Un esquema de intercambio de claves y documentos cifrados ...
Avaliacao e Dicas Sobre o Intercambio Para China
-
Upload
eric-santos -
Category
Documents
-
view
2 -
download
0
Transcript of Avaliacao e Dicas Sobre o Intercambio Para China
1
AVALIAÇÃO E DICAS SOBRE O INTERCÂMBIO PARA CHINA
Por: Helena Melchionna e Felipe Machado,
acadêmicos de Relações Internacionais da UFRGS
que já participaram desta mobilidade.
APRENDIZADO DO INTERCÂMBIO
Importância do intercâmbio: dentre todos os intercâmbios oferecido pela UFRGS
através do seu leque de parcerias, não consigo visualizar uma oportunidade de estudo
no exterior que possa oferecer mais aprendizado acadêmico e pessoal que o
intercâmbio para a China, seja por se tratar do ensino de um idioma complexo e cada
vez mais importante mundialmente, seja por permitir o acompanhamento diário da
vida em uma sociedade ímpar com diferenças e similitudes que poucos brasileiros tem
a oportunidade de conhecer. A UFRGS, dessa forma, dá mais uma vez um passo
importante em direção a criação de recursos humanos no Brasil capazes de disseminar
o conhecimento do mandarim assim como ampliar a visão e compreensão da realidade
chinesa por meio desta parceria iniciada com a CUC;
Conhecimento de uma nova cultura: muito diferente da maioria dos intercâmbios, esta
oportunidade de estudar por um ano na China se mostrou tremendamente valiosa,
não simplesmente pelo início do aprendizado do idioma em seu país de origem, mas
também pelo aprendizado e convivência com uma cultura totalmente diferente da
brasileira e rica em seus infinitos detalhes, ademais da oportunidade de conhecer mais
de perto o modelo de desenvolvimento e crescimento econômico que leva a China a
galgar um papel cada vez mais importante no cenário internacional;
Mandarim: aprender mandarim na China realmente é uma oportunidade ímpar que a
UFRGS oferece a seus alunos. O idioma é muito interessante e complexo, e demanda
uma carga horária extraclasse bem grande. Através do intercâmbio ganhamos a
oportunidade de estudar pelo período de um ano, após o período de um ano de
estudos no Brasil; contudo, devido à complexidade do idioma e a demorada adaptação,
acreditamos que o período de um ano não seja o suficiente. Seria interessante, dessa
forma, uma avaliação da universidade para com o período oferecido de intercâmbio,
tendo em vista que o interesse tanto do aluno como da universidade seja o da busca
por capacitação a fim de disseminar o conhecimento da língua e do país onde o
intercâmbio se realizou;
Extensão do programa: tendo em vista que somos os primeiros estudantes da UFRGS a
participar do intercâmbio com a CUC, achamos que vale a pena compartilhar nossa
experiência quanto à extensão do programa. Nossos primeiros cinco meses foram
praticamente o nosso período de adaptação. A língua realmente requer um longo
período de adaptação auditiva e de aprendizado de vocabulário e estrutura antes do
aluno conseguir travar um diálogo com tranqüilidade. Devido a nossa fraca estrutura
de ensino de mandarim no Brasil, o conhecimento que os alunos tem ao chegar à
China é praticamente insignificante diante da realidade. Diferentes dos intercambista
chineses da UFRGS que estudam português como curso de graduação na China, os
intercambistas da UFRGS vem de outras linhas do conhecimento. Levando isso em
consideração, deveria ser dada maior atenção e principalmente tempo para a
2
capacitação destes alunos. Portanto, nossa sugestão é de que o período de
intercâmbio possa ser estendido para dois anos, possibilitando o aluno a chegar a um
nível de fluência, e não simplesmente a um nível intermediário, do contrário, o
programa pode só acabar por gerar uma maior demanda pelo ensino do idioma no
Brasil, pois os alunos em vez de ensinar terão que procurar professores para continuar
a manter seu nível de conhecimento. O intercâmbio é incrivelmente válido, e seu
propósito de formar corpo de estudantes mais aptos a entender a China como um
todo, focado em seu idioma, é certamente o interesse que tanto a UFRGS como os
estudantes que postulam a tal vaga ensejam.
