Avaliação de 3 diferentes aproximações para a solução do problema direto da tomografia de...

8
Como citar este artigo: J. Santana Martins, et al. Avaliac ¸ ão de 3 diferentes aproximac ¸ ões para a soluc ¸ ão do problema direto da tomografia de impedância elétrica, Rev. int. métodos numér. cálc. diseño ing. 2014. http://dx.doi.org/10.1016/j.rimni.2013.10.002 ARTICLE IN PRESS G Model RIMNI-95; No. of Pages 8 Rev. int. métodos numér. cálc. diseño ing. 2014;xxx(xx):xxx–xxx Revista Internacional de Métodos Numéricos para Cálculo y Diseño en Ingeniería www.elsevier.es/rimni Avaliac ¸ ão de 3 diferentes aproximac ¸ ões para a soluc ¸ ão do problema direto da tomografia de impedância elétrica J. Santana Martins , C. Stein Moura e R.M. Figueiró Vargas Programa de Pós-Graduac ¸ ão em Engenharia e Tecnologia de Materiais, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 90619-900, Brasil informação sobre o artigo Historial do artigo: Recebido a 15 de maio de 2012 Aceite a 1 de outubro de 2013 On-line a xxx Palavras-chave: Tomografia por impedância elétrica Métodos numéricos Imageamento não invasivo r e s u m o Neste trabalho foram comparadas 3 diferentes soluc ¸ ões para o problema direto da tomografia de impe- dância elétrica utilizando o método das diferenc ¸ as finitas. Nesta técnica são posicionados elétrodos no contorno/fronteira de um volume a ser estudado e, em 2 deles, são injetados padrões de correntes e, nos elétrodos restantes, realizadas medidas do potencial elétrico. A inversão numérica dos dados permite a reconstruc ¸ ão do domínio analisado. Duas novas aproximac ¸ ões são propostas para o problema direto e comparac ¸ ões são realizadas a partir de resultados disponíveis na literatura. Com o estudo aqui realizado, para uma das aproximac ¸ ões propostas foi observada uma melhora significativa da acurácia comparada aos resultados obtidos com a aproximac ¸ ão da literatura. © 2012 CIMNE (Universitat Politècnica de Catalunya). Publicado por Elsevier España, S.L. Todos os direitos reservados. Evaluation of three different approximations for the solution of the direct problem on electrical impedance tomography Keywords: Electrical impedance tomography Numerical methods Non-invasive imaging a b s t r a c t The present study compares three different solutions for the direct problem of Electrical Impedance Tomography using the finite difference method. In this technique, electrodes are positioned on the boun- dary of a volume to be studied, and in two of them current patterns are injected and measurements of electrical potential are made in the remaining electrodes. The numerical inversion of the data allows reconstruction of the analyzed domain. Two new approximations are proposed for the direct problem and comparisons are performed based on results available in the literature. In the study performed here, in one of the proposed approximations it was observed a significant improvement in accuracy compared to results obtained with the approximations in the literature. © 2012 CIMNE (Universitat Politècnica de Catalunya). Published by Elsevier España, S.L. All rights reserved. 1. Introduc ¸ ão A técnica de tomografia por impedância elétrica (TIE) é um método de imageamento não invasivo, onde são utilizadas informac ¸ ões das propriedades elétricas de um objeto para obtenc ¸ ão de imagens de uma sec ¸ ão transversal do seu interior. Por proprie- dades elétricas se entendem especificamente a condutividade e a permissividade elétrica. No processo de obtenc ¸ ão de imagens por TIE é necessário alocar elétrodos no contorno de uma determinada região do objeto em conjunto com uma fonte de corrente. A fonte Autor para correspondência. Correios eletrónicos: [email protected] (J. Santana Martins), [email protected] (C. Stein Moura), [email protected] (R.M. Figueiró Vargas). de corrente utiliza 2 dos elétrodos alocados para injetar corrente no interior do domínio e medidas dos potenciais elétricos são reali- zadas nos demais elétrodos. Um algoritmo matemático reconstrói numericamente imagens de um plano transversal do corpo, a par- tir dos valores de impedância, condutividade ou permissividade elétrica estimados no plano analisado. Foram desenvolvidos estudos numéricos aplicados à soluc ¸ ão do problema direto da TIE, utilizando para isso o método das diferenc ¸ as finitas (MDF). Valendo-se desse método foram desenvolvidas 2 novas aproximac ¸ ões e testadas 3 para a equac ¸ ão generalizada de Laplace. Por sua vez, o objetivo desse trabalho é avaliar as 2 aproximac ¸ ões propostas em relac ¸ ão a uma terceira aproximac ¸ ão comumente utilizada na literatura e definir aquela que apresenta melhor equilíbrio entre acurácia, tempo e estabilidade, pensando no emprego dessa aproximac ¸ ão para soluc ¸ ão do problema inverso 0213-1315/$ see front matter © 2012 CIMNE (Universitat Politècnica de Catalunya). Publicado por Elsevier España, S.L. Todos os direitos reservados. http://dx.doi.org/10.1016/j.rimni.2013.10.002

Transcript of Avaliação de 3 diferentes aproximações para a solução do problema direto da tomografia de...

Page 1: Avaliação de 3 diferentes aproximações para a solução do problema direto da tomografia de impedância elétrica

ARTICLE IN PRESSG ModelRIMNI-95; No. of Pages 8

Ad

JP

i

HRAO

PTMI

KENN

1

uiddpTr

c

0h

Rev. int. métodos numér. cálc. diseño ing. 2014;xxx(xx):xxx–xxx

Revista Internacional de Métodos Numéricos paraCálculo y Diseño en Ingeniería

www.elsev ier .es / r imni

valiacão de 3 diferentes aproximac ões para a soluc ão do problemaireto da tomografia de impedância elétrica

. Santana Martins ∗, C. Stein Moura ∗ e R.M. Figueiró Vargas ∗

rograma de Pós-Graduac ão em Engenharia e Tecnologia de Materiais, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 90619-900, Brasil

nformação sobre o artigo

istorial do artigo:ecebido a 15 de maio de 2012ceite a 1 de outubro de 2013n-line a xxx

alavras-chave:omografia por impedância elétricaétodos numéricos

mageamento não invasivo

r e s u m o

Neste trabalho foram comparadas 3 diferentes soluc ões para o problema direto da tomografia de impe-dância elétrica utilizando o método das diferenc as finitas. Nesta técnica são posicionados elétrodos nocontorno/fronteira de um volume a ser estudado e, em 2 deles, são injetados padrões de correntes e, noselétrodos restantes, realizadas medidas do potencial elétrico. A inversão numérica dos dados permite areconstruc ão do domínio analisado. Duas novas aproximac ões são propostas para o problema direto ecomparac ões são realizadas a partir de resultados disponíveis na literatura. Com o estudo aqui realizado,para uma das aproximac ões propostas foi observada uma melhora significativa da acurácia comparadaaos resultados obtidos com a aproximac ão da literatura.

