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Engº Marcelo Fontanella Webster RUÍDO

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Engº Marcelo Fontanella Webster

RUÍDO

DEFINIÇÕES: SOM - Fenômeno acústico que consiste na propagação de ondas sonoras produzidas por um corpo que vibra em meio material elástico. (especialmente o ar) RUÍDO - Fenômeno Físico que indica uma mistura de sons cujas freqüências não seguem nenhuma lei precisa. - Constituído por grande número de vibrações acústicas com relação de amplitude e freqüência distribuídas ao acaso.

*PARA A HIGIENE DO TRABALHO COSTUMA-SE DENOMINAR RUÍDO / BARULHO TODO SOM QUE É INDESEJÁVEL.* RUÍDO DE FUNDO - Ruído ambiental gerado por outras fontes que não a de objeto de estudo. VIBRAÇÕES SONORAS - São aquelas que “conseguem” estimular o aparelho auditivo, e são descritas através da Variação de Pressão (DP) em função do Tempo (T) em uma dada flutuação (frequência).

OBS: O ouvido humano percebe vibrações sonoras de 16 Hz a 20.000 Hz.

NÍVEL DE PRESSÃO SONORA - É uma grandeza que fornece apenas um nível em dB ou dB(A) sem informações sobre distribuição da frequência.(decibelímetro) - As variações de nível de pressão sonora são normalmente expressas como um valor médio dos valores reais (mudam rapidamente através do tempo). UNIDADE (?) DE PRESSÃO SONORA - O decibel (dB). - Escala logarítmica (não linear).

- Embora 10 dB seja uma medida 10 X maior que 1 dB, 20 dB é 100 X maior. - Ao valor da divisão de escala Log 10, dá-se o nome de BEL. Dois BEL é Log 100.

NÍVEL DE RUÍDO EQUIVALENTE - Nível sonoro médio integrado durante uma faixa de tempo específico (Leq). - Representa um nível contínuo que tem o mesmo potencial de lesão que o nível variável (dose). NÍVEL DE PRESSÃO SONORA DE PICO - É o pico absoluto do som contínuo.

O DECIBEL (dB) A 1.000 Hz a Intensidade acústica capaz de causar sensação de dor, é 1014 vezes a intensidade acústica capaz de causar sensação de audição. Escala Linear : 0-------------------------1014 Estudo de Webber/Fechener: A sensação auditiva cresce com o logaritmo do estímulo. Escala Logarítmica: Compactação de escala.

1Bel= log10 10 Como a escala linear de interesse varia de 0 a 1014

Log 1014 = 14 log 10 = 14 Bel Melhorando a escala....... 1 Bel = 10 dBel dB ⇒ 10 Log 1014 = 140 dB A escala de interesse passa a ser: 0----------140 dB ________________________________________________________ Lembrete: 1 dBel = 0,1 Bel ⇒ 100,1 = 1,26 vezes 3 dBel = 0,3 Bel ⇒ 100,3 = 2 vezes * Com um acréscimo de 3 dB a intensidade sonora é dobrada.

Log 1 = 0 Log 10 = 1 Log 100 = 2 Log 1000 = 3 Log 10000 =

ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO DE NÍVEIS DE RUÍDO - Os decibéis não podem ser adicionados ou subtraídos aritméticamente, uma vez que o mesmo é uma relação entre grandezas variáveis. - Adiciona-se NPS, para a obtenção do ruído total qdo conhecemos o ruído de 2 ou mais equipamentos. - Subtrai-se NPS para o reconhecimento do ruído de fundo. ADIÇÃO - Procedimentos: - Medir o nível de pressão sonora da màquina 1 e da máquina 2 (L1 e L2 respectivamente). - Calcular a diferença entre os dois níveis (L1 - L2), considerando L1 > L2. - Entrar na figura abaixo com a diferença, subir até a curva e obter o DL. - Adicionar o valor obtido de DL ao maior valor dos dois níveis medidos. NPS = L1 + DL (total)

SUBTRAÇÀO - Procedimentos: Medir o ruído total (Lt) do ambiente (máq. + fundo). Medir o nível de ruído de fundo (Lf) (máq. desligada). Obter a diferença entre os dois níveis (Lt - Lf), se for: - < 3 dB = ruído de fundo muito alto. - de 3 a 10 dB = corrigir (figura abaixo). - > 10 dB = não necessita correção.

