AUT 221 CICLO DE VIDA DO CIMENTO - fau.usp.br finais... · Segundo à ABCP, “o cimento Portland...

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO AUT 221 ARQUITETURA, AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL CICLO DE VIDA DO CIMENTO CIMENTO é um material aglomerante em pó que quando hidratado reage quimicamente cristalizando-se,formando material rígido, com alta resistência mecânica. Desde o século V a.C. há registro do uso de materiais aglomerantes, semelhantes ao cimento, na construções de civili- zações egípcias, chinesas e romanas. Apenas no início do século XIX é que a fórmula do cimento Portland, que utilizamos hoje, foi desenvolvida pelo inglês Joseph Aspdin. Atualmente, com novos recursos tecnológicos e técnicas mais especializadas, o cimento Portland adquiriu novas versões mais resistentes e específicas. Com a sua primeira iniciativa no país em 1888 e passando por diversas outras posteriores, a fabricação de cimento no Brasil passou por diversas tentativas sem sucesso, se consolidando apenas em 1924 com a construção de um fábrica de cimento em Perus (SP) pela Companhia Brasileira de Cimento Portland (VASCONCELOS, 2006). Desde então, pelas diversas vantagens particulares ao concreto, tais como a liberdade de forma, mold- agem no local, desempenho equivalente a outros materiais estruturais, muito foi feito no país para melhorar essa tecnologia. A abundancia de recursos no Brasil para a produção de concreto fizeram com que a industria nacional deixasse de depender dos demais países, lev- ando a importação nos dias de hoje, pequena em relação a sua produção.Hoje em dia, poucas escolas de engenharia têm tanto conhecimento em concreto armado quanto a brasileira, visto a sua cultura e desenvolvimento tecnológico nas últimas décadas. ETAPAS 1 - O CALCÁRIO e a ARGILA são extraídos. 2 – O CALCÁRIO é transportado em caminhões até a instalação de britagem = redução a dimensões adequadas ao processamento industrial. 3 - CALCÁRIO e ARGILA são estocados e misturados separadamente = pré-homogeinização. 4 – O comporto de CALCÁRIO (90%) e ARGILA (10%) é dosado para ser triturado no moinho de cru. 5 – Moagem da farinha crua formada - mistura de CALCÁRIO e ARGILA = mistura e da pulverização. 6 – A mistura crua nos silos, deve ter sua homogeneização assegurada a produção do CLÍNQUER quando aquecido. 7 – Mistura vai ao forno, passando antes por pré-aquecedores (ou pré-calcinadores). No forno rotativo, a mistura é calcinada até 1450°C= CLÍNQUER 8 – Um resfriador promove a redução da temperatura a 80°C. A clinquerização se completa = série de reações químicas que influenciarão a resistência mecânica do concreto nas primeiras idades, o calor de hidratação, o início de pega e a estabilidade. EXTRAÇÃO: ARGILA E CALCÁRIO BRITAGEM DEPÓSITO E PRÉ-HOMOGEINEZAÇÃO SILOS DE CLÍNQUER * FORNO DOSAGEM MOÍNHO DE CRU * HOMOGEINEZAÇÃO SILOS DE CIMENTO MOÍNHO DE CIMENTO ADIÇÕES ENSACAMENTO, EXPEDIÇÕES E GRANEL* ACVou análise do ciclo de vida, pretende avaliar as consequências ambientais da fabricação e utilização de algum produto. O método pode variar, as avaliações finais são considerações do executante e cada produto tem o seu ciclo relativo ao local e modo de utilização. A “ACV identifica o fluxo de materiais, energia e resíduos gerados pelo produto ao longo de sua vida útil, de forma que os impactos possam ser deter- minados antecipadamente”(EDWARDS, 2008) A proposta deste estudo é fazer um inventário dos dados objetivos que envolvem a produção e utilização do cimento no Brasil, sem chegar às conclusões finais, para