,8 70 10 18 Mulheres 2.300 340 76 55-75 800 1.0 18 750 0,9 1,3 70 10 13 Gravidez 2.600 374 86 65-100 1.3 2.0 18 750 1,2 1,7 70 10 15 Amamentação 3.100 410 103 75-115 1.9 2.0 18 1.2 1,3 1,8 70 10 17

Em se falando de atletas, podemos dizer que: atletas de modalidade esportivas que requerem força devem aumentar o percentual de proteínas em sua alimentação, enquanto atletas de modalidade esportivas de resistência devem aumentar o percentual de carboidratos ingeridos. Inicialmente deve-se saber que o VET deve ser proveniente, de uma alimentação variada normal é composta de 60% a 70% de carboidratos, 20% a 30% de gorduras e 10% a 15% de proteínas.

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Tabela 3 Necessidades diárias de carboidratos, gorduras e proteínas de nadadores de competição adolescentes e adultos de porte normal.

Nutrientes Gramas Calorias Porcentagem Carboidratos 500-80 2.000-3.000 65-70

Gorduras 50-100 450-900 15-20 Proteínas 100-200 400-800 15-20

2.1.1.1 Necessidades diárias de carboidratos

Durante o repouso, a mobilização energética dá-se 50% a partir de carboidratos e 50% a partir de gorduras (ácidos graxos). A intensificação da atividade física (aumento da carga) determina um aumento da combustão de carboidratos e uma redução da combustão de gorduras. Em atividades muito intensas (ou sob cargas elevadas) a obtenção de energia dá-se exclusivamente através da combustão de carboidratos. Diversos estudos mostraram que o nível de glicogênio muscular é decisivo para um bom desempenho em resistência, caracterizado pela repetição de determinada atividade durante um longo período. Por esta razão, a quantidade de glicogênio armazenada nos músculos e no fígado é um fator limitante do desempenho em resistência e em jogos. A regeneração dos depósitos vazios de glicogênio dá-se dentro de 24 horas, desde que 70% da alimentação sejam constituídas de carboidratos; isto não ocorre, cm quantidades inferiores, aumentam então o período de recuperação. De acordo com MAGLISCHO (1999,p.612) os atletas que treinam duas vezes por dia necessitam de 8 a 10 gramas de carboidratos por quilograma de peso por dia (8 a 10g/kg/d) para substituir os carboidratos que perderam de seus músculos. Para a maioria dos nadadores adolescentes e adultos, isso significa algo entre 500 e 800 gramas de carboidratos por dia. Em outras palavras os atletas necessitam consumir algo entre 2.000 e 3.200 calorias por dia na forma de carboidratos.

2.1.1.2 Necessidades de gorduras

As gorduras são nutrientes importantes que desempenham muitas funções no corpo. Elas são necessárias para a reconstrução das membranas celulares, da pele e das fibras nervosas. Elas também estão envolvidas na síntese de certos hormônios. As vitaminas lipossolúveis A,D, E e K são transportadas em combinação com gorduras. Elas proporcionam quase 70% da energia total que usamos em repouso.

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Os atletas necessitam de cerca de 50 a 100g, ou 450 a 950 calorias, de gordura por dia, dependendo de sua idade, seu porte e do tempo gasto em treinamento.

2.1.1.3 Necessidades diárias de proteínas

Proteínas são ligações de grandes moléculas, que se compõem de aminoácidos. Conhece-se mais de 30 aminoácidos diferentes, que na sua maioria podem ser sintetizados pelo organismo. Oito dos quais são considerados essenciais porque não podem ser sintetizados no corpo e dois semi-essenciais, pois assumem um caráter essencial nas crianças, adolescentes e mulheres que estão amamentando. Tabela 4 Aminoácidos e seu significado fisiológico

Aminoácidos Significado Fisiológico Valina Necessário p/ a função do SN Leucina Necessário p/ a formação das proteínas do sangue e tecidos Isoleucina Necessário p/ o aproveitamento dos aminoácidos Treonina Necessário p/ o aproveitamento dos aminoácidos Metionina Necessário p/ o crescimento do cabelo; ação protetora do fígado Fenilalanina Necessário p/ a formação de adrenalina, do H. tireóide e sangue Triptófano Necessário p/ a reprodução e produção do leite

Essenciais

Lisina Necessário p/ a conservação do crescimento longitudinal e menstruação Histidina Necessário p/ a formação da coloração vermelha do sangue Semi-

essenciais Argina Necessário para o crescimento normal. A proteína serve em primeiro lugar à formação e manutenção da substancia celular e dos tecidos. Mas ela também é necessária para a sintetização de hormônios, enzimas, substâncias imunizantes, sangue e numerosas outras funções do metabolismo. A necessidade de proteínas equivale a cerca de 30-40g diárias, o ideal para o não esportista, cerca de 1g por kg de peso corporal, um atleta de força deve ingerir até 3g de proteínas por quilograma de peso corporal a fim de formar massa muscular. Atletas de resistência também devem ingerir proteínas.

