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Servicos de Telecomunicacoes

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  • 1Servios de Telecomunicaes 17

    PUC Minas Poos de Caldas

    Trfego Telefnico

    Servios de Telecomunicaes

    Professora: Renata

    Engenharia Eltrica

    PUC-MG Poos de Caldas

  • 2Servios de Telecomunicaes 17

    PUC Minas Poos de Caldas

    Trfego Telefnico

    MOTIVAO

    Dimensionamento correto dos recursos da rede

    telefnica;

    Dimensionamento dos troncos

    Quantos troncos so necessrios para um bom

    atendimento aos usurios?

    Como projetar uma rede que tenha uma utilizao

    eficiente dos troncos?

    Dada uma especificao de qualidade de servio, como

    projetar um sistema para cumpri-la?

    Servios de Telecomunicaes

  • 3Servios de Telecomunicaes 17

    PUC Minas Poos de Caldas

    Exemplo: Projeto de uma central para perda de

    1% = 1 chamada perdida em cada 100.

    Critrio de tratamento de chamadas:

    a. Bloqueio: Qual a probabilidade de bloqueio?

    b. Com espera: Qual o tempo de espera no buffer?

    Trfego Telefnico

  • 4Servios de Telecomunicaes 17

    PUC Minas Poos de Caldas

    Critrios de Tratamento de Chamada

    Sem espera e com bloqueio:

    Tratamento clssico das chamadas. Quando no h

    troncos livres as chamadas sofrem bloqueios.

    Ex: Centrais analgicas (mecnicas)

    Com espera (com e sem bloqueio) As chamadas que chegam vo para um buffer e, se no

    houver troncos disponveis, aguardam um determinado

    tempo. Aps isso, caso no haja troncos liberados,

    bloqueada.

    Ex: Centrais digitais.

    Trfego Telefnico

  • 5Servios de Telecomunicaes 17

    PUC Minas Poos de Caldas

    Medidas de Trfego Telefnico

    Volume de trfego

    a soma dos tempos ocupados durante as

    conversaes em um grupo de circuitos ou linhas de

    conexo

    Trfego Telefnico

  • 6Servios de Telecomunicaes 17

    PUC Minas Poos de Caldas

    Medidas de Trfego Telefnico

    Volume de trfego

    a soma dos tempos ocupados durante as conversaes em

    um grupo de circuitos ou linhas de conexo

    Indica apenas a quantidade de ocupao, no a

    eficincia ou grau de utilizao.

    Trfego Telefnico

    Exemplo: Circuito A 6 horas ocupadoCircuito B 4 horas ocupado

    O circuito A foi mais utilizado que o B.

  • 7Servios de Telecomunicaes 17

    PUC Minas Poos de Caldas

    Medidas de Trfego Telefnico

    Intensidade de Trfego

    A intensidade de trfego escoado, por um grupo de

    circuitos, durante um perodo de tempo T, a soma das

    duraes de tempo de ocupao dividida por T. T o

    tempo de observao ou unidade de tempo.

    Trfego Telefnico

  • 8Servios de Telecomunicaes 17

    PUC Minas Poos de Caldas

    Medidas de Trfego Telefnico

    Intensidade de Trfego

    Ex: No exemplo anterior, se considerarmos um

    perodo de 8 horas, a intensidade de trfego,

    ou a taxa de utilizao ser:

    AA = 6/8 = 0,75

    AB = 4/8 = 0,50

    Trfego Telefnico

  • 9Servios de Telecomunicaes 17

    PUC Minas Poos de Caldas

    Medidas de Trfego Telefnico

    Intensidade de Trfego

    uma grandeza adimensional. Entretanto, utiliza-se uma

    unidade que o Erlang (E) em homenagem a A. K. Erlang

    (1878-1928), considerado o fundador da teoria de trfego.

    Se um circuito ou canal tem 1 E de intensidade de trfego,

    significa que ele est 100% do tempo de observao

    ocupado. T pode ser 1 hora, 1 minuto, 1 segundo.