as quais seriam necessárias um recorte mais es- pecíficos e completo. No Brasil a ABNT NBR ISO 14040:2009 e ABNT NBR ISO 14044:2009 são relativas aos critérios de avaliação do ciclo de vida. INTRODUÇÃO PRODUÇÃO EXTRAÇÃO E FABRICAÇÃO TRANSPORTE RESÍDUOS FÁBRICAS DE CIMENTO NO BRASIL NORTE..................6 NORDESTE..........20 CENTRO OESTE.....7 SUDESTE.............27 SUL.......................9 FABRICAÇÃO Brasil já possui tecnologia de ponta para a fabricação de cimento, sendo assim é um dos países que tem a menor possibilidade de re- duzir a energia disponível para a fabricação de cimento. (ver gráficos ao lado) CO2 Produção de cimento no Brasil produz 1,4% de toda emissão de CO2 do país. O principal combustível utilizado é o coque de petróleo. 1TON. CLÍNQUER = 600kg de CO2 REDUÇÕES - Eficiência Energética - modernização do parque industrial - Cimentos com Adições, como escória siderúrgica, cinzas de termelé- tricas e fíler calcário, prática adotada há mais de 50 anos no país, sempre de acordo com as normas da ABNT, - Combustíveis Alternativos, através do coprocessamento de resíduos com menor fator de emissão que combustíveis tradicionais e da utili- zação de biomassa. CALCÁRIO é a principal matéria prima do cimento, responsável por, em média 90% de sua massa, assim as emissões de extração e pro- cessamento desse produto são as mais significativas em termos da produção do cimento em geral. É necessário plano de gerenciamento de exploração mineral para preservar o meio ambiente. 1,4 TON. CALCÁRIO extraído = 1 TON. CIMENTO (Sampaio e Almeida, 2009) fonte: Anuário Mineral Brasiliro 2006 (DNPM 2006) ENERGIA MINAS - MOTORES A DIESEL USINAS DE BENEFICIAMENTO - MOTORES ELÉTRICOS “A demanda por energia aumenta, partindo das áreas de mineração, seguindo em direção às áreas de beneficiamento. Assim, enquanto oper- ações de desmonte de rocha com explosivos consomem cerca de 0,1 kWh/t, em britadores o índice eleva-se para magnitudes de 1kWh/t, at- ingindo valores da ordem de 10 kWh/t em circuitos de moagem, e até 100 kWh/t em etapas de pulverização, moagem fina, ou micronização (Delboni Jr., 2008).” CO2 Estima-se que o setor de transformação de não-metálicos responde por cerca de 14% da emissão brasileira total de CO2 decorrente da queima de combustíveis (MME, 2008) fonte: Anuário Mineral Brasiliro 2006 (DNPM 2006) RECILAGEM de diversos produtos envolvidos na produção, distribuição e utilização do cimento: - Há formas de aproveitamento de rejeitos da mineração de calcário, provenientes da re- moção do capeamento superficial (estérieis da mineração) - Resíduos de outros processos industriais são utilizados tanto na composição do cimento (ex: escória de alto-forno) como também como combustível para a queima na fabricação do cimento. - O concreto pode ser 100% reciclado ( o que ocorre muito pocuo no Brasil) - Embalagens de cimento, feitas de papel tipo KRAFT III, também são 100% recicláveis. fonte: ABCP fonte: SNIC fonte: SNIC BRASIL Segundo à ABCP, “o cimento Portland comum (CP I) é referência, por suas características e propriedades, aos vários tipos de cimento Portland disponíveis no mercado brasileiro, que atendem com igual desempenho aos mais variados tipos de obras” A diferença está principalmente na sua composição. Os principais tipos oferecidos no mercado, são: PRINCIPAIS ENPRESAS PRODUTORAS DE CALCÁRIO NO BRASIL ESTADOS COM MAIORES RESERVAS DE CALCÁRIO fonte: Anuário Mineral Brasiliro 2006 (DNPM 2006) Empresa Estados onde opera Participação Cimento Rio Branco SA PR, RJ, RS, SC, SP 7,6% CBE – Companhia