AÚltimaPalavrasobre - Leonardo...

4
RESUMO Tem sido observada crescente utilização dos pinos de fibra, que se deve às propriedades favoráveis dos diferentes sistemas de retentores fibrorresinosos, os quais reduzem a inci- dência de fraturas radiculares e o número de sessões clínicas, além de possibilitar melhores resultados estéticos e maior apro- veitamento do remanescente coronário, quando comparados aos pinos e núcleos metálicos. Aliado a esses fatores, o que também tem impulsionado a indicação dos pinos de fibra em situações cada vez mais desafiadoras é o desenvolvimento de técnicas e novos designs de pinos, com o objetivo de reduzir o volume necessário de cimento resinoso para sua fixação, em função da dificuldade de adesão na dentina intrarradicular. Nes- te texto, realiza-se breve discussão da utilização dos pinos de fibra nas áreas de prótese, dentística e endodontia, e destacam- se os riscos de desvios, perfurações radiculares e deslocamen- tos dos pinos em dentes com remanescente coronário inferior a 2mm, bem como estratégias para reduzir tais riscos. ABSTRACT It has been observed a growing use of fiber posts, which is due to the favorable properties of different fiber post systems that reduce the incidence of root fractures and the number of clinical sessions; they enable better cosmetic results and make better use of remaining coronary compared to metal posts. Besi- des these factors, it also has spurred an indication of fiber posts in increasingly challenging situations is the development of new techniques and designs of posts in order to reduce the requi- red volume of cement for fixation, depending on the difficulty of adhesion to intra-canal dentin. In this paper we provide a brief discussion of the use of fiber posts in Prosthodontics, Dentistry and Endodontics, highlighting the risks of deviations, root per- forations and post dislodgment in teeth with less than 2 mm of coronary structure, as well as strategies to reduce those risks. Há tendência atual na odontologia de reduzir a indica- ção do uso de retentores intrarradiculares, devido aos princí- pios de adesão e da biomimética. Ao mesmo tempo, os pinos de fibra vêm sendo cada vez mais aceitos e utilizados para a restauração de dentes tratados endodonticamente amplamente destruídos, o que se deve, dentre outros fatores, à possibilidade de preservação da dentina. Ao contrário dos núcleos metálicos fundidos (NMF), os retentores fibrorresinosos não necessitam, para sua utilização, da eliminação das retenções naturais do ca- nal radicular, bem como não exigem preparação protética para coroa total (Fig. 1), o que permite o melhor aproveitamento do remanescente radicular e coronário. 1 PINOS DE FIBRA Fiber posts Leonardo Muniz A Última Palavra sobre... Figura 1: Para utilização de um NMF, faz-se necessário preparo com paredes divergentes para oclusal, nos sentidos vestibulolingual e mesiodistal. Além disso, os NMFs determinam a necessidade de utilizar coroa total e, para isso, o preparo coronário deve se apresentar convergente para oclusal também, em todos os sentidos. Esses fatores associados podem causar, em alguns dentes, destruição expressiva na região cervical da raiz e da coroa, com maior comprometimento do remanescente coronário e fragilização radicular (Imagem produzida em conjunto com o professor Márcio Giampá Ticianeli – UNIME e EBMSP). 472 Clínica - International Journal of Brazilian Dentistry, Florianópolis, v.6, n.4, p. 472-475, out./dez. 2010

Transcript of AÚltimaPalavrasobre - Leonardo...

RESUMOTem sido observada crescente utilização dos pinos de

fibra, que se deve às propriedades favoráveis dos diferentes

sistemas de retentores fibrorresinosos, os quais reduzem a inci-

dência de fraturas radiculares e o número de sessões clínicas,

além de possibilitar melhores resultados estéticos e maior apro-

veitamento do remanescente coronário, quando comparados

aos pinos e núcleos metálicos. Aliado a esses fatores, o que

também tem impulsionado a indicação dos pinos de fibra em

situações cada vez mais desafiadoras é o desenvolvimento de

técnicas e novos designs de pinos, com o objetivo de reduzir o

volume necessário de cimento resinoso para sua fixação, em

função da dificuldade de adesão na dentina intrarradicular. Nes-

te texto, realiza-se breve discussão da utilização dos pinos de

fibra nas áreas de prótese, dentística e endodontia, e destacam-

se os riscos de desvios, perfurações radiculares e deslocamen-

tos dos pinos em dentes com remanescente coronário inferior a

2mm, bem como estratégias para reduzir tais riscos.

