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Instituto de Estudos Superiores Financeiros e Fiscais Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às necessidades das empresas Manuel Augusto Marques Barroso Artigo Científico (Paper) no âmbito do trabalho de projeto do Mestrado de Gestão e Negócios, ministrado pelo IESF Orientador: Professor Doutor João Paulo Sequeira Seara do Vale Peixoto Vila Nova de Gaia, 2014

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Instituto de Estudos Superiores Financeiros e Fiscais

Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do

IESF face às necessidades das empresas

Manuel Augusto Marques Barroso

Artigo Científico (Paper) no âmbito do trabalho de projeto do Mestrado de Gestão e

Negócios, ministrado pelo IESF

Orientador: Professor Doutor João Paulo Sequeira Seara do Vale Peixoto

Vila Nova de Gaia, 2014

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Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às necessidades das empresas

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Sumário

Abstract .................................................................................................. 3

Resumo .................................................................................................. 3

Capítulo 1 – Introdução ............................................................................ 5

Capítulo 2 – Revisão Teórica ..................................................................... 7

Capítulo 3 – Análise Empírica .................................................................. 11

Capítulo 4 – Resultados .......................................................................... 12

Capítulo 5 – Conclusões .......................................................................... 23

Capítulo 6 – Limitações e Investigação Futura ........................................... 26

Capítulo 7 – Implicações na Gestão Empresarial ........................................ 27

Agradecimentos ..................................................................................... 28

Referências ........................................................................................... 29

Anexos ................................................................................................. 31

Índice de Figuras ................................................................................... 34

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Abstract

In this article we intend to evaluate the suitability of IESF’S (Instituto de Estudos

Superiores Financeiros e Fiscais) educational offer in what concerns graduation and

post-graduation education facing the needs of the business environment. It is also our

intention to collect tips to improve the creation of new courses or in the ways to provide

that formation, and improve the cooperation between both. It was made a theoretical

revision about the ways to make the Polytechnic Institutions interact with companies

and what is being made in this area in some countries, mainly in Portugal. Therefore, a

survey was sent to 1700 companies of different areas to evaluate the suitability of

IESF’S educational offer to companies’ formation needs, how is that knowledge made

available to companies and the identification of new formation areas. The surveys’

statistical analysis allowed us to conclude that companies evaluate in a positive way the

education offer that IESF’s provides to companies and also that companies value in a

very positive way the “Cases of Business Strategy” course as a way to make the

Polytechnic Institutions interact with companies in the production of knowledge and its

implementation in real context in companies.

Keywords: Cooperation; Synergies; Companies; Polytechnic Institutes; Education

Resumo

Neste artigo pretendemos avaliar a adequação da oferta formativa do IESF-

Instituto de Estudos Superiores Financeiros e Fiscais no âmbito da formação graduada

e pós-graduada face às necessidades do meio empresarial e recolher sugestões de

melhoria para a criação de novos cursos ou no modo de disponibilizar essa formação e

melhorar a cooperação entre ambos. Efetuamos uma revisão teórica sobre as formas

de fazer interagir as Instituições de Ensino Superior Politécnico e as empresas e o que

está a ser feito nalguns Países neste domínio com especial ênfase em Portugal. Para

esse fim, foi elaborado um inquérito submetido a cerca de 1700 empresas de distintos

ramos de atividade para se avaliar a adequação da oferta formativa do IESF às

necessidades de formação das empresas, a forma como esse conhecimento é colocado

à disposição das empresas e identificação de novas áreas de formação. O tratamento

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estatístico dos questionários permitiu-nos concluir que as empresas avaliam de forma

positiva os conteúdos da oferta formativa que o IESF disponibiliza às empresas e

valorizam de forma muito positiva a disciplina de casos de estratégia empresarial como

forma de fazer interagir as Instituições de Ensino Superior Politécnico e as empresas na

produção de conhecimento e a sua aplicação em contexto real nas empresas.

Palavras-chave: Cooperação; sinergias; Empresas; Institutos Superiores Politécnicos;

Formação

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Capítulo 1 – Introdução

Atenta à importância deste tema, a União Europeia estabeleceu como objetivo,

no âmbito do programa Horizonte 2020, alocar cerca de 2% do PIB para a Educação no

período de 2014-2020. Esta meta tem como objetivo modernizar o ensino superior no

espaço Europeu e garantir desta forma a qualidade da formação profissional e da

aprendizagem ao longo da vida. As instituições de Ensino Superior Politécnico, pela sua

vocação e ligação ao meio empresarial são um vetor fundamental para o reforço da

sociedade do conhecimento pois reunem educação, investigação, inovação e uma

especial vocação para fazer a ponte entre o conhecimento produzido e adquirido no

ensino superior e as necessidades das empresas.

Empresas e Ensino Politécnico são atores de diferentes sistemas, divergentes

nalguns aspetos mas necessariamente envolvidos e comprometidos com o novo

paradigma da cooperação e interação. É por isso cada vez mais reconhecida a

importância da aquisição de competências numa cada vez maior proximidade entre

Ensino Superior Politécnico e as Empresas, numa lógica de formação constante com

adequação dos conteúdos programáticos e produção de conhecimento adequada às

necessidades das empresas.

Contudo esta interação, até porque nestes cenários interagem atores oriundos

de diferentes contextos, nem sempre se faz de forma tranquila. O que se pretende com

este trabalho é avaliar a forma como esta cooperação tem ocorrido, a nível internacional

e especialmente em Portugal e apresentar sugestões de melhoria de modo a criar

sinergias que se traduzam em economias de recursos, maior aplicabilidade do

conhecimento produzido e mais eficácia na aplicação desse conhecimento no contexto

empresarial, convertendo deste modo o investimento feito na educação em gerador de

valor para a sociedade.