Brasileira de Equipamento CE, ES, MA, PA, PE, R 5,7% CIPLAN Cimento Planalto SA DF 5,3% Companhia Cimento Portland Itaú GO, MG, MS, RJ, SP 3,7% Companhia Siderúrgica Nacional MG 2,9% Holcim (Brasil) SA MG, PR, RJ 2,5% Mineração Belocal Ltda. MG 2,2% Dagoberto Barcellos SA RS 2,1% Companhia Mineradora Geral SP 2,0% Britacal Ind. & Com. De Brita e Calcário Brasília Ltda. GO, MG 1,7% fonte: Anuário Mineral Brasiliro 2006 (DNPM 2006) CAMINHÃO NA ESTRADA = 0,0479 Kg CO2 / Km em média fonte: LIMA 2010 Clínquer + Gesso Escória Granulada de alto-forno (sigla E) Material pozolânico (sigla Z) Material carbonátic o (sigla F) CP I 100 CP II - E 94 a 56 6 a 34 0 a 10 CP II - Z 94 a 76 - 6 a 4 0 a 10 CP II - F 94 a 90 - 6 a 10 alto-forno CP III 65 a 25 35 a 70 - 0 a 5 NBR 5735 pozolânico CP IV 85 a 45 - 15 a 50 0 a 5 NBR 5736 Tipo de cimento Portland Sigla Norma Brasileira Composição ( % em massa) - NBR 5732 1 a 5 comum composto NBR 11578 fonte: LIMA 2010 fonte: SNIC fonte: SNIC fonte: SNIC "No ciclo de vida do cimento, 95% das emissões de CO2 ocorrem na etapa de produção. O transporte também contribui para as emissões, porém em escala muito menor." Fonte: LIMA 2012 Fonte : http://www.learningtools.com.br/agro101/simuladorco2.aspx Fonte : http://www.amda.org.br/detalhe/2,93,3321,ciclo-de-vida-do-cimento.aspx Segundo o Picchi (2003) , os valores médios encontrados para o volume de en- tulho produzido é de 0,1 m³/m², ou 100 l/m², o que representa 2 caminhões de 5 para cada 100 m² construídos. Con- siderando a massa específica do resíduo como 1,2 t/m³ ele chegou a perda de 0,12 t/m² que corresponde a 15% da massa final do edifício. PORCENTAGEM MÉDIA DOS CONSTITUINTES DE ENTULHO Fonte: http://www.reciclagem.pcc.usp.br/des_sustentavel.htm acessado 23/06/2012 REDUÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL (EM %) DA RECICLAGEM DE RESIDUOS NA PRODUCAO Fonte: http://www.reciclagem.pcc.usp.br/des_sustentavel.htm acessado 23/06/2012 fonte: SNIC VASCONCELOS, A. C. O concreto no Brasil - Professores, Cientistas, Técnicos. São Paulo: ed. Pini ltda., 1992. ORDAN, S. E.; PAULON, V. A. A utilização do entulho como agregado para o concretor. São Paulo, 2002. Texto Técnico disponível em: http://www.reciclagem.pcc.usp.br/des_sustentavel.htm acessado 23/06/2012 PINTO, T. P. De volta à questão do desperdício. Construção. São Paulo: Pini, n. 2491, p. 18-19, nov. 1995 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND. Guia básico de utilização de cimento portland. 7.ed. São Paulo, 2002. 28p. (BT-106) LIMA, J. A. R. Avalização das consequencia da produção de concreto no Brasil para as mudanças climáticas. Tese (Doutorado) – Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. São Paulo, 2010. 129p. EDWARDS, Brian, HYETT, Paul (colab.) Rough Guide to Sustainability. London: RIBA, 2002. Sustentabilidade, 1 ed. 2009, Gustavo Gili; 2 ed. em inglês, RIBA, 2005; 3 ed. em inglês, Earthscan, 2010). SILVA, J. O. Produto RT 38 - Perfil do Calcario. Relatorio para MME. 2009 http://abcvbrasil.org.br/index.php/o-que-e-acv http://www.ciclodevida.ufsc.br/acv_estrutura.php http://www.dnpm.gov.br http://www.snic.org.br http://www.learningtools.com.br/agro101/simuladorco2.aspx http://www.reciclagem.pcc.usp.br/des_sustentavel.htm. http://www.amda.org.br/detalhe/2,93,3321,ciclo-de-vida-do-cimento.aspx http://www.uff.br/matconst/historia_do_cimento1.htm http://www.abcp.org.br/conteudo/basico-sobre-cimento/tipos/a-versatilidade-do-cimento-brasileiro http://acv.ibict.br/links BIBLIOGRAFIA ERICA H. B. KAWAKAMI 4912234 GUILHERME C. DOURADO 5945480

