Automóveis 29 10 14

12
AUTOMÓVEIS www.odebateon.com.br Macaé (RJ), quarta-feira, 29 de outubro de 2014, Ano XXXIX, Nº 8539 Fundador/Diretor: Oscar Pires O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Discreta grandeza Chevrolet Trailblazer ganha motor com injeção direta de gasolina e pequenas alterações na linha 2015 N ão há dúvidas que os utilitários ganham cada vez mais espaço no mercado automotivo bra- sileiro atual. E a oferta vai aumentar depois do Salão Internacional do Automóvel de São Paulo. Com essa “for- nada” de novos automóveis, as fabricantes que já têm um representante tentam dar no- vos atrativos para se manter em evidência. É nesse “bolo” que a Chevrolet entra com a Trailblazer. Depois de equi- par o utilitário esportivo um motor diesel de 200 cv e 51 kgfm de torque, a marca me- xeu no propulsor a gasolina. O V6 3.6 litros agora traz in- jeção direta de gasolina, que elevou a potência e ainda propicia uma economia de até 4% de combustível. Para a linha 2015 do SUV, a Chevrolet “escondeu” as novidades. A primeira sob o capô. Além de inúmeras mo- dificações internas e adoção da injeção direta, o motor conta com comando de vál- vulas continuamente variá- vel. O benefício mais palpá- vel é na força, que saltou dos antigos 239 cv para 277 cv a 6.400 rpm. O torque tam- bém aumentou: 35,7 kgfm a 3.700 giros – 4 kgfm a mais. Já a transmissão automáti- ca de seis marchas continua a mesma, porém recebeu um novo escalonamento em função dos novos números de potência e torque. PÁG.8 FOTOS DIVULGAÇÃO Honda destaca HR-V no Salão de São Paulo AUTOTAL crossover que será produzido na planta da montadora em Sumaré (SP) e chega ao mercado em 2015 para concorrer com EcoSport e Renault Duster PÁG. 3 DIVULGAÇÃO TESTE Focus: volta por cima Versão SE 1.6 Powershift combina dinâmica e preço para ajudar a recolocar o Ford na liderança dos hatches médios Os três anos de hiato en- tre o lançamento da terceira geração do Ford Focus nos Estados Unidos e Europa e o desembarque no Brasil parecem não ter afetado o sucesso do hatch por aqui. A perda da liderança em 2013 – ano de transição entre ge- rações – no segmento de ha- tches médios foi revertida em 2014. Esse ano, mesmo com a presença do badala- do Volkswagen Golf – que chegou por aqui na mesma época do Focus –, o modelo da Ford tem até agora uma liderança folgada. PÁG. 5 DIVULGAÇÃO

description

 

Transcript of Automóveis 29 10 14

Page 1: Automóveis 29 10 14

AUTOMÓVEISwww.odebateon.com.br Macaé (RJ), quarta-feira, 29 de outubro de 2014, Ano XXXIX, Nº 8539 Fundador/Diretor: Oscar Pires

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ

Discreta grandezaChevrolet Trailblazer ganha motor com injeção direta de gasolina e pequenas alterações na linha 2015

Não há dúvidas que os utilitários ganham cada vez mais espaço

no mercado automotivo bra-sileiro atual. E a oferta vai aumentar depois do Salão Internacional do Automóvel de São Paulo. Com essa “for-nada” de novos automóveis, as fabricantes que já têm um representante tentam dar no-vos atrativos para se manter em evidência. É nesse “bolo” que a Chevrolet entra com a Trailblazer. Depois de equi-par o utilitário esportivo um motor diesel de 200 cv e 51 kgfm de torque, a marca me-xeu no propulsor a gasolina. O V6 3.6 litros agora traz in-jeção direta de gasolina, que elevou a potência e ainda

propicia uma economia de até 4% de combustível.

Para a linha 2015 do SUV, a Chevrolet “escondeu” as novidades. A primeira sob o capô. Além de inúmeras mo-dificações internas e adoção da injeção direta, o motor conta com comando de vál-vulas continuamente variá-vel. O benefício mais palpá-vel é na força, que saltou dos antigos 239 cv para 277 cv a 6.400 rpm. O torque tam-bém aumentou: 35,7 kgfm a 3.700 giros – 4 kgfm a mais. Já a transmissão automáti-ca de seis marchas continua a mesma, porém recebeu um novo escalonamento em função dos novos números de potência e torque. PÁG.8

FOTOS DIVULGAÇÃO

Honda destaca HR-V no Salão de São Paulo

AUTOTAL

crossover que será produzido na planta da montadora em Sumaré (SP) e chega ao mercado em 2015 para concorrer com EcoSport e Renault Duster PÁG. 3

DIVULGAÇÃO

TESTE

Focus: volta por cimaVersão SE 1.6 Powershift combina dinâmica e preço para ajudar a recolocar o Ford na liderança dos hatches médios

Os três anos de hiato en-tre o lançamento da terceira geração do Ford Focus nos Estados Unidos e Europa e o desembarque no Brasil parecem não ter afetado o sucesso do hatch por aqui. A perda da liderança em 2013 – ano de transição entre ge-rações – no segmento de ha-tches médios foi revertida em 2014. Esse ano, mesmo com a presença do badala-do Volkswagen Golf – que chegou por aqui na mesma época do Focus –, o modelo da Ford tem até agora uma liderança folgada. PÁG. 5

DIVULGAÇÃO

Page 2: Automóveis 29 10 14

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ2 AUTOMÓVEIS Macaé, quarta-feira, 29 de outubro de 2014

AUTOTAL por LUIZ FERNANDO LOVIK

Ford Ka: algo a mais

Olhar diferente

Pouco mais de um mês de-pois de lançar o novo Ford Ka no mercado nacional, a mar-ca americana iniciou nesta semana as vendas de sua configuração sedã, intitula-da Ka+. O modelo conta com duas opções de motores: o tricilíndrico 1.0 12V, de 85/80 cv com etanol/gasolina, e o 1.5 16V de quatro cilindros, que entrega 110/105 cv com os mesmos combustíveis no tanque.