© 2012 CIMNE (Universitat Politècnica de Catalunya). Publicado por Elsevier España, S.L. Todos osdireitos reservados.

Evaluation of three different approximations for the solution of the directproblem on electrical impedance tomography

eywords:lectrical impedance tomographyumerical methodson-invasive imaging

a b s t r a c t

The present study compares three different solutions for the direct problem of Electrical ImpedanceTomography using the finite difference method. In this technique, electrodes are positioned on the boun-dary of a volume to be studied, and in two of them current patterns are injected and measurements of

electrical potential are made in the remaining electrodes. The numerical inversion of the data allowsreconstruction of the analyzed domain. Two new approximations are proposed for the direct problemand comparisons are performed based on results available in the literature. In the study performed here,in one of the proposed approximations it was observed a significant improvement in accuracy comparedto results obtained with the approximations in the literature.

© 2012 CIMNE (Universitat Politècnica de Catalunya). Published by Elsevier España, S.L. All rights

. Introduc ão

A técnica de tomografia por impedância elétrica (TIE) ém método de imageamento não invasivo, onde são utilizadas

nformac ões das propriedades elétricas de um objeto para obtenc ãoe imagens de uma sec ão transversal do seu interior. Por proprie-ades elétricas se entendem especificamente a condutividade e a

Como citar este artigo: J. Santana Martins, et al. Avaliac ão de 3 diferentde impedância elétrica, Rev. int. métodos numér. cálc. diseño ing. 201

ermissividade elétrica. No processo de obtenc ão de imagens porIE é necessário alocar elétrodos no contorno de uma determinadaegião do objeto em conjunto com uma fonte de corrente. A fonte

∗ Autor para correspondência.Correios eletrónicos: [email protected] (J. Santana Martins),

[email protected] (C. Stein Moura), [email protected] (R.M. Figueiró Vargas).

213-1315/$ – see front matter © 2012 CIMNE (Universitat Politècnica de Catalunya). Puttp://dx.doi.org/10.1016/j.rimni.2013.10.002

reserved.

de corrente utiliza 2 dos elétrodos alocados para injetar correnteno interior do domínio e medidas dos potenciais elétricos são reali-zadas nos demais elétrodos. Um algoritmo matemático reconstróinumericamente imagens de um plano transversal do corpo, a par-tir dos valores de impedância, condutividade ou permissividadeelétrica estimados no plano analisado.

Foram desenvolvidos estudos numéricos aplicados à soluc ão doproblema direto da TIE, utilizando para isso o método das diferenc asfinitas (MDF). Valendo-se desse método foram desenvolvidas 2novas aproximac ões e testadas 3 para a equac ão generalizadade Laplace. Por sua vez, o objetivo desse trabalho é avaliar as 2

es aproximac ões para a soluc ão do problema direto da tomografia4. http://dx.doi.org/10.1016/j.rimni.2013.10.002

aproximac ões propostas em relac ão a uma terceira aproximac ãocomumente utilizada na literatura e definir aquela que apresentamelhor equilíbrio entre acurácia, tempo e estabilidade, pensandono emprego dessa aproximac ão para soluc ão do problema inverso

blicado por Elsevier España, S.L. Todos os direitos reservados.

Page 2: Avaliação de 3 diferentes aproximações para a solução do problema direto da tomografia de impedância elétrica

ING ModelR

2 s num

de

2

d∂lqcs

∇oq

pasdcssetcc

Tm

J

od

s

3

oirdnei

pde

n

ARTICLEIMNI-95; No. of Pages 8

J. Santana Martins et al. / Rev. int. método

a TIE, o qual é mal condicionado e, para sua soluc ão, necessita omprego de técnicas numéricas precisas, velozesb e estáveis.

. Modelagem matemática do problema direto

O problema direto da TIE envolve a determinac ão da distribuic ãoos potenciais no interior de uma região � e a resposta no contorno˝, supondo conhecida a distribuic ão de condutividade. A mode-agem matemática desse problema, considerando uma distribuic ãouase estática de cargas [1,2]c, permite obter uma equac ão diferen-ial parcial capaz de modelar o potencial em �, a qual é exibida aeguir [1–3]:

� .(� �∇u) = 0 em (1)

nde u é o potencial e � é a condutividade elétrica em um pontoualquer no interior da região.

Propriedades elétricas, tais como a condutividade elétrica e aermissividade elétrica, determinam o comportamento de materi-is quando submetidos a campos elétricos externos. Teoricamenteeria possível construir um modelo matemático de distribuic ãoe condutividades em � ou, de outro modo, também poderia seronstruído um modelo levando em considerac ão apenas a permis-ividade [4] desta região. Esses 2 modelos podem ser utilizadoseparados ou conjuntamente para produzir imagens de � [5]. Nontanto, como pode ser observado na equac ão (1), um modeloeórico tipicamente utilizado na literatura e utilizado neste artigoonsidera somente a condutividade do domínio avaliado, ou seja,onsidera somente o termo real da impedância elétrica.

As condic ões de contorno (CC) para o problema direto daIE correspondem aos valores de correntes/potenciais aplicados eedidos no contorno, e satisfazem a seguinte expressão:

n = −�∂u

∂nem ∂ (2)

nde n é um versor normal à superfície do objeto e Jn é a densidadee corrente na direc ão do versor n.

O problema direto pode ser definido matematicamente como aoluc ão da equac ão (1) para a condic ão de contorno (2).

. O método das diferenc as finitas

No MDF o domínio é discretizado na forma de retângulosu quadrados. Sendo assim, a malha pode ser representada porntervalos definidos por �x = xm

N e �y = ynM , onde N e M são núme-

os inteiros positivos que representam o número de divisões doomínio nas coordenadas x e y, respectivamente [6]. O pontoodal (i, j) possui as coordenadas (xi, yj), dadas por xi = x0 + �xi

yj = y0 + �yj. O número máximo de linhas em x é denotado pormax = N e o número total de linhas em y é denotado por jmax = M.

