Auto Raparo - maio 2011

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EDIÇÃO 16 • MAI/JUN 2011 Expansão da frota tem reflexo direto no setor de reparação, que cresceu 24,7% em 2010 MAIS CARRO NAS RUAS, MAIOR MOVIMENTO NA SUA OFICINA À FRENTE DE SEU TEMPO Oficina Bonneville investe em estrutura em prol do meio ambiente QUANDO MENOS É MAIS DICAS PARA EVITAR DESPERDÍCIOS NOS PROCESSOS DE REPINTURA www.revistaautoreparo.com.br UMA REVISTA

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Encarte Auto Reparo do Jornal Oficina Brasil.

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EDIÇÃO 16 • MAI/JUN 2011

Expansão da frota tem refl exo direto no setor de reparação, que cresceu 24,7% em 2010

MAIS CARRO NAS RUAS,MAIOR MOVIMENTO NA SUA OFICINA

À FRENTE DE SEU TEMPO

Ofi cina Bonneville investe

em estrutura em prol do meio ambiente

QUANDO MENOS É MAISDICAS PARA EVITAR DESPERDÍCIOS NOS PROCESSOS DE REPINTURA

www.revistaautoreparo.com.brUMA REVISTA

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Subindo com o mercadoEm quase todas as coletivas de imprensa mensais da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automoto-res), ouço anúncios positivos relacionados ao crescimento na produção e na comercialização de automóveis no País. Este crescimento, que certamente está associado ao bom momento da economia brasileira, tem re� exos diretos no setor de repara-ção automotiva, e há duas matérias nesta revista que atestam esta relação de causa e efeito. Na seção “Mercado”, destacamos a informação do GMA (Grupo de Manutenção Automotiva), que aponta um crescimento de 24,7% no faturamento das o� -cinas em 2010. Já na seção “Evento”, falamos da ampliação da Automec (Feira Internacional de Autopeças, Equipamentos e Serviços) deste ano, que teve uma expansão de quase 20% em relação à edição anterior, de 2009. É o momento certo para você aproveitar esta grande fase do mercado automotivo, mas lembrando sempre que o� cina cheia não é sinônimo de resultado. Para chegar à rentabilidade que você almeja, é necessário, sobretudo, um trabalho forte em gestão. É disso que fala nosso colaborador Fábio Moraes, na seção “Na Ponta do Lápis”.E gestão abrange sempre um controle que possibilite a redu-ção de desperdícios na o� cina. Nesta edição, damos dicas de como fazer esta redução na área de repintura, abordando fato-res como a preparação das tintas, o lixamento e o uso correto da pistola HVLP.Já em nossa seção “O� cinas Top”, apresentamos o case da o� -cina Bonneville, de Santo Amaro, zona sul de São Paulo. Um caso de o� cina que, em dois anos, evoluiu de uma estrutura defasada e processos artesanais para uma realidade de métodos automatizados e estrutura voltada para o meio ambiente. Prova de que já há reparadoras que estão antecipando o futuro da reparação automotiva.

Boa leitura!

Alexandre Carvalho dos Santos – [email protected]

Direção: Cássio Hervé e Almir Fernandes | Coordenação: Eduardo Foz e Andrea Chiarelli de Moraes | Contato comercial: Carlos Souza - car-los.souza@ofi cinabrasil.com.br - (11) 2764-2874 | Editor: Alexandre Carvalho dos Santos (MTB 44.252) – [email protected] | Colaboradores desta edição: Fábio Moraes, Francisco Carlos Assunção e Marcos Carvalho| Fotos: Alexandre Martins Xavier (MTB 30.982) | Coordenador de Produção: Jocemar Albuquerque | Im-pressão: Gráfi ca Oceano| Tiragem desta edição: 10 mil

curtasCESVI tem novo diretorde operações.04

EditorialÍndice

Expediente

mercadoFaturamento do setor de repara-ção cresceu 24,7% em 2010.

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na ponta do lápisTenha uma gestão efi ciente antes de reivindicar valores de horas trabalhadas.

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passo a passoComo reduzir desperdícios na área de repintura.07ofi cinas topBonneville, de São Paulo, investe em estrutura, gestão e processos ecologicamente corretos.

09

A revista AUTO REPARO é uma publicação do CESVI BRASIL (www.cesvi-brasil.com.br) e do GRUPO GERMINAL (www.ofi cinabrasil.com.br). Não está autorizada nenhuma reprodução dos artigos e referências publicados nesta revista sem prévia autorização. Os espaços publicitários desta pub-licação são pagos. O CESVI BRASIL e o GRUPO GERMINAL não se respon-sabilizam pelos anúncios aqui publicados, já que conteúdo, informações técnicas (natureza, características, qualidade, quantidade, propriedades, origem, preços) e quaisquer outros dados sobre os produtos e serviços anunciados são fornecidos com exclusividade pelos nossos anunciantes. Esta revista é parte integrante do jornal Ofi cina Brasil como encarte.

Auditoria:Instituto Verifi cador de Circulação

eventoOs destaques da décima edição da Automec.13

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• Auto Reparo4

Curtas

Sindipeças e Apex-Brasil lançam a 2ª edição do Guia Oficial dos Fabricantes de Autopeças Brasileiros, que contém cerca de 140 fabricantes de autopeças instalados no Brasil. A publicação é destinada aos profis-sionais da área de compras e engenharia de todas as montadoras e de empresas que atu-am no setor com mais de 13 mil contatos de potenciais compradores.