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULOFACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMOAUT 221 ARQUITETURA, AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

CICLO DE VIDA DO CIMENTOCIMENTO é um material aglomerante em pó que quando hidratado reage quimicamente cristalizando-se,formando material rígido, com alta resistência mecânica. Desde o século V a.C. há registro do uso de materiais aglomerantes, semelhantes ao cimento, na construções de civili-zações egípcias, chinesas e romanas. Apenas no início do século XIX é que a fórmula do cimento Portland, que utilizamos hoje, foi desenvolvida pelo inglês Joseph Aspdin. Atualmente, com novos recursos tecnológicos e técnicas mais especializadas, o cimento Portland adquiriu novas versões mais resistentes e específicas.

Com a sua primeira iniciativa no país em 1888 e passando por diversas outras posteriores, a fabricação de cimento no Brasil passou por diversas tentativas sem sucesso, se consolidando apenas em 1924 com a construção de um fábrica de cimento em Perus (SP) pela Companhia Brasileira de Cimento Portland (VASCONCELOS, 2006). Desde então, pelas diversas vantagens particulares ao concreto, tais como a liberdade de forma, mold-agem no local, desempenho equivalente a outros materiais estruturais, muito foi feito no país para melhorar essa tecnologia.

A abundancia de recursos no Brasil para a produção de concreto fizeram com que a industria nacional deixasse de depender dos demais países, lev-ando a importação nos dias de hoje, pequena em relação a sua produção.Hoje em dia, poucas escolas de engenharia têm tanto conhecimento em concreto armado quanto a brasileira, visto a sua cultura e desenvolvimento tecnológico nas últimas décadas.

ETAPAS1 - O CALCÁRIO e a ARGILA são extraídos.

2 – O CALCÁRIO é transportado em caminhões até a instalação de britagem = redução a dimensões adequadas ao processamento industrial.

3 - CALCÁRIO e ARGILA são estocados e misturados separadamente = pré-homogeinização.

4 – O comporto de CALCÁRIO (90%) e ARGILA (10%) é dosado para ser triturado no moinho de cru.

5 – Moagem da farinha crua formada - mistura de CALCÁRIO e ARGILA = mistura e da pulverização.

6 – A mistura crua nos silos, deve ter sua homogeneização assegurada a produção do CLÍNQUER quando aquecido.

7 – Mistura vai ao forno, passando antes por pré-aquecedores (ou pré-calcinadores). No forno rotativo, a mistura é calcinada até 1450°C= CLÍNQUER

8 – Um resfriador promove a redução da temperatura a 80°C. A clinquerização se completa = série de reações químicas que influenciarão a resistência mecânica do concreto nas primeiras idades, o calor de hidratação, o início de pega e a estabilidade.

EXTRAÇÃO: ARGILA E CALCÁRIO BRITAGEM DEPÓSITO E PRÉ-HOMOGEINEZAÇÃO

SILOS DE CLÍNQUER*FORNO

DOSAGEM

MOÍNHO DE CRU* HOMOGEINEZAÇÃO

SILOS DE CIMENTO

MOÍNHO DE CIMENTOADIÇÕES

ENSACAMENTO, EXPEDIÇÕES E GRANEL*

ACVou análise do ciclo de vida, pretende avaliar as consequências ambientais da fabricação e utilização de algum produto. O método pode variar, as avaliações finais são considerações do executante e cada produto tem o seu ciclo relativo ao local e modo de utilização. A “ACV identifica o fluxo de materiais, energia e resíduos gerados pelo produto ao longo de sua vida útil, de forma que os impactos possam ser deter-minados antecipadamente”(EDWARDS, 2008)

A proposta deste estudo é fazer um inventário dos dados objetivos que envolvem a produção e utilização do cimento no Brasil, sem chegar às conclusões finais, para as quais seriam necessárias um recorte mais es-pecíficos e completo.

No Brasil a ABNT NBR ISO 14040:2009 e ABNT NBR ISO 14044:2009 são relativas aos critérios de avaliação do ciclo de vida.