O sedã compacto chega com ar-condicionado, dire-ção elétrica, vidros dianteiros e travas elétricos, sistema de

som com rádio, Bluetooth e USB, chave canivete e volan-te com ajuste de altura des-de sua versão de entrada, a 1.0 SE, que custa R$ 37.890. Já as configurações de topo SEL 1.0 e 1.5 incorporam sis-tema multimídia Sync, vidros traseiros elétricos, controle eletrônico de estabilidade e tração, assistente de partida em rampas, rodas de liga leve de 15 polegadas, faróis de ne-blina, computador de bordo e alarme. Com propulsor 1.0, o Ka+ SEL custa R$ 42.490. Já na motorização 1.5, o preço parte de R$ 47.490.

A estreia oficial será no Salão de São Paulo, mas o reestilizado Citroën DS3 já está à venda no Brasil. O “hot hatch” francês ganhou mudanças no conjunto óti-co dianteiro, que foi rede-senhado e agora ostenta mais luzes de leds. O motor é o mesmo 1.6 THP de 165 cv que equipava o modelo anterior.

Oferecido apenas em ver-são única desde que chegou em 2011, o DS3 agora terá três pacotes de equipamen-

tos. A versão de entrada par-te de R$ 79.900 e traz seis airbags, ar-condicionado digital, sistema de radio com CD, MP3, USB, Bluetooth e controle de estabilidade. A intermediária – R$ 85.890 – adiciona retrovisores cro-mados, sensor de chuva, tela multimídia sete polegadas e detector de obstáculo tra-seiro. A topo de linha traz faróis bixenon em leds, de-tector de risco de colisão e navegação com câmara de ré. O preço é R$ 89.880.

Planos novos

Depois de anos de inércia, a Subaru vai se mexer no Brasil. Segundo Flávio Padovan, di-retor geral da marca japonesa, novos produtos desembar-carão por aqui e o número de concessionárias será amplia-do. Padovan confirmou que a nova geração do lendário WRX e sua versão “apimentada” STi estarão presentes no Salão In-ternacional do Automóvel de São Paulo, no fim do mês. A co-mercialização porém, só deve acontecer no fim do primeiro semestre de 2015. Já os pon-tos de venda devem passar dos atuais nove para 25 revendas até 2016.

Com um novo motor boxer 2.0 litros turbinado e com in-jeção direta, sedã esportivo WRX alcança 268 cv. O câmbio é automático de oito velocida-des. A variante mais “nervosa” STi ostenta um propulsor 2.5 litros de 305 cv de potência. A tradicional veia esportiva ain-da é mostrada na transmissão manual de seis marchas.

O sedã compacto Ka+ chega com ar-condicionado, direção elétrica, vidros dianteiros e travas elétricos, sistema de som com rádio, Bluetooth e USB, chave canivete e volante com ajuste de altura desde sua versão de entrada, a 1.0 SE, que custa R$ 37.890

Page 3: Automóveis 29 10 14

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, quarta-feira, 29 de outubro de 2014 AUTOMÓVEIS 3

AUTOTAL SALÃO DE SÃO PAULO

Honda destaca HR-V no Salão de São Paulo

Ford apresenta Mustang e novidades para Fusion e EcoSport em São Paulo

A Honda aposta no Salão In-ternacional de São Paulo para ganhar visibilidade mostrando suas novidades ao público. A montadora japonesa que re-centemente lançou os novos Fit, City e trouxe de volta a ver-são esportiva Si, do Civic, agora investe nos modelos maiores.

A grande novidade é o HR-V,

um crossover que será produzi-do na planta da montadora em Sumaré (SP) e chega ao merca-do em 2015 para concorrer com EcoSport e Renault Duster. Ele virá com motor 1.8 e câmbio automático CVT. São espera-das três versões de acabamen-to (LX, EX e EXL), sendo a úl-tima, a top de linha, com tração

e estabilidade. O preço ainda não foi revelado, mas a Honda anunciou que ele não roubará os consumidores do CR-V, que será mais caro que o HR-V.

Outra novidade é o CR-V 2015, que virá reestilizado, mas com mudanças discretas e mo-tor 2.0, com opções de tração 4x2 e 4x4.

O Mustang já entrou em exibição no Salão de São Paulo. Os brasileiros, no en-tanto, vão ter apenas o gos-tinho de vê-lo de perto, pois o muscle car ainda não foi confirmado para o Brasil. Os três conceitos apresentados foram Storm (mais aventu-reira), Beauty (com bancos individuais e pneus baixos) e The Beast (com mudanças no parachoque, faróis de ne-blina com LEDs).

O Fusion, outro destaque da Ford, também foi apre-sentado, além de três con-ceitos do EcoSport que an-tecipam as linhas da versão reestilizada.

Entre as novidades do Fu-sion, estão a presença dos inéditos cintos de segurança traseiros infláveis, que se tor-nam uma espécie de airbag em uma eventual colisão. Também se destacam os ban-cos dianteiros refrigerados.