2.1.1.4 Necessidade de hídricas

A quantidade de água do corpo humano é de 50-70% do peso corporal (GEBERT, 1978) a manutenção deste percentual de água e dos metabólitos minerais associados a ela (sobretudo de sódio, potássio e cloro) é muito importante, pois a água tem importante papel no organismo.

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Uma perda significativa de água e de eletrólitos está associada a fatores físicos e psíquicos que reduzem o desempenho, entre eles podemos citar:

- Redução do volume sistólico e aumento da freqüência cardíaca; - Rápida elevação da temperatura corporal e deficiência da

termorregulação; - Sensação de cansaço com tendência de interrupção das atividades

em realização. A necessidade de reposição de água corporal fica em cerca de 2 a 3 litros por dia. A ingestão de água e sais minerais (eletrólitos) em quantidade suficiente é importante não somente para garantir um bom desempenho durante a atividade física, mas também para encurtar o tempo de recuperação após as mesmas.

2.1.1.5 Necessidades minerais

Os minerais são substâncias elementares (elementos químicos simples) que participam diferentemente na constituição do corpo e nas funções do organismo, do aparelho motor passivo (esqueleto) e ativo (músculos). A perda de minerais em atividades esportivas deve ser cuidadosamente reposta a fim de garantir o funcionamento normal do organismo e não prejudicar o desempenho do atleta. Entre os minerais temos o Ferro que é componente da Hemoglobina e mioglobina e atua no transporte de O2 dos pulmões para os tecidos. Sua carência causa a anemia ferropriva causando diminuição da resistência aeróbica e do desempenho de exercício.

2.1.1.6 Necessidades vitamínicas

Vitaminas são substâncias imprescindíveis para o crescimento, manutenção e para a reprodução dos homens, mas que não podem ser sintetizadas no organismo, devendo, por isto, ser obtidas através da alimentação. As vitaminas são freqüentemente empregadas na síntese de coenzimas (ou cofatores de enzimas: substâncias que ativam o funcionamento de enzimas) e são essenciais para o metabolismo orgânico. A maior atividade metabólica do esportista requer mais vitaminas, quando se compara com os não esportistas, no entanto a maior necessidade do esportista geralmente é coberta por uma alimentação de alto valor nutritivo. As vitaminas do complexo B são responsáveis pela:

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- Contração e relaxamento muscular; - Produção e queima de energia; - Manutenção do tecido nervoso; e - Metabolismo de proteínas e aminoácidos.

E sua deficiência causa fadiga, anemia, fraqueza muscular, desordem motora e câimbras. As vitaminas antioxidante (C, E, e B caroteno) atuam em exercícios extenuante. A tabela abaixo representa as quantidades recomendadas.

Vitaminas Necessidade normal Esportista B1 1-1,5 mg 4-8 mg C 50-100mg 200-400 mg A 5000 U.I. 12000-15000 U.I.

Niacina 15-20 mg 30-40 mg

Dieta Balanceada

3 AVALIAÇÃO DA QUANTIDADE ALIMENTAR

A necessidade calórica diária representa o número de calorias de que uma pessoa necessita para sustentar seu peso corporal usual e seus níveis de atividade. A necessidade calórica diária compreende o Gasto Energético em Repouso (GER), o Efeito Térmico do Alimento (TEF) e as calorias usadas em atividades diárias.

60%

30%

10%

GERAtividadesTEF

Ilustração 1 Contribuintes para a necessidade calórica diária

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GUEDES & GUEDES (2003. p. 55) dizem que apesar de existirem diferenças individuais importantes relacionadas aos mecanismos de consumo e de demanda energética, o equilíbrio energético é o determinante principal quanto às modificações associadas à proporção relativa de gordura e de massa isenta de gordura, o que torna as dietas e a prática da atividade física importantes mecanismos de controle do peso corporal. Desse modo, o tema equilíbrio energético adquire importância fundamental no moderno cenário da nutrição, do exercício físico e da composição corporal.

3.1 Controle de massa corporal

As escolhas que uma pessoa faz sobre gasto calórico e ingestão calórica tem um impacto predominante sobre o desenvolvimento da obesidade. O número de calorias consumidas, os tipos de alimentos ingeridos e a quantidade de atividade diária são fatores contribuintes essenciais na avaliação da influência do estilo de vida sobre o peso. Se as calorias totais ingeridas com o alimento ultrapassam as demandas energéticas diárias, as calorias em excesso serão armazenas como gorduras no tecido adiposo.2 Para prevenir aumento no peso e na gordura induzido por um desequilíbrio calórico positivo, um bom programa de controle ponderal terá que estabelecer um equilíbrio entre influxo calórico e produção de energia. Por outro lado, o desequilíbrio calórico negativo, pode caracteriza-se pelo aparecimento repentino de sensações de fome, com perda de força, vertigens e transpiração, a visão fica escura e as mãos tremem. A equação do equilíbrio energético estabelece que o peso corporal se mantém constante quando a ingestão calórica é igual ao custo calórico. E que qualquer desequilíbrio crônico pelo lado do rendimento ou influxo energético da equação gera uma mudança no peso corporal.

