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JULHO 2014 AULAS DE PROJETO72
UMA PESQUISA CONSTANTE: PARA ILUMINAR E VENTILAR
PROJETOAULAS DE
João Filgueiras Lima, Lelé
ILUMINAÇÃO E VENTILAÇÃO NATURAIS NA
ARQUITETURA DE LELÉ
POR JORGE ISAAC PERÉN
au.pini.com.br/aueducacao
JORGE ISAAC PERÉN é arquiteto e urbanista pela USP, São Carlos, com mestrado pela
mesma instituição com o tema Ventilação e iluminação naturais na obra de João Filgueiras
Lima, Lelé: estudo dos hospitais da rede Sarah Kubitschek Fortaleza e Rio de Janeiro.
É estudante de doutorado no departamento de engenharia de construção civil da Escola
Politécnica da USP, São Paulo e pesquisador visitante na Eindhoven University of
Technology (TU/e), na Holanda, e consultor no escritório PP + Arquitetura Bioclimática
Download da matéria exclusivo para professores
As soluções de projeto, desde
a implantação e volumetria do
edifício até o desenvolvimento
de cada detalhe construtivo e de
fechamento, estão direcionadas
para a interação entre os princípios
da ventilação e iluminação naturais
e proteção da radiação solar direta,
visando ao conforto ambiental e à
eficiência energética.
A pesquisa contínua e a procura pela
otimização do projeto e das técnicas
construtivas foi uma característica
da obra do arquiteto João Filgueiras
Lima, Lelé, que deve ser perseguida
pelas novas gerações de arquitetos.
A participação no ciclo completo
do processo de produção da
edificação é fundamental e deve
ser um exercício diário. Entenda-se
pelo ciclo completo: concepção do
projeto, desenho técnico, constru- técnico, constru-, constru-
ção, manutenção e, especialmente,
a avaliação pós-ocupação. A única
maneira de saber se a solução proje-
tual sugerida funciona é verificando
seu uso quando está em ocupação.
Assim, a avaliação pós-ocupação é
uma das etapas mais importante do
processo de pesquisa e de otimiza-
ção, e que são evidentes em toda a
produção do Lelé. Esse processo de
pesquisa e otimização é ilustrado,
por exemplo, pela evolução dos
sheds da Rede de Hospitais Sarah
Kubitschek.
A relação das variáveis de conforto
térmico, iluminação e ventilação na-o, iluminação e ventilação na-
turais, conforto acústico e a interação
da infraestrutura com o sistema de
ventilação natural ou artificial são
presentes em todas as obras do ar-
quiteto Lelé. Soluções arquitetônicas
no projeto da Rodoviária de Ribeirão
Preto, nos Hospitais da Rede Sarah
e no Tribunal de Contas da União de
Cuiabá (TCU) ilustram como todas
as variáveis de conforto ambiental
podem ser consideradas em qualquer
tipo de programa, independentemen-
te da sua complexidade.
HOSPITAL DE TAGUATINGA, DF BRASÍLIA, DF
SALVADOR, BA FORTALEZA, CE RIO DE JANEIRO, RJ (REABILITAÇÃO INFANTIL)
HOSPITAIS SARAH KUBITSCHEK
1968 1975
1991 1992 2000-2001
JULHO 2014 AULAS DE PROJETO72
73
A VENTILAÇÃO NATURAL ASCENDENTE
DISTRIBUIÇÃO DO PROGRAMA E ORIENTAÇÃO DO VOLUME
IMPLANTAÇÃO DO HOSPITAL SARAH FORTALEZA
RODOVIÁRIA DE RIBEIRÃO PRETO, SP
A orientação e a volumetria dos edi-
fícios projetados devem favorecer os
ventos predominantes. Isso é possível
mesmo em programas complexos,
caso dos hospitais. Um exemplo é o
hospital Sarah Kubitschek de Forta-
leza. Nesse hospital, os ambientes
passíveis de serem ventilados natural-
mente estão organizados de maneira a
receber o constante vento sudeste da
região. Áreas como recepção, sala de
espera, ambulatório, fisioterapia, entre
outras, estão localizadas na frente do
edifício para receber os ventos. O ar é
posteriormente extraído pelas abertu-
ras dos sheds, na parte superior.
Na implantação, destacam-se em
amarelo as áreas ventiladas natural-
mente e, em azul, os ambientes com
ar-condicionado. As salas que reque-
rem ar-condicionado, caso do centro
cirúrgico, radiologia, laboratórios, en-
tre outras, estão localizadas principal-
mente na parte posterior do edifício,
onde o potencial de ventilação natural
é limitado. Esses ambientes requerem
ventilação artificial para o controle da
umidade, da temperatura, da pressão
estática para evitar a disseminação de
bactérias e para o adequado funcio-
namento dos equipamentos. O bloco
vertical de internação está localizado
na parte sudoeste, acima do jardim
interno, para evitar ser uma barreira
ao vento.
