Aula INSTUMENTAÇÃO

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INSTRUMENTAÇÃO E SIMBOLOGIA INDUSTRIAL Março-2015 Cascavel - Paraná

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Aula instrumentação industrial

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  • INSTRUMENTAO E SIMBOLOGIA

    INDUSTRIAL Maro-2015

    Cascavel - Paran

  • Tpicos:

    ERRO DE MEDIAO - ANLISE ESTATSTICA E

    INCERTEZAS

  • Erro de Medio Existe!

    Uma medio perfeita, isto , sem erros, s pode existir se um

    SM (sistema de medio) perfeito existir e a grandeza sob

    medio (denominada mensurando) tiver um valor nico,

    perfeitamente definido e estvel. Apenas neste caso ideal o

    resultado de uma medio (RM) pode ser expresso por um

    nmero e uma unidade de medio apenas.

  • Terminologia

    Para que se possa expor de forma clara e eficiente os conceitos da

    metrologia, atravs do qual so determinados e tratados os erros de

    medio, preciso empregar a terminologia tcnica apropriada. A

    terminologia adotada neste texto est baseada na

    Portaria 029 de 10 de maro de 1995 do INMETRO - Instituto

    Nacional de Metrologia, Normalizao e Qualidade Industrial, que

    estabelece o Vocabulrio de Termos Fundamentais e Gerais em

    Metrologia. Este documento baseado no vocabulrio

    internacional de metrologia elaborado por diversas entidades

    internacionais tais como BIPM, IEC, IFCC, ISO, IUPAC e IUPAP

  • Anlise estatstica e incertezas

    Este Guia foi preparado por um grupo de trabalho conjunto formado por especialistas nomeados pelo BIPM, pela Comisso Eletrotcnica Internacional (IEC), pela Organizao

    Internacional para a Normalizao (ISO), e pela Organizao Internacional de Metrologia Legal (OIML).

    Deram suporte para o desenvolvimento deste Guia, o qual em seu nome publicado, as sete

    organizaes* a seguir nomeadas:

    BIPM: Bureau International des Poids et Mesures (Bir Internacional de Pesos e Medidas)

    IEC: International Electrotechnical Commission (Comisso Eletrotcnica Internacional)

    IFCC: International Federation of Clinical Chemistry** (Federao Internacional de Qumica Clnica)

    ISO: International Organization for Standardization (Organizao Internacional para a

    Normalizao)

    IUPAC: International Union of Pure and Applied Chemistry** (Unio Internacional de

    Qumica Pura e Aplicada)

    IUPAP: International Union of Pure and Applied Physics** (Unio Internacional de Fsica

    Pura e Aplicada)

    OlML: International

    Guia para a expresso de incerteza de medio

  • Incerteza (de medio)

    [ VIM 2.26 ]

    Incerteza de medio, f

    [uncertainty of measurement / incertitude

    de mesure, f]

    Parmetro, associado ao resultado de uma

    medio, que caracteriza a disperso dos

    valores que podem ser fundamentalmente

    atribudos a um mensurando.

  • Incerteza (de medio)

    [ VIM 2.26 ]

    Observaes:

    1) O parmetro pode ser, por exemplo,

    um desvio padro (ou um mltiplo

    dele), ou a metade de um intervalo

    tendo uma probabilidade de abrangncia

    determinada.

  • Incerteza (de medio)

    [ VIM 2.26 ]

    Observaes:

    2) A incerteza de medio compreende, em geral, muitos componentes. Alguns destes componentes podem ser estimados com base na distribuio estatstica dos resultados das sries de medies e podem ser caracterizados por desvios padro experimentais (Tipo A). Os outros componentes, que tambm podem ser caracterizados por desvios padro, so avaliados por meio de distribuio de probabilidade assumidas baseadas na experincia ou em outras informaes (Tipo B).

  • Incerteza de medio

    Tipo A Tipo B Depende da

    estabilidade da varivel de processo

    Estimada pelo desvio padro

    Em experimentos de campo deve ser a a fonte de maior incerteza

    Depende da qualidade do sistema de medio

    Estimada a partir das informaes disponveis

    Em experimentos laboratoriais deve ser a fonte de maior incerteza.

  • 10

    Tipos de Erro

    Erro sistemtico (que deve ser corrigido)

    Erro aleatrio

    Ambos tem incertezas:

    Tipo A estimada atravs da estatstica

    Tipo B estimada por mtodos no-estatsticos:

    Fornecido pelo fabricante do instrumento

    Estimado pela experincia

    Assumido igual a metade da menor escala

    Sistemtica (associada ao erro sistemtico)

    Etc..

  • Resultado de medio

    O resultado de uma medio (RM) expressa propriamente o que se pode determinar com segurana sobre o valor do mensurando, a partir da aplicao do SM sobre esta. composto de duas parcelas:

    a) o chamado resultado base (RB), que corresponde ao valor central da faixa onde deve situar-se o valor verdadeiro do mensurando;

    b) e a incerteza da medio (IM), que exprime a faixa de dvida ainda presente no resultado, provocada pelos erros presentes no SM e/ou variaes do mensurando, e deve sempre ser acompanhado da unidade do mensurando. Assim, o resultado de uma medio (RM) deve ser sempre expresso por:

    ][unidadeIMRBRM

  • Componentes do erro de medio para

    medio direta

    Erro de medio a diferena entre o valor indicado

    pelo sistema de medio e o valor verdadeiro do

    mensurando.

    VVIE

    I o valor indicado pelo sistema de medio o valor verdadeiro do mensurando VV

    Esta equao no tem interesse prtico mas nos d uma idia de como tratar os

    erros de medio.

  • Erros aleatrios e erros sistemticos

  • Componentes do erro de medio

    O erro de medio pode ser decomposto em duas parcelas:

    Erro sistemtico e erro aleatrio.

    Erro sistemtico corresponde ao valor mdio do erro de medio.

    O erro aleatrio a parcela imprevisvel do erro de medio,

    responsvel pelas variaes encontradas em medies repetidas.

    VVIEs

    I a mdia de um nmero INFINITO de indicaes

    VV o valor VERDADEIRO do mensurando

  • Tendncia e Correo

    Tendncia (Td) uma estimativa do erro sistemtico.

    VVCITd

    I a mdia de um nmero FINITO de indicaes do instrumento.

    VVC o valor verdadeiro CONVENCIONAL do mensurando.

    VVC uma estimativa suficientemente prxima do valor verdadeiro do mensurando.

    dTC C o valor da Correo

  • Exemplo

    gVVC 01,01000

    VVCCIE

    TC

    VVCIT

    a

    d

    d

    No. I E

    1 1014 14

    2 1015 15

    3 1017 17

    4 1012 12

    5 1015 15

    6 1018 18

    7 1014 14

    8 1015 15

    9 1016 16

    10 1013 13

    11 1016 16

    12 1015 15

    Mdia 1015 15

    I

  • Erro aleatrio, Incerteza-padro e

    Repetividade

    Ic so as indicaes corrigidas.

