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Avaliação dos Blocos Cerâmicos Estruturais e de Vedação 1. ENSAIOS NORMALIZADOS PARA AVALIAÇÃO DOS BLOCOS CERÂMICOS

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Avaliação dos Blocos Cerâmicos Estruturais e de Vedação

1. ENSAIOS NORMALIZADOS PARA AVALIAÇÃO DOS BLOCOS CERÂMICOS

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2. PREPARAÇÃO DAS AMOSTRAS

Os corpos-de-prova devem ser recebidos, identificados, limpos, ter as rebarbas retiradas e

colocados em ambiente protegido que preserve suas características originais.

3. ENSAIO DE IDENTIFICAÇÃO

O bloco cerâmico deve trazer, obrigatoriamente, gravado em uma de suas faces externas, a

identificação do fabricante com caracteres de no mínimo 5 mm de altura, sem que prejudique

o seu uso.

a) identificação da empresa;

b) dimensões de fabricação em centímetros, na sequência largura (L), altura (H) e

comprimento (C), na forma (L x H x C), podendo ser suprimida a inscrição da unidade de

medida em centímetros.

O não atendimento do item de identificação em qualquer corpo-de-prova é suficiente para a

rejeição do lote.

4. CARACTERÍSTICAS VISUAIS

O bloco cerâmico de vedação não deve apresentar defeitos sistemáticos, tais como quebras,

superfícies irregulares ou deformações que impeçam o seu emprego na função especificada.

Na primeira amostragem:

Para que o lote seja aceito na primeira amostragem, é necessário que o número de unidades

não-conformes para os ensaios ou verificações considerados seja igual ou inferior ao indicado

na coluna de aceitação.

Para que o lote seja rejeitado na primeira amostragem, é necessário que o número de

unidades não-conformes para os ensaios ou verificações considerados seja igual ou superior ao

indicado na coluna de rejeição.

Caso o número de unidades não-conformes para os ensaios ou verificações considerados

resulte maior que o indicado na coluna de aceitação e menor que o indicado na coluna de

rejeição, devem ser repetidos os ensaios ou verificações que impossibilitaram a aprovação do

lote, empregando-se as unidades constituintes da segunda amostragem.

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Na segunda amostragem:

Para que o lote seja aceito na segunda amostragem, é necessário que a soma das unidades

não-conformes da primeira e da segunda amostragem para os ensaios ou verificações

considerados seja igual ou inferior ao indicado na coluna de aceitação.

Para que o lote seja definitivamente rejeitado, é necessário que a soma do número de

unidades não-conformes da primeira e segunda amostragem para os ensaios ou verificações

considerados seja igual ou superior ao indicado na coluna de rejeição.

5. CARACTERÍTICAS GEOMÉTRICAS

No caso de amostragem simples, para que o lote seja aceito é necessário que o número de

unidades não conformes esteja abaixo ou igual ao número de aceitação. Caso contrário, o lote

deve ser rejeitado.

Aceitação

Na inspeção por ensaios referente à dimensão efetiva, planeza das faces, desvio em relação ao

esquadro e espessura das paredes externas e septos, a aceitação ou rejeição do lote fica

condicionada à:

Equipamentos necessários:

A aparelhagem necessária para a execução do ensaio é a seguinte:

a) paquímetro com sensibilidade mínima de 0,05 mm;

b) régua metálica com sensibilidade mínima de 0,5 mm;

c) esquadro metálico de 90 ±0,5°;

d) balança com resolução de até 10 g.

Dimensões de fabricação:

As dimensões deverão estar dentro de uma das categorias da norma:

Blocos cerâmicos de vedação.

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Blocos cerâmicos estruturais.

Procedimentos

a. Determinação das medidas das faces – Dimensões efetivas

Os blocos devem ser colocados sobre uma superfície plana e indeformável. Os valores da

largura (L), altura (H) e comprimento (C) são obtidos fazendo-se as medições nos pontos

indicados:

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Resultados:

O lote deve ser rejeitado caso a média obtida a partir da verificação das dimensões efetivas

individuais ultrapasse a tolerância de:

Para dimensões individuais relacionadas à dimensão efetiva: ± 5mm.

Para dimensões relacionadas à média das dimensões efetivas: ± 3mm.

estabelecida para a média indicada na tabela 3.