Massa corporal estável se, Influxo de Energia = Produção de Energia Aumento da massa corporal se, Influxo de Energia > Produção de Energia Redução da massa corporal se, Influxo de Energia < Produção de Energia

Existem numerosos métodos que podem ser utilizados para diminuir a massa corporal, entre os mais usados podemos citar:

1) Reduzir a ingestão calórica para menos das necessidades energéticas diárias;

2) Manter uma ingestão regular de alimento e aumentar o gasto calórico, através de atividade física adicional até acima das necessidades diárias de energia;

2 McARDLE, op cit,434.

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3) Combinar os métodos 1 e 2, reduzindo a ingestão diária de alimento e aumentando o gasto diário de energia.

É importante saber que a Organização Mundial de Saúde recomenda uma ingestão calórica diária não inferior a 1.200 kcal/dia, sendo que pessoas com necessidades especiais como atletas, idosos, pessoas com disfunções metabólicas e etc, podem requerer uma ingestão calórica diferente.

3.2 Calculo do gasto energético total (GET)

A quantidade de alimentos ingerida ao longo de um dia é expressa por meio do valor energético total (GET) da dieta e corresponde ao valor do balanço calórico obtido pela combustão de carboidratos, gorduras e proteínas, quanto à restituição de energia através da alimentação. Carboidratos e gorduras são especialmente importantes para o metabolismo energético; enquanto as proteínas são importantes para o metabolismo construtor. Este GET pode ser, dividido em seis refeições, cada uma delas com um percentual do total: Tabela 5 Divisão do GET em seis refeições

Desjejum (café da manhã) 15% do GET Merenda (no meio da manhã) 10% do GET

Almoço 35% do GET Merenda (no meio da tarde) 10% do GET

Jantar 25% do GET Ceia (antes de deitar) 5% do GET

Total 100% do GET Esta não é a única divisão possível; na verdade o mais importante é a regularidade da distribuição ao longo do tempo. Para avaliar o valor real da alimentação é essencial levar em conta:

- O efeito térmico do alimento; - A taxa metabólica de repouso; da qual 60% destina-se à produção

de calor e á manutenção da temperatura corporal; - A energia gasta nas atividades do dia-a-dia: como estudo e trabalho; - Energia gasta em atividade física e/ou treinamento.

O cálculo do GET pode ser feito de diversas formas, sendo a mais acurada a seguinte:

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1° Passo: calcula-se o GER (Gasto Energético em Repouso); 2° Passo: calcula-se o Gasto Energético com o Trabalho (GET); 3° Passo: Calcula-se o gasto energético com a atividade física (GAF); 4° Passo: Calcula-se GET levando em conta o efeito térmico do alimento.

3.2.1 Cálculo do efeito térmico do alimento (TEF)

É a energia necessária para digerir, absorver, transportar e armazenar o alimento ingerido. O termo efeito térmico do alimento implica perda calórica, que se dá em função da ingestão, do catabolismo e do anabolismo dos nutrientes. O efeito térmico do alimento (perdas energéticas para o seu processamento) para proteínas é de 22% (por esta razão costuma-se adotar uma dieta protéica para emagrecimento); para carboidratos de 8%; e para ácidos graxos de 4%. Numa alimentação variada a perda energética esperada é de 10%, ou seja, a cada 100Kcal produzida pela alimentação 10Kcal são utilizadas para o metabolismo basal.

3.2.2 Termogênese facultativa

Outro componente, conhecido como termogênese facultativa, por vezes, também é adicionado à demanda energética total. Esta compreende a troca de energia induzida por processos adaptativos de origem metabólica diante de alterações extremas nas condições ambientais, sobretudo a temperatura e o estresse emocional. Outra forma de termogêneses facultativa tem lugar quando se alteram radicalmente os níveis de ingestão calórica. Reduzem à progressiva diminuição do índice metabólico de repouso, numa proporção maior do que pode ser atribuído à redução da massa isenta de gordura. A termogênese facultativa é bem descrita em animais inferiores; porém, é pouco conhecida em himanos. Especula-se que, quando esta ocorre, representa menos que 10% da demanda energética total 3.

3.2.3 Cálculo do gasto energético em repouso (GER)

O gasto energético em repouso (GER), também conhecido como metabolismo de repouso, é o número mínimo de calorias que o organismo necessita para manter as funções corpóreas normais e a homeostase (circulação, 3 GUEDES & GUEDES (op.cit, p.62)

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respiração, temperatura corporal, energia consumida pelo SNC) durante condições de repouso. Para a maioria dos indivíduos, ela representa 60 a 70% da necessidade calórica diária. O GER é geralmente medida, utilizando calorimetria indireta. Para as medições confiáveis de GER, a avaliação deve ocorrer pela manhã, com o aluno acordado, deitado, em jejum de 12 horas, repouso físico e mental sem ter se exercitado vigorosamente nas últimas 12 horas, numa posição de repouso e reclinado por 30 minutos, com temperatura ambiental de 26 a 30°C. Por essas razões, nem sempre é prático medir GER; assim, uma grande quantidade de equações tem sido desenvolvida para estimar o GER, essas equações baseiam-se nos seguintes princípios:

- O GER é proporcional ao tamanho do corpo; - O GER é maior no sexo masculino; - O GER diminui com a idade; - O músculo é mais ativo metabolicamente do que a gordura.

