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AULA DEMONSTRATIVA
Discursiva para TCU
Olá pessoal,
Eu sou o professor Patrik Loz. Sou Auditor Fiscal do Trabalho e será uma
satisfação estar com vocês nessa batalha pela aprovação no Concurso para Auditor
Federal de Controle Externo do Tribunal de Contas da União. A