ABSTRACTIt has been observed a growing use of fiber posts, which

is due to the favorable properties of different fiber post systems

that reduce the incidence of root fractures and the number of

clinical sessions; they enable better cosmetic results and make

better use of remaining coronary compared to metal posts. Besi-

des these factors, it also has spurred an indication of fiber posts

in increasingly challenging situations is the development of new

techniques and designs of posts in order to reduce the requi-

red volume of cement for fixation, depending on the difficulty of

adhesion to intra-canal dentin. In this paper we provide a brief

discussion of the use of fiber posts in Prosthodontics, Dentistry

and Endodontics, highlighting the risks of deviations, root per-

forations and post dislodgment in teeth with less than 2 mm of

coronary structure, as well as strategies to reduce those risks.

Há tendência atual na odontologia de reduzir a indica-

ção do uso de retentores intrarradiculares, devido aos princí-

pios de adesão e da biomimética. Ao mesmo tempo, os pinos

de fibra vêm sendo cada vez mais aceitos e utilizados para a

restauração de dentes tratados endodonticamente amplamente

destruídos, o que se deve, dentre outros fatores, à possibilidade

de preservação da dentina. Ao contrário dos núcleos metálicos

fundidos (NMF), os retentores fibrorresinosos não necessitam,

para sua utilização, da eliminação das retenções naturais do ca-

nal radicular, bem como não exigem preparação protética para

coroa total (Fig. 1), o que permite o melhor aproveitamento do

remanescente radicular e coronário.1

PINOSDEFIBRAFiber posts

LeonardoMuniz

A Última Palavra sobre...

Figura 1: Para utilização de um NMF, faz-se necessário preparo com paredes divergentes para oclusal, nos sentidos vestibulolingual e mesiodistal. Além disso, os NMFs determinam a necessidade de utilizar coroa total e, para isso, o preparo coronário deve se apresentar convergente para oclusal também, em todos os sentidos. Esses fatores associados podem causar, em alguns dentes, destruição expressiva na região cervical da raiz e da coroa, com maior comprometimento do remanescente coronário e fragilização radicular (Imagem produzida em conjunto com o professor Márcio Giampá Ticianeli – UNIME e EBMSP).

472 Clínica - International Journal of Brazilian Dentistry, Florianópolis, v.6, n.4, p. 472-475, out./dez. 2010

MunizL.

473Clínica - International Journal of Brazilian Dentistry, Florianópolis, v.6, n.4, p. 472-475, out./dez. 2010

Além de reduzir a necessidade de desgaste, os pinos de

fibra têm melhor comportamento biomecânico e, por apresen-

tar módulo de elasticidade próximo ao da dentina, possibilitam

distribuição mais uniforme das tensões ao longo da raiz, e não

se relataram casos de fraturas radiculares, o que vem sendo

corroborado por diversos estudos clínicos.2-3

Ainda em comparação com os pinos e núcleos metáli-

cos, existe melhor desempenho estético dos pinos de fibra, que

não sofrem corrosão e apresentam coloração e translucidez

compatíveis com a estética, à exceção dos de fibra de carbono.

Além disso, os pinos de fibra dispensam a etapa laboratorial,

requerem apenas uma sessão clínica e, em casos de falhas do

pino ou do tratamento endodôntico, é possível sua remoção ou

sua recimentação.1

Com tantas propriedades positivas, por que alguns den-

tistas, especialmente os que atuam na prótese, relutam em utili-

zar os pinos de fibra? Uma justificativa plausível seria o elevado

número de pinos deslocados, quando esses materiais foram

introduzidos na odontologia, principalmente durante a remoção

de elementos provisórios, que quase sempre eram relaciona-

dos a pinos cilíndricos ou mal adaptados às paredes do canal

radicular. Na verdade, acreditava-se inicialmente que o cimento

resinoso, ao preencher os espaços determinados pela falta de

adaptação do retentor, seria suficiente para garantir retenção e

estabilização da reconstrução coronária, não importando sua

adaptação às paredes do canal radicular.

