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    Modelo Keynesiano Simples deDeterminao do nvel de

    Produto, Rendimento e Emprego

    UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANEFACULDADE DE ECONOMIA

    MACROECONOMIA I ANO LECTIVO DE 2010

    Regente: Artur Manuel Gobe Assistente : ngelo Noronha

    Monitores: Edson Machonisse, Jaquelina Cheveia, Huneiza Siddiq, Ivan Ferreira, Vanessa Neves e

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    AntecedentesA Grande Depressode 1929 veio pr em causa o pensamento clssico

    esta crise caracterizada por elevados nveis de desemprego;A taxa de desemprego chegou a do total da fora de trabalho nos EBaixos nveis produo ( de 1929 a 1932 a produo industrial caiu de 50% do E.U.A, 40% na Alemanha, 30% na Franca e 10 % na Ing

    A escola clssica, defendia que ao longo do tempo o mercado iria ao salarios iriam baixar e os niveis de desemprego iriam reduzir, eao longo do tempo, mesmo com baixos nveis salariais verificado no desemprego crescia de maneira persistente.

    Este fenmeno levou com que os economistas duvidassem da ajustamento automtico e do pleno emprego preconizado pelo mclssico, e isso, marcou o incio doKeynesianismo e da MacroeconomiaModerna.

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    John Maynard Keynes (1883-1946) John Maynard Keynes , economista britnico

    nascido em Cambridge em 1883, considerado comoo pai daTeoria Moderna da Macroeconomia .

    Keynes tornou-se popular ao publicar a sua obra a

    Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda

    em1936, onde d significativos contributos para a explicao docomportamento dosagregados macroeconmicos e das possveisrazes da Grande Depresso de1929 1933. Keynes defendeu o papel regulatrio do Estado na economia, atde medidas de politicas econmicas para mitigar os efeitos adversos dos

    ciclos econmicos- recesso, depresso e booms econmicos .Neste contexto, para melhor perceber o pensamento desenvolvido por Keiremos analisar oModelo Keynesiano Simples de Nivel de Produto,Rendimento e Emprego.

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    As Hipteses do ModeloO objectivo central do modelo de explicar os determinantes d

    de actividade econmica, em particular os nveis de produtemprego. Este modelo assume as seguintes hipteses simplifica

    1- conhecida a capacidade produtiva da economia, i.e., so dcondies da oferta de bens e servicos( dada a fronteira de

    possibilidades de produo );2- Existem recursos desempregados , mo-de-obra e capacidad

    produtiva instalada no utilizada;3- Os preos dos bens e servios e dos factores produtivos so

    rigidos at ao pleno emprego , as empresas esto dispostas a oferequalquer quantidade, at ao limite da sua capacidade instalapreos em vigor.

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    Implicaes das Hipteses do Modelo

    1- Enquanto houver recursos desempregados os nveis deproduto,rendimento e emprego sodeterminados pela procura agregada;

    2- A diferena entre oproduto efectivo e o produto potencial (odesemprego), explicado pelainsuficincia da procura agregada ;

    3- As flutuaes no nvel de actividade econmica , em particular asflutuaes do nvel de produto e de emprego, explicessencialmente pelasvariaes na procura agregada de bens eservios . O Estado ter a responsabilidade de estabilizar a

    procura agregada ao nvel de procura satisfatria ( o nvel deprocura que permite o alcance do pleno emprego de recprodutivos);

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    Implicaes das Hipteses do Modelo

    4- O pleno emprego ser uma excepo e no a regra , no sedesencadeiam mecanismos automticos no mercado que faeconomia a tender espontaneamente ao nvel de pleno emprego

    5- O modelono explica a variao dos preos ( a taxa deinflao);

    6- Ao considerar dados os condicionalismos da oferta de beservios, o modelono aborda o problema de crescimentoeconmico.