Cerca de 40% do volume total de exem-plares é destinado a empresas localizadas na América do Sul, sendo a Argentina o prin-cipal mercado. A Europa representa 24% da tiragem do guia, com maior concentra-

ção na Alemanha. O mailing da publicação ainda inclui a América do Norte com 13%, com foco no México, e o restante é destina-do a empresas localizadas no Oriente Mé-dio, Ásia, África, América Central, Ocea-nia e imprensa internacional de 15 países que somam 51 veículos de comunicação.

O guia também será distribuído nas prin-cipais feiras internacionais de autopeças e terá versões em três idiomas (português, in-glês e espanhol) e tiragem de 15 mil exem-plares, sendo uma ferramenta para a divul-gação do parque da indústria de autopeças e uma fonte de consulta para o setor auto-

motivo.O Sin-

d i p e ç a s t a mbém l a n ç o u a edição 2011 da publica-ção De-s e mp e n ho do Setor de Autopeças, no qual podem ser consultados dados como faturamento, ní-vel de emprego e investimentos, de 1981 a 2010.

Aproveitando o grande movimento da feira Automec, a Norton apresentou uma linha completa de produtos abra-sivos e de acessórios que são utilizados nos processos de lixamento e polimento em oficinas. As novidades estão che-gando ao mercado este ano. Dentre as opções, estiveram em destaque as lixas JET401 e T402, a lixa D’água T277 e a DRYice Q260.

JET401 e T402 - Produzidas com sistemas de resinas e de papéis imper-meáveis e com grãos com alto poder de corte, as lixas JET401 e T402 se desti-nam ao lixamento úmido de vernizes,

ao microacabamento de superfícies me-tálicas e à preparação para o polimento.

Lixa D’água T277 - Desenvolvi-da para o lixamento úmido em geral, de superfícies metálicas e de materiais compostos, como massas plásticas, massas rápidas e primers.

DRYice Q260 - Destinam-se ao processo de acabamento no polimento a seco. Estão disponíveis nas versões P1200 e P1500, em discos de 152mm. Segundo a Norton, removem riscos e efeitos de “casca de laranja”, e otimizam o tempo no polimento das superfícies.

A Hypertherm acaba de lançar novas tochas Duramax para uso nos sistemas de plasma Powermax1000 e Powermax1250. Segundo a empresa, os novos produtos são capazes de suportar impactos cinco ve-zes maiores do que a geração anterior de tochas, além de mais resistentes ao calor. Utilizam um novo bico e eletrodo de mola Conical Flow, para permitir uma vida útil mais longa do consumível. Os testes rea-lizados pela Hypertherm demonstraram um aumento de até 55% na vida útil dos consumíveis Duramax, o que representa uma economia de 30% em custos com consumíveis.

Além do setor de reparação automotiva, a Hypertherm desenvolve sistemas avança-dos de corte de metal para uso em diversos outros segmentos, como os de construção naval e de fábricas.

Mais informações: www.hypertherm.com

Cerca de 140 fabricantes relacionados

Linha de lixas para reparação Nova tecnologia de tocha para sistemas de plasma

Lixa JET401, da NorToN

Div

ulga

ção

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Após oito anos de intensa atividade em prol dos trabalhos de reparação automotiva e segurança viária, termi-na o período de gestão de José Aurelio Ramalho à frente do CESVI BRASIL (Centro de Experimentação e Seguran-ça Viária). O novo diretor de operações do centro de pesquisa é Almir Fernan-des, executivo com 17 anos de experi-ência no mercado segurador.

Engenheiro mecânico com MBA em gestão empresarial pela FGV, Fernan-des se especializou nas áreas técnicas de perícia e sinistro, tendo também uma ex-tensa atuação na área de negócios, incluin-do gestão da área comercial

A renovação na gestão do CESVI se dá num período em que o mercado automo-tivo brasileiro bate recordes de produção e comercialização de veículos. Para isto, tem

contribuído a chegada de novas marcas ao País e o aumento do poder de consumo da população.

Este novo cenário exige uma atuação ainda mais presente do CESVI BRASIL, já que pressupõe um número cada vez maior de motoristas que precisam de informação sobre segurança no trânsito e fi scalização.

Uma das características mais marcantes da gestão que agora termina no CESVI tem sido justamente o apoio aos órgãos de governo na criação e aprimoramen-to de legislações em prol da segurança viária e veicular no País. Este continua-rá sendo um dos pontos mais fortes da atuação do CESVI, já que a segurança no trânsito está no DNA deste centro de pesquisa, cujas atividades têm reve-lado um acentuado cunho social.

O desafi o que se coloca à frente de Almir Fernandes é manter essa missão

de contribuir com a sociedade e a evolu-ção dos mercados com os quais o CESVI se relaciona, mas agora de maneira ainda mais incisiva, de uma forma que acompa-nhe o ritmo do crescimento da frota na-cional de veículos e da própria economia brasileira.

Curtas

CESVI tem novo diretor de operações

aLMir FErNaNdES, NoVo GESTor do CENTro dE PESQUiSa

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GMA identificou crescimento de 24,7% no setor de reparação em 2010

Faturamento das oFicinas em alta

Uma boa notícia para os proprietários de ofi-cinas. Segundo o GMA (Grupo de Manutenção Automotiva), o setor de reparação no Brasil re-gistrou um aumento de 24,7% no faturamento em 2010. Trata-se do melhor desempenho dos últimos seis anos, um reflexo do aumento mé-dio anual de 7,5% da frota circulante. “Para se ter uma ideia, 400 mil consumidores brasileiros compraram seu primeiro carro zero no ano pas-sado, número equivalente ao total de veículos vendidos no Chile, Colômbia e Venezuela jun-tos, impulsionando toda a cadeia automotiva”, aponta Renato Giannini, presidente da Andap (Associação Nacional dos Distribuidores de Au-topeças).