Fiat: novo Bravo e 500 Abarth se destacam

A Fiat tenta reafirmar sua filosofia jovem e democrática no Salão Internacional do Au-tomóvel de São Paulo. Não é à toa que as principais novida-des da Fiat no evento paulis-tano são o 500 Abarth e Novo Bravo 2015. Também recebem destaque o novo concept car FCC4, o citycar elétrico 500 e o Novo Uno, que conta com sistema Start/Stop.

Concept Car FCC4 é um cupê de quatro portas tem espírito aventureiro: para-brisa, vidros lateral e traseiros são unifica-dos. Já o Bravo chega comnova central multimídia uconnect e mudanças estéticas, além de uma nova versão black motion mais requintada sem deixar es-portividade de lado.

O estande também hospeda a Ferrari Maserati e a Maserati Quattroporte, marcas integran-tes do grupo Fiat. Além disso, a Mopar, reponsável pela gama de acessórios da linha de modelos da marca no Brasil, ganhou um espaço exposição e interação com o público.

Page 4: Automóveis 29 10 14

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ4 AUTOMÓVEIS Macaé, quarta-feira, 29 de outubro de 2014

por Carlo ValenteAuto Press

A Volkswagen não deixa de fora nenhuma alternativa para o Golf. O hatch médio

alemão passa a ter disponível de série uma gama de motores que abraça todas as possibilidades viáveis atualmente: a gasolina, diesel, gás natural, elétrico e, agora, plug-in hybrid GTE. Nes-ta sétima geração, a plataforma modular permite essas invencio-nices. Aliás, em Wolfsburg, onde o esportivo é fabricado, ainda está em estudo uma versão com célula de combustível de hidrogênio.

Na Alemanha, o GTE custa 36 mil euros. Na Europa, as vendas devem começar entre o final des-

A VW promete um baixo consumo: roda 100 quilômetros com apenas um litro e meio de gasolina. Ou 66,7 km/l

te ano e o início de 2015. A confi-guração traz de série praticamen-te tudo que é possível adicionar a um Golf. Ou seja, tem a mesma lista de itens do e-Golf, a versão elétrica. Na híbrida, só o navega-dor é oferecido como opcional.

O Golf GTE é equipado com um motor turbo 1.4 a gasolina que entrega 150 cv e outro elétri-co que atinge 102 cv. Juntos, eles chegam a uma potência combina-da de 204 cv. Essa união resulta ainda em um torque máximo de 35,7 kgfm – o mesmo da versão GTI, com propulsor 2.0 turbo de 220 cv.

Em modo elétrico, é capaz de rodar em média 50 quilômetros. Mas, segundo a Volkswagen, quando o propulsor elétrico tra-

AUTOMUNDO

Esportividade sem culpaVW Golf GTE é uma versão “verde” da configuração mais poderosa do hatch médio alemão

FOTOS DIVULGAÇÃO

Emoção cheia de razãoO DNA é aquele de sempre do Golf. Mas com detalhes que deixam o GTE mais sedutor, tanto por dentro quanto por fora. Isso graças aos faróis e lanternas totalmente em le-ds, às rodas de liga leve opcio-nais de 18 polegadas, às luzes diurnas e os contornos com iluminação azul no painel das portas e no assoalho. Menos atraente é o padrão xadrez com costura azul do tecido dos bancos.

Na estrada, não é possível verificar a velocidade máxi-ma de 222 km, assim como a aceleração de 7,6 segundos no zero a 100 km/h relatado pe-

la marca alemã. Já no que diz respeito ao consumo, os nú-meros não batem. Enquanto a Volkswagen promete 66,6 km/l, a média registrada du-rante a avaliação foi de 34,5 km/l. Ou seja, quase o dobro do consumo informado pe-la fabricante. Ainda assim, é um resultado impressionante diante do carro analisado.

O GTE é um Golf “exagera-do”, o que dá à versão híbri-da um posto extremamente interessante na categoria de esportivos. Ele entrega um desempenho invejável com uma consciência ambiental que soma pontos ao modelo.

A precisão da direção combi-nada à confiabilidade da plata-forma tornam o hatch médio fácil de conduzir e instintiva-mente ágil. Enfrenta as curvas com graça e só traz certo des-conforto para quem precisa se acomodar no banco central traseiro, penalizado por ficar levemente elevado. Mas, de maneira geral, o Golf GTE é um misto de prazer pleno de direção com as vantagens de se ter um carro elétrico. Mas isso inclui também o desapego ao porta-malas, já que a inser-ção do segundo motor sacrifica 180 dos 313 litros que as ver-sões convencionais levam.

balha em conjunto com o motor a combustão, a autonomia total com o tanque cheio de gasolina chega a 940 quilômetros. Ain-da de acordo com a fabricante, a versão híbrida sai da inércia e chega aos 100 km/h em apenas 7,6 segundos e atinge velocidade máxima de 222 km. Mas certa-mente não é levando o carro a esses limites que se consegue o baixo consumo prometido pela marca: rodar 100 quilômetros com apenas um litro e meio de gasolina. Ou 66,7 km/l.