Quanto às derivadas na direc ão normal à ∂˝, a sua discretizac ãoode ser realizada de diversas maneiras, dependendo do graue acurácia desejado. No entanto, isso foi realizado utilizando 4xpressões; 2 delas são apresentadas a seguir [7]:

∂u

∂n≈ �n.

(3ui,j − 4ui−1,j + ui−2,j

2�x�i + 3ui,j − 4ui,j−1 + ui,j−2

2�y�j)

(3)

∂u ≈ �n ·(

3ui,j − 4ui+1,j + ui+2,j �i + 3ui,j − 4ui,j+1 + ui,j+2 �j)

(4)

Como citar este artigo: J. Santana Martins, et al. Avaliac ão de 3 diferentde impedância elétrica, Rev. int. métodos numér. cálc. diseño ing. 201

∂n 2�x 2�y

b Nesse artigo a «velocidade» de uma determinada aproximac ão numérica é sinô-ima do custo computacional de processamento da mesma.c Ler páginas 28 e 29 da referência [1].

PRESSér. cálc. diseño ing. 2014;xxx(xx):xxx–xxx

Duas outras são apresentadas a seguir [8]:

∂u

∂n≈ �n ·

⎛⎝

(147ui,j − 360ui−1,j + 450ui−2,j − 400ui−3,j + 225ui−4,j − 72ui−5,j + 10ui−6,j)

60�x�i+

(147ui,j − 360ui,j−1 + 450ui,j−2 − 400ui,j−3 + 225ui,j−4 − 72ui,j−5 + 10ui,j−6)

60�y�j

⎞⎠(5)

∂u

∂n≈ �n ·

⎛⎝

(147ui,j − 360ui+1,j + 450ui+2,j − 400ui+3,j + 225ui+4,j − 72ui+5,j + 10ui+6,j)

60�x�i+

(147ui,j − 360ui,j+1 + 450ui,j+2 − 400ui,j+3 + 225ui,j+4 − 72ui,j+5 + 10ui,j+6)

60�y�j

⎞⎠(6)

O vetor unitário �n em coordenadas cartesianas é definido como�n =

[cos(�)�i + sen(�)�j

], onde � é o ângulo entre o vetor �n e o eixo da

coordenada x no plano.Para a soluc ão do problema direto da TIE é necessário discretizar

a equac ão (1). Isso pode ser realizado utilizando a equac ão a seguir,deduzida nesse trabalho a partir de aproximac ões por diferenc asfinitas centradas para a derivada de primeira e de segunda ordem:

ui,j = ui−1,j + ui+1,j + ui,j+1 + ui,j−1

4

+ 116.�i,j

· [(�i+1,j − �i−1,j)(ui+1,j − ui−1,j)

+ (�i,j+1 − �i,j−1)(ui,j+1 − ui,j−1)] (7)

Foram testadas ainda 2 outras aproximac ões para o potencialelétrico em �. Uma dessas aproximac ões é tipicamente encontradana literatura e foi extraída do trabalho [3].

ui,j

=[ (�

i+1⁄2, jui+1,j)+(�i−1⁄2, jui−1,j)+(�

i,j+1⁄2ui,j+1)+(�i,j−1⁄2ui,j−1)

(�i+1⁄2, j+�

i− 1⁄2, j + �i,j+1⁄2 + �

i,j− 1⁄2)

]

(8)

onde, �i+1/2,j, �i−1/2,j, �i,j+1/2 e �i,j−1/2, são os valores da condutivi-dade em pontos localizados centralmente entre os pontos (i, j) e(i + 1, j), (i, j) e (i − 1, j), (i, j) e (i, j + 1) e (i, j) e (i, j − 1), respectiva-mente. A condutividade nesses pontos pode ser obtida através docálculo da média harmônica da condutividade entre as regiões adja-centes avaliadas. Portanto, a condutividade no ponto médio entreos pontos (i + a, j + b) e o ponto (i, j), sendo a e b números inteirosquaisquer, é dada por:

�i+ a⁄2, j + b⁄2 =

(�i+a,j+b�i,j

)(

�i+a,j+b+�i,j2

) (9)

Além das equac ões (7) e (8), foi proposta uma terceira equac ãopara aproximar o potencial numa região com condutividade hete-rogênea. As equac ões (7) e (8) aproximam o potencial em um ponto

es aproximac ões para a soluc ão do problema direto da tomografia4. http://dx.doi.org/10.1016/j.rimni.2013.10.002

(i, j), utilizando os 4 pontos adjacentes mais próximos a ele (estêncilde 5 pontos). No entanto, é possível fazer essa mesma aproximac ãoutilizando os 8 pontos adjacentes ao ponto (i, j) (estêncil de 9pontos). Como uma alternativa para as aproximac ões (7) e (8), o

Page 3: Avaliação de 3 diferentes aproximações para a solução do problema direto da tomografia de impedância elétrica

IN PRESSG ModelR

s numér. cálc. diseño ing. 2014;xxx(xx):xxx–xxx 3

pt

u

Ea

4

dcas

t

u

da(reA

P

u

P

u

P

u

L4

L3L1

TA

ARTICLEIMNI-95; No. of Pages 8

J. Santana Martins et al. / Rev. int. método

otencial em � pode ser aproximado utilizando a expressão mos-rada a seguir:

i,j = 45

⎡⎣

(�

i+ 1⁄2, jui+1,j

)+

(�

i− 1⁄2, jui−1,j

)(

�i+ 1⁄2, j + �

i− 1⁄2, j + �i,j+ 1⁄2 + �

i,j− 1⁄2

) +

(�

i,j+ 1⁄2ui,j+1

)+

(�

i,j− 1⁄2ui,j−1

)(

�i+ 1⁄2, j + �

i− 1⁄2, j + �i,j+ 1⁄2 + �

i,j− 1⁄2

)⎤⎦+

15

⎡⎣

(�

i+ 1⁄2, j + 1⁄2 · ui+1,j+1

)+

(�

i+ 1⁄2, j − 1⁄2ui+1,j−1

)(

�i+ 1⁄2, j + 1⁄2 + �

i+ 1⁄2, j − 1⁄2 + �i− 1⁄2, j + 1⁄2 + �

i− 1⁄2, j − 1⁄2

)+

(�

i− 1⁄2, j + 1⁄2ui−1,j+1

)+

(�

i− 1⁄2, j − 1⁄2ui−1,j−1

)(

�i+ 1⁄2, j + 1⁄2 + �

i+ 1⁄2, j − 1⁄2 + �i− 1⁄2, j + 1⁄2 + �

i− 1⁄2, j − 1⁄2

)⎤⎦

(10)

sta nova equac ão é proposta com base na equac ão (8) e na equac ãopresentada por Adams et al.[9].