    Trfego Telefnico

  • 10Servios de Telecomunicaes 17

    PUC Minas Poos de Caldas

    Medidas de Trfego Telefnico

    Intensidade de Trfego

    Em geral trabalha-se com o tempo mdio de ocupao(tm ou

    1/) ou conversao que pode ser obtido aps uma srie de

    medies estatsticas. Se definirmos c como nmero de

    chamadas, ento a intensidade de trfego pode ser escrita

    como:

    Definindo: taxa de chamadas

    Trfego Telefnico

  • 11Servios de Telecomunicaes 17

    PUC Minas Poos de Caldas

    Medidas de Trfego Telefnico

    Intensidade de Trfego

    Para N circuitos, o trfego de um circuito individual ser de:

    Exemplo de durao mdia de chamadas:

    Local: 1 a 2 minutos

    Interurbana: 4 minutos

    Internacional: 10 minutos

    Exemplo de utilizao das linhas:

    Residencial: 0.075E

    Comercial: 0.2 a 0.4E

    Telefone Pblico: 0.35E

    Trfego Telefnico

  • 12Servios de Telecomunicaes 17

    PUC Minas Poos de Caldas

    Medidas de Trfego Telefnico

    Hora de Maios Movimento

    o perodo de tempo durante o qual uma central

    telefnica acusa o trfego mximo a escoar.

    Trfego Telefnico

  • 13Servios de Telecomunicaes 17

    PUC Minas Poos de Caldas

    Medidas de Trfego Telefnico

    Hora de Maios Movimento

    Para determinar a HMM, recomendado pelo ITU-T

    efetuar-se medies de trfego a cada quarto de hora

    entre 9 horas e 12 horas, e isto durante 10 dias teis

    consecutivos. Estes dias devero ser normais ou seja,

    no podero ser feriados ou conterem quaisquer

    acontecimentos anormais.

    Trfego Telefnico

  • 14Servios de Telecomunicaes 17

    PUC Minas Poos de Caldas

    Exerccio 1:

    Em uma hora de maior movimento (HMM), uma empresa faz

    120 chamadas telefnicas de durao mdia de 2 minutos em

    ligaes externas e recebe 200 chamadas de durao mdia

    de 3 minutos.

    a. Qual a intensidade de trfego de sada?

    b. Qual a intensidade de trfego de entrada?

    c. Qual o trfego total?

    d. Qual o nmero mdio de chamadas por tempo mdio de

    conversao? Calcule para os trfegos de entrada e sada.

    Trfego Telefnico

  • 15Servios de Telecomunicaes 17

    PUC Minas Poos de Caldas

    Caracterizao dos Processos de Chegada e de

    Conversao de Chamadas Telefnicas

    Seja uma Central Telefnica com n entradas e uma sada.

    Suponha que cada telefone tenha uma probabilidade p de

    estar ativo.

    Qual a probabilidade de ocorrerem k chamadas, onde k

    pode ser a 0, 1, 2, 3, ..., n?

    Trfego Telefnico

  • 16Servios de Telecomunicaes 17

    PUC Minas Poos de Caldas

    Elaborao do Modelo

    Hiptese: o telefone pode assumir somente dois estados

    ativo ou inativo.

    Vamos chamar de X, uma varivel aleatria de Bernoulli que

    representa os dois estados possveis de um telefone, ou seja,

    X=1 (telefone ativo) e X=0 (telefone inativo)

    Se cada telefone tem a probabilidade p de estar ativo,

    podemos escrever:

    Trfego Telefnico

  • 17Servios de Telecomunicaes 17

    PUC Minas Poos de Caldas

    Definies

    A esperana matemtica, o valor quadrtico

    mdio e varincia da varivel aleatria X so

    dadas por:

    Trfego Telefnico

  • 18Servios de Telecomunicaes 17

    PUC Minas Poos de Caldas

    Distribuio Binomial

    Considere cada uma das entradas da central acima X1, X2 ,...

    Xn, como sendo variveis aleatrias de Bernoulli

    independentes e com a mesma distribuio de probabilidade.

    Definindo Y = X1 + X2 +... + Xn, qual o valor de Pk = Pr{Y= k}?

    Trfego Telefnico

  • 19Servios de Telecomunicaes 17

    PUC Minas Poos de Caldas

    Analisando-se a figura anterior e as hipteses consideradas

    pode-se concluir que a probabilidade de k telefones estarem

    ativos num conjunto de n dada pela seguinte expresso:

    Distribuio Binomial

    Onde:

    pk a probabilidade de uma determinada combinao de k

    acertos;

    q(n-k) a probabilidade dos (n-k) restantes de no acertos.