Relatório de ensaio:

a) identificação do solicitante;

b) identificação da amostra e de todos os corpos-de-prova;

c) data do recebimento da amostra;

d) data do ensaio;

e) valores individuais das dimensões das faces de cada um dos corpos-de-prova, em

milímetros;

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f) valor da média de cada uma das dimensões consideradas, calculado como a média

aritmética dos valores individuais, em milímetros;

g) valores de referência das tolerâncias dimensionais;

h) referência à Norma;

i) registros sobre eventos não previstos no decorrer dos ensaios.

b. Determinação da espessura das paredes externas e septos dos blocos

A espessura das paredes externas deve ser medida no mínimo nos pontos indicados na figura,

buscando o ponto onde a parede apresenta a menor espessura.

As medições das espessuras dos septos devem ser obtidas na região central destes, utilizando

no mínimo quatro medições, buscando os septos de menor espessura.

Resultados:

Blocos cerâmicos de vedação: A espessura dos septos dos blocos cerâmicos de vedação deve

ser no mínimo 6 mm e das paredes externas no mínimo 7 mm.

Blocos cerâmicos estruturais de parede vazada: A espessura dos septos dos blocos cerâmicos

estruturais de parede vazada deve ser no mínimo 7 mm e das paredes externas no mínimo 8

mm.

Blocos cerâmicos estruturais de parede maciça: A espessura dos septos dos blocos cerâmicos

estruturais de parede maciça deve ser no mínimo 20 mm, podendo as paredes internas

apresentar vazados, desde que a sua espessura total seja maior ou igual a 30 mm, sendo 8 mm

a espessura mínima de qualquer septo.

Blocos cerâmicos estruturais perfurados: A espessura dos septos e paredes externas dos

blocos cerâmicos estruturais perfurados deve ser no mínimo 8 mm.

Relatório de ensaio:

a) identificação do solicitante;

b) identificação da amostra e de todos os corpos-de-prova;

c) data do recebimento da amostra;

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d) data do ensaio;

e) um esquema da face de corte transversal aos furos, com as indicações dos pontos onde os

valores das espessuras foram obtidos;

f) os valores individuais das espessuras das paredes externas e dos septos, para cada um dos

corpos-de-prova, expressos em milímetros;

g) valores de referência dos limites dimensionais;

h) referência à Norma;

i) registros sobre eventos não previstos no decorrer dos ensaios.

c. Determinação do desvio em relação ao esquadro (D)

Deve-se medir o desvio em relação ao esquadro entre uma das faces destinadas ao

assentamento e a maior face destinada ao revestimento do bloco, conforme a figura,

empregando-se o esquadro metálico e a régua metálica.

Resultados:

O desvio em relação ao esquadro deve ser de no máximo 3mm.

Relatório de ensaio:

a) identificação do solicitante;

b) identificação da amostra e de todos os corpos-de-prova;

c) data do recebimento da amostra;

d) data do ensaio;

e) valores individuais do desvio em relação ao esquadro (D) para cada um dos corpos-de-

prova, expressos em milímetros;

f) valor de referência do limite dimensional;

g) referência à Norma;

h) registros sobre eventos não previstos no decorrer dos ensaios.

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d. Determinação da planeza das faces (F)

Deve-se determinar a planeza de uma das faces destinadas ao revestimento através da flecha

formada na diagonal, conforme as figuras, empregando-se o esquadro metálico e a régua

metálica.

Resultados:

A flecha deve ser de no máximo 3 mm.

Relatório de ensaio:

a) identificação do solicitante;

b) identificação da amostra e de todos os corpos-de-prova;

c) data do recebimento da amostra;

d) data do ensaio;

e) valores individuais da planeza das faces (F) para cada um dos corpos-de-prova, expressos

em milímetros;

f) valor de referência do limite dimensional;

g) referência à Norma;

h) registros sobre eventos não previstos no decorrer dos ensaios.

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e. Determinação da área bruta (Ab) e da área líquida (Aliq)

A determinação da área bruta é aplicável para o bloco de vedação e estrutural e a

determinação da área líquida exclusivamente para bloco estrutural.

Determinação da área bruta (Ab)

a) medir a largura (L), a altura (H) e o comprimento (C) dos blocos a serem ensaiados;

b) a área bruta de cada bloco é obtida pela expressão L x C, expressa em centímetros

quadrados, com aproximação decimal.

Determinação da área líquida (Aliq)

a) após a determinação da área bruta, imergir os blocos em água fervente por 2 h ou em água

à temperatura ambiente por 24 h;

b) após saturados, os blocos devem ser pesados imersos em água à temperatura de (23 ± 5)°C;

o valor obtido é a sua massa aparente ma;

c) retirar os blocos, enxugá-los superficialmente com um pano úmido e pesá-los

imediatamente, obtendo-se a sua massa saturada mu;

d) área líquida, expressa em centímetros quadrados, de cada bloco, calculada segundo a

expressão:

( )

onde:

Aliq é igual à área líquida, em centímetros quadrados, com aproximação decimal;

mu é igual à massa do bloco saturado, em gramas;

ma é igual à massa aparente do bloco, em gramas;

H é igual à altura do bloco, em centímetros;

γ é igual à massa específica da água, tomada igual a 1, em gramas por centímetro cúbico.