. Materiais e métodos

Utilizando o ambiente virtual Matlab®, foram implementa-os algoritmos capazes de solucionar problemas de valor deontorno (PVC) que envolvam a equac ão (1). Primeiramente, asproximac ões foram utilizadas para a soluc ão de um PVC com aseguintes condic ões de contorno: u (0, y) = 0, u (1, y) = cos (�y),

∂u∂n (x, 0) = 0 e ∂u

∂n (x, 1) = 0. Considerando um domínio com condu-ividade homogênea, este PVC possui a seguinte soluc ão analítica

(x, y) = senh(�x) cos(�y)senh(�)

(11)

Para a soluc ão numérica, a aproximac ão do valor da variávele interesse em � foi realizada utilizando as equac ões (10) e (8). Aproximac ão (7) não foi empregada porque se reduz à aproximac ão8) para um domínio com condutividade homogênea. Para os valo-es das derivadas em ∂�, foram utilizadas as equac ões (3), (4), (5)

(6), e a definic ão de vetor unitário em coordenadas cartesianas.s equac ões obtidas são mostradas a seguir:

ara a equac ão (3) com y = 1, ângulo de 90◦ e isolando ui,j.

i,j ≈ 4ui,j−1 − ui,j2

3(12)

ara a equac ão (4) com y = 0, ângulo de 270◦ e isolando ui,j.

i,j ≈ 4ui,j+1 − ui,j+2

3(13)

ara a equac ão (5) com y = 1, ângulo de 90◦ e isolando ui,j.

i,j ≈

Como citar este artigo: J. Santana Martins, et al. Avaliac ão de 3 diferentde impedância elétrica, Rev. int. métodos numér. cálc. diseño ing. 201

(360ui,j−1−450ui,j−2+400ui,j−3 − 225ui,j−4+72ui,j−5 − 10ui,j−6

)147

(14)

abela 1proximac ões por diferenc as finitas da equac ão (2), utilizadas em conjunto com as discre

Lado Região com elétrodo

L1 ui,j = 4ui+1,j − ui+2,j

3− 2�xi

3�0L

L2 ui,j = 4ui,j+1 − ui,j+2

3− 2�yi

3�0L

L3 ui,j = 4ui−1,j − ui−2,j

3− 2�xi

3�0L

L4 ui,j = 4ui,j−1 − ui,j−2

3− 2�yi

3�0L

L2

Figura 1. Rótulos atribuídos a cada um dos lados da região avaliada.

Para a equac ão (6) com y = 0, ângulo de 270◦ e isolando ui,j.

ui,j ≈(360ui,j+1−450ui,j+2+400ui,j+3 − 225ui,j+4+72ui,j+5 − 10ui,j+6

)147

(15)

As equac ões (12) e (13) foram utilizadas associadas à equac ão(8), enquanto as equac ões (14) e (15) foram empregadas conjunta-mente à equac ão (10), para a aproximac ão da soluc ão do PVC.

A soluc ão das equac ões foi realizada utilizando 3 diferentesmalhas regulares com matrizes de 25 × 25, 49 × 49 e 97 × 97. Paraa soluc ão do sistema linear foi utilizado um algoritmo iterativo desobre relaxac ão sucessiva [10].

O erro associado a cada aproximac ão foi o fator principal a serconsiderado para a escolha do conjunto de equac ões utilizadasdurante a soluc ão numérica. No caso das equac ões (12) e (13), elaspossuem erro da ordem de h2, sendo que h = �x = �y, de acordocom a referência [8], da mesma ordem de grandeza da equac ão (8).Enquanto, de acordo com a mesma referência, o erro associado àsequac ões (14) e (15) é aproximadamente igual a h6, exatamente amesma ordem de grandeza do erro associado à equac ão (10) [11].

Após a introduc ão das CC e a obtenc ão do valor da variável deinteresse em cada nó, foi calculado o erro relativo para as soluc õesaproximadas em relac ão à soluc ão analítica. O erro relativo foi cal-culado em cada um dos nós da malha, sendo assim obtida umadistribuic ão para o erro no domínio.

Em uma segunda etapa do trabalho foi resolvido o problemadireto da TIE para geometria retangular. Quanto à discretizac ão docontorno, nos pontos onde não havia presenc a de elétrodos, a deri-vada do potencial na direc ão normal à superfície foi consideradacomo possuindo valor 0. Assim, foram obtidas 4 discretizac ões paraa derivada no contorno, dependendo do lado do retângulo consi-derado. Para facilitar a compreensão das quantizac ões realizadas,a cada lado foi atribuído um rótulo L1, L2, L3 e L4, como mostra afigura 1 apresentada a seguir.

Nos elétrodos foi considerado o valor da densidade linear de cor-rente J, definida como a razão entre o valor nominal da corrente e a

es aproximac ões para a soluc ão do problema direto da tomografia4. http://dx.doi.org/10.1016/j.rimni.2013.10.002

dimensão linear de contato do elétrodo com o domínio. Utilizandoessa definic ão para a densidade superficial de corrente, foram obti-das as aproximac ões para o contorno, as quais estão reunidas nastabelas 1 e 2.

tizac ões de 5 pontos para a equac ão (1)

Região sem elétrodo

ui,j = 4ui+1,j − ui+2,j

3

ui,j = 4ui,j+1 − ui,j+2

3

ui,j = 4ui−1,j − ui−2,j

3

ui,j = 4ui,j−1 − ui,j−2

3

Page 4: Avaliação de 3 diferentes aproximações para a solução do problema direto da tomografia de impedância elétrica

Como citar este artigo: J. Santana Martins, et al. Avaliac ão de 3 diferentde impedância elétrica, Rev. int. métodos numér. cálc. diseño ing. 201

ARTICLE IN PRESSG ModelRIMNI-95; No. of Pages 8

4 J. Santana Martins et al. / Rev. int. métodos numér. cálc. diseño ing. 2014;xxx(xx):xxx–xxx

Tabela 2Aproximac ões por diferenc as finitas da equac ão (2), utilizadas em conjunto com a discretizac ão de 9 pontos para a equac ão (1)