    Trfego Telefnico

  • 20Servios de Telecomunicaes 17

    PUC Minas Poos de Caldas

    Para variveis aleatrias independentes temos que:

    A mdia da soma a soma das mdias e,

    A varincia da soma a soma das varincias

    Trfego Telefnico

  • 21Servios de Telecomunicaes 17

    PUC Minas Poos de Caldas

    Distribuio de Poisson

    Na prtica podemos fazer mediaes do nmero de

    chamadas por unidade de tempo. Portanto precisamos

    relacionar p com a taxa mdia de chamadas . Vamos

    considerar um perodo de tempo t, de maneira que:

    np = t = constante

    Assim, ser a taxa mdia de chamadas por intervalo de

    tempo.

    Trfego Telefnico

  • 22Servios de Telecomunicaes 17

    PUC Minas Poos de Caldas

    Retomando:

    Mas:

    Ento:

    Temos que:

    Trfego Telefnico

  • 23Servios de Telecomunicaes 17

    PUC Minas Poos de Caldas

    Portanto: (Distribuio de Poisson)

    onde:

    Concluses:

    O limite de uma Distribuio Binomial uma Distribuio de

    Poisson.

    A mdia e a varincia so iguais na Distribuio de Poisson.

    Trfego Telefnico

  • 24Servios de Telecomunicaes 17

    PUC Minas Poos de Caldas

    Retomando:

    O limite de uma distribuio binomial uma distribuio de

    Poisson.

    A mdia e a varincia so iguais na Distribuio de

    Poisson.

    Distribuio de Poisson:

    a taxa mdia de chegadas (chamadas)

    Trfego Telefnico

  • 25Servios de Telecomunicaes 17

    PUC Minas Poos de Caldas

    Propriedades da Distribuio de Poisson

    1. Soma de variveis aleatrias poissonianas uma

    poissoniana. Portanto, se Y = Y1 + Y2 onde Y1 e Y2 so

    poissonianas de mdias 1 e 2, respectivamente,

    ento:

    Trfego Telefnico

  • 26Servios de Telecomunicaes 17

    PUC Minas Poos de Caldas

    Propriedades da Distribuio de Poisson

    2. A ocorrncia de eventos simultneos tem probabilidade

    nula.

    Analisando para , e retendo os termos de primeira

    ordem na srie de Taylor, temos:

    Trfego Telefnico

  • 27Servios de Telecomunicaes 17

    PUC Minas Poos de Caldas

    Do resultado anterior, conclui-se que para t

    infinitesimal, h apenas uma ocorrncia com

    probabilidade 1- t.

    Portanto, em processos Poissonianos, no h

    ocorrncias simultneas.

    O tempo entre chamadas vai existir, o tempo entre

    elas nunca ser zero (simultneo).

    Trfego Telefnico

  • 28Servios de Telecomunicaes 17

    PUC Minas Poos de Caldas

    J que no temos ocorrncias simultneas, qual

    seria a distribuio da varivel aleatria T que

    representa o tempo entre ocorrncias sucessivas?

    Trfego Telefnico

  • 29Servios de Telecomunicaes 17

    PUC Minas Poos de Caldas

    Notao: a funo distribuio de

    probabilidade, cuja derivada a funo densidade de

    probabilidade, denotada por pT (t).

    = probabilidade de no haver ocorrncia

    num intervalo de durao t.

    Trfego Telefnico

  • 30Servios de Telecomunicaes 17

    PUC Minas Poos de Caldas

    Reescrevendo:

    Derivando-se, obtm-se a funo densidade de probabilidade:

    Portanto, a distribuio do tempo entre chamadas uma

    exponencial negativa.

    Vamos calcular agora a mdia e a varincia dos tempos entre

    chamadas.

    Trfego Telefnico

  • 31Servios de Telecomunicaes 17

    PUC Minas Poos de Caldas

    Reescrevendo:

    Para E(T) temos:

    Trfego Telefnico

  • 32Servios de Telecomunicaes 17

    PUC Minas Poos de Caldas

    Portanto, podemos caracterizar o processo de CHEGADA de

    chamadas como poissoniano de mdia ou alternativamente

    o tempo entre chamadas como exponencial negativa de

    mdia 1/.