A ventilação natural dinâmica
acontece pelo diferencial de pressão
(pressão positiva e negativa) gerado
na envoltória devido ao impacto do
vento com a edificação. A pressão
positiva é gerada nas superficies da
envoltória atingidas pelo vento. A
pressão negativa é gerada na parte
posterior à direção do vento ou nas
superficies que estão na “sombra
de vento”. O fluxo de ar se desloca
da região com pressão positiva até a
região com menor pressão ou com
pressão negativa. A forma da envoltó-
ria do edifício, caso dos sheds, cober-
turas e janelas, podem induzir essas
pressões de maneira a direcionar o
fluxo de ar nos ambientes internos.
Em Fortaleza, como na maioria dos
hospitais da Rede Sarah, os sheds
induzem a pressão negativa na parte
superior-posterior de maneira a
extrair o ar. Capta-se o ar pelas partes
inferiores do edifício e se extrai pela
parte superior, gerando um fluxo de
ar ascendente. Outro exemplo dessa
ventilação ascendente (extração do
ar pela parte superior) é a rodoviária
de Ribeirão Preto, interior de São
Paulo. Para minimizar o ganho de
calor por radiação de materiais como
o concreto e obter o ar mais fresco,
existem jardins de água e grama ao
redor da edificação.
ÁREA COM VENTILAÇÃO NATURAL – TRANSIÇÃO ÁREA COM AR-CONDICIONADO ÁREA VERDE
1 HALL
2 CENTRAL DE MACAS
3 INTERNAÇÃO
4 INFORMAÇÕES
5 ESPERA
6 ACESSO PRINCIPAL
7 RECEPÇÃO/MARCAÇÃO
DE CONSULTAS
8 FISIOTERAPIA
9 NEUROPSICOLOGIA
10 AMBULATÓRIO
11 OFICINAS ORTOPÉDICAS
12 INFORMÁTICA
13 CURATIVOS DO AMBULATÓRIO
14 RADIOLOGIA
15 RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
16 ULTRASSOM
17 AUDITÓRIO
18 BIBLIOTECA
20 LABORATÓRIOS
23 CENTRO CIRÚRGICO
24 PRIMEIRO ESTÁGIO
32 JARDIM
33 JARDIM INTERNO
34 BOSQUE
35 ESPELHO D’ÁGUA
19 SALA DE AULA
21 ARQUIVO MÉDICO
22 VESTIÁRIOS
25 REFEITÓRIO
26 ESCOLA
DE EXCEPCIONAIS
27 RESIDÊNCIA MÉDICA
28 PÁTIO DE SERVIÇOS
29 ESTACIONAMENTO
30 PORTARIA
31 QUADRA
28
32
25 22 21 11
32
29
31
19
129
27
34
26
29
1
2
3
41
33
8
7
46 35
32
5
9 1011
29
30
14
1615
20 1823
2417
1312
0 50
73
JULHO 2014 AULAS DE PROJETO74
GERANDO A PRESSÃO POSITIVA: AS GALERIAS DE VENTILAÇÃO
SISTEMA DE VENTILAÇÃO NATURAL E/OU MECÂNICA: VELOCIDADE DO AR NAS GALERIAS DE VENTILAÇÃO COM O VENTILADOR LIGADO. NO FINAL DA GALERIA, ONDE A VELOCIDADE É DE 0.4 M/S, EXISTE UMA PRESSÃO POSITIVA QUE FAZ O AR SAIR E ENTRAR PELOS DIFUSORES DO NÍVEL SUPERIOR, A UMA VELOCIDADE DE 8.5 M/S
INDUZINDO A PRESSÃO NEGATIVA: OS SHEDS
VISTA DOS EXAUTORES DO INTERIOR DAS
GALERIAS
BOCAS DE SAÍDA DE AR DE DENTRO DAS
GALERIAS PARA OS AMBIENTES DO HOSPITAL
BOCA DE SAÍDA DE AR NOS
AMBULATÓRIOS
BOCAS DE SAÍDA DE AR DE DENTRO DAS
GALERIAS PARA OS AMBIENTES DO HOSPITAL
A pressão positiva é mantida nos
níveis inferiores do edifício de manei-
ra natural ou mecânica. As galerias
de ventilacão, além de facilitar a
manutenção, têm a função de captar
os ventos dominantes e manter a
pressão positiva necessária para obter
um fluxo ascendente. Na ausência
de ventos fortes, que garantam a
pressurização natural das galerias, a
pressão positiva é gerada por equipa-ão positiva é gerada por equipa-o positiva é gerada por equipa-
mentos mecânicos como exaustores
ou ventiladores. A pressão positiva
nas galerias e a pressão negativa na
parte superior-posterior do shed é
fundamental para gerar o fluxo de ar
ascendente que vai das galerias pres-
surizadas, no nível inferior do edifício,
passa pelos difusores nos ambientes
do hospital, e sai pelo nível superior
do shed, onde a pressão é menor ou
negativa.