    Quinze gramas foram

    subtradas de cada indicao.

    No. I C Ic Ea

    1 1014 -15 999 -1

    2 1015 -15 1000 0

    3 1017 -15 1002 2

    4 1012 -15 997 -3

    5 1015 -15 1000 0

    6 1018 -15 1003 3

    7 1014 -15 999 -1

    8 1015 -15 1000 0

    9 1016 -15 1001 1

    10 1013 -15 998 -2

    11 1016 -15 1001 1

    12 1015 -15 1000 0

    Mdia 1015 -15 1000 0

    I = Indicao

    C= Correo

    Ic = Indicao corrigida

    Ea = Erro aleatrio

  • Erro aleatrio, Incerteza-padro e

    Repetividade Aps a correo ser aplicada o

    sistema de medio passa a

    indicar, em mdia, corretamente.

    Porm, as indicaes obtidas

    no se repetem exatamente

    devido o erro aleatrio.

    O erro aleatrio no segue

    qualquer padro.

    IIE iia I

    I

    E

    i

    i

    a = erro aleatrio da i-sima indicao.

    = i-sima indicao

    = mdia das indicaes

  • Pode-se notar que o Erro aleatrio das 12 medies est restrito a uma faixa de valores de 3 g.

    Seria razovel esperar que a 13a. medio apresente um erro aleatrio entre -3 g e +3 g,

    No coincidncia que a mdia do erro aleatrio zero.

    Erro aleatrio, Incerteza-padro e

    Repetividade

    Denomina-se REPETITIVIDADE a faixa de valores simtrica em

    torno do valor mdio, dentro da qual o erro aleatrio de um sistema

    de medio esperado com uma certa probabilidade.

  • Estimativa da Incerteza-padro

    Erro aleatrio, Incerteza-padro e Repetividade

    O desvio-padro de uma distribuio normal associada ao

    erro de medio usado para caracterizar quantitativamente a

    intensidade da componente aleatria do erro de medio.

    Denomina-se Incerteza-padro o valor do desvio-padro do erro

    aleatrio de medio. comumente representado pela leta u

    (Vem do termo ingls uncertainty)

  • Populao o termo que se usa em estatstica para descrever o

    nmero total de elementos que compem o universo sobre o

    qual h interesse em se analisar.

    Estimativa da Incerteza-padro

    O conjunto total de indicaes que podem ser obtidas de

    medies repetidas de um mesmo mensurando ilimitado,

    constituindo uma populao infinita.

    O desvio-padro de uma populao infinita calculado pela

    seguinte expresso:

    n

    IIn

    i

    i

    n

    1

    2

    lim nI

    I i

    desvio-padro

    i-sima indicao

    mdia de todas as indicaes

    Nmero de medies repetitivas

    efetuadas

  • Na prtica no se dispe de infinitas medies repetidas.

    Uma estimativa do desvio-padro obtida pelo desvio-

    padro da amostra, calculada a partir de um nmero finito

    de medies repetidas do mesmo mensurando por:

    Estimativa da Incerteza-padro

    1

    1

    2

    n

    II

    s

    n

    i

    i

    n

    I

    I

    s

    i

    desvio-padro da amostra

    i-sima indicao

    mdia das n indicaes

    nmero de medies repetitivas efetuadas

    O desvio-padro da amostra uma estimativa do desvio

    padro da populao.

  • Quando calculada a partir de um conjunto de medies repetidas, a

    incerteza-padro corresponde ao desvio-padro da amostra. Deve

    ser associado incerteza-padro o nmero de graus de liberdade

    com que foi estimada. Comumente representado pela letra grega

    (l-se ni), o nmero de graus de liberdade reflete o grau de

    segurana com que a estimativa do desvio-padro determinada.

    Estimativa da Incerteza-padro

    A incerteza padro u e o respectivo nmero de graus de

    liberdade podem ser calculados por:

    1

    1

    1

    2

    n

    n

    II

    u

    n

    i

    i

  • Estimativa da Repetitividade

    A Repetitividade pode ser calculada a partir do desvio-padro da

    populao.

    A rea sob a curva NORMAL de distribuio de probabilidade

    unitria, o que equivale a dizer que h uma chance e 100% de uma

    varivel aleatria estar no intervalo de menos infinito a mais

    infinito.

    A rea contida dentro da faixa limitada por -2 e +2 pode ser

    calculada e corresponde a 95,45% da rea total.

    .9545

  • Quando o desvio-padro para populao infinita conhecido

    exatamente, o clculo da repetitividade para 95,45% muito

    fcil. Quando este desvio padro no conhecido, mas deve ser

    extimado experimentalmente, o clculo da repetitividade segue

    outro caminho:

    Estimativa da Repetitividade

    O matemtico ingls William Sealey Gosset desenvolveu um

    caminho confivel para estimar parmetros de um conjunto

    finito de dados . Sob o pseudnimo de Student ele publicou o

    seu trabalho em 1908. O trabalho consiste em uma nova

    distribuio que ele chamou de distribuio t.

    A idia bsica que quanto mais dados forem utilizados para

    calcular o desvio-padro, melhor ser a confiabilidade da

    estimativa realizada.

  • Para compensar a incerteza de uma estimativa do desvio-padro,

    a repetitividade deve ser calculada multiplicando-se a estimativa

    do desvio-padro por um nmero maior do que 2, incorporando

    assim um coeficiente de segurana devidamente calculado. Esse

    nmero o fator t de Student. Assim a repetitividade

    calculada por:

    Estimativa da Repetitividade

    ut.Re

    u

    t

    ReRepetitividade Coeficiente t de Student para 95,45% e n-1 graus de

    liberdade

    U incerteza-padro obtida a partir da amostra com n-

    1 graus de liberdade.

  • Distribuio T-Student

    A distribuio T de Student

    uma distribuio de probabilidade

    estatstica, publicada por um autor

    que se chamou de Student,

    pseudnimo de William Sealy

    Gosset, que no podia usar seu

    nome verdadeiro para publicar

    trabalhos enquanto trabalhasse

    para a cervejaria Guinness.

  • A repetitividade a metade do valor da largura da faixa

    com centro no zero, dentro da qual, para uma dada

    probabilidade, o erro aleatrio esperado. calculada pelo

    produto da incerteza-padro pelo respectivo coeficiente t de

    Student.

    Estimativa da Repetitividade

  • Aplicao para o exemplo da balana

    Estimativa da Repetitividade

    11112

    65,1112

    101512

    1

    2

    i

    iI

    u

    O coeficiente de Student obtido a partir da Tabela (Vide anexo Referncia 2)

    Para 95,45% de probabilidade e 11 graus de liberdade 255,2t

    g

    ut

    72,365,1.255,2Re

    .Re

  • Curva de Erros e Erro

    mximo

  • Curva de Erros

    o grfico que representa a distribuio dos erro sistemticos e

    aleatrios ao longo da faixa de medio do sistema de medio.