Hoje, a partir da divulgação dos casos de deslocamen-

tos dos pinos, se reconhecem a dificuldade de adesão intrar-

radicular pelas condições desse substrato, dificuldade de vi-

sualização, sensibilidade da técnica adesiva, baixa resistência

coesiva e alta contração de polimerização dos cimentos resino-

sos. Tais dificuldades são potencializadas pelo elevado fator de

configuração cavitária do canal radicular e pela impossibilidade

de inserção incremental do cimento resinoso.1,4-6

Considerando-se essas dificuldades, a adaptação do

pino deve ser um dos objetivos iniciais a ser alcançados, para

melhorar sua retenção, o que é possível a partir da seleção de

retentores com formatos e diâmetros compatíveis com os ca-

nais radiculares, de forma a aumentar sua retenção friccional,7

como ocorre nos NMFs. Hoje se reconhece a importância dos

sistemas adesivos e cimentos resinosos na fixação dos pinos de

fibra, entretanto, os resultados não devem ser relacionados ape-

nas à qualidade dos diferentes sistemas adesivos e cimentos

resinosos disponíveis, pois a quantidade necessária de cimento

tem papel decisivo no sucesso da retenção.1, 7-8

Na perspectiva de se reduzir o volume necessário de

cimento resinoso, foram desenvolvidos diversos pinos com de-

senhos cônicos, destacando-se o formato cônico paralelo (FRC

Postec, Ivoclar Vivadent, Liechtenstein) e o com dupla conicida-

de (DT Light Post, Bisco e White Post DC, FGM, Brasil), como

opção para os pinos cilíndricos, o que melhorou seu potencial

de ajuste aos canais radiculares e favoreceu a retenção. Con-

tudo, em algumas situações clínicas, os canais radiculares são

bastante amplos na região cervical, e até mesmo o pino com

dupla conicidade não consegue bom preenchimento.

Considerando-se essa dificuldade, foram desenvolvidos

pinos com dupla conicidade reforçados (White Post DCE, FGM),

que apresentam maior grau de conicidade e permitem melhor

preenchimento cervical, a partir da utilização de retentor com

ponta mais delgada. Esse novo design de pino não substitui

os demais pinos cônicos, na verdade, ele aumenta as proba-

bilidades de ser selecionados pinos mais compatíveis com os

diferentes diâmetros e formatos dos canais radiculares (Fig. 2).

Os pinos com dupla conicidade reforçados são bastante indica-

dos para dentes ântero-superiores, pois melhoram o prognós-

tico protético para coroas unitárias, até mesmo em dentes com

pouco ou nenhum remanescente coronário.1

Figura 2: Esquema ilustrando a utilização de pinos cilíndricos (A e B), com dupla conicidade (C) e com dupla conicidade reforçados (D), em dente incisivo central. É possível observar a impossibilidade de o pino cilíndrico preencher de forma adequada o canal radicular (A). A tentativa de utilizar um pino cilíndrico mais cali-broso aumenta o risco de haver desvios e perfurações e, ainda assim, não se ob-tém bom preenchimento cervical (B). Nota-se que o pino com dupla conicidade melhora o aspecto biológico, pois requer menor desgaste apical para melhorar o preenchimento cervical (C). Contudo, para esse caso, a melhor adaptação cervi-cal foi obtida utilizando-se o pino com dupla conicidade reforçado (D). O maior grau de conicidade desse design de pino possibilitou excelente preenchimento cervical, a partir de desgaste apical extremamente conservador.