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FÁBRICAS DE CIMENTO NO BRASIL

NORTE..................6NORDESTE..........20CENTRO OESTE.....7SUDESTE.............27SUL.......................9

FABRICAÇÃO Brasil já possui tecnologia de ponta para a fabricação de cimento, sendo assim é um dos países que tem a menor possibilidade de re-duzir a energia disponível para a fabricação de cimento. (ver gráficos ao lado)

CO2Produção de cimento no Brasil produz 1,4% de toda emissão de CO2 do país. O principal combustível utilizado é o coque de petróleo.

1TON. CLÍNQUER = 600kg de CO2

REDUÇÕES- Eficiência Energética - modernização do parque industrial- Cimentos com Adições, como escória siderúrgica, cinzas de termelé-tricas e fíler calcário, prática adotada há mais de 50 anos no país, sempre de acordo com as normas da ABNT,- Combustíveis Alternativos, através do coprocessamento de resíduos com menor fator de emissão que combustíveis tradicionais e da utili-zação de biomassa.

CALCÁRIO é a principal matéria prima do cimento, responsável por, em média 90% de sua massa, assim as emissões de extração e pro-cessamento desse produto são as mais significativas em termos da produção do cimento em geral. É necessário plano de gerenciamento de exploração mineral para preservar o meio ambiente.

1,4 TON. CALCÁRIO extraído = 1 TON. CIMENTO (Sampaio e Almeida, 2009) fonte: Anuário Mineral Brasiliro 2006 (DNPM 2006)

ENERGIA

MINAS - MOTORES A DIESELUSINAS DE BENEFICIAMENTO - MOTORES ELÉTRICOS

“A demanda por energia aumenta, partindo das áreas de mineração, seguindo em direção às áreas de beneficiamento. Assim, enquanto oper-ações de desmonte de rocha com explosivos consomem cerca de 0,1 kWh/t, em britadores o índice eleva-se para magnitudes de 1kWh/t, at-ingindo valores da ordem de 10 kWh/t em circuitos de moagem, e até 100 kWh/t em etapas de pulverização, moagem fina, ou micronização (Delboni Jr., 2008).”

CO2Estima-se que o setor de transformação de não-metálicos responde por cerca de 14% da emissão brasileira total de CO2 decorrente da queima de combustíveis (MME, 2008)

fonte: Anuário Mineral Brasiliro 2006 (DNPM 2006)

RECILAGEM de diversos produtos envolvidos na produção, distribuição e utilização do cimento:

- Há formas de aproveitamento de rejeitos da mineração de calcário, provenientes da re-moção do capeamento superficial (estérieis da mineração)

- Resíduos de outros processos industriais são utilizados tanto na composição do cimento (ex: escória de alto-forno) como também como combustível para a queima na fabricação do cimento.

- O concreto pode ser 100% reciclado ( o que ocorre muito pocuo no Brasil)

- Embalagens de cimento, feitas de papel tipo KRAFT III, também são 100% recicláveis.

fonte: ABCP

fonte: SNIC

fonte: SNIC

BRASILSegundo à ABCP, “o cimento Portland comum (CP I) é referência, por suas características e propriedades, aos vários tipos de cimento Portland disponíveis no mercado brasileiro, que atendem com igual desempenho aos mais variados tipos de obras” A diferença está principalmente na sua composição. Os principais tipos oferecidos no mercado, são:

PRINCIPAIS ENPRESAS PRODUTORAS DE CALCÁRIO NO BRASIL

ESTADOS COM MAIORES RESERVAS DE CALCÁRIO

fonte: Anuário Mineral Brasiliro 2006 (DNPM 2006)

Empresa Estados onde opera ParticipaçãoCimento Rio Branco SA PR, RJ, RS, SC, SP 7,6%CBE – Companhia Brasileira de Equipamento CE, ES, MA, PA, PE, RN, 5,7%CIPLAN Cimento Planalto SA DF 5,3%Companhia Cimento Portland Itaú GO, MG, MS, RJ, SP 3,7%Companhia Siderúrgica Nacional MG 2,9%Holcim (Brasil) SA MG, PR, RJ 2,5%Mineração Belocal Ltda. MG 2,2%Dagoberto Barcellos SA RS 2,1%Companhia Mineradora Geral SP 2,0%Britacal Ind. & Com. De Brita e CalcárioBrasília Ltda. GO, MG

1,7%

fonte: Anuário Mineral Brasiliro 2006 (DNPM 2006)