Relatório de ensaios:

a) identificação do solicitante;

b) identificação da amostra e de todos os corpos-de-prova;

c) data do recebimento da amostra;

d) data do ensaio;

e) valor médio da área bruta, calculado como a média aritmética dos valores individuais;

f) valor médio da área líquida, calculado como a média aritmética dos valores individuais;

g) referência à Norma;

h) registros sobre eventos não previstos no decorrer dos ensaios.

6. CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

Equipamentos necessários:

A aparelhagem necessária para a execução do ensaio é a seguinte:

a) balança com resolução de até 5 g;

b) estufa com temperatura ajustável a (105 ± 5)°C.

d) balança com resolução de até 10 g.

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a. Determinação da massa seca (ms)

retirar do corpo-de-prova o pó e outras partículas soltas;

submeter os corpos-de-prova à secagem em estufa a (105 ± 5)°C;

determinar a massa individual, em intervalos de 1 h, até que duas pesagens

consecutivas de cada um deles difiram em no máximo 0,25%, pesando-os

imediatamente após a remoção da estufa;

medir a massa seca (ms) dos corpos-de-prova após a estabilização das pesagens, nas

condições acima estabelecidas, expressando-as em gramas.

b. Determinação da massa úmida (mu)

após a determinação da massa seca (ms), os corpos-de-prova devem ser colocados em

um recipiente de dimensões apropriadas, preenchido com água à temperatura

ambiente, em volume suficiente para mantê-los totalmente imersos;

o recipiente deve ser gradativamente aquecido até a água no seu interior entrar em

ebulição;

os corpos-de-prova devem ser mantidos completamente imersos em água fervente

por 2 h.

NOTAS

1 O volume de água evaporado do recipiente deve ser reposto para que a imersão dos corpos-

de-prova não seja comprometida.

2 Alternativamente, esta operação pode ser substituída pela imersão completa dos corpos-de-

prova em água à temperatura ambiente durante 24 h.

3 Havendo divergência quanto ao resultado deste ensaio, prevalece o resultado obtido em

água fervente.

no caso de uso de água fervente, transcorrido o tempo de imersão de 2 h de fervura,

deve ser interrompida a operação e os corpos-de-prova devem ser resfriados via

substituição lenta da água quente do recipiente por água à temperatura ambiente;

estando a água do recipiente à temperatura ambiente, os corpos-de-prova saturados

devem ser removidos e colocados em bancada para permitir o escorrimento do

excesso de água;

a água remanescente deve ser removida com o auxílio de um pano limpo e úmido,

observando-se que o tempo decorrido entre a remoção do excesso de água na

superfície e o término das pesagens não deve ser superior a 15 min;

a massa úmida (mu), expressa em gramas, é determinada pela pesagem de cada

corpo-de-prova saturado;

os resultados das pesagens devem ser expressos em gramas.

c. Determinação do índice de absorção d´água (AA)

O índice de absorção d´água (AA) de cada corpo-de-prova é determinado pela expressão:

( )

Onde:

mu e ms representam a massa úmida e a massa seca de cada corpo-de-prova, respectivamente,

expressas em gramas.

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Resultado:

O índice de absorção d´água não deve ser inferior a 8% nem superior a 22%

Na inspeção por ensaios referente ao índice de absorção d´água, a aceitação ou rejeição do

lote fica condicionada ao disposto na tabela:

Relatório de ensaios:

a) identificação do solicitante;

b) identificação da amostra e de todos os corpos-de-prova;

c) data do recebimento da amostra;

d) data do ensaio;

e) valores individuais da massa seca (ms), em gramas;

f) valores individuais do índice de absorção d’água AA, em porcentagem;

g) valores de referência do índice de absorção d’água;

h) referência à Norma;

i) registros sobre eventos não previstos no decorrer dos ensaios.