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    A Funo de Procura Agregada numaEconomia de 2 Sectores ( Famlias e Empresas)

    Nesta economia, aProcura Agregada (A) , compreende a procuradas famlias de bens e servios deconsumo (C) e a procura dasempresas de bens e servios deinvestimento (I) .

    A=C+I

    O rendimento disponvel das famlias ( Y d ) igual aorendimentototal (Y).

    Y d=Y

    O rendimento disponvel das famlias ( Y d ) repartido em despesas dconsumo (C) e empoupana privada (S) .

    Y d= C+S

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    A Funo Consumo1. A Procura por Consumo (C)- compreende os planos das famlias

    que se refere a aquisio de bens e servios de consumo.Segundo este modelo, a procura por consumo, explicadrendimento disponvel auferido pelas famlias num determinperodo, (geralmente um ano) e por umacomponente autnoma .

    Onde:- Consumo autnomo , parte do consumo das famlias queindependente do rendimento disponivel do perodo. Condeterminado porfactores exgenos ;

    c - propenso marginal a consumir , indica quanto varia o consumo punidade de variao do rendimento disponvel, admite-se que0

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    Representao Grfica da Funo Consumo

    cYd C C

    C

    Y

    E

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    Y=A

    C

    Y E

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    Funo PoupanaPoupana das Famlias (S) - ser aparcela do rendimento disponveldas famlias que no usada para o consumo num determinado

    perodo , ou seja, parte do rendimento que as familias reservam pfuturo.Admite-se que tal como o consumo,a poupana das famlias (S) serdeterminada pelorendimento disponvel dum determinado perodo qu

    as famlias auferem. Uma vez conhecida afuno consumo , a funopoupana ser dada por:

    Y ccYd

    C Yd S

    )1(C-SC-YS(4)

    C-YS(3)

    YYd)2(

    )1(

    Onde: - Poupana autnoma; - propenso marginal a poupaC )1( cs

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    Representao Grfica da Funo Poupana

    C

    cYd C C C

    Y

    E

    45

    Y=A

    C Yd cC S )1(

    Y E

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    Relaes entre o Consumo e a Poupana A representao grfica das funes de consumo e poupana permite c

    Apoupana autnoma simtrica ao consumo autnomo ;

    A poupana nula quando o nvel deconsumo igual ao nvel derendimento do perodo em anlise. Para valores em que oconsumoexcede o rendimento , a poupanca negativa , e para valores em que consumo inferior ao rendimento a poupana positiva ;

    Variaes do rendimento causamvariaes endgenas da poupanca edo consumo ( movimento ao longo das curvas );

    Variaes de factores exgenos que afectam a poupana e o consumcausamdeslocamentos das respectivas curvas .

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    Funo de InvestimentoA procura por Investimento (I)- compreende os planos de investimedas empresas emmeios de produo (equipamentos, maquinaria e infestruturas) evariao de stocks .

    O Investimento (I) admite-se que oinvestimento privado realizadopelas empresas, num determinado perodo de tempo, no depende dnvelde produto e rendimento do perodo. Neste caso,as despesas deinvestimento , vo depender de muitos outros factores que simplificao do modelo, so consideradosexgenos .

    A funo de investimento constituda apenas por umacomponenteautnoma .

    I I

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    Representao Grfica da Funo deInvestimento

    I

    I

    Y

    I I

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    A Condio de Equilbrio do Modelo

    O modelo estar em equilbrio, quando os planos das famlias e dasquanto a aquisio de bens e servios finais(Procura Agregada =A)coincidirem com os planos de produo e oferta de bens e servempresas(Oferta Agregada =Y).

    Teremos equilbrio nas seguintes condies:

    1-) A ( Procura Agregada) = Y (Oferta Agregada)

    2-) S (Poupana) = I (Investimento)

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    1-) A=Y ( Procura Agregada = Oferta Agregada)

    )IC(*)1(

    1Y

    IC=)1(Y

    IC=YY

    CY

    ICYAY

    0 c

    c

    c

    I cYd

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    Graficamente

    I C A

    I cYd C A

    cYd C C

    A

    Y

    E

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    Y=A

    C

    Y E

    I A E

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    2-) S=I (Poupana =Investimento)Outra condio de equilbrio equivalente pode ser derivada da c

    bsica,Y=A

    . Sabe-se que nesta economia simples, sem governo esector externo, o processamentodo produto nacional gera umfluxo deremuneraes pagas a factores de produo , em que os detentoresso as famlias, e que por sua vez este rendimento divididespesas de consumo (C) e a parte no consumida empoupana (S).

    Logo, deriva-se a identidadeRendimento = Produto = Despesas .Portanto, usando esta identidade teremos o seguinte:

    IS

    CICYC-SC

    ICYSC

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    I C A

    I cYd C A

    cYd C C

    A

    Y

    E

    45

    Y=A

    C

    Y E

    I

    A E

    I, S

    Y

    I I

    SI

    Y E

    I

    Yd cC S )1(

    E

    C

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    Resumo do GrficoEm equilbrio apoupana planeada igual ao investimento planeado,I=S , pois, acima do nvel de equilbrio Y E, a poupana excede oinvestimento, enquanto que, abaixo de Y

    E, o investimento excede a

    poupana.

    S>I , as firmas estariam aacumular existncias , porque estariam aproduzir acima daquilo que procurado, com isso reduziriam produo at que aproduo planeada = despesa planeada ;S

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    O Efeito MultiplicadorO conceito domultiplicador ( ) - refere-se ao facto de que oaumentoem 1 u.m. de uma das componentes das despesas agregadas para almdeaumentar o nvel de rendimento no mesmo montante, geraaumentosinduzidos na procura agregada (A) na medida em queas despesas deconsumo aumentam quando o rendimento aumenta . E atravs da

    propenso marginal a consumir (c) , uma variao em uma dacomponentes das despesas agregadas ser dada por:

    O valor da propenso marginal a consumir encontra-se entre0

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    O Efeito Multiplicador: Uma Variao doInvestimento ( I)

    Uma variao do nvel de produto devido a umavariao dasdespesas de investimento no sentido positivo ser dada por:

    O multiplicador do investimento privado em uma economia fechade sem governo, medeem quanto variar o valor do produto deequilbrio quando as despesas de investimento privado variaremem 1 u.m . Este multiplicador tambm chamado demultiplicador dasdespesas autnomas agregadas porque o mesmo para as outrascomponentes da Procura Agregada numa economia fechada e semgoverno.

    I*

    c-1

    1=Y

    o

    c-11

    =

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    Graficamente

    00 I C A

    00I I

    11 I C A

    11 I cYd C A A

    Y

    E 1

    45

    Y E0

    1 I

    A E

    I, S

    Y

    11 I I

    Y E1

    Yd cC S )1(

    E 1

    C

    E 0

    Y E0

    Y E1

    00 I cYd C A

    E 0

    I

    I

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    Uma economia de 3 sectores(famlias, empresas e o governo):

    As variveis introduzidas pelo governo1-Despesas Pblicas em bens e servios (G)- constituem umacomponente daprocura agregada (A) , representama procura de bens e

    servicos finais que o governo efectua no sistema econmico com o inde fornecer bens pblicos , ou deestimular a actividade econmicarumo ao pleno emprego . Neste modelo, asdespesas pblicas soconsideradasexogenas , ou seja, sodeterminadas por decises doEstado com base nas suas intenes politicas.

    GG

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    Uma economia de 3 sectores(famlias, empresas e o governo):

    As variveis introduzidas pelo governo2- Despesas de Transferncias (Tr) constituem uma componentedirecta do rendimento disponvel das familias (Yd) e umacomponenteindirecta da procura agregada (A). Representam astransferncias de subsidios que o governo efectua para as familiamodelo, as despesas de transferencias (Tr) so consideradasexogenas , ou seja, so determinadas por motivos de ordem politica

    3- Os impostos (T) - Os impostos arrecadados pelo governo

    constitudos por umaparte autnoma ( )

    e por uma outra parte que varia directamente com o nvel de rendimento. O aumento dos imdevido ao aumento de uma unidade monetria do nvel de rendimdenominada portaxa marginal de imposto ou a alquota fiscal (t).

    Tr Tr

    tY T T

    T

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    A Procura Agregada numa economia de 3 sectores(famlias, empresas e o governo)

    Nesta economia, aProcura Agregada (A) , compreende a procura das fampor bens e servios deconsumo (C), a procura das empresas de benservios deinvestimento (I) e asdespesas publicas em bens e servios (G).

    O rendimento disponvel das famlias ( Y d ) igual aorendimento total (Y)depois de pagosos impostos colectados pelo governo (T) e recebidasasdespesas de transferncias (Tr).

    O rendimento disponvel das famlias ( Y d ) repartido em despesas de cons(C) e em poupana privada(S).

    Tr tyTr T Y Yd T-YYd

    G I C A

    SC Yd

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    A Funo Consumo (C), a Poupana (S) e oInvestimento (I)

    1- A funo consumo (C)- a procura para consumo de bens e servifinais passa a ser determinada por:

    2-A funo poupana (S)

    a poupana passa a ser determinada por:

    3- O Investimento privado (I) o investimento privado continua a serdeterminado por:

    )(*CC Tr tyT Y ccYd C C

    )(*)1(C-S*)1( Tr tyT Y cYd cC S

    I I

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    O Saldo OramentalO Saldo Oramental (So)- representa a diferena entre as recearrecadadas pelo governo na colecta de impostos e as despesas efpelo governo.O Saldo Orcamental vai depender das politicas despesas pblicas do governo( despesas pblicas em bens e serviose as despesas em transferencias) e daestrutura de impostos definida (impostos autnomos e a taxa marginal de impostos, ou alquotafiscal).

    Se So>0 Superavit Orcamental (As receitas arrecadadas pelo goveexcedem as despesas efectuadas pelo governo);Se So=0 - Equilbrio do Saldo Oramental (As receitas arrecadadas pegoverno, financiam na sua totalidade as despesas efectuadas pelo goSe So

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    Saldo Oramental Representao Grfica

    So

    Y

    T-(G+Tr)

    )( Tr GtyT So

    So>0

    So

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    A Condio de Equilbrio do Modelo

    O modelo estar em equilbrio, quando aProcura Agregada (A) debens e servios coincidir com a oferta de bens e servios das em(Oferta Agregada =Y).

    Teremos equilbrio nas seguintes condies:

    1-) A ( Procura Agregada) = Y (Oferta Agregada)

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    A=Y ( Procura Agregada =Oferta Agregada)

    At c

    GT cTr ct c

    GTr tyT Y c

    G I Tr T Y c

    A

    *)1(1

    1Y

    )IC(=11Y

    I)(C=Y

    )(CY

    GICYAY

    0

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    Graficamente

    A

    Y t c A A )1(

    A

    Y

    E

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    Y=A

    Y E

    A E

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    Os Multiplicadores no modelo de 3 sectoresPartindo da equao do nvel de produto de equilbrio, podemos demultiplicadores:

    Multiplicador da Despesa : mostra-nos que um aumento de 1 u.m. deuma das componentes das despesas autonomas (C, I e G) levar a u

    aumento no rendimento nacional igual a:

    Multiplicador das Transferncias: mostra-nos que um aumento de 1

    u.m. Nas despesas de Transferncias do governo para os particularelevar a um aumento no rendimento nacional igual:

    )(*)1(11

    G I Tr cT cC t cY

    )(*)1(1

    1 I GC

    t cY

    )(*)1(1

    r T t c

    cY

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    Os Multiplicadores no modelo de 3 sectores

    Multiplicador dos Impostos Autnomos :mostra-nos que umaumento de 1 u.m. nas receitas autnomas do governo levar reduo no rendimento nacional igual a :

    Multiplicador da Alquota Fiscal: mostra-nos que um aumento de ponto percentual na taxa marginal das receitas do governo que sobre o rendimento (t) levar a uma reduo no rendimento nacion

    )(*)1(1

    T t c

    cY

    )(*)1(1 1

    0 t t c

    cY Y

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    Instrumentos de Poltica OramentalKeynes defendia que o nvel de produto de equilbrio na eco determinado pelo nvel de procura agregada (AD), esomente emcondies especiais que a economia se equilibra no nvel de produto de pleno emprego , sendo, regra geral, o equilbracontecer em nveis abaixo do pleno emprego.Esta constatao justificada pelo factode no sedesencadearem mecanismos automticos que faam tender aeconomia expontaneamente ao nvel de pleno emprego . Osistema demercado falha em garantir o equilbrio de plenoemprego da economia , justificando-se assim,a interveno doEstado na economia para garantir o alcance do equilbrio de

    pleno emprego.

    O Estado tem a sua disposio diversosinstrumentos de polticaoramental para afectar o nvel da economia atravs dos sefeitos sobre onvel de procura agregada .

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    Instrumentos de Politica Oramental: Aumento das Despesas Pblicas em Bens e

    Servios (G)As despesas pblicas em bens e servios (G) constituem uma dascomponentes dasdespesas autnomas ( ). Paraestimular a actividadeeconmica , em caso deinsuficiencia da procura agregada (A), o

    governo pode aumentar as suas despesas em bens e servios.Deste modo, uma variao positiva das despesas pblicas em servios, vai gerar um aumento do produto em:

    Gt cY *)1(11

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    Graficamente

    Y t c A A )1(00

    Y t c A A )1(11

    0 A

    A

    Y

    E 0

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    Y=A

    Y E0

    1 A

    Y E1

    E 1G

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    38

    Instrumentos de Politica Oramental: Aumento dasDespesas em Transferncias (Tr)

    As Despesas Pblicas em Transferncias (Tr) para as familias afectamdirectamenta orendimento disponivel (Yd) das familias e indirectamena procura autonoma ( ) de bens e servios de consumo.Para estimular a actividade econmica, em caso deinsuficincia da

    procura agregada (A) , o governo pode aumentar asdespesas detransferncia (Tr). O efeito semelhante ao de um aumento dasdespesas

    pblicas em bens e servios (G), no entanto,o aumento das despesas pblicas em transferncias para as familias,gera um aumento menordo nvel de produto do que o do aumento de das despesas publicasem bens e servicos , pelo facto, de as transferncias influenciaindirectamente aprocura autonma ().

    Uma variao positiva das despesas em transferncias, gera um aumproduto em:

    )(*)1(1

    Tr t c

    cY

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    Graficamente

    Y t c A A )1(00

    Y t c A A )1(11

    0 A

    A

    E 0

    45

    Y=A

    1 A

    E 1 Tr

    Y E0 Y E1 Y

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    Instrumentos de Politica Oramental:Reduo dos Impostos Autnomos

    Se o governo pretender estimular a actividade econmica, atravsreduo dos impostos autonomos( ) , o efeito final sersemelhanteao efeito de umaaumento das despesas em transferncias para asfamlias (Tr).

    Deste modo, uma variao negativa dos impostos autnomos, vaum aumento do produto em:

    )(*)1(1

    T t c

    cY

    T

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    Graficamente

    Y t c A A )1(11

    0 A

    A

    E 0

    45

    Y=A

    1 A

    E 1 T

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    Instrumentos de Politica Oramental:Reduo da taxa marginal de imposto(t)

    Se o governo pretender estimular a actividade econmica, para reinsuficiencia da procura agregada (A), pode, reduzir a taxamarginal de impostos (t). Uma reduo da taxa marginal deimpostos vai aumentar o rendimento disponvel (Yd) das familias

    e consequentemente as despesas de consumo (C), e aumento da produo e o rendimento .

    Deste modo, uma variao negativa da taxa marginal impostos, vum aumento do produto em:

    )(*)1(1 1

    0 t t c

    cY Y

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    Graficamente

    Y t c A A )1( 101

    0 A

    A

    E 0

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    Y=A E 1 t

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    Uma economia de 4 sectores(famlias, empresas, governo e o sector externo):

    As variveis introduzidas pelo sector externoAs Exportaes (X) - o nvel de exportaes uma varivel exgena nomodelo, e quetem efeitos positivos sobre o nvel de rendimento daeconomia , uma vez que os empresrios para atender aprocura externafazem uso dosfactores de produo . Um aumento das exportaes geraum aumento do nvel de emprego e do rendimento nacional ;

    As Importaes (M) - As importaes representamuma sada derecursos do pas , pois,os importadores para pagar os bens e servioscomprados no exterior pagam com parte do rendimento de que dispe ,aumentando o emprego e o rendimento dos pases de onde soimportados os bens e servios. As importaes dependem dasimportaesautnomas e dasimportaes que dependem do nvel de rendimentonacional.

    X X

    mY M M

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    A Procura Agregada numa Economia de 4 Sectores

    Nesta economia, aProcura Agregada (A) , compreende a procura das faml

    de bens e servios deconsumo (C), a procura das empresas de bens e servide investimento (I), asdespesas publicas em bens e servios (G) e o saldodas transaces efectuadas com o resto do mundo (X-M) .

    O rendimento disponvel das famlias ( Y d ) igual aorendimento total (Y)depois de pagosos impostos colectados pelo governo (T) e recebidasasdespesas de transferncias (Tr).

    O rendimento disponvel das famlias ( Y d ) repartido emdespesas deconsumo (C) e empoupana privada (S).

    O resto das variveis permanece igual, com as variveis da economia desectores

    Tr tyTr T Y Yd T-YYd

    )(

    )(

    mY M X G I C A

    M X G I C A

    SC Yd

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    A Condio de Equilbrio do Modelo

    O modelo estar em equilbrio, quando aProcura Agregada (A) de bense servios coincidir com a oferta de bens e servios das empresas(Oferta

    Agregada =Y).

    Teremos equilbrio nas seguintes condies:

    1-) A ( Procura Agregada) =Y( Oferta Agregada)

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    A=Y ( Procura Agregada =Oferta Agregada)

    Amt c

    M X GT cTr cmt c

    mY M X GTr tY T Y c

    mY M X G I Tr T Y c

    *)1(1

    1Y

    )IC(=11Y

    I)(C=Y

    )()(CY

    M)-(XGICYAY

    0

    A

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    Graficamente

    A

    Y

    E

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    Y=A

    Y E

    A E

    A Y mt c A A ])1([

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    Os Multiplicadores no modelo de 4 sectores

    Partindo da equao do nvel de produto de equilbrio, podemos dmultiplicadores:

    Multiplicador da Despesa : mostra-nos que um aumento de 1 u.m. dedas componentes das despesas autnomas (C, I , G, X e M) lev

    aumento no rendimento nacional igual a:

    Multiplicador das Transferncias: mostra-nos que um aumento de 1 uNas despesas de Transferncias do governo para os particulares leaumento no rendimento nacional igual:

    )(*)1(1

    1 M X G I Tr cT cC

    mt cY

    )(*)1(1

    1 M X I GC

    mt cY

    )(*)1(1

    Tr mt c

    cY

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    Os multiplicadores no modelo de 4 sectores

    Multiplicador dos Impostos Autnomos :mostra-nos que um aumentde 1 u.m. nas receitas autnomas do governo levar a uma redurendimento nacional igual a :

    Multiplicador da Alquota Fiscal: mostra-nos que um aumento deponto percentual na taxa marginal das receitas do governo quesobre a renda(t) levar a uma reduo no rendimento nacional

    )(*)1(1

    T mt c

    cY

    )(*)1(1 10 t mt c

    cY Y

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    FIMConsideraes Finais