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CURSO: HISTÓRIA POLÍTICA E GESTÃO PUBLICA SOCIOLOGIA AMBIENTAL INTRODUÇÃO À SOCIOLOGIA AMBIENTAL DOCENTE: dr. ZACARIAS AUGUSTO RUNGO E-MAIL: [email protected]

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CURSO: HISTÓRIA POLÍTICA E GESTÃO PUBLICA

SOCIOLOGIA AMBIENTAL

INTRODUÇÃO À SOCIOLOGIA AMBIENTAL

DOCENTE: dr. ZACARIAS AUGUSTO RUNGO

E-MAIL: [email protected]

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CONCEITO DE MEIO AMBIENTE

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Neste Conceito do Meio Ambiente, o Homem deve ser visto como o Ecofactor Principal na analise das interações meio Ambiente e Sociedade.

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CONCEITO SOCIOLOGIAAo conceituar as ciências socias, a primeira preocupação é

estabelecer noções sobre ciência e, a seguir distinguir as ciências denominadas sociais ou humanas das demais ciências.

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Cont.

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Assim, a Sociologia é a área das ciências sociais que se dedica ao

estudo das relações socias, das formas de associação, destacando-se

os caracteres gerais comuns a todas as classes de fenómenos sociais,

fenómenos que se produzem nas relações de grupos entre seres

humanos.

Desta forma, a Sociologia estuda o homem e o meio humano em suas

interações recíprocas, ou seja, estuda o conhecimento objectivo da

realidade social.

A sociologia não é normativa, nem emite juízos de valor sobre os

tipos de associação e relações estudados, pois se baseia em estudos

objectivos que melhor podem revelar a verdadeira natureza dos

fenómenos sociais.

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CONCEITO E ORIGENS DA AMBIENTAL

A Sociologia Ambiental é fruto das transformações Sociais

ocorridas na Europa entre os seculos XVIII e XIX (momento da

dessegregação da sociedade feudal e consolidação de modo de

produção capitalista).A Sociologia Ambiental, enquadra-se na Sociologia especial, que segundo Fernando de Azevedo, estuda as categorias específicas de factos socias.Enquanto produção científica e académica, a Sociologia Ambiental emergiu a reboque dos movimentos de contestação social surgidos no início dos anos 1960 e da constatação da degradação acelerado dos recursos naturais e do desenvolvimento industrial.

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Cont.A Sociologia Ambiental como um campo de pesquisa é uma área relativamente nova. Encontra-se em fase de consolidação, possuindo uma diversidade de orientações teórico-metodológicas em disputa.No final dos anos 60 e início dos 70, motivados pela atenção crescente que os temas ambientais estavam ganhando na sociedade, alguns sociólogos, passaram a estudar assuntos como: Opinião pública sobre as questões ambientais;As características sociais dos ambientalistas;As formas de organização e transformações nas políticas públicas, etc.

Quando Surge a Sociologia Ambiental? O autor Riley Dunlap (2002), um dos pioneiros da área, relata este início.

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A Sociologia Ambiental teve como factores de emergência como ciência os seguintes:

Instabilidade politica e económica que refletiu em grandes problemas sociais no período pois revolução francesa;Crescimento Populacional nos centros urbanos no período pós-revolução industrial que se traduziu em: aumento de taxas de desemprego, prostituição, miséria criminalidade, suicídio, etc;Ascensão do racionalismo e Empirismo (razão e experimentação) e declínio do Teocentrismo

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As controvérsias emergiram rapidamente, diante da resistência da comunidade acadêmica em tratar os fenômenos ambientais em Sociologia.

Respondendo as críticas, Catton e Dunlap desenvolveram uma crítica substantiva dos problemas e limitações na Sociologia clássica para poder entender uma nova proposta de analise dos Problemas Ambientais ( Novo Paradigma Ambiental)

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A CONSTRUÇÃO DA SOCIOLOGIA AMBIENTALSegundo Herculano (2000:2), em referência a Buttel (1996), a Sociologia Ambiental não seria “tão nova”, se tivermos por parâmetro um amálgama de áreas e “subdisciplinas” já sedimentadas há décadas. Entre as que teriam contribuído para a formação da sociologia ambiental contemporânea, estaria:

A Ecologia Humana - Surgiu como estudo da mudança entre o rural e o urbano, porém, “nunca chegou a dar importância aos fatores ambientais em sentido estrito”, “tratava de ver como o meio físico da cidade actuava no comportamento das pessoas”; A Sociologia Rural - Embasada na geografia e na antropologia, estuda as “comunidades directamente dependentes de recursos naturais”, tais como: pescadores, agricultores, etc.

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Cont.

A Sociologia dos Recursos Naturais- Seria mais uma que, “estudando

a gestão do meio ambiente, enquanto recursos naturais”, abarcaria os

estudos sobre política de terras públicas, planeamento de usos da terra, a

gestão das unidades de conservação, incluídos parques e áreas de lazer.

A Psicologia Social e a Antropologia Cultural, “com estudos sobre

atitudes e valores”;

A Sociologia dos Movimentos Sociais e a Sociologia do

Desenvolvimento. Esta última na sua vertente marxista, questionadora

do mito do desenvolvimento e a Sociologia Urbana, “sobre o meio

ambiente construído”.

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AS CORRENTES TEÓRICAS DA SOCIOLOGIA AMBIENTAL

Zacarias Augusto Rungo

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Trajetória Histórica da Sociologia Ambiental

Buttel (1996 apud FERREIRA, 2006) sintetiza a trajetória da

Sociologia Ambiental em três momentos distintos: O período

da formação, da constituição de um núcleo teórico e o da

incorporação no campo teórico da sociologia geral.

1º - Foi marcado pela ação da Sociologia Ambiental como um

subcampo em outras áreas de estudo sociológico. Cabia a essa disciplina

cobrir lacunas conceituais desses campos, ou seja, “a sociologia

ambiental não surgiu como uma nova disciplina, mas dentro de

disciplinas já existentes”

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Cont.

2º - Dominado pelos trabalho de renomados intelectuais como Buttel

(1992; 1996; 2000; 2002), Catton (1979; 1998), Hannigan (2009),

Dunlap (1979; 1993; 1998) e Yearley (1996), como críticos ao modelo

de desenvolvimento predatório vigente, serviu para a formação de um

referencial teórico específico da questão ambiental.

3º - Encontramos a incorporação dos conceitos da Sociologia

Ambiental nos trabalhos da teoria sociológica contemporânea. O

assunto passa a ser pauta de novas discussões de vários teóricos sociais,

como Giddens (1991) e Beck (1995; 1998).

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O 3º momento da trajectória da sociologia ambiental visa

essencialmente discutir as correntes de pensamento em sociologia

Ambiental, tendo em conta o debate estabelecido por: Giddens (1991) e

Beck (1995; 1998). Assim, segue uma breve explanação sobre as

correntes teóricas da Sociologia Ambiental presentes em Ferreira

(2002; 2006):

Materialismo Durkheimiana- Esta corrente teórica é considerada a pioneira

dos estudos da interface entre a temática ambiental e a Sociologia e tem como

os principais representantes os pesquisadores W. R. Catton (1979; 1998) e R. E.

Dunlap (1979; 1993; 1998), que, ao longo dos anos 1960 e 1970, divulgaram

diversos artigos enfatizando a necessidade de uma mudança nas bases

sociológicas para os estudos das questões ambientais.

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Para esta corrente, muitos paradigmas sociológicos nasceram para valorizar as

questões nacionais, como a cultura, as relações de poder e características sociais

dos grupos humanos, esquecendo o substrato material oferecido pelo meio

biofísico para que tudo isso desenvolvesse-se.

Esses autores defendem que deveria ser abandonada a visão na qual o homem é

o único foco, o chamado Paradigma da Excepcionalidade Humana (PEH), em

benefício de uma visão em que o Homem é parte importante, mas não única,

dividindo a ênfase e atenção com o meio biofísico, no chamado Novo Paradigma

Ecológico (NEP).

Materialismo marxista - Esta corrente teórica tem como principal expoente

Schnaiberg (1996), fundamenta-se numa base na tradição marxista. Assim

como o Materialismo durkheimiano, parte da importância do caráter material

das sociedades .

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O Estado funcionaria como uma “esteira de produção” da seguinte forma: Só

teria a manutenção segura do seu poder, favorecendo determinados grupos e,

em especial, estimulando a acumulação de capital e o crescimento

econômico. E esse crescimento econômico e acumulação do capital têm

origem na automação, no estímulo à produção industrial, aumentando o

desemprego e a precarização do trabalho para a classe operária. Que por sua

vez, estimula a extração excessiva dos recursos naturais e consequentemente,

o surgimento de “acréscimos” (poluição) e outros problemas ambientais,

abrindo espaço para uma intervenção social.

Pós-materialismo - Este enfoque vêm ganhando espaço dentro da

teorização ambiental nos últimos anos, em especial graças aos trabalhos de

R. Inglehart (1990), no trabalho “meios naturais” sai de uma perspectiva

material para uma análise que o autor chama de pós-material.

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Cont.

Segundo esta Teoria, em muitos países desenvolvidos, não se têm mais

preocupações básicas como a sobrevivência e a subsistência, pois seja por

uma melhor equidade social (centrais), seja pela concentração de capital

(classes média e alta dos emergentes). Estes já teriam assumido uma

condição materialmente confortável, focando em outras questões que

passam a ser relevantes.

Isso significa que, após um determinado progresso material, algumas

sociedades ou grupos, focaram-se na necessidade de buscar a proteção

ambiental como uma urgência não materialista. Dentre esses aspectos pós-

materialistas mais cultivados por esses grupos, estariam as relações com o

meio natural e a sua proteção.

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Construtivista - Liderados pelos textos dos pesquisadores J. Hannigan

(2009) e S. Yarley (1996), este enfoque teórico reveste a questão ambiental

de um caráter social pouco discutido nas outras correntes. Sem negar a

obviedade da existência dos impactos ambientais, no enfoque construtivista

questiona-se a quem ou a que grupos a degradação ambiental acfeta. O

construtivismo, parte-se do principio de que o discurso ambiental pode ser

socialmente construído e como outros podem ser minimizados; não pela sua

pouca influência ou impacto, mas, sim, por não agradar grupos de pressão

em específico ou outros poderosos que contestem o impacto explorado pela

Ciência.

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Sociedade de Risco - Esta corrente teórica, liderada pelo pesquisador U.

Beck (1998), parte de uma crítica ao industrialismo para chegar à noção de

“sociedade de risco”. Por risco, entende- se a “maneira sistemática de lidar

com perigos e incertezas introduzidas pela própria modernização”

Modernização ecológica - O enfoque da “modernização ecológica” parte

das premissas de que essa concepção de industrialismo levou à degradação

ambiental. Essa interessante corrente teórica tem como pano de fundo os

estudos dos holandeses A. P. J Mol (2000) e G. Spaargaren (2000), em

especial quando estes analisaram a criação de novas tecnologias ecológicas

na aplicação industrial na Europa Ocidental. A ideia básica seria buscar

uma fusão entre a proteção ambiental, algo necessário para a sobrevivência

dos ecossistemas, e a modernização industrial, uma condição que é atual e

não deixará de existir nas sociedades contemporâneas.

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Enfoques teóricos contemporâneos na Sociologia Ambiental

Hanningan (2009) faz um excelente apanhado sobre enfoques teóricos

contemporâneos na Sociologia Ambiental. O autor menciona:

A queda do determinismo geográfico e biológico;

E a relação entre a teoria sociológica clássica e o meio ambiente.

Em direção a uma sociologia ambiental contemporânea (1970-2005)

algumas produções foram marcos históricos importantes, como é o

caso do livro: A Primavera silenciosa (CARSON, 1962), o relatório

Os limites do crescimento (MEADOWS, 1972) e o Movimento pela

Justiça Ambiental (TAYLOR, 2000).

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Na Sociologia Ambiental contemporânea existem ao menos nove (9)

paradigmas distintos em competição: a ecologia humana, a economia política,

o construcionismo social, o realismo crítico, a modernização ecológica, a

teoria da sociedade de risco, a justiça ambiental, a teoria actor-rede e a

ecologia política.

Hannigan (2009) aponta dois (2) principais enfoques teóricos contemporâneos

para a sociologia ambiental: As “funções de competição ambiental”, Catton e

Dunlap (1978) e a “dialética socioambiental” e “cadeia de produção”, Alan

Schnaiberg (1980), ambas enfocam a estrutura e a mudança social.

No correr do tempo estes objectos teriam evoluído para duas perspectivas

contrastantes: a “modernização reflexiva” e a “modernização ecológica”.

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PROBLEMATICA AMBIENTAL VERSUS SOCIOLOGIA AMBIENTAL

ZACARIAS AUGUSTO RUNGO

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CONTEXTUALIZAÇÃO

É difícil precisar o momento exacto do surgimento da

problemática ambiental. E é evidente que esse problema sempre

existiu, mas essa problemática se tornou, na actualidade, muito

mais aguda.

Pergunta-se, por que só agora nos últimos sessenta anos, mais ou menos, é

que ela tem sido revelada com muita intensidade nas universidades e,

principalmente nos órgãos de comunicação social?

Os problemas ambientais constituem, actualmente uma das maiores preocupações do Homem, figurando-se nas prioridades da Agenda Política Mundial

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Entre os vários problemas ambientais que o mundo enfrenta na

actualidade, o destaque vai para as Mudanças Climáticas Globais.

O Que são?

De acordo com ZOLHO (2010) “Mudanças Climáticas são as mudanças no estado do clima que podem ser identificadas pelas mudanças da média e/ou variedade das suas propriedades das suas propriedades e que persistem por um longo período de tempo.

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Moçambique é o terceiro país africano mais propenso aos impactos das mudanças climáticas. Os efeitos causados pelos desastres naturais retardam o desenvolvimento económico de Moçambique em cerca de 1 a 2% anualmente, e o terceiro país mais exposto aos efeitos negativos causados pelas mudanças climáticas. Causas naturais ou antropogênicas têm sido mencionadas na explicação do fenómeno.

Causas naturais: Os principais processos e forças naturais responsáveis

pelas mudanças climáticas incluem movimentos das placas tectónicase

vulcanismos, variação da orbita terrestre e as variações oceânicas.

Causas antropogénicas: Aumento das emissões de gases efeito estufa do

tipo CO2 (gás carbónico), Metano, etc. Grande parte da comunidade

científica acredita que aquecimento observado se deve ao aumento da

concentração de poluentes antropogénicas na atmosfera que causa um

aumento do efeito estufa.

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IMPACTOS DA MUDANÇAS CLIMÁTICAS

Ciclos de desvantagens sobre o bem-estar das pessoas ao longo do

tempo.

Os choques climáticos a produtividade das pessoas fica

restringida.

Mudanças climáticas podem agravar doenças nos trópicos

Desertificação

Alterações na biodiversidade e regimes hídricos

Rápida urbanização (Associada à saída para o campo)

Migração

Fome

Eventos climáticos catastróficos

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Desflorestamento e Degradação Florestal O desflorestamento e a degradação florestal são presentes em todo o

país. O consumo da lenha, a agricultura itinerante e a agricultura, corte madeireira, queimadas descontroladas, etc. São as principais causas do desflorestamento em Moçambique. Parte do derrube de florestas também está associada com a mineração, exploração ilegal da madeira.

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CRESCENTE ESCASSEZ DE ÁGUA POTÁVEL

A superfície do planeta é ocupada com cerca de 71% de água, um

recurso natural indispensável a vida. Quase toda a água do planeta

está nos oceanos (cerca de 97,5 % do volume de água da terra são de

água salgada), geleiras e calotes polares, restando, portanto, somente

uma pequena parcela de água doce em estado líquido propícia a

diversos tipos de uso que, contudo, não é totalmente aproveitada por

questão de inviabilidade técnica, económica e financeira.

As crescentes demandas de água estão ocasionando problemas aos

recursos hídricos em muitas partes do mundo: Redução do leito dos

rios, lagos e aquíferos subterrâneos; poluição da água potável;

redução cada vez crescente da água potável, etc.

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