Avaliação comparativa da posição condilar pela Tomografia...

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Avaliação comparativa da posição condilar pela Tomografia Computadorizada de feixe Cônico (TCFC) nas más oclusões de Classe I e Classe II esquelética. CAIO FABRE CARINHENA Dissertação apresentada à Universidade Cidade de São Paulo – UNICID, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Mestre em Ortodontia. São Paulo 2010

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Avaliação comparativa da posição condilar pela Tomografia Computadorizada de feixe Cônico (TCFC) nas más oclusões de Classe I e Classe II esquelética.

CAIO FABRE CARINHENA

Dissertação apresentada à Universidade Cidade

de São Paulo – UNICID, como parte dos requisitos

para a obtenção do título de Mestre em Ortodontia.

São Paulo

2010

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Avaliação comparativa da posição condilar pela Tomografia Computadorizada de feixe Cônico (TCFC) nas más oclusões de Classe I e Classe II esquelética.

CAIO FABRE CARINHENA

Dissertação apresentada à Universidade Cidade

de São Paulo – UNICID, como parte dos requisitos

para a obtenção do título de Mestre em Ortodontia.

Orientadora: Profa. Dra. Karyna Martins do Valle-

Corotti.

São Paulo

2010

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RESUMO

O presente estudo teve como objetivo avaliar a posição ântero-posterior

do côndilo por meio da tomografia computadorizada por feixe cônico (TCFC)

em um grupo de 24 pacientes, sendo 12 com má oclusão de Classe I (Grupo I)

e 12 com má oclusão de Classe II esquelética (Grupo II), sem tratamento

ortodôntico. As imagens são pertencentes ao arquivo de documentações do

Departamento de Ortodontia da Universidade Cidade de São Paulo - UNICID e

de um arquivo de consultório particular. Foram realizadas medições por meio

de um software Nemotec Dental Studio 8.7, para avaliar os espaços anterior e

posterior do côndilo em relação à fossa articular. As medidas obtidas foram

utilizadas para definir a posição condilar nos grupos I e II. Não houve

concentricidade absoluta do côndilo em nenhum dos dois grupos avaliados. O

Grupo com má oclusão de Classe II demonstrou maior espaço posterior entre

côndilo e fossa articular, resultando em côndilos mais anteriorizados nesse

Grupo.

Palavras-chave: Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico (TCFC),

Articulação Temporomandibular (ATM), má oclusão.

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ABSTRACT

This study aimed to evaluate anteroposterior of the condyle through the Cone

Beam Computed Tomography (CBCT) in a group of 24 patients 12 with Class I

malocclusion (Group I) and 12 with Class II malocclusion, skeletal (Group II),

whitout orthodontic treatment. The images are from the Sao Paulo city´s

Department of orthodontic documentation files – UNICID and from a privace

office´s file. Measurements were taken through a software nemotec Dental

Studio 8.7, to assess the posterior and superior spaces of de condyle in relation

to the glenoid fossa. The measurements obtained were used to set the condylar

position in Groups I and II. There was no absolute concentricity of any of the

condyle in both groups evaluated. The group with bad occlusion of Class II

demonstrated bigger posterior space between condyle and articular fossa,

resultin on more anterior condyles in this group.

Key words: Tomography Computed Cone Beam (TCCB), Temporal Mandibular

Joint (TMJ), malocclusion.

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LISTA DE TABELAS P.

TABELA 5.1- Média, desvio padrão das duas medições, e teste “t” 54

e erro de Dahlberg para avaliar o erro sistemático e o erro casual.

TABELA 5.2- Comparação entre os espaços Anterior e posterior 56

de cada grupo e cada lado.

TABELA 5.3- Comparação entre os lados Esquerdo e Direito em 57

cada grupo e posição.

TABELA 5.4- Comparação entre os Grupos GI e GII em cada 58

lado e posição.

TABELA 5.5- Comparação entre os lados Esquerdo e Direito da 59

concentricidade no grupo G I.

TABELA 5.6- Comparação entre os lados Esquerdo e Direito da 60

concentricidade no grupo GII.

TABELA 5.7- Comparação entre os grupos G I e G II da 61

concentricidade no lado esquerdo.

TABELA 5.8- Comparação entre os Grupos GI e GII da 62

Concentricidade no lado Direito.

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LISTA DE FIGURAS

P.

Figura 4.1- Aparelho I-Cat 29

Figura 4.2- Software Nemotec D. Visual 8.7 29

Figura 4.3- Imagem ilustrativa dos pontos A, N e B na janela de

Visualização do Software Nemotec. 31

Figura 4.4- Imagem ilustrativa da medida de Wits 32

Figura 4.5- Registro do paciente. 33

Figura 4.6- Scanner e em seguida reformatar volume. 34

Figura 4.7- No quadro de imagens superior axial e sagital

Respectivamente e abaixo no quadro esquerdo quadro coronal. 35

Figura 4.8- Posição da cabeça no quadro sagital 36

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Figura 4.9- Quadro axial, alinhamento da sutura bi-espinhal. 37

Figura 4.10- Quadro que ilustra a possibilidade de giro

da imagem tomográfica. 37

Figura 4.11A- Ilustração do corte axial com a linha verde. 38

Figura 4.11B- Visualização da porção mais profunda da fossa

Articular. 38

Figura 4.12- Linha vermelha horizontal posicionada na porção mais

profunda da fossa articular. 39

Figura 4.13- Na direita do monitor clicar em

finalizar a imagem. 40

Figura 4.14- Quadros superior axial e sagital respectivamente,

abaixo na esquerda o quadro coronal. 41

Figura 4.15-A opção criação e edição de RX 42

Figura 4.16- Seleção de osso compacto e finalização da imagem

no botão criar. 43

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Figura 4.17- Ângulo A.N.B. 44

Figura 4.18- Mensuração de Wits. 45

Figura 4.19-Tela inicial 46

Figura 4.20- Linha vermelha horizontal posicionada na porção

mais profunda da fossa articular e na linha azul vertical no ponto mais

profundo da fossa articular. 47

Figura 4.21- Quadro sagital com zoom ajustado. 48

Figura 4.22- Zoom de Janela. 49

Figura 4.23- No quadro sagital demarcado na cor amarela

a distância entre os pontos posteriores e na cor vermelha

dos pontos anteriores. 50

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SUMÁRIO

P.

1 INTRODUÇÃO 1

2 REVISÃO DA LITERATURA 5

2.1 Articulação Temporomandibular (ATM) 6

2.2 Tomografia computadorizada (TC) 9

2.3 Evolução das técnicas de captação de imagem da articulação

Temporomandibular 14

3 PROPOSIÇÃO 24

4 MATERIAL E MÉTODOS 26

5 RESULTADOS 52

6 DISCUSSÃO 63

7 CONCLUSÃO 70

REFERÊNCIAS 72

ANEXOS 77

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FOLHA DE APROVAÇÃO

Carinhena, CF. Avaliação comparativa da posição condilar pela Tomografia Computadorizada de feixe Cônico (TCFC) nas más oclusões de Classe I e Classe II esquelética. Dissertação de Mestrado. São Paulo: Universidade Cidade de São Paulo; 2010.

São Paulo,____ /____ /________.

Banca examinadora

1)........................................................

Julgamento:...................................Ass:................

2)........................................................

Julgamento:...................................Ass:................

3)........................................................

Julgamento:...................................Ass:................

Resultado:......................................................................

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Dedicatória.Dedicatória.Dedicatória.Dedicatória.

Dedico esta conquista a Deus e

à minha mãe, que sempre me deu o incentivo

e não mediu esforços para nos

dar alegria!

Agradeço-a por suas orações.

Pelo exemplo de uma pessoa que batalha

e cuida dos seus! Obrigado mãe pelo seu carinho e

pelo seu amor! Ti amo.

Agradeço também ao meu Pai e meus irmãos que

representam literalmente a palavra família, família esta

que eu amo!

Obrigado.

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Agradecimentos especiaisAgradecimentos especiaisAgradecimentos especiaisAgradecimentos especiais

A Deus Deus Deus Deus e Maria e Maria e Maria e Maria mãe Santíssima que me concedeu saúde

e me proporcionam tantas alegrias. Por ter direcionado

pessoas que pudessem me conduzir nesta caminhada,

À Dra Karyna Martins do ValleKaryna Martins do ValleKaryna Martins do ValleKaryna Martins do Valle----Corotti, Corotti, Corotti, Corotti, professora e

orientadora deste trabalho, profissional de alta

capacidade, que com simplicidade entendeu minhas

dificuldades! Enfim nada disso poderia ser possível sem a

sua participação! Muito obrigado professora.

Aos meus irmãos Marcelo e Glauber,Marcelo e Glauber,Marcelo e Glauber,Marcelo e Glauber, que são realmente

meus ídolos, onde admiro suas conquistas profissionais

conseguidas através de tanto esforço e dedicação.

