Aula - Gêneros líricos e épicos na Literatura Brasileira

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Gêneros líricos e épicos na Literatura Brasileira UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CURSO DE LETRAS – CENTRO DE HUMANIDADES DEPARTAMENTO DE LITERATURA DISCIPLINA: ESTÁGIO EM ENSINO DE LITERATURAS EM LÍNGUA PORTUGUESA I Docente: Prof. Dr. José Carlos Siqueira de Souza Discentes: Aleksandra Holanda da Nóbrega Sampaio e Joelma Moura do Amaral Fortaleza 2014

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Gêneros líricos e épicos na Literatura Brasileira

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁCURSO DE LETRAS – CENTRO DE HUMANIDADESDEPARTAMENTO DE LITERATURADISCIPLINA: ESTÁGIO EM ENSINO DE LITERATURAS EM LÍNGUA PORTUGUESA IDocente: Prof. Dr. José Carlos Siqueira de SouzaDiscentes: Aleksandra Holanda da Nóbrega Sampaio e Joelma Moura do Amaral

Fortaleza2014

Gêneros líricos e épicos na Literatura Brasileira

Gêneros líricos e épicos na Literatura Brasileira

Gêneros e traços estilísticos

República, de Platão - Para a classificação das obras literárias, deve-se reconhecer que há três tipos de obras poéticas:

1. O poeta desaparece e deixa falar os personagens (tragédia e comédia);2. É um simples relato do poeta (ditirambos);3. União dos tipos anteriores (epopeias).

Gêneros líricos e épicos na Literatura Brasileira

Gêneros e traços estilísticos

República, de Platão - Para a classificação das obras literárias, deve-se reconhecer que há três tipos de obras poéticas:

1. O poeta desaparece e deixa falar os personagens (tragédia e comédia);2. É um simples relato do poeta (ditirambos);3. União dos tipos anteriores (epopeias) .

Gêneros líricos e épicos na Literatura Brasileira

Gêneros e traços estilísticos

República, de Platão - Para a classificação das obras literárias, deve-se reconhecer que há três tipos de obras poéticas:

1. O poeta desaparece e deixa falar os personagens (tragédia e comédia);2. É um simples relato do poeta (ditirambos);3. União dos tipos anteriores (epopeias).

Gêneros líricos e épicos na Literatura Brasileira

Gêneros e traços estilísticos

Arte Poética, de Aristóteles -

República, de Platão - Para a classificação das obras literárias, deve-se reconhecer que há três tipos de obras poéticas:

1. O poeta desaparece e deixa falar os personagens (tragédia e comédia);2. É um simples relato do poeta (ditirambos);3. União dos tipos anteriores (epopeias).

Gêneros líricos e épicos na Literatura Brasileira

Gêneros e traços estilísticos

Arte Poética, de Aristóteles -

• Pela introdução de um terceiro, como faz Homero.• Insinuando a própria pessoa sem que intervenham outro personagem. • Apresentando a imitação com a ajuda de personagens que vemos agirem e executarem eles próprios.

Gêneros líricos e épicos na Literatura Brasileira

Gêneros e traços estilísticos

Gêneros líricos e épicos na Literatura Brasileira

Gêneros e traços estilísticos

O gênero lírico coincide com o substantivo “A Lírica”, o épico com o substantivo “ A Épica”, e o dramático com o substantivo “A Dramática”.

Gêneros líricos e épicos na Literatura Brasileira

Gêneros e traços estilísticos

O gênero lírico coincide com o substantivo “A Lírica”, o épico com o substantivo “ A Épica”, e o dramático com o substantivo “A Dramática”.

Pertencerá à Lírica todo poema de extensão menor, na medida em que nele não se cristalizarem personagens nítidos e em que, ao contrário, uma voz central – quase sempre um “Eu” – nele exprimir todo o seu estado de alma.

Gêneros líricos e épicos na Literatura Brasileira

Gêneros e traços estilísticos

O gênero lírico coincide com o substantivo “A Lírica”, o épico com o substantivo “ A Épica”, e o dramático com o substantivo “A Dramática”.