    No exemplo da balana mostrado determinou-se a Tendencia de 15g e a

    Repetitividade de 3,72g para uma massa padro de 1000 g.

    Ao medir repetidamente outros valores de massa padro pode-se obter outros

    valores de Tendncia e Repetividade.

    E

    A

    B

    C

    Indicao

    maxE

    1015

    15 iiTd Re

    iiTd Re

    iTd

  • Erro mximo

    o erro com o maior valor absoluto que pode ser

    cometido pelo sistema de medio nas condies que foi

    avaliado.

  • Nmeros significativos e

    arredondamentos

  • Algarismos significativos As indicaes

    Tem 3 algarismos significativos.

    mImmIcmI 0114,0,4,11,14,1

    O nmero de algarismos significativos presente em uma expresso

    numrica contado percorrendo cada algarismo da expresso numrica

    da esquerda para a direita. A contagem inicia quando o primeiro

    algarismo diferente de zero encontrado. A contagem incrementada

    para cada algarismo percorrido at que o ltimo algarismo da direita

    seja encontrado.

    Exemplos:

    12 Possui dois algarismo significativos

    1,2 possui dois algarismos significativos

    0,012 possui dois algarismo significativos

    0,0000012 possui dois algarismo significativos

    0,01200 possui quatro algarismo significativos

    45,300 possui cinco algarismo significativos

  • Regras de arredondamento numrico

    Algarismos significativos

    Norma NBR 5891. Resumidamente so 3 regras:

    Regra 1: Quando o algarismo imediatamente seguinte ao ltimo algarismo a ser conservado

    for inferior a cinco, o ltimo algarismo a ser conservado permanece sem modificao.

    Exemplo: 4,3333 arredondado para ter 1 casa decimal resulta em 4,3.

    Regra 2: Quando o algarismo imediatamente seguinte ao ltimo algarismo a ser conservado

    for superior a cinco, ou, sendo cinco, for seguido de no mnimo um algarismo diferente de

    zero, o ltimo algarismo a ser conservado dever ser aumentado de uma unidade.

    Exemplo A: 21,6666 arredondado para ter uma casa decimal resulta em 21,7.

    Exemplo B: 4,8505 arredondado para ter uma casa decimal resulta em 4,9.

    Regra 3: Quando o algarismo imediatamente seguinte ao ltimo algarismo a ser conservado

    for 5 seguido de zeros, o ltimo algarismo a ser conservado poder ou no ser modificado.

    Ser mantido sem modificao se for par. Ser acrescido de uma unidade se for impar.

    Exemplo A: 4,8500 arredondado para ter uma casa decimal torna-se 4,8.

    Exemplo B: 4,5500 arredondado para ter uma casa decimal torna-se 4,6.

  • Grafia do resultado de medio No h necessidade de envolver mais que dois algarismos

    significativos para descrever suficientemente bem o tamanho da faixa correspondente incerteza de medio.

    A seguinte regra dever ser usada:

    Regra 1: A incerteza de medio deve ser arredondada para conter no mximo dois

    algarismos significativos. No importa quantas casas decimais resultem.

    Regra 2: O resultado base deve ser arredondado para conter o mesmo nmero de casas

    decimais da incerteza de medio. No importa quantos nmeros significativos resultem.

    Grafia incorreta Grafia correta com um

    algarismo significativo na

    IM

    Grafia correta com dois

    algarismos significativos

    na IM

    (8,6124333+-0,01912) mm (8,61 +- 0,02) mm (8,612+- 0,019) mm

    (12,478892+-0,9111) kg (12,5+-0,9) kg (12,48+-0,91) kg

    (0,044721+-0,00028) A (0,0447+-0,0003) A (0,04472+-0,00028) A

    (256,12+-5,2456) mV (256+-5) mV (256,1+-5,2) mV

  • Arredondamento nos clculos

    Durante os clculos intermedirios, uma boa prtica

    utilizar vrios algarismo significativos. Se possvel, os

    arredondamentos devem ser deixados para o final, no

    momento de escrever o resultado de medio.

  • Considerando, conforme j dito, que a medio um processo

    estocstico, e que as indicaes do instrumento de medio so

    valores de uma varivel aleatria com uma distribuio de

    probabilidades subjacente, h pelo menos 2 maneiras de se obter a

    estimativa do valor mais provvel do mensurando:

    1. Usando um valor indicado pelo instrumento (N = 1);

    2. Usando a mdia de N > 1 indicaes/observaes.

    No primeiro caso, a disperso de valores obtidos a cada realizao

    da medio ser dada pelo desvio padro da varivel aleatria

    indicao do instrumento.

    No segundo caso, a disperso de valores obtidos a cada realizao

    da medio ser dada pelo desvio padro da varivel aleatria

    mdia de N indicaes do instrumento.

    Incerteza da mdia

  • Incerteza da mdia

    Suponha 8 classes de alunos. A mdia da altura dos alunos

    de cada classe

    O desvio padro das mdias menor do que o desvio

    padro de cada classe.

    Adota-se

    onde s representa o desvio padro de uma classe.

    8,1ihi

    n

    ss

    h

  • n

    ssx

    No caso de medidas nicas utilizadas para expressar o resultado de medio ( isto , o

    resultado um valor individual e no uma mdia), o desvio padro calculado acima no deve

    ser dividido por . n

    Incerteza da mdia

  • Incerteza padro da medio

    H dois tipos de Incerteza Padro:

    Incerteza Padro do Tipo A: obtida a partir de um conjunto finito de amostras, usando estimadores amostrais para a mdia e para o desvio padro.

    Incerteza Padro do Tipo B: obtida por qualquer outro meio, tal como informao prvia fornecida pelo fabricante; aproximaes conservadoras baseadas em experincia prvia com instrumentos similares; modelo matemtico formal do processo de medio especfico como um processo estocstico; etc.

  • Incerteza padro tipo A

    Na Incerteza Padro do Tipo A usamos estimadores amostrais para a mdia e para o desvio padro. Em condies usuais, os limites abaixo indicados so verdadeiros:

  • Incerteza padro tipo B

    No caso da obteno de informao sobre a FDP que no foi

    realizada atravs de anlise amostral, temos a Incerteza

    Padro do Tipo B.

    Algumas Funes de Densidade de Probabilidade bastante

    utilizadas so:

    Distribuio Normal ou

    Gaussiana

    aa

    Distribuio Retangular

  • Por que a distribuio Normal to utilizada?

    Com somente 2 parmetros possvel especificar toda a funo;

    Teorema Central do Limite: Se uma varivel aleatria o resultado da contribuio mdia de um grande nmero de variveis aleatrias independentes, ento essa varivel resultante ter distribuio aproximadamente Normal, mesmo quando as variveis aleatrias contribuintes no apresentam distribuio Gaussiana.