Quanto maior o tamanho do corpo, mais calorias são necessárias para sustentá-lo. Mulheres apresentam demanda energética associada ao metabolismo de repouso por volta de 5 a 10% menor que homens, por causa das diferenças específicas de ambos os sexos. Essa relação reflete-se em todas as equações de GER, além do tamanho corporal, a idade possui um efeito significativo sobre o GER. À medida que uma pessoa envelhece, o GER diminui, significando que a necessidade calórica diária de uma pessoa cairá à medida que ela envelhece. Crianças tipicamente possuem taxas metabólicas mais altas do que adultos de qualquer idade. O GER permanece relativamente estável durante os primeiros anos do adulto; contudo, ela começa a declinar muito substancialmente após 45 anos de idade. Uma equação com versão abreviada para adultos com peso e altura normais, levando em conta o sexo é a seguinte: Homem

GER = Peso (kg) x 1 (kcal/kg) x 24h Mulher

GER = Peso (kg) x 0,95 (kcal/kg) x 24h Baseado-se na estreita relação existente entre o metabolismo de repouso e as dimensões de estatura e peso corporal, em indivíduos de mesmo grupo etário e sexo, estes valores têm sido estimados mediante proposições de modelos matemáticos baseados na variação da superfície corporal. A literatura oferece indicações de que o equivalente energético do metabolismo de repouso (MR) de homens, entre 20 e 40 anos de idade, é por

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volta de 38 a 35 kcal por metro quadrado de superfície corporal (SC), por hora do dia, respectivamente: Homens

MR = 38 kcal/h x SC(m²) x 24h Mulheres

MR = 35 kcal/h x SC(m²) x 24h Onde:

SC (m2) = 0,007184 X (Altura)0,725 X (Peso)0,425

Os efeitos da idade e do tamanho corporais sobre o GER estão refletidos nas equações revisadas de HARRIS BENEDICT. Observe que essas estimativas de GER utilizam equações separadas para homens e mulheres. Isso ocorre porque muitos homens possuem mais massa sem gordura do que as mulheres. E massa sem gordura requer mais energia para sustentá-la do que requer o tecido de gordura. Mulheres

GER = 447,593+(9,247.W)+(3,098.H)-(5,677.A) Homens

GER = 88,362+(13,397.W)+(5.H)-(6,8.A) Onde: GER = Gasto Energético em Repouso (em quilocalorias por dia) W = Massa corporal (em quilogramas) H = Altura (em centímetros) A = idade (em anos) GALLO cita WILLIAMS (1995), e diz que para calculamos o metabolismo basal de um indivíduo de crianças pode-se utilizar as seguintes equações:

Sexo De 3 a 9 anos 10 a 17 anos Masculino TMB = (22,7 x peso corporal*) + 495 TMB = (17,5 x peso corporal*) +651 Feminino TMB = (22,5 x peso corporal*) +499 TMB = (12.2 x peso corporal*) +746 De acordo com HOWLEY & FRANKS (2000, p.167), sabendo-se qual a massa sem gordura, pode-se utilizar a equação abaixo para predizer o GER.

GER (kcal/dia) = 370 + 21,6(MLG) Não é necessário separar equações quando sabemos qual a massa

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sem gordura, porque um grama de músculo possui a mesma necessidade metabólica, seja ela alojada em um corpo masculino, ou seja, feminino.

3.2.3.1 Fatores que afetam o GER

Muitos fatores afetam o gasto energético em repouso de uma pessoa, entre os principais fatores, podemos citar:

- Sexo: mulheres têm um metabolismo energético 6 a 10% menor que os homens em função da menor quantidade de massa livre de gordura.

- Idade: crianças e adolescentes, tem um maior metabolismo energético em comparação aos adultos e idosos.

- Superfícies corporais: pessoas pequenas, principalmente crianças tem uma superfície corporal relativa maior que as pessoas grandes. Isto provoca uma maior perca de calor, levando a um maior metabolismo basal.

- Componentes corporais: variações de tamanho dos órgãos influenciam o metabolismo basal.

- Atividade física: Incontestavelmente, a atividade física exerce o efeito mais profundo sobre o consumo de energia.

- Influencias hormonais: no geral, quando aumenta a produção dos hormônios metabolicamente ativos, aumenta o metabolismo e, com isto, o metabolismo de energia. Excesso e falta de funcionamento de glândulas hormonais, portanto alteram o metabolismo basal.

- Gravidez: o aumento das necessidades energéticas, deve-se a formação do feto, aproximadamente 450 kcal/dia e amamentação 1.000Kcal/dia

- Influências centro nervosas: alterações do tônus muscular, condicionadas pelo sistema nervoso central, causam alterações no metabolismo energético.