DIFERENÇAS CULTURAIS AS QUAIS DEVEMOS ATENTAR
Paladar: a primeira diferença e muito importante se refere às diferenças da cozinha
chinesa e brasileira. Diferente do Brasil, a cozinha chinesa se caracteriza pelos gostos
apimentados e adocicados de seus pratos. Um ponto muito interessante, tendo em
vista que o período de vivência se estende por um ano. Restaurantes ao estilo
ocidental podem ser encontrados em Beijing, contudo, geralmente apresentam um
preço muito elevado se comprado com os restaurantes chineses;
Lazer: a cidade é repleta de parques e sítios históricos muito interessantes.
Praticamente todos esses lugares cobram entrada, mas com o cartão de estudante da
universidade sempre é possível pagar com desconto. Cinemas, KTVs, shows e teatro
geralmente são atividades um pouco mais caras e prescindem um nível muito bom de
fluência em mandarim. Parques e DVDs acabam sendo as atividades de lazer que os
estudantes estrangeiros mais se utilizam. Nesse ponto, o contato com estudantes
chineses se faz difícil tendo em vista que a maioria dos estudantes universitários de
Beijing não é originária desta cidade e, em sua maioria, somente estuda e usa a
internet como forma de lazer;
Viagens: a China apresenta um sistema de trens que cobre o país inteiro.
Oportunidades de conhecer o sul da China são muito valiosas. Viajamos ao sul do país,
a fim de fugir do frio gélido de Beijing no inverno, e nos deparamos com várias
diferenças, quer pela grande quantidade de minorias étnicas que o sul apresenta, quer
pelo contato com o sotaque do sul, muito diferente do falado no norte. O contato com
o sotaque do sul se faz extremamente necessário, uma vez que muda e muito a forma
que o mandarim é falado, e facilita a compreensão da conversa com qualquer chinês
independente de sua origem.
Contato com os chineses: eis umas das dificuldades enfrentadas no intercâmbio e que
emperram o progresso do aprendizado. De modo geral, a população chinesa é muito
simpática e receptiva a estrangeiros. Porém, a cultura chinesa é um pouco mais
fechada quanto à relação de amizade. Chineses que já viveram no exterior geralmente
são mais abertos e nos mostram uma visão diferente da vivida na China. Quando estes
conhecem inglês, geralmente eles tentam utilizar o idioma o tempo todo como forma
de aprimorar o conhecimento lingüístico deles. Ou seja, contato com chineses pode
ser mais facilmente iniciado através do inglês do que do próprio mandarim. Fazer
amizade com chineses que só falam mandarim pode ser um caminho lento e difícil,
pois a falta de controle do idioma, bem como de similitudes culturais pode frear uma
formação de um grupo de amigos. Embora, é claro, fazer amizade com chineses que
3
falem inglês também seja muito válido, se tornar amigo de chineses que falem só
mandarim é extremamente importante pra aprimorar o conhecimento do idioma e
acelerar o processo de aprendizado. Recentemente, atividades promovidas pela
professora Chen Xiaoning, de conversação do nível 3 e 4, tem ajudado os alunos
internacionais a fazer contato com os estudantes chineses em mandarim.
CHEGADA
Empolgação e susto: a chegada na China nos fez sentir um misto entre empolgação e
apreensão quanto à vivência no dia-a-dia. A primeira sensação foi, é claro, a
empolgação. O fato de estar em território chinês, encontrar a cada passo uma
realidade bem diferente da nossa, rica em todos seus detalhes fez com que nós nos
sentíssemos maravilhados com tudo. Contudo, por vezes, sentimo-nos um pouco
hesitante quando o contato com os chineses era necessário. A diferença lingüística e a
difícil compreensão nos deixaram receosos no primeiro instante, algo que se mostrou
tranquilamente superável com o decorrer do intercâmbio;
Necessidade do conhecimento da língua inglesa e nível básico de mandarim: o inglês é,
sem sombra de dúvidas, necessário; porém, nem todos os chineses, inclusive dentro
das facilidades da universidade, falam este idioma. Nesse sentido, um conhecimento
básico do mandarim nos aparentou ser muito importante como, por exemplo, quando
na primeira semana fomos ao Centro Internacional da universidade (CUC), a fim de
conseguir mais informações sobre a moradia. Na ocasião, deparamo-nos com
funcionários que não falavam inglês nem tampouco tinham o contato de alguém que
soubesse o idioma para nos ajudar;
10 dias de resguardo: nossa entrada nos dormitórios da faculdade foi adiada por 10
dias depois do nosso registro, tendo em vista a epidemia de Gripe Suína. A princípio,
tal procedimento continua ocorrendo na recepção de alunos estrangeiros. Uma
reserva num hostel, num hotel ou na casa de algum conhecimento se faz, então,
necessária para esse período.