Agradeço por serem meus irmãos!

Por toda a minha família avós, tios e primos!avós, tios e primos!avós, tios e primos!avós, tios e primos!

A Bianca Bianca Bianca Bianca e sua famíliafamíliafamíliafamília agradeço pelo amor e carinho!

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AgradecimentosAgradecimentosAgradecimentosAgradecimentos

Ao Professor Vellini,Vellini,Vellini,Vellini, uma referencia profissional e por tudo

que representa pela ortodontia;

Ao Professor Flavio Cotrim, Flavio Cotrim, Flavio Cotrim, Flavio Cotrim, presente neste processo de

aprendizagem, pelo seu carinho e acessibilidade;

Aos Professores do Curso de mestrado em Ortodontia: Ana Ana Ana Ana

Carla Nahas, Hélio Sacavone Jr, Karyna do ValleCarla Nahas, Hélio Sacavone Jr, Karyna do ValleCarla Nahas, Hélio Sacavone Jr, Karyna do ValleCarla Nahas, Hélio Sacavone Jr, Karyna do Valle----Corotti, Rivea Corotti, Rivea Corotti, Rivea Corotti, Rivea

Inês Ferreira, Paulo Eduardo CarvaInês Ferreira, Paulo Eduardo CarvaInês Ferreira, Paulo Eduardo CarvaInês Ferreira, Paulo Eduardo Carvalho e Danilo Siqueira lho e Danilo Siqueira lho e Danilo Siqueira lho e Danilo Siqueira

Furquim. Furquim. Furquim. Furquim. Por todo o exemplo de profissionais capazes e dedicados

que são;

Aos meus colegas: Alex, Maria Helena, Eduardo, Gleison, Alex, Maria Helena, Eduardo, Gleison, Alex, Maria Helena, Eduardo, Gleison, Alex, Maria Helena, Eduardo, Gleison,

Marcos, Renata, Patrícia e Manuel.Marcos, Renata, Patrícia e Manuel.Marcos, Renata, Patrícia e Manuel.Marcos, Renata, Patrícia e Manuel.

À Dona Arlinda Arlinda Arlinda Arlinda pelo o auxilio e pelo seu sorriso acolhedor,

que nos dava energia para mais um dia de Clínica, meu muito

obrigado.

Ao professor Dr. José Roberto Pereira LaurisDr. José Roberto Pereira LaurisDr. José Roberto Pereira LaurisDr. José Roberto Pereira Lauris, por ter realizado a

analise estatística deste trabalho.

Aos pacientes da clinica da Unicid e de minha clinica, pacientes da clinica da Unicid e de minha clinica, pacientes da clinica da Unicid e de minha clinica, pacientes da clinica da Unicid e de minha clinica, que

depositaram confiança em meu trabalho.

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INTRODUÇÃOINTRODUÇÃOINTRODUÇÃOINTRODUÇÃO

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1 INTRODUÇÃO

A articulação temporomandibular (ATM), formada pela cabeça da

mandíbula e a fossa articular é constituída pelo disco articular, tecido

retrodiscal (zona bilaminar), membrana sinovial, cartilagem articular, cápsula

articular e superfície articular (GRABER 1972).

Devido à flexibilidade dessas articulações, a mandíbula pode ser

movimentada para cima, para baixo e para os lados, permitindo a mastigação,

a fala, o bocejo e a deglutição. Qualquer problema que interfira com o

funcionamento deste complexo sistema de músculos, ligamentos, discos e

ossos pode resultar em uma disfunção temporomandibular, podendo ser

assintomática ou sintomática (PEREIRA ET al. 2005).

Atualmente os casos que apresentam alterações nas ATMs merecem

atenção especial e contam com diferentes métodos de diagnóstico por imagem

como a telerradiografia, a radiografia transcraniana além dos exames de última

geração, como as Tomografias Computadorizadas (TC) ou as Imagens por

Ressonância Magnética (IRM).

Recentemente a odontologia conta com um método bastante eficiente

para a avaliação das estruturas da face; a Tomografia Computadorizada por

Feixe Cônico (TCFC). Quando comparada às radiografias convencionais, a

dose de radiação da TC por feixe cônico apresenta-se inferior e similar ao

exame periapical da boca toda ou equivalente a aproximadamente 4 a 15

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vezes a dose de uma panorâmica (HATCHER, ABOUDARA 2004; SCARFE,

FARMAN, SUKOVIC 2006).

O desenvolvimento desta nova tecnologia está promovendo à

Odontologia a reprodução da imagem tridimensional dos tecidos mineralizados

maxilofaciais, com a mínima distorção e dose de radiação significantemente

reduzida em comparação à TC tradicional (SCARFE, FARMAN, SUKOVIC

2006). Graças a esse avanço, o paciente que apresenta alterações na ATM

conta com a TCFC para elucidar diferentes questionamentos do profissional no

momento do diagnóstico e plano de tratamento.

A relação muito próxima entre a função das ATMs e das estruturas da

boca dificulta a definição da relação causa-efeito entre as discrepâncias

esqueléticas e as desarmonias intra-articulares. As más oclusões podem ser

avaliadas clinicamente, porém sua inter relação com a ATM necessitam de

exames radiográficos (IKEDA, KAWAMURA 2009).

Os côndilos apresentam-se freqüentemente assimétricos e diferem em

relação à angulação axial entre os indivíduos e no mesmo, entre lados direito e

esquerdo. Isso dificulta a sua visualização se não houver correção dos cortes

tomográficos dependentes do côndilo (SENA ET al. 2005).

As assimetrias condilares podem causar más oclusões esqueléticas que

levam a assimetrias oclusais e até mesmo faciais. Nesses casos o ortodontista

pode lançar mão do uso da TCFC para auxiliar no diagnóstico da má oclusão e

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avaliar o envolvimento do posicionamento condilar na etiologia dos problemas

oclusais e até mesmo de disfunções temporomandibulares.

Esse envolvimento entre a ATM e a Ortodontia associado ao momento

em que a Tomografia Computadorizada por Feixe Cônico ganha espaço como

parte da documentação ortodôntica, compreenderam o motivo maior da

realização do presente estudo, que buscou elucidar a possível diferença na

posição condilar entre pacientes com relação maxilomandibular de Classe I e

com discrepâncias esqueléticas de Classe II, na imagem tridimensional

proporcionada pela TCFC.

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REVISÃO DE LITERATURAREVISÃO DE LITERATURAREVISÃO DE LITERATURAREVISÃO DE LITERATURA

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2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Articulação Temporomandibular (ATM).

Behsnilian (1974) citou que a ATM faz parte do sistema estomatognático,

que pode ser definido como um conjunto de órgãos e tecidos, nos quais devem

atuar integrados e harmonicamente, participando das funções como

mastigação, respiração, fonação, deglutição e postura.

Douglas (1988) disse que os músculos que são responsáveis pelos

movimentos da mandíbula são os músculos elevadores e depressores. Os

músculos elevadores têm a função básica de elevação da mandíbula são eles

os principais: temporal, masseter e pterigóideo lateral. Os músculos

depressores exercem a função de depressão da mandíbula são eles:

pterigóideo lateral, digástrico, genióideo e milóide.

Martins (1993) citou que a articulação temporomandibular tem a anatomia

e a função mais complexa entre todas as articulações do corpo humano. Esse

fato é explicado pela duplicidade dos componentes articulares (dois côndilos e

duas cavidades glenóides) e ainda pode se somar um terceiro componente

articular, a oclusão dentária. A posição das articulações, cercada pelo denso

osso da base do crânio, torna-as de difícil exame clinico e por imagem

convencional.

Madeira (1994) classificou a ATM como uma articulação sinovial do tipo

condilar em que um lado está presente o tubérculo articular e a fossa articular,

do outro esta presente o processo condilar da mandíbula. E que as superfícies

articulares são revestidas por cartilagem fibrosa, sendo uma maior

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predominância de fibras colágenas e com pequenas quantidades de fibras

elásticas.

Segundo Molina (1995) a ATM esta localizada na região distal e superior

da mandíbula e na região inferior e lateral do osso temporal. Está delimitada

posteriormente pela espinha pós-glenóide, a região escamosa do temporal, o

conduto auditivo externo e a região posterior da fossa glenóide, anteriormente

pelo tubérculo articular, medialmente pela espinha do esfenóide, lateralmente

pela parede lateral externa da fossa glenóide e o músculo masseter e

superiormente pelo osso temporal e arco zigomático.

Muitos são os fatores que podem interferir no bom funcionamento das

funções da ATM.

A articulação temporomandibular é a união do osso temporal do crânio

com o osso da mandíbula, Cabezas (1997) refere-se à mandíbula como um

único osso móvel do crânio, ligando-se a base craniana por meio de uma

articulação dupla.