1.4 turbomotor turbo 1.4 a gasolina e outro elétrico

204 cvPotência Máxima

35,7 kgfmTorque Máximo

NÚMEROS

Page 5: Automóveis 29 10 14

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, quarta-feira, 29 de outubro de 2014 AUTOMÓVEIS 5

TESTE

Focus: volta por cimaVersão SE 1.6 Powershift combina dinâmica e preço para ajudar a recolocar o Ford na liderança dos hatches médiospor Raphael PanaroAuto Press

Os três anos de hiato entre o lançamento da terceira geração do

Ford Focus nos Estados Uni-dos e Europa e o desembar-que no Brasil parecem não ter afetado o sucesso do hatch por aqui. A perda da lideran-ça em 2013 – ano de transição entre gerações – no segmento de hatches médios foi reverti-da em 2014. Esse ano, mesmo com a presença do badalado Volkswagen Golf – que che-gou por aqui na mesma época do Focus –, o modelo da Ford tem até agora uma liderança folgada. O carro da marca do oval azul emplaca uma mé-dia de pouco mais de 1.900 unidades/mês, com pico de 2.260 em junho. Golf e o Che-vrolet Cruze Sport6 brigam pelo segundo lugar com cer-ca de 1.500 veículos mensais.

Uma das razões que pode explicar o êxito do Focus por aqui é a ampla faixa de atu-ação. São sete versões, que começam perto dos R$ 65 mil e ultrapassam os R$ 92 mil. Na zona intermediária de toda essa ploriferação de preços está a configuração SE. Ela traz três diferentes combinações de motores e câmbios. Com o propulsor 1.6 litro – mesmo do New Fiesta de topo – de 131/135 cv e 16,2/16,7 kgfm de torque com etanol e gasolina, res-pectivamente, o Focus pode trazer a transmissão manual de cinco marchas – R$ 67.400 – ou a moderna automatizada Powershift de seis relações e duas embreagens, vendida por R$ 72.400. O carro ainda pode ser equipado com o 2.0 litro Duratec de injeção dire-ta e 178 cv de potência. Nes-sa versão, o câmbio é sempre robotizado e o preço fica em R$ 78.400.

Ainda sem a atual identi-dade visual da Ford, marcada pela generosa grade dianteira oval, o desenho do Focus fi-cou “fora do padrão” em rela-ção aos seus companheiros de concessionária Fusion, New Fiesta, EcoSport e Ka. Apesar disso, ainda é um automóvel com aspecto jovial e aventu-

FICHA TÉCNICA

Ford Focus hatch SE 1.6 Powershift ● MOTOR: A gasolina e etanol,

dianteiro, transversal, 1.596 cm3, com quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro e duplo comando de válvulas variável. Acelerador eletrônico e injeção direta de combustível.

● TRANSMISSÃO: Câmbio

automatizado de dupla embreagem com seis marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira. Oferece controle de tração.

● POTÊNCIA máxima: 131 cv com gasolina e 135 com etanol a 6.500 rpm.

● TORQUE máximo: 16,2 kgfm com gasolina a 3 mil rpm e 16,7 kgfm

com etanol a 5.250 rpm.● DIÂMETRO e curso: 79 mm x

81,4 mm. Taxa de compressão: 12,0:1.

● SUSPENSÃO: Dianteira independente do tipo McPherson, com molas helicoidais, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora. Traseira do tipo multilink, com molas helicoidais e amortecedores hidráulicos.

1.6 litro2.0 turbo a gasolina

135 cvPotência máxima com etanol

16,7 kgfmTorque máximo com etanol

NÚMEROS

Sentar ao volante do Focus é uma experiência prazerosa. Os bancos são largos, envolventes e “tratam” bem o corpo. O bom isolamento acústico também reforça o conforto a bordo

FOTOS DIVULGAÇÃO

reiro. Uma “personlidade” reforçada pelas inúmeras participações do Campeona-to Mundial de Rali – WRC, em inglês. Na Europa e nos Estados Unidos, o carro está na metade de sua vida e, pou-quíssimo tempo depois de surgir no Brasil, a fabricante norte-americana atualizou o Focus em abril último e o dei-xou com a “cara” do resto da gama. O visual mais recente só deve chegar em solo bra-sileiro no próximo ano.

Além da transmissão e do motor 1.6, o Focus SE tem ou-tros bons predicados. Mesmo a versão intermediária é bem fornida em relação aos equi-pamentos de segurança. De série, quatro airbags – fron-tais e laterais –, controles ele-trônicos de estabilidade e tra-ção e assistente de partida em rampa. Na parte tecnológica, destaque para o Sync, que re-úne rádio AM/FM, CD player MP3, USB/iPod, Bluetooth e tela de LCD multifuncional colorida no painel central de 4,2 polegadas. Um “pack” que contempla alguns dos itens “queridinhos” dos consumi-dores do segmento. Em movimento, as características dinâmicas fazem do Focus um belo hatch. A direção passa muita precisão nos comandos

PONTO A PONTO

● DESEMPENHO – O motor Sigma 1.6 de até 135 cv está longe de ser um “canhão”, mas é convincente. A transmissão automatizada de seis marchas e duas embreagens até ex-plora a faixa de trabalho do motor e há torque e potência disponíveis para uma aceleração mais vigorosa. Mas os 12,2 segundos para chegar aos 100 km/h denunciam a baixa cilindrada do propulsor. Nota 7.

● ESTABILIDADE – A versão hatch do Ford Focus demonstra bastante segurança no rodar. A direção tem peso correto e as suspensões tra-balham muito bem para segurar o carro nas curvas. O hatch segue a direção apontada sem problemas e para qualquer exagero do motoris-ta há os controles de estabilidade e de tração, que garantem a trajetória correta. Nota 9.

● INTERATIVIDADE – Para o dia a dia, o Focus SE 1.6 Powershift é bem simples de manusear. Os comandos

vitais estão nos lugares corretos, a marcha é indicada no painel de ins-trumentos e volante tem boa pega-da. Apenas o Sync pode demandar mais algum tempo de familiarização do condutor. Nota 8.