CAMINHÃO NA ESTRADA = 0,0479 Kg CO2 / Km em média

fonte: LIMA 2010

Clínquer + Gesso

Escória Granulada

de alto-forno (sigla E)

Material pozolânico

(sigla Z)

Material carbonático (sigla F)

CP I 100CP I - S 99 a 95

CP II - E 94 a 56 6 a 34 0 a 10CP II - Z 94 a 76 - 6 a 4 0 a 10CP II - F 94 a 90 - 6 a 10

alto-forno CP III 65 a 25 35 a 70 - 0 a 5 NBR 5735pozolânico CP IV 85 a 45 - 15 a 50 0 a 5 NBR 5736

Tipo de cimento Portland

Sigla Norma Brasileira

Composição ( % em massa)

- NBR 57321 a 5

comum

compostoNBR

11578

fonte: LIMA 2010

fonte: SNIC

fonte: SNIC

fonte: SNIC

"No ciclo de vida do cimento, 95% das emissões de CO2 ocorrem na etapa de produção. O transporte também contribui para as emissões, porém em escala muito menor." Fonte: LIMA 2012

Fonte : http://www.learningtools.com.br/agro101/simuladorco2.aspx

Fonte : http://www.amda.org.br/detalhe/2,93,3321,ciclo-de-vida-do-cimento.aspx

Segundo o Picchi (2003) , os valores médios encontrados para o volume de en-tulho produzido é de 0,1 m³/m², ou 100 l/m², o que representa 2 caminhões de 5 m³ para cada 100 m² construídos. Con-siderando a massa específica do resíduo como 1,2 t/m³ ele chegou a perda de 0,12 t/m² que corresponde a 15% da massa final do edifício.

PORCENTAGEM MÉDIA DOS CONSTITUINTES DE ENTULHO

Fonte: http://www.reciclagem.pcc.usp.br/des_sustentavel.htm acessado 23/06/2012

REDUÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL (EM %) DA RECICLAGEM DE RESIDUOS NA PRODUCAO

Fonte: http://www.reciclagem.pcc.usp.br/des_sustentavel.htm acessado 23/06/2012

fonte: SNIC

VASCONCELOS, A. C. O concreto no Brasil - Professores, Cientistas, Técnicos. São Paulo: ed. Pini ltda., 1992.

ORDAN, S. E.; PAULON, V. A. A utilização do entulho como agregado para o concretor. São Paulo, 2002. Texto Técnico disponível em: http://www.reciclagem.pcc.usp.br/des_sustentavel.htm acessado 23/06/2012

PINTO, T. P. De volta à questão do desperdício. Construção. São Paulo: Pini, n. 2491, p. 18-19, nov. 1995

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND. Guia básico de utilização de cimento portland. 7.ed. São Paulo, 2002. 28p. (BT-106)

LIMA, J. A. R. Avalização das consequencia da produção de concreto no Brasil para as mudanças climáticas. Tese (Doutorado) – Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. São Paulo, 2010. 129p.

EDWARDS, Brian, HYETT, Paul (colab.) Rough Guide to Sustainability. London: RIBA, 2002. Sustentabilidade, 1 ed. 2009, Gustavo Gili; 2 ed. em inglês, RIBA, 2005; 3 ed. em inglês, Earthscan, 2010).

SILVA, J. O. Produto RT 38 - Perfil do Calcario. Relatorio para MME. 2009

http://abcvbrasil.org.br/index.php/o-que-e-acvhttp://www.ciclodevida.ufsc.br/acv_estrutura.phphttp://www.dnpm.gov.brhttp://www.snic.org.brhttp://www.learningtools.com.br/agro101/simuladorco2.aspxhttp://www.reciclagem.pcc.usp.br/des_sustentavel.htm.http://www.amda.org.br/detalhe/2,93,3321,ciclo-de-vida-do-cimento.aspx http://www.uff.br/matconst/historia_do_cimento1.htmhttp://www.abcp.org.br/conteudo/basico-sobre-cimento/tipos/a-versatilidade-do-cimento-brasileirohttp://acv.ibict.br/links

BIBLIOGRAFIAERICA H. B. KAWAKAMI 4912234GUILHERME C. DOURADO 5945480