Além das dificuldades já discutidas em relação à adesão

intrarradicular, um dado da literatura é muito relevante: os ca-

sos de deslocamentos divulgados ocorrem quase sempre em

dentes com remanescente coronário inferior a 2mm, condição

bastante frequente em reabilitações protéticas.1, 9

A manutenção do remanescente de dentina radicular e

coronária possibilita resistência e estabilidade para o conjunto

restaurado. Numa preparação para coroa total, por exemplo, a

presença de bom remanescente coronário aumenta a área de

adesão disponível e favorece que a prótese o abrace (efeito

férula), o que reduz sobremaneira o risco de haver fraturas den-

tais e deslocamentos dos pinos (Fig. 3).10- 11

PINOSDEFIBRA

474 Clínica - International Journal of Brazilian Dentistry, Florianópolis, v.6, n.4, p. 472-475, out./dez. 2010

Ao contrário de o que ocorre na prótese, na dentística, o

uso dos pinos de fibra, quando associado às restaurações dire-

tas, não oferece risco de haver fraturas ou deslocamentos, uma

vez que a quantidade de remanescente coronário favorece ex-

celente adesão e estabilização.12 Uma ressalva importante para

dentes com grande quantidade de remanescente coronário é a

possibilidade de o remanescente direcionar a broca para uma

das paredes, o que aumenta o risco de ocorrer desvios e per-

furações radiculares, especialmente nos dentes anteriores, em

que o acesso endodôntico é realizado pela face palatina (Fig.

4). Dessa forma, desgaste compensatório na face palatina da

região incisal pode ser necessário para melhor direcionamento

da broca (Fig. 4).1

1. . .

2. . .

3.

Ao discutir os riscos de ocorrer desvios e perfurações

radiculares, vale ressaltar que, até há pouco tempo, os pinos

apresentavam pontas extremamente calibrosas, ofereciam pe-

rigo para dentes com raízes delgadas e achatadas no sentido

mesiodistal. Essas situações eram bastante freqüentes em den-

tes posteriores, ântero-inferiores e incisivos laterais superiores,

ou seja, na maioria dos dentes.1

Figura 3: Esquema ilustrando a área de ferulização, que consiste na área da den-tina abraçada pela coroa protética. Quanto maior for o remanescente coronário, maior será a área de ferulização e de adesão e menor a ação de alavanca que a restauração exerce sobre a estrutura dental, quando os dentes são submetidos a esforços oblíquos.

Figura 4: Em dentes anteriores, o remanescente incisal direciona os alargadores dos pinos para a face vestibular, e pode determinar desvio seguido de perfuração (A). Para evitar esse problema, pode-se realizar desgaste palatoincisal com pontas diamantadas ou brocas (B), a fim de reduzir o risco de haver perfurações vestibulares e favorecer a centralização do pino (C e D).

Com a recente introdução de pinos com pontas mais del-

gadas – White Post DC 0,5 (FGM), White Post DCE 0,5 (FGM),

DT Light Post 0,5 (Bisco) e FRC Postec 0 (Ivoclar Vivadent) – e o

desenvolvimento de estratégias individualizadas para trabalhar

cada dente de acordo com sua anatomia e solicitação mecâ-

nica, os riscos de haver desvios e perfurações laterais foram

minimizados. Em análise final, parece que até nisso a nature-

za conspira a favor da odontologia, pois os dentes posteriores

que apresentam raízes mais delgadas não necessitam de pinos

calibrosos ou longos, uma vez que, na região posterior, predo-

mina um vetor de força axial, e o núcleo de preenchimento em

resina composta ajuda na distribuição das tensões para o rema-

nescente e na estabilização da prótese. A análise dos dentes

ântero-superiores mostra que deles se exige mais mecanica-

mente, por estarem mais expostos a esforços oblíquos. Assim,

necessita-se de pinos mais longos e calibrosos, especialmente

na região cervical. Novamente, a natureza é benevolente, pois

esses dentes apresentam canais mais amplos e facilidade de

acesso.

Com o conhecimento dos riscos relacionados ao uso

dos pinos de fibra, o aprimoramento das técnicas e o desen-

volvimento dos materiais, especialmente os novos designs de

pinos e a redução do diâmetro de suas pontas, abre-se nova

perspectiva na indicação dos pinos de fibra para restauração

de dentes tratados endodonticamente, em condições cada vez

mais desafiadoras.