    Para uma varivel aleatria x com distribuio Gaussiana, os seguintes fatos so verdadeiros:

    H 68% de chances que

    H 95% de chances que

    H 99,7% de chances que

    Incerteza padro tipo B

    x

    22 x

    33 x

  • Muito utilizada nos casos em que se sabe que a

    varivel est limitada a um intervalo finito, e

    no h razo para atribuir uma probabilidade

    diferenciada para regies dentro desse

    intervalo. Ex.: valor indicado por um

    instrumento de resoluo finita (e.g. Voltmetro

    digital).

    Incerteza padro tipo B

    Distribuio retangular ou uniforme

    ba

    bxa

    ),(0

    ,1

    )(

    baxpara

    baxparaabxp

    32

    2)(

    ab

    abxE

    Quando o tipo de distribuio de probabilidade assumido como perfeitamente

    conhecido, o nmero de graus de liberdade envolvidos sempre considerado

    infinito.

  • Exemplo de utilizao de

    distribuio uniforme

    Um instrumento digital apresenta uma Resoluo igual a 1.

    Isso significa que qualquer medida y=xyz,w ser indicada como

    5,01

    5,0

    wsexyzR

    wsexyzR

    Nesse caso, existe uma mesma probabilidade de que o erro cometido esteja dentro do

    intervalo (-0,5, 0,5) conforme a figura.

    5,005,0

    )(ErroP A incerteza padro calculada como

    29,032

    1

    ,3

    2/3

    u

    casonoRa

    u

  • Caracterizao do processo de

    medio

    Definio do Mensurando

    Procedimento de medio

    Condies ambientais

    Operador

    Sistema de medio

    Fontes de incerteza

    Resultado de

    medio

  • Variabilidade do mensurando

    comum esperar que o mensurando tenha um valor nico e bem definido. Isso correto na maioria das vezes. Trata-se de mensurando invarivel.

    Um mensurando considerado invarivel se seu valor permanecer constante durante o perodo em que a medio efetuada.

    H casos onde o valor do mensurando apresenta variaes. A

    temperatura um exemplo: Seu valor varia de acordo com a

    posio em que medida ao longo do tempo. Seu valor no

    nico mas flutua dentro de uma faixa. denominado um

    mensurando varivel.

    Um mensurando varivel quando seu valor no nico, mas

    varia em funo da posio, do tempo ou de outros fatores.

  • Correo combinada

    A correo combinada o valor da correo a ser aplicada a

    sum processo de medio. formada a partir da soma

    algbrica das correes individualmente estimadas para

    cada fonte de incerteza.

    nCCCCC 321

  • Incerteza combinada uc

    Os efeito da ao combinada de vrias fontes de incerteza

    devem ser quantificados pela incerteza combinada.

    A maneira de combinar depende do tipo de correlao entre

    as fontes de incerteza.

    Existem claramente dois casos:

    Fontes de incerteza no-correlacionadas

    Fontes de incerteza correlacionadas ou estatisticamente

    dependentes.

    Denomina-se incerteza combinada o desvio-padro

    resultante da ao combinada das componentes aleatrias de

    todas as fontes de incerteza que afetam um processo de

    medio.

  • Incerteza combinada Caso de incertezas

    no correlacionadas

    22

    3

    2

    2

    2

    1

    2

    nc uuuuu

    cu Incerteza combinada

    iu Incerteza-padro da i-sima fonte de incerteza

  • Cada uma das incertezas-padro, separadamente estimadas

    para cada fonte de incerteza, tem um certo nmero de graus

    de liberdade associado.

    O nmero de graus de liberdade efetivo o nmero de

    graus de libertade correspondente incerteza combinada.

    Incerteza combinada Caso de

    incertezas no correlacionadas

    n

    n

    ef

    c uuuu

    4

    2

    4

    2

    1

    4

    1

    4

    ef Nmero de graus de liberdade efetivos

    i Nmero de graus de liberdade da i-sima fonte de incerteza

    iu Incerteza-padro da i-sima fonte de incerteza

  • Incerteza expandida U

    A incerteza combinada (uc) correponde ao desvio-padro da

    ao conjunta de todas as fontes de incerteza. Para obter a faixa

    de valores em que, com 95% de probabilidade, espera-se

    encontrar o erro aleatrio do processo de medio, necessrio

    multiplica-la pelo fator de abrangncia.

    cukU

    Fator de

    abrangncia

    Incerteza

    combinada

    Incerteza

    expandida

  • Incerteza expandida U

    cukU

    O fator de abrangncia depende da distribuio de

    probabilidade considerada.

    Um valor usual de k=2 utilizado no caso de uma

    distribuio Normal levando a uma probabilidade de

    abrangncia de 95%.

    No caso de Incertezas Padro do Tipo A (desvio padro da mdia

    amostral usado como estimativa da disperso de valores),

    considerando que o instrumento produz indicaes segundo uma

    distribuio Gaussiana de probabilidades, precisamos calcular o

    fator de abrangncia tendo em vista o nmero N de amostras

    usadas na estimativa do desvio padro:

  • Seria correto usar k = 2 para conseguir uma probabilidade de

    abrangncia de 95% para um caso em que usamos apenas 5

    amostras para se estimar o desvio padro?

    E poderamos usar k = 2 para conseguir uma probabilidade de

    abrangncia de 95% para outro caso em usamos 1000 valores

    para se estimar o desvio padro?

    Como levar o nmero de amostras em considerao?

    Incerteza expandida U

  • Incerteza expandida U Neste caso, ao invs de se considerar a distribuio de probabilidade Gaussiana, preciso usar a distribuio t-Student, com v = N-1 graus de liberdade, para se calcular o fator de abrangncia.

    Caudas com mais

    massa para melhor

    representar a incerteza na

    estimativa do desvio-padro.

  • Incerteza expandida U

    A medida que o nmero de graus de liberdade (nmero de

    amostras)

    aumenta, a distribuio t-Student tende a distribuio Normal.

    Uma tpica tabela de fatores de abrangncia k, para uma

    probabilidade de abrangncia de 95%, considerando v = N-1

    graus de liberdade :

  • Passos para obter a correo combinada

    e a incerteza de medio

    Passo1 Anlise do processo de medio

    Passo 2 Identificao das fontes de incerteza

    Passo3 Quantificao dos efeitos sistemticos

    Passo 4 Quantificao dos efeitos aleatrios

    Passo 5 Clculo da correo combinada

    Passo 6 - Clculo da incerteza combinada e do nmero de graus de liberdade efetivos

    Passo 7 Clculo da incerteza expandida

    Passo 8 Expresso do resultado de medio

  • Exemplo 1: Calibrao de uma balana usando uma massa padro.