Jacques Marcovitch, reitor da universidade de São Paulo, num artigo publicado

na revista de Administração da Universidade de São Paulo sobre a cooperação da

Universidade moderna com o sector empresarial afirma que há dois mitos a destruir. O

primeiro, cultivado pelos empresários, de que o pesquisador acadêmico é um ser etéreo,

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deslocado da realidade. O segundo, corrente na área da pesquisa de que o empresário

despreza a ciência. Esta será, sem dúvida, a primeira barreira a derrubar para se

melhorar a cooperação entre as Instituições de Ensino Superior e as empresas.

Neste mesmo artigo, o seu autor enfatiza o facto de que da mesma forma que a

Universidade precisa de encontrar a forma certa de se relacionar com o setor produtivo

este também deve saber como solicitar a colaboração da universidade.

A capacidade de produzir conhecimento por si só não cria valor para a sociedade

se não estiver ao seu dispor, ela deve ser vista como um meio ao seu dispor para

melhorar o bem-estar social e riqueza e não um fim em si mesmo. Em suma, temos

que produzir e disseminar o conhecimento. Aliás, a produção de conhecimento sem

aplicação prática tem que ser entendida como uma utilização de recursos com custos

para sociedade e não como o investimento reprodutivo virtuoso que deve ser. Não

interiorizarmos esta premissa é ficarmos inebriados à sombra do trabalho desenvolvido

convencidos que este é útil ao desenvolvimento económico-social e ficarmos

irremediavelmente atrasados no mundo competitivo em que vivemos.

Vários estudos demonstram que o atraso na aplicação por parte das empresas

do conhecimento produzido nas universidades resulta numa diminuição da

competitividade desses países face aos seus concorrentes, onde a produção e aplicação

de conhecimento tende a ser simultânea.

A cooperação entre o meio académico e o empresarial pode ser feita de várias

formas, devendo ser ajustada àquilo que em cada momento forem as disponibilidades

de recursos existentes e os objetivos que se pretendem alcançar, procurando sempre

alcançar a máxima eficiência entre a alocação dos recursos sempre escassos o os

resultados obtidos.

Não se trata de levar os Institutos Politécnicos às empresas ou trazer as empresas

aos Politécnicos, trata-se isso sim de em conjunto construirmos uma auto-estrada do

conhecimento percorrida por ambos e nos dois sentidos, comprometendo ambas as

partes nesta viagem pela descoberta do conhecimento.

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Capítulo 2 – Revisão Teórica

Etzkowitz & Leydesdorff (2000) apelidaram de “segunda revolução académica”

ao processo de transferência do conhecimento das universidades para as empresas.

Este processo teve início após a Segunda Guerra Mundial mas foi a partir do fim da

Guerra Fria que teve maior implantação. Na década de setente, as principais indústrias

dos Estados Unidos da América foram seriamente afetadas pelo atraso que se verificava

entre a descoberta de novos conhecimentos na universidade e a sua utilização pelas

empresas, entre os sectores estratégicos mais afetados estavam a indústria do aço,

automóvel, televisores e semicondutores. Este atraso prejudicou seriamente a

competitividade global da indústria Americana.

Na década seguinte, para fazer face ao aumento da competitividade económica

e do processo de globalização, a investigação científica e acadêmica assumiu um papel

de relevo, verificando-se mudanças muito significativas. Foi também a partir dessa

altura que muitos países procuraram fortalecer a competitividade económica através de

uma economia do conhecimento por intermédio da ligação das universidades ao tecido

empresarial proporcionando desta forma a troca de conhecimento.

Uma das formas mais comuns de cooperação entre universidades e empresas

verifica-se na área da consultoria. Nesta modalidade existe uma interação entre o meio

académico e o meio empresarial a fim de se encontrar a melhor e mais adequada

solução para cada problema. O envolvimento dos académicos no processo de consulta

pode proporcionar um conhecimento mais aprofundado do problema que está a ser

estudado (WRIGHT, 2008) e este trabalho é de inestimável valor para transformar as

ideias para a pesquisa (LAM, 2010).

Segundo (JACOBSON, 2005) a necessidade de consultoria está ligada a três tipos

de fatores:

Mudanças sectoriais requerem observações muito especializadas e

periciais;

Limitações orçamentais obrigam a optar por formas mais eficazes de obter

esse conhecimento;

O recurso a consultores externos aumenta a legitimidade das conclusões.

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SEGATTO-MENDES, Andrea Paula e SBRAGIA, Roberto, num artigo publicado na

Revista de Administração da Universidade de São Paulo (V.37 nº. 4 p. 58-71, OUT/DEZ

2002) sobre “O processo de cooperação Universidade-Empresa em Universidades

Brasileiras identificaram várias motivações para as Universidades e Empresas

resultantes dos processos de cooperação e transferência de conhecimento. Para as

Universidades identificaram as seguintes motivações:

Obtenção de recursos financeiros adicionais;

A realização da função social da Universidade;

O prestígio que será obtido pelo investigador;

A divulgação da imagem da Universidade;

A obtenção de conhecimentos práticos sobre os problemas existentes;

A incorporação de novas informações aos processos de ensino e pesquisa

universitária.

Para as empresas as principais motivações identificadas no estudo foram:

Acesso a Recursos Humanos altamente qualificados da universidade;

Redução dos custos e/ou riscos envolvidos nos projetos de pesquisa e

desenvolvimento;

Acesso aos mais recentes conhecimentos desenvolvidos nos meios

académicos;

Identificação de alunos da Instituição de ensino para recrutamento futuro;

Resolução dos problemas técnicos que geraram a necessidade da pesquisa

em cooperação.