Segundo Badim e Badim (2002) a disfunção da ATM é qualquer alteração

da movimentação, com ou sem presença de dor, na maioria dos casos

somente o paciente com dor procura algum especialista, portanto o índice de

incidência na população geral é elevado. Relataram que os principais sinais e

sintomas presentes são eles: a dor na face, localizada ou difusa, a dor de

ouvido, dor á movimentação da articulação, crepitação, bloqueio e luxação.

Em 2002 Oliveira e Carvalho afirmaram que quando ocorre à perda de

dentes ou dos tecidos, mudanças compensatórias ocorrerão na direção das

forças dos músculos mastigatórios, levando a alterações estruturais, podendo

ser responsáveis por sintomas clínicos como dor local com irradiações para o

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ouvido. Ainda citam que a capsula articular, os ligamentos e a membrana

sinovial são inervados por ramos do plexo trigeminal e por fibras do sistema

nervoso autônomo, sendo assim, reações inflamatórias são muito dolorosas

especialmente a inflamação da membrana sinovial. A nutrição da articulação

temporomandibular é feita pelos ramos das artérias temporal superficial,

timpânica, meníngea média, auricular posterior, palatina ascendente e faríngea.

Torna-se claro que existem muitos fatores que podem interferir no

posicionamento condilar, Okeson (2008) relatou que a posição ideal da

articulação ortopedicamente estável, de acordo com os músculos, é aquela no

qual os côndilos estão posicionados na sua posição mais superior e anterior na

fossa articular, completamente apoiados na vertente posterior da eminência

articular. A definição completa da posição articular ortopedicamente mais

estável, portanto, é quando os côndilos estão em suas posições mais súpero-

anteriores na fossa articular, apoiados na vertente posteriores das eminências

articulares com os discos articulares interpostos corretamente. Os côndilos

assumem esta posição quando os músculos elevadores são ativados sem

interferência oclusal. Por esta razão, esta posição é considerada a posição

músculo-esqueleticamente estável.

No ano de 2009 Perrella, Marques e Cavalcanti relataram que a ATM é

uma das regiões corpóreas de maior dificuldade na obtenção de imagens

devido ao seu tamanho reduzido e por ser, ao menos parcialmente, encoberta

pelas densas estruturas ósseas do crânio, sobretudo o rochedo petroso

temporal, o que gera sobreposição de imagens. Ainda assim, muito do

conhecimento sobre as anormalidades da ATM tem sido conquistado por meio

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dos avanços tecnológicos dos exames de imagem como, por exemplo, a

tomografia computadorizada.

2.2 Tomografia Computadorizada (TC).

White e Pharoah (2000) relataram que na tomografia convencional, a

imagem é obtida por meio do principio físico de borramento de imagens por

movimento da fonte de raios-X e do receptor de imagem. O tubo de raios-X e o

receptor de imagem realizam um movimento de mesma amplitude, mas em

direções opostas, ao redor de um plano de fulcro, desde modo, estruturas

localizadas no plano de fulcro aparecem nítidas no receptor de imagem,

enquanto que as estruturas localizadas aquém e além do plano de fulcro

aparecem borradas na imagem visto que são registradas em posições

diferentes do receptor de imagem durante a movimentação do conjunto. Deste

modo, a imagem focada destaca-se das demais realçando os detalhes

anatômicos no plano pré-selecionado.

Bontrager (2003) relatou que a tomografia computadorizada (TC) é,

algumas vezes, comparada a tomografia convencional porque o tubo de raios-

X e os detectores de dados se movem em relação ao paciente durante a

obtenção de imagens. Este movimento resulta na obtenção de uma secção

anatômica. Uma diferença fundamental, é que a tomografia convencional usa a

técnica de borramento, enquanto a TC usa técnicas de reconstrução

matemática computadorizada.

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Sukovic (2003) enfatizou que, com o passar das décadas, várias

modalidades de aquisição de imagens foram utilizadas, porém sem resultados

satisfatórios, sendo assim muitos clínicos tem escolhido a TC para melhorar o

planejamento de seus casos. Descreveu ainda que após a criação do primeiro

tomógrafo, esta tecnologia foi rapidamente desenvolvida e apareceram quatro

gerações de escâneres. A primeira usava um único detector para a captura do

feixe de raios-X, que após o registro transladava para aquisição de nova

imagem e assim sucessivamente até cobrir toda a área de interesse. Este

modelo estava indicado somente para trabalhar somente na cabeça do

paciente. Em 1975, uma nova geração de TC foi introduzida no mercado,

conhecida como máquinas hibrida, utilizavam mais de um detector e possuíam

feixe em leque (Fan Beam), mas ainda levava muito tempo na aquisição de

imagens, o que limitava seu uso apenas para a cabeça, dado o elevado

número de artefatos criados pela movimentação do paciente durante o longo

exame. Logo após, em 1976, surgiu à terceira geração, com um sistema que

obtinha as imagens todas de uma vez (Wide Beam) com varias centenas de

detectores, utilizando a radiação de forma mais eficiente. A quarta geração se

caracteriza pela substituição do arco de detecção por detectores em todo o

circulo do “gantry”, além de fonte giratória. Nos anos 90, os avanços

continuaram e um novo conceito de captação de imagens foi criado a partir do

desenvolvimento da TC helicoidal, que permite, através do movimento

simultâneo da mesa e da fonte de raios-X, vários cortes ao mesmo tempo e

reduzindo consideravelmente o tempo de exame, permitindo com isso, imagens

com menor número de artefatos.

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Segundo Kau ET al. (2005) a tomografia computadorizada foi

desenvolvida por Sir Godfrey Hounsfield, no ano de 1967. Do seu protótipo

inicial, já houve uma evolução para cinco gerações desse sistema. O método

de classificação de cada sistema é baseado na organização das partes

individuais do dispositivo e movimento físico do feixe de raios-X no momento

da captura de dados.

Na Odontologia, a TC pode ser empregada na área da Implantodontia,

pois fornece com precisão e sem nenhum grau de ampliação medidas nos três

planos de espaço. É indicada também na avaliação de áreas patológicas, na

avaliação de dentes inclusos, reabsorções e fraturas radiculares (SENA ET al.

2005).

Xaves ET al. (2005) relacionaram algumas das especialidades da

odontologia em que a tomografia computadorizada de feixe cônico é indicada,

são elas: Implantodontia, para verificar a morfologia, quantidade e qualidade

óssea; Ortodontia, para traçado computadorizado em três dimensões e

obtenção de imagens panorâmicas e cefalométricas; Periodontia para verificar

a fenestração óssea, altura da crista alveolar e lesão de furca; Cirurgia e

traumatologia buco-maxilo-facial para avaliar fraturas, dente incluso, tumores;

em Endodontia, para verificar canais acessórios e fraturas radiculares. Essa

nova tecnologia traz a possibilidade de avaliar todas essas estruturas reduzidas

em alta qualidade sem uma grande exposição à radiação para o paciente.

Garib ET al (2007) comentaram que basicamente, um tomógrafo

computadorizado é composto por um granty ou ponte, que contém os

sensores, os colimadores e a fonte de raios X, de uma mesa, onde o paciente é

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posicionado e levado em direção ao portal do granty, e de um computador que

processa os dados para formar as imagens.

Maverna e Gracco (2007) relataram que a tomografia axial

computadorizada foi a técnica que precedeu a tomografia computadorizada de

feixe cônico TCFC, em que os cortes se unem num único volume, que pode ser

visualizado através de softwares específicos onde o operador pode manipular

as imagens captadas.

Rodrigues e Vitral (2007) descreveram que o processo da tomografia

computadorizada foi baseado num principio matemático, primeiramente

apresentado em 1917, por Randon, um matemático australiano. A primeira

técnica radiográfica foi anunciada cinqüenta e cinco anos depois por Godfrey

N. Hounsfield, engenheiro eletrônico inglês, cujo grande mérito foi a utilização

do computador como elemento centralizador dos complexos mecanismos

relacionados à tomografia computadorizada, não ser um método invasivo,

rápido, fidedigno e de alta precisão diagnóstica. Os autores relataram sobre a

indicação para a avaliação da articulação temporomandibular, sendo a

tomografia computadorizada considerada o melhor método e indicada em

condições patológicas como: anomalia congênita, trauma maxilofacial, doenças

do desenvolvimento, infecções e neoplasias envolvendo o tecido ósseo. É

recomendada também na avaliação da cortical óssea podendo-se observar

erosões ósseas, cistos subarticulares, esclerose e osteófitos. Quando

neoplasias estão presentes, ocorre um alargamento irregular do côndilo,

destruição do côndilo ou cavidade articular, e as calcificações do tecido mole. A

imagem por ressonância magnética pode ser requerida se houver necessidade

de informação sobre a invasão neoplásica nos tecidos mole. Em contra partida

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eles relataram que a tomografia computadorizada não é indicada para imagem

do disco articular, pois ele aparece com imagem semelhante à do ligamento

tendinoso do músculo pterigóideo lateral. A imagem por ressonância magnética

permite uma acurada imagem do disco.