    Balana Resoluo:0,02g

    Temp. amb:20,0+- 1,0 C

    Passo1 Anlise do processo de medio

    O mensurando a massa-padro. Est bem definida. Deve estar limpa e em bom estado.

    importante verificar que o seu certificado de calibrao est dentro do prazo de

    validade. H informaes disponveis sobre a correo que deve ser aplicada a massa-

    padro e sobre sua incerteza (expandida).

    O procedimento de medio consiste em ligar a balana, aguardar seu aquecimento por

    30 minutos, limpar o prato de medio, verificar o seu zero e ajust-lo se necessrio. As

    condies como temperatura, tenso de alimentao da balana, nivelamento da balana,

    etc. esto dentro das normas.

    Massa padro

    Valor nominal:20,000 g

    Correo:=0,005 g

    Incerteza da correo:

    0,002 g

  • Exemplo 1:

    Passo 2 Identificao das fontes de incertezas

    a) Repetitividade da balana, isto , o fato de as indicaes de

    medies repetidas no mostrarem sempre o mesmo valor.

    Contribuio aleatria.

    b) A incerteza na correo da massa padro deixa uma incerteza

    no processo de medio.

    c) A resoluo da balana. Contribuio aleatria.

  • A massa padro possui uma componente sistemtica do

    erro. A correo de -0,005 g aplicada.

    Exemplo 1:

    Passo 3 Quantificao dos efeitos sistemticos

  • Deve-se obter as incertezas-padro a partir das informaes sobre todas as incertezas:

    Exemplo 1:

    Passo 4 Quantificao dos efeitos aleatrios

    4.1 - Repetitividade da balana estimada utilizando 5 indicaes:

    No. Indicao

    1 20,16

    2 20,10

    3 20,14

    4 20,12

    5 20,18

    Mdia 20,140

    s 0,0316

    4,0141,05

    0316,0Re REvg

    n

    uu

    1

    1

    1

    2

    n

    n

    II

    u

    n

    i

    i

  • 4.2 - A incerteza-padro da massa padro deve ser obtida

    pela incerteza expandida da sua correo, que conhecida e

    igual a 0,002 g. Como no h informao sobre o fator de

    abrangncia, nem o nmero de graus de liberdade efetivos

    com que foi determinada a incerteza, assume-se k=2,00.

    Exemplo 1:

    Passo 4 Quantificao dos efeitos aleatrios

    vgU

    u MPMP ,001,02

    002,0

    2

  • 4.3 A incerteza padro do erro de arredondamento

    introduzido pela resoluo do dispositivo indicador pode ser

    determinada assumindo uma distribuio uniforme

    (retangular) com a =R/2.

    Exemplo 1:

    Passo 4 Quantificao dos efeitos aleatrios

    RR vgRa

    u ,00577,03

    01,0

    3

    2/

    3

  • A correo combinada, calculada a partir da soma algbrica

    das correes individualmente estimadas para cada fonte de

    incerteza, coincide com a correo da nica fonte de incerteza

    com contribuio sistemtica. Logo

    Exemplo 1:

    Passo 5 Clculo da correo combinada

    gCC MPc 005,0

  • A incerteza combinada calculada, a partir das incertezas-padro de cada fonte de incerteza,

    Exemplo 1:

    Passo 6 Clculo da incerteza combinada e do nmero

    de graus de liberdade efetivos

    222

    Re RMPc uuuu

    guc 0153,000577,00010,00141,0222

    O nmero de graus de liberdade efetivo calculado por:

    R

    R

    MP

    MP

    ef

    c uuuu

    44

    Re

    4

    Re

    4

    444400577,0001,0

    4

    0141,00153,0

    ef

    49,5ef 5ef

  • Exemplo 1:

    Passo 7 Clculo da incerteza expandida (U)

    cukU

    k determinado utilizando a tabela t-student entrando com

    o grau de liberdade para a probabilidade de 95% .

    cu5

    65,2k

    gukU c 0405,00153,0.65,2

  • Exemplo 1:

    Passo 8 Expresso do resultado de medio

    Com esses parmetros possvel calcular o valor da

    correo da balana (Cb) e sua respectiva incerteza para esse

    ponto de calibrao.

    gC

    C

    UICMPC

    b

    b

    cb

    04,015,0

    0405,0140,20)005,0(000,20

    Para esse ponto de calibrao, a correo a ser aplicada na

    indicao da balana de -0,15 g, conhecida com uma

    incerteza expandida de 0,04 g.

  • Balano de incertezas

    Processo de medio Calibrao de uma balana digital-ponto 20 g

    Unidade: g

    Fontes de incerteza: Efeitos

    sistemticos

    Efeitos aleatrios

    Simbolo Descrio Correo a distribuio u

    Re Repetitividade

    natural

    - Normal 0,0141 4

    MP Massa-padro -0,005 0,002 Normal 0,0010

    R Resoluo do

    mostrador

    - 0,01 Retangular 0,00577

    Cc Correo

    Combinada

    -0,005

    uc Incerteza

    combinada

    Normal 0,0153 5

    U Incerteza

    expandida

    Normal 0,0405

    RESUM0 DOS CLCULOS

    Exemplo 1:

  • Exemplo 2: Determinao da massa de uma pedra preciosa usando balana digital.

    Balana Resoluo:0,02g

    Determinar a incerteza de medio de uma pedra preciosa realizada nas seguintes

    condies:

    Utilizado uma balana eletrnica com certificado de calibrao.

    Onze valores da correo e das respectivas incertezas expandidas esto disponveis

    para vrios pontos da faixa de medio .

    A balana apresenta um indicador digital com resoluo de 0,02 g.

    A temperatura no local onde a medio foi efetuada oscila tipicamente entre 24,0 e

    26,0 C.

    A balana apresenta deriva trmica, isto , acresce o valor da indicao de 0,008 g

    para cada Kelvin de variao da temperatura ambiente acima da temperatura de

    calibrao ( 20 C)

    A calibrao foi realizada h cinco meses. Sabe-se que o zero da balana varia em

    funo do tempo dentro dos limites de +- 0,01 g/ms (deriva temporal).

  • Exemplo 2:

    Dados de calibrao da balana

    Indicao Correo

    C

    Incerteza

    Expandida U

    0 0,00 0,03

    5 -0,04 0,03

    10 -0,08 0,04

    15 -0,12 0,04

    20 -0,15 0,04

    25 -0,17 0,04

    30 -0,17 0,04

    35 -0,15 0,05

    40 -0,13 0,05

    45 -0,10 0,05

    50 -0,07 0,05

    Resoluo: 0,02 g

    Deriva trmica: 0,008 g/K

    Deriva temporal: +- 0,010 g/ms

    No. Indicao

    1 19,94

    2 19,92

    3 19,98

    4 19,96

    5 19,90

    6 19,94

    7 20,00

    8 19,94

    9 19,94

    10 19,96

    11 19,92

    12 20,00

    Mdia 19,950

    s 0,0313

    Medies realizadas Dados do certificado de calibrao

  • Passo1 Anlise do processo de medio

    Passo 2 Identificao das fontes de incerteza

    Passo3 Quantificao dos efeitos sistemticos

    Passo 4 Quantificao dos efeitos aleatrios

    Passo 5 Clculo da correo combinada

    Passo 6 - Clculo da incerteza combinada e do nmero de graus de liberdade efetivos

    Passo 7 Clculo da incerteza expandida

    Passo 8 Expresso do resultado de medio

    Exemplo 2:

  • O mensurando esta bem definido. Trata-se de um

    mensurando invarivel.

