Autoavaliação

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Auto-avaliação regulada: porquê, o quê e como? Leonor Santos - Universidade de Lisboa

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Auto-avaliação regulada:porquê, o quê e como?

Leonor Santos - Universidade de Lisboa

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Auto-avaliação regulada:porquê, o quê e como?

Leonor Santos - Universidade de Lisboa

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Diversidade de sentidos para “avaliação”:

Ideia de medida, vista como um ato técnico remetido para os peritos. Avaliação como um ato de comunicação, de interação entre pessoas e objetos de avaliação, que ocorre num dado contexto social e é por ele determinado (Leal, 1992).

“o avaliador não é um instrumento de medida, mas o ator de uma comunicação social” (Hadgi, 1997).

Page 4: Autoavaliação

Ampliação das funções da avaliação:

Dirigida sobretudo a uma função social, através da hierarquização, seleção e certificação do aluno.

Uma função pedagógica, que encara a avaliação como um elemento essencial no processo de ensino e de aprendizagem.

Page 5: Autoavaliação

“A avaliação é um elemento integrante e regulador da prática educativa.”

Nenhuma intervenção externa age se não for percebida, interpretada e assimilada pelo educando.

Page 6: Autoavaliação

A regulação das aprendizagens poderá advir de uma multiplicidade de processos, dos quais identificamos:

a avaliação formativa;

a co-avaliação entre pares;

e a auto-avaliação.

Page 7: Autoavaliação

Tipos de avaliação formativa (processo de regulação externa ao aluno, de responsabilidade do professor) (Allal, 1986).

Regulação proativa: no início de uma tarefa ou de uma situação didática. Regulação interativa: ao longo de todo o processo de aprendizagem. Regulação retroativa: após uma sequência de aprendizagens mais ou menos longa.

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A co-avaliação entre pares:

Alunos em interação são colocados “em situações de confronto, de troca, de interação, de decisão, que os forcem a explicar, a justificar, a argumentar, expor ideias, dar ou receber informações para tomar decisões, planear ou dividir o trabalho, obter recursos” (Perrenoud, 1999).

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Autoavaliação:

A autoavaliação é o processo por excelência da regulação, dado ser um processo interno ao próprio sujeito.

A ultrapassagem dos erros só pode ser feita por aqueles que o cometem e não por aqueles que os assinalam, uma vez que as lógicas de funcionamento são diferentes.

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Abordagem positiva do erroDe uma função contabilística, passa-se a atribuir-lhe uma função informativa.

Papel do educador: não é identificar o erro, nem tão pouco corrigi-lo, mas sim questionar ou apresentar pistas de orientação da ação a desenvolver pelo aluno.

“Experimente outros valores e analise os resultados que você obtém. Que conclusões pode tirar?”

“Você afirma que... Em que se baseia essa afirmação?”

“A estratégia seguida é adequada. Deve, contudo, procurar utilizar uma linguagem menos confusa. Por exemplo, escreve assim ...., mas poderia escrever assim...”

Page 11: Autoavaliação

Desenvolvimento de uma postura autorreflexiva nos alunos:

“O que você fez?” “Por que tomou esta opção?”“Por que pensou assim?”“De onde te surgiu esta ideia?”“Em que outras situações este processo se poderia aplicar?”“Se quisesse convencer alguém de que isto é verdade, o que

diria?”

Page 12: Autoavaliação

Explicitação dos critérios de avaliação:

“Que aspectos se têm de verificar para que seja um bom trabalho?”

“O que é indispensável que o aluno apresente?”

“O que não pode acontecer?”

“Quais são para mim os erros graves?”

Page 13: Autoavaliação

Negociação dos critérios de avaliação:

“Há alguns aspectos que não tenham sido considerados, mas que vocês entendam que devam ser incluídos?”

Este cenário tem a grande vantagem de implicar e corresponsabilizar os alunos no processo avaliativo, ajudando-os a apropriarem-se mais facilmente desses mesmos critérios.

Page 14: Autoavaliação

Recurso a instrumentos alternativos de avaliação

É, por exemplo, o caso do portfolio ou dossier do aluno, onde se inclui não a totalidade dos produtos realizados pelo aluno durante um período de tempo, mas sim uma seleção de produtos significativos para o aluno, significativos do ponto de vista cognitivo ou afetivo, ilustrativos daquilo que num dado momento já é capaz de fazer, e representativos da diversidade das tarefas desenvolvidas.