● CONSUMO – O InMetro testou a versão hatch do Ford Focus SE 1.6 Powershift. O modelo registrou mé-dias de 6,8 km/l na cidade e 8,7 km/l na estrada com etanol no tanque. Com gasolina, os números sobem para 10 km/l em trecho urbano e 12,5 km/l em rodovia. Esse resultado lhe conferiu classificação B no segmen-to e C no geral, com consumo ener-gético de 2,01 mJ/km. Nota 7.

● CONFORTO – Sem dúvida, o ponto forte do hatch sãos os bancos dian-teiros. Eles são espessos e a espuma tem ótima densidade. Com os apoios laterais, tanto o motorista quanto o carona, “encaixam” e se sentem bem à vontade. A suspensão também fil-tra bem as imperfeições do solo e

o isolamento acústico é eficiente. A caixa automatizada garante um descanso ao pé esquerdo. Atrás, o espaço é um tanto reduzido – apesar de ser um hatch médio. Nota 8.

● TECNOLOGIA – A terceira gera-ção do Focus está no meio de sua vida útil – foi lançada no fim de 2010 na Europa e nos Estados Unidos. A plataforma é moderna e dá supor-te a versões elétricas e híbridas na Europa. A versão SE 1.6 Powershift traz itens importantes de segurança como controles eletrônicos de esta-bilidade e tração e quatro airbags. O câmbio é moderno – automatizado de dupla embreagem. Um sistema multimídia mais completo e sete air-bags só estão disponíveis na versão topo de linha. Nota 8.

● HABITABILIDADE – O bom ângulo de abertura das portas facilita o aces-so. Os nichos para objetos são satis-fatórios. O porta-malas leva 316 litros – 3 litros a mais que o Golf, mas longe

dos 402 litros do Cruze Sport6. Já os ocupantes traseiros podem so-frer com a falta de espaço para as pernas e o caimento acentuado do teto. Nota 7.

● ACABAMENTO – O interior do Focus mistura peças emborracha-das, plásticas e bancos revestidos parcialmente em couro. Não é um ambiente sem graça, mas a sensa-ção é que falta requinte esperado em um modelo que passa dos R$ 70 mil. Os encaixes também mereciam mais atenção. Nota 7.

● DESIGN – O visual do Focus é “par-rudo”. A carroceria é larga com mui-tas superfícies planas e sutileza em recortes e vincos. A frente é domina-da pela entrada de ar, dividida em três seções. O conjunto ótico também difere o modelo na multidão – princi-palmente o traseiro, que se estende bastante pela lateral. Mas a demora na chegada do Focus ao Brasil teve seu preço. Com menos de um ano à

venda no Brasil, a Ford promoveu um face-lift do hatch e sedã nos Estados Unidos e Europa. Lá, o médio ganhou a identidade visual já encontrado em carros como EcoSport, Fiesta, Fu-sion e o novíssimo Ka. Nota 7.

● CUSTO/BENEFÍCIO – A Ford cobra R$ 72.400 pelo Focus SE 1.6 Powershift. A Volkswagen pede R$ 74.790 pelo Golf Comfortline dotado da opcional transmissão au-tomatizada de sete marchas e dupla embreagem e com o único motor disponível: o 1.4 turbo de 140 cv. Já o Chevrolet Cruze Sport6 LT com câmbio automático de seis marchas e com motor 1.8 litro de máximos 144 cv – único disponível – custa R$ 76.700. Correndo por fora, o Peugeot 308 Allure automático parte de R$ 69.390 com motor 2.0 litro. Nota 7.

● TOTAL – O Ford Focus hatch SE 1.6 Powershift somou 75 pontos em 100 possíveis.

Page 6: Automóveis 29 10 14
Page 7: Automóveis 29 10 14
Page 8: Automóveis 29 10 14

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ8 AUTOMÓVEIS Macaé, quarta-feira, 29 de outubro de 2014

por Raphael PanaroAuto Press

Não há dúvidas que os uti-litários ganham cada vez mais espaço no mercado

automotivo brasileiro atual. E a oferta vai aumentar depois do Salão Internacional do Auto-móvel de São Paulo. Com essa “fornada” de novos automóveis, as fabricantes que já têm um re-presentante tentam dar novos atrativos para se manter em evidência. É nesse “bolo” que a Chevrolet entra com a Trailbla-zer. Depois de equipar o utilitá-rio esportivo um motor diesel de 200 cv e 51 kgfm de torque, a marca mexeu no propulsor a gasolina. O V6 3.6 litros agora traz injeção direta de gasolina, que elevou a potência e ainda propicia uma economia de até 4% de combustível.

Para a linha 2015 do SUV, a Chevrolet “escondeu” as novi-dades. A primeira sob o capô. Além de inúmeras modifica-ções internas e adoção da inje-ção direta, o motor conta com comando de válvulas continu-amente variável. O benefício mais palpável é na força, que saltou dos antigos 239 cv para 277 cv a 6.400 rpm. O torque também aumentou: 35,7 kgfm a 3.700 giros – 4 kgfm a mais. Já a transmissão automática de seis marchas continua a mesma, porém recebeu um novo escalo-

Basta apenas “subir” a bordo da Trailblazer para notar as primeiras mudanças na linha 2015 do utilitário esportivo. A extravagante cor bege dos bancos de couro deu lugar a um marrom mais sóbrio e com aspecto sofisticado – pena que os plásticos ainda são encontrados em abundâncianamento em função dos novos

números de potência e torque.A Chevrolet também mexeu

na dinâmica do modelo. Assim como na linha 2015 da S10, a marca fez ajustes na suspensão dianteira, com buchas mais rí-gidas e recalibração das molas e amortecedores. O intuito é melhorar a dirigibilidade ao dei-xar o conjunto mais estável e a direção mais direta. Outro item modificado pelos engenheiros da Chevrolet tange o conforto. O isolamento acústico foi me-lhorado com o uso de materiais fonoabsorventes de maior es-pessura.

