Aula.incineração
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Tratamento Trmico de Resduos
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Definies: Conforme Novo Dicionrio Aurlio: Incinerar o ato ou efeito de queimar at reduzir cinzas Resoluo CONAMA 316/02: Tratamento Trmico: para os fins desta regulamentao todo e qualquer processo cuja operao seja realizada acima da temperatura mnima de oitocentos graus Celsius. NBR ABNT 11.175/90: o incinerador qualquer dispositivo, aparato, equipamento ou estrutura utilizada para a oxidao alta temperatura que destri ou reduz o volume ou recupera materiais ou substncias No mbito do gerenciamento de resduos slidos, a incinerao considerada um tratamento trmico efetuado em resduos, onde ocorre reduo mssica (75%) e volumtrica (90%), podendo ser utilizada para gerao de energia Tecnicamente, a incinerao tambm pode ser definida como a destruio trmica de orgnicos atravs da combusto, ou seja, a oxidao altas temperaturas A incinerao ou tratamento trmico tambm um processo de reciclagem da energia liberada na queima dos materiais, visando a produo de energia eltrica e vapor.
Tratamento Trmico de Resduos
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Algumas Tecnologias de tratamento trmico
Incinerao:
Grelhas Fixas ou Mveis (mass burn)
Forno Rotativo (rotary kiln)
Leito Fluidizado
Gaseificao:
Pirlise + Gaseificao (INCOL)
Gaseificao Convencional
Plasma Trmico ou Frio
Tratamento Trmico de Resduos
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Legislao sobre incinerao:
Resoluo n 316/2002 do CONAMA: regulamenta o processo da incinerao e seus limites de
emisso. Permite incinerar Resduos Urbanos, Hospitalares, Industriais e Cadveres.
Norma da ABNT NBR 11.175/90 Incinerao de resduos slidos perigosos Padres de desempenho.
Resoluo SMA/SP 079/10 Licenciamento e padres de emisso dos empreendimentos em
Unidades de Recuperao de Energia - URE
Tratamento Trmico de Resduos
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Tratamento Trmico de Resduos
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um equipamento projetado para purificar uma nuvem de gases antes que esta seja liberada no meio ambiente. Neste equipamento, os poluentes so removidos, permitindo a ventilao de compostos inofensivos, enquanto os perigosos so retidos e eliminados de forma adequada.
Lavadores de Gases Tratamento Trmico de Resduos
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Monitoramento Contnuo Tratamento Trmico de Resduos
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Existem, 75 dioxinas cloradas, e 135 molculas de furanos que se diferenciam das dioxinas por possurem um oxignio a menos. Dos 210 tipos de dioxinas e furanos (PCDD/F) existentes, apenas 17 so importantes em nveis de toxicidade.
Estimativas de aporte em (g TEQ/ano) em fontes na Alemanha
Incinerao de resduo slido urbano 5
Incinerao de resduos especiais 14
Incinerao de resduos de servios da sade 5
Recuperao de metais 400
Produo de ao e fundio de metais no-ferrosos 39
Queimas caseiras 4 a 20
Queima de combustvel (Gasolina, Diesel) 1
Adubagem com lodo de ETE 30 Compostagem 32 a 163
Fonte: Artigo publicado na revista Saneamento Ambiental de Setembro de 2003
Tratamento Trmico de Resduos
Dioxinas e Furanos
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O mais txico o composto denominado tetraclorodibenzo-p-dioxina (TCDD). Estudos desenvolvidos pela USEPA United State Environment Protection Agency estimam que as 210 unidades de tratamento trmico de resduos existentes nos EUA contribuem com menos de 1% do total de TCDD que emitido anualmente, algo igual a queima de lenha em residncias nos EUA.
Fonte Revista Limpeza Pblica n 76
Tratamento Trmico de Resduos
Dioxinas e Furanos
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Controle de Gases e Vapores
Incinerao e Ps-Queima
Incinerao utilizada quando o volume de resduo grande, mas a concentrao de poluentes pequena.
Aspectos que favorecem a incinerao:
Odor do poluente desaparece
Aerosois orgnicos (indstria alimentcia caf, cereais ) so destruidos eficientemente
Vapores e gases orgnicos provocadores de smog so destrudos
Resduos (gases e vapores) altamente combustveis podem ser eficientemente controlados
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Controle de Gases e Vapores
Incinerao e Ps-Queima
Incinerao e Ps Queima desvantagens:
Altos custos de investimento e operao
Sistema de dutos de admisso e exausto
Possibilidade de introduo de outros poluentes (N, S) Ps tratamento necessrio (catalisadores, lavadores)
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Controle de Gases e Vapores
Incinerao e Ps-Queima
Tipos de Incinerao e Ps Queima:
Direta na chama
Trmica
Cataltica
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Controle de Gases e Vapores
Incinerao Direta
preciso conhecer os limites de flamabilidade do poluente. Ao mesmo tempo a chama precisa se sustentar e no explodir.