UNIVERSIDADE
Estrutura: a estrutura da universidade é muito boa. As salas de aula são boas, o parque
esportivo é aberto aos alunos, excluindo o ginásio, o qual é pago e necessita reserva
prévia -, tem um supermercado e três restaurantes universitários. A universidade
passou por um período de expansão de sua estrutura física no decorrer de nossa
estadia, dessa forma, obras eram vistas por todo o campus. A eficiência na construção
de novas facilidades, contudo, apontam para uma quase completa conclusão de todos
os projetos iniciados, incluindo uma biblioteca de oito andares, necessária para
acomodar todos os alunos.
Localização: a universidade se localiza no distrito de Chao Yang (朝阳区), que está
localizado a aproximadamente 40 minutos do centro de Beijing. Possui uma estação de
metro com o mesmo nome da universidade logo em frente do campus e linhas de
ônibus nas avenidas que passam em frente aos portões norte e sul;
Recepção da universidade: nossa primeira impressão foi de que a universidade
desconhecia a parceria com a UFRGS. Isso se deu pelo fato de que as funcionárias do
4
centro internacional nos cobrarem o valor da matrícula, contudo, após
esclarecimentos, o procedimento de matrícula se deu de forma simples;
Necessidade do mandarim no dormitório: tivemos um pouco de dificuldade para
conseguir mais informações sobre os dormitórios antes de nossa vinda para a China,
pois o contato que tínhamos na CUC era de uma pessoa do departamento de
português e não do departamento de assuntos internacionais, o qual não soube nos
precisar nada sobre valores e condições. A ida ao dormitório internacional – localizado
no centro internacional -, também não foi fácil. As funcionárias da recepção não falam
uma palavra de inglês, somente mandarim. Dessa forma, nosso nível básico de
mandarim foi imprescindível para conseguirmos a hospedagem;
Matrícula: a matrícula foi, de modo geral, bem fácil. Tivemos que preencher um
formulário com as informações gerais e entregar seis fotos 3x4 à universidade. A
matrícula ocorre uma semana antes do início das aulas e dois dias antes da prova de
nivelamento;
Direção do Centro Internacional: as funcionárias, em sua maioria professoras, falam
inglês e são muito receptivas;
Prova de nivelamento: um dia após a matrícula, os alunos devem prestar uma prova
de nivelamento, a qual é feita de acordo com o período que o aluno já estudou o
idioma. Ela é composta de uma parte escrita (questões de múltipla escolha, escrever o
pinyin e interpretação textual, com textos de até uma página. Atenção: este foi o
modelo que nos foi aplicado, devido ao nosso estudo de um ano de mandarim no
Brasil. Assim, avisamos que a prova pode ser diferente para outros níveis) e de 5
minutos de conversação. Os resultados serão colocados no mural do terceiro andar do
centro internacional, ao lado da direção e da sala dos professores;
Compra do material: um dia antes do início das aulas, é realizada uma cerimônia de
abertura e, ao fim desta, os livros começaram a ser vendidos no terceiro andar do
centro internacional. O preço do material de cada nível gira em torno de 260 RMB e
deve ser pago pelo intercambista, pois, infelizmente, eles não estão inclusos nos
termos da cooperação da UFRGS com a CUC;
Flexibilidade com os níveis: a universidade não é nem um pouco rígida com os níveis.