O shed é um tipo de cobertura muito
explorado por Lelé nas suas obras,
especialmente nos hospitais. O shed
permite a entrada de luz natural de
maneira mais intensa e uniforme
que a obtida por janelas laterais. No
hospital Sarah Fortaleza, os níveis de
iluminação durante o dia estão, em
média, acima dos 500 lux. O shed
também permite a ventilação natural
dos ambientes e, dependendo da sua
orientação, pode funcionar como cap-
tador de vento ou como extrator do
ar quente. No caso dos hospitais da
rede Sarah, a maioria favorece o efeito
de sucção (funciona como extrator
de ar). Sua forma é fundamental para
induzir a pressão negativa na parte
posterior, onde está a janela de saída.
Essa pressão negativa provoca a
extração do ar de dentro do ambiente.
Dependendo da forma, pode-se incre-
mentar o fluxo de ar em até 20%. Nos
hospitais da rede Sarah, onde existe
o mesmo programa, com deman-
das similares de conforto térmico,
iluminação natural e ventilação,
observa-se uma constante evolução
no desenho do shed com o intuito de
otimizar seu funcionamento. SARAH BRASÍLIA
22 m/s
0 m 10 m 30 m 70 m 90 m 100 m
6,5 m/s
6,5 m/s
0,8 m/s 0,4 m/s
7 m/s 8,5 m/s
3,5 m/s 1,7 m/s4 m/s
foto
s Jo
rge
Isaa
c Pe
rén
75
INDUZINDO A PRESSÃO NEGATIVA: SARAH SALVADOR
INDUZINDO A PRESSÃO NEGATIVA:SARAH FORTALEZA
INDUZINDO A PRESSÃO NEGATIVA:SARAH RIO DE JANEIRO – CENTRO DE REABILITAÇÃO
No Sarah Salvador, adaptou-se ao
shed uma pestana (ou testeira).
Trata-se de uma peça de metal
acoplada ao shed que funciona
como brise, protegendo os am-
bientes internos da radiação solar
direta. Essa proposta de shed teve
alguns problemas: devido ao calor,
a pestana sofria dilatações que de-
formavam a peça e, quando chovia,
havia problemas de infiltração; a
No Centro de Reabilitação Infantil
de Rio de Janeiro, localizado na Ilha
Pombeba, observa-se um desenho
mais evoluído. A treliça que dá forma
ao shed é uma peça única com seção
variável para economia de material.
Seu balanço faz a função da pestana.
Sob a superfície convexa, na parte
posterior do shed, aparece outra
superfície côncava, próxima à boca
da pestana foi pintada de azul para
reduzir o calor refletido para dentro
do ambiente; para também reduzir
o calor e o ruído ocasionado pela
chuva instalou-se, sob os brises da
pestana, um material termoacústico
de gramatura 600 g/m2 conhecido
vulgarmente como “bidim”. O bidim
é uma manta não-tecido de filamento
de poliéster, similar a um feltro.
superfície, com o formato invertido,
gerando o entreforro que serve de
duto do sistema de ar-condicionado.
No eixo central do shed, cria-se um
pé-direito maior, cujo vão superior
serve para a entrada da luz natu-
ral. No pé-direito menor do shed,
encontram-se os difusores
de ar-condicionado.
Nesse hospital ocorre uma clara
mudança no desenho dos sheds. Para
evitar o ganho de calor induzido pela
forma côncava do shed de Salvador,
inverteu-se a superfície frontal. Surge
então uma superfície convexa, que evita
a radiação de calor para dentro do shed.
Nessa solução, a pestana ou testeira
ainda é uma peça independente acopla-
da ao shed. O hospital possui galerias
de ventilação, mas, ao contrário do
Sarah Salvador, os ambientes possuem
uma única saída de ar, localizada na
parte inferior das paredes.
INDUZINDO A PRESSÃO NEGATIVA:SARAH BRASÍLIA – LAGO NORTE
Neste hospital, o shed é uma peça
única e o balanço da treliça faz a fun- e o balanço da treliça faz a fun-
ção da pestana ou testeira. Existem
também brises na boca dos sheds.
No Sarah Brasília existem galerias,
mas não têm a função de ventilar,
servem apenas para manutenção
da infraestrutura.