Neste mesmo artigo os autores identificaram várias dificuldades que importa

remover para tornar mais fácil a cooperação entre empresa e universidades. As

principais barreiras que identificaram foram:

Burocracia universitária;

Duração muito longa do projeto;

Diferenças de nível de conhecimento entre as pessoas da Universidade e

da empresa envolvidas na cooperação.

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Como facilitador do processo de cooperação foi apontado o fator fundos do Estado

de apoio à pesquisa e cooperação entre Universidade e Empresas.

Em Portugal alguns trabalhos e artigos têm sido realizados neste domínio. Carlos

Fernandes Roque de Almeida realizou em DEZ/2010 uma tese para obtenção do Grau

de Mestre no Instituto Politécnico da Guarda – Escola Superior de Tecnologia e Gestão

sob o tema “O Papel das Instituições de Ensino Superior na Inovação e no

Desenvolvimento das Regiões – A perspetiva das empresas dos Distritos de Castelo

Branco, Guarda e Viseu.”. Neste trabalho o autor retirou as seguintes conclusões:

A maioria das empresas (90%) aposta em inovação sem a cooperação das

IES - Instituições de Ensino Superior.

As Empresas consideram as Instituições de Ensino Superior indicadas para

remover barreiras e obstáculos devido à facilidade de interatividade.

É necessário sensibilizar os empresários e informá-los das mais-valias que

podem obter com a aposta em novação e na cooperação com as IES.

Foram identificados como principais condicionantes, a falta de

financiamento, a reduzida dimensão do mercado e a falta de pessoal

qualificado.

As empresas que mais inovam são as que têm mais idade, também pelos

fatores económicos e pela estrutura financeira de que dispõem, o que

revela um sinal positivo, de que só inovando podem manter-se vivas

perante os desafios concorrenciais

Conclui-se também que o tipo de inovação mais selecionado pelas

empresas foi a introdução de sistemas de informação, seguido de novos

produtos, da melhoria de processos, da reorganização do trabalho, da

reorganização da gestão, inovação ecológica e finalmente marketing,

As Instituições de Ensino Superior parecem estar cimentadas na sua forma

de atuar, investindo principalmente no ensino e na investigação, não

procuram tomar a iniciativa e dinamizar o processo de investigação e

interligação com as empresas, e isso é bem visível nos apenas 10% das

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empresas que responderam positivamente à introdução de inovação com

apoio das IES.

O facto de as empresas não optarem pelo patrocínio e reestruturação de

cursos parece ser indicador da separação de filosofias não convergentes

tanto para a cooperação em inovação, como estratégico numa política de

emprego. É sinal da existência de uma conduta histórico-normativa de

políticas centrais e aparentemente pouco regionais.

SOUSA, António João e NOVAS, Jorge Luís Casas elaboraram um artigo com o título

de “Cooperação Universidade - Empresa: Algumas evidências empíricas”. Neste artigo

os autores procuram analisar o fenómeno de cooperação entre uma Instituição de

Ensino Superior (IPB – Instituto Politécnico de Bragança) e o tecido empresarial desta

região de Portugal. Uma das conclusões do estudo diz-nos que a cooperação vivida

pelos docentes desta Instituição de ensino limita-se à transmissão de conhecimento de

forma pouco empresarial, ou seja, não existe um envolvimento de um considerável

número de docentes nas empresas. Concluíram os autores do estudo que os docentes

do IPB são classificados como “híbridos tradicionais” (LAM, 2010), valorizando mais a

carreira académica do que a carreira profissional. As evidências empíricas obtidas não

evidenciaram claramente um efeito positivo de cooperação universidade-empresa.

Como investigação futura os autores deixaram as seguintes questões:

Que tipo de investigador é o docente do IPB?

Quais as razões para os docentes não manifestarem vontade de cooperar mais

com as empresas?

Será que os empresários têm conhecimento da existência dos serviços prestados

pelo IPB?

Que políticas contribuem mais para incentivar a cooperação universidade-

empresa?

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Capítulo 3 – Análise Empírica

O objetivo deste artigo é o de avaliar se a oferta formativa graduada e pós-

graduada e respetivos conteúdos do IESF-Instituto de Estudos Financeiros e Fiscais é a

adequada às reais necessidades das empresas e avaliar o grau de importância que as

empresas atribuem aos cursos que estão a ser lecionados, procurar saber também se a

forma como o IESF interage com o meio empresarial e a forma como disponibiliza essa

formação são adequados.

Para esse efeito foi elaborado um questionário com recurso ao Google Forms

composto por 20 questões e enviado por mail para 1738 empresas dos Distritos de

Aveiro, Coimbra e Porto. De modo a personalizar o envio de mails em “massa” foi usado

o recurso “mail merge”, o que terá contribuído para o volume elevado de respostas

recebidas para este tipo de estudo. Aquando do primeiro envio, foram rececionadas 43

respostas e ao segundo pedido foram obtidas mais 80, pelo que o tratamento estatístico

incidirá sobre 123 questionários validados.

Da base de dados usada não se conseguiu entregar aos destinatários 156

questionários pelo facto do endereço de e-mail estar errado ou quota de mail excedida.

Atendendo a que o recurso usado Google forms utiliza um ficheiro compatível

com o Excel para recolha das respostas, foi usado o programa Excel versão 2013 para

o tratamento estatístico dos dados.

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Capítulo 4 – Resultados

Os dados abaixo dizem respeito aos 123 inquéritos recebidos e validados. As 123

empresas que responderam ao inquérito empregam 10449 colaboradores, o que dá

uma média de 85 colaboradores por empresa e um total de 3623 colaboradores com

formação superior, o que significa que 35% dos colaboradores das empresas que

responderam ao inquérito têm pelo menos o grau de licenciatura.