A última mudança é no inte-rior. Como um dos carros mais caros produzidos no Brasil, a Chevrolet deu mais refinamen-to ao habitáculo da Trailblazer. A começar pelo painel, que ga-nhou um tom mais sóbrio para ressaltar as novas molduras em preto brilhante e detalhes cro-mados, como o anel que envolve os comandos do ar-condiciona-do e a alavanca da transmissão. Entretanto, a alteração mais vistosa é a nova padronagem dos bancos de couro. Sai o bege e entra um marrom mais discre-to – batizado de “brownstone”.

Todas essas alterações tive-ram reflexo no preço final. Ven-dida em versão única – LTZ – a Trailblazer com motor a gasoli-na pulou para R$ 147.790 – um acréscimo de R$ 3.140 frente

VITRINE

Discreta grandezaChevrolet Trailblazer ganha motor com injeção direta de gasolina e pequenas alterações internas na linha 2015

FOTOS DIVULGAÇÃO

ao modelo anterior. O utilitá-rio esportivo ainda traz uma lista recheada de equipamen-tos de série. São seis airbags, controles eletrônicos de tração e estabilidade, ar-condicionado digital, sistema multimídia My Link com GPS integrado e câ-mara de ré, além do assistente

de partida em rampa e banco do motorista com ajustes elé-tricos. Vale lembrar que as mu-danças na suspensão, interior e isolamento acústico também atingem a variante diesel – que ficou cerca de R$ 2 mil mais ca-ra e passa a ser comercializada por R$ 173.490.

O motor V6 3.6 de 277 cv se mostrou mais que suficiente para empurrar as duas toneladas do SUV da Chevrolet. A transmissão automática faz o seu trabalho com trocas imperceptíveis

Page 9: Automóveis 29 10 14

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, quarta-feira, 29 de outubro de 2014 AUTOMÓVEIS 9

Page 10: Automóveis 29 10 14

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ10 AUTOMÓVEIS Macaé, quarta-feira, 29 de outubro de 2014

TESTE

Questão de nívelCom versão Tendance automática, Citroën C3 quer brigar entre os hatches superiorespor Raphael PanaroAuto Press

As tecnologias do setor au-tomotivo vivem sua época de popularização. Foi-se o

tempo que itens como Bluetooth, ar-condicionado digital e tela mul-timídia eram encontrados apenas em modelos mais requintados. Atualmente, os hatches de entrada já dispõem desses “gadgets”. Agora, a demanda por conforto no trânsi-to pesado valoriza as transmissões automáticas ou mesmo automati-zadas. Com a mudança do perfil do consumidor, esse tipo de tecnologia passou a fazer parte do cotidiano. E a Citroën se mexeu para atender es-sa demanda. Mudou no conteúdo das versões do C3 – seu carro com-pacto – e passou a oferecer a trans-missão automática de quatro mar-chas na configuração intermediária Tendance. Junto ao câmbio, veio o motor 1.6 litro. Tudo para oferecer mais por um preço menor – e torná-lo mais competitivo no segmento.

Antes deste realinhamento, o propulsor de 1.587 cm3 e o câmbio automático só estavam disponíveis na versão topo de linha Exclusive. A unidade de força é a mesma da ge-ração anterior, mas ganhou novos materiais nas partes internas. Ele entrega 115 cv de potência a 6 mil rpm e 15,5 kgfm de torque a 4 mil giros – sempre com gasolina. Os nú-meros com etanol sobem para 122 cv e 16,4 kgfm. O motor de maior cilindrada dispensa o “tanquinho” para partida a frio. Já a transmis-são tem quatro marchas. A versão Tendance com motor 1.5 litro de máximos 93 cv e câmbio manual de cinco marchas continua a ser oferecida.

A Citroën procurou dar um preço “brigador” à versão Tendance mais

FICHA TÉCNICA

Citroën C3 Tendance 1.6 AT● MOTOR: A gasolina e etanol,

dianteiro, transversal, 1.587 cm3, quatro cilindros em linha, comando simples no cabeçote, quatro válvulas por cilindro e comando variável de válvulas na admissão. Injeção eletrônica multiponto sequencial e

acelerador eletrônico.● TRANSMISSÃO: Automático de

quatro marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira.

● POTÊNCIA máxima: 115 cv e 122 cv com gasolina e etanol a 6 mil rpm.

● TORQUE máximo: 15,5 kgfm e

16,4 kgfm com gasolina e etanol a 4 mil rpm. ● SUSPENSÃO: Dianteira independente do tipo McPherson, com molas helicoidais, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora. Traseira com travessa deformável, molas helicoidais, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora.