Lado Região com elétrodo Região sem elétrodo

L1 ui,j =

(360.ui+1,j − 450.ui+2,j + 400.ui+3,j

−225.ui+4,j + 72.ui+5,j − 10.ui+6,j

)147

− 60�xi

147�0Lui,j =

(360.ui+1,j − 450.ui+2,j + 400.ui+3,j

−225.ui+4,j + 72.ui+5,j − 10.ui+6,j

)147

L2 ui,j =

(360.ui,j+1 − 450.ui,j+2 + 400.ui,j+3

360.ui,j+1 − 450.ui,j+2 + 400.ui,j+3

)147

− 60�xi

147�0Lui,j =

(360.ui,j+1 − 450.ui,j+2 + 400.ui,j+3

−225.ui,j+4 + 72.ui,j+5 − 10.ui,j+6

)147

L3 ui,j =

(360.ui−1,j − 450.ui−2,j + 400.ui−3,j

−225.ui−4,j + 72.ui−5,j − 10.ui−6,j

)147

− 60�x.i

147�0Lui,j =

(360.ui−1,j − 450.ui−2,j + 400.ui−3,j

360.ui−1,j − 450.ui−2,j + 400.ui−3,j

)147

L4 ui,j =

(360.ui,j−1 − 450.ui,j−2 + 400.ui,j−3

360.ui,j−1 − 450.ui,j−2 + 400.ui,j−3

)147

− 60�xi

147�0

( )

1

0.9

0.8

0.7

0.6

0.5

0.4

0.3

0.2

0.1

00 0.2 0.4 0.6

X

y

0.8 1

Figura 2. Forma da distribuic ão de condutividade utilizada durante os testes. Paraa região escura foi utilizado o valor para condutividade de 20 u. m. c., enquantopara a região branca o valor utilizado foi de 110 u. m. c.

Solução analitíca

Solução numêrica utilizando est êncil de cinco pontos

Solução numêrica utilizando est êncil de nove pontos

1 1

0,8

0,6

0,4

0,2

0

–0,2

–0,4

–0,6

–0,8

–1

0,9

0,8

0,7

0,6

0,5y

0,4

0,3

0,2

0,1

0

1

0,9

0,8

0,7

0,6

0,5y

0,4

0,3

0,2

0,1

00 0,2 0,4 0,6

x0,8 1

1 1

0,8

0,6

0,4

0,2

0

–0,2

–0,4

–0,6

–0,8

–1

0,9

0,8

0,7

0,6

0,5y

0,4

0,3

0,2

0,1

00 0,2 0,4 0,6

x0,8 1

1 0,9

0,8

0,7

0,6

0,5y

0,4

0,3

0,2

0,1

00 0,2 0,4 0,6

x

1 0,9

0,8

0,7

0,6

0,5y

0,4

0,3

0,2

0,1

00 0,2 0,4 0,6

x

1 1

0,8

0,6

0,4

0,2

0

–0,2

–0,4

–0,6

–0,8

–1

0,9

0,8

0,7

0,6

0,5y

0,4

0,3

0,2

0,1

00 0,2 0,4 0,6

x0,8 1

0 0,2 0,4 0,6x

Figura 3. Soluc ão analítica e numérica do PVC abord

Lui,j =

360.ui,j−1 − 450.ui,j−2 + 400.ui,j−3

−225.ui,j−4 + 72.ui,j−5 − 10.ui,j−6

147

O domínio analisado conta com 16 elétrodos dispostos emum quadrado com dimensões 1 × 1 unidades de medida de área(u. m. a.), sendo que em cada face do domínio foram arranjados4 elétrodos. Cada um dos elétrodos possui dimensão linear 0,12unidades de medida de comprimento (u. m. cp.). O valor de �xé numericamente igual ao valor de �y, valor que irá dependerdo tamanho da matriz. Basicamente, foram utilizados 3 distintostamanhos de matriz para os testes: 25 × 25, 49 × 49 e 97 × 97elementos de matriz.

Em relac ão às distribuic ões de condutividade utilizadas para ostestes, para um domínio homogêneo foi utilizado o valor de 20unidades de medida de condutividade (u. m. c.); para um domí-nio heterogêneo a distribuic ão de condutividade utilizada possui 2distintos valores, 20 u. m. c. e 110 u. m. c., respectivamente, pararegiões da figura 2, apresentada a seguir.

es aproximac ões para a soluc ão do problema direto da tomografia4. http://dx.doi.org/10.1016/j.rimni.2013.10.002

Para a corrente, foi empregado o valor de 3,00 unidades demedida de corrente (u. m. cr.), e esta foi injetada em pares de elé-trodos adjacentes. Por sua vez, os elétrodos de injec ão de correnteestão localizados entre as posic ões 0,0833 - 0,1667 u. m. cp. e 0,3333

1

0,8

0,6

0,4

0,2

0

–0,2

–0,4

–0,6

–0,8

–1

1

0,8

0,6

0,4

0,2

0

–0,2

–0,4

–0,6

–0,8

–1

1

0,9

0,8

0,7

0,6

0,5y

0,4

0,3

0,2

0,1

0

1

0,8

0,6

0,4

0,2

0

–0,2

–0,4

–0,6

–0,8

–10,8 1

1 1

0,8

0,6

0,4

0,2

0

–0,2

–0,4

–0,6

–0,8

–1

0,9

0,8

0,7

0,6

0,5y

0,4

0,3

0,2

0,1

00 0,2 0,4 0,6

x0,8 1

1 1

0,8

0,6

0,4

0,2

0

–0,2

–0,4

–0,6

–0,8

–1

0,9

0,8

0,7

0,6

0,5y

0,4

0,3

0,2

0,1

00 0,2 0,4 0,6

x0,8 1

1

0,8

0,6

0,4

0,2

0

–0,2

–0,4

–0,6

–0,8

–10,8 1

0,8 1 0 0,2 0,4 0,6x

0,8 1

ada para as matrizes 25 × 25, 49 × 49 e 97 × 97.

Page 5: Avaliação de 3 diferentes aproximações para a solução do problema direto da tomografia de impedância elétrica

IN PRESSG ModelR

s numér. cálc. diseño ing. 2014;xxx(xx):xxx–xxx 5

–r

crdprpcd

alrc

ceddfmozepzop

5

n

rujoPo

1

0,2

0,15

0,1

0,05

0

3x10-5

2,5

2

1,5

1

0,5

0,9

a

b

0,8

0,7

0,6

0,5y

0,4

0,3

0,2

0,1

0

1

0,9

0,8

0,7

0,6

0,5y

0,4

0,3

0,2

0,1

0

0,20 0,4 0,6 0,8 1x

0,20 0,4 0,6 0,8 1x

Figura 4. Erro relativo percentual calculado em cada ponto da matriz 25 × 25, utili-zando as soluc ões numéricas e soluc ão analítica do PVC. A) erro da soluc ão numérica

ARTICLEIMNI-95; No. of Pages 8

J. Santana Martins et al. / Rev. int. método

0,4167 u. m. cp. em todos os testes realizados.O sistema linear foiesolvido utilizando o algoritmo iterativo de Gauss-Seidel [12].