Fig.1 – Gráfico Distribuição dos colaboradores por grau de formação

Considerando que existe uma empresa com mais de 6.000 colaboradores

suscetível de interferir na análise no que se refere ao número médio de colaboradores

por empresa e percentagem de colaboradores com formação superior, efetuamos nova

análise excluindo esta grande empresa.

Verifica-se assim que as outras 122 empresas empregam 4249 colaboradores, o

que dá uma média de 35 colaboradores por empresa e um total de 623 colaboradores

com formação superior, o que significa que 15% dos colaboradores das empresas que

responderam ao inquérito têm pelo menos o grau de licenciatura.

Número de colaboradores com formação

superior.35%

Número de colaboradores sem formação

superior.65%

DISTRIBUIÇÃO COLABORADORES POR GRAU DE FORMAÇÃO

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Fig.2 – Gráfico Distribuição dos colaboradores por grau de formação excluindo uma grande

empresa

Na segunda questão perguntava-se se a empresa era exportadora. Pretendia-se

verificar se as empresas exportadoras eram potenciais utilizadoras de formação

vocacionada para a Internacionalização.

Verificou-se que 49 empresas são exportadoras e 74 empresas não exportam.

Fig.3 – Gráfico percentagem de empresas exportadoras

Número de colaboradores com formação

superior.15%

Número de colaboradores sem formação

superior.85%

DISTRIBUIÇÃO COLABORADORES POR GRAU DE FORMAÇÃO EXCLUINDO GRANDE

EMPRESA

SIM40%

NÃO60%

A EMPRESA É EXPORTADORA?

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Quisemos também saber se as empresas têm ou preveem vir a ter nos próximos

dois anos colaboradores a trabalhar mais de 12 meses no estrangeiro. Com a resposta

a esta questão pretendia-se verificar a importância da existência e aceitação de

formação em regime de e-learning acessível aos colaboradores colocados no

estrangeiro.

Fig.4 – Gráfico Percentagem de empresas com colaboradores a trabalhar no estrangeiro

Colocámos a possibilidade das empresas poderem receber uma cópia deste

artigo. Para isso teriam que indicar essa pretensão e um endereço de email para o

respetivo envio.

Das respostas totais a percentagem de empresas que quiseram receber uma

cópia deste estudo é de 51% e 49% não manifestaram esta intensão.

Tem colaboradores colocados no Estrangeiro.

6%

Espera vir a ter colaboradores colocados no

Estrangeiro nos próximos 2

anos. 10%

Não tem nem espera vir a ter.

84%

TEM COLABORADORES COLOCADOS NO ESTRANGEIRO?

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Fig.5 – Gráfico Percentagem de empresas que manifestaram interesse em receber cópia do artigo

No tratamento desta questão quisemos verificar se a colocação desta

possibilidade teria influência no aumento de respostas e de colaboração das empresas

no preenchimento do questionário. Assim, consideramos dois momentos. Num primeiro

momento identificamos as empresas que responderam de imediato ao primeiro pedido

e que manifestaram a intenção de receber essa cópia. E depois a percentagem de

empresas que manifestaram essa pretensão após a nossa segunda insistência na

resposta do questionário.

Verificámos que na primeira vaga em que as empresas responderam de formam

mais ou menos voluntária, a percentagem de empresas que indicaram pretender

receber cópia do artigo é de 63%, apos a nossa insistência na segunda vaga de

inquéritos a percentagem de sim baixou para 45%. É, por isso, legítimo inferir que

incluir esta opção nos questionários é fator de motivação para o envio e preenchimento

de questionários e desta forma proporcionar um aumento do numero de respostas.

SIM51%

NÃO49%

QUER RECEBER COPIA DESTE ARTIGO?

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Fig.6 – Gráfico Percentagem de empresas que manifestaram interesse em receber cópia do artigo

ao primeiro pedido

Fig.7 – Gráfico Percentagem de empresas que manifestaram interesse em receber cópia do artigo

após segundo pedido

Qual a importância que atribui à oferta de formação Graduada e Pós-Graduada

(Licenciaturas, Mestrados e MBAs) aos seus colaboradores como forma de premiar o

desempenho e melhorar as suas qualificações.

SIM63%

NÃO37%

PRIMEIRO PEDIDO

SIM45%

NÃO55%

SEGUNDO PEDIDO

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Fig.8 – Gráfico Importância atribuída pelas empresas à oferta de formação aos seus

colaboradores como forma de os premiar

Nos últimos 3 anos a empresa disponibilizou formação Graduada e Pós-Graduada

(Licenciaturas, Mestrados e MBAs) aos seus colaboradores?

Fig.9 – Gráfico Percentagem de empresas que disponibilizou formação graduada e pós-graduada

aos seus colaboradores nos últimos 2 anos

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

MÉDIA MODA MINIMO MAXIMO

6,54

5

1

10

SIM15%

NÃO85%

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A empresa pensa “oferecer” formação graduada e/ou pós-graduada

(Licenciaturas, Mestrados e MBAs) aos seus colaboradores no próximos 3 anos?

Fig.10 – Gráfico Percentagem de empresas que pensa oferecer formação graduada e pós-

graduada aos seus colaboradores nos próximos 3 anos

Importância que atribui à localização/proximidade das Instituições de Ensino

Superior com a dos seus utilizadores na hora de optar pela instituição de Ensino.

Fig.11 – Gráfico Importância atribuída pelos candidatos à localização/proximidade geográfica das

IES

SIM5%

NÃO54%

TALVEZ41%

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

MÉDIA MODA MINIMO MAXIMO

6,78

8

1

10

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Considera que a existência de formação graduada e pós-graduada em regime não

presencial (e-learning) é um ponto forte na oferta formativa das Instituições de Enino

Superior?