FOTOS DIVULGAÇÃO

Por mais que a Citroën incremente o C3, o chamariz da versão Tendance sempre será o vasto para-brisa Zenith – item de série a partir dessa configuração. Ele garante ao condutor novas perspectivas visuais e ainda amplia a sensação de espaço do habitáculo

1.6 litroMotor Flex de 1.6 dispensa o “tanquinho” para partida a frio

122 cvde potência máxima

16,4 kgfmde torque máximo

NÚMEROS

PONTO A PONTO

● DESEMPENHO – Até então, o motor 1.6 litro de 115/122 cv – com gasolina e etanol, respectivamente – só equipava a versão “top” Exclu-sive. Mas como é o único propulsor que conversa com a transmissão automática de quatro marchas, pas-sou a equipar também a Tendance. Ele mostra bom desempenho tanto na cidade quanto na estrada. A saí-das são bem “atléticas” e a relação com o câmbio é amistosa. Nota 8. ● ESTABILIDADE – O C3 é muito bem acertado. O conjunto suspen-sivo, como é tradição na marca, ga-rante qualidade no rodar. Mesmo em velocidades mais elevadas, o compacto transmite a sensação de sempre estar grudado ao as-falto. Em pavimentos irregulares o comportamento também é correto. Nota 8. ● INTERATIVIDADE – Lidar com o C3 no dia a dia é fácil. Os coman-dos vitais estão à mão e a posição de dirigir é facilmente achada pe-los multiplos ajustes de banco e volante. A visibilidade dianteira é um ponto forte e o grande para-brisa Zenith aumenta a sensação de amplitude ao habitáculo, além de ser charmoso. A ressalva fica por conta dos velhos comandos em satélite na coluna. É preciso se familiarizar, pois o uso é muito pouco intuitivo. Botões no volante são mais práticos. Nota 9. ● CONSUMO – O Programa de Eti-quetagem do InMetro aferiu o Ci-troën C3 Tendance 1.6 automático. E o resultado não foi dos melhores. Com etanol, o hatch registrou mé-dias de 6,5 e 8,8 km/l em trecho urbano e estrada, respectivamen-te. Já com gasolina no tanque, os números sobem para 9,6 e 13,0 km/l. O resultado foi a nota “D” na categoria e “C” no geral. Seu índice de consumo energético ficou em elevados 2,04 MJ/km. Nota 5. ● CONFORTO – O C3 conta com bom espaço interno. Os bancos da frente têm a densidade corre-ta da espuma e dão a motorista e passageiro boas opções de ajus-tes. O isolamento acústico é bom, mesmo quando motor é exigido. Há pouco ruído de vento em qualquer velocidade e a cabine oferece uma atmosfera agradável. Nota 8. ● TECNOLOGIA – O hatch com-pacto da Citroën é relativamente novo. Nasceu na Europa em 2009 e compartilha a plataforma com o “premium” DS3, com o C3 Picas-so/AirCross e também com o Peu-geot 208. O motor é antigo, mas ainda é eficiente e apenas o câmbio automático, nesta versão de qua-tro marchas, merecia evoluir para seis marchas – como aconteceu na motorização 2.0 da PSA. O carro

também conta com luzes diurnas de led e o interior bem equipado, como possibilidade de receber sistema de navegação. Nota 8. ● HABITABILIDADE – Faltam porta-objetos úteis no C3. O do console central ainda traz a base plana, que faz os itens ali colo-cados escorregarem para fora a cada arrancada. O espaço interno é bom e atrás dois adultos se aco-modam muito decentemente. O porta-malas está um pouco acima da média do segmento, 300 litros. É bem suficiente para o cotidiano e apenas aceitável para bagagens de viagem. Nota 8. ● ACABAMENTO – O C3 não é luxuoso. Mas os plásticos são de boa qualidade, os encaixes, justos e sem rebarbas, além da finalização, colocam o modelo na lista dos cha-mados “hatches superiores” – como Fiat Punto, Ford Fiesta e Peugeot 208, entre outros. O revestimento dos bancos nesta versão é simples, mas o tecido grosso denota durabi-lidade e é bem costurado. Nota 8. ● DESIGN – A geração anterior do C3 agradava bastante o público feminino. Com a nova, a marca francesa tentou expandir o leque com um visual mais viril. Os vin-cos trocam a aparência arredon-dada por um perfil mais robusto. As lanternas, que se pronunciam em direção às laterais e à tampa do porta-malas, dão sensação de atualidade ao desenho do hatch. A estética “moderninha” se com-pleta com as luzes diurnas de leds. Nota 9. ● CUSTO/BENEFÍCIO – Dotado de sistema de navegação, o C3 Ten-dance 1.6 AT sai por R$ 53.390. Mesmo assim são R$ 5.100 a menos que a configuração Exclu-sive com o mesmo propulsor e o câmbio, mas com menos itens de série. E os rivais têm preços próxi-mos. Equipado à altura, a Peugeot cobra R$ 52.390 pelo 208 Active Pack 1.6 automático. Já a Hyundai pede R$ 52.890 pelo HB20 Pre-mium 1.6 AT. O Fiat Punto Spor-ting Dualogic sai a R$ 54.817, tem motor 1.8 e é bem equipado, mas não tem navegador. O Chevrolet Onix LTZ com My Link e câmbio automático de seis marchas custa R$ 52.400, mas sob o capô tem o motor 1.4 litro. O Ford Fiesta é o mais caro e na configuração SE Po-wershifit, que não tem navegação, sai por R$ 53.890. O C3 Tendance 1.6 AT tem a vantagem de trazer o para-brisa panorâmico e ter um acabamento superior, junto com o 208 e o Punto. Nota 6. ● TOTAL – O Citroën C3 Tendance 1.6 AT somou 77 pontos em 100 possíveis.

“recheada”. A marca francesa pede iniciais R$ 50.990 pela configura-ção com motor 1.6 litro e transmis-são automática. O único opcional disponível é o sistema de navega-ção, que custa adicionais R$ 2.400.