Após fazer a aproximac ão do potencial, foram realizadasomparac ões entre diferentes tamanhos de matriz. Isso foiealizado mediante a construc ão de gráficos do potencial em func ãoe x ou y, para um valor de y ou x específico. As regiões escolhidasara trac ar os gráficos foram as regiões do contorno, ou seja, aquelasegiões onde estavam localizados os elétrodos de injec ão. O princi-al objetivo desse teste é observar a diferenc a entre os potenciaisalculados por uma mesma aproximac ão, para diferentes tamanhose matriz.

Foi realizado apenas um teste para analisar a estabilidade dasproximac ões. Resumidamente, esse teste utilizou domínios seme-hantes aos apresentados na figura 2, variando a condutividade daegião em branco e verificando para determinada distribuic ão deondutividade se a soluc ão numérica convergia ou não.

Quanto ao tempo computacional, não foram realizados pro-edimentos específicos para analisá-lo. No entanto, por meio domprego de um computador (2 Gb de memória RAM, processa-or Intel, modelo core 2 duo) e considerando o método iterativoe Gauss-Seidel para as matrizes 25 × 25, as soluc ões numéricasoram obtidas em poucos segundos (cerca de 3-4 s). Em relac ão às

atrizes maiores, como 49 × 49 e 97 × 97, o tempo necessário parabtenc ão das soluc ões foi maior. Por exemplo, considerando matri-es 49 × 49, as soluc ões foram obtidas em cerca de 30-40 segundos,nquanto para matrizes 97 × 97, de 3-4 minutos foram necessáriosara a visualizac ão da soluc ão numérica. Quanto às soluc ões produ-idas utilizando o método de sobre relaxac ão sucessiva, para todoss tamanhos de matriz empregados as soluc ões foram obtidas emoucos segundos, no máximo 10 segundos para matrizes 97 × 97.

. Resultados

Os resultados para a aproximac ão da soluc ão do PVC estão reu-idos na figura 3 apresentada a seguir:

Cada uma das cores presentes nos gráficos dispostos na figura 3epresenta o valor numérico de uma variável qualquer u, emm ponto qualquer do domínio discretizado. Os gráficos arran-

Como citar este artigo: J. Santana Martins, et al. Avaliac ão de 3 diferentde impedância elétrica, Rev. int. métodos numér. cálc. diseño ing. 201

ados na parte superior da figura foram construídos utilizandos valores calculados para u, empregando a soluc ão analítica doVC, representada pela expressão (11). Para a construc ão dosutros gráficos, os valores de u foram obtidos valendo-se das

Estêncil de cinco pontos1

0,9

0,8

0,7

0,6

0,5y

0,4

0,3

0,2

0,1

0

1

0,9

0,8

0,7

0,6

0,5y

0,4

0,3

0,2

0,1

0

0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6x

0,7 0,8 0,9 1

0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6x

0,7 0,8 0,9 1 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6x

0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6x

1,2

0,8

0,6

1

0,8

0,6

0,4

0,2

–0,2

–0,4

–0,6

–0,8

0

0,4

0,2

–0,2

–0,4

–0,6

–0,8

0

1

1

0,9

0,8

0,7

0,6

0,5y

0,4

0,3

0,2

0,1

0

Estêncil de nove pontos1

0,9

0,8

0,7

0,6

0,5y

0,4

0,3

0,2

0,1

0

Figura 5. Soluc ão do problema direto utilizando o padrão adjacente de injec ão de co

utilizando a aproximac ão com estêncil de 5 pontos; B) erro da soluc ão numéricautilizando a aproximac ão com estêncil de 9 pontos.

aproximac ões (8) e (10). Esse teste teve por objetivo analisar aacurácia das aproximac ões numéricas apresentadas. Por sua vez,a partir da visualizac ão das soluc ões presentes na figura 4, devido àprecisão das soluc ões numéricas não é possível observar diferenc asentre elas e a soluc ão analítica. No entanto, foi realizado um testeonde, para cada ponto do domínio, o erro relativo das soluc ões

es aproximac ões para a soluc ão do problema direto da tomografia4. http://dx.doi.org/10.1016/j.rimni.2013.10.002

numéricas em relac ão à soluc ão analítica foi calculado. Avaliandoos dados obtidos com estêncil de 5 pontos (equac ão [8]), parauma matriz de 25 × 25, o erro relativo máximo apresentado por

0,7 0,8 0,9 1 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6x

0,7 0,8 0,9 1

0,7 0,8 0,9 1 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6x

0,7 0,8 0,9 1

1

0,8

0,6

0,4

0,2

–0,2

–0,4

–0,6

–0,8

0

1

0,8

0,6

0,4

0,2

–0,2

–0,4

–0,6

–0,8

0

0,8

0,6

0,4

0,2

–0,2

–0,4

–0,6

0

1

0,8

0,6

0,4

0,2

–0,2

–0,4

–0,6

0

y

1

0,9

0,8

0,7

0,6

0,5

0,4

0,3

0,2

0,1

0

1

0,9

0,8

0,7

0,6

0,5y

0,4

0,3

0,2

0,1

0

rrentes e o estêncil de 5 e 9 pontos para as matrizes 25 × 25, 49 × 49 e 97 × 97.

Page 6: Avaliação de 3 diferentes aproximações para a solução do problema direto da tomografia de impedância elétrica

IN PRESSG ModelR

6 s numér. cálc. diseño ing. 2014;xxx(xx):xxx–xxx

ee[zrsr(

eeafiat

dt

nEafaxsifddfi

daevo

Solução 25x25Solução 49x49Solução 97x97

a

bSolução 25x25Solução 49x49Solução 97x97

1,5

0,5

–0,5

–10 0,2 0,4 0,6 0,8 1

0 0,2 0,4 0,6 0,8 1

0

1

1,5

0,5

uu

x

x

–0,5

–1

0

1

Figura 6. Gráficos do perfil do potencial trac ado na região onde estão posicionadosos elétrodos de injec ão para a matriz 25 × 25, 49 × 49 e 97 × 97. A) gráfico trac ado uti-

ARTICLEIMNI-95; No. of Pages 8

J. Santana Martins et al. / Rev. int. método

sta aproximac ão foi cerca de 104 vezes maior comparado aorro relativo observado para aproximac ão de 9 pontos (equac ão10]). Diferenc as semelhantes foram observadas para as matri-es 49 × 49 e 97 × 97. A figura 4 apresentada a seguir é umaepresentac ão do erro relativo entre as soluc ões numéricas e aoluc ão analítica, para cada ponto do domínio analisado, conside-ando uma matriz de 25 × 25, para soluc ão do PVC utilizando (8) e10).