Fig.12 – Gráfico Importância atribuída à existência de formação não presencial (e-learning)

“No âmbito do MBA em Gestão de Empresas do IESF – Instituto de Estudos Superiores

Financeiros e Fiscais, na disciplina “Casos de Estratégia Empresarial”, um grupo de alunos

apoiados por docentes do IESF é desafiado a resolver um Caso, em conjunto com uma empresa.

Os alunos têm de detetar um Caso (um Problema que a empresa tenha ou uma Oportunidade

que queira aproveitar), ajudar a empresa a resolver esse caso (propor soluções para o Problema

ou vias para transformar a Oportunidade em ganhos efetivos) e apoiar na sua implementação.

Pretende-se desta forma fortalecer a ligação do ensino superior com o meio empresarial.”

Considera que a existência de disciplinas que reforçam a ligação entre as

Instituições de Ensino Superior e as empresas, como o exemplo descrito acima, é

importante?

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

MÉDIA MODA MINIMO MAXIMO

6,45

5

1

10

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Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às necessidades das empresas

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Fig.13 – Gráfico Importância atribuída à existência de disciplinas como Casos de Estratégia

Empresarial

No portfólio da oferta formativa das Instituições de Ensino Superior, considera

importante a existência de um MBA-Executivo para não licenciados?

Fig.14 – Gráfico Importância atribuída à existência de um MBA-Executivo para não licenciados

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

MÉDIA MODA MINIMO MAXIMO

7,88

9

3

10

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

MÉDIA MODA MINIMO MAXIMO

6,54

8

1

10

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Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às necessidades das empresas

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Considerando as necessidades de formação da sua empresa qual a importância

que atribui a MBAs nas seguintes áreas de especialização?

Fig.15 – Gráfico Importância atribuída aos MBAs do IESF face às necessidades de formação das

empresas

Nesta questão as empresas foram também desafiadas a indicaram outras áreas

de formação que consideravam importantes que o IESF incluísse no seu portfólio de

cursos. Foram obtidas as seguintes sugestões:

Fiscalidade

Contabilidade e auditoria

Qualidade

Engenharia e gestão de projetos (com 3 menções);

Comunicação e Relações Publicas (com 2 menções);

Fusões e aquisições

Métodos e tempos;

Ambiente e responsabilidade social;

Liderança com sucesso sem lobbies;

Área da Cultura;

0 1 2 3 4 5 6 7 8

Estratégias e Práticas de Internacionalização.

Finanças Empresariais.

Marketing e e-Business.

Gestão de Empresas.

Recursos Humanos.

Higiene e Segurança no Trabalho.

5,71

6,97

6,97

7,58

6,85

6,34

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Gestão florestal.

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Capítulo 5 – Conclusões

Das 1738 empresas constantes da base de dados utilizada para este

trabalho cerca de 156 não tinham o seu endereço de email atualizado pelo que não

puderam ser incluídas neste estudo. Ao primeiro pedido responderam 43 empresas.

Nesta resposta que poderemos considerar de espontânea, 63% das empresas

manifestaram vontade em receber uma cópia do trabalho, poder-se-á concluir que a

possibilidade de envio de cópia do trabalho é facilitador na obtenção de questionários,

facto que deve ser tido em conta na elaboração deste tipo de estudos. Esta conclusão

é também validada pelo facto de no segundo pedido haver mais empresas a responder

pela nossa insistência e não tanto pelo interesse na partilha do trabalho uma vez que

das 80 respostas recebidas na segunda vaga apenas 45% manifestaram vontade em

receber uma cópia do artigo.

As 123 empresas que participaram neste estudo empregavam 10449

colaboradores dos quais 3623 tinham formação superior. Destas empresas 49 empresas

são exportadoras (40%) e 74 não exportam neste momento (60%).

Uma questão importante deste inquérito era avaliar até que ponto as

empresas usavam a “oferta” de formação graduada e pós-graduada como forma de

recompensa pelo bom desempenho dos seus colaboradores. Verificamos que numa

escala de 0 a 10 onde o 0 era pouco importante e o 10 extremamente importante a

média das respostas obtidas foi de 6,54 e a moda (valor mais vezes selecionado) foi de

5, valor que se situa no centro do intervalo. Estes valores permitem-nos concluir que

as empresas atribuem alguma importância à possibilidade de oferecer formação

profissional como forma de recompensar o desempenho dos seus colaboradores.

Da análise dos dados também foi possível verificar que 15% das empresas

disponibilizou formação graduada e pós-graduada (Licenciaturas, Mestrados e MBAs)

aos seus colaboradores nos últimos 3 anos. No futuro e num horizonte temporal de 3

anos, 5% das empresas afirma que oferecerá formação graduada e pós-graduada

(Licenciaturas, Mestrados e MBAs) aos seus colaboradores, 41% talvez o faça e 54%

não tem intenção de o fazer.

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Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às necessidades das empresas

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Relativamente à importância atribuída à localização/proximidade das

Instituições de Ensino Superior na hora de optar por uma Instituição de ensino, numa

escala de 0 a 10 onde o 0 era pouco importante e o 10 extremamente importante a

média das respostas obtidas foi de 6,78 e a moda (Valor mais vezes selecionado) foi de

8, pelo que se verifica que é atribuída alguma importância à localização/proximidade da

Instituição de Ensino na hora do candidato ter que optar. Como forma de ultrapassar

esta dificuldade as Instituições de ensino têm apostado na formação não presencial sob

a forma de e-learning. Decidimos por isso incluir uma questão para se avaliar se as

empresas consideram que a existência desta alternativa é um ponto forte na oferta

formativa das Instituições de Ensino Superior. Verificamos que é considerado

moderadamente importante com uma média de 6,45 numa escala de 0 a 10 onde o 0

era pouco importante e o 10 extremamente importante e a moda (valor mais vezes

selecionado) foi de 5.