    O processo de medio realizado com uma balana sobre

    a qual se conhece o certificado de calibrao e dados sobre

    sua resoluo, deriva trmica e temporal. As condies

    ambientais durante a medio so conhecidas assim como o

    procedimento operacional que consiste em realizar 12

    medies.

    Passo1 Anlise do processo de medio

    Exemplo 2:

  • Passo2 Identificao das fontes de incerteza

    Exemplo 2:

    A Repetitividade da balana (Re)

    A resoluo limitada da balana

    As correes apresentadas no certificado de calibrao (Ccal) contribuem com

    uma parcela sistemtica de erro que ser compensada e a incerteza das

    calibraes, com uma componente aleatria.

    A deriva temporal (DTmp) a denominao dada ao efeito da degradao das

    caractersticas metrolgicas da balana com o tempo.

    Os efeitos da diferena de temperatura entre as condies de uso da balana e

    aquela que existia na calibrao. Essa informao combinada com o

    conhecimento da deriva trmica ( Dter) do instrumento resultar em uma

    componente de erro sistemtico e outra aleatria decorrente das variaes naturais

    de temperatura no lacal das medies.

  • 3.1 A mdia das 12 indicaes resultou e 19,95 g.

    Prximo a 20 g. Da tabela de calibrao entrando-se com 20

    g obtm-se a correo Ccal=-0,15 g

    3.2 A deriva trmica produz uma componente sistemtica e

    outra aleatria. A componente sistemtica obtida

    considerando que a temperatura durante as medies 5 C

    maior do que a da calibrao. Essa diferena equivale a 5 K.

    Para cada kelvin a balana indica 0,008 g a mais. Ento

    Passo3 Quantificao dos efeitos sistemticos

    Exemplo 2:

    gKKgTC DterdDter 040,05./008,0

  • Passo4 Quantificao dos efeitos aleatrios

    Exemplo 2:

    Todas as fontes de incertezas possuem contribuies aleatrias:

    4.1 - Clculo da incerteza padro e graus de liberdade para as 12 medies:

    11112

    0090,012

    0313,0

    Re

    Re

    gn

    uu

    4.2 - Clculo da incerteza padro devido ao arredondamento causado pela resoluo:

    R

    R gRa

    u

    00577,03

    01,0

    3

    2/

    3

  • Passo4 Quantificao dos efeitos aleatrios

    Exemplo 2:

    4.3 A incerteza expandida da calibrao para 20 g U=0,04 g. Como o fator de

    abrangncia no foi fornecido ser utilizado k=2 para obter-se a incerteza padro. O

    grau de liberdade ser considerado infinito.

    CCalCCalk

    Uu

    gparaU

    ,02,02

    04,0

    0,2004,0

    4.4 A deriva temporal produz, depois de 5 meses, uma degradao que situa-se na

    faixa: g050,0010,0.5

    Utiliza-se uma distribuio uniforme ou retangular para obter-se a incerteza-padro:

    DTmpDTmpa

    u ,0033,03

    05,0

    3

  • Passo4 Quantificao dos efeitos aleatrios

    Exemplo 2:

    4.5 A deriva trmica provoca um aumento da indicao de 0,008 g para cada kelvin

    em que a temperatura excede a temperatura de referncia de 20 C. Assumindo uma

    mesma probabilidade da temperatura situar-se entre 24 e 26 C utiliza-se uma

    distribuio uniforme ou retangular de probabilidade no clculo da incerteza padro.

    26 24 22

    Probabilidade

    Temperatura ( C )

    0,048 0,032 0,016

    Probabilidade

    Erro ( g )

    0,040

    20

    0,000

    DTerDTer ga

    u ,0040,03

    040,0048,0

    3

  • Passo 5 Clculo da correo combinada

    Exemplo 2:

    A correo combinada a soma algbrica das correes

    indidualmente estimadas para cada fonte de incerteza:

    gCDTerCC CCalc 19,0)04,0()15,0(

  • Passo 6 Clculo da incerteza combinada e do nmero

    de graus de liberdade efetivos

    Exemplo 2:

    22222

    Re DTerDTmpCCalRc uuuuuu

    guc 0234,0)0046,0()0033,0()020,0()00577,0()0090,0(22222

    DTer

    DTer

    DTmp

    DTmp

    CCal

    CCal

    R

    R

    C

    C uuuuuu

    4444

    Re

    4

    Re

    4

    444444

    11

    )0090,0()0234,0( DTerDTmpCCalR

    C

    uuuu

    503C

    503,0234,0 CCu

  • Passo 7 Clculo da incerteza expandida

    Exemplo 2:

    Para o grau de liberdade igual a 503, o fator de abrangncia k=2,0

    CukU .

    gU 047,00234,0.0.2

  • Passo 8 Expresso do resultado de medio

    Exemplo 2:

    gRM

    RM

    UCIRM c

    05,076,19

    047,0)19,0(95,19

  • Medies diretas e indiretas Nas medies diretas, (exemplos 1 e 2 anteriores), o valor associado

    ao mensurando resulta naturalmente da aplicao do sistema de

    medio sobre ele. A medio de um dimetro por um paqumetro,

    da temperatura de uma sala por um termmetro, da velocidade de

    uma automvel pelo seu velocmetro so exemplos de medio

    direta.

    Medies so ditas indiretas quando o valor do mensurando calculado

    a partir de operaes matemticas efetuadas envolvendo duas ou mais

    medidas associadas a diferentes caractersticas do mensurando.

    As medidas associadas s diferentes caractersticas do mensurando, que

    so combinadas em uma medio indireta, so genericamente

    denominadas de grandezas de entrada.

  • Modelo matemtico

    Medies diretas e indiretas

    Para que o resultado de medio de uma medio indireta possa ser

    determinado, necessrio dispor de um modelo matemtico que

    relacione as grandezas de entrada com o valor do mensurando.

    Frequentemente, equaes simples, envolvendo as quatro operaes aritmticas bsicas

    so envolvidas. A determinao da resistncia (R) de um componente eletrnico em um

    circuito CC obtida dividindo-se a tenso (V) pela corrente eltrica (I) que passa por ele

    (R=V/I) um exemplo.