Segundo Mazzutti, Brunetto e Brunetto (2008) relatam que a tomografia

computadorizada tem precisão e fidelidade suficientes para ser utilizada na

odontologia e o seu uso tende crescer tanto na rotina clinica como também em

pesquisas. Ela tem possibilitado grande avanço na pratica ortodôntica, pois

entre outros fatores possibilitou o desenvolvimento de uma cefolometria 3D.

Cavalcanti e Sales (2009) apresentaram alguns conceitos básicos em

tomografia computadorizada. Sendo eles: Matriz, pode ser definida como um

arranjo bidimensional formado através da intersecção dos planos (linhas e

colunas) entre eixo das abscissas e das ordenadas (x e y); Pixels estão

representados os valores dos tons de cinza de tecidos que foram

radiografados, a partir destes são formados os elementos tridimensionais (eixo

Z) que correspondem aos voxels, tomando por parâmetro um dado, um pixel

corresponderia a uma face deste, enquanto um voxel corresponderia ao

volume total em 3 dimensões (altura, largura e profundidade); Fov corresponde

pelo tamanho do campo visual a ser estudado e pode ser colimado de acordo

com a área escaneada; Janela caracteriza o processo utilizado pelo

computador para calcular os valores das Unidades Hounsfield, que são

peculiares à capacidade de atenuação de cada tecido dentro do corpo;

Espessura de corte corresponde à espessura da “fatia” obtida durante a

aquisição do exame tomográfico; Intervalo de reconstrução, espaçamento

virtual entre os cortes tomográficos onde através de cálculos matemáticos

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(interpolação) são calculadas densidades médias dos voxels adjacentes e

inseridas (superpostas) como dados adicionais para o refino da imagem;

Dicom, acrônimo usado para definir o padrão tecnológico global, cujo

desenvolvimento inicia-se em 1993 e foi designado para permitir a

interoperabilidade dos sistemas usados para produção, armazenamento,

visualização, processamento, envio e impressão de imagens médicas e

documentos correlatos, bem como otimização do fluxo de trabalho inerente às

imagens médicas.

2.3 Evoluções das técnicas de captação de imagens da articulação

temporomandibular.

Griffiths (1983) questionou a necessidade de se utilizar a radiografia

transcraniana para representar a posição da cabeça da mandíbula devido à

falta de evidencias que a excentricidade da mesma poderia desencadear as

desordens temporomandibulares.

Pullinger e Hollender (1986) realizaram um trabalho onde pesquisaram a

posição do côndilo num grupo de pacientes assintomáticos por meio da

tomografia linear. Os resultados mostraram que a relação concêntrica do

côndilo era freqüentemente presente. Quando não concêntrico o côndilo, a

posição anterior nos homens é a mais freqüentemente encontrada e a posição

posterior é mais presente nas mulheres.

Bean & Thomas (1987) utilizaram a técnica transcraniana em seu estudo

em indivíduos com sintomas de desordens temporomandibular e compararam

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com indivíduos assintomáticos. Dos côndilos dos indivíduos assintomáticos,

30% tinham desvios anteriores e posteriores de mais de 1 mm em qualquer

direção. Dos côndilos de indivíduos sintomáticos, 27% tinham anterior ou

posterior desvio de mais de 1 mm. Concluíram que como os resultados são

praticamente os mesmos em ambos os grupos, a posição condilar na fossa,

determinada pela radiografia transcraniana é de importância questionável no

que se refere aos sintomas das desordens temporomandibulares.

No ano de 1991 Ludlow, Nolan e Macnamara realizaram um estudo da

avaliação exata da mensuração do espaço articular e do posicionamento do

côndilo por meio de 3 técnicas tomográficas em crânio seco, utilizando

inclinações axiais da cabeça da mandíbula padronizadas em 20 graus,

concluindo que a correção vertical e horizontal produziu significativamente mais

exatidão nas mensurações do espaço articular. Os autores afirmaram que esse

estudo fundamenta a indicação do uso da tomografia.

Em 1996 Warnke, Carls e Sailer introduziram o programa de

reconstrução parassagital DENTASCAN, originalmente criado para implantes

dentários, para delineamento e avaliação da articulação temporomandibular,

usando dados a partir de cortes axiais originais da tomografia

computadorizada.

Hesse (1997) avaliou as alterações na posição condilar e na oclusão de

22 pacientes submetidos a tratamento de expansão maxilar, e observaram por

meio de tomografias pré e pós-tratamento, constatando modificações no

posicionamento condilar direcionado mais para anterior em relação ao seu

posicionamento inicial na fossa articular.

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Moraes ET al. (2001) citaram que a radiografia específica para exame do

côndilo é a técnica transcraniana lateral. A radiografia transcraniana é o exame

mais solicitado quando se suspeita de desordem intra-articular ou para verificar

a capacidade de translação condilar, além de ter um custo relativamente baixo,

não necessitando de aparelho sofisticado.

Hashimoto ET al. (2003) compararam um novo aparelho de tomografia

computadorizada por feixe de cônico (TCFC) para o uso odontológico (3DX),

com a máquina de TC multidetector. A amostra consistiu nas imagens que

foram tomadas pelo 3DX e pelo multidetector TC do incisivo central superior

direito e do primeiro molar inferior esquerdo. Foram utilizados 5 pontos para

avaliar o osso cortical, esponjoso, esmalte, dentina, cavidade pulpar, espaço do

ligamento periodontal e lâmina dura. Os resultados mostraram que a qualidade

da imagem do 3DX era melhor do que o multidetector TC para todos os

estudos (p<01). Além disso, as doses de exposições médias com o

multidetector TC eram mSv 458 por o exame, visto que as doses com o 3DX

eram mSv 1.19 por exame. Estes resultados indicaram claramente a

superioridade do 3DX na exposição de tecidos duros na área dental ao diminuir

substancialmente a dose ao paciente.

No ano de 2004 Tsiklakis ,Syriopoulos e Stamatakis descreveram a

Tomografia Computadorizada por Feixe Cônico (TCFC) como uma nova

técnica radiográfica, de reconstrução para examinar a articulação

temporomandibular (ATM). A técnica fornece uma investigação radiográfica

completa dos componentes ósseos do ATM. As imagens reconstruídas são de

qualidade diagnóstica elevada. O tempo do para o exame é mais curto e a

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dose de exposição de radiação ao paciente é mais baixa do que aquela com

TC convencional. Conseqüentemente pode-se considerar como a técnica de

imagem radiográfica de escolha para a investigação de mudanças ósseas da

ATM.

Vitral ET al. (2004) avaliaram por meio da Tomografia Computadorizada

(TC), a profundidade da fossa mandibular, a formação angular da parede

posterior da fossa articular, o relacionamento do côndilo fossa e a posição

cêntrica dos côndilos. A amostra foi composta de 30 individuos com idade de

12 anos e 8 meses a 42 anos, com a mesma característica de Classe II

subdivisão. Foi observado que não existia nenhuma diferença entre os lados no

relacionamento côndilo-fossa. A avaliação da posição cêntrica do côndilo em

suas fossas mandibulares, que foi mensurada a partir do côndilo a fossa

articular (anterior, posterior e superior) demonstrou um côndilo com um

posicionamento anterior estatisticamente significativo. Concluíram que não

havia nenhuma diferença significativa entre lados Classe I e Classe II no

relacionamento côndilo-fossa, na profundidade da fossa mandibular, e na

formação angular da parede posterior da fossa articular.

Honda ET al. (2004) avaliaram a utilidade da Tomografia

Computadorizada Cone Beam (3DX) e mediram a espessura do teto da fossa

glenóide da articulação temporomandibular (ATM). Eles utilizaram 21 ATMs

removidas na autópsia de 21 cadáveres investigados macroscopicamente

usando a dissecção e a imagem 3DX. Um aparelho Digimatic e uma ferramenta

3DX-image foram usados para medir a espessura mínima. Várias medidas

foram realizadas para identificar as áreas mais finas, que quando identificadas,

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foram submetidas a três medidas lineares. O valor médio foi utilizado para a

análise estatística. A medida macroscópica média da avaliação era 1.37

milímetros (escala 0.55-3.6 milímetros) e a medida média da imagem 3DX

eram 1.22 milímetros (escala: 0.51-3.0 milímetros). Houve uma diferença

significativa, ao nível de significância de 0.05 entre estes dois grupos quando

aplicado o teste de Mann-Whitney. Estes resultados sugeriram que as medidas

da espessura do osso da região da fossa glenóide pela imagem 3DX foram

eficazes.