As questões centrais deste inquérito pretendiam avaliar a forma que o IESF

encontrou para interagir com o meio empresarial e avaliar a adequação dos cursos

atualmente ministrados no IESF às necessidades formativas das empresas. Para

conhecer a resposta à primeira questão foi feita uma breve apresentação da disciplina

de Casos de Estratégia Empresarial1 e foi perguntado às empresas a importância que

atribuem à existência de disciplinas que reforçam a ligação entre as Instituições de

Ensino Superior e as empresas, como é o caso da disciplina de Casos de Estratégia

Empresarial. Numa escala de 0 a 10 onde o 0 era pouco importante e o 10

extremamente importante foi obtida uma média de 7,88 e uma moda de 9. Verifica-se

de forma inequívoca que as empresas valorizam muito positivamente esta forma de

interação com as Instituições de Ensino Superior.

Nas questões relacionadas com a adequação da oferta formativa do IESF e as

necessidades das empresas introduzimos duas questões. A primeira com o objetivo de

se saber a importância que atribuem à existência de um MBA-Executivo para não

licenciados. Nesta questão e numa escala de 0 a 10 onde o 0 era pouco importante e o

10 extremamente importante foi obtida uma média de 6,54 e uma moda de 8, o que

1 “No âmbito do MBA em Gestão de Empresas do IESF – Instituto de Estudos Superiores Financeiros e Fiscais, na disciplina “Casos de Estratégia Empresarial”, um grupo de alunos apoiados por docentes do IESF é desafiado a resolver um Caso, em conjunto com uma empresa. Os alunos têm de detetar um Caso (um Problema que a empresa tenha ou uma Oportunidade que queira aproveitar), ajudar a empresa a resolver esse caso (propor soluções para o Problema ou vias para transformar a Oportunidade em ganhos efetivos) e apoiar na sua implementação. Pretende-se desta forma fortalecer a ligação do ensino superior com o meio empresarial.”

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Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às necessidades das empresas

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significa que a maioria dos inquiridos optou por atribuir uma pontuação de 8, logo

consideram muito importante a existência deste tipo de formação. Por fim foi pedido

que, considerando as necessidades de formação das empresas indicassem a

importância atribuída aos MBAs lecionados no IESF. Considerando a mesma escala de

valores de 0 a 10 onde o 0 era pouco importante e o 10 extremamente importante

foram obtidas as seguintes médias por ordem decrescente: Gestão de Empresas (7,58),

Marketing e e-Business (6,97), Finanças Empresariais (6,97), Recursos Humanos

(6,85), Higiene e Segurança no Trabalho (6,34) e finalmente Estratégias e Práticas de

Internacionalização (5,71). Pelos valores obtidos verifica-se que a avaliação feita pelas

empresas à oferta Pós-graduada do IESF é globalmente positiva. De referir que outras

áreas de formação foram identificadas como importantes pelas empresas, tendo

sugerido a criação de cursos nas seguintes áreas: Fiscalidade, Contabilidade e auditoria,

Qualidade Engenharia e gestão de projetos (com 3 menções), Comunicação e Relações

Publicas (com 2 menções), Fusões e aquisições, Métodos e tempos, Ambiente e

responsabilidade social, Liderança com sucesso sem lobbies, Área da Cultura e Gestão

florestal.

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Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às necessidades das empresas

26

Capítulo 6 – Limitações e Investigação Futura

Apesar da importância do tema o mesmo não tem sido alvo de muitos estudos,

e as referências bibliográficas não abundam. A forma escolhida para aavaliar junto das

empresas (através de questionário) se a oferta graduada e pós-graduada do IESF era

adequada às suas necessidades, tem as suas limitações, apesar de permitir a consulta

a um numero mais alargado de empresas não permite explorar outras informações,

pelo que este tipo de estudo poderá no futuro ser complementado com entrevistas de

modo a dar mais liberdade de respostas e recolher outras sugestões de melhoria no

processo de criação de sinergias entre as empresas e as Instituições de Ensino Superior

Politécnico.

Apesar do número significativo de respostas recolhidas (123) em termos

percentuais este valor é baixo face ao numero de empresas inquiridas, pelo que no

futuro este tipo de estudo deverá contar com uma base de empresas ainda mais

alargada.

No futuro seria interessante efetuar um estudo separando as empresas que

recorrem à formação Graduada e Pós-Graduada das outras, atribuindo ponderações

diferentes a cada grupo.

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Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às necessidades das empresas

27

Capítulo 7 – Implicações na Gestão Empresarial

Após tratamento dos questionários fazem-se as seguintes recomendações:

O IESF deve promover de forma mais adequada a sua oferta graduada e pós-

graduada de modo a capitalizar a avaliação positiva que foi feita pelas empresas.

O IESF deve manter a política de ajustar a sua oferta formativa às necessidades

das empresas, adaptando os conteúdos programáticos e criação de novos cursos como

fez recentemente com a criação do MBA em Estratégias e Práticas de

Internacionalização.

O IESF deve reforçar a ligação ao meio empresarial criando uma bolsa de

empresas com casos reais que possam ser estudados e resolvidos no âmbito da

disciplina de Casos de Estratégia Empresarial.

O IESF deve com uma periodicidade anual efectuar inquéritos ou entrevistas

junto de empresas no sentido de avaliar se a oferta formativa se mantém adequada às

necessidades das empresas, de modo a ajustar conteúdos programáticos e tentar

envolver mais as empresas neste processo.

O IESF deve dinamizar e divulgar mais a sua oferta na formação não presencial.

Neste item os resultados apesar de positivos podem ser melhorados. O IESF pode por

exemplo efetuar uma divulgação junto das empresas exportadoras com colaboradores

colocados no estrangeiro apresentando-lhes as vantagens da formação não presencial

para esses colaboradores.