AGRADECIMENTOSAgradeço de forma especial aos colaboradores de

nosso livro Reabilitação estética em dentes tratados endodon-

ticamente. Pinos de fibra e possibilidades clínicas conservado-

ras: Adriano Sapata, Alexandre Moreira, Ceres Fontes, Carlos

Francci, Denise Cerqueira, Edméa Lodovici, Flávio Takamatsu,

Leonardo Costa, Marcelo Luchesi Teixeira, Marcelo Witzel, Már-

cio Giampá Ticianeli, Marcos Kirihata, Marta Muhana, Maurício

Lago, Paula Mathias, Paulo Rocha, Rosa Amoedo, Sílvio Alber-

garia e Soraia Souza.

REFERÊNCIASMuniz L. Reabilitação estética em dentes tratados endodonticamente. Pinos de fibra e possibilidades clínicas conservadoras. São Paulo: Santos; 2010.

Glazer B. Restoration of endodontically treated teeth with carbon fiber posts: a prospective study. J Can Dent Assoc. 2000 Dec;66(11):613-8.

Monticelli F, Grandini S, Goracci C, Ferrari M. Clinical behavior of translucent-fi-ber posts: a 2 year prospective study. Int J Prosthodont. 2003 Nov;16(6):593-6.

Bouillaguet S, Troesch S, Wataha JC, Krejci I, Meyer JM, Pashley DH. Micro-

MunizL.

475Clínica - International Journal of Brazilian Dentistry, Florianópolis, v.6, n.4, p. 472-475, out./dez. 2010

Leonardo MunizMestreemClínicaOdontológicapelaFO-UFBA,

ProfessordeClínicaIntegradadaEscolaBahianadeMedicinaeSaúdePública,EspecialistaemEndodontiapelaFO-UFBA,AutordoLivroReabilitação Estética em Dentes Tratados

Endodonticamente. Pinos de Fibra e Possibilidades Clínicas Conservadoras

RuadasAlfazemas,761,sala806,41380-710,Iguatemi,Salvador,BA,[email protected]

tensile bond strength between adhesive cements and root canal dentin. Dent Mater. 2003 May; 19(3):199-205.

Muniz L. Novo conceito para retenção intra-radicular: preparo endodôntico para pinos de fibra. Rev Dental Press Estet. 2005 Jan;2(1):70-81.

Muniz L, Mathias P. The influence of sodium hypoclorite and root canal sealers on post retention in different dentin regions. Oper Dent. 2005 Jul;30(4):533-9.

Goracci C, Fabianelli A, Sadek FT, Papacchini F, Tay FR, Ferrari M. The contri-bution of friction to the dislocation resistance of bonded fiber posts. J Endod. 2005 Aug;31(8):608-12.

D’Arcangelo C, Cinelli M, De Angelis F, D’Amario M. The effect of resin cement film thickness on the pullout strength of a fiber-reinforced post system. J Pros-thet Dent. 2007 Sep;98(3):193-8.

Ferrari M, Vichi A, Mannocci F, Mason PN. Retrospective study of the clinical performance of fiber posts. Am J Dent. 2000 May;13(Spec No): 9B-13B.

Pereira JR, Mendonça Neto T, Porto VC, Pegoraro LF, Valle AL. Influence of the remaining coronal structure on the resistance of teeth with intraradicular retai-ner. Braz Dent J. 2005;16(3):197-201.

Pierrisnard L, Bohin F, Renault P, Barquins M. Corono-radicular reconstruction of pulpless teeth: a mechanical study using finite element analysis. J Prosthet Dent. 2002 Oct;88(4):442-8.

Muniz L, Góes CF, Oliveira AC, Mathias P, Bezerra RB, Fontes CM. Restaura-ções diretas associadas a pinos de fibra de vidro em dentes fraturados. Relato de caso clínico. Rev Dental Press de Estet. 2005 Jul; 2(3):47-59.

4. ..

5. .

6. .

7. . .

8. . .

.

9. .

10. . .

.

11. . .

.

12.

475Clínica - International Journal of Brazilian Dentistry, Florianópolis, v.6, n.4, p. 472-475, out./dez. 2010