No ano de 2004, Schulze ET al. observaram as doses de radiação de

diferentes tipos de aparelhos disponíveis para obtenção de imagens

radiográficas do crânio. Uma amostra preparada com dosímetros de fluoreto do

lítio termo luminescente, foi exposta a radiação nas tomadas de quatro

radiografias convencionais (vista orbital, visão modificada de Waters,

ortopantomografia, telerradiografias), dois diferentes tipos de Tomografia

Computadorizada por Feixe Cônico (TCFC) (NewTom 9000 e Siremobil Iso-

C3D), e a Tomografia Computadorizada Multislice (TC) (Somatom Volume

Zoom e 16 de Somatom). O Multislice TC mostrou os valores de exposição os

mais elevados. Os níveis de exposição dos sistemas de TCCB estão entre o

TC e a radiografia convencional. A medida da dose para a fatia 16 da TC

revelou quase a mesma exposição de radiação que o sistema de 4 fatias

quando os protocolos adaptados examinados foram usados. A escolha do tipo

mais apropriado de imagem radiográfica deve ser indicada de acordo com as

doses empregadas, a qualidade da imagem e a informação exigida e as

circunstâncias clínicas.

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Ahn ET al. (2006) relataram que as panorâmicas podem ajudar o clínico a

identificar os pacientes com potencial para Distúrbio Interno da ATM,

observando forma de côndilo, possíveis desgastes e ou assimetrias condilares.

Marques & Moraes (2006) verificaram a prevalência das alterações da

ATM por meio de tomografia computadorizada. Foram analisados 132

pacientes de diversos serviços especializados em diagnóstico por imagem da

cidade do Rio de Janeiro – RJ. Elaboraram uma análise onde se encontrou um

terço (33,3%) dos exames apresentando aspecto de normalidade da ATM. Os

dois terços restantes apresentaram algum tipo de alteração, destacando-se

com maior percentual a hiperexcursão bilateral (14,9%), seguidamente da

hiperexcursão unilateral (8,0%).

Garib ET al. (2007) informaram o ortodontista a respeito à tomografia

computadorizada por feixe cônico (TCFC) e concluíram que com esta evolução

tecnológica, a diminuição de exposição à radiação e qualidade de imagem só

vem a contribuir e justificar seu uso para facilitar o diagnóstico e planejamento

do tratamento ortodôntico.

Honey ET al. (2007) realizaram a observação transversal, in vitro, para

comparar a exatidão diagnóstica entre imagens feitas com o TCFC, radiografia

panorâmica, e a tomografia linear. A avaliação consistia em detectar a

presença de erosões na cortical da cabeça mandibular. A amostra consistia em

37 articulações temporomandibulares de 30 crânios com qualquer um

morfologia do côndilo (n=19) ou erosão lateral (n=18). Imagens de TCFC

forneceram a confiabilidade superior e a maior exatidão do que as imagens

panorâmicas na observação de erosão na cortical do côndilo.

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Tvrdy ET al. (2007) avaliaram pesquisas publicadas de 1979 a 2002, com

diferentes métodos de aquisição de imagens da articulação

temporomandibular. Observaram que o exame de raios-X é o método mais

disponível e não existe nenhuma contra indicação. A tomografia

computadorizada aparece com grandes vantagens na observação das

imagens, com uma melhor qualidade e a possibilidade de uma reconstrução 3D

das estruturas ósseas. Em casos com deficiências orgânicas e desordens

internas, se torna recomendável a utilização da ressonância magnética. Para

procedimentos invasivos a artroscopia é o recomendável. A ecografia pode ser

um complemento não invasivo e indicado para diagnóstico de disfunções

temporomandibulares. Concluíram que a evolução dos equipamentos de

obtenção de imagem ajudou muito o tratamento desordens

temporomandibulares.

Schlueter ET al. (2008) determinaram o nível e a largura ideal do feixe

cônico necessária para reconstrução tridimensional da cabeça da mandíbula.

As dimensões lineares foram medidas com um compasso digital para avaliar a

anatomia de 50 cabeças mandibulares de humanos secos. Foi feito uma

varredura com o sistema de Tomografia Computadorizada por Feixe Cônico

(TCFC) e os modelos foram reconstruídos em 3D. Três medidas

tridimensionais lineares foram feitas em cada um dos 50 côndilos, estas

medidas foram comparadas com a verdade anatômica. A avaliação de TCFC

da cabeça mandibular, usando a reconstrução 3D, é a mais exata quando

realizada a níveis da densidade abaixo daquela recomendada para a avaliação

óssea. Entretanto, utilizando níveis mais baixos da janela que se estende na

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escala tecido mole, pode comprometer sua capacidade de ver a topografia

óssea.

Conti, Freitas e Conti (2008) avaliaram a influência da protusão

mandibular ortopédica e da posição condilar na prevalência de sinais e

sintomas de disfunção temporomandibular. A amostra constou de 60 pacientes,

divididos em 3 grupos, sendo que o grupo I foi de pacientes não tratados, grupo

II composto por jovens em tratamento com bionator e grupo III por pacientes já

tratados com este tipo de aparelho ortopédico. Foi utilizado o método de

radiografia transcraniana das ATMS do lado esquerdo e direito para avaliação

de concentricidade condilar. Os resultados foram de 66,7% de ausência de

DTM, 30% de presença leve de DTM e de 3,3% de DTM moderada.

Concluíram que a protusão ortopédica mandibular, apesar de modificar a

posição dos côndilos, não aumentou a prevalência de DTMS.

Giuntini ET al (2008), realizaram um trabalho onde o objetivo era avaliar a

posição da fossa articular em individuos Classe II esquelética combinados com

a retrusão mandibular, eles utilizaram em seu material e métodos 30 individuos

sendo 16 do gênero masculino e 14 do gênero feminino, com uma idade média

de 9 anos e 6 meses, apresentando características de Classe II esquelética

com retrusão mandibular e foi comparado com um Grupo Classe I composto

por 37 individuos sendo 18 do gênero masculino e 19 no gênero feminino, com

características de tamanho normal de mandíbula e dimensões verticais. O

resultado do estudo apresentou no Grupo Classe II esquelética com retrusão

mandibular, significativamente uma posição mais posterior da fossa articular

comparado com o Grupo de Classe I. Eles concluem que a fossa articular

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posicionada mais para posterior é uma característica possível de ser

diagnosticada e observada nos individuos Classe II esquelética com retrusão

mandibular. Esta avaliação pode ser realizada por meio de uma medida

cefalométrica na telerradiografia lateral, na distância entre os pontos fossa

articular à sutura frontomaxilonasal (FA-FMN).

Costa, Carneiro e Capelli (2009) avaliaram o posicionamento côndilar em

indivíduos com mordida cruzada unilateral, onde compararam o côndilo do lado

onde existia a mordida cruzada posterior com o côndilo do lado oposto, e

determinaram a existência de modificação da posição condilar após a correção

da maloclusão. A amostra foi composta de 13 pacientes com mordida cruzada

unilateral, sendo que esses pacientes foram submetidos a exames

tomográficos de 3 cortes laterais de cada ATM e de 2 cortes frontais de cada

ATM. A mordida cruzada posterior foi corrigida com um aparelho do tipo Porter.

Não foi encontrada nenhuma posição condilar específica, para os indivíduos

com mordida cruzada posterior funcional, e sim uma grande dispersão dos

posicionamentos, tanto no sentido ântero-posterior, como no sentido lateral. Foi

encontrada modificação da posição condilar após o tratamento da mordida

cruzada posterior funcional, porém sem um padrão específico.

Ferreira, Garib e Ferreira (2010) indicaram para a realização do exame

TCFC, o tomógrafo deve estar ajustado para funcionar segundo as seguintes

especificações: 120KvP, 8mA e tempo de exposição de 20 segundos. Os

pacientes devem ser orientados a permanecer sentados no aparelho com a

cabeça posicionada com o plano de Frankfurt paralelo ao solo, e plano sagital

mediano perpendicular ao solo. As imagens da tomografia computadorizada

cone beam são adquiridas em formato DICOM (Digital Imaging no

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Communication in Medicine). No formato DICOM, as imagens adquiridas em

quaisquer tomógrafos, independentemente do processo de aquisição (single,

multislice, feixe cônico) podem ser lidas em softwares para imagens

volumétricas. As imagens originais em formato DICOM apresentam uma chave

de segurança, ou numero associado, que impossibilita a sua modificação e lhe

provê valor legal.

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PROPOSIÇÃOPROPOSIÇÃOPROPOSIÇÃOPROPOSIÇÃO

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3 PROPOSIÇÃO

Com base nos dados obtidos na revisão da literatura, o presente estudo

se propõe:

• Avaliar a concentridade condilar (medidas anterior e posterior) nos

grupos de má oclusão de Classe I (Grupo I) e Classe II esquelética

(Grupo II);

• Comparar a posição condilar entre os lados direito e esquerdo.