Mas não foi só a expansão da frota que levou mais gente às oficinas. O grande movimento nas reparadoras também está ligado, segundo o

GMA, à mudança de hábitos do motorista em relação aos cuidados com o veículo e à implan-tação da inspeção ambiental veicular na cidade de São Paulo, que concentra 22% dos carros que circulam no País.

As mais de 90 mil oficinas espalhadas pelo Bra-sil registraram faturamento de R$ 29,3 bilhões em 2010. O GMA ainda afirma que, somando os resultados de todos os elos da cadeia, que re-presentam mais de 130 mil empresas, entre fa-bricantes de autopeças, distribuidores, varejo e oficinas, o movimento financeiro, em 2010, al-cançou R$ 69,2 bilhões. Todo esse setor chegou a gerar 965 mil empregos diretos.

Só o setor de fabricantes de autopeças teve um faturamento de R$ 12,6 bilhões com a reposição automotiva, representando 14,6% do total do capital gerado pelo mercado.

Por alexandre carvalho dos santos

editor

Mercado

Evolução do sEtor dE rEparação dE vEículos2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Faturamento (em bilhões) 17,2 17,9 19,7 21,0 22,4 23,5 29,3número de empresas (milhares) 119,6 102,0 92,4 94,7 85,6 87,8 92,1empregos (milhares) 777,0 625,0 653,0 666,0 671,0 687,7 711,1

Mais carros nas ruas, Mais taMbéM nas oficinas

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Evite o comprometimento do seu lucroprovocado pelo desperdício e o retrabalho

Redução de despeRdícios na RepintuRa

Imagine se, há uns 35 anos, um pintor fechasse os olhos e, sem acompanhar todo o processo de evolução pelo qual o setor de pintura já passou, abrisse-os dentro de uma oficina atual, com todos os equipamentos de alta tecnologia que existem hoje. Pro-vavelmente se sentiria em um paraíso para pintores, com tudo mais prático, rápido e, definitivamente, mais produtivo. Porém, no final do mês, quando fosse realizar um balanço, ele descobriria que toda aquela facilidade tem um preço. O uso indevido – ainda que seja dos melhores equipamentos – acaba gerando desperdícios que são fatais para o equilíbrio financeiro da oficina. Na área de repintura, principalmente, reduzir os desperdícios é tão importante quanto torná-la mais ágil.

Lixe somente o necessárioUm hábito comum na área de prepara-

ção é o de lixar a peça além do necessário, gastando uma quantidade maior de lixas e aumentando o tempo nessa etapa. Para que isso seja evitado, recomenda-se um controle do lixamento. Com isso, torna-se possível identificar eventuais falhas sobre a superfície e mostrar quando a peça não necessita mais de lixamento.

O pó do lixamento muitas vezes inco-moda pela sua quantidade e capacidade de contaminar um ambiente. Para diminuir esse desperdício e esse incômodo, deve-se aplicar a menor quantidade de material possível (invista mais tempo na funilaria). Assim, o pintor poderá lixar menos e ainda reduzir o tempo e o custo dessa operação.

Economize tempo na preparação de corEis outra etapa do trabalho de repintura

em que a oficina, às vezes, perde um tempo precioso. Como evitar esse desperdício:

- Buscando a cor: cada vez mais, os fa-bricantes de tinta têm oferecido catálogos, mapas de cores e espectrofotômetros, que visam a dar maior agilidade na pesquisa pelas cores corretas dos automóveis.

- Usando máquinas de mescla: permitem a preparação da quantidade mínima de tin-ta necessária para a repintura e também a correção de diferenças que possam ocorrer entre a tinta preparada e a cor original do veículo (seria praticamente impossível cor-rigir adequadamente essa diferença sem os pigmentos da fórmula da tinta).

- É fundamental que a pessoa que reali-za os acertos de cor na oficina seja devida-mente treinada e saiba unir as técnicas de

colorimetria às de difuminado (alongamento da tinta), a fim de não desperdiçar tempo e material indevidamente.

- Utilizando réguas de pro-porção, para que seja feita a correta proporção de catálise e diluição dos materiais de pin-tura.

- Usando coadores: coar to-dos os produtos que serão in-troduzidos na pistola evita o entupimento do bico.

- Latas para catálise e diluição: é funda-mental ter em mãos latas cilíndricas (nunca cônicas) de diferentes tamanhos para catá-lise e diluição. Isso permite que se prepa-re apenas a quantidade necessária. Caso o pintor tenha apenas latas grandes, ele fica limitado à graduação da régua de propor-ção e, consequentemente, acaba preparan-do material em excesso.

- Com praticidade: esses materiais (la-tas, réguas e coadores) devem estar sempre acessíveis e limpos.