NPS = Lt - DL (da máquina)

Exemplos:

RUÍDO (dB) EXEMPLOS

140 Limiar da dor 130 Avião a jato 120 Buzina de Carro 110 Forjaria 100 Serra Circular 90 Máquina Ferramenta 80 Máquina de Escrever 70 Fala Normal 60 Escritório (10 pessoas) 50 Escritório (2 pessoas) 40 Biblioteca 30 Quarto de Dormir 20 Sala Acústica 10 Limiar de Audição 0 ------------------------

INSTRUMENTOS PARA AVALIAÇÃO DE RUÍDO Todo equipamento deverá ser escolhido conforme o dado que se deseja obter, para o ruído os principais são:

1- Medidor de nível de pressão sonora (decibelímetro) 2- Dosímetro 3- Analisador de ruído 4- Calibrador

RESPOSTA DO SINAL SONORO - Controle de tempo de resposta do sinal sonoro.

-* SLOW - Um segundo (constante). - FAST - 125 mili segundo. - PEAK - 50 Micro segundos. - IMPULSE - 35 mili segundos.

AVALIAÇÃO DE RUÍDO ESCALA - Circuito de compensação A, B, C (linear).

- O ouvido humano não é igualmente sensível a todas as frequências, porém é mais sensível entre 2 KHz e 5 KHz, e menos nas frequências extremas (> e <). - A padronização e classificação de equipamentos eletrônicos que modele o comportamento do ouvido humano, são feitos através de circuitos de compensação A, B, e C.

** Os níveis mostrados na figura acima, são níveis relativos. Ex: NPS = 70 dB, em 1 Khz o ouvido humano percebe 70 dB(A). , em 50 Hz o ouvido humano percebe 39,8 dB(A) (70 - 30,2).

RESPOSTA DE FREQUÊNCIA - WEIGHTING - Controle de frequência (compensação). - Escalas A, B, C (linear) ESCALAS DE LEITURA - dB range - Escala de nível de pressão sonora em dB. - 20-80, 40-100, 60-120 e 80-140. Procedimentos para uma boa leitura:

1- Colocar o instrumento em condições de efetuar a avaliação: - Calibração. - Verificar carga da bateria. - Integridade do equipamento. 2- Abordagem do ambiente sob avaliação: - Determinação de situações acústicas. - Determinação do ciclo de exposição. - Mapa de ruído. 3- Medição: - Resposta do sinal (lenta, rápida, impacto). - Circuito de compensação (A, B, C). - Escala de leitura. - Características operacionais. - Possíveis interferências na medição. - Zona auditiva (ambos os ouvido). - Direcionamento do microfone. 4- Leitura: - Mínimo 3 leitura. - Mínimo 5 segundo para cada leitura (cad ouvido). - Cuidar erro de leitura (analógico).

PROPAGAÇÃO E CONTROLE DE RUÍDO MAPEAMENTO DO RUÍDO- Levantamento topográfico do ruído.

- Esboço relativamente exato, mostrando as posições relativas a todas máquinas, ambiente e processos. - Quanto maior o número de medições realizadas mais exato o levantamento. - É o ponto de partida para o planejamento de providências necessárias à proteção dos trabalhadores.

CONTROLE - Na fonte. - Na trajetória (meio). - No receptor (homem).