- Clima: nos climas quentes o metabolismo basal é menor quando comparado com climas mais frios.

- Altitude: o metabolismo aumenta, por um curto período de tempo em maiores altitudes.

- Ingestão de alimentos: na maioria das pessoas, o alimento exerce um efeito estimulante sobre o metabolismo energético, que se deve principalmente aos processos que exigem energia e participam da digestão, da absorção e da assimilação de vários nutrientes.

- Condições patológicas: febre, tireóide, desnutrição.

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3.2.4 Cálculo do consumo energético de trabalho (GET)

Atividades diárias como a corrida, as caminhadas, o ciclismo, a natação e mesmo o ato de comer exigem energia e, assim, elevam o gasto diário de calorias acima do metabolismo de repouso. A quantidade total de energia despendida a cada dia depende, em grande parte, do tipo e da duração da atividade física realizada pela pessoa. Um dia normal, de acordo com dados da National Academy of Sciences, Washington, D.C., 1980, em média é basicamente, dividido em 8 horas de sono, seis horas sentado, seis horas em pé, duas horas andando e duas horas em atividades recreativas ou de exercício. Devido a grande variedades e diversidades de tarefas acreditamos ser mais acertado pensar da seguinte forma; 8 de sono, 8 de trabalho e 8 de atividades diversas. Sendo também importante obter informações sobre as atividades de trabalho e lazer. Embora haja inúmeras formas de obter informações sobre atividades diárias, um método tipicamente utilizado é fazer com que o avaliado preencha ou informe sobre as atividades que ele realiza diariamente. A quantidade de energia gasta nas horas de trabalho e lazer podem ser estimadas, da seguinte forma:

- Para uma pessoa que realiza pequeno esforço físico durante o trabalho, fica sentada a maior parte do tempo e não realiza nenhuma rotina de exercício regular, multiplicamos a TMR por 1,4.

- Para pessoas que são moderadamente ativas no trabalho, caminham e ficam em pé mais do que sentadas e/ou se engajam regularmente em pelo menos 3 dias por semana em exercícios leves a moderados multiplica-se a TMR por 1,6

- Para indivíduos que são altamente ativos no trabalho e que o emprego requer uma grande quantidade de esforço físico, tal como levantar e carregar objetos pesados e/ou se engajam regularmente 4 ou mais dias por semana em atividades moderadas a alta, multiplique a TMR por 1,8.

Para o homem médio brasileiro, a quantidade de alimento deve ser capaz de fornecer 2.700 a 3.000 kcal/dia, enquanto que seu equivalente feminino é aproximadamente 2.000 a 2.100 kcal/dia, variando ligeiramente o valor calórico em face das regiões mais ou menos quentes do país. Os adolescentes suas atividades e o seu crescimento consomem 4.500 calorias (rapazes) ou 3.000 a 3.550 calorias (moças e meninas).

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3.2.5 Cálculo do gasto energético com atividade física (GAT)

A demanda de energia para uma atividade é calculada com base no consumo de oxigênio (VO2) no steady-state de um sujeito durante uma atividade. A demanda de energia gasta para realizar uma atividade física pode ser expressa de varias formas: as três principais formas são:

- O Volume de oxigênio usado por minuto (VO2 em l/min): que é proveniente do metabolismo de uma mistura de 40% de carboidratos e 60% de gorduras e cujo equivalente calórico é de 4,825 Kcal por litro de oxigênio.

- Múltiplos da Taxa Metabólica de Repouso (METs): é a relação entre a energia gasta em uma atividade é o gasto do metabolismo de repouso. Considerando 1 MET como aproximadamente 3,5 ml/kg,min de O2.

- Consumo de Energia por Minuto (kcal/min): o dispêndio de energia é calculado, multiplicando as quilocalorias gastas por minuto (kcal/min) pela duração da atividade em minutos.

3.2.5.1 Demanda energética de algumas atividades esportivas

A tabela abaixo representa o gasto energético aproximado segundo a atividade em relação ao GER de acordo com RDA, 1989, para ambos os sexos. Tabela 6 Fator atividade em relação ao GER

Atividade Fator Atividade

Repouso, dormindo, reclinado GER x 1,0 Muito leve, atividades sentadas e em pé, pintor motorista, trabalho em laboratório, passadeira, digitador, cozinheiro, jogar cartas, tocar instrumento musical

GER x 1,5

Leve, andar em superfície plana 2,5 a 3,0 km/h, manobrista, eletricista, carpinteiro, faxineira, babá, golfista, navegador, tenista de mesa, trabalhar em restaurante.