    Um exemplo mais complexo seria a determinao da distncia entre dois pontos no

    espao a partir das medies de suas respectivas coordenadas (x, y, z).

    2122

    12

    2

    12 )()( zzyyxxd

  • Dependncia estatstica e correlao

    Duas variveis aleatrias so ditas no-correlacionadas ou estatisticamente independentes quando as variaes da primeira no guardam nenhum tipo de sincronismo com as variaes aleatrias da segunda.

    Na linguagem estatstica, denomina-se varivel aleatria uma

    funo, ou varivel, cujo valor no pode ser previsto exatamente,

    mas apenas em termos de probabilidade. Quando medies

    repetidas de um mensurando invarivel so realizadas, as

    indicaes obtidas apresentam variaes em funo do erro

    aleatrio. No possvel prever exatamente o valor da prxima

    indicao. A indicao obtida de um sistema de medio

    tambm uma varivel aleatria.

  • Variveis aleatrias so ditas correlacionadas ou estatisticamente

    dependentes quando as variaes da primeira esto, de alguma

    forma, sincronizadas com as variaes aleatrias da segunda.

    Exemplo: A temperatura da gua na praia do Campeche esta

    correlacionada com a temperatura da gua da praia da Joaquina em

    Florianpolis.

    Dependncia estatstica e correlao

  • Coeficiente de correlao um ndice que revela a existncia e o

    tipo de correlao entre duas variveis aleatrias. calculado pela

    equao :

    Dependncia estatstica e correlao

    yx

    YXYX

    ),cov(),(

    y

    x

    YX

    YX

    ),cov(

    ),( Coeficiente de correlao entre as var. aleatrias X e Y

    Covarincia entre X e Y

    Desvio padro da varivel aleatria X

    Desvio padro da varivel aleatria Y.

    Para um conjunto de n medies utiliza-se

    n

    i

    n

    i

    ii

    n

    i

    ii

    yyxx

    yyxx

    YXr

    1 1

    22

    1),(

    1),(1 YX

  • Algumas situaes onde pode haver correlao nas medies de duas entradas distintas:

    Dependncia estatstica e correlao

    Quando h erros sistemticos intencionalmente no compensados

    Quando ambos os processos de medio so fortemente afetados por uma mesma

    grandeza de influncia como, por exemplo, a temperatura ou a tenso da rede eltrica, ou

    mesmo pelo operador.

    Quando as medies de ambas grandezas de entrada so realizadas pelo mesmo sistema

    de medio em condies muito distintas das condies de calibrao.

    Quando ambas as medies so realizadas pelo mesmo sistema de medio, depois de

    um longo perodo aps a ltima calibrao.

    Normalmente duas medies de grandezas de entrada distintas so no-

    correlacionadas quando as condies permitem assegurar que os erros sistemticos

    foram eficazmente corrigidos e no h uma mesma grandeza de influncia afetando

    fortemente os processos de medio.

  • Soma e subtrao

    Dependncia estatstica e correlao

    Estimativa da incerteza combinada de medies no-

    correlacionadas

    O quadrado da incerteza-padro da soma e/ou subtrao de

    medies no-correlacionadas obtido a partir da soma dos

    quadrados das incertezas-padro associadas a cada grandeza de

    entrada.

    )()()()( 222

    1

    2

    21

    2

    nn XuxuXuXXXu

  • Soma e subtrao - Exemplo:

    Dependncia estatstica e correlao Estimativa da incerteza combinada de medies no-

    correlacionadas

    Obteve-se os seguintes resultados de medio de duas massa-padro em uma mesma

    balana:

    Massa 1 (500,0+-0,8) g, Massa 2 (200,0+-0,6) g.

    Expressar o valor da soma das massas

    Na falta de maiores informaes utiliza-se o fator de abrangncia igual a dois para o

    clculo das incertezas padro

    Calcula-se a incerteza padro combinada

    Calcula-se a incerteza expandida de m1+m2

    Finalmente

    3,02

    6,0,4,0

    2

    8,021 uu

    guummu 5,03,04,0)( 22222

    121

    gmmummU 0,15,00,2)(0,2 2121

    gmm )0,10,700(21

  • Dependncia estatstica e correlao Estimativa da incerteza combinada de medies no-

    correlacionadas

    Multiplicao e diviso:

    Utiliza-se o conceito de incerteza-padro relativa: O coeficiente entre a

    incerteza-padro e o resultado base de uma medio. Por exemplo

    ur(a)=u(a)/a a incerteza-padro relativa de a.

    2

    2

    2

    2

    1

    1

    2

    21

    21 )()(

    X

    Xu

    X

    Xu

    XX

    XXu 22

    1

    2

    21

    2 XuXuXXu RRR

    2

    2

    2

    2

    1

    1

    2

    21

    21 )()(

    /

    /

    X

    Xu

    X

    Xu

    XX

    XXu

    22

    1

    2

    21

    2 / XuXuXXu RRR

  • Dependncia estatstica e correlao Estimativa da incerteza combinada de medies no-

    correlacionadas

    Exemplo de um caso com diviso: Determinar a incerteza padro e expressar o

    resultado de medio para a corrente eltrica que circula em um resistor com valor

    conhecido de 500,0 Ohm e incerteza padro uR=0,5 Ohm sobre o qual mediu-se

    uma tenso V=150,0 V com uma incerteza padro uV=1.5V.

    OhmuVuAR

    VI RV 5,0,5,1,30,0

    0,500

    0,150

    )()()( 222 RuVuIu RRR

    222)()()(

    R

    Ru

    V

    Vu

    I

    Iu222

    500

    5,0

    150

    5,1

    30,0

    )(

    Iu AIu 003,0)(

    Calculando a incerteza expandida, com o fator de abrangncia 2, tem-se:

    mAmAI )6300()32300(

  • Dependncia estatstica e correlao Estimativa da incerteza combinada de medies no-

    correlacionadas

    Caso GERAL: Se ),,,( 21 nXXXfG 22

    2

    2

    2

    1

    1

    2 )()()()(

    n

    n

    XuX

    fXu

    X

    fXu

    X

    fGu

    )(

    )(2

    i

    i

    i

    Xu

    X

    f

    Gu

    X

    f

    G

    Grandeza a ser determinada por uma medio indireta

    Funo matemtica contnua e derivvel

    i-sima grandeza de entrada que est sendo combinada

    Quadrado da incerteza combinada da grandeza a ser determinada

    Der. parcial da funo f em relao grandeza de entrada Xi.

    (Sensibilidade)

    Incerteza padro da i-sima grandeza de entrada que est sendo

    combinada

  • Dependncia estatstica e correlao Estimativa da incerteza combinada de medies no-

    correlacionadas Caso Geral Exemplo:

    Determinao da massa especfica () de uma pea utilizou-se um processo indireto de

    medio.