FONTE

FONTE

MEIO

MEIO

RECEPTOR

RECEPTOR

CONTROLE NA FONTE: - Eliminação da mesma (?). - Substituição/eliminação de componentes. - Alteração de projeto de estruturas vibrantes. - Dessintonização evitando ressonância. - Aumento da rigidez da estrutura. - Isolamento das vibrações. - Manutenção (balanceamento, lubrificação). CONTROLE NA TRAJETÓRIA: - Modificar a distância da fonte. - Barreiras parciais (parede). - Enclausuramento. - Uso de materiais absorvente. CONTROLE NO RECEPTOR: - Exames periódicos e pré-admissionais. - Exames audiométricos. - Limitação do tempo de exposição. - Educação e treinamento. - Rotatividade da função. - Proteção auricular (70 % aceitação). PROGRAM MÍNIMO DE CONSERVAÇÃO DE AUDIÇÃO 1- Medição do Ruído - Levantamento detalhado. 2- Avaliação do Risco - Possíveis causas e efeitos. - Limite de tolerância. 3- Redução do Ruído - Técnicas de controle. - Na fonte, trajetória e receptor. 4- Monitoramento Audiométrico - Exames periódicos. - Avaliação/medições contínuas.

• Deverá haver um coordenador do programa. • A participação dos trabalhadores é fundamental. • É direito dos trabalhadores a informação dos riscos aos quais

estão exposto.

PROTETORES AUDITIVOS/EPI:

Empregado quando as técnicas de controle de ruído não são disponíveis de imediato, ou até que ações específicas de controle sejam tomadas.

Os danos a audição ocorrem normalmente no ouvido interno, o protetor auditivo é uma barreira acústica que deve proteger esta parte do ouvido.

Um bom protetor auditivo deve satisfazer: - Boa atenuação. - Confortável. - Higiênico. - Baixo custo. - Seguro.

A energia sonora pode atingir o ouvido interno por 4 caminhos distintos:

1- Transmissão via ossos e tecidos (+ crítico).

2- Vibrações do protetor (reduz a eficácia em 25 a 40 dB).

3- Contato entre o protetor e a cabeça (reduz em 5 a 15 dB).

PROTETOR AUDITIVO HISTÓRICO: 1864 - Protetor tipo capa canal 1883 - Protetor tipo plug 1914 - Protetor tipo concha

TIPOS DE ENSAIOS

Mire - Microfone interno ATF – Cabeça artificial REAT- Dados coletados a partir de uma série de pessoas Selecionadas.

TIPOS DE PROTETORES AUDITIVOS INTERNOS: TAMPÃO TIPO DESCARTÁVEL - Algodão parafinado, espuma plástica (polimerizada) e alguns tipos de fibra. - Baixo custo. - De inserção.

TAMPÃO PRÉ-MOLDADO - Material elástico, não tóxico e lavável.

TAMPÃO TIPO MOLDAVEL - Borracha de silicone - Forma final é moldada no canal do ouvido. Vantagens: -Pequenos e fáceis de transportar - Facilidade de combinação com outros EPIs - Mais confortáveis para uso prolongado em áreas quentes e úmidas - Convenientes para serem utilizados em áreas confinadas Desvantagens: - Requer mais tempo para se ajustar a orelha - Mais difícil de inserir e remover - Requer maior higiene - Pode irritar o conduto auditivo externo - Fácil de perder

EXTERNOS: TIPO CONCHA - Material rígido e colchão de espuma circular. - Cobre toda a orelha. - Mais eficiente.

ESPECIAIS - Não lineares, sistema com filtros acústicos: - Tipo filtro passa-baixas (<2 KHz) - Tipo audiofone (música, mensagem) - Tipo ativo (fase invertida)

Vantagens: - Menor variabilidade de atenuação entre usuários - Um único tamanho se ajusta a maioria das cabeças - Podem ser avistados facilmente (monitoramento de uso) - Difícil de perder, fácil de achar Desvantagens: - Mais pesado (menos portátil) - Difícil de ser utilizado em combinação com outros protetores - Mais desconfortável em áreas quentes e úmidas - Inconveniente de usar em áreas confinadas - Pode interferir com o uso de óculos (inclusive de segurança)

PROBLEMAS NA UTILIZAÇÃO DOS PROTETORES AUDITIVOS - HIGIENE - Maior problema com os do tipo tampão. - Deve ser esterilizado pelo menos uma vez por semana (ferver) - O tipo concha pode causar transpiração e irritação na pele.