• Comparar os resultados entre os dois grupos.

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MATERIAL E MÉTODOS MATERIAL E MÉTODOS MATERIAL E MÉTODOS MATERIAL E MÉTODOS

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4 MATERIAL E MÉTODOS

Este estudo foi desenvolvido em conformidade com as normas e os

preceitos adotados pela Comissão de Ética em Pesquisa da Universidade

Cidade de São Paulo – UNICID, tendo sido aprovado sob protocolo

n.13425018 (Anexo).

Amostra

O presente estudo contou com 24 tomografias computadorizadas por

feixe cônico pertencentes à documentação inicial do arquivo do Curso de

Mestrado em Ortodontia da Universidade Cidade de São Paulo e de um

arquivo de consultório particular, divididas igualmente em dois grupos de

acordo com as características esqueléticas das mas oclusões de classes I e II,

de pacientes 09 anos e 3 meses e 23 anos e 11 meses anos, de ambos os

sexos, não submetidos a tratamento ortodôntico.

Métodos

Critério de inclusão:

• Indivíduos com relação esquelética de Classe I e II.

• Individuos sem tratamento ortodôntico prévio.

• Presença de todos os elementos dentários até primeiro molar

permanente.

• Ausência de sintomatologia dolorosa na ATM.

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Obtenção das imagens

As imagens foram obtidas com o aparelho I-CAT e armazenadas no

formato DICOM.

Foi utilizado o software da Nemotec Dental Studio 8.7 para visualização

das imagens e mensuração da posição condilar.

Para a realização do exame, o tomógrafo deve estar ajustado para

funcionar segundo as seguintes especificações: 120KvP, 8mA e tempo de

exposição de 20 segundos. Os pacientes devem ser orientados a permanecer

sentados no aparelho com a cabeça posicionada com o plano de Frankfurt

paralelo ao solo, e plano sagital mediano perpendicular ao solo. As imagens da

tomografia computadorizada cone beam são adquiridas em formato DICOM

(Digital Imaging no Communication in Medicine). No formato DICOM, as

imagens adquiridas em quaisquer tomógrafos, independentemente do processo

de aquisição (single, multislice, feixe cônico) podem ser lidas em softwares

para imagens volumétricas. As imagens originais em formato DICOM

apresentam uma chave de segurança, ou numero associado, que impossibilita

a sua modificação e lhe provê valor legal (Garib;Ferreira, 2010).

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Figura 4.1: Aparelho I-CAT

Figura 4.2: Software Nemotec Dental Visual 8.7

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Definição do padrão esquelético

O critério utilizado para determinar os grupos de Classe I e Classe II foi o

ângulo ANB e a medida de Wits, medidos na telerradiografia obtida na

tomografia computadorizada.

Ferreira, 1993 determinou os padrões esqueléticos por meio das medidas

de Wits e ANB, em uma amostra composta por individuos de Classe I e Classe

II esquelética. A amostra foi dividida em dois grupos e depois comparada entre

si. Foi concluído que a aplicação concominate do ângulo ANB e da medida de

Wits, nos 60 individuos, foi a forma mais confiável de verificação do

relacionamento ântero-posterior dos maxilares.

De acordo com ANB:

• Classe I, 0 < ANB < 4

• Classe II, ANB > 4

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Fig. 4.3: Imagem ilustrativa dos pontos A,N e B na janela de visualização

do software Nemotec.

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Fig. 4.4: Imagem ilustrativa da medida de Wits.

Wits: Trace uma linha no plano oclusal, linha do ponto A ao plano oclusal,

linha do ponto B ao plano oclusal. Medir a distância entre os dois pontos no

plano oclusal e obter a medida de Wits.

Aplicação do método no Software Nemotec Dental Visual 8.7

As imagens foram carregadas no software pelo ícone procurar paciente,

com um clique em registros, e dois cliques no quadro com as imagens do

paciente.

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Figura 4.5:Registros do paciente

O passo seguinte consiste em escanear todos os cortes, com um clique

na opção Scanner, seguido de um clique em Reformatar Volume, que são os

responsáveis por unir cortes e criar a imagem completa do paciente.

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Figura 4.6: Scanner e em seguida reformatar volume.

Esse procedimento possibilita a visualização nos três planos espaciais:

axial, sagital e coronal.

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Figura 4.7: No quadro de imagens superior axial e sagital

respectivamente, e abaixo no quadro esquerdo quadro coronal.

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No quadro sagital a imagem foi posicionada utilizando a linha vermelha

passando pelo ponto mais profundo da convexidade anterior da maxila e o

ponto Espinha Nasal Posterior. Esse passo apresenta grande importância e

define a posição da cabeça do paciente possibilitando a padronização e a

realização das etapas seguintes.

Figura 4.8: Posição da cabeça no quadro sagital

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Na etapa seguinte utilizou-se o quadro axial para alinhar a sutura bi-

espinhal com a linha azul vertical, corrigindo possíveis rotações da cabeça,

utilizando a opção Reposicionar presente no software.

Figura 4.9: Quadro axial, alinhamento da sutura bi-espinhal.

Fig. 4.10: Quadro que ilustra a possibilidade de giro da imagem

tomográfica.

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Ainda no quadro axial, movimenta-se a linha verde (figura 4.11 A),

observando a alteração da imagem no quadro coronal ate visualizar neste

quadro a porção mais profunda da fossa articular (parede superior) de ambos

os lados (figura 4.11 B).

Figura 4.11: A- Ilustração do corte axial com a linha verde: B- Visualização da

porção mais profunda da fossa articular.

A terceira etapa consistiu em posicionar a cabeça no quadro coronal.

Para tal movimentou-se a linha vermelha até a porção mais profunda da fossa

articular do lado esquerdo e direito.

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Figura 4.12: Linha vermelha horizontal posicionada na porção mais profunda da

fossa articular.

Ainda no quadro coronal posicionar a cabeça de forma que as duas

porções mais profundas da fossa articular de ambos os lados toquem na

linha vermelha ficando ambas no mesmo plano, utilizado a opção

Reposicionar (Fig. 4.10).

Nesse momento finaliza-se a posição da cabeça do paciente nos três

planos, clicar na opção finalizar imagem.

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Figura 4.13: Na direita do monitor clicar em finalizar e guardar.

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Após a padronização da posição da cabeça e finalizada a imagem é

possível iniciar o procedimento de mensuração dos espaços articulares.

Figura 4.14: Quadros superior axial e sagital respectivamente, abaixo

na esquerda, o quadro coronal.

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Criação da telerradiografia lateral

Essa etapa é necessária para separar os grupos de Classe I e II, de

acordo com as medidas do ANB e Wits.

No quadro Sagital, clicar com o botão direito do mouse e ir ate a opção

criação e edição de RX.

• Fig. 4.15: A opção criação e edição de RX.

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Na criação de Raios-X lateral, foi selecionada a opção osso compacto e

finalizado com clique no botão criar.

Fig. 4.16: Seleção de osso compacto e finalização da imagem no botão

criar.

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Em seguida, utiliza-se o ícone medidas de ângulos, para efetuar a medida

cefalometrica ANB.

Fig. 4.17: Ângulo ANB.

A medida de Wits foi realizada por meio do ícone régua de medidas M

que na imagem está representada pela cor azul.

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Fig. 4.18: Mensuração Wits

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Definido o grupo ao qual o indivíduo pertence, realiza-se a mensuração

da posição ântero-posterior do côndilo em relação a sua fossa articular,

voltando à tela onde se encontram os quadros coronal, sagital e axial, no ícone

Registros (canto inferior esquerdo da tela).

Fig. 4.19: Tela inicial

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No quadro coronal levar a linha azul (em direção do côndilo direito do

paciente) na porção mais profunda da fossa articular (aplicar o recurso de

zoom).

Figura 4.20: Linha vermelha horizontal posicionada na porção mais profunda da

fossa articular e na linha azul vertical no ponto mais profundo da fossa articular.

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Após posicionar as linhas vermelha e azul na porção mais profunda da

fossa articular no quadro coronal, voltar ao quadro sagital para dar zoom

ajustado, seguido de zoom de janela.

Figura 4.21: Quadro sagital com zoom ajustado.

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Fig. 4.22: Zoom de janela.

Para realizar a medida anterior e posterior utiliza-se a opção régua de

medida M. A mensuração do espaço anterior foi realizada no menor espaço

entre o ponto mais anterior do côndilo e a parede anterior da fossa articular,

enquanto a medida do espaço posterior utilizou o menor espaço entre ponto

mais posterior do côndilo e a parede posterior da fossa articular.

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Figura 4.23: No quadro sagital demarcado na cor amarela a distância entre os

pontos posteriores e na cor vermelha dos pontos anteriores.