O erro percentual máximo apresentado pela aproximac ão comstêncil de 5 pontos na figura 4, foi cerca de 2 x 10-1%, enquanto orro máximo apresentado, para o mesmo tamanho de matriz, para aproximac ão de 9 pontos foi cerca de 3 x 10-5%. Em cada um dos grá-cos, as regiões em vermelho são aquelas onde o erro percentual éproximadamente igual ao erro máximo apresentado considerandoodo o domínio.

Para a soluc ão do problema direto em um domínio comistribuic ão de condutividade homogênea foram obtidos os seguin-es resultados, exibidos na figura 5.

A figura 5 apresenta a soluc ão do problema direto para um domí-io com distribuic ão de condutividade constante igual 20 u. m. c.sperava-se um comportamento do potencial semelhante àquelepresentado pelo potencial de um dipolo elétrico. Essa expectativaoi confirmada pelos dados, para as 2 aproximac ões. Novamente,penas utilizando os gráficos do potencial elétrico u em func ão de

e y, é difícil avaliar as diferenc as dos resultados obtidos para 2oluc ões numéricas e para os diferentes tamanhos de matriz. Porsso, na região dos elétrodos, onde o gradiente de potencial é maior,oram trac ados gráficos de u em func ão de x com y = 0. Os gráficoso perfil do potencial, exibidos a seguir na figura 6, representam osados obtidos para soluc ões do problema direto apresentadas nagura 6.

Os gráficos da figura 6 representam a soluc ão do problemaireto para todos os tamanhos de matriz e, de forma individual,proximac ões (estêncil de 5 e 9 pontos) testadas na região dos

Como citar este artigo: J. Santana Martins, et al. Avaliac ão de 3 diferentes aproximac ões para a soluc ão do problema direto da tomografiade impedância elétrica, Rev. int. métodos numér. cálc. diseño ing. 2014. http://dx.doi.org/10.1016/j.rimni.2013.10.002

létrodos de injec ão de corrente. Nessa região, como o potencialaria de forma mais intensa, supostamente seria mais facilmentebservável a diferenc a entre os potenciais calculados utilizando

lizando a aproximac ão com estêncil a aproximac ão (8); B) gráfico trac ado utilizandoa aproximac ão (10).

Figura 7. Soluc ão numérica do problema direto utilizando matrizes 25 × 25, 49 × 49 e 97 × 97, para as aproximac ões (07), (08) e (10).

Page 7: Avaliação de 3 diferentes aproximações para a solução do problema direto da tomografia de impedância elétrica

ARTICLE ING ModelRIMNI-95; No. of Pages 8

J. Santana Martins et al. / Rev. int. métodos num

Soluçã o 25x25Soluçã o 49x49Soluçã o 97x97

Soluçã o 25x25Solução 49x49Soluçã o 97x97

Soluçã o 25x25Soluçã o 49x49Soluçã o 97x97

a 1,5

0,5

–0,5

u1

0

–1

b 1,5

0,5

–0,5

u

1

0

–1

c 1,5

0,5

–0,5

u

x

x

x

1

0

–1

0 0,2 0,4 0,6 0,8 1

0 0,2 0,4 0,6 0,8 1

0 0,2 0,4 0,6 0,8 1

Figura 8. Gráficos do perfil do potencial trac ado na região onde estão posicionadosos elétrodos de injec ão para a matriz 25 × 25, 49 × 49 e 97 × 97. A) gráfico trac adoutilizando a aproximac ão (7); B) gráfico trac ado utilizando a aproximac ão (8); gráficot

dpsfiadedfi

das aproximac ões que propomos (10), é possível resolver oproblema direto com malhas menores mantendo ou melho-

rac ado utilizando a aproximac ão (10).

iferentes tamanhos de matriz. Como a expressão (10) é maisrecisa se comparada à expressão (8), era esperado que ela apre-entasse menor variac ão entre as curvas trac adas. Observando agura 6, o gráfico A é aquele aonde há maior discrepância entres curvas do potencial. Como ele foi trac ado utilizando os dadosa soluc ão numérica do problema direto, obtidos por meio domprego da expressão (8), a expectativa em relac ão aos resulta-

Como citar este artigo: J. Santana Martins, et al. Avaliac ão de 3 diferentde impedância elétrica, Rev. int. métodos numér. cálc. diseño ing. 201

os desse teste se confirmou, conforme pode ser observado nagura 6.

PRESSér. cálc. diseño ing. 2014;xxx(xx):xxx–xxx 7

A seguir são apresentados os resultados da soluc ão do problemadireto para uma distribuic ão de condutividade heterogênea, utili-zando as aproximac ões (7), (8) e (10).

A distribuic ão de condutividade, sobre a qual as soluc õesapresentadas na figura 7 foram produzidas, é aquela repre-sentada na figura 2. Quanto às aproximac ões, as equac õestestadas apresentaram, qualitativamente, bons resultados paraessa distribuic ão de condutividade. No entanto, para melhoravaliac ão das aproximac ões, gráficos do perfil do potencial emy = 0 foram trac ados. Para esses gráficos era esperado que aequac ão (10), caso pudesse aproximar o potencial em um domí-nio com distribuic ão de condutividade heterogênea, apresentasseresultados similares aos resultados obtidos com o emprego daaproximac ão (8). No entanto, as soluc ões produzidas através doemprego da aproximac ão (10) para diferentes tamanhos de matrizdeveriam apresentar menor diferenc a entre si, como foi observadonos gráficos do perfil do potencial para uma distribuic ão de condu-tividade homogênea. Quanto à aproximac ão (7), como ela possuiacurácia semelhante à equac ão (8), os resultados obtidos atravésdo seu emprego deveriam ser idênticos ou muito próximos aosresultados apresentados por (8).

Os gráficos do perfil do potencial, para cada uma dasaproximac ões abordadas, são apresentados na figura 8.