O IESF deve celebrar protocolos de colaboração com Instituições estrangeiras

com especial incidência nos Países Lusófonos oferecendo desta forma o seu Know-how

de Business School que consolidou ao longo dos anos.

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Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às necessidades das empresas

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Agradecimentos

Ao Professor João Paulo Peixoto pela disponibilidade, dedicação e sabedoria que colocou

ao dispor para que encontrasse sempre o melhor caminho.

Às minha filhas, Rita e Vitória e esposa Arminda que sofreram com a minha e ausência

nas alturas de maior pressão.

À Sandra Silva e ao Jorge Costa pelo entusiamos, persistência, colaboração e

envolvimento que me impediram de esmorecer nos tempos mais difíceis.

Ao IESF que com os seus professores e colaboradores me ajudaram a concluir mais esta

jornada pelos caminhos do conhecimento e sabedoria.

Obrigado,

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Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às necessidades das empresas

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Referências

ALMEIDA, Carlos (2011) - O papel das Instituições de Ensino Superior na Inovação e no Desenvolvimento das Regiões A perspetiva das Empresas dos Distritos de Castelo Branco, Guarda e Viseu - Dissertação para a obtenção de Grau de Mestre em Gestão

Administração Pública Artigo disponível em http://bdigital.ipg.pt/dspace/handle/10314/328

ARCO, Helena Reis do (2012) - Cooperação interorganizacional e ensino superior

Dilemas e controvérsias - Trabalho apresentado no III Seminário de I&DT, organizado pelo C3i – Centro Interdisciplinar de Investigação e Inovação do Instituto Politécnico de

Portalegre, realizado nos dias 6 e 7 de Dezembro de 2012. Artigo disponível em http://comum.rcaap.pt/handle/123456789/4131

FERNANDES, António B.; Franco, Mário (2011) - Cooperação universidade-empresa: algumas evidências empíricas. In XIII Seminário Luso-Espanhol de Economia

Empresarial. Évora. Artigo disponível em https://bibliotecadigital.ipb.pt/handle/10198/6670

FRANCO, Mário; Fernandes, António F. (2012) - Factores influenciadores e formas de

cooperação Universidade – Empresa: um estudo empírico. In XXII Jornadas Luso-Espanholas de Gestão Científica. Vila Real: UTAD Vila Real Artigo disponível em https://bibliotecadigital.ipb.pt/handle/10198/9053

GRYNSZPAN, Flavio - A Visão Empresarial da Cooperação com a Universidade, Revista de Administração da Universidade de São Paulo, V.34, n.4, p.23-31, Outubro/Dezembro

1999. Artigo disponível em http://www.rausp.usp.br/busca/artigo.asp?num_artigo=85

MARCOVITCH, Jacques - A cooperação da universidade moderna com o setor

empresarial, Revista de Administração da Universidade de São Paulo, V.34, n.4, p.13-17, Outubro/Dezembro 1999. Artigo disponível em http://www.rausp.usp.br/busca/artigo.asp?num_artigo=83

PORTO, Geciane Silveira - Características do Processo Decisório na Cooperação Empresa-Universidade, Revista de Administração Contemporânea, Volume 08, Nº 03, P.29-52, Julho/Setembro 2004. Artigo disponível em:

http://www.scielo.br/pdf/rac/v8n3/v8n3a03.pdf

PLONSKI, Guilherme Ary - Cooperação Empresa-Universidade: Antigos dilemas, novos desafios, Revista da Universidade de São Paulo, nº. 25, 1995. Artigo disponível em:

http://www.revistas.usp.br/revusp/article/view/27045/28819

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Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às necessidades das empresas

30

SEGATTO, Andréa Paula (1996) - Análise do Processo de Cooperação Tecnológica Universidade - Empresa: Um Estudo Exploratório, Dissertação apresentada ao

Departamento de Administração da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo, para obtenção do título de Mestre em

Administração. Artigo disponível em: http://www.fundacaofia.com.br/pgtusp/pesquisas/arquivos_dissertacoes/DISSERTACAO%20SEGATTO-MENDES.pdf

SEGATTO-MENDES, Andréa Paula e SBRAGIA, Roberto - O processo de cooperação universidade-empresa em universidades brasileiras, Revista de Administração da Universidade de São Paulo, V.37, n.4, p.58-71, Outubro/Dezembro 2002. Artigo

disponível em: http://www.rausp.usp.br/busca/artigo.asp?num_artigo=1067

PLONSKI, Guilherme Ary - Cooperação universidade-empresa: um desafio gerencial complexo, Revista de Administração da Universidade de São Paulo, V.34, n.4, p.5-12, Outubro/Dezembro 1999. Artigo disponível em:

http://www.rausp.usp.br/busca/artigo.asp?num_artigo=82

MOURATO, Isabel Cristina dos Santos Duarte da Conceição (2011) - A Politica de cooperação Portuguesa com os PALOP; Contributos do Enino Superior Politécnico, Dissertação apresentada para a obtenção do Grau de Mestre em Ciência Política no

Curso de Mestrado em Ciência Política, Cidadania e Governação, conferido pela Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias. Artigo disponível em:

http://recil.grupolusofona.pt/bitstream/handle/10437/1340/disserta%C3%A7%C3%A3ofinalrevisto.pdf?sequence=1

RIBEIRO, Carlos Ribeiro, VENTURA, Margarida - O ISPT e a Cooperação no Ensino

Superior. Artigo disponível e consultado em 15-04-2014. http://aforges.org/conferencia2/docs_documentos/Paralela_7/Ribeiro_Carlos%20et%20Ventura%20(ISPT-Angola).pdf

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Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às necessidades das empresas

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Anexos

Inquérito à importância e adequação dos conteúdos da Formação Superior Graduada e Pós-graduada das Instituições Portuguesas para as Empresas.

