AULA EMP - NOÇÕES GERAIS

25
EMPREENDEDORISM O Prof. Nélio Freitas

Transcript of AULA EMP - NOÇÕES GERAIS

Page 1: AULA EMP - NOÇÕES GERAIS

EMPREENDEDORISMO

Prof. Nélio Freitas

Page 2: AULA EMP - NOÇÕES GERAIS

EMPREENDEDORISMO Considerações Iniciais

•A maior parte dos postos de trabalho novos provêm de pequenas e médias empresas; ou seja, são elas que geram novos empregos;

•A ação de empreender é um desafio e uma alternativa viável para a manutenção da empregabilidade do profissional;

Page 3: AULA EMP - NOÇÕES GERAIS

EMPREENDEDORISMO Considerações Iniciais

•O fracasso ainda atinge índices altos nos primeiros anos de vida de pequenas e médias empresas no mundo;

•Os cursos superiores devem incorporar, em seus currículos, o desenvolvimento de competências relacionadas à formação de empreendedores.

Page 4: AULA EMP - NOÇÕES GERAIS

EMPREENDEDOR - Formação•É possível formar um empreendedor?•O “espírito empreendedor” é nato ou pode ser desenvolvido?•Se afirmarmos que é possível desenvolver o “espírito empreendedor”, ainda teremos que responder a diversas outras perguntas:Quem desenvolve o “espírito empreendedor” em mim?Como e que caminhos percorrer para desenvolver esse “espírito empreendedor”?

Page 5: AULA EMP - NOÇÕES GERAIS

EMPREENDEDORISMO – conceitos e origem

Termo “empreendedor” – deriva do verbo francês entreprendre – “fazer algo”.

Richard Cantillon - primeiro autor a usar o termo empreendedor, estabelece três classes de agentes econômicos:LatifundiáriosFuncionáriosEmpreendedores

Page 6: AULA EMP - NOÇÕES GERAIS

EMPREENDEDORISMO – conceitos e origemRichard Cantillon – “Entrepreneur” — aquele

que assume riscos e começa algo novo.

Definições no Brasil:• Dornellas (2001) – é aquele que detecta uma

oportunidade e cria um negócio para capitalizar sobre ela, assumindo riscos calculados.

• Dolabela (1999) – é um ser social, produto do meio em que vive. Se alguém vive em um ambiente em que ser empreendedor é visto como algo positivo, então terá mais motivação para criar o seu próprio negócio.

Page 7: AULA EMP - NOÇÕES GERAIS

EMPREENDEDORISMO – conceitos e origem

J. B. Say – aquele que “transfere recursos econômicos de um setor de produtividade mais baixa para um setor de produtividade mais elevada e de maior rendimento”.

Obs.: o termo “entrepreneur” foi incorporado à língua inglesa no início do século XIX por Say.

Page 8: AULA EMP - NOÇÕES GERAIS

EMPREENDEDORISMO – conceitos e origem

J. Schumpeter – “empreendedorismo é a criação de valor por pessoas e organizações trabalhando juntas para implementar uma idéia através da aplicação de criatividade, capacidade de transformação e o desejo de tomar aquilo que comumente se chamaria de risco.”

Page 9: AULA EMP - NOÇÕES GERAIS

EMPREENDEDORISMO – conceitos e origem

J. Schumpeter

Empreendedorismo ↔ Crescimento

↨ Inovação, desenvolvimento tecnológico e

geração de novos postos de trabalho.

Page 10: AULA EMP - NOÇÕES GERAIS

EMPREENDEDORISMO – conceitos e origem

J. Schumpeter

Pilares do desenvolvimento econômico:

Renovação tecnológica

Crédito para novos investimentos

Empresário inovador

Page 11: AULA EMP - NOÇÕES GERAIS

EMPREENDEDORISMO – conceitos e origem

Psicologia

Conjunto de comportamentos e de hábitos que podem ser adquiridos, praticados e reforçados nos indivíduos, aos submetê-los a um programa de capacitação adequado de forma a torná-los capazes de gerir e aproveitar oportunidades, melhorar processos e inventar negócios.

Page 12: AULA EMP - NOÇÕES GERAIS

EMPREENDEDORISMO – conceitos e origem

SEBRAE

Empreendedor é o indivíduo que possui ou busca desenvolver uma atitude de inquietação, ousadia e proatividade na relação com o mundo, condicionada por características pessoais, pela cultura e pelo ambiente, que favorece a interferência criativa e realizadora, no meio, em busca de ganhos econômicos e sociais.

Page 13: AULA EMP - NOÇÕES GERAIS

EMPREENDEDORISMO – Síntese HistóricaPERÍODO DEFINIÇÃO

Idade médiaParticipante e pessoa encarregada de produção em grande escala (sem riscos).

Século XVIIPessoa que assume riscos de lucro ou prejuízo em contrato com o governo.

1725Richard Cantillon: pessoa que assume riscos é diferente da que fornece capital.

1803Say: lucros do empreendedor separados dos lucros de capital.

1876Francis Walker: distinguiu entre os que forneciam fundos e recebiam juros e aqueles que obtinham lucro com habilidades administrativas.

Page 14: AULA EMP - NOÇÕES GERAIS

EMPREENDEDORISMO – Síntese HistóricaPERÍODO DEFINIÇÃO

1934Schumpeter: é um inovador e desenvolve tecnologia que ainda não foi testada.

1961David McClelland: é alguém dinâmico que corre riscos moderados.

1964 Peter Drucker: o empreendedor maximiza oportunidades.

1975Albert Shapiro: o empreendedor toma iniciativa, organiza alguns mecanismos sociais e econômicos e aceita riscos de fracasso.