GER x 2,5

Moderada, andar 3,5 a 4 km/h, carregar peso, ciclista, esquiador, dançarino, tenista de quadra, trabalhar com enxada

GER x 5,0

Intensa, caminhar subir carregando peso, subir em arvores, lavrador, jogador de basquete, jogador de futebol, alpinista

GER x 7,0

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As fórmulas para determinar o dispêndio de energia da caminhada diferem dependendo da velocidade da caminhada e sobre o tipo de superfície. Na superfície plana, pode-se estimar a demanda energética em kcal/min.kg, para uma caminhada com velocidade variando 50 e 100m/min ou 3 a 6 km/h, com as seguintes equações:

GC = 0,005 (0,1.V + 3,5) para velocidade em m/min ou

GC = 0,005 (0,006.V + 3,5) para velocidade em km/h Onde: V = velocidade Tabela 7 Relação entre as velocidades em m/min e km/h com Kcal/min.kg

m/min km/h mi/h Kcal/min.kg 50 3 1,9 0,0425

100 6 3,7 0,0675 125 7,5 4,7 0,08

A edição atual das orientações do ACSM apud HOWLEY & FRANKS (2000,p.121) estabelece que a equação pode ser utilizada para velocidades maiores que 6 km/h, contanto que a pessoa esteja realmente caminhado e não trotando ou correndo. O dispêndio liquido de oxigênio do trote e da corrida sobre uma superfície horizontal, pode ser estimado pela equação:

GC = 0,005 (0,2.V + 3,5) para velocidade em m/min Na tabela abaixo encontramos alguns valores médios do consumo energético de algumas atividades esportivas: Tabela 8 Consumo energético de algumas atividades esportivas

Atividade Kcal/min.kg Atividade Kcal/min.kg Caminhada 0,080 Corrida 0,176 Basquete 0,138 Musculação 0,071 Boxe 0,222 Nado de costas 0,169 Dança 0,168 Nado de peito 0,162 Ginástica 0,066 Crawl rápido 0,156 Judô 0,195 Crawl lento 0,128 Tênis 0,109 Braçada 0,122 Vôlei 0,050 Pernada rápida 0,170 Squash 0,212 Pernada lenta 0,212

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3.2.6 Cálculo do GET

O valor energético diário total pode ser obtido por meio da seguinte equação:

GET = (GER + GET + GAT) + 10%TEF Onde: GET = Gasto Energético Total GER = Gasto Energético em Repouso GET = Gasto Energético de Trabalho TEF = Efeito Térmico do Alimento

4 AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA ALIMENTAÇÃO

Não basta fornecer a quantidade correta de calorias, também a composição qualitativa ideal da alimentação é um importante pré-requisito para a capacidade de desempenho. O balanço nutricional compreende a relação entre as diversas classes de alimentos ingeridos. Para avaliação deste estado, lançamos mão primeiramente do conhecimento de certas características da comunidade que freqüentemente repercutem, ou são indicadores do estado nutricional do indivíduo. No plano individual, a avaliação de possíveis sintomas referidos e da ingestão alimentar se complementa com uma abordagem objetiva clinica (exame físico), e habitualmente ainda, com métodos complementares.

4.1 Avaliação antropométrica

O método antropométrico por ser relativamente simples e não evasivo, nos parece ser o mais adequado preditor da composição corporal em uma abordagem clinica. Como este assunto já foi bastante desenvolvido nos textos de antropométria e avaliação da composição corporal, aqui iremos apenas citar algumas formas de estimativa de massa corporal desejável (MCD).

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4.1.1 Relação peso estatura

A relação peso altura é o instrumento prático mais simples que pode ser utilizado para estimar a, massa corporal desejável. Sua utilização baseia-se em índices como: Peso/Estatura, Peso/Estatura², e Estatura/Peso.

4.1.1.1 Estatura/Peso Essa é a mais popular forma de determinar a massa corporal desejável, é conhecida como equação de BROCA.

MCD = H -100 Onde: MCD = massa corporal desejável em (kg) H = estatura em (cm)

A classificação para indivíduos adultos de acordo com o sexo é a seguinte:

Sexo Biótipo Masculino Feminino Brevelíneo (H - 100) (H-100) - 5% Normolíneo (H -100) - 5% (H-100) – 10% Longelíneo (H – 100)_ - 10% (H - 100) – 15%

4.1.1.2 Peso/Estatura

Nesta metodologia devemos primeiro determinar o nível de compleição física (nível de ossatura) e depois comparar com o peso esperado de acordo com a ossatura (ROMBEAU, 1989). A equação de compleição física é a seguinte:

r = Estatura (cm)/Circunferência do punho (cm) Onde: r = Tamanho da ossatura Estatura = Medida sem sapatos Circunferência do punho: medida no sítio distal ao processo estilóide, na dobra do punho, braço não dominante, através de fita métrica. A classificação ocorre de acordo com a tabela abaixo:

Homens r Mulheres >10,4 Pequena >11 9,6-10 Média 10,1 – 11 <9,5 Grande <10,1

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4.1.1.3 Relação Peso/Estatura² Segundo WEST está equação é baseada no IMC. Para uma pessoa adulta, a massa corporal desejável(MCT) é igual a: Homem

MCD = H² x 23 Mulher

MCD = H² x 20 Onde: MCD = massa corporal desejável H = Estatura em (m)