*Obrigatório

I - CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA Nome da Empresa *

Número de colaboradores da Empresa. Deverá indicar todos os colaboradores com vinculo à empresa (efetivos e contratados a prazo).

Número de colaboradores com formação superior. Deverá indicar todos os colaboradores com vinculo à empresa (efetivos e contratados a prazo).

A empresa é exportadora?

o Sim

o Não A empresa tem ou prevê vir a ter nos próximos 2 anos colaboradores a trabalhar mais de 12 meses no estrangeiro?

o Tem colaboradores colocados no Estrangeiro.

o Espera vir a ter colaboradores colocados no Estrangeiro nos próximos 2 anos.

o Não tem nem espera vir a ter. Se pretender receber uma cópia das conclusões deste questionário indique-nos por favor o mail para o qual deverá ser enviado.

II – IMPORTÂNCIA ATRIBUÍDA PELA EMPRESA À FORMAÇÃO DOS SEUS COLABORADORES. A) Qual a importancia que atribui à oferta de formação Graduada e Pós-Graduada (Licenciaturas, Mestrados e MBAs) aos seus colaboradores como forma de premiar o desempenho e melhorar as suas qualificações.

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Pouco Importante

Extremamente importante

B) Nos últimos 3 anos a empresa disponibilizou formação Graduada e Pós-Graduada (Licenciaturas, Mestrados e MBAs) aos seus colaboradores?

o Sim

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Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às necessidades das empresas

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o Não C) A empresa pensa “oferecer” formação graduada e/ou pós-graduada (Licenciaturas, Mestrados e MBAs) aos seus colaboradores no próximos 3 anos?

o Sim

o Não

o Talvez

III – ABORDAGEM DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR JUNTO DAS EMPRESAS. Pretende-se conhecer a adequação da formação Graduada e Pós-Graduada das Instituições de Ensino Superior às necessidades das empresas. A) Importância que atribui à localização/proximidade das Instituições de Ensino Superior com a dos seus utilizadores na hora de optar pela instituição de Ensino.

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Pouco importante

Extremamente importante

B) Considera que a existência de formação graduada e pós-graduada em regime não presencial (e-learning) é um ponto forte na oferta formativa das Instituições de Enino Superior?

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Pouco importante

Extremamente importante

IV – A COOPERAÇÃO ENTRE EMPRESAS E INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR. No âmbito do MBA em Gestão de Empresas do IESF – Instituto de Estudos Superiores Financeiros e Fiscais, na disciplina “Casos de Estratégia Empresarial”, um grupo de alunos apoiados por docentes do IESF é desafiado a resolver um Caso, em conjunto com uma empresa. Os alunos têm de detetar um Caso (um Problema que a empresa tenha ou uma Oportunidade que queira aproveitar), ajudar a empresa a resolver esse caso (propor soluções para o Problema ou vias para transformar a Oportunidade em ganhos efetivos) e apoiar na sua implementação. Pretende-se desta forma fortalecer a ligação do ensino superior com o meio empresarial. A) Considera que a existência de disciplinas que reforçam a ligação entre as Instituições de Ensino Superior e as empresas, como o exemplo descrito acima, é importante?

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Pouco importante

Extremamente importante

B) No portfólio da oferta formativa das Instituições de Ensino Superior, considera importante a existência de um MBA-Executivo para não licenciados?

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Pouco importante

Extremamente importante

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Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às necessidades das empresas

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C) Considerando as necessidades de formação da sua empresa qual a importância que atribui a MBAs nas seguintes áreas de especialização?

Secção Sem Título Estratégias e Práticas de Internacionalização.

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Pouco importante

Extremamente importante

Finanças Empresariais.

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Pouco importante

Extremamente importante

Marketing e e-Business.

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Pouco importante

Extremamente importante

Gestão de Empresas.

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Pouco importante

Extremamente importante

Recursos Humanos.

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Pouco importante

Extremamente importante

Higiene e Segurança no Trabalho.

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Pouco importante

Extremamente importante

MBA noutra área de especialização não indicado anteriormente. (indique Qual)

Enviar

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Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às necessidades das empresas

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Índice de Figuras

Fig.1 – Gráfico Distribuição dos colaboradores por grau de formação

Fig.2 – Gráfico Distribuição dos colaboradores por grau de formação excluindo uma grande empresa

Fig.3 – Gráfico percentagem de empresas exportadoras

Fig.4 – Gráfico Percentagem de empresas com colaboradores a trabalhar no estrangeiro

Fig.5 – Gráfico Percentagem de empresas que manifestaram interesse em receber cópia do artigo

Fig.6 – Gráfico Percentagem de empresas que manifestaram interesse em receber cópia do artigo ao

primeiro pedido

Fig.7 – Gráfico Percentagem de empresas que manifestaram interesse em receber cópia do artigo após

segundo pedido

Fig.8 – Gráfico Importância atribuída pelas empresas à oferta de formação aos seus colaboradores como

forma de os premiar

Fig.9 – Gráfico Percentagem de empresas que disponibilizou formação graduada e pós-graduada aos seus

colaboradores nos últimos 2 anos

Fig.10 – Gráfico Percentagem de empresas que pensa oferecer formação graduada e pós-graduada aos

seus colaboradores nos próximos 3 anos

Fig.11 – Gráfico Importância atribuída pelos candidatos à localização/proximidade geográfica das IES

Fig.12 – Gráfico Importância atribuída à existência de formação não presencial (e-learning)

Fig.13 – Gráfico Importância atribuída à existência de disciplinas como Casos de Estratégia Empresarial

Fig.14 – Gráfico Importância atribuída à existência de um MBA-Executivo para não licenciados

Fig.15 – Gráfico Importância atribuída aos MBAs do IESF face às necessidades de formação das empresas