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Diversidade de sentidos para “avaliação”:

Ideia de medida, vista como um ato técnico remetido para os peritos. Avaliação como um ato de comunicação, de interação entre pessoas e objetos de avaliação, que ocorre num dado contexto social e é por ele determinado (Leal, 1992).

“o avaliador não é um instrumento de medida, mas o ator de uma comunicação social” (Hadgi, 1997).

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Ampliação das funções da avaliação:

Dirigida sobretudo a uma função social, através da hierarquização, seleção e certificação do aluno.

Uma função pedagógica, que encara a avaliação como um elemento essencial no processo de ensino e de aprendizagem.

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“A avaliação é um elemento integrante e regulador da prática educativa.”

Nenhuma intervenção externa age se não for percebida, interpretada e assimilada pelo educando.

Page 18: Autoavaliação

A regulação das aprendizagens poderá advir de uma multiplicidade de processos, dos quais identificamos:

a avaliação formativa;

a co-avaliação entre pares;

e a auto-avaliação.

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Tipos de avaliação formativa (processo de regulação externa ao aluno, de responsabilidade do professor) (Allal, 1986).

Regulação proativa: no início de uma tarefa ou de uma situação didática. Regulação interativa: ao longo de todo o processo de aprendizagem. Regulação retroativa: após uma sequência de aprendizagens mais ou menos longa.

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A co-avaliação entre pares:

Alunos em interação são colocados “em situações de confronto, de troca, de interação, de decisão, que os forcem a explicar, a justificar, a argumentar, expor ideias, dar ou receber informações para tomar decisões, planear ou dividir o trabalho, obter recursos” (Perrenoud, 1999).

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Autoavaliação:

A autoavaliação é o processo por excelência da regulação, dado ser um processo interno ao próprio sujeito.

A ultrapassagem dos erros só pode ser feita por aqueles que o cometem e não por aqueles que os assinalam, uma vez que as lógicas de funcionamento são diferentes.

Page 22: Autoavaliação

Abordagem positiva do erroDe uma função contabilística, passa-se a atribuir-lhe uma função informativa.

Papel do educador: não é identificar o erro, nem tão pouco corrigi-lo, mas sim questionar ou apresentar pistas de orientação da ação a desenvolver pelo aluno.

“Experimente outros valores e analise os resultados que você obtém. Que conclusões pode tirar?”

“Você afirma que... Em que se baseia essa afirmação?”

“A estratégia seguida é adequada. Deve, contudo, procurar utilizar uma linguagem menos confusa. Por exemplo, escreve assim ...., mas poderia escrever assim...”

Page 23: Autoavaliação

Desenvolvimento de uma postura autorreflexiva nos alunos:

“O que você fez?” “Por que tomou esta opção?”“Por que pensou assim?”“De onde te surgiu esta ideia?”“Em que outras situações este processo se poderia aplicar?”“Se quisesse convencer alguém de que isto é verdade, o que

diria?”

Page 24: Autoavaliação

Explicitação dos critérios de avaliação:

“Que aspectos se têm de verificar para que seja um bom trabalho?”

“O que é indispensável que o aluno apresente?”

“O que não pode acontecer?”

“Quais são para mim os erros graves?”

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Negociação dos critérios de avaliação:

“Há alguns aspectos que não tenham sido considerados, mas que vocês entendam que devam ser incluídos?”

Este cenário tem a grande vantagem de implicar e corresponsabilizar os alunos no processo avaliativo, ajudando-os a apropriarem-se mais facilmente desses mesmos critérios.

Page 26: Autoavaliação

Recurso a instrumentos alternativos de avaliação

É, por exemplo, o caso do portfolio ou dossier do aluno, onde se inclui não a totalidade dos produtos realizados pelo aluno durante um período de tempo, mas sim uma seleção de produtos significativos para o aluno, significativos do ponto de vista cognitivo ou afetivo, ilustrativos daquilo que num dado momento já é capaz de fazer, e representativos da diversidade das tarefas desenvolvidas.