Limite superior (UEL) e inferior (LEL) de flamabilidade. Mistura mais pobre que o limite inferior ou mais rica que o superior no sustenta a propagao da chama (pr-misturada).
Tabelas para P=1atm e T=25C; composio do O2 do ar
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Controle de Gases e Vapores
Incinerao Direta
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Controle de Gases e Vapores
Incinerao Direta
Na incinerao direta, o gas residual poluente injetado diretamente na cmara de combusto. Pode ser necessrio combustvel auxiliar para manter a chama.
A potncia trmica deve ser na faixa de 3150 3350 kJ/m3
Exemplo: Flare de refinarias Necessita de chama piloto;
A chama se mantm para diferentes vazes de gs, vento e composio do combustvel
Pode formar fumaa e fuligem (relao H/C do combustvel)
Injeo de vapor para aumentar turbulncia e estabilizar a chama
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Controle de Gases e Vapores
Incinerao Trmica
Na incinerao trmica utiliza-se combustvel auxiliar, j que a potncia trmica do poluente (40 750 kJ/m3) no suficiente para manter a chama.
Utilizam-se recuperadores e regeneradores para aproveitamento energtico.
Baixas temperaturas mdias na cmara inibem NOx
No necessario fornecer ar suplementar
Cuidado com o trio: Tempo, Temperatura e Turbulncia
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Controle de Gases e Vapores
Incinerao Trmica
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Controle de Gases e Vapores
Incinerao Cataltica Acelera a taxa de uma reao. Reduz-se o tempo de
residncia no reator. Incinerao trmica 0.3 a 0.9 s, na cataltica poucas centenas de segundos
Temperatura de ignio mais baixa devido ao catalisador
Faixa de atuao 600 800K. No forma NOx
Reaes na superfcie do catalisador no existe chama.
Eficincia de converso de at 98%. S sai do catalisador CO2, H2O e N2
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Controle de Gases e Vapores
Incinerao Cataltica
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Controle de Gases e Vapores
Incinerao Cataltica
Materiais: platina e paladio dispersos numa matriz de alumina
Maior custo do equipamento o catalisador
Pode ser necessrio filtrar os gases para retirada de particulado antes do catalizador Deposio e/ou entupimento
Envenenamento do catalisador por ferro, compostos de enxofre, chumbo, silicone e fsforo
Limite mximo de temperatura (+/- 1100K)
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Controle de Gases e Vapores
Incinerao com Recuperador de Calor
Aproveitamento energtico dos gases efluentes (Iimpos) do incinerador
AC
AB
TT
TT
> 0.6, reduz combustvel entre 15 e 35 %
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Controle de Gases e Vapores
Incinerao com Recuperador de Calor Trocador de calor gas/gas de grande dimenso. Custo
elevado
Outras possibilidades de utilizao da energia dos efluentes
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Controle de Gases e Vapores
Incinerador com regenerador
Matriz de material (cermico) resistente a altas temperaturas
O gs contaminado e o ar suplementar passam por uma matriz pr-aquecida e so dirigidos
cmara de combusto.
Os produtos de combusto passam por uma segunda matriz aquecendo-a. O fluxo entre as
correntes invertido.
Eficincia na recuperao de calor de at 95%
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Controle de Gases e Vapores
Incinerao de resduos slidos e lquidos
Reduo no volume (70 a 90 %) de resduos slidos.
Eliminao segura de resduos contaminados X fuga de poluentes altamente perigosos (metais
pesados, furanos e dioxinas, compostos
clorados)
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Controle de Gases e Vapores
Incinerao de resduos slidos urbanos
Esforos para minimizar a produo de lixo urbano
Incinerao evita criao/ampliao de aterros sanitrios
Reduz em at 90% o volume do lixo
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Controle de Gases e Vapores
Incinerao de resduos slidos urbanos
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Controle de Gases e Vapores
Incinerao de resduos slidos urbanos
Dioxinas e furanos compostos clorados- considerados txicos
Controle eficiente da temperatura das emisses pode controlar a formao de dioxinas e furanos
aps a cmara de combusto (300C a 800C)
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Controle de Gases e Vapores
Incinerao de resduos slidos/liquido/lama
Cilindros rotativos 0.5 a 1 rpm
Tempo de residncia dos gases 1 a 2 s e dos slidos 0.5 a 1.5 hr.
Resduo slido volatilizado no cilindro e oxidado na cmara de ps-queima.