Excesso de catalisadorCatalisar a massa poliéster numa pro-

porção excessiva pode causar os seguintes problemas:

- Secagem muito rápida: não permite a correta aplicação devido ao curto tempo de

pela equipe de pesquisa & desenvolvimento

Passo a Passo

analisados individualmente, os detalhes paRecem insignificantes,

mas, quando somados, RepResentam o lucRo ou

o pRejuízo da áRea de pintuRa

Máquina de Mesclainvestindo Mais teMpo na funilaria, é possívelfacilitar o lixaMento

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trabalho (geralmente inferior a 4 minutos entre homogenei-zação e aplicação).

- Sangramento: reação do catalisador em excesso com os demais materiais da pintura, provocando uma mancha ver-melha, geralmente mais visível em cores claras.

- Diminuição da flexibilidade: a massa fica mais rígida, facilitando o aparecimento de trincas e dificultando o lixa-mento.

- A massa não seca: quando se ultrapassa muito a quanti-dade de catalisador, a massa não seca corretamente e apre-senta problemas de aderência.

Falta de catalisadorPor outro lado, catalisar de menos também provoca pro-

blemas:- Mapeamento: por causa da perda de brilho, o mapeamen-

to pode aparecer nitidamente na região em que foi aplicada a massa. A solução mais acertada seria retirar totalmente a massa poliéster e aplicá-la novamente com a proporção cor-reta de catálise. O prejuízo não será tão grande se o problema for detectado na hora. Porém, vale lembrar que boa parte desses defeitos só aparece após a conclusão do acabamento, o que obriga o pintor a realizar um retrabalho completo do sistema de pintura.

- A massa não seca: não há catalisador suficiente para com-pletar o processo de secagem e aderência da massa sobre a chapa.

Como usar a pistola HVLPEm comparação com as pistolas de sucção convencionais,

o uso de pistolas de gravidade HVLP gera uma economia de pelo menos 30% da quantidade total de material aplicado; isso tanto para produtos de preparação (wash-primer e pri-mer) quanto para itens usados no acabamento (tinta e ver-niz). Ainda assim, caso você use o equipamento de forma in-correta, essa economia pode ficar comprometida. Por isso...

- Aplique os materiais sempre com uma distância de apro-ximadamente 12 a 13 centímetros da peça. Quanto maior for essa distância, maior será o desperdício de material.

- Regule a pressão de trabalho dentro do limite máximo estabelecido pelo fabricante da pistola. Essa indicação pode ser encontrada no corpo da pistola ou no manual do fabri-cante, dependendo do modelo.

- E use bico 1,8 para aplicação de fundos e 1,3 para tintas de acabamento.

Carrinho de insumosEste é um recurso que diminui o desperdício de insumos,

principalmente das lixas que devem voltar para o carrinho quando não estão mais sendo utilizadas.

Quando possível, vale a pena contar com um carrinho para cada pintor. Isso faz com que eles se mantenham mais orga-nizados, pois os insumos são gastos e repostos pela própria pessoa, que adapta para si a melhor disposição dos materiais.

Recicle o thinneR

Outro gerador de desperdício nas oficinas são as atividades de limpeza feitas com thinner. Na maior parte das vezes, o pintor trabalha diretamente com a lata do material, o que nem sempre possibilita uma utilização fácil do produto. Alguns equipamentos são essenciais nessa etapa para reduzir o desperdício:

- Caixa para a limpeza de equipamentos: funciona como um reservatório para o thinner que ainda pode ser reutilizado.

- Pisseta: facilita a limpeza das pistolas e equipamen-tos, reduzindo consideravelmente o desperdício nes-sa etapa; são necessários apenas 60ml de thinner, em média, para limpar uma pistola de gravidade HVLP. Esse material pode ser encontrado facilmente em lo-jas de equipamentos hospitalares.

- Reciclador de solventes: recicla, em média, de 80% a 85% do thinner sujo que é usado nas limpezas.

Passo a Passo

pistola Hvlp: distância de aplicaçãodeve ser de 12 a 13cM

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Bonneville, de São Paulo, investe em estrutura,gestão e processos ecologicamente corretos

Eficiência dEolho nomEio ambiEntE

Havia um longo caminho pela frente quando os administradores da Bonneville, da região de Santo Amaro (Zona Sul da ci-dade de São Paulo), decidiram reestruturar e modernizar sua oficina. Criada em janei-ro de 2009, a Bonneville surgiu no lugar de uma antiga oficina, de mais de vinte anos de história no bairro. Mas a idade pesava: a parte elétrica estava à beira de um curto-circuito, a estufa ainda não funcionava, os processos de funilaria e pintura eram com-pletamente artesanais, o piso era rústico e o galpão onde fica a oficina precisava de uma reforma. Eram os novos tempos da repara-ção que se impunham como desafio à fren-te da reparadora.

Desafio aceito, foram dois anos de muito trabalho, aprendizado e, principalmente, boa gestão, para que a Bonneville emergis-se como uma empresa nova, eficiente, bem equipada e muito bem administrada. Esta evolução contou com a ajuda da certifica-ção feita pelo CESVI em parceria com o

IQA (Instituto da Qualidade Automotiva), que identificou pontos a serem trabalhados pela empresa, tanto na parte de estrutura quanto de equipamentos e gestão. Hoje, a oficina repara uma média de 110 carros por mês, tem estabilidade e está segura quan-to aos caminhos que deve seguir. “Nosso layout foi redesenhado para que consiga-mos atingir o ápice da nossa capacidade produtiva”, afirma Elvis Nepomuceno, res-ponsável pela gestão corporativa da Bonne-ville. “Não há nenhum carro dentro da ofi-cina que não esteja passando pelo processo de reparação.”

