Avaliação educacional
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A AVALIAÇÃO
EDUCACIONAL,
INSTITUCIONAL E O
COMPROMISSO SOCIAL
João Ribeiro
Outubro/2010
A avaliação institucional tornou-se
preocupação essencial para a melhoria dos serviços
das escolas e universidades e para a conquista de
maior autonomia. Mas não se pode afirmar que essa
seja uma preocupação apenas recente. Ela já vem
de longe. “Desde muitos, educadores e
administradores educacionais vem se dedicando ao
debate desta questão, especialmente quanto aos
aspectos relacionados com a expansão do
atendimento, a articulação entre a educação e o
processo de desenvolvimento do país, a qualidade
do ensino e mais recentemente, os impactos dos
custos da educação sobre os orçamentos públicos”
(LAPA/NEIVA, 1996:214).
As formas de avaliação podem gerar polêmicas,
Mas, avaliar é um ato que exercemos constantemente no
nosso cotidiano. Toda vez que precisamos tomar alguma
decisão avaliamos os seus prós e contras. Quando
avaliamos processos, atos, coisas, pessoas, instituições
ou o rendimento de um aluno, estamos atribuindo
valores. Podemos fazê-lo através de um diálogo
construtivo ou, ao contrário, transformar a avaliação
num momento marcadamente autoritário e repressivo.
Esta ou aquela opção dependerá da nossa concepção
educacional e dos objetivos que desejamos atingir.
Creio, contudo que a avaliação da
aprendizagem não pode ser separada de uma
necessária avaliação institucional, mesmo que
elas sejam de natureza diferente: enquanto esta
diz respeito à instituição, aquela refere-se mais
especificamente ao rendimento escolar do
aluno. São distintas, mas inseparáveis. Como
afirma Sandra Zákia Sousa, “impõe-se que seja
vivenciada a avaliação da escola, de forma
sistemática, para além da avaliação do aluno”
(SOUSA, 1995a:62).
O rendimento do aluno depende muito
das condições institucionais e do projeto
político-pedagógico da escola. Em ambos
os casos a avaliação, numa perspectiva
dialógica, destina-se à emancipação das
pessoas e não à sua punição, à inclusão e
não à exclusão ou, como diz Cipriano C.
Luckesi (1998:180) “à melhoria do ciclo de
vida”. Por isso, o ato de avaliar é, por si,
“um ato amoroso”.
Nos últimos anos a avaliação institucional vem
ganhando importância no ensino básico. Em
alguns casos ela foi erigida pelos Sistemas
Educacionais como prioridade e tornou-se parte
de uma política de Estado explícita, para a
melhoria da supervisão e apoio técnico às
escolas, para a melhor alocação de recursos,
bem como para verificar o impacto de
inovações introduzidas, como, por exemplo,
a formação continuada do magistério e a
implantação de ciclos e programas do governo.
Ainda que existam variações nas linhasteóricas adotadas, a avaliação educacional podeser identificada a partir de duas dimensões: umainterna( avaliação da aprendizagem realizada,sobretudo, pelo professor como parte do seufazer pedagógico); e outra externa ( avaliação dodesempenho escolar em larga escala ) denatureza sistêmica, realizada por agente externoa escola).
A avaliação interna, ou avaliação daaprendizagem, busca a obtenção de informaçõesfidedignas sobre o trabalho realizado com osalunos nas diferentes áreas do conhecimento.
Dentro desses processos de avaliação tambémexistem uma de total relevância e importância dentroda avaliação educacional, que podemos chamar deavaliação diagnostica, que tem como função básicainformar sobre o contexto em que o trabalhopedagógico ira realizar-se, também, sobre os sujeitosque participaram dessa trabalho.
A avaliação formativa indica os avanços e asdificuldades que aparecem ao longo do processo.Podemos considerar como formativa toda prática deavaliação contínua que pretenda contribuir paramelhorar as aprendizagens em curso, qualquer queseja o quadro e qualquer que seja a extensão concretada diferenciação do ensino.
avaliação somativa ocorre ao final da
instrução, com a finalidade de verificar o que o
aluno efetivamente aprendeu. Inclui, por isso, os
conteúdos mais relevantes e os objetivos mais
amplos do período de instrução. Além disso, visa à
atribuição de notas certificados para aqueles que
concluíram determinado período escolar. Serve,
com relação a cursos subseqüentes, para
determinar o ponto de partida do ensino e para
estimar o desempenho do aluno.
Todos esses tipos de avaliação mencionados
anteriormente acompanham a escola desde a sua
emergência no mundo moderno, com maior ou menor
sofisticação e precisão. Também usuais são as
avaliações feitas por sistemas de inspeção escolar.
Nesse caso, averiguam-se as condições de
funcionamento das escolas, se os professores
cumprem suas obrigações funcionais, se os currículos
ministrados são adequados, ou seja, avaliam-se
insumos e processos.
A esses procedimentos tradicionais de avaliação
educacional somam-se, no período mais recente, outros
tipos de avaliação educacional: as avaliações externas,
normalmente realizada em larga escala. Nessas
avaliações, utilizam-se instrumentos (em geral, testes de
proficiência, provas, questionários) produzidos e
aplicados por pessoas de fora da escola ou das turmas
submetidas a esses exames. Tais avaliações,
normalmente, são aplicadas de forma padronizada em
todos ou em um grande número de estudantes,
abrangendo diferentes alunos, turmas e escolas.
Nas últimas três décadas, o Governo Federal,
os governos estaduais e municipais e mesmo
entidades privadas promoveram um grande
crescimento do número de avaliações externas.
Vamos, aqui, destacar algumas dessas avaliações
feitas pelo Governo Federal, que envolvem a
educação básica no Brasil. O ENEM, O
ENCCEJA (Exame Nacional para Certificação
de Competências de Jovens e Adultos), O
SAEB (Sistema de Avaliação da Educação
Básica) e a Prova Brasil.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em nosso trabalho apresentamos um
pouco do assunto em tela, sendo que o
mesmo, possui dimensões consideráveis.
Nossos agradecimentos ao professor
Jadilson pela oportunidade de poder
apresentá-lo.