7. CARACTERÍSTICAS MECÂNICAS

Procedimentos

Generalidades

a) medir a largura (L), altura (H) e o comprimento (C) dos blocos;

b) para a regularização das faces de trabalho dos corpos-de-prova, devem ser utilizadas pastas

de cimento ou argamassas com resistências superiores às resistências dos blocos na área

bruta;

c) a superfície onde o capeamento será executado não deve se afastar do plano mais que 8 x

10-2mm para cada 4 x 102 mm;

d) o capeamento deve apresentar-se plano e uniforme no momento do ensaio, não sendo

permitidos remendos;

e) a espessura máxima do capeamento não deve exceder 3 mm;

f) alternativamente, as faces dos corpos-de-prova podem ser regularizadas por meio de uma

retífica, dispensando-se assim o capeamento.

Posição dos corpos- de- prova nos ensaios à compressão

Todos os corpos-de-prova devem ser ensaiados de modo que a carga seja aplicada na direção

do esforço que o bloco deve suportar durante o seu emprego, sempre perpendicular ao

comprimento e na face destinada ao assentamento.

Blocos cerâmicos estruturais e de vedação

Os corpos-de-prova devem ser preparados da seguinte forma:

a) cobrir com pasta de cimento (ou argamassa) uma placa plana indeformável recoberta com

uma folha de papel umedecida ou com uma leve camada de óleo mineral;

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b) aplicar à face destinada ao assentamento sobre essa pasta (ou argamassa) exercendo sobre

o bloco uma pressão manual suficiente para fazer refluir a pasta (ou argamassa) interposta, de

modo a reduzir a espessura no máximo a 3 mm;

c) logo que a pasta (ou argamassa) estiver endurecida, retirar com espátulas o excesso de

pasta existente;

d) passar, em seguida, à regularização da face oposta;

e) deve-se obter assim um corpo-de-prova com duas faces de trabalho devidamente

regularizadas e tanto quanto possível paralelas conforme figura;

f) após o endurecimento das camadas de capeamento, imergir os corpos-de-prova em água no

mínimo durante 6 h.

Execução do ensaio

A execução do ensaio deve ser a seguinte:

a) os blocos devem ser ensaiados na condição saturada;

b) todos os corpos-de-prova devem ser ensaiados de modo que a carga seja aplicada na

direção do esforço que o bloco deve suportar durante o seu emprego, sempre perpendicular

ao comprimento e na face destinada ao assentamento;

c) o corpo-de-prova deve ser colocado na prensa de modo que o seu centro de gravidade

esteja no eixo de carga dos pratos da prensa;

d) proceder ao ensaio de compressão, regulando os comandos da prensa, de forma que a

tensão aplicada, calculada em relação à área bruta se eleve progressivamente à razão de (0,05

± 0,01) MPa/s.

Relatório de ensaios:

Bloco estrutural

a) identificação do solicitante;

b) identificação da amostra e de todos os corpos-de-prova, inclusive sua indicação de

rastreabilidade;

c) data do recebimento da amostra;

d) data do ensaio;

e) valor médio de cada uma das dimensões dos blocos medidos;

f) desenho esquemático de como os corpos-de-prova foram ensaiados, ressaltando a posição

dos furos;

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g) resistência à compressão de cada corpo-de-prova, expressa em megapascals, com

aproximação decimal, obtida dividindo-se a carga máxima, expressa em newtons, observada

durante o ensaio, pela média das áreas brutas das duas faces de trabalho de cada bloco,

expressa em milímetros quadrados;

h) resistência média dos blocos expressa em MPa, com aproximação decimal, calculada como a

média aritmética dos valores individuais;

i) resistência característica à compressão estimada, determinada de acordo com 5.3 da ABNT

NBR 15270-2:2005;

j) desvio-padrão, em megapascals;

k) coeficiente de variação, em porcentagem;

l) valor de referência da resistência característica à compressão;

m) referência a esta Norma;

n) registros sobre eventos não previstos no decorrer dos ensaios.

Bloco de vedação

a) identificação do solicitante;

b) identificação da amostra e de todos os corpos-de-prova;

c) data do recebimento da amostra;

d) data do ensaio;

e) valor médio de cada uma das dimensões dos blocos medidos;

f) desenho esquemático de como os corpos-de-prova foram ensaiados, ressaltando a posição

dos furos;

g) resistência à compressão de cada corpo-de-prova, com aproximação decimal e expressa em

megapascals, obtida dividindo-se a carga máxima, expressa em newtons, observada durante o

ensaio, pela média das áreas brutas das duas faces de trabalho de cada bloco, expressa em

milímetros quadrados;

h) valor de referência da resistência à compressão;

i) referência a esta Norma;

j) registros sobre eventos não previstos no decorrer dos ensaios.

Resultados:

Na inspeção por ensaios, referente à resistência à compressão individual, a aceitação ou

rejeição do lote fica condicionada ao disposto na tabela: