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CURSINHO OBJETO TRANSICIONAL Prof. Dr. Eduardo Honorato SEMSA– 2015 Práticas e Teorias

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CURSINHO OBJETO TRANSICIONAL

Prof. Dr. Eduardo HonoratoSEMSA– 2015

 Práticas e Teorias

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11. O movimento behaviorista que se organizou nos EUA, a partir do século XX, representou a influência conjunta de várias tradições filosóficas, mas o termo “Behaviorismo” foi inaugurado por:

(A) Descartes.

(B) William James.

(C) Vygotsky.

(D) Skinner.

(E) John Watson.

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DescartesDescartes foi um importante filósofo,

matemático e físico francês do século XVII. Também fez estudos nas áreas da Epistemologia e Metafísica. Descartes é considerado o pioneiro no pensamento filosófico moderno

- Desenvolveu o Método Cartesiano

- "Penso, logo existo” 

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William JamesPsicologia Funcional

Pai da Psicologia Americana

Fluxo da consciência

Método da introspeção

Pragmatimo

Teoria das Emoções

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Vygotskyo desenvolvimento cognitivo do aluno se dá por

meio da interação social, ou seja, de sua interação com outros indivíduos e com o meio.

 no mínimo duas pessoas devem estar envolvidas ativamente trocando experiência e idéias.

A interação entre os indivíduos possibilita a geração de novas experiências e conhecimento.

A aprendizagem é uma experiência social, mediada pela utilização de instrumentos e signos, de acordo com os conceitos utilizados pelo próprio autor.

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Um signo, dessa forma, seria algo que significaria alguma coisa para o indivíduo, como a linguagem falada e a escrita.

A aprendizagem é uma experiência social, a qual é mediada pela interação entre a linguagem e a ação.

Para ocorrer a aprendizagem, a interação social deve acontecer dentro da zona de desenvolvimento proximal (ZDP), que seria a distância existente entre aquilo que o sujeito já sabe, seu conhecimento real, e aquilo que o sujeito possui potencialidade para aprender, seu conhecimento potencial

Vygotsky

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Dessa forma, a aprendizagem ocorre no intervalo da ZDP, onde o conhecimento real é aquele que o sujeito é capaz de aplicar sozinho, e o potencial é aquele que ele necessita do auxílio de outros para aplicar.

O professor deve mediar a aprendizagem utilizando estratégias que levem o aluno a tornar-se independente e estimule o conhecimento potencial, de modo a criar uma nova ZDP a todo momento.

Vygotsky

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O professor pode fazer isso estimulando o trabalho com grupos e utilizando técnicas para motivar, facilitar a aprendizagem e diminuir a sensação de solidão do aluno.

Mas este professor também deve estar atento para permitir que este aluno construa seu conhecimento em grupo com participação ativa e a cooperação de todos os envolvidos

Sua orientação deve possibilitar a criação de ambientes de participação, colaboração e constantes desafios.

Essa teoria mostra-se adequada para atividades colaborativas e troca de ideias, como os modelos atuais de fóruns e chats.

Vygotsky

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Skinner A palavra chave da teoria de Skinner é

comportamento. Para ele, a aprendizagem concentra-se na capacidade de estimular ou reprimir comportamentos, desejáveis ou indesejáveis.

Na sala de aula, a repetição mecânica deve ser incentivada, pois esta leva à memorização e assim ao aprendizado.

O ensino é obtido quando o que precisa ser ensinado pode ser colocado sob condições de controle e sob comportamentos observáveis.

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Os comportamentos são obtidos punindo o comportamento não desejado e reforçado ou incentivado o comportamento desejado com um estímulo, repetido até que ele se torne automático.

Dessa forma, segundo Skinner, a aprendizagem concentra-se na aquisição de novos comportamentos.

A aprendizagem ocorre através de estímulos e reforços, de modo que se torna mecanizada.

De acordo com a teoria de Skinner, os alunos recebem passivamente o conhecimento do professor.

Em sua visão, conhecida como Behaviorismo, os comportamentos são obtidos pelo reforço - estímulo do comportamento desejado.

Skinner

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John Watson John Watson é considerado o pai da psicologia científica

Não nega a existência da consciência nem a possibilidade do indivíduo se auto-observar, mas considera que os estados de espírito bem como a procura das suas causas só podem interessar ao sujeito no âmbito da sua vida pessoal.

    Watson considera que com Wundt a psicologia teve uma falsa partida pois este não foi capaz de romper com as concepções tradicionais.

Para se constituir como ciência, a psicologia teve de cortar com todo o passado e constituir-se como ramo objectivo e experimental da ciência.

Watson pretendia para a psicologia o mesmo estatuto da biologia.

limitar-se à observação externa

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    Segundo ele, só se pode estudar directamente o comportamento observável, isto é, a resposta do indivíduo (R) a m dado estimulo (E) do ambiente. E, tal como em qualquer outra ciência, cabe ao psicólogo decompor o seu objecto – o comportamento – nos seus elementos e explicá-los de forma objectiva, recorrendo ao método experimental.

estímulo é o conjunto de excitações que agem sobre o organismo. O estímulo pode ser assim qualquer elemento ou objecto do meio ou ainda qualquer manifestação interna do organismo

Para os behavioristas, a resposta é tudo o que o animal ou o ser humano faz. O comportamento é o conjunto de respostas objectivamente observáveis activadas por um conjunto complexo de estímulos, provenientes do meio físico ou social em que o organismo se insere.

John Watson

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11. O movimento behaviorista que se organizou nos EUA, a partir do século XX, representou a influência conjunta de várias tradições filosóficas, mas o termo “Behaviorismo” foi inaugurado por:

(A) Descartes.

(B) William James.

(C) Vygotsky.

(D) Skinner.

(E) John Watson.

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Resposta E

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12. Sabe-se que a Psicologia vem da Filosofia e que, com o avanço de seus estudos teóricos, surgiram três tendências, que deram origem às três escolas de que se constitui a Psicologia Científica. São elas:

(A) Associacionista, Estruturalista e Funcionalista.

(B) Fenomenológica, Comportamental e Humanista.

(C) Filosófica, Sociológica e Antropológica.

(D) Estruturalista, Behaviorista e Existencialista.

(E) Existencialista, Fenomenológica e Behaviorista.

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Embora a psicologia científica tenha nascido na Alemanha, foi nos Estados Unidos que ela encontrou campo para um rápido crescimento. É ali que surgem as primeiras abordagens ou escolas em Psicologia, as quais deram origem as inúmeras teorias que existem atualmente.

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Estruturalismo

Esta teoria era defendida por Wilhelm Wundt, que foi o “pai” da psicologia experimental, e que dizia que o objecto de estudo deveria ser o pensamento mental consciente. Com esta teoria, Wundt pretendia, através da introspecção estudar as emoções e os sentimentos de cada pessoa, permitindo a cada pessoa conhecer-se mais profundamente. Pode dizer-se que uma pessoa é constituída pelos seus sentimentos e sensações, que organizados constituem a sua consciência.

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AssociacionismoO associacionismo foi criado por Edward Lee

Thorndike e é resultante de um processo de associação de ideias, das mais simples às mais complexas, resultando assim nas diversas acções humanas. Nesta teoria da aprendizagem, surgiu a lei de causa-efeito, e acerca dela, Edward Lee Thorndike realizou diversas experiências com animais, com vista a conseguir prová-la. Nas suas experiências, ele observou que se desse alguma recompensa aos animais conseguiria que eles fizessem o que ele queria, e na sua opinião, o comportamento humano, nesta vertente, assemelhava-se ao comportamento animal.

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FuncionalismoO funcionalismo foi criado por William James,

que defendia que os psicólogos deveriam utilizar a introspecção, de maneira a estudar o funcionamento dos processos mentais e outros temas como os processos mentais das crianças, dos animais, a anormalidade e as diferenças individuais entre as pessoas. Na opinião de William James, o homem realizava as suas acções, com base na função que desempenhava na sociedade.

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BehaviorismoEsta teoria também conhecida como teoria de estímulo-

resposta foi criada por John Watson numa época em que dominava a filosofia e o estudo do consciente. John Watson defendia que a psicologia se deve limitar ao estudo dos comportamentos observáveis, portanto um dado estímulo pode ser a causa de determinada resposta e essa mesma pode ser precedida deste. John Watson acreditava que um estímulo provoca sempre a mesma resposta pelo que não só seria possível prever os comportamentos, mas igualmente controlar a produção desses comportamentos. Ele defendia também que a genética não tem qualquer influência sobre os seres vivos, mas sim apenas e só o meio em que estão inseridos

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ConstrutivismoO construtivismo foi criado por Jean Piaget, que o

definia como a teoria do desenvolvimento do conhecimento em resultado de uma interacção com o meio. Piaget procurou determinar os processos de construção do conhecimento desde as suas formas mais elementares até níveis superiores, nomeadamente o conhecimento científico. Para Piaget o indivíduo não é um simples resultado do meio (tese behaviorista), nem é simplesmente determinado hereditariamente.O seu desenvolvimento é determinado pela interacção entre factores internos (orgânicos, hereditários) e factores externos (meio).

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GestaltismoO gestaltismo foi criado por Kurt Koffka, Max

Wertheimer, Wolfgang Kohler , e foi desenvolvido pela necessidade da existência de uma teoria que, não esquecesse o valor e a necessidade da experimentação científica. Os seus fundadores consideravam o objectivo da Psicologia como sendo o estudo da experiência de um organismo, no seu todo, com ênfase na percepção, ocupando-se da análise dos elementos essenciais que existem nos processos de organização, reunindo os elementos da experiência numa unidade complexa.

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Resposta A

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14. O termo consciência indica o conhecimento compartilhado com o outro e, por extensão, o conhecimento “compartilhado consigo mesmo”, apropriado pelo indivíduo. A palavra consciência tem, pelo menos, três acepções diferentes que são:

(A) fenomenológica, fisiológica e cultural.

(B) psicológica, antropológica e filosófica.

(C) cultural, filosófica e psicológica.

(D) neuropsicológica, psicológica e ético-filosófica.

(E) neuropsicológica, fisiológica e etnológica.

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ALTERAÇÕES DA CONSCIÊNCIA (Semiologia da atividade psíquica basal)

campo da consciência em cada instante da existência: percepção, imaginação, fantasia, linguagem, sentimentos, necessidades, humor, atividade psicomotora.

Para Jaspers, a consciência é “a vida psíquica em um determinado momento”, já que a cada momento do tempo (em que agimos, pensamos, refletimos ou sonhamos) corresponde uma experiência vivenciada correlativamente a uma certa ordem ou a uma certa desordem.

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A palavra “consciência” em português tem 3 grandes acepções diferentes:

1- definição neuropsicológica – sentido de estado vigil, que iguala a consciência ao grau de clareza do sensório. Consciência é estar desperto, acordado, vigil, lúcido. Fala-se, nesse caso, de nível de consciência.

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2- definição psicológica – soma total das experiências conscientes de um indivíduo em um determinado momento. É a dimensão subjetiva da atividade psíquica do sujeito que se volta para a realidade. Na relação do eu com o meio ambiente, a consciência é a capacidade de o indivíduo entrar em contato com a realidade, perceber e conhecer os seus objetos.

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3- definição ético-filosófica – consciência se refere, aqui, à capacidade de tomar ciência dos deveres éticos e assumir as responsabilidades, direitos e deveres concernentes a essa ética. A consciência ético-filófica é um atributo do homem desenvolvido e responsável.

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Alterações normais da consciência:

O sono normal. - O sonho - Psicanálise (Freud).

Sono normal – é um estado especial da consciência que ocorre de forma recorrente e cíclica nos organismos superiores. Há duas fases do sono:

Sono sincronizado – não-REM – sem movimentos oculares rápidos. Sono dessincronizado – REM – com movimentos oculares rápidos. (A sigla REM deriva do inglês rapid eyes moviment).

O sono não-REM apresenta 4 estágios:

1. mais leve e superfical.2. um pouco menos superficial.3. sono profundo.

4. sono mais profundo.

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Alterações patológicas da consciência:

a) Quantitativas – rebaixamento do nível da consciência:

1. Obnubilação ou turvação da consciência - (sonolento ou parecendo desperto) - grau leve a moderado

2. Sopor – sonolento.3. Coma – é o grau mais profundo – ausência de qualquer indício de consciência.

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Sindromes psicopatológicas associadas ao rebaixamento do nivel da consciência:

1. Delirium – termo que designa as síndromes confusionais agudas. Ocorre desorientação temporo-espacial, angústia, agitação ou lentificação psicomotora, ilusões e alucinações visuais, piora ao anoitecer.

Atenção: não confundir delirium (quadro sindromico com alteração do nível de consciência) com delirio (alteração do juízo de realidade, idéias delirantes).

2. Estado onirico – estado semelhante a um sonho muito vívido. Alucinação visual intensa com caráter cênico: cenas complexas, ricas em detalhes, às vezes terríficas. Angústia, temor, pavor. O doente grita, se debate na cama, tem sudorese profusa. Há geralmente uma amnésia consecutiva ao período em que o doente permanece em estado onírico. Ocorre em:

- psicoses tóxicas.- síndrome de abstinência de drogas (especialmente no delirium tremens). - quadros febris tóxico-infecciosos.

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b) Qualitativas – alteração parcial ou focal do campo da consciência. Uma parte do campo da consciência está alterada e outra não. Quase sempre há também uma diminuição do nível de consciência.

1- Estados crepusculares – estreitamento transitório do campo da consciência com a conservação da atividade psicomotora global, podendo apresentar atos automáticos. Surge e desaparece de modo abrupto, duram de poucas horas a algumas semanas. Em geral, ocorrem atos explosivos violentos e episódios de descontrole emocional. Quadros histéricos agudos, epilepsias, intoxicações.

2- Dissociação da consciência – estado segundo – divisão do campo da consciência. Quadros histéricos.

3- Transe – semelhante ao sonho acordado. Atividade motora automática e estereotipada com suspensão parcial dos movimentos voluntários. Ocorre em contextos religiosos – transe religioso, que deve ser diferenciado do transe histérico – estado dissociativo da consciência relacionado a conflitos pessoais e transtornos psicopatológicos.

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14. O termo consciência indica o conhecimento compartilhado com o outro e, por extensão, o conhecimento “compartilhado consigo mesmo”, apropriado pelo indivíduo. A palavra consciência tem, pelo menos, três acepções diferentes que são:

(A) fenomenológica, fisiológica e cultural.

(B) psicológica, antropológica e filosófica.

(C) cultural, filosófica e psicológica.

(D) neuropsicológica, psicológica e ético-filosófica.

(E) neuropsicológica, fisiológica e etnológica.

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Reposta 14 D

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15 O estado hipnótico é um estado de consciência reduzida e de atenção concentrada, que pode ser induzido por uma outra pessoa (hipnotizador). É um estado de consciência que corresponde ao(à):

(A) delírio.

(B) sonambulismo.

(C) Sono Rem.

(D) transe.

(E) alucinação.

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15 - D

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16. Segundo Lagache, in PICHON-RIVIÈRE, Teoria do Vínculo, o campo psicológico oferece ao investigador cinco classes principais de dados, que são:

(A) interpretação, formulação, adesão, integração e solidariedade.

(B) fantasias, conversões histéricas, dimensões do eu, modificações somáticas e sentimento de culpa.

(C) conduta, realização social, aculturação, solidariedade e modificações comportamentais.

(D) integração, solidariedade, socialização, aculturação e investimento pessoal.

(E) contorno, conduta, vivência, modificações somáticas e produto das atividades do sujeito.

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PICHON - RIVIERE

Segundo Lagache, o campo psicológico oferece ao investigador cinco classes principais de dados:

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1) o entourage ou contorno.

Este é concebido como uma totalidade, como um conglomerado de situações e de fatores humanos e físicos que estão em permanente interação. A situação interpessoal estudada profundamente e que serve de modelo para todo tipo de investigação é a situação analítica. A interação entre analista e paciente em uma dada situação, em um meio e contorno determinados, reproduz mais ou menos as condições de uma situação experimental;

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2) a conduta exterior espontânea ou provocada, acessível a um observador, com a ajuda ou não de instrumentos, que compreende as diversas formas de comunicação, em particular a palavra;

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3) a vivência, ou seja, a experiência vivida, inferida pela conduta exterior e comunicada verbalmente pelo sujeito. Ela nos dá informações sobre os aspectos psicológicos da existência. Anteriormente, estabelecia-se uma divisão entre conduta exterior e vivência, duas correntes psicológicas que disputavam a supremacia de um ou da outra. O behaviorismo levava em consideração apenas o aspecto exterior da conduta, enquanto que a psicologia fenomenológica existencial leva em consideração a vivência. Tudo isso como se não existisse relação entre conduta e vivência, como se não formassem um todo em um determinado momento, no aqui-agora de qualquer situação. A tarefa fundamental do psicólogo, do sociólogo e do psicanalista é a investigação no aqui-agora de uma determinada situação, aquilo que está acontecendo;

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4) as modificações somáticas objetivas surgidas em uma determinada situação;

5) os produtos da atividade, tais como um manuscrito, uma obra de arte, um teste psicológico, um relato, etc. de modo que o campo psicológico estuda o contorno, a conduta exterior, a vivência, as modificações somáticas e os produtos da atividade do sujeito. Estes cinco elementos podem ser vistos e estudados na situação analítica.

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16. Segundo Lagache, in PICHON-RIVIÈRE, Teoria do Vínculo, o campo psicológico oferece ao investigador cinco classes principais de dados, que são:

(A) interpretação, formulação, adesão, integração e solidariedade.

(B) fantasias, conversões histéricas, dimensões do eu, modificações somáticas e sentimento de culpa.

(C) conduta, realização social, aculturação, solidariedade e modificações comportamentais.

(D) integração, solidariedade, socialização, aculturação e investimento pessoal.

(E) contorno, conduta, vivência, modificações somáticas e produto das atividades do sujeito.

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Resposta E

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17. Atentar contra a própria vida não pode ser considerado um evento normal na história da pessoa. O suicídio passivo é observado através de atitudes autodestrutivas como:

(A) intoxicações exógenas como ingestão de psicofármacos e outros produtos químicos.

(B) negligência ao tratamento e não-observância das orientações médicas.

(C) cortes no corpo (predominantemente pulsos) e uso de armas de fogo.

(D) quedas ou provocação deliberada de acidentes.

(E) simples reação desvinculada de amor próprio.

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Resposta B

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18. Para Bion, in MINICUCCI (2001), o grupo trabalha no nível de tarefa, no sentido de colaboração e cooperação. Esse processo ocorre no(s) nível(eis):

(A) interativo.

(B) inconsciente.

(C) subconsciente.

(D) consciente.

(E) consciente e inconsciente.

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A "DINÂMICA DE GRUPOS" DE BION E AS ORGANIZAÇÕES DE TRABALHO

grupos de trabalho e dos fenômenos emocionais subjacentes a eles

grupos na ala de reabilitação de militares do Hospital

: o período grupal, o período psicótico, o período epistemológico e o último período.

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Os Grupos Terapêuticos

No grupo terapêutico, Bion não estabelecia nenhuma regra de procedimento e não adiantava qualquer agenda. Ele procurava convencer "grupos de doentes a aceitar como tarefa o estudo de suas tensões".

A Teoria de Funcionamento dos Grupos

grupo de trabalho ou grupo refinado

grupos de base, ou mentalidade grupal ou ainda grupos de pressupostos básicos.

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Grupo de Trabalho

Por grupo de trabalho entende-se a reunião de pessoas para a realização de uma tarefa específica, onde se consegue manter um nível refinado de comportamento distinguido pela cooperação. Cada um dos membros contribui com o grupo de acordo com suas capacidades individuais, e neste caso, consegue-se um bom espirito de grupo.

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Espírito de grupo - A existência de um propósito comum;

- Reconhecimento comum dos limites de cada membro, sua posição e sua função em relação às unidades e grupos maiores;

- Distinção entre os subgrupos internos;

- Valorização dos membros individuais por suas contribuições ao grupo;

- Liberdade de locomoção dos membros individuais dentro do grupo;

- Capacidade do grupo enfrentar descontentamentos dentro de si e de ter meios de lidar com ele;

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Mentalidade de Grupos

"a expressão unânime da vontade do grupo, à qual o indivíduo contribui por maneiras das quais ele não se dá conta, influenciando-o desagradavelmente sempre que ele pensa ou se comporta de um modo que varie de acordo com os pressupostos básicos"

Ela funcionaria de forma semelhante ao inconsciente para o indivíduo.

"padrão de comportamento

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Pressupostos Básicos explicar os fenomenos grupais a partir da libido (instinto

sexual).

dependência, acasalamento e luta-fuga

"existe um objeto externo cuja função é fornecer segurança para o organismo imaturo".

"está por vir um novo grupo melhorado" ou que o grupo futuramente atenderá às necessidades pessoais de seus membros e o autor às vezes se refere a este pressuposto como "esperança messiânica", mas o denominou como "acasalamento" em uma clara acepção à origem psicanalítica do termo.

"estamos reunidos para lutar com alguma coisa ou dela fugir".

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18. Para Bion, in MINICUCCI (2001), o grupo trabalha no nível de tarefa, no sentido de colaboração e cooperação. Esse processo ocorre no(s) nível(eis):

(A) interativo.

(B) inconsciente.

(C) subconsciente.

(D) consciente.

(E) consciente e inconsciente.

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Resposta 18-B

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19. Segundo MINICUCCI (2001), Moreno estudou a chamada “dinâmica da neutralidade”, verificando que a inércia social se deve principalmente a fatores de ordem:

(A) cultural.

(B) psíquica.

(C) biopsicossocial.

(D) natural.

(E) socioeconomica.

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Jacob MorenoPsicodrama e Sociodrama e Sociometria

“Teatro do Improviso” ou “Teatro Espontâneo”,

descobrir, aprimorar e utilizar os meios que facilitem o predomínio de relações télicas sobre relações transferências, no sentido moreniano

o indivíduo deve ser concebido e estudado através de suas relações interpessoais.

Ao nascer, a criança é inserida num conjunto de relações, primeiramente com sua mãe (que é seu primeiro ego auxiliar), seu pai, irmãos, avós, tios, etc.; este conjunto foi denominado de Matriz de Identidade.

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O homem para Moreno é um indivíduo social, pois nasce em sociedade e necessita dos outros para sobreviver, sendo apto para conviver com os demais.

Assim, ele criou a Socionomia, que significa o estudo das leis que regem o comportamento social e grupal

A Sociodinâmica estuda o funcionamento (ou dinâmica) das relações interpessoais.

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Tem como método de estudo o role-playing, que permite ao indivíduo atuar dramaticamente diversos papéis, desenvolvendo deste modo um papel espontâneo e criativo

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A espontaneidade, a criatividade e a sensibilidade são recursos inatos do homem.

O homem nasce espontâneo e deixa de sê-lo devido a fatores adversos tanto do ambiente afetivo-emocional (Matriz de Identidade e átomo social), quanto do ambiente social em que a família se insere (rede sociométrica e social).

A Revolução Criadora moreniana propõe o rompimento com os padrões de comportamento, valores e formas estereotipadas de participação na vida social, que acarretam a automatização do homem (conservas culturais).

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Segundo Moreno, a criança aos poucos, com o desenvolvimento de um fator inato, chamado Tele, vai distinguindo objetos e pessoas, sem distorcer seus aspectos essenciais; assim Tele é a capacidade de perceber de forma objetiva o que ocorre nas situações e o que se passa entre as pessoas.

A empatia é a captação, pela sensibilidade dos sentimentos e emoções de alguém ou contidas, de alguma forma, em um objeto. Assim, Moreno escreveu certa vez que “o fenomeno Tele é a empatia ocorrendo em duas direções”.

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Segundo Moreno, a transferência equivalia ao embotamento ou à ausência do fator Tele, e como o Psicodrama tinha por objetivo reavivar a espontaneidade e o Tele, a recuperação destes, seriam fatores de saúde mental e criatividade, superando o apego desfavorável a situações do passado. Uma parte do teste sociométrico, o “perceptual”, verifica a capacidade de cada elemento de um grupo de captar os sentimentos e expectativas dos outros em relação a ele.

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O encontro é a experiência essencial da relação télica , é apelo para a sensibilidade do próximo, é apelo da espontaneidade.

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20. Segundo Gustav Jung, in DALGALARRONDO (2000), o self:

(A) “...no desenvolvimento e autoconhecimento pessoal, possibilita ocupar o centro da personalidade”.

(B) “...se caracteriza por duas atitudes básicas de extroversão e introversão”.

(C) “...é a capacidade afetiva e emocional do sujeito”.

(D) “...é uma percepção inconsciente de como os fenomenos psíquicos ocorrem”.

(E) “...é uma capacidade de adaptação que o indivíduo desenvolve ao longo da vida”.

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RESPOSTA A

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21. Erich Fromm (1900-1980) postulou a existência de cinco necessidades específicas que se originam das condições da existência humana, entre as quais NÃO se inclui a de:

(A) identidade.

(B) transcendência.

(C) relacionamento.

(D) segurança.

(E) poder.

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Erich FrommPsicanálise com a teoria marxista, integrando fatores sócio-

economicos aos tradicionais mecanismos de tratamento das neuroses

Segundo o psicanalista, o homem é o produto de princípios culturais e biológicos. Assim, ele desafia os preceitos freudianos, que destacam somente a esfera do inconsciente.

Suas obras abordam continuamente as questões ligadas à violência, aos regimes totalitários, à alienação social, aohumanismo. Seu ponto de vista humanista cativou profissionais do campo da Sociologia, da Filosofia e daTeologia.

 

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Influenciado profundamente pela obra de Karl Marx, ele faz uma analogia entre os conceitos marxistas e os freudianos, tentando estabelecer entre ambos uma relação dialética, à procura de uma síntese destas idéias

Usa Freud pra explicar Marx

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Segundo Erich Fromm, o indivíduo cultivou interiormente sentimentos de desamparo e solidão, pois perdeu o contato com sua dimensão mais humana, deixou de ampliar suas virtudes, e assim tornou-se incapaz de interagir com os mesmos aspectos essenciais das outras pessoas. É a este processo que ele chama de alienação social, oculta por trás das personas de cada um, mas mesmo assim capaz de exercer um impacto sinistro sobre a Humanidade.

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Ao mesmo tempo em que o homem avança materialmente, ele se aparta cada vez mais dos outros seres, é o que Erich Fromm expõe em sua obra Medo da Liberdade. Desta forma, a liberdade tão almejada torna-se uma armadilha assustadora da qual ele tenta fugir através da conquista de recursos financeiros e da guerra pelo poder, por meio de uma passividade absoluta diante do autoritarismo, ou ainda pelas vias do conformismo social.

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Resposta E

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22. BOCK (1995) afirma que “...a função primordial é buscar a origem do sintoma, ou do comportamento manifesto, ou do que é verbalizado, isto é, integrar os conteúdos inconscientes na consciência, com o objetivo de cura ou de autoconhecimento”. Esta definição indica a abordagem:

(A) behaviorista.

(B) cognitivista.

(C) psicanalítica.

(D) neoanalítica.

(E) interacionista.

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Resposta C

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23. DALGALARRONDO (2000) classifica as alterações do Processo de Pensar em curso, forma e conteúdo do pensamento. Quanto ao curso do pensamento, as principais alterações são classificadas em quatro tipos, das quais NÃO faz parte a de:

(A) aceleração do pensamento.

(B) lentificação do pensamento.

(C) bloqueio ou interceptação do pensamento.

(D) descarrilhamento do pensamento.

(E) roubo do pensamento.

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Resposta D

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O Pensamento e suas AlteraçõesElementos que constituem o pensamento:

Conceito – elemento puramente cognitivo estrutural do pensamento. Ex.: Cadeira

Juízo – relações significativas entre conceitos. Ex.: cadeira + utilidade

Raciocínio – relação de juízos

Lógico Conclusão

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Dimensões do Processo de Pensar:

•Modo como flui, velocidade e ritmo. Curso

•Arquitetura do conteúdos.Forma

•Tema, assunto.Conteúdo

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Curso do Pensamento

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Alterações do processo de pensar1 - Curso do Pensamento

1.1- Aceleração

Ocorre na mania, esquizofrenia, ansiedade intensa e psicoses tóxicas.

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Alterações do processo de pensar1.2- Lentidão

Ocorre nas depressões graves, rebaixamento do nível de consciência, intoxicações por sedativos e em quadros psicorgânicos.

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Alterações do processo de pensarBloqueio ou Interceptação do Pensamento – interrupção

brusca do pensamento.

- Quase que exclusivamente na esquizofrenia;

Roubo do pensamento – pensamento roubado por força ou ente estranho.O individuo pensa estar sendo manipulado.

- Ocorre na esquizofrenia.

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Forma do Pensamento

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Alterações do processo de pensar2 - Forma do Pensamento

2.1 – Fuga de idéias – afastamento das ideias principais, sem prejuízo manifesto.

- Secundário à aceleração;

- Estímulos externos podem causar pensamentos por assonância.

Ex.: amor, flor

Ocorre em síndromes maníacas

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Alterações do processo de pensar

2. 2 – Dissociação do Pensamento – incoerente, não segue uma seqüência lógica.

- Fase inicial pode ser discreta

- Com agravamento pode vir a ser incompreensível

- Ocorre em alguns casos da esquizofrenia.

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Alterações do processo de pensar

2.3 – Afrouxamento das Associações – há lógica, mas as ideias não são bem articuladas.

Ocorre nas fases iniciais da esquizofrenia e transtornos de personalidade;

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Alterações do processo de pensar2.4 – Descarrilhamento do Pensamento – desvio do curso

normal (vai e volta)

- Quando muito longo ou frequentes pode não mais captar a sequência logica

- Pode estar associado à distraibilidade ou a patologias.

Ocorre na esquizofrenia ou em síndromes maníacas.

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Alterações do processo de pensar2.5 – Desagregação do Pensamento - perda profunda e radical

dos enlaces associativos e da coerência.

“Pedaços” de pensamento sem articulação.

Ocorre na esquizofrenia;

Obs.: na esquizofrenia ocorre a seqüência de gravidade

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Conteúdo do Pensamento

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Alterações do processo de pensar3.- Conteúdo do Pensamento

- Alguns autores consideram os delírios como alterações do conteúdo do pensamento.

- Para Paulo Dalgalarrondo, é algo que preenche a estrutura do processo do pensar (temática);

- Há tantos conteúdos quantos são os interesses do ser humano.