4.2 Avaliação dos sintomas referidos Quando qualquer dos nutrientes essencial não é mais fornecido adequadamente ao indivíduo, ocorre a desnutrição, evidenciada através de síndromes (conjunto de sintomas e sinais) de má nutrição, que muitas vezes são comuns a mais de um nutriente (desnutrição). Muitas vezes, durante uma avaliação, não são referidos sintomas ou observados sinais relacionados a má nutrição, apesar de significativos erros alimentares. Isto se deve a grande reserva existente em nosso organismo de boa parte dos nutrientes, o poder do corpo humano de diminuir ou aumentar a absorção, a metabolização e a excreção dos nutrientes. A avaliação da ingestão alimentar, vem então a se constituir em um método de avaliação precoce de erros nutricionais. Como forma de conceituação podemos dizer que:

A desnutrição energético-próteica é um estado de carência de proteínas, calorias e outros nutrientes que impede o desenvolvimento normal do organismo. Compromete as resistências mecânicas, afetando as barreiras cutânea e mucosa, diminuindo as defesas imunológicas e reduz as respostas celulares e humorais de proteção específica (BATISTA FILHO, 1999).

4.2.1 Fatores determinantes Os fatores determinantes para um desequilíbrio nutricional são:

- Fatores sócio-econômicos; - Baixo nível educacional; - Alterações patológicas crônicas; - Condições ambientais.

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4.2.2 Classificação dos níveis de carência nutricional As classificações dos níveis de carência nutricional são:

- Primária ou do 1° grau: com causas sociais como pobreza e analfabetismo. Com deficiência alimentação 15 a 30% GET

- Secundária ou do 2° grau: com deficiência alimentar de 30 a 50% do GET.

- Terciária ou do 3° grau: deficiência acima de 50% do GET

4.2.3 Sensações relacionadas à deficiência nutricional Entre as sensações subjetivas referentes à deficiência nutricional podemos citar: Tabela 9 Sintomas possíveis de serem referidos por adultos quando da carência de nutrientes

Sintoma Nutriente Sede Água

Fraqueza muscular e fadiga Calorias, proteínas, vitaminas do complexo B,

sódio, cloro, potássio, fósforo, magnésio, ferro e selênio

Anorexia Sódio, retinol, cloro e cianocabalamina Náuseas Ácido pantotênico, biotina e cianocabalamina

Alterações do sono Ácido pantotênico Alterações da consciência Biotina, niciana, tiamina, sódio e magnésio.

4.2.4 Patologias relacionadas à desnutrição As principais patologias relacionadas à desnutrição são:

- KWASHIORKOR; - Marasmo; - Anemia; - Bócio endêmico; - Vitaminoses;

4.2.4.1 KWASHIORKOR O termo KWASHIORKOR vem do africano KWASHI (rapaz) e ORKOR (vermelho). Sua causa (etiologia) é a carência protéica-calórica e deficiência de vitaminas e minerais. Sua maior incidência é nos lactentes e crianças (três primeiros anos de vida).

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GAUNELLE, H 1962 definiu o KWASHIORKOR como: “Sindrome que aparece na criança, quando a mãe a desmama, por estar grávida ou por causa do nascimento de outra criança”.

Os sintomas são os seguintes:

- Edema; - Diarréia; - Irritabilidade; - Alterações na pele e nos olhos; - Descoloração dos cabelos (ralos, frágeis e avermelhados) - Anemia ferropriva e megaloblástica. - Atraso do crescimento e desenvolvimento; - Alterações psicomotoras (apáticas, estáticas, tristes e retraídas) com

fraqueza muscular (atrofia).

4.2.4.2 Marasmo Etiologia carência global de ingestão de nutrientes. Sua maior incidência é dos 6 aos 12 meses de vida e na fase de desmame precoce. Os sintomas são os seguintes:

- Deficiência do crescimento; - Atrofia muscular e déficit de gordura subcutânea; - Emagrecimento acentuado; - Baixo desenvolvimento dos órgãos e encéfalo; - Apatia e irritabilidade; - Descamação da pele, engelhada, aspecto de idoso; - Redução das enzimas digestivas (Esteatorréia).

4.2.4.3 Anemia

O quadro abaixo representa a etiologia características e prevalência da desordem nutricional anemia:

Etiologia Características Prevalência

Deficiência de proteínas Diminuição do estroma (geralmente

normocitica, ou ligeiramente macrocítica)

10% apresentam anemia – 25 a 30% com hemoglobina baixa.

Ácido nicotínico Em geral associada á deficiência de ferro

Piridoxina Micocítica-Hipocromica Geralmente associada á má absorção de outros nutrientes

Vitamina C Relacionada a deficiência de folato. Associada a outras deficiências

Vitamina B12 e, ou fator intriseco Maturação incompleta de glóbulos vermelhos

Especialmente em indivíduos maiores de 30 anos e de grupo sanguíneo A

Ácido fólico Diminuição de síntese de DNA Em diveresas regiões da América do norte e Europa

Ferro Diminuição de síntese de

hemoglobina, Normocítica ou microcítica – hipocrõnica

10% de mulheres não grávidas 10 a 60% de mulheres grávidas

10 a 60% de crianças

Vitamina E Redução do tempo de vida do eritrócito hemólise Rara

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4.2.4.4 Bócio endêmico É causada pela carência de iodo e de fatores bociogênicos como repolho, feijão, soja e outros e excesso de cálcio (água dura) e deficiência de vitamina A. As características são hipertrofia da glândula tireóide a fim de compensar a deficiência de iodo. A medida que o bócio progride, a tireóide aumenta. Previne-se suplementando o sal com iodo (1 parte/20.000 parte de sal). Quando o bócio é endêmico os filhos de mães com bócio apresentam deficiência mental (cretinismo).