O que ainda pode onerar o preço do carro é o tipo de cor – R$ 1.390 para metálicas e R$ 1.790 para pe-rolizadas. Apesar do valor mais “em conta”, a Citroën não “depenou” o C3 Tendance 1.6 AT. A lista de itens

de série traz rodas de liga leve de 15 polegadas, direção com assistência elétrica, computador de bordo, ban-co do motorista regulável em altura, volante ajustável em altura e pro-fundidade, luzes diurnas de leds e rádio/CD/MP3/USB e Bluetooth. Mas o destaque é o para-brisa “pa-norâmico” Zenith, grande diferen-cial do modelo.

Por fora, a Citroën não tocou no visual do C3. O hatch produzido em Porto Real, no Sul Fluminense, mostra um equilíbrio entre formas, robustez e sofisticação. Alguns detalhes cromados, como os pre-sentes na grade dianteira, no friso superior do para-brisa e na parte inferior da tampa do porta-malas ajudam a balancear a aparência do hatch. Na frente, luzes diurnas em leds trazem o carro para atualidade e, na traseira, o formato das lanter-nas, que lembram bumerangues, fecham o visual fluido do veículo.

Page 11: Automóveis 29 10 14

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, quarta-feira, 29 de outubro de 2014 AUTOMÓVEIS 11

por Márcio MaioAuto Press

A queda nas vendas auto-motivas registrada no Brasil não foi capaz de

diminuir as expectativas de crescimento entre as fabrican-tes chinesas por aqui. Sempre com a estratégia de entregar mais conforto e lista recheada de itens de série em seus mode-los, cada uma aposta em um ni-cho que possa trazer resultados animadores. A JAC, por exem-plo, resolveu pegar carona nos megaeventos programados para o Brasil a partir de 2014 – como a Copa do Mundo Fifa, realizada entre junho e julho, e as Olim-píadas de 2016 – para tentar conquistar um espaço entre as vans de luxo no país. E começou a oferecer, a partir de fevereiro, a maxivan T8.

O modelo transporta até sete pessoas e busca se firmar no atendimento a empresas de turismo, hotéis, sindicatos e associações para exercer a função principal de transfer de luxo. Mas a expectativa de vender 2 mil unidades até o fim do ano transformou-se em uma amarga decepção. Nem a redução de R$ 20 mil no preço – o comercial leve chegou por R$ 114.990 e hoje começa em R$ 94.990 – ajudou. Até o final de setembro, o acumulado de emplacamentos do T8 chegou a apenas 102 unidades, menos de 15 por mês.

A intenção de se inserir no

A ideia da JAC é emplacar a T8 como van executiva para transfers de luxo. Mas as dimensões “compactas” do modelo dentro deste segmento o transformam em opção viável de veículo para uma família grande

mercado de transportes de lu-xo fica evidente no interior da van executiva. A configuração 2+2+3 tem poltronas individu-ais e totalmente reclináveis na dianteira e na fileira do meio. As intermediárias ainda giram em 360º e os cinco lugares da parte traseira são removíveis, o que é capaz de ampliar o es-paço do porta-malas dos 1.310 litros para sete ocupantes até 4.800 litros na condição de fur-gão – embora o transporte de cargas não seja a finalidade pri-mária definida pela fabricante. O porte impressiona. São 5,10 metros de comprimento, 3,08 m de entre-eixos, 1,84 m de lar-gura e 1,97 m de altura.

O foco no conforto e a co-modidade dos passageiros que vão atrás é acentuado pelos seis porta-copos, luzes individuais de leitura, duas tomadas de 12V e ar-condicionado com contro-le independente. Motorista e o carona têm regulagem elétrica e aquecimento nos bancos, que podem ser de couro por mais R$ 2 mil na conta final do car-ro. Externamente, o modelo não transmite maiores ousa-dias. Adota o clássico formato “caixote”, típico das maxivans e furgões grandes, mas o design abusa de cromados. Algo que se evidencia principalmente na dianteira, pelas cinco lâminas e o logo da JAC no topo da larga grade.

A lista de equipamentos que saem de fábrica no modelo é extensa. Engloba teto solar

AUTOPERFIL

Baixo impactoJAC T8 entrega luxo e preço competitivo para transporte executivo, mas bem menos que o esperado

FOTOS DIVULGAÇÃO

2.0 turbo2.0 litros a gasolina turbinado com intercooler

175 cvPotência Máxima

26,5 kgfmTorque Máximo

NÚMEROS

elétrico – que, assim como o ar-condicionado digital e au-tomático, tem controle inde-pendente na parte de trás –, sensores de estacionamento traseiros, câmara de ré, central multimídia com tela touchs-creen e entrada USB, auxiliar e para cartão de memória e Bluetooth, faróis com regula-gem elétrica de altura, trio elé-trico e direção hidráulica. No que diz respeito à segurança, o JAC T8 conta apenas com os freios ABS e airbag duplo obrigatórios pela legislação

brasileira.Sob o motor, a JAC insta-

lou um 2.0 litros a gasolina turbinado com intercooler. O propulsor rende 175 cv a 5.400 rpm e torque constante de 26,5 kgfm entre 2 mil e 4 mil giros. Acoplado a ele está uma transmissão manual de seis relações, que envia a potên-cia para o eixo traseiro. Com esse conjunto e com o preço redimensionado, a JAC ainda acredita que sua van possa ob-ter a imaginada arrancada nas vendas no Brasil.

Page 12: Automóveis 29 10 14

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ12 AUTOMÓVEIS Macaé, quarta-feira, 29 de outubro de 2014