Pertencerá à Lírica todo poema de extensão menor, na medida em que nele não se cristalizarem personagens nítidos e em que, ao contrário, uma voz central – quase sempre um “Eu” – nele exprimir todo o seu estado de alma.

Fará parte da Épica toda obra – poema ou não – de extensão maior em que um narrador apresentar personagens envolvidos em situações e eventos.

Gêneros líricos e épicos na Literatura Brasileira

Gêneros e traços estilísticos

O gênero lírico coincide com o substantivo “A Lírica”, o épico com o substantivo “ A Épica”, e o dramático com o substantivo “A Dramática”.

Pertencerá à Lírica todo poema de extensão menor, na medida em que nele não se cristalizarem personagens nítidos e em que, ao contrário, uma voz central – quase sempre um “Eu” – nele exprimir todo o seu estado de alma.

Fará parte da Épica toda obra – poema ou não – de extensão maior em que um narrador apresentar personagens envolvidos em situações e eventos.

Pertencerá à Dramática toda obra dialogada em que atuarem os próprios personagens sem serem, em geral, apresentados por um narrador.

Gêneros líricos

Gêneros líricos

Orfeu resgata Eurídice do submundo (1861) Jean-Baptiste Corot. Huile sur toile, 112 x 137 cm; Museum of the fine arts, Houston.

Leito de folhas verdesGonçalves Dias

Por que tardas, Jatir, que tanto a custo À voz do meu amor moves teus passos? Da noite a viração, movendo as folhas, Já nos cimos do bosque rumoreja.

Eu sob a copa da mangueira altivaNosso leito gentil cobri zelosaCom mimoso tapiz de folhas brandas,Onde o frouxo luar brinca entre flores.

Do tamarindo a flor abriu-se, há pouco,Já solta o bogari mais doce aroma!Como prece de amor, como estas preces,No silêncio da noite o bosque exala.

Brilha a lua no céu, brilham estrelas,Correm perfumes no correr da brisa,A cujo influxo mágico respira-seUm quebranto de amor, melhor que a vida!

A flor que desabrocha ao romper d'alvaUm só giro do sol, não mais, vegeta:Eu sou aquela flor que espero aindaDoce raio do sol que me dê vida.

Sejam vales ou montes, lago ou terra,Onde quer que tu vás, ou dia ou noite,Vai seguindo após ti meu pensamento;Outro amor nunca tive: és meu, sou tua!

Meus olhos outros olhos nunca viram,Não sentiram meus lábios outros lábios,Nem outras mãos, Jatir, que não as tuasA arazóia na cinta me apertaram.

Do tamarindo a flor jaz entreaberta,Já solta o bogari mais doce aromaTambém meu coração, como estas flores,Melhor perfume ao pé da noite exala!

Não me escutas, Jatir! nem tardo acodes À voz do meu amor, que em vão te chama! Tupã! lá rompe o sol! do leito inútil A brisa da manhã sacuda as folhas!

Leito de folhas verdesGonçalves Dias

Leito de folhas verdesGonçalves Dias

Por que tardas, Jatir, que tanto a custo À voz do meu amor moves teus passos? Da noite a viração, movendo as folhas, Já nos cimos do bosque rumoreja.

Leito de folhas verdesGonçalves Dias

Por que tardas, Jatir, que tanto a custo À voz do meu amor moves teus passos? Da noite a viração, movendo as folhas, Já nos cimos do bosque rumoreja.

Eu sob a copa da mangueira altivaNosso leito gentil cobri zelosaCom mimoso tapiz de folhas brandas,Onde o frouxo luar brinca entre flores.

Do tamarindo a flor abriu-se, há pouco,Já solta o bogari mais doce aroma!Como prece de amor, como estas preces,No silêncio da noite o bosque exala.

Do tamarindo a flor abriu-se, há pouco,Já solta o bogari mais doce aroma!Como prece de amor, como estas preces,No silêncio da noite o bosque exala.

Brilha a lua no céu, brilham estrelas,Correm perfumes no correr da brisa,A cujo influxo mágico respira-seUm quebranto de amor, melhor que a vida!

A flor que desabrocha ao romper d'alvaUm só giro do sol, não mais, vegeta:Eu sou aquela flor que espero aindaDoce raio do sol que me dê vida.

A flor que desabrocha ao romper d'alvaUm só giro do sol, não mais, vegeta:Eu sou aquela flor que espero aindaDoce raio do sol que me dê vida.

Sejam vales ou montes, lago ou terra,Onde quer que tu vás, ou dia ou noite,Vai seguindo após ti meu pensamento;Outro amor nunca tive: és meu, sou tua!

Meus olhos outros olhos nunca viram,Não sentiram meus lábios outros lábios,Nem outras mãos, Jatir, que não as tuasA arazóia na cinta me apertaram

Meus olhos outros olhos nunca viram,Não sentiram meus lábios outros lábios,Nem outras mãos, Jatir, que não as tuasA arazóia na cinta me apertaram

Do tamarindo a flor jaz entreaberta,Já solta o bogari mais doce aromaTambém meu coração, como estas flores,Melhor perfume ao pé da noite exala!

Não me escutas, Jatir! nem tardo acodes À voz do meu amor, que em vão te chama! Tupã! lá rompe o sol! do leito inútil A brisa da manhã sacuda as folhas!

Não me escutas, Jatir! nem tardo acodes À voz do meu amor, que em vão te chama! Tupã! lá rompe o sol! do leito inútil A brisa da manhã sacuda as folhas!

Gonçalves Dias(1823 - 1864)

Gêneros líricos e épicos na Literatura Brasileira

Gêneros líricos e épicos na Literatura Brasileira

Marília de Dirceu (1792)Tomás Antônio Gonzaga

Gêneros líricos e épicos na Literatura Brasileira

Marília de Dirceu (1792)Tomás Antônio Gonzaga

PARTE ILira I

Eu, Marília, não sou algum vaqueiro,Que viva de guardar alheio gado;De tosco trato, d’ expressões grosseiro,Dos frios gelos, e dos sóis queimado.Tenho próprio casal, e nele assisto;Dá-me vinho, legume, fruta, azeite;Das brancas ovelhinhas tiro o leite,E mais as finas lãs, de que me visto.

Graças, Marília bela,Graças à minha Estrela!

(...)

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Marília de Dirceu (1792)Tomás Antônio Gonzaga

PARTE IIILira III

Tu não verás, Marília, cem cativosTirarem o cascalho, e a rica, terra,Ou dos cercos dos rios caudalosos,

Não verás separar ao hábil negroDo pesado esmeril a grossa areia,E já brilharem os granetes de ouro

Não verás derrubar os virgens matos;Queimar as capoeiras ainda novas;Servir de adubo à terra a fértil cinza;

Ou da minada serra.

No fundo da bateia.

Lançar os grãos nas covas.

(...)

Gêneros líricos e épicos na Literatura Brasileira

Gêneros líricos e épicos na Literatura Brasileira

• Sabemos que trata-se de um poema lírico (Lírica) quando uma voz central sente um estado de alma e o traduz por meio de um discurso mais ou menos rítmico.

Gêneros líricos e épicos na Literatura Brasileira

• Sabemos que trata-se de um poema lírico (Lírica) quando uma voz central sente um estado de alma e o traduz por meio de um discurso mais ou menos rítmico.

• Espécies desse gênero, por exemplo: canto, ode, hino e elegia.

Gêneros líricos e épicos na Literatura Brasileira

Gêneros líricos e épicos na Literatura Brasileira

Soneto da FidelidadeVinícius de Moraes

Gêneros líricos e épicos na Literatura Brasileira

Soneto da FidelidadeVinícius de Moraes

De tudo ao meu amor serei atento Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto Que mesmo em face do maior encanto Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento E em seu louvor hei de espalhar meu canto E rir meu riso e derramar meu pranto Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure Quem sabe a morte, angústia de quem vive Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive): Que não seja imortal, posto que é chamaMas que seja infinito enquanto dure.

Gêneros líricos e épicos na Literatura Brasileira

Alguns nomes da poesia lírica no Brasil

Gêneros líricos e épicos na Literatura Brasileira

Alguns nomes da poesia lírica no Brasil

Cláudio Manuel da Costa (Arcadismo) Tomás Antônio Gonzaga (Arcadismo)

Gêneros líricos e épicos na Literatura Brasileira

Alguns nomes da poesia lírica no Brasil

Cláudio Manuel da Costa (Arcadismo) Tomás Antônio Gonzaga (Arcadismo)

Gonçalves Magalhães (Romantismo 1ª geração) Gonçalves Dias (Romantismo 2ª geração)Álvares de Azevedo (Romantismo 2ª geração)Casimiro de Abreu (Romantismo 2ª geração)Fagundes Varela (Romantismo 2ª geração)Junqueira Freire (Romantismo 3ª geração)Castro Alves (Romantismo 3ª geração)

Gêneros líricos e épicos na Literatura Brasileira

Alguns nomes da poesia lírica no Brasil

Cláudio Manuel da Costa (Arcadismo) Tomás Antônio Gonzaga (Arcadismo)

Gonçalves Magalhães (Romantismo 1ª geração) Gonçalves Dias (Romantismo 2ª geração)Álvares de Azevedo (Romantismo 2ª geração)Casimiro de Abreu (Romantismo 2ª geração)Fagundes Varela (Romantismo 2ª geração)Junqueira Freire (Romantismo 3ª geração)Castro Alves (Romantismo 3ª geração)

Alberto de Oliveira (Parnasianismo)Raimundo Correia (Parnasianismo) Olavo Bilac (Parnasianismo) Teófilo Dias (Parnasianismo)

Gêneros líricos e épicos na Literatura Brasileira

Alguns nomes da poesia lírica no Brasil

Mário de Andrade (Modernismo) Pagú (Modernismo)

Carlos Drummond de Andrade (Modernismo)Cecília Meireles (Modernismo)Jorge de Lima (Modernismo) Augusto Frederico Schmidt (Modernismo) Murilo Mendes (Modernismo) Vinícius de Moraes (Modernismo)

Gêneros épicos

Gêneros épicos

Ulisses ridicularizando Polifemo – Odisséia de Homero (1829) Joseph Mallord William Turner. Oil on canvas, 132.5 x 203 cm; National Gallery, London.

Gêneros líricos e épicos na Literatura Brasileira

O nome épico deriva do grego

Gêneros líricos e épicos na Literatura Brasileira

O nome épico deriva do grego

épos (palavra, notícia, oráculo, verso) e

poiein (fazer).

Gêneros líricos e épicos na Literatura Brasileira

O nome épico deriva do grego

épos (palavra, notícia, oráculo, verso) e

poiein (fazer).

Enquanto gênero literário, toda epopéia deve ser uma glorificação, no mais alto estilo poético, de fato heróico e maravilhoso.

Gêneros líricos e épicos na Literatura Brasileira

Os Lusíadas (1572)Luís Vaz de Camões

Gêneros líricos e épicos na Literatura Brasileira

Os LusíadasLuís Vaz de Camões(Estrofes de abertura no primeiro canto)

Publicado em 1572

Gêneros líricos e épicos na Literatura Brasileira

Os LusíadasLuís Vaz de Camões(Estrofes de abertura no primeiro canto)

As armas e os barões assinalados Que, da Ocidental praia Lusitana, Lisboa Por mares nunca de antes navegados Passaram ainda além da Taprobana, Ilha situada no oceano índico, hoje Sri-Lanka

E em perigos e guerras esforçados Mais do que prometia a força humana, E entre gente remota edificaram Novo Reino, que tanto sublimaram.

E também as memórias gloriosas Daqueles Reis que foram dilatandoA Fé, o Império, e as terras viciosasDe África e de Ásia andaram devastando, E aqueles que por obras valerosasSe vão da lei da Morte libertando: − Cantando espalharei por toda a parte Se a tanto me ajudar o engenho e arte.

Publicado em 1572

Gêneros líricos e épicos na Literatura Brasileira

Partes da epopeia camoniana

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Partes da epopeia camoniana

Gêneros líricos e épicos na Literatura Brasileira

Partes da epopeia camoniana

Os 10 cantos da epopéia camoniana são estruturados conforme as cinco partes necessárias de uma epopéia, a saber:

a proposição (a definição do assunto, apresentação do herói), a invocação (a invocação às divindades da poesia), a dedicatória (oferecimento da obra, no caso, em homenagem ao Rei D. Sebastião), a narração (a sucessão dos episódios que formam a narrativa) e o epílogo (as considerações finais).

Gêneros líricos e épicos na Literatura Brasileira

Os LusíadasLuís Vaz de Camões[Canto I, IV]

Publicado em 1572

Gêneros líricos e épicos na Literatura Brasileira

Os LusíadasLuís Vaz de Camões[Canto I, IV]

E vós, Tágides minhas, pois criado Tendes em mim um novo engenho ardente, Se sempre, em verso humilde, celebrado verso humilde: a poesia lírica

Foi de mim vosso rio alegremente, Dai-me agora um som alto e sublimado, sublimado: elevado

Um estilo grandíloquo e corrente, grandíloquo: nobre, altissonante

Por que de vossas águas Febo ordene Febo: ou Apolo, deus do sol

Que não tenham inveja às de Hipocrene. e da poesia

Publicado em 1572

Gêneros líricos e épicos na Literatura Brasileira

Os LusíadasLuís Vaz de Camões[Canto I, VI]

E vós, ó bem nascida segurança Da Lusitana antiga liberdade, E não menos certíssima esperança De aumento da pequena Cristandade; [Canto I,6]

Publicado em 1572

Gêneros líricos e épicos na Literatura Brasileira

Os LusíadasLuís Vaz de Camões[Canto I, VI]

E vós, ó bem nascida segurança Da Lusitana antiga liberdade, E não menos certíssima esperança De aumento da pequena Cristandade; [Canto I,6]

Publicado em 1572

Na dedicatória, que ocupa treze estrofes, o narrador se dirige à D. Sebastião, rei de Portugal.

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O Épico na Literatura Brasileira

Gêneros líricos e épicos na Literatura Brasileira

O Épico na Literatura Brasileira

· Prosopopéia (Bento Teixeira) - 1601

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O Épico na Literatura Brasileira

· Prosopopéia (Bento Teixeira) - 1601

Nele, o escritor fala sobre a vida e o trabalho de Jorge de Albuquerque Coelho, terceiro donatário da Capitania de Pernambuco, e seu irmão, Duarte. É a única obra reconhecida e aceita como de sua autoria.

Gêneros líricos e épicos na Literatura Brasileira

O Épico na Literatura Brasileira

· Prosopopéia (Bento Teixeira) - 1601

Nele, o escritor fala sobre a vida e o trabalho de Jorge de Albuquerque Coelho, terceiro donatário da Capitania de Pernambuco, e seu irmão, Duarte. É a única obra reconhecida e aceita como de sua autoria.

Escrito em oitava rima, com noventa e quatro estrofes, o poema marcou o início do movimento barroco ou Classicista no Brasil.

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O Épico na Literatura Brasileira

· Prosopopéia (Bento Teixeira) - 1601

Nele, o escritor fala sobre a vida e o trabalho de Jorge de Albuquerque Coelho, terceiro donatário da Capitania de Pernambuco, e seu irmão, Duarte. É a única obra reconhecida e aceita como de sua autoria.

Escrito em oitava rima, com noventa e quatro estrofes, o poema marcou o início do movimento barroco ou Classicista no Brasil.

Gêneros líricos e épicos na Literatura Brasileira

O Épico na Literatura Brasileira

· Prosopopéia (Bento Teixeira) - 1601

ICantem Poetas o Poder Romano,Submetendo Nações ao jugo duro;O Mantuano pinte o Rei Troiano,Descendo à confusão do Reino escuro;Que eu canto um Albuquerque soberano,Da fé, da cara Pátria firme muro,Cujo valor e ser, que o Céu lhe inspira,Pode estancar a Lácia e Grega lira.

IIAs Délficas irmãs chamar não quero,que tal invocação é vão estudo;Aquele chamo só, de quem esperoA vida que se espera em fim de tudo.Ele fará meu Verso tão sincero,Quanto fora sem ele tosco e rudo,Que per rezão negar não deve o menosQuem deu o mais a míseros terrenos.