No ritmo do mercadoTrabalhando há 17 anos no segmento

reparador, Elvis é testemunha da expansão do mercado automotivo, com a abertura promovida pelo presidente Collor, e lem-bra que, na época, as oficinas não estavam prontas para as mudanças rápidas que aconteceram no País. “Os donos de repara-

doras não en-c a r a v a m as oficinas como em-presas. Não viam o dono de um carro batido como um cliente. Aí, em mea-

dos da década de 1990, chegou o CESVI, com sua expertise com base na Europa, trazendo informações e apontando para necessidades que estavam muito à frente da realidade das oficinas naquele momen-to. Para se ter uma ideia, tem funileiro que até hoje não gosta de mexer com mesa ali-nhadora. Muito do nosso sucesso se deve a compartilharmos uma visão de que a oficina precisa ser uma empresa. E de que, por isso, o modelo antigo não poderia mais servir”, explica o administrador.

100% novaA reestruturação da Bonneville passou

por todos os aspectos da oficina. Foi ins-talada uma rede de ar comprimido que abrange todo o espaço da oficina, a parte elétrica foi refeita, houve um trabalho de padronização de cores. Na parte de pintu-ra, os processos antigos foram substituídos por novas formas de trabalho, como o li-xamento a seco e a adoção de um moder-no sistema de mix de tintas. Na funilaria,

Por alExandrE carvalho dos santosEditor

Oficinas Top

GranilitE é EcolóGico?a GrandE vantaGEm do uso do GranilitE Para o mEio ambiEntE é quE EssE tiPo dE Piso Evita a

absorção dE Produtos químicos quE, com o tEmPo, acabam

contaminando o solo.

Foto

s: M

MI

Mix de tintas e Mesa alinhadora; sinais da evolução

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além da atualização dos processos, foram adquiridos equipamentos voltados para a produtividade e a eficiência, como duas mesas alinhadoras. Tudo levando em con-sideração o que diz o Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente).

“Estamos sempre levando em conta uma preocupação mundial, que é a questão do meio ambiente”, enfatiza Elvis. “Somos cientes das novas leis e tecnologias, e tam-bém do que o mercado espera para o futuro em relação a esses fatores.”

Dentro desse foco, a Bonneville ga-nhou um telhado com telhas translúcidas, que permitem que o galpão da oficina se mantenha em pleno funcionamento sem nenhuma lâmpada acesa (pelo menos, em dias claros). O piso anterior, que era rús-tico, foi substituído por um de granilite, mais ecológico. E a oficina ainda ganhou uma cisterna, para recolher a água da chu-va. Esta água é utilizada na lavagem da oficina e até dos veículos, reduzindo o con-sumo de água.

Acompanhamento do reparoToda esta evolução

da Bonneville tem um alvo maior, que é o cliente. Sendo assim, a empresa não poderia deixar de lado os avan-ços na parte de atendi-mento. O principal diz respeito à informação

para o cliente.

Todos os dados de cada reparo ficam registrados no sistema, para que o pes-soal do atendimento possa dar respostas rápidas sempre que houver um questio-namento do cliente sobre o andamento do reparo do seu carro. Este acompanha-mento ficará ainda mais direto com a disponibilidade das informações no site da Bonneville (a previsão de implementação desse recurso era de dez dias, quando do fechamento desta edição). Câmeras foram instaladas no galpão da oficina, para o re-gistro de cada etapa dos reparos.

Expansão... por enquanto, nãoPor estar já consolidada como uma ofi-

cina eficiente e bem estruturada, seria nor-mal que a Bonneville estivesse pensando em expandir seus negócios, talvez com a abertura de uma filial ou a ampliação de seu espaço físico. Mas, por enquanto, a di-reção da oficina não pensa nessa alternati-va. Por uma questão de mercado. “O gran-de empecilho para aumentar a estrutura é a carência de mão de obra que existe hoje no mercado”, conclui Elvis. “Seria um sonho, atingir essa expansão, mas não encontro lá fora gente que esteja no nível que exigimos para a nossa equipe. Queremos que os bons profissionais procurem a nossa oficina, pelo reconhecimento das boas condições que oferecemos e do desempenho que atingi-mos, em vez de termos que procurar esses técnicos. Só assim, teríamos boas condi-ções para uma expansão no futuro.”

o mEio ambiEntEaGradEcE

O compromisso da Bonneville com pro-cessos que ajudem a preservar o meio am-biente passa ainda pelos parceiros eleitos pela direção da oficina. Os principais são três: - Ecopalace: centro de captação, separação e destinação de resíduos e sucatas, voltado para o segmento de reparação automotiva; a empresa faz a retirada dos resíduos sólidos da Bonneville.- Servicekleen: especializada em propor-cionar soluções ecologicamente corretas para a lavagem e o desengraxe de peças automo-tivas; faz a retirada dos resíduos líquidos da Bonneville (água de bateria, solventes, ver-niz...).

- Inmetra: faz a gestão ambiental e de se-gurança do trabalho da Bonneville, o que inclui palestras para os empregados sobre a importância do uso de EPIs, reuso da água e outros processos; também emite certificado de grau de risco para o meio ambiente e para a segurança do trabalhador.Para saber mais sobre essas empresas, aces-se: www.ecopalace.com.br / www.safetykle-eneurope.com/index2.php?len=br / www.inmetra.com.br

combinação dE forçasA visão sobre a necessidade de evolução da oficina foi partilhada entre Elvis Nepomu-ceno e os dois sócios da Bonneville: Silvio Agustinho Dias da Silva e Marcos Fernando da Silva. O know-how de gestão de Elvis foi somado à experiência de 30 anos de Silvio no mercado reparador e ao conhecimento de Marcos em relação ao mercado segurador e aos tempos de reparação de cada peça. Essa combinação de experiências e habilidades foi a principal responsável pela evolução conquistada pela oficina.

Mas, para que ela se tornasse realidade, era im-prescindível que toda a equipe estivesse compro-metida com as mudanças. “Todo mês, fazemos uma reunião com a equipe inteira”, revela Elvis. “Todos têm de entender esta oficina como sua segunda família, e que faremos o que estiver ao nosso alcance pelos nossos empregados. Por exemplo, quando há um feriado de terça ou quinta-feira, passamos metas de quantos carros deverão ficar prontos, para que a equipe possa emendar o feriado no final de semana. É uma forma de motivar o pessoal, que pode progra-mar sua viagem ou o seu descanso, sem ter de voltar ao batente bem no meio da folga.”

Oficinas Top

CâMera registra Cada etapa dos reparos

luz natural

(da esquerda para a direita) elvis nepoMuCeno e os sóCios, MarCos Fernando da silva e silvio agustinho dias da silva

equipe Motivada

iluminada

Instalação de telhas trans lúcidas permi-te que o galpão da

Bon neville opere sem nenhuma lâmpada

acesa em dias claros.

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É preciso ter uma gestão eficiente antes de reivindicar aumentos no valor da hora trabalhada

Quando discutir valores com a seguradora

Os valores de mão de obra pagos pela se-guradora sempre foi ponto de divergência entre companhias, sindicatos e oficinas. Quem já é dono de oficina há mais de sete anos (ou talvez um pouco mais) sabe que no passado as margens eram muito maiores – e, na proporção, os controles eram muito me-nores. Muitas oficinas ganhavam e ao mes-mo tempo gastavam muito dinheiro. Mas, aos poucos, as seguradoras começaram a se preparar, a se informatizar e a exigir mais das oficinas. A relação então se tornou de-sequilibrada, pois as companhias estavam com todos os números na mão, enquanto as

oficinas não tinham nenhum processo de in-formatização e muito menos de gestão.

Foi o momento em que a tecnologia “en-goliu as oficinas”. Aquele paraíso já estabi-lizado estava desmoronando. O despertar para a informatização e para a importância da gestão nas oficinas acabou acontecendo um pouco tarde. Na época, muitos chega-ram a acreditar que o fim teria chegado.

Até aquele momento, a gestão era feita conforme a cabeça do proprietário e sua for-ma de dirigir a empresa – que não dava mais o resultado que ele tinha antes. Alguns então se arriscaram em sistemas de orçamentação

Por Fábio moraes

Na Ponta do Lápis

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eletrônica e de gestão; investiram em maquinário, mas não se prepararam para receber os computadores e nem os sistemas. É claro que esse desequilíbrio criou muitos problemas e dúvidas para as ofi cinas.

Mal necessárioQuem passou por tudo isso hoje já consegue ver com

mais clareza que não havia mesmo outra opção. Ou era assim, ou era assim, ainda que alguns tenham pagado um preço muito alto por não se prepararem. As margens diminuíram, e a seguradora “apertou o cinto”. Por isso, passou também a exigir maior gestão no negócio da re-paração.

Olhando hoje para as ofi cinas, de uma forma geral, ain-da nos perguntamos se elas estão realmente preparadas para reivindicar aumento no valor-hora, pois, para que isso aconteça, é necessário que a empresa tenha controle de tudo, que realmente tenha os números na mão e mos-tre para a seguradora que o aumento é um passo a mais nesse processo de ajuste entre companhia e ofi cina. Na prática, a maioria das ofi cinas não tem controle sobre es-ses números (apesar de algumas dizerem que têm); outras resistem em mostrar os números como eles realmente são, com receios desnecessários.

Aproveite o momentoOfi cina cheia nem sempre é sinônimo de resultado,

mas, com os controles, torna-se o primeiro passo para que a ofi cina seja um bom negócio para render dinheiro. O Brasil receberá um investimento aproximado de US$ 11,2 bilhões nos próximos três anos. Com tanto investimento, é inevitável que haja uma explosão nas vendas e na produ-ção. Trata-se aqui de um aumento da capacidade de pro-dução, inovação tecnológica, novos processos e produtos nas montadoras até 2012. A projeção é de que a capacida-de produtiva aumente para 4,3 milhões de unidades/ano.

Como transformar esse despejo de veículos nas ruas em oportunidades para nós? As ofi cinas independentes já es-tão recebendo os carros lançados em 2009, 2010 e 2011, e a tendência desses veículos novos serem encaminhados para elas, em vez das concessionárias, está aumentando

a cada mês. Sa-bemos também que marcas como Hyundai, Corolla, Honda, entre outras, já fazem parte do dia a dia das reparadoras. São informações importantes para que a sua empresa

esteja em constante atualização e gere negócios positivos.

A hora certaTenho certeza de que, com a conquista de um controle

efi ciente sobre seus números e um modelo de gestão im-plantado, a próxima etapa será reivindicar um aumento no valor-hora, comprovado por meio dos levantamentos e dados da ofi cina. Pode parecer que a seguradora quer “matar” a ofi cina, mas não se trata disso. Prefi ro acredi-tar que, com a transparência da ofi cina, a confi abilidade da seguradora aumenta, e o caminho para a melhora no valor-hora fi ca menor e mais fácil.

Acredite que sem gestão não há solução!

FÁBIO MORAES É DIRETOR DA ULTRACAR, PROPRIETÁRIA DO SOFTWARE DE GESTÃO ULTRACAR (PARCEIRA DA UNIVERSIDADE NEWTON PAIVA E DO CUR-SO DE GNA), AUDITOR DO IQA, CONSULTOR DO CESVI, CONSULTOR DO IAA, CONSULTOR DE VÁRIAS OFICINAS NO BRASIL. DÚVIDAS E INFORMA-ÇÕES: [email protected]

Na Ponta do Lápis

O que move um negócio é o seu produto. A ofi cina tem como produto principal o veí-culo. Aumento de frota signifi ca mais carros circulando e mais probabilidade deles colidirem. Carros colidindo signifi ca “opor-tunidade”. O mercado aquecido na venda de veículos novos, frota circulante aumentando em proporção geométrica e a eco-nomia caminhando nos passos atuais são fatores que farão com que as oportunidades apa-reçam na mesma proporção: Oportunidade de aumento de veículos, oportunidade de no-vos veículos nas ruas e indo às ofi cinas, oportunidade de aumentar o ganho e melhorar a margem.

É o momento de colocarmos em prática tudo o que ouvimos e sabemos, mas não pratica-mos. É hora de iniciarmos um processo concreto de gestão.

Buscar o aumento de veí-culos é fundamental na sobre-vivência da ofi cina, mas não vamos esquecer que ofi cina lotada não signifi ca resultado.

É preciso fazer com que nossas ofi cinas aproveitem o momento, apliquem a gestão e:

- Aumentem o volume de carros, sem aumentar o quadro de colaboradores.

- Diminuam o tempo de per-manência do carro dentro da ofi cina.

- Aumentem a venda de par-ticulares (nas funilarias).

- Acertem melhor os orça-mentos (que vendam melhor).

- Diminuam o número de di-ferença de preço na compra e venda das peças.

- Ajustem as rotinas e os pro-cedimentos internos.

- Façam reuniões, muitas reuniões com os colaboradores (reuniões de 5 minutos).

ENTRE AS MUDANÇAS NECESSÁRIAS, DIMINUA O TEMPO DE PERMANÊNCIA DOS CARROS DENTRO DA OFICINA

COMO TRANSFORMAR O AUMENTO DA FROTAEM OPORTUNIDADES PARA A OFICINA?

o Que É Preciso

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Automec chega à décima edição. Confi ra os destaques

O MAIOR ENCONTRO DO SETOR

Ao completar 18 anos de existência, a Automec (Feira Internacional de Autopeças, Equipamentos e Serviços) chegou à sua décima edição acompanhan-do o ritmo acelerado de crescimento do setor auto-motivo. Segundo Hércules Ricco, diretor da feira, o evento teve um aumento de 18% em relação à sua última edição, que ocorreu em 2009. “Além disso, recebeu um público visitante altamente quali� cado.

Entre os pro� ssionais que se credenciaram para vi-sitar a feira, 40% têm poder de decisão dentro das empresas”, destacou.

Promovida pela Reed Exhibitions Alcantara Ma-chado, com apoio do Sindipeças, Sindirepa, Andap/Sicap e Sincopeças, a feira apresentou muitas novida-des de suas 1.142 marcas expositoras. Também con-tou com 11 pavilhões internacionais, com destaque

POR ALEXANDRE CARVALHO DOS SANTOS

EDITOR

Evento

Em 75 anos, os estilos mudaram muito.Mas a marca da fita foi sempre a mesma: tesa®.

www.tesabrasil.com.br

Fitas adesivas.

tesa Brasil Ltda.A tesa Company

Os carros inovaram, as teconologias avançaram e os gostos mudaram. Só uma coisa não mudou nos últimos 75 anos: a excelência e a inovação dos produtos tesa®. Baseado nisso, a tesa® 4317 é a fita ideal para trabalhos de pintura mais profissionais, ágeis e bonitos.

tesa WorldWide 75 anos.tesa Brasil 10 anos.

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• Auto Reparo14

Evento

para Alemanha, Espanha, Itália, Argentina, França e Turquia. “A presença em uma feira como a Automec é fundamental para consolidar relações comerciais. Sem dúvida, continuaremos participando nos próxi-mos anos”, declarou David Antonio Velasco, repre-sentante do pavilhão da Espanha e do departamento de promoção internacional da Sernauto (Associação Espanhola de Fabricantes de Equipamentos e Com-ponentes para Automóveis).

Antonio Fiola, presidente do Sindirepa-SP, tam-bém saiu entusiasmado com o evento: “Com um ce-nário positivo devido ao aumento da frota circulante nos últimos anos, a Automec realmente impressio-nou pelo número de expositores, sendo a maior de toda a história. Mais do que apresentar as novas tec-nologias do setor automotivo e apontar as tendências de mercado, a feira permitiu a integração de todos os

elos da cadeia do se-tor de reparação au-tomotiva: fabricante, distribuição, varejo e

reparação.”Já as rodadas de negócios, promovidas pelo Sindi-

peças e pela Apex-Brasil, deram espaço para 436 reu-niões entre 47 empresas brasileiras e 30 compradores internacionais. Em 2010, as exportações brasileiras de autopeças, para 183 países, somaram US$ 9,6 bi-lhões, 44,7% a mais que no ano anterior. As impor-tações, no entanto, chegaram a US$ 13,1 bilhões.

De acordo com a necessidadeCon� ra alguns dos destaques entre os expositores

da feira. Para a relação completa de expositores, aces-se www.automecfeira.com.br/A-Feira/Lista-de-

Expositores

Bosch – Promoveu um ciclo de palestras sobre inspeção veicular e novas tecnologias para sistemas e equipamentos de teste. No que diz respeito a equi-pamentos de diagnóstico, destacou o analisador de gases BEA 734, destinado para testes de emissões de gases de exaustão dos veículos a álcool, gasolina, GNV e diesel. Outro produto que chamou a atenção foi o FWA 4630, um alinhador de rodas 3-D que, segundo a empresa, proporciona uma análise com metade do tempo dos alinhadores convencionais.

Centauro – A empresa de autopeças apresentou seu lançamento mais recente: o para-lama para Celta 01/06. Além disso, o gerente técnico da estamparia da Centauro demonstrou no estande todos os passos do processo de estamparia de uma peça.

Emaster – A empresa paranaense de elevadores au-tomotivos apresentou um novo software que torna

Um dos destaques do evento foi a realização de uma campanha de manutenção preven-tiva, ligada ao programa Carro 100%, para todos os que utilizam veículos no dia a dia. Estudos divulgados pelo GMA (Grupo de Manutenção Automotiva) revelam que 27% dos acidentes são causados pela falta de ma-nutenção do veículo. A meta do programa é alertar motoristas, canais de pós-vendas e reparadores para o grande número de autopeças comercializa-das com defeito e baixa qualidade. A campa-nha defende que fabricantes, distribuidores e varejistas utilizem autopeças que atendam às certifi cações do Inmetro e tenham uma procedência confi ável.

MANUTENÇÃONA ORDEM DO DIA

EXEMPLARES DA AUTO REPARO FORAM DISTRIBUÍDOS NO ESTANDE DOGRUPO OFICINA BRASIL

INSPEÇÃO VEICULAR FOI ATRAÇÃO DO ESTANDE DA BOSCH

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possível para o reparador criar o layout da sua o� ci-na. Durante o evento, os visitantes puderam utilizar o software e imprimir a planta resultante.

Fanavid – Presente no setor de vidros automotivos desde 1963, a empresa apresentou todo o seu portfó-lio de vidros temperados e laminados. Uma de suas atrações foi a exposição de um Toyota Camry, mos-trando como � ca o vidro blindado após ser baleado.

Norton – Apresentou sua linha completa de abra-sivos e acessórios utilizados em lixamento e polimen-to, com destaque para novas lixas (con� ra mais deta-lhes na seção “Curtas” desta edição).

Saint-Gobain Sekurit – A fabricante de vidros lançou um kit de ferramentas para o uso na mon-tagem e instalação de vidros, o que inclui o trabalho em máquinas e peças de acionamentos dos sistemas de limpadores de para-brisas e dos vidros das portas.

Um pouco de históriaA primeira edição da Automec foi realizada de 9 a

13 de novembro de 1993, no Pavilhão de Exposições do Anhembi. Na ocasião, a feira reuniu 401 exposi-tores, dos quais 120 eram estrangeiros, e atraiu 53 mil visitantes/compradores, de 48 países.

Em 1995, o setor passava por uma reestruturação profunda e buscava uma nova diretriz para sobrevi-ver a mudanças como a globalização da economia, a redução das alíquotas e as exigências cada vez maio-res das montadoras. Ao contrário do que aconteceu em 1993, quando os brasileiros buscavam negócios no exterior, em 1995 os estrangeiros desembarcaram por aqui atraídos pelas oportunidades do mercado nacional.

Naquele ano, a Anfavea já tinha dado sinais de que a produção de veículos no País chegaria a 2,5 mi-lhões até 2000 e apoiava o investimento na indústria nacional. Diante desse cenário, o futuro da Automec foi traçado. Os empresários da indústria automotiva

entenderam a necessidade de um evento dedicado aos segmentos de autopeças, reparação e serviços, para atender aos pro� ssionais do setor de forma qua-li� cada.

A segunda edição da Automec aconteceu de 7 a 11 de novembro de 1995, no Anhembi, ocupando 30 mil m², espaço 50% maior que o de 1993. Foi um sucesso: 650 expositores (793 marcas represen-tadas), sendo 230 empresas estrangeiras, entre 56 da Itália, 35 da Argentina, 34 dos Estados Unidos, 19 da Alemanha e 30 de Taiwan. A presença estrangeira foi notável também entre os visitantes: 2.500 do ex-terior, além de 50 mil nacionais que percorreram os estandes da feira.

Dando um pulo no tempo, em 2009 o evento reuniu 968 expositores, sendo 542 nacionais e 426 internacionais. O público foi de 62.314 visitantes/compradores, com representantes de 30 países.

De acordo com Hércules Ricco, diretor do even-to, “o brasileiro apaixonado por carro, na verdade, é apaixonado por peças, por detalhes. E é isso que a Automec traz ao público”.

SETOR ITALIANO; PARTICIPAÇÃO INTERNACIONAL FOI INTENSA

Evento

LIXAS NO ESTANDE DA NORTON

“A feira permitiu a integração de todos os elos da cadeia do setor de reparação automotiva: fabricante, distribuição, varejo e reparação”Antonio Fiola, presidente do Sindirepa-SP

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