    A massa m foi medida com uma balana de laboratrio

    O dimetro D da pea foi medido com micrmetro

    A altura h foi determinada com um paqumetro

    1411,035,77

    )006,0423,25(

    14)221580(

    h

    D

    m

    mmh

    mmD

    gm

    Obter as incertezas-padro . Primeiro temos de determinar o fator de

    abrangncia com os graus de liberdade fornecidos.

  • Dependncia estatstica e correlao Estimativa da incerteza combinada de medies no-

    correlacionadas Caso Geral Exemplo: continuao

    mmkUhu

    mmkUDu

    gkUmu

    hh

    DD

    mm

    050,020,2

    11,0/)(

    0030,000,2

    0060,0/)(

    102,2

    22/)(

    Utilizando a frmula para

    hD

    m

    hD

    m

    Volume

    massa22

    4

    4

    222

    2 )()()()(

    hu

    hDu

    Dmu

    mu

    2232

    4,

    8,

    4

    hD

    m

    hhD

    m

    DhDm

    2222

    )()(2

    )()(

    h

    hu

    D

    Du

    m

    muu

    222

    2 )()(2)()(

    hu

    hDu

    Dmu

    mu

    8

    222

    2

    2

    10.2,405335,77

    050,0

    423,25

    0030,02

    1580

    10)(

    )(

    Ru

    u

  • Dependncia estatstica e correlao Estimativa da incerteza combinada de medies no-

    correlacionadas Caso Geral Exemplo: continuao

    3

    22/040239,0

    35,77.)423,25.(14159,3

    1580.44mmg

    hD

    m

    A incerteza padro de : 38 /0002562,010.2,4053.040239,0)()( mmguu R

    Para obter a incerteza expandida deve-se determinar o grau de liberdade efetivo. Para isso

    utiliza-se a incerteza padro relativa para contornar o problema de unidades diferentes.

    h

    R

    D

    R

    m

    R

    ef

    R huDumuu

    )()()( 4444

    14

    35,77

    050,0

    )(

    14

    1580

    10

    040239,0

    0002562,04

    4

    44

    DuR

    ef

    14ef3/000564,00002562,0.20,2)()( mmgkuU

    3/)00056,004024,0( mmg

  • Incerteza padro

    Distribuio Incerteza padro

    Normal com vrias medies

    Retangular

    Triangular

    Normal com uma medio

    n

    su

    1,

    1

    1

    2

    nv

    n

    xx

    s

    n

    i

    i

    3

    au

    aa

    6

    au

    aa

    su 1,

    1

    1

    2

    nv

    n

    xx

    s

    n

    i

    i

  • Erro de linearidade

    E o valor absoluto do

    maior desvio da

    resposta do sistema

    de medio em

    relao a curva

    resposta linearizada.

    Estmulo

    Resposta EL1

    EL2

    Curva

    linearizada

  • Como obter a curva linearizada?

    Assuma um conjunto de respostas Y obtidas para um

    conjunto X de estmulos ao sistema de medio.

    YyXx ii ,

    Deseja-se encontrar uma estimativa de , ( ) , escrita

    como uma funo linear de de forma a minimizar o

    somatrio do quadrado do desvio .

    iy

    ii bxay ~

    ixiy

    ~

    ii yy~

    ii

    m

    i

    ii

    ba

    bxay

    yyL

    L

    ~

    ~

    1

    2

    ,min

  • Soluo clssica Assuma

    b

    a

    x

    x

    x

    y

    y

    y

    nn

    ,

    1

    1

    1

    ,2

    1

    2

    1

    RY RY

    ~

    ii

    m

    i

    ii

    ba

    bxay

    yyL

    L

    ~

    ~

    1

    2

    ,min

    RY

    YYYY~

    ~~

    min,

    T

    ba

    L

    L

  • Soluo particular

    XY~

    EYY ~

    Fazendo-se 0E YY~

    XY

    Definindo-se

    1

    1

    1

    1

    nx

    x

    x

    2

    1

    x x1X

    122111 nnnnT x x1YX

    122112

    1

    2

    nnn

    n

    T

    T

    n

    n

    T

    T

    x1x

    1Y

    x

    1

    122111 nnnn x1Y

  • 122112

    1

    2

    nnn

    n

    T

    T

    n

    n

    T

    T

    x1x

    1Y

    x

    1

    b

    a

    xx

    xn

    yx

    y

    n

    i

    i

    n

    i

    i

    n

    i

    i

    n

    i

    ii

    n

    i

    i

    1

    2

    1

    1

    1

    1

    Observem que

    ,11,,111

    nyxyn

    i

    Tn

    i

    ii

    Tn

    i

    i

    T

    11YxY1

    n

    i

    i

    Tn

    i

    i

    TT xx1

    2

    1

    , xx1xx1

    Sistema com

    2 equaes e

    2 incognitas.

  • b

    a

    xx

    xn

    yx

    y

    n

    i

    i

    n

    i

    i

    n

    i

    i

    n

    i

    ii

    n

    i

    i

    1

    2

    1

    1

    1

    1

    b

    a

    ss

    sn

    s

    s

    xx

    x

    xy

    y

    2

    nbsass

    sbsnas

    xxxy

    xxy

    2

    bnsnasns

    bsnasss

    xxxy

    xxyx

    2

    2

    n

    i

    i

    n

    i

    i

    n

    i

    n

    i

    iii

    n

    i

    i

    xx

    xyyx

    xxxyyx

    xnx

    yxnyx

    nss

    nsssb

    nssbnsss

    1

    2

    2

    1

    1 11

    2

    2

    2

    2

  • xxxxy

    xxy

    sbsass

    sbsnas

    2

    2

    bssasss

    bssnasss

    xxxxyx

    xxxyx

    2

    2

    222

    n

    i

    i

    n

    i

    i

    n

    i

    i

    n

    i

    i

    n

    i

    ii

    n

    i

    i

    xx

    yxxyx

    xxyxxyx

    xxxyx

    xnx

    yxyxx

    nss

    ssssa

    anssssss

    bssnasss

    1

    2

    2

    1

    11

    2

    11

    2

    2

    2

    2

    2

    2

    222

  • Exerccio

    Em um instrumento testado com um conjunto de valores de referncia (Y)

    obteve-se na entrada do estgio de tratamento de sinais os valores X.

    X = [6,2; 53,8;112,3; 162,0; 210,9; 244,8; 291,8; 337,2; 389,0; 433,1; 487,8; 524,3;

    571,8; 629,5; 684,7; 729,6; 782,5; 843,9; 897,2; 965,5; 1033,3]

    Y=[0,0; 50,0; 100,0; 150,0; 200,0; 250,0; 300,0; 350,0; 400,0; 450,0; 500,0;

    550,0; 600,0; 650,0; 700,0; 750,0; 800,0; 850,0; 900,0; 950,0; 1000,0 ]

    Obtenha a curva linearizada que corrige os valores na entrada do

    estgio de tratamento de sinais. Use Matlab ou Excel.