Gêneros líricos e épicos na Literatura Brasileira

(...)

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O Épico na Literatura Brasileira

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O Épico na Literatura Brasileira

· O Uruguai (Basílio da Gama) - 1769;

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O Épico na Literatura Brasileira

· O Uruguai (Basílio da Gama) - 1769;· Caramuru (Santa Rita Durão) - 1781;

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O Épico na Literatura Brasileira

· O Uruguai (Basílio da Gama) - 1769;· Caramuru (Santa Rita Durão) - 1781; · Macunaíma (Mário de Andrade) - 1928.

Gêneros líricos e épicos na Literatura Brasileira

O Épico na Literatura Brasileira

· O Uruguai (Basílio da Gama) - 1769;· Caramuru (Santa Rita Durão) - 1781; · Macunaíma (Mário de Andrade) - 1928.

Gêneros líricos e épicos na Literatura Brasileira

O Épico na Literatura Brasileira

· O Uruguai (Basílio da Gama) - 1769;· Caramuru (Santa Rita Durão) - 1781; · Macunaíma (Mário de Andrade) - 1928.

Gêneros líricos e épicos na Literatura Brasileira

O Épico na Literatura Brasileira

· O Uruguai (Basílio da Gama) - 1769;· Caramuru (Santa Rita Durão) - 1781; · Macunaíma (Mário de Andrade) - 1928.

Gêneros líricos e épicos na Literatura Brasileira

• Se nos é contada uma estória (em versos ou em prosa), sabemos que se trata de Épica, do gênero narrativo.

Gêneros líricos e épicos na Literatura Brasileira

• Se nos é contada uma estória (em versos ou em prosa), sabemos que se trata de Épica, do gênero narrativo.

• O gênero épico é mais objetivo que o lírico. O mundo objetivo (naturalmente imaginário), com suas paisagens, cidades e personagens (envolvidas em certas situações), emancipa- se em larga medida da subjetividade do narrador. Este geralmente não exprime os próprios estados da alma, mas narra os de outros seres.

Gêneros líricos e épicos na Literatura Brasileira

• Se nos é contada uma estória (em versos ou em prosa), sabemos que se trata de Épica, do gênero narrativo.

• O gênero épico é mais objetivo que o lírico. O mundo objetivo (naturalmente imaginário), com suas paisagens, cidades e personagens (envolvidas em certas situações), emancipa- se em larga medida da subjetividade do narrador. Este geralmente não exprime os próprios estados da alma, mas narra os de outros seres.

• Espécies desse gênero, por exemplo: a epopéia, o romance, a novela, o conto.

http://letras.mus.br/portela-rj/480502/

Clara Nunes cantando o samba portelense no desfile de 1975 com o compositor e cantor, Candeia, ao fundo.

Gêneros líricos e épicos na Literatura BrasileiraObras usadas nos slides da aula

Ulysses deriding Polyphemus Homers Odyssey . Joseph Turner. 1829Flora ou primavera. Castellammare di Stabia. Nápoles, séc. I d.CO nascimento de Vênus. Sandro Botticelli. 1482.Orfeu resgata Eurídice do submundo. Jean-Baptiste Corot. 1861Retrato de Rosalba Peale. Rembrandt Peale. oil on canvas. 50.8 x 37.0 cm.. 1820.Orfeu enfrenta Cérbero, defensor do submundo. Artista desconhecido. Séc. XIX.Perfil de Vinicius de Moraes. Elifas Andreato. O tocador de alaúde. Michelangelo Caravaggio. oil on canvas. 94 cm × 119 cm. 1600.Tempestade ao Mar. Pieter Bruegel the Elder. – 1568.Caravelas. Márcio Camargo Óleo sobre tela. 16x22cm. 2011As Meninas. Diego Velasquez. oil on canvas. 310 cm × 276 cm. 1656Hibrid Macunaima. Davis Lisboa. 2007Moema. Victor Meirelles . oil on canvas. 129 × 190 cm. 1866.

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