GALERIA DE
VENTILAÇÃO
SAÍDA DO ARSAÍDA DO AR
FUNCIONA COMO DUTO DE
PASSAGEM DO AR-CONDICIONADO,
NAS ÁREAS COMO A BIBLIOTECA
SAÍDA DO AR-CONDICIONADO
ABERTURA AUTOMATIZADA
DAS JANELAS
TESTEIRA TESTEIRA
CALOR REFLETIDO
PARA DENTRO
DO AMBIENTE
SAÍDA DE AR
CONTROLADA
MANUALMENTE
GALERIA DE VENTILAÇÃO
ÁREA PINTADA DE AZUL PARA MINIMIZAR O GANHO DE CALOR
MATERIAL
TERMOACÚSTICO
BRISE
JULHO 2014 AULAS DE PROJETO76
DIRECIONANDO O FLUXO DE AR: SISTEMAS DE FECHAMENTO AUTOMATIZADOS
SARAH RIO DE JANEIRO: FORRO BASCULANTE AUTOMATIZADO DE POLICARBONATO
CORTE – FORRO BASCULANTE
ABERTURAS LATERAIS TAMBÉM PROCURAM CAPTAR E DIRECIONAR O FLUXO DE AR
TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO, CUIABÁ:
ABERTURA LATERAL PARA DIRECIONAR O VENTO
VISTA INTERNA DA MESMA ABERTURA
No novo hospital Sarah Rio de Janei-
ro, Lelé quebrou o conceito de janela
com o forro basculante automatizado
de policarbonato. Este sistema tam-
bém foi utilizado em outros hospitais
como o Hospital Escola de São Car-
los, no interior de São Paulo. O forro
basculante é uma interface com o
exterior e funciona como um conjunto
de janelas basculantes para controle
e direcionamento do fluxo de ar e
iluminação natural. Um forro mais
simples, mas com o mesmo princípio
de ventilar e filtrar a luz natural, foi
utilizado em umas das salas do pri-
meiro hospital de reabilitação infantil,
localizado na Ilha do Governador, no
Rio de Janeiro.
VISTA DO SISTEMA DE PAINÉIS BASCULANTES
INSTALADOS NO HOSPITAL ESCOLA DE SÃO
CARLOS. FORRO SOBRE O AMBULATÓIRO
VISTA DO SISTEMA DE PAINÉIS AUTOMATIZADOS
BASCULANTES. FORRO DO CORREDOR LATERAL
DO HOSPITAL ESCOLA DE SÃO CARLOS
foto
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Isaa
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77
A EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS DE VENTILAÇÃO: INTERAÇÃO ENTRE VENTILAÇÃO ARTIFICIAL E NATURAL
EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS DE VENTILAÇÃO
PAINÉIS DE ARGAMASSA ARMADA EMPREGADOS
EM PISO E PAREDES
FIXAÇÃO NO PISO DA DIVISÓRIA DE
ARGAMASSA ARMADA
ESQUEMA DA FIXAÇÃO DOS PAINÉIS DE ARGAMASSA ARMADA
Dentre as obras do Lelé, chama a
atenção a rede de Hospitais Sarah,
especialmente o novo hospital
Sarah Rio de Janeiro. As soluções de
ventilação e iluminação naturais e seu
consequente nível de desenvolvimen-
to técnico é o nível ao que a arquite-
tura brasileira deve aspirar. Devido
ao sistema híbrido de ventilação (na-
tural, mecânica e artificial), à grande
cobertura em formato de shed e ao
novo forro de painéis basculantes,
considera-se o Sarah Rio de Janeiro a
principal referência e exemplo de uma
constante evolução.
MATERIAIS DA ENVOLTÓRIA
Para reduzir o ganho de calor nos
ambientes, os painéis internos e
externos de argamassa armada não
têm contato entre si, para evitar a
ponte térmica. A fixação atende a este
critério de conforto térmico.
HOSPITAL SARAH SALVADOR• SHED
• GALERIA COM EXAUSTORES
• NEBULIZADORES DENTRO DAS GALERIAS
• DUAS BOCAS (SAÍDAS) DE AR
HOSPITAL SARAH RIO DE JANEIRO• COBERTURA INDEPENDENTE EM FORMATO DE SHED
• PISO TÉCNICO
• ESPELHO D’ÁGUA SEM NEBULIZADORES (CLIMA QUENTE-ÚMIDO)
• UMA BOCA (SAÍDA) DE AR
HOSPITAL ESCOLA DE SÃO CARLOS• COBERTURA INDEPENDENTE EM FORMATO DE SHED
• NEBULIZADORES FORA DAS GALERIAS
• ESPELHO D’ÁGUA
• GALERIAS + PISO TÉCNICO
• DUAS BOCAS (SAÍDAS) DE AR
HOSPITAL SARAH FORTALEZA• SHED
• GALERIA COM EXAUSTORES
• NEBULIZADORES DENTRO DAS GALERIAS
• UMA BOCA (SAÍDA) DE AR
• ESPELHO D’ÁGUA
GALERIAS
GALERIAS E PISO TÉCNICOPISO TÉCNICO
INTRODUÇÃO ALTERAÇÃO