Dessa forma, se o aluno fez a prova de nivelamento e, por exemplo, foi colocado no
nível 1, mas, durante a primeira semana, este achou que poderia mudar para o nível 2,
ele pode simplesmente comunicar um dos professores e trocar de nível sem nenhuma
dificuldade;
Atividades extraclasse: no primeiro semestre de nossa estadia, as aulas extras foram
muito mal-organizadas, pois não havia previsão de nenhuma até alguns dias antes
delas ocorrem; contudo, neste segundo semestre, elas foram muito bem organizadas,
com um calendário fixo e com matérias bem interessantes que vão desde cinema
chinês até preparatórios para exames de proficiência (todas as aulas são ministradas
só em mandarim!). A universidade facilita a integração entre os meninos através da
competição semestral de futebol, na qual também participam os alunos chineses e, de
uma mini-competição (1 dia) de badminton que ocorre no inverno; contudo, peca na
integração entre as meninas, pois estas não tem nenhuma atividade em conjunto, só
restando, como atividades extra, a mini-competição de badminton - esporte individual.
Por fim, a direção do centro internacional realiza uma excursão a cada semestre
5
totalmente grátis para os alunos, incluindo transporte, entradas para as atrações,
refeições e, se necessário, acomodação. Uma quantia de 100 RMB será requisitada na
inscrição para o passeio como garantia de que o aluno vai participar, mas será
devolvida na semana posterior a excursão.
AULAS
Turno das aulas: as aulas serão ministradas no turno da manhã. Os cursos extra,
oferecidos no correr do semestre, serão ministrados no turno da tarde;
Cadeiras: conversação, gramática, leitura e escrita, e audição;
Carga Horária: 20 horas semanais;
Professores: todos muito atenciosos e, em sua maioria, falam inglês, contudo, evitam
utilizar tal idioma quando em conversa com os alunos;
Só mandarim durante as aulas: diferente do avisado no Brasil, todas as aulas serão
ministradas em mandarim – incluindo o nível 1 -, raramente os professores falaram
inglês, alguns até nem sabem falar muito o idioma;
Início bem difícil: devido à complexidade do idioma, nosso início foi bem difícil.
Compreender e adaptar a audição às diferentes entonações da língua é um processo
muito lento, e como as aulas são só em mandarim (as dúvidas são todas esclarecidas
em mandarim) o início pode ser repleto de dificuldades;
Ritmo das aulas: as aulas são num ritmo bem rápido. Em uma semana de aula aqui na
China, nós aprendemos mais palavras do que aprendíamos em um semestre do NELE e
este ritmo se mantém em todas as semanas do curso.
Preparação prévia: a metodologia de ensino está baseada numa preparação prévia das
aulas pelos alunos, isto é, o aluno deve preparar todas as lições antes das aulas. Assim,
a carga horária extraclasse é bem elevada. Não preparar as aulas antecipadamente
pode ser bem problemático, pois dificilmente o aluno conseguirá colocar o conteúdo
em dia e assim as aulas se tornarão muito difíceis de acompanhar;
Temas: a maioria dos professores costuma pedir temas escritos para os alunos,
contudo, nada muito complexo ou que fuja ao tema da lição;
Provas: o conteúdo das provas se resume as lições estudadas. Serão aplicados exames
de meio do semestre (20% da nota) e exames de fim de semestre (60% da nota). Os
outros 20% da nota são referentes à participação em aula e freqüência;
Contatos com alunos estrangeiros: as aulas serão com alunos de todas as partes do
globo, o que permite um intercâmbio cultural bem interessante; contudo, o contato
com alunos chineses se mostra bem restrito.
VISTO
Exames: infelizmente, não tivemos nenhuma informação anterior à viagem que
mencionasse a necessidade de reapresentar todos os exames às autoridades chinesas,
a fim de conseguir o visto de estudante que cobrisse todo o período de nossa estadia.
Tivemos então, um custo de 300 RMB para refazer todos os exames mais a taxa da
universidade. Todos os exames requeridos para conseguir o visto no Brasil serão
requisitados novamente na China, dessa forma, é interessante que o aluno traga
consigo todos os resultados inclusive o Raio-X, do contrário, ele terá que pagar para
6
refazê-los. Para refazê-los, a direção do centro internacional auxilia na locomoção até
o hospital, provendo transporte privado. 6 fotos 3x4 serão novamente pedidas ao
aluno;
Taxa do visto: a universidade cobra uma taxa de 150 RMB para encaminhar o visto.
Neste montante já está incluído o transporte, caso o aluno precise ir até o hospital
refazer os exames;
Validade: o visto terá validade por todo o período do curso.