- Redução com uso de material tipo gase entre as conchas e a cabeça.

- DESCONFORTO - Elemento estranho ao corpo humano. - Os de tipo tampões de espuma expandida são os mais confortáveis.

- COMUNICAÇÃO VERBAL -Redução da percepção e/ou inteligibilidade de comunicação. - SENSO DE LOCALIZAÇÃO DE FONTE - Prejudicado. - SINAIS DE ALARME - Devem ser modificado, cruzando informações sonoras e visuais. - SEGURANÇA DO EPI - Minimizar os possíveis riscos de lesões aos usuários. - Sem componentes pontiagudos.

- Não serem fabricados com material granulado.

* O MELHOR EPI É AQUELE QUE O TRABALHADOR USA EM 100% DA JORNADA DE TRABALHO.

ALGUNS TIPOS DE PROTETORES AUDITIVOS

O ouvido humano e a representação física do seu funcionamento.

Valores médios de atenuação, de diversos tipos de protetores auditivos.

Atenuação média e combinação de dois tipos de protetores.

FATOR DE REDUÇÃO DE RUÍDO

Norma ANSI S.12.6-1984 dB(A) = dB(A) - (NRR-7) A mesma fórmula com as recomendações da NIOSH dB(A) = dB(A) - (NRR x f – 7) Onde: f = 0,75 para EPI tipo concha f = 05 para EPI tipo plugue de inserção espuma f = 0,3 para EPI tipo plugue de inserção pré-moldado PROBLEMA: Se o ruído no ambiente for 95 dB(A) e o EPI utilizado for tipo plugue pré-moldado com 21 dB de atenuação, temos: dB(A) = dB(A) – (NRR x f – 7) dB(A) = 95 – (21 x 0,3 – 7) dB(A) = 95,7 dB(A)

MÉTODO “B” DA NORMA ANSI S.12.6-1997 dB(A) = dB(A) – NRRsf (subject fit) NRRsf – Nível de redução de ruído onde os indivíduos forneceram informações para testes de fabricação. Este é o método aceito pelo INSS para fins de aposentadoria especial.

FATOR DE PROTEÇÃO DO PROTETOR AURICULAR

CRITÉRIO DA NIOSH (National Institute for Occupational Safety and Health) 1- Análise de Frequências. 2- Valor Único de RC (fator de proteção) NRR- Nível de Redução de Ruído - Fornecido pelo fabricante dB( C) - NPS no modo “slow”, curva de compensação “C”. dB(A) - NPS total que atinge o sistema auditivo do usuário.

% Tempo em que o protetor é usado 100 % 99,5% 99 % 98 % 94 % 88 % 75 % 50 % infinit 37 33 28 20 15 10 05

25 24 23 22 18 14 10 05 20 19 19 18 16 13 09 05 15 15 14 14 13 11 08 04 10 10 10 09 09 08 06 03 05 05 05 05 04 04 03 02 00 2,5 05 10 30 60 120 240

Tempo em minutos de não uso na jornada de trabalho Fonte: “A note on the protection afforded by hering protectors” D. Else

dB(A) = dB( C) - NRR

PORTARIA 3214/78 NR 15 ANEXO 1

LIMITE DE TOLERÂNCIA PARA RUÍDO CONTÍNUO E INTERMITENTE

NPS dB(A) MÁXIMA EXPOSIÇÃO DIÁRIA

85 08 horas 86 07 horas 87 06 horas 88 05 horas 89 04 horas e 30 minutos 90 04 horas 91 03 horas e 30 minutos 92 03 horas 03 02 horas e 30 minutos 94 02 horas e 15 minutos 95 02 horas 96 01 hora e 45 minutos 98 01 hora e 15 minutos 100 01 hora 102 45 minutos 104 35 minutos 106 30 minutos 108 25 minutos 110 20 minutos 112 15 minutos 114 08 minutos 115 07 minutos

** Tabela extraída da expressão T= 16 / (N-80)5

T = Tempo máximo de exposição em horas/dia. N = Nível de ruído medido em dB(A).