4.2.4.5 Vitaminoses O quadro abaixo representa a principais doenças relacionadas a carência de vitaminas e suas características:

Vitamonese Etiologia Característica

Xeroftalmia Vitamina A Dificuldade de enxergar a noite

e atraso de crescimento e redução de peso

Raquitismo Vitamina D Ossos fracos e deformação em crianças

Escorbuto Vitamina C

Debilidade geral, palidez, anorexia, dores articulares, gengivas edemaciadas com sangramento amolecimento

dentário.

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Nome: _____________________ Sexo: ____________Peso: ____________ Período: __________________ Diário Alimentar Segunda Manha Café: Hora:________ Alimento_______________________________________________________________ Lanche: Hora:_______Alimento:______________________________________________________________ Atividades: ______________________________________________________________________________ Tarde Almoço: Hora: _______Alimento: _____________________________________________________________ Lanche: Hora: ______Alimento: ______________________________________________________________ Atividades: ______________________________________________________________________________ Noite Jantar: Hora: ______ Alimento: ______________________________________________________________ Atividade: _______________________________________________________________________________ Ceia: Hora:________Alimento:_______________________________________________________________ Terça Manha Café: Hora:________ Alimento_______________________________________________________________ Lanche: Hora:_______Alimento:______________________________________________________________ Atividades: ______________________________________________________________________________ Tarde Almoço: Hora: _______Alimento: _____________________________________________________________ Lanche: Hora: ______Alimento: ______________________________________________________________ Atividades: ______________________________________________________________________________ Noite Jantar: Hora: ______ Alimento: ______________________________________________________________ Atividade:________________________________________________________________________________ Ceia:Hora:________Alimento:________________________________________________________________ Quarta Manha Café: Hora:________ Alimento_______________________________________________________________ Lanche: Hora:_______Alimento:______________________________________________________________ Atividades: ______________________________________________________________________________ Tarde Almoço: Hora: _______Alimento: _____________________________________________________________ Lanche: Hora: ______Alimento: ______________________________________________________________ Atividades: ______________________________________________________________________________ Noite Jantar: Hora: ______ Alimento: ______________________________________________________________ Atividade:________________________________________________________________________________ Ceia:Hora:________Alimento:________________________________________________________________ Quinta Manha Café: Hora:________ Alimento_______________________________________________________________ Lanche: Hora:_______Alimento:______________________________________________________________ Atividades: ______________________________________________________________________________ Tarde Almoço: Hora: _______Alimento: _____________________________________________________________ Lanche: Hora: ______Alimento: ______________________________________________________________ Atividades: ______________________________________________________________________________ Noite Jantar: Hora: ______ Alimento: ______________________________________________________________ Atividade:________________________________________________________________________________ Ceia:Hora:________Alimento:________________________________________________________________

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AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações

Leonardo de Arruda Delgado 30

Sexta Manha Café: Hora:________ Alimento_______________________________________________________________ Lanche: Hora:_______Alimento:______________________________________________________________ Atividades: ______________________________________________________________________________ Tarde Almoço: Hora: _______Alimento: _____________________________________________________________ Lanche: Hora: ______Alimento: ______________________________________________________________ Atividades: ______________________________________________________________________________ Noite Jantar: Hora: ______ Alimento: ______________________________________________________________ Atividade:________________________________________________________________________________ Ceia:Hora:________Alimento:________________________________________________________________ Sábado Manha Café: Hora:________ Alimento_______________________________________________________________ Lanche: Hora:_______Alimento:______________________________________________________________ Atividades: ______________________________________________________________________________ Tarde Almoço: Hora: _______Alimento: _____________________________________________________________ Lanche: Hora: ______Alimento: ______________________________________________________________ Atividades: ______________________________________________________________________________ Noite Jantar: Hora: ______ Alimento: ______________________________________________________________ Atividade:________________________________________________________________________________ Ceia:Hora:________Alimento:________________________________________________________________ Domingo Manha Café: Hora:________ Alimento_______________________________________________________________ Lanche: Hora:_______Alimento:______________________________________________________________ Atividades: ______________________________________________________________________________ Tarde Almoço: Hora: _______Alimento: _____________________________________________________________ Lanche: Hora: ______Alimento: ______________________________________________________________ Atividades: ______________________________________________________________________________ Noite Jantar: Hora: ______ Alimento: ______________________________________________________________ Atividade:________________________________________________________________________________ Ceia:Hora:________Alimento:________________________________________________________________