1980Karl Vésper: o empreendedor é visto de modo diferente por economistas, psicólogos, negociantes e políticos.

Page 15: AULA EMP - NOÇÕES GERAIS

EMPREENDEDORISMO – conceitos e origem

Alavancas fundamentais:

Acesso ao capital de investimento

Baixo grau de intervenção e regulação do Estado

Padrões sócio-culturais que favorecem a postura empreendedora.

Page 16: AULA EMP - NOÇÕES GERAIS

EMPREENDEDORISMO – conceitos e origem

Modelos Conceituais:

Livre mercado – intervenção mínima do Estado.

Individualismo monitorado – estímulo aos empreendimentos individuais, com a utilização de políticas públicas como catalisadoras das energias empreendedoras.

Social-democracia – estímulo aos empreendimentos com ênfase na proteção social, no qual o governo é um jogador-chave no estabelecimento de regras sob as quais os empreendimentos podem florescer.

Page 17: AULA EMP - NOÇÕES GERAIS

EMPREENDEDORISMO – conceitos e origem

Tipos de força propulsora:

Empreendimentos “de oportunidade” - o empreendedor inicia ou investe em um negócio a fim de aproveitar uma oportunidade percebida no mercado;

Empreendimentos “de necessidade” - quando se trata da melhor opção de trabalho disponível.

Page 18: AULA EMP - NOÇÕES GERAIS

EMPREENDEDORISMO – Origem no Brasil

Década de 90

Criação do SEBRAE e da SOFTEX – começa a tomar forma o movimento empreendedor no Brasil.

Fatores: Abertura econômica. Apoio do SEBRAE e SOFTEX. Plano Real – estabilidade econômica.• Processo de privatização• Desemprego

Page 19: AULA EMP - NOÇÕES GERAIS

EMPREENDEDORISMO – Origem no Brasil

Ações que alavancaram o empreendedorismo:

• Programas Softex e Genesis (Geração de Novas Empresas de Software):

Apoio à atividades empreendedoras em software; Estímulo ao ensino da disciplina em universidades; Geração de novas empresas de software.

• Programa Brasil Empreendedor (1999 a 2002) – capacitou mais de 6 milhões de empreendedores no país, com investimentos de R$ 8 bilhões.

Page 20: AULA EMP - NOÇÕES GERAIS

EMPREENDEDORISMO – Origem no Brasil

Ações que alavancaram o empreendedorismo:

• Empretec e Jovem Empreendedor (SEBRAE): Líderes em procura por parte dos empreendedores e

com ótima avaliação.

• Cursos e programas em universidades brasileiras.• Criação de empresas pontocom (1999 a 2000).• Crescimento do número de incubadoras.• Programas de criação de novos negócios por

escolas.• Crescimento do movimento de franquias no Brasil.

Page 21: AULA EMP - NOÇÕES GERAIS

EMPREENDEDORISMO – Origem no Brasil O Movimento Empreendedor no Brasil (2002)

Segundo o Monitor Global do Empreendedorismo

Nível relativamente alto de atividade empreendedora: 13,5 em cada 100 adultos da PEA são empreendedores, colocando o país em sétimo lugar do mundo. No entanto, mais da metade deles está envolvida por necessidade e não por oportunidade;

As mulheres brasileiras são bastante empreendedoras: a proporção é de cerca de 40%, uma das maiores entre todos os 37 países participantes do levantamento;

Page 22: AULA EMP - NOÇÕES GERAIS

EMPREENDEDORISMO – Origem no Brasil

O Movimento Empreendedor no Brasil (2002)

A intervenção governamental possui duas facetas: tem diminuído, mas ainda se manifesta como um fardo burocrático;

A disponibilidade de capital no Brasil é escassa. Muitos empreendedores brasileiros ainda percebem o capital como algo difícil e custoso de se obter. Para piorar, os programas de financiamento existentes não são bem divulgados;

Page 23: AULA EMP - NOÇÕES GERAIS

EMPREENDEDORISMO – Origem no Brasil

O Movimento Empreendedor no Brasil (2002)

A falta de tradição e o difícil acesso aos investimentos continuam a ser os principais impedimentos à atividade empreendedora no Brasil. Existe uma necessidade urgente de estimular as práticas de investimento;

O tamanho do país e suas diversidades regionais exigem programas descentralizados. As diferenças regionais de cultura e infra-estrutura também exigem uma abordagem localizada do capital de investimento e dos programas de treinamento;

Page 24: AULA EMP - NOÇÕES GERAIS

EMPREENDEDORISMO – Origem no Brasil

O Movimento Empreendedor no Brasil (2002)

Infraestrutura precária e pouca disponibilidade de mão-de-obra qualificada têm impedido a proliferação de programas de incubação de novos negócios fora dos grandes centros urbanos;

O ambiente político e econômico tem aumentado o nível de risco e incerteza sobre a estabilidade e o crescimento. Com o novo governo, aparentemente, estas expectativas melhorarão em 2003;

Page 25: AULA EMP - NOÇÕES GERAIS

EMPREENDEDORISMO – Origem no Brasil

O Movimento Empreendedor no Brasil (2002)

Existe necessidade de aprimoramento do sistema educacional como um todo, o que estimulará a cultura empreendedora entre os jovens. Os programas existentes são inadequados à realidade, com pouca integração à graduação e ao ensino básico;

Não há proteção legal dos direitos de propriedade intelectual, os custos para registro de patentes no país e fora dele são altos e os mecanismos de transferência tecnológica são parcos. As universidades ainda estão isoladas da comunidade de empreendedores.