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Alterações do processo de pensar

O que está patologicamente alterado não é o conteúdo, mas a atribuição de realidade que é dada.

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Alterações do processo de pensarA importância do conteúdo tem haver com o ambiente, a

cultura, a estrutura psicológica, e neuropsicológica do indivíduo.

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24. A Síndrome de Dependência do Álcool (SDA) é definida como “um estado psiquico e fisico, resultante da ingestão repetitiva de álcool, incluindo uma compulsão para ingerir bebidas alcoólicas de modo continuo ou periódico, havendo a perda do controle”. Os fenomenos abaixo são característicos da SDA, EXCETO um. Identifique-o. (A) Empobrecimento do repertório – o padrão de ingestão é cada

vez mais estereotipado e repetitivo.

(B) Relevância da bebida – o indivíduo não obtém gratificação de outras fontes.

(C) Aumento da tolerância – a tolerância é cada vez maior, podendo diminuir nas fases terminais.

(D) Dimensão fisiológico-nutritiva – relacionada a aspectos metabólicos, endócrinos e neuronais.

(E) Sintomas repetitivos de abstinência – o indivíduo vai acrescentando ao seu curriculum os vários episódios de abstinência ou de delirium tremens.

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Resposta D

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Já a síndrome de dependência de álcool (SDA) é definida como um estado psíquico e físico resultante da ingestão repetitiva de álcool, incluindo a compulsão para ingerir bebidas alcoólicas de modo contínuo ou periódico, havendo a perda do controle. O fenomeno de tolerância geralmente está presente. Os aspectos ca- racterísticos da SDA são:

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Empobrecimento do repertório. O padrão de ingestão de álcool é cada vez mais estereotipado e repetitivo.

Relevância da bebida. O indivíduo não obtém gratificação de outras fontes, apenas do álcool.

Aumento da tolerância ao álcool. A tolerância é cada vez maior, podendo diminuir nas fa- ses terminais do alcoolismo.

Sintomas repetitivos de abstinência. O indivíduo vai acrescen- tando ao seu curriculum os vários episódios de abstinência ao álcool ou mesmo de delirium tremens.

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Esquiva ou busca de alívio para os sintomas de abstinência. O indivíduo passa a apresentar o comportamento de beber logo pe- la manhã para aliviar o desconforto de uma abstinência incipiente.

Compulsão para beber. É entendida como sinonimo de perda do controle. Para Jellinek (1960), era o elemento central do alcoolismo.

Reinstalação mais rápida da tolerância após a abstinência. O fenomeno de tolerância, que inicialmente demora anos para se instalar, pode reinstalar-se com muita rapidez em alcoolistas após meses de abstinência.

8. Negação. O alcoolista cronico, embora muitas vezes já se apre- sente gravemente comprometido pelo uso regular do álcool, tanto do ponto de vista físico como psicossocial, nega terminantemen- te que o álcool seja um problema em sua vida, que abusa do álcool, que não consegue parar de beber, que é dependente e que perdeu o controle sobre o seu padrão de ingesta (Duffy, 1995).

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Para Sonenreich (1971), o alcoolismo deve ser definido como a perda da liber- dade de escolherentre beber e não beber, assim como com quem e onde beber. Há certa concordância de que o alcoolismo deva ser diagnosticado com base em três dimensões:

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1. Dimensão física. Verificam-se aqui as alterações de saúde física decorrentes do uso repetitivo do álcool, produzindo, por exemplo, gastrite, esofagite, hepatite, pan- creatite, cirrose, neuropatia peri- férica, síndrome de abstinência ao álcool, delirium tremens, síndrome de Wernicke-Korsakoff, alterações cognitivas e demência alcoólica, etc.

2. Dimensão psicológica. Irritabi- lidade, ansiedade, depressão, agressividade, insonia, perda de auto-estima, etc.

3. Dimensão social. Problemas no relacionamento matrimonial e fa- miliar, dificuldades no trabalho e nos estudos (faltas, acidentes, de- semprego, etc.), acidentes de trân- sito, problemas legais, desmorali- zação, perda de crítica e julgamen- to moral, isolamento social, etc.

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Alguns quadros psicopatológicos característicos ocorrem em associação com a SDA. Dignos de nota são o delirium tremens, a alucinose alcoólica, o delírio de ciúmes dos alcoolistas e a embriagues patológica.

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O delirium tremens é uma forma gra-ve de síndrome de abstinência ao álcool, em que ocorrem, além dos sintomas clássicos do delirium (rebaixamento do nível de consciência, confusão mental, desorien- tação temporoespacial, etc.), intensas manifestações autonomicas (como tremores, febre, sudorese profusa, etc.), ilusões e alucinações visuais e táteis marcantes, princi- palmente com insetos e pequenos animais (zoopsias).

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A alucinose alcoólica pode ocorrer durante a síndrome de abstinência, mas é mais comum em períodos independentes dela, estando o indivíduo sóbrio (com o sensório claro) ou alcoolizado. Caracteriza- se por alucinações audioverbais de vozes que, tipicamente, falam do paciente na ter- ceira pessoa (“O João é mesmo um sem- vergonha, um frouxo”, etc.) ou falam com ele humilhando-o, desprezando-o. O alcoolista pode ou não ter crítica de tal ex- periência. A alucinose alcoólica pode durar apenas horas ou dias, mas também po- de persistir por meses e até algum tempo mesmo após o paciente haver parado de beber.

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O delírio de ciúmes dos alcoolistas é também bastante típico. Em geral o indi- víduo passa a acreditar plenamente no fato de que sua esposa ou companheira o trai de modo vil, com muitos homens, com seu melhor amigo, com toda a vizinhança, etc. Sente-se profundamente humilhado com tal “traição”. Muitas vezes esse delírio se insere em uma dinâmica social e conjugal particular. O paciente, já dependente do álcool há meses ou anos, perdeu seu inte- resse afetivo e sexual pela esposa (afinal, sua “paixão” é o álcool); também pode apresentar dificuldades para a ereção (neuropatia alcoólica); é hostilizado pela esposa, pois com freqüência a agride ver- bal ou fisicamente; perdeu seu emprego; está desmoralizado diante dos filhos e dos amigos. Nesse contexto, portanto, o delí- rio de ciúmes ganha um sentido psicológi- co, pelo menos em parte, compreensível. Não é raro que tal delírio termine com o homicídio da mulher e/ou com o suicídio do alcoolista.

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26 Pichon-Rivière retrata de forma bem explícita a patologia do vínculo “... a maneira particular pela qual cada individuo se relaciona com outro ou outros, criando uma estrutura particular a cada caso e a cada momento, esse chamado de vinculo.” Parte-se então do vínculo normal, até se chegar à alteração do vínculo, chamado patológico. O vínculo paranoico caracteriza-se:

(A) por estar permanentemente carregado de culpa e expiação.

(B) pela desconfiança, pela exigência que o sujeito experimenta em relação aos outros.

(C) pela relação com o controle e a ordem.

(D) pela relação que o indivíduo estabelece com os outros através de seu corpo, da saúde e da queixa.

(E) pela representação, sendo sua principal característica a plasticidade e a dramaticidade.

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RESPOSTA B

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PICHON-RIVIÈRE, Enrique. Teoria do Vínculo. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

Pichon-Rivière ressalta a necessidade de complementar a investigação psicanalítica com a investigação social, que orienta em uma tríplice direção: psicossocial, sociodinâmica e institucional. Aborda o homem concebendo-o em uma só dimensão, a humana; mas ao mesmo tempo concebe a pessoa como uma totalidade integrada por três dimensões: a mente, o corpo e o mundo exterior.

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A teoria do vínculo considera o indivíduo como resultante do interjogo entre o sujeito e os objetos internos e externos, em relação de interação dialética, que se expressa através de certas condutas.

O vínculo é concebido como uma estrutura dinâmica em contínuo movimento, que engloba tanto o sujeito quanto o objeto, tendo esta estrutura características consideradas normais e alterações interpretadas como patológicas.

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De acordo com Pichon, para compreender o delírio é fundamental investigar o conjunto de forças que atuam no meio familiar do qual emerge a doença mental. O delírio, assim, é compreendido como uma tentativa de solucionar um conflito e reconstruir seu mundo individual, principalmente o familiar, e o social.

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O vínculo configura uma estrutura dinâmica em contínuo movimento, acionada por motivações psicológicas, cujo resultado é determinada conduta que tende a se repetir tanto na relação interna quanto externa com o objeto. É o vínculo interno que condiciona muitos dos aspectos externos e visíveis da conduta do sujeito. Os vínculos internos e externos se integram.

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Existem três dimensões de investigação, que se integram sucessivamente – a investigação do indivíduo, a do grupo e a da instituição ou sociedade, permitindo três tipos de análise: a psicossocial (parte do indivíduo para fora), a sociodinâmica (analisa o grupo como estrutura) e a institucional (toma todo um grupo, instituição ou país como objeto de investigação).

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O vínculo paranóico caracteriza-se pela desconfiança;

o depressivo pela carga de culpa e expiação; o hipocondríaco é estabelecido por meio do corpo, da saúde e da queixa;

o vínculo histérico é baseado na representação, caracterizado pela plasticidade e dramaticidade (o paciente está representando alguma coisa com a sintomatologia).

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Na histeria de angústia o vínculo se caracteriza pelo medo;

na fobia o medo pode ser do interior (claustrofobia) ou exterior (agorafobia).

Na histeria de conversão a expressão de fantasia se dá pela linguagem do corpo, ou seja, através dos órgãos e suas funções podem ser expressos conteúdos inconscientes.

Na neurose obsessiva o vínculo se caracteriza pelo controle do outro;

na psicose os vínculos paranóide, depressivo ou maníaco também são vínculos de controle, porém mais rápidos e operantes quanto à paralisação do objeto.

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A investigação psicossocial analisa a parte do sujeito que se expressa para fora, que se dirige aos diferentes membros que o rodeiam.

O estudo sociodinâmico analisa as diversas tensões existentes entre todos os membros do grupo familiar do paciente.

A análise institucional investiga os grandes grupos, sua estrutura, origem, composição, história, economia, política, ideologia etc.

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Porta-voz: é aquele que expressa as ansiedades do grupo, ele é o emergente que denuncia a ansiedade predominante no grupo a qual está impedindo a tarefa;

Bode expiatório: é aquele que expressa a ansiedade do grupo, mas diferente do porta-voz, sua opinião não é aceita pela grupo, de modo que este não se identifica com a questão levantada gerando uma segregação no grupo, pode-se dizer dele como depositário de todas as dificuldades do grupo e culpado de cada um de seus fracassos;

Líder: A estrutura e função do grupo se configuram de acordo com os tipos de liderança assumidos pelo coordenador, apesar de a concepção de líder ser muito singular e flutuante. O grupo corre o risco de ficar dependente e agir somente de acordo com o líder e não como grupo;

Sabotador: é aquele que conspira para a evolução e conclusão da tarefa podendo levar a segregação do grupo;

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27. “... um sujeito que está sempre em atitude de liderança, em uma atitude demagógica, trabalhando as pessoas ou controlando-as, mas sem ter uma comunicação direta com o outro”. Esta definição, de Pichon-Rivière, identifica uma psicopatologia. Qual é ela?

(A) Transtorno obsessivo-compulsivo.

(B) Transtorno bipolar.

(C) Esquizofrenia paranóide.

(D) Histeria de conversão.

(E) Psicopatia.

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Resposta E

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28. “... A percepção e a ação não podem ser separadas, constituem uma totalidade em permanente estruturação”. Ao descrever este conceito, Pichon-Rivière também registrou que a neurose se manifesta através de dificuldades na compreensão do outro ou na explicitação de seus conteúdos internos ao outro. Esta definição, e posterior comentário, fazem referência ao conceito da Psicologia:

(A) Behaviorista.

(B) Social.

(C) da Gestalt.

(D) do Desenvolvimento.

(E) de Traço.

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Resposta C

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29. “... O objeto mau está dentro do corpo, enquanto que o objeto bom está na mente ou fora, no mundo exterior. Por esta razão, se queixa do corpo, sente-se perseguido por dentro.”O paciente, com a ajuda do psicólogo aprende a reconhecer a natureza arcaica e infantil dessa situação interna e o caráter fictício da situação externa. Esta definição diz respeito à(ao):

(A) histeria.

(B) hipocondria.

(C) depressão.

(D) psicose reativa.

(E) transtorno obsessivo-compulsivo.

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Resposta B

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30 Sobre as síndromes psicorgânicas, no manejo do quadro de delirium, DALGALARRONDO (2000) sugere a atenção a quatro possíveis fatores etiológicos potencialmente lesivos ao sistema nervoso central, entre os quais NÃO se inclui a:

(A) amnéstica.

(B) hipoglicemia.

(C) hipóxia ou anóxia.

(D) hipertermia.

(E) deficiência de tiamina.

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Resposta A

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31. A Revolução Cognitiva de meados dos anos 60 marcou o conflito de uma tradicional abordagem psicológica, o Behaviorismo, com a incipiente Psicologia Cognitiva. Assinale a opção que apresenta, corretamente, em que estas abordagens divergiam.

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Resposta D

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32 O comportamento e a personalidade são produtos de tensões internas e conflitos inconscientes criados pelos desejos egoístas, quando restringidos pelas coerções sociais.Esta afirmativa se refere a uma abordagem na Psicologia:

(A) biológica.

(B) humanista.

(C) behaviorista.

(D) psicodinâmica.

(E) funcionalista.

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Resposta D

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33. O evento da hospitalização acarreta uma alteração no psiquismo do paciente. São dois os principais problemas a serem resolvidos pelos psicólogos em um ambiente hospitalar: a despersonalização do paciente e o significado social do adoecer. Assinale a afirmativa correta a respeito de um deles. (A) Despersonalização é a perda de noção da realidade pelo

distanciamento do paciente do seu meio familiar e de trabalho, gerando sua alienação.

(B) Despersonalização se refere ao fato de que um paciente perde suas referências espaço-temporais, em um fenomeno denominado de aestese.

(C) Despersonalização significa a desintegração dos valores do paciente em relação à sua vida, pois todas as perspectivas anteriores se perdem em função da possibilidade da morte.

(D) Adoecer indica em nossa sociedade a fugacidade da vida, o que conduz o paciente a aterradoras perspectivas de futuro.

(E) Adoecer, para nossa sociedade, significa ser improdutivo, o que é vergonhoso e deve ser ocultado, gerando sentimentos de culpa.

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Resposta E

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Despersoanlização Já em relação aos sentimentos frente à descoberta da doença,

pode-se dizer que ocorre a despersonalização do paciente, que de acordo com Angerami-Camon (2003, p. 16), “deixa de ter o seu próprio nome e passa a ser um número de leito, ou então alguém portador de uma determinada patologia [...]. Deixa de ter significado próprio para significar a partir de diagnósticos realizados sobre sua patologia.” Para Rozenbaum (2008, p. 11), “ao ser internado, o paciente traz consigo sua história. Sofre um processo de despersonalização, [...]”. Essa despersonalização é exemplificada pela seguinte fala: “- Sentimentos [...] sentimento de não poder fazer muitas coisas, de perda [...] perdi tudo, a juventude, perdi o que eu tinha que viver, passei a depender dessas máquinas, é isso aí.” (Roberto).

 

 

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Assim, segundo Gorayeb (2001), no ambiente hospitalar encontra-se um indivíduo que tem que lidar com as alterações físicas consequentes do adoecimento, as mudanças decorrentes da despersonalização/anulação de identidade, pois este passa a ser um número de leito ou um indivíduo com determinada patologia, e com uma rotina diária distinta por estar em um ambiente destoante do que vivia. Neste contexto o psicólogo deve trabalhar a angústia, a fantasia, o medo e as dúvidas decorrentes desse processo de adoecer ou internação.

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35. Dentro da segunda tópica da estrutura psíquica, Freud descrevia seus elementos componentes e as relações que determinavam os comportamentos e as enfermidades mentais.Assinale a opção que descreve corretamente as relações entre os componentes da estrutura psíquica humana.

(A) O id é a fonte de toda energia que move o indivíduo, de forma que o ego é dependente do id para atuar na realidade, enquanto que o superego só aparece quando o conflito psíquico se instaura e uma resolução deve ser definida.

(B) O superego, sendo o componente mais ligado à realidade, controla a expressão do ego e regula a liberação das energias pulsionais do id.

(C) O ego funciona como uma válvula de escape para o id, sede de todas as pulsões, sob a modulação de um censor munido de todas as coerções sociais que a cultura passaria, que é o superego, tendo que se expressar frente aos objetos reais que a realidade lhe fornece.

(D) A realidade é o princípio regulador da expressão do ego, este deve acatar às necessidades pulsionais vindas do superego, que são filtradas pelo id, que por sua vez é o detentor dos tabus sociais.

(E) O ego, que por ser o componente em contato com a realidade, carrega consigo todas as restrições morais que a cultura impõe ao indivíduo, enquanto que o id gera toda a energia psíquica que impulsiona à ação; esta superestrutura forma o superego.

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Resposta C

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36. Constitui o Sistema Único de Saúde (SUS) o conjunto de ações e serviços de saúde prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e

municipais:

I - da Administração Direta;

II - da Administração Indireta;

III - das Fundações mantidas pelo Poder Público.

 

Está(ão) correto(s) o(s) item(ns):

(A) I, apenas.

(B) II, apenas.

(C) I e II, apenas.

(D) II e III, apenas.

(E) I, II e III.

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Resposta E

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37. A Lei no 8.080/90, que, entre outros aspectos, dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, estabelece que a participação da iniciativa privada no sistema Único de Saúde será em caráter

(A) obrigatório.

(B) prioritário.

(C) complementar.

(D) proporcional à participação do Poder Público.

(E) excepcional, restrito às entidades filantrópicas e sem fins lucrativos.

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Resposta C

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39. Em tempo de paz, os serviços de saúde das Forças Armadas poderão integrar-se ao Sistema Único de Saúde (SUS):

(A) apenas em situações emergenciais ou de calamidade pública na área de saúde.

(B) conforme convênio firmado para esse fim.

(C) por determinação unilateral dos Chefes dos Poderes Executivos Federal, Estadual ou Municipal.

(D) por determinação unilateral dos Comandantes da Marinha, Exército ou Aeronáutica.

(E) mediante autorização legislativa específica.

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Resposta B