ACOMODAÇÃO NO CENTRO INTERNACIONAL
Necessidade do mandarim: tanto a gerente do centro como as demais funcionárias só
falam mandarim, logo, um conhecimento básico da língua se faz necessário;
Localização: ala leste da universidade ao lado das quadras de basquete.
Custos: Todos os alunos internacionais podem optar por ficar no centro, onde quartos
para duas pessoas (do mesmo sexo) são oferecidos com diárias de 50 RMB (para
apartamentos que ficam no lado em que não pega sol) e 60 RMB (para apartamentos
em que pega sol). Os chineses consideram o sol importante, por isso mais caro, devido
ao frio do inverno e a facilidade na hora da secagem das roupas. O aluguel deve ser
pago por mês, porém, de forma antecipada (Paga-se antes do mês correr). Somente
alunos estrangeiros ficam nesses dormitórios.
Limpeza: é feita todos os dias de manhã pelas funcionárias do centro;
Qualidade: em geral são quartos muito bons, com banheiro estilo ocidental, chuveiro,
TV, duas escrivaninhas, filtro de água (cada galão de 18 litros custa 18 RMB), todo
andar tem uma máquina de lavar e de secar (10 RMB por vez) e tem internet a cabo
(100 RMB por mês);
Desvantagens: existe uma “cozinha” por andar (é somente uma pequena salinha, onde
só tem suporte para o fogão), mas estas se limitam a alguns pequenos fogões elétricos;
não há microondas; não há geladeira, ou seja, não se pode comprar nada para
cozinhar que necessite conservação, assim como bebidas que necessite um ambiente
resfriado;
Vantagem: a diretoria é no mesmo prédio (3º andar, sala C301);
Experiência: vivemos no centro internacional por duas semanas, contudo, o fato de
não ter geladeira (o verão de Beijing é bem quente) e um lugar para cozinhar, além do
custo mensal (1500 RMB + lavagem de roupa + internet + água) muito acima do que o
aluguel de um apartamento compartilhado, nos fez optar pela vida fora da
universidade.
ACOMODAÇÃO FORA DA UNIVERSIDADE
Localização: a universidade é cercada por dezenas de condomínios, ou seja, não é
difícil alugar um apartamento perto da universidade e que não requeira o gasto com
transporte;
Valores: podem-se encontrar apartamentos mobiliados, incluindo geladeira, sistema
de calefação e máquina de lavar, por valores bem abaixo do centro internacional. Os
valores dos aluguéis dependem da localização e do tamanho do apartamento e variam
de 3.000 RMB a 1.200 RMB por mês, lembrando, é claro, que eles sempre podem ser
7
divididos, fato que cortaria os gastos ainda mais. O pagamento é feito de forma
antecipada assim como no centro internacional, contudo, a periodicidade é de três em
três meses. Água, luz, gás, TV e internet devem ser pagos pelo inquilino. Esses não
resultam em gasto muito grande. Segue, por exemplo, os gastos de duas pessoas: 30
RMB por mês de água (15 RMB por pessoa) – pago no condomínio; galões de 18 litros
de água potável podem ser comprados por 8 RMB, incluindo a entrega em casa; 100
RMB por mês de luz (50 RMB por pessoa) – a eletricidade na China funciona através do
sistema de compra de créditos, assim, se for de interesse do inquilino, ele, portando o
cartão da luz que o proprietário lhe dará, poderá comprar os créditos no Agricultural
Bank of China (农行 – nong hang) na periodicidade que melhor lhe convier; 80 RMB de
gás por ano (o sistema de compra é o mesmo da luz); 18 RMB por mês de pelo sinal da
TV; e, 100 RMB por mês de internet;
Outros gastos: dependendo do apartamento, roupas de cama e louças podem ser um
custo extra;
Imobiliária: não são difíceis de encontrar. Praticamente em cada esquina tem um ou
dois agentes com uma plaquinha com os preços e tamanhos dos apartamentos
disponíveis. Um pesar é que a maioria não fala inglês, logo tanto a negociação como a
assinatura do contrato são todos feitos em mandarim, sem cópia do documento em
inglês. O valor referente a um mês de aluguel deve ser pago a imobiliária assim da
assinatura do contrato, bem como o valor de um mês deve ser entregue ao dono como
calção, sendo este valor devolvido ao inquilino ao término do contrato, caso este não
tenha provocado nenhum dano. O pessoal das imobiliárias é geralmente muito
atencioso e prestativo, resolvendo qualquer tipo de problema que o inquilino venha a
ter;
Vantagens: redução do custo de vida, vivência em condomínios com famílias chinesas
e maior privacidade;
Desvantagens: barreira lingüística pode dificultar a assinatura do contrato e trâmites
para conseguir o Residence Permit pode envolver um tempo do aluno para lidar com a
burocracia.
RESIDENCE PERMIT
Centro Internacional: a direção se encarrega do processo, devendo o aluno só entregar
o seu passaporte;
Moradia fora do campus: primeiramente, o aluno deve levar na polícia o seu endereço
acompanhado do proprietário do imóvel ou munido de cópia da identidade deste para
se registrar; depois, deve entregar uma das vias do formulário de registro da polícia e
o passaporte para a universidade, a qual providenciará o Residence Permit. Assim que
o passaporte estiver com o Residence Permit, ele deve ser levado à polícia para pegar o
formulário definitivo. O Residence Permit tem validade de um ano e permite múltiplas
entradas na China para este período.
CUSTO DE VIDA
Em geral, gastamos uma média de 3.000 RMB por mês cada um, incluindo 1.000 RMB
de aluguel e 2.000 RMB com lazer, alimentação e transporte;
8
Alimentação: a alimentação pode ser feita dentro dos restaurantes universitários da
universidade que servem desde o café da manhã até a janta, todos em estilo chinês. As
refeições dos RUs podem variar de 3 a 8 RMB. Restaurantes ao redor da universidade
também podem oferecer refeições a preços que variam entre 10 e 30 RMB.
Transporte: o metrô custa 2 RMB e os ônibus, para aqueles que não tem cartão de
transporte, custa de 1 a 4 RMB (varia pela distância percorrida). O cartão de transporte
pode ser feita nas estações de metro ao custo de 20 RMB e dá desconto nos ônibus,
mudando os preços destes de 1 a 4 RMB para 0,40 a 0,80 RMB. O cartão deve ser
carregado nas estações de metrô. O transporte de Beijing é um dos melhores da China
em termos de limpeza e oferta de serviços, contudo, geralmente apresenta
superlotações; Taxi custa em torno 10 RMB os primeiros 3 km e 2 RMB a mais por km
além disso. Por exemplo, do centro de Beijing até a universidade, um taxi sairia por
uns 120 RMB. Os moto taxis com cabine fazem somente trechos curtos e custa de 4 a
5 RMB. Site para pesquisar ônibus é: www.mapbar.com; Site para pesquisar trens é:
www.houchepiao.com (todos em mandarim);
Cartão de estudante: a universidade nos dá uma carteira do estudante com a qual
temos descontos em lugares turísticos e demais atividades de lazer. O preço é
geralmente cortado pela metade;
Lazer: Beijing é uma cidade muito grande e repleta de parque, sendo que a maioria
deles precisa pagar para entrar. Em geral, os parques dão descontos para estudantes,
e o preço gira em torno de 10 RMB a entrada. Cinema não aparenta ser algo muito
comum entre os chineses. Os preços do cinema são um pouco salgados em Beijing e
giram em torno de 50 a 80 RMB, sendo que a maioria é só em mandarim. Uma
atividade de lazer bem tradicional dos chineses são os chamados KTV - karaokês -, os
quais comportam mais 10 pessoas. Geralmente, eles apresentam uma pequena
variedade de músicas ocidentais. O preço varia de acordo com número de pessoas.
Outras opções de lazer encontram-se nos pubs e danceterias da Sunlitun;
Barganha: a cultura chinesa na hora de vender produtos envolve uma longa
negociação, principalmente se tratando de negociação com estrangeiros. Os preços
geralmente são bem salgados para os estrangeiros, então, deve-se saber que em
centros famosos de vendas, os preços podem ser cortados em até 10 vezes. Falar
mandarim sempre ajuda o preço inicial a ser mais baixo. Atentar sempre para a
qualidade dos produtos.