Fórmula de concentricidade condilar

Após a obtenção dos valores dos espaços anterior e posterior entre

côndilo e fossa articular, utilizou-se a seguinte fórmula para definir

numericamente a concentricidade condilar:

• Fórmula de Pullinger e Hollinder (1986):

P - A x 100 *P=posterior A= Anterior

P + A

O cálculo da concentricidade condilar realizado por Pullinger & Hollinder

consiste em utilizar as medidas posteriores e anteriores obtidas através do

método aplicando em uma formula matemática e seu resultado consiste nas

seguintes conclusões:

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Valores percentuais negativos indicam um posicionamento condilar

posterior, enquanto valores percentuais positivos indicam côndilos

anteriorizados em relação à fossa articular. Valor zero indica concentricidade

absoluta do côndilo.

A seqüência do método foi repetida no côndilo do lado oposto com a

finalidade de comparar os lados.

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RESULTADOS RESULTADOS RESULTADOS RESULTADOS

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5 RESULTADOS

METODOLOGIA

Avaliação do erro de medição

Para verificar o erro sistemático intra examinador foi utilizado o teste “t”

pareado. Na determinação do erro casual utilizou-se o cálculo de erro proposto

por Dahlberg (Houston, 1983).

nerro

d2

2∑

=

onde, d = diferença entre 1a. e 2

a. medições

n = número de repetições

Os resultados das avaliações do erro sistemático, avaliado pelo teste “t”

pareado, e do erro casual medido pela fórmula de Dahlberg estão mostrados

na tabela 5.1.

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Tabela 5.1 – Média, desvio padrão das duas medições, e teste “t” pareado e erro de Dahlberg para avaliar o erro sistemático e o erro casual.

1a. Medição 2a. Medição Medida

média dp média dp t p

Erro

WITS 2,68 2,50 2,67 2,52 0,456 0,659ns 0,06

ANB 3,45 2,28 3,45 2,31 0,062 0,952ns 0,07

Côndilo Esq. Espaço anterior

2,00 0,56 2,00 0,57 0,000 1,000ns 0,03

Côndilo Esq. Espaço posterior

1,94 0,49 1,94 0,48 0,178 0,863ns 0,04

Côndilo Dir. Espaço anterior

1,93 0,46 1,95 0,49 1,075 0,310ns 0,04

Côndilo Dir. Espaço posterior

2,14 0,74 2,15 0,72 0,737 0,480ns 0,05

Concentricidade Esquerda

-0,89 10,49 -1,04 11,07 0,334 0,746ns 0,98

Concentricidade Direita

2,68 12,10 4,79 12,59 1,806 0,104ns 2,88

ns – diferença estatisticamente não significante

A idade média do Grupo I foi de 17 anos e 9 meses (13a 5m até 23a 9m)

e do Grupo II 14 anos e 2 meses (9a 3m até 23a 11m). Quanto ao gênero o

Grupo I tinha 6 (50,0%) homens e 6 (50,0%) mulheres e grupo II 5 (41,7%)

homens e 7 (58,3%) mulheres.

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Todas as medidas de espaço passaram pelo critério de normalidade (teste

de Kolmogorov-Smirnov e, portanto, foi utilizado teste paramétrico na análise. A

medida de concentricidade não passou pelo critério de normalidade e, portanto,

foram utilizados testes não paramétricos na sua análise.

Análise dos dados

Os dados foram descritos por meio da média, desvio padrão, freqüência

absoluta (n) e freqüência relativa (%).

Para verificar se as variáveis quantitativas tinham distribuição normal foi

utilizado o teste de Kolmogorov-Smirnov.

Para comparar as medidas dos espaços dentro de um mesmo grupo foi

utilizado o teste “t” pareado.

Para comparar as medidas de espaços entre os grupos foi utilizado o

teste “t” de Stundent.

Para comparar a medida de concentricidade dentro de um mesmo grupo

foi utilizado o teste não paramétrico de Wilcoxon.

Em todos os testes foi adotado nível de significância de 5% (p<0,05)

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Todos os procedimentos estatísticos foram executados no programa

Statistica for Windows versão 5.1 (StatSoft Inc.; Tulsa, USA).

Comparação das medidas obtidas

Tabela 5.2 – Comparação entre os espaços Anterior e

Posterior em cada grupo e cada lado.

Anterior Posterior

Grupo Lado

Média Dp Média Dp

p

Esquerdo 1,74 0,60 1,71 0,44 0,776 ns

G I

Direito 1,86 0,91 1,67 0,54 0,485 ns

Esquerdo 1,74 0,68 2,15 0,52 0,104 ns

G II

Direito 1,62 0,46 2,30 0,61 0,003 *

* – diferença estatisticamente significante (p<0,05)

ns – diferença estatisticamente não significante

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Tabela 5.3 – Comparação entre os lados Esquerdo e Direito em

cada grupo e posição.

Esquerdo Direito

Grupo Posição

Média Dp média dp

P

Anterior 1,74 0,60 1,86 0,91 0,416 ns

Posterior 1,71 0,44 1,67 0,54 0,742 ns G I

Concentricidade -0,29 9,08 -2,90 17,84 0,549 ns

Anterior 1,74 0,68 1,62 0,46 0,349 ns

Posterior 2,15 0,52 2,30 0,61 0,226 ns G II

Concentricidade 12,32 20,39 17,41 16,02 0,209 ns

ns – diferença estatisticamente não significante

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Tabela 5.4 – Comparação entre os grupos G I e G II em cada

lado e posição.

G I G II

Lado Posição

Média Dp média Dp

P

Anterior 1,74 0,60 1,74 0,68 0,972 ns

Posterior 1,71 0,44 2,15 0,52 0,034 * Esq.

Concentricidade -0,29 9,08 12,32 20,39 0,049 *

Anterior 1,86 0,91 1,62 0,46 0,423 ns

Posterior 1,67 0,54 2,30 0,61 0,013 * Dir.

Concentricidade -2,90 17,84 17,41 16,02 0,009 *

* – diferença estatisticamente significante (p<0,05)

ns – diferença estatisticamente não significante

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Comparação da posição da concentricidade

Tabela 5.5 – Comparação entre os lados Esquerdo e Direito

da concentricidade no grupo G I.

Lado Direito

Concentricidade

Anterior Posterior

Total

N 5 2 7

Anterior

% 41,7 16,7 58,3

N 1 4 5

Posterior

% 8,3 33,3 41,7

N 6 6 12

Lado Esquerdo

Total

% 50,0 50,0 100,0

p = 1,000; não significante

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Tabela 5.6 – Comparação entre os lados Esquerdo e Direito

da concentricidade no grupo G II.

Lado Direito

Concentricidade

Anterior Posterior

Total

N 9 0 9

Anterior

% 75,0 0,0 75,0

N 2 1 3

Posterior

% 16,7 8,3 25,0

N 11 1 12

Lado Esquerdo

Total

% 91,7 8,3 100,0

p = 0,480; não significante

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Tabela 5.7 – Comparação entre os grupos G I e G II da

concentricidade no lado Esquerdo.

Concentricidade

Grupo

Anterior posterior

Total

n 7 5 12

G I

% 58,3 41,7 100,0

n 9 3 12

G II

% 75,0 25,0 100,0

n 16 8 24

Total

% 66,7 33,3 100,0

p = 0,667; não significante

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Tabela 5.8 – Comparação entre os grupos G I e

G II da concentricidade no lado Direito.

Concentricidade

Grupo

Anterior Posterior

Total

n 6 6 12

G I

% 50,0 50,0 100,0

n 11 1 12

G II

% 91,7 8,3 100,0

n 17 7 24

Total

% 70,8 29,2 100,0

p = 0,069; não significante

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DISCUSSÃODISCUSSÃODISCUSSÃODISCUSSÃO

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6 DISCUSSÃO

A articulação temporomandibular é uma das estruturas mais complexas

do corpo humano, tanto na analise de sua função em normalidade, como no

diagnóstico de suas disfunções. Tudo isso é devido ao complexo de ossos,

cartilagens e músculos que devem trabalhar em harmonia com a maxila e

mandíbula; dentes, músculos e língua realizando em conjunto a ATM

movimentos de abaixamento e elevação e rotação da mandíbula, tudo isso

sinergeticamente para realizar funções básicas para o ser humano como

mastigação, deglutição e fonação (Martins, 1993; Pereira, 2005).

A Classe II recebe grande atenção sendo parte do objetivo deste trabalho.

A comparação entre individuos com relação esquelética de Classe I e Classe II

está presente em diversos estudos e serviu de base para a metodologia desta

pesquisa.

No desenvolvimento deste trabalho o uso do método de capitação de

imagem pela Tomografia Computadorizada por Feixe Cônico (TCFC) tem seu

embasamento nos seguintes princípios (GARIB ET al. 2007), um menor tempo

de exposição de radiação ao individuo, menor dose de radiação em relação à

tomografia helicoidal, pouco artefato produzido pela presença de metais, boa

nitidez, boa acurácia e reconstruções multiplanares e em 3D.