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Controle de Gases e Vapores Incinerao de resduos slidos/liquido/lama
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Controle de Gases e Vapores Incinerao de resduos slidos/liquido/lama
Incinerador de leito fluidizado: areia ou alumina
Equipamentos de controle: lavadores de gases, scrubbers de via umida; precipitadores eletrostticos
de via umida, filtros e coletores.
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Fotos 01 e 02: Chamin vista da frente da empresa.
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Fotos 03 e 04: Chamin vista dos fundos da empresa.
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Fotos 05 e 06: Vista geral do ptio nos fundos da empresa.
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Fotos 07: Armazenamento de gs.
Fotos 08: Depsito de cinzas.
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Fotos 09 e 10: Armazenamento de resduos a serem processados.
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Foto 11: Armazenamento de bombonas higienizadas.
Foto 12: Armazenamento de resduos a serem processados.
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Fotos 13 e 14: rea do ptio onde anteriormente foi detectada deposio de cinzas.
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CONDIES OPERACIONAIS MNIMAS DO PROCESSO DE INCINERAO
Equipamento de incinerao
Os resduos classe B devero ser adicionados na proporo mxima de 5% em relao
quantidade total dos resduos a serem incinerados;
Armazenar os resduos putrescveis temperatura mxima de 10C.
O equipamento deve funcionar com excesso de ar, de modo a garantir a queima completa da
parte combustvel dos resduos.
Os queimadores da cmara secundria devem permanecer em funcionamento aps o
desligamento da cmara primria mantendo a temperatura da cmara acima de 1000C. Os
queimadores da cmara primria devero funcionar por no mnimo duas horas aps a ltima
alimentao.
No equipamento devem ser instalados, calibrados e em condio de funcionamento os monitores contnuos e seus registradores para os seguintes parmetros: monxido de carbono
(CO), dixido de carbono (CO2), oxignio (O2), NOx (medidos como NO2), SOx (medidos como
SO2), HCl (compostos inorgnicos clorados medidos como cloreto de hidrognio), temperatura
da primeira cmara, temperatura da segunda cmara, temperatura aps o quench, presso do
sistema forno, pH da soluo do lavador de gases (acima de 9,0) e parmetros operacionais
dos Equipamentos de Controle de Poluentes (ECP). Os registros devero ser disponibilizados
integralmente ao rgo ambiental, sempre que solicitados.
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CONDIES OPERACIONAIS MNIMAS DO PROCESSO DE INCINERAO
Equipamento de incinerao
A alimentao dos incineradores deve ser interrompida por suspenso, sempre que ocorrer
alguma das seguintes situaes:
Temperatura na primeira cmara de combusto ou na segunda cmara abaixo dos limites
estabelecidos ;
Ausncia de chama no queimador;
Queda de teor de O2 abaixo de 7% aps a segunda cmara ;
Mau funcionamento dos monitores de CO, O-2 e temperatura;
Deteco de valores de monxido de carbono (CO) entre 100 ppm e 500 ppm por mais de
dez minutos corridos;
Valores de CO superiores a 500 ppm em qualquer instante;
Inexistncia de depresso no incinerador;
Falta de energia eltrica ou queda brusca de tenso;
Interrupo do funcionamento dos Equipamentos de Controle de Poluio (ECP).
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CONDIES OPERACIONAIS MNIMAS DO PROCESSO DE INCINERAO
Registro de Operao
Os registros dirios de acompanhamento da operao do sistema de incinerao devem conter, no mnimo, as seguintes informaes:
Os resduos de servios de sade, recebidos pelo sistema de tratamento trmico, devero ser documentados conforme descrito na condicionante;
Consumo de combustvel auxiliar;
Parmetros operacionais monitorados continuamente conforme item 1 deste anexo;
Manuteno
Deve ser estabelecido um programa de manuteno peridica para todos os equipamentos do sistema
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CONDIES OPERACIONAIS MNIMAS DO PROCESSO DE INCINERAO
Incinerador
1- Primeira Cmara
A temperatura dos gases de sada desta cmara deve ser superior a 800C;
2- Segunda Cmara
A temperatura de sada dos gases nesta cmara deve ser igual ou superior a 1.000C;
Tempo de residncia mnimo: 2 segundos;
A temperatura de sada dos gases do quench deve ser igual ou inferior a 200C;
O excesso de ar durante todo o processo de queima deve ser tal que na sada o teor de oxignio nos gases seja igual ou superior a 7%;
O combustvel nesta cmara deve ser gasoso;
3- Cinzas e Escrias
Os procedimentos de amostragem e mtodos de anlise e concentraes mximas devem obedecer as Normas Tcnicas especficas;