•••• NIOSH desenvolveu tal expressão, derivada de um estudo realizado em 1975 que envolveu 400 trabalhadores.

1. Entende-se por Ruído Contínuo ou Intermitente, para os fins de aplicação de Limites de Tolerância, o ruído que não seja ruído de impacto. 2. Os níveis de ruído contínuo ou intermitente devem ser medidos em decibéis (dB) com instrumento de nível de pressão sonora operando no circuito de compensação "A" e circuito de resposta lenta (SLOW). As leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador. 3. Os tempos de exposição aos níveis de ruído não devem exceder os limites de tolerância fixados no Quadro deste anexo. (115.003-0/ I4) 4. Para os valores encontrados de nível de ruído intermediário será considerada a máxima exposição diária permissível relativa ao nível imediatamente mais elevado. 5. Não é permitida exposição a níveis de ruído acima de 115 dB(A) para indivíduos que não estejam adequadamente protegidos. 6. Se durante a jornada de trabalho ocorrerem dois ou mais períodos de exposição a ruído de diferentes níveis, devem ser considerados os seus efeitos combinados, de forma que, se a soma das seguintes frações: C1 + C2 + C3 .......................................+ Cn T1 T2 T3 Tn exceder a unidade, a exposição estará acima do limite de tolerância. Na equação acima, Cn indica o tempo total que o trabalhador fica exposto a um nível de ruído específico, e Tn indica a máxima exposição diária permissível a este nível, segundo o Quadro deste Anexo. 7. As atividades ou operações que exponham os trabalhadores a níveis de ruído, contínuo ou intermitente, superiores a 115 dB(A), sem proteção adequada, oferecerão risco grave e iminente.

DOSE DE RUÍDO (D) A Portaria 3214/78 do MTb (NR-15 anexo 1), define o limite de tolerância para ruído em diferentes períodos de exposições com variáveis níveis, durante a jornada de trabalho.

C1/T1 + C2/T2 + ... + Cn/Tn < 1 Cn - Tempo total em que o trabalhador fica exposto a um nível específico de ruído. Tn - Máxima exposição diária permissível a este nível. Exemplo:

Um trabalhador durante a jornada diária de trabalho (8 horas), esteve exposto aos seguintes níveis de pressão sonora: - 5 horas a 85 dB(A) - 3 horas a 87 dB(A) - 1 horas a 80 dB(A) Questão: O Limite de Tolerância estabelecido pela NR-15 foi ultrapassado? Desenvolvimento: - C1 para 85 dB(A) = 5 horas - T1 para 85 dB(A) = 8 horas (tabela) - C2 para 87 dB(A) = 3 horas - T2 para 87 dB(A) = 6 horas (tabela) D = 5/8 + 3/6 = 0,625 + 0,50 = 1,125 Logo 1,125 > 1, o limite de tolerância foi ultrapassado.

___________________________________________ Leq - Nível de Ruído Equivalente (Nível contínuo que tem o mesmo potencial de lesão que níveis variáveis). Leq = Log D + 5,117 0,06 D = Dose de ruído. _______________________________________________________ Exemplo: Um trabalhador executa suas atividades num local cujo NPS é variável: 90 dB(A) - 1 hora 84 dB(A) - 4 horas 86 dB(A) - 3 horas O limite de tolerância ao ruído foi ultrapassado? D = 1 + 3 = 0,25 + 0,45 = 0,7 (< 1) 4 7 Leq = log 0,7 + 5,117 = - 0,155 + 5,117 = 82,7 dB(A) 0,06 0,06 _______________________________________________________

VARIAÇÕES DA DOSE DE RUÍDO

Leq = Log D + 5,117 0,06 D = Dose de ruído.