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A literatura (PEREIRA ET AL., 2005; SANTOS & CAVALCANTI, 2002)

relacionou algumas doenças que acometem a ATM e qual o meio de

diagnóstico por imagem seria o mais indicado, a Tomografia computadorizada

aparece como uma indicação favorável para a maioria dos desarranjos que

acometem a ATM.

Outro fator importante é a possibilidade de avaliação da ATM sem a

presença de sobreposições ou distorções, por meio de um software específico

pode-se avaliar individualmente o posicionamento condilar (MAVERNA,

RODRIGUES e VITRAL, 2007).

Um estudo recente (IKEDA, KAWAMURA 2009) avaliou a concentricidade

condilar entre individuos do sexo masculino e feminino. E seus resultados

demonstraram que não existe dimorfismo sexual em relação à posição do

côndilo da fossa articular. Este trabalho justifica pelo qual o presente estudo

não dividiu a amostra pelo sexo.

Outro fator não levado em consideração desta pesquisa foi à presença de

mordidas cruzadas posteriores, pois já se observou, também em Tomografia

Computadorizada, uma grande dispersão dos posicionamentos condilares em

uma amostra com mordida cruzada posterior funcional (COSTA, 2009). Assim

não encontramos evidências cientificas que comprovem que a alteração

transversal altere definitivamente a posição condilar.

A ATM é comumente avaliada em imagens radiográficas. No entanto, a

Tomografia Computadorizada recentemente ganhou espaço na odontologia e

possibilitou a analise tridimensional das estruturas anatômicas formadas por

tecido duro da face (SUKOVIC, 2003; GARIB ET al., 2007).

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A TCFC, usada neste estudo, representa um meio de diagnóstico mais

avançado que possibilita o estudo das ATM’s isoladamente nos planos axial,

coronal e sagital. Este método torna os resultados mais precisos quando

comparados a imagens radiográficas (HASHIMOTO ET al., 2003).

Mezzomo (2009) relatam que os pacientes Classe I esquelética tem

como características um perfil reto com suas bases ósseas bem posicionadas,

já a Classe II esquelética um perfil convexo e se apresenta de quatro formas

diferentes: maxila normal e mandíbula recuada em relação à base craniana

(retrognatismo), maxila avançada e mandíbula normal em relação à base

craniana, maxila avançada e mandíbula recuada em relação à base craniana,

mandíbula e maxila recuadas em relação à base craniana.

Sabendo que existem diferenças morfológicas e miofuncionais

comparamos estes dois grupos de indivíduos para ver se existe alguma

diferença significativa no posicionamento em relação à concentricidade

condilar.

A definição das características esqueléticas de cada paciente foi

realizada utilizando duas medidas, uma esquelética (ANB) e outra

dentoalveolar (WITS) a fim de eliminar as definições de más oclusões

baseados apenas nas relações inter oclusais propostas por Angle. Este método

já esta presente na literatura demonstrando sua confiabilidade (Ferreira, 1993)

A presente amostra apresentou media de idade de 16 anos e 1 mês, no

entanto o grupo de Classe II apresentou-se um pouco mais jovem (14,2 anos),

que o grupo com má oclusão de Classe I (17,9 anos).

A Tabela 5.1 demonstra os resultados da avaliação dos erros sistemáticos

e casual. As medidas foram realizadas em dois tempos com diferença de

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sessenta dias entre elas, e as analises estatísticas não constataram diferenças

entre as duas medições.

De acordo com a metodologia utilizada, ao comparar o espaço anterior e

posterior para cada Grupo e lado (Tabela 5.2) não encontramos diferença

significante no Grupo I, independente do lado. No entanto no Grupo II

observamos uma posição mais anterior do côndilo no lado direito.

Considerando os valores absolutos a presente amostra apresentou valores

próximos aos encontrados na literatura, de 1,4 mm de espaço anterior e 2,2mm

de espaço posterior (IKEDA, KAWAMURA 2009), porém esses autores não

separaram a amostra de acordo com as más oclusões como feita no presente

trabalho.

O resultado da Tabela 5.2 também se assemelha aos encontrados por

Vitral ET al. (2004), eles avaliaram por meio da Tomografia Computadorizada

(TC), a profundidade da fossa mandibular, a formação angular da parede

posterior da fossa articular, o relacionamento do côndilo fossa e a posição

cêntrica dos côndilos. A amostra foi composta de 30 individuos com idade de

12 anos e 8 meses a 42 anos, com a mesma característica de Classe II

subdivisão. Foi observado que não existia nenhuma diferença entre os lados no

relacionamento côndilo-fossa. A avaliação da posição cêntrica do côndilo em

suas fossas mandibulares, que foi mensurada a partir do côndilo a fossa

articular (anterior, posterior e superior) demonstrou um côndilo com um

posicionamento anterior estatisticamente significativo.

Outra preocupação desta pesquisa foi comparar a posição condilar entre

os lados direitos e esquerdo, independente do grupo avaliado, os resultados

não apresentaram diferenças estatisticamente significantes (Tabela 5.3). Deste

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modo, podemos afirmar que em pacientes sem assimetrias faciais acentuadas

os côndilos posicionam-se de maneira semelhante em suas fossas, como já

observado em estudos prévios (VITRAL ET al., 2004).

Na Tabela 5.4 chegamos ao ponto principal desta pesquisa que compara

os resultados em mm dos Grupos I e II, fica evidente que os Grupos

apresentavam espaço anterior semelhante (média de 1,74mm), porém em

ambos os lados os côndilos apresentavam espaço posterior maior no grupo II,

o que demonstra uma relação diferente entre côndilo e fossa na má oclusão de

Classe II em relação à má oclusão de Classe I. Em 2008 Giuntinni ET al.

demonstraram que pacientes com má oclusão de Classe II apresentavam uma

maior distância entre a sutura frontonasal e a parede posterior da fossa

articular. Esta informação de que existe uma diferenciação anatômica entre o

individuo Classe I e Classe II ,somada ao resultado deste estudo que

demonstrou apenas maior espaço posterior na má oclusão de Classe II, nos

leva a supor que a fossa articular do paciente portador de Classe II é mais

amplo no sentido ântero-posterior que as fossas articulares dos portadores de

má oclusão de Classe I.

Esta recente suposição pode justificar o fato dos côndilos no Grupo I

estarem mais centralizados que os côndilos do Grupo II (Tabela 5.4), e

concorda com Okeson que afirma que a posição estável para o côndilo é mais

anterior do que centralizada.

O resultado conclusivo do estudo é que os côndilos no Grupo II estão

anteriorizados em relação à fossa articular, mais pode-se supor que no Grupo II

a fossa pode ser maior em comparação ao Grupo I.

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O método de mensuração dos espaços lineares entre a superfície condilar

até a porção mais próxima da parede da fossa articular, foi desenvolvido

através de um software especifico para a leitura destas imagens tomográficas,

e os valores obtidos foram em milímetros, e seu cálculo de concentricidade

esta baseado no trabalho de Pullinger & Hollander (1986), deste modo foi

possível considerar independente dos valores absolutos, se os côndilos

estavam para anterior, posteriores ou centralizados na fossa. Quando

avaliados apenas em relação na sua posição não foram observadas diferenças

estáticas nos fatores avaliados (Tabela 5.5, 5.6, 5.7, 5.8). Estes resultados que

diferem das tabelas anteriores, podem ter sido causados devido ao tamanho

reduzido da amostra.

Torna-se claro que existe vários fatores que interferem na relação côndilo

e fossa articular.

Com base nos resultados obtidos, o presente trabalho demonstrou que

existe uma diferença do posicionamento entre os Grupos de Classe I e Classe

II esquelética, no entanto, não podemos afirmar que estes resultados avaliados

isoladamente demonstram que um grupo tem uma posição mais ideal do que o

outro, apenas contribui para demonstrar que, mesmo individuos tendo

características semelhantes são serem humanos únicos.

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CONCLUSÃOCONCLUSÃOCONCLUSÃOCONCLUSÃO

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7 CONCLUSÃO

De acordo com a metodologia utilizada, é licito afirmar, em relação à

concentricidade condilar que:

• Não houve concentricidade absoluta do côndilo em nenhum dos dois

Grupos.

• Não foram encontradas diferenças significativas entre os lados direito

e esquerdo independente da má oclusão.

• O Grupo com má oclusão de Classe II demonstrou seu côndilo mais

anteriorizado em relação a sua fossa articular , enquanto no Grupo

com má oclusão de Classe I apresentou uma variação de

posicionamento estando para uns individuos mais para anterior e

para outros para posterior, mais não apresentando diferenças

significativas.

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REFERÊNCIAS REFERÊNCIAS REFERÊNCIAS REFERÊNCIAS

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ANEXOS ANEXOS ANEXOS ANEXOS

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