    (Probabilidade de chegada de k

    chamadas)

    (Probabilidade de se ter uma

    chegada entre 0 e t)

    Trfego Telefnico

  • 33Servios de Telecomunicaes 17

    PUC Minas Poos de Caldas

    De forma anloga, podemos caracterizar o processo de

    PARTIDAS como sendo poissoniano de mdia ou

    alternativamente o tempo entre as partidas como exponencial

    negativa de mdia 1/.

    (Probabilidade de k partidas)

    (Probabilidade de se ter uma

    partida entre 0 e t)

    Trfego Telefnico

  • 34Servios de Telecomunicaes 17

    PUC Minas Poos de Caldas

    Sistema Sem Espera e Com Bloqueio

    Seja uma central com infinitos enlaces de entrada e um tronco

    de sada.

    O processo de chamadas obedece uma distribuio

    poissoniana de taxa mdia , e o tempo mdio de

    conversao tem uma distribuio exponencial negativa com

    mdia 1/.

    A central opera sem espera e com bloqueio.

    Trfego Telefnico

  • 35Servios de Telecomunicaes 17

    PUC Minas Poos de Caldas

    Diagrama de Estados Equivalente

    H dois estados possveis. O estado 1 indica a probabilidade

    de se ter uma chamada na central e o estado 0 para a central

    sem chamadas.

    A taxa representa a taxa de transio do estado 0 para o

    estado 1 (taxa de chegada de chamadas) e representa a

    taxa de partidas (trmino de conversao).

    Trfego Telefnico

  • 36Servios de Telecomunicaes 17

    PUC Minas Poos de Caldas

    Diagrama de Estados Equivalente

    Em situao de equilbrio esttico o fluxo de chamadas

    escoado deve ser igual ao fluxo de chamadas que deixa o

    sistema. Portanto:

    Trfego Telefnico

    Intensidade De

    Trfego

  • 37Servios de Telecomunicaes 17

    PUC Minas Poos de Caldas

    Mdia de Chamadas

    Exemplo: Calcule o nmero mdio de chamadas na central

    abaixo, para A=0,6E.

    Trfego Telefnico

    Diagrama de Estados

  • 38Servios de Telecomunicaes 17

    PUC Minas Poos de Caldas

    Probabilidade de Bloqueio

    Prob. de bloqueio = PB = pr {N troncos ocupados/ 1 chegada}

    pr {N troncos ocupados/ 1 chegada}. pr {1 chegada} =

    pr {1 chegada/ N troncos ocupados}. pr {N troncos ocupados

    Mas: {1 chegada/ N troncos ocupados} = pr {1 chegada} , pois

    o processo de chagada no varia com a ocupao dos

    troncos.

    Portanto:

    pr {N troncos ocupados/ 1 chegada} = pr {N troncos ocupados}

    Para 1 nico tronco de sada: PB = P1 = 0,375(para o caso do

    exemplo, onde A = 0,6

    Trfego Telefnico

  • 39Servios de Telecomunicaes 17

    PUC Minas Poos de Caldas

    Trfego Oferecido, Perdido e Escoado

    Trfego Oferecido = A

    Trfego Perdido = A.PB

    Trfego Escoado = (1 - PB)A

    Trfego Telefnico

    CENTRAL

    TELEFNICATrfego Oferecido Trfego Escoado

    TrfegoPerdido

  • 40Servios de Telecomunicaes 17

    PUC Minas Poos de Caldas

    Para o caso de 1 tronco de sada com A = 0.6E temos:

    PB = P1 = 0,375

    Trfego Oferecido = A = 0,6E

    Trfego Perdido = 0,6 . 0,375 = 0,225E

    Trfego Escoado = (1 - PB) A = 0,625 . 0,6 = 0,375E

    Trfego Telefnico

  • 41Servios de Telecomunicaes 17

    PUC Minas Poos de Caldas

    Exerccio:

    1. Faa o diagrama de estados para o caso de uma central

    com 2 troncos de sada e infinitos enlaces de entrada.

    2. Calcule a probabilidade de bloqueio da mesma, admitindo

    uma taxa de chegadas de chamadas e uma taxa de

    partidas.

    3. Qual a percentagem de trfego escoado para um trfego

    de entrada de A = 0,6E.

    Trfego Telefnico