DOSE CORRIGIDA: EX: Tenho a dose calculada para 9 horas de trabalho e quero corrigi-la para 8 horas de trabalho

1- Transformo a Dose (9h) em percentual (x 100) 2- Divido o número de minutos das 8 horas (480minutos)

pelo numero de minutos das 9 horas (540 minutos), após multiplico pela Dose em percentual

D% (8h) será D% x 480 540 MÉDIA DE DOSES Só é possível calcular a média aritmética de uma dose, se a mesma estiver em percentual Dm = D1(%) + D2(%) 2

CRITÉRIO FUNDACENTRO NH01

Para q=3 NÍVEL DE EXPOSIÇÃO NORMALIZADO (NEN)- Nível de exposição, convertido para uma jornada padrão de 8 horas diárias, para fins de comparação com o limite de exposição. NEN = NE + 10log Te 480 NE- nível médio representativo da exposição diária Te- tempo de duração, em minutos, da jornada diária de trabalho. NE = 10log (480 x D ) + 85 Te 100 D- Dose diária de ruído em porcentagem ________________________________________________

OBS: Para fator de troca q = 5 NE ou TWA = 16,61log (9,6 x D(%) ) + 80 Te(min)

ANEXO Nº 2

LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA RUÍDOS DE IMPACTO

1. Entende-se por ruído de impacto aquele que apresenta picos de energia acústica de duração inferior a 1 (um) segundo, a intervalos superiores a 1 (um) segundo. 2. Os níveis de impacto deverão ser avaliados em decibéis (dB), com medidor de nível de pressão sonora operando no circuito linear e circuito de resposta para impacto. As leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador. O limite de tolerância para ruído de impacto será de 130 dB (linear). Nos intervalos entre os picos, o ruído existente deverá ser avaliado como ruído contínuo. (115.004-9 / I4) 3. Em caso de não se dispor de medidor de nível de pressão sonora com circuito de resposta para impacto, será válida a leitura feita no circuito de resposta rápida (FAST) e circuito de compensação "C". Neste caso, o limite de tolerância será de 120 dB(C). (115.005-7 / I4) 4. As atividades ou operações que exponham os trabalhadores, sem proteção adequada, a níveis de ruído de impacto superiores a 140 dB(LINEAR), medidos no circuito de resposta para impacto, ou superiores a 130 dB(C), medidos no circuito de resposta rápida (FAST), oferecerão risco grave e iminente. LIMITE DE TOLERÂNCIA PARA RUÍDO DE IMPACTO

dB Número de Impactos Permitidos/Dia 140 100 130 1.000 120 10.000

Fonte ACGIH (Não pode ser utilizado para laudo de insalubridade)

EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO

Procedimentos para uma boa leitura:

1- Colocar o instrumento em condições de efetuar a avaliação: - Consultar as normas (regras) aplicáveis para o equipamento. - Calibração.

- Verificar carga da bateria. - Integridade do equipamento. 2- Abordagem do ambiente sob avaliação: - Determinação de situações específicas: vento, vibrações, campo mag. - Determinação do ciclo de exposição. - Mapa de risco. - PPRA. 3- Medição: - Fazer algumas medições de orientação, antes de anotar valores reais. - Escala de leitura. - Características operacionais.(resposta de sinal, circuitos, etc.) - Possíveis interferências na medição. - Zona auditiva (ambos os ouvido). - Direcionamento do microfone, termômetro, etc. - Manter-se afastado de superfícies refletivas. 4- Leitura: - Mínimo 3 leitura. - Mínimo 5 segundo para cada leitura (cad ouvido). - Cuidar erro de leitura (analógico).

- Não aceitar leituras quando medidor estiver sobredefletado.