Considerando os gráficos B e C dispostos na figura 8, eles apre-sentaram diferenc as entre as curvas trac adas e entre si, análogasàs diferenc as observadas nos gráficos dispostos na figura 6. Issoindica que a aproximac ão (10) pode ser aplicada para domínioscom distribuic ão de condutividade heterogênea. Quanto à equac ão(7), como esperado, os resultados obtidos para essa distribuic ão decondutividade são equivalentes aos resultados obtidos utilizando(8).

Os resultados dos testes de estabilidade indicam que aaproximac ão (7) não converge quando aplicada a domínios comgrandes gradientes de condutividade. Por sua vez, as aproximac ões(8) e (10) convergiram para todas as distribuic ões de condutividadeutilizadas durante os testes.

Não foram realizados testes para avaliar o tempo de convergên-cia para as soluc ões. No entanto, de forma qualitativa, não foramobservadas diferenc as significativas para o tempo de convergênciaentre as soluc ões avaliadas para um mesmo tamanho de matriz.

6. Consideracões finais

Este trabalho testou diferentes aproximac ões para o problemadireto da TIE, pensando em sua aplicac ão para a soluc ão doproblema inverso. A soluc ão do problema inverso, por sua vez, cos-tuma necessitar diversas soluc ões do problema direto. Por isso, adefinic ão de uma aproximac ão mais precisa e ao mesmo tempoveloz para o problema direto, pode em muito contribuir paraum ganho de velocidade e/ou precisão das soluc ões do problemainverso.

Das aproximac ões testadas, a aproximac ão (7) foi aquela comresultados menos promissores. Em relac ão à precisão, ela éequivalente à aproximac ão (8). Por outro lado, apresentou diver-sos problemas de convergência, diferentemente das outras 2aproximac ões.

A aproximac ão (8) exibiu bons resultados em relac ão à conver-gência e razoáveis em relac ão à precisão.

A aproximac ão (10) mostrou ótimos resultados para precisão econvergência, sendo, dentre as aproximac ões testadas, aquela queproporcionou melhores resultados.

Os dados obtidos permitem concluir que, utilizando uma

es aproximac ões para a soluc ão do problema direto da tomografia4. http://dx.doi.org/10.1016/j.rimni.2013.10.002

rando a precisão e a velocidade de convergência das soluc ões,quando estas soluc ões são comparadas às soluc ões produzidas

Page 8: Avaliação de 3 diferentes aproximações para a solução do problema direto da tomografia de impedância elétrica

ING ModelR

8 s num

eadr

utnaeca

A

ld

B

[[

ARTICLEIMNI-95; No. of Pages 8

J. Santana Martins et al. / Rev. int. método

mpregando as demais equac ões testadas neste trabalho. Sendossim, a equac ão (10) é a mais indicada para aproximar a soluc ãoo problema da TIE aplicando o MDF em malhas retangula-es.

A soluc ão tridimensional do problema direto da TIE pode serma alternativa para melhorar a acurácia das soluc ões produzidas,endo em vista que soluc ões bidimensionais do problema diretoão consideram a propagac ão tridimensional da corrente elétricatravés do objeto analisado. Por isso, os autores deste trabalhostão estudando uma extensão tridimensional do método des-rito, por meio da modificac ão para domínios não homogêneos dasproximac ões estudadas na referência [13].

gradecimentos

Os autores agradecem ao apoio financeiro da Petrobras - Petró-eo Brasileiro e ao Dr. Adriano Roessler Viana pela criteriosa análiseo manuscrito e permissão para a publicac ão.

ibliografia

Como citar este artigo: J. Santana Martins, et al. Avaliac ão de 3 diferentde impedância elétrica, Rev. int. métodos numér. cálc. diseño ing. 201

[1] O.H. MENIN, Método dos Elementos de Contorno para Tomografia de Impe-dância Elétrica. Ribeirão Preto: USP, 2009. 71 pág. Dissertac ão (Mestrado),Programa de Pós-Graduac ão em Física Aplicada à Medicina, Faculdade de Filo-sofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, Brasil.

[[

PRESSér. cálc. diseño ing. 2014;xxx(xx):xxx–xxx

[2] M. Denai, M. Mahfouf, S. Mohamad-Samuri, G. Panoutsos, B. Brown e, G. Mills,Absolute electrical impedance tomography (aEIT) guided ventilation therapyin critical care patients: Simulations and future trends, IEEE Trans. Inf. Technol.Biomed 14 (2010) 641–649.

[3] Y.J. Kim, M.G. Lee, Electrical impedance tomography on a resistivenetwork with internal currents, [consultado 09 Jan 2012]. Disponível em:http://amath.kaist.ac.kr/papers/Kim/18.pdf

[4] T.P. Figueroa, P.P. Seleghim Jr., Sensitivity analysis of different sensing strategiesfor electrical impedance imaging of two-phase flows, J. Electron. Imaging. 10(2001) 641–645.

[5] G.J. Saulnier, R.S. Blue, J.C. Newell, D. Isaacson, P.M. Edic, Electrical impe-dance tomography, Signal Processing Magazine, IEEE 18 (2001) 31–43, doi:10.1109/79.962276.

[6] B. Carnahan, H.A. Luther, J.O. Wilkes, Applied numerical methods, Wiley, N.Y,1969.

[7] D. Greenspan, Discrete numerical methods in physics and engineering, Acade-mic Press, Inc, NY, 1974.

[8] Numerical Solution of Partial Differential Equations - Wolfram Mathe-matica 8 Documentation, [consultado 29 Nov 2011]. Disponível em:http://reference.wolfram.com/mathematica/tutorial/NDSolvePDE.html

[9] L.M. Adams, R.J. LeVeque, D.M. Young, Analysis of the SOR iteration for the9-point Laplacian, SIAM J. Numer. Anal. 25 (1988) 1156–1180.

10] R.W. Hornbeck, Numerical methods, Prentice Hall, 1975.11] C.J. Kuo, B.C. Levy, Mode-dependent finite-difference discretization of linear

homogeneous differential equations, SIAM J. Sci. and Stat. Comput. 9 (1987)992–1015.

es aproximac ões para a soluc ão do problema direto da tomografia4. http://dx.doi.org/10.1016/j.rimni.2013.10.002

12] R.L. Burden, J.D. Faires, Análise numérica, Thomson Learning, São Paulo, 2003.13] R.C. O’Reilly, J.M. Beck, A family of large-stencil discrete Laplacian appro-

ximations in three-dimensions, Int. J. Numer. Methods Eng. 1–16 (2006)[consultado 29 Nov2012]. Disponível em: http://psych.colorado.edu/∼oreilly/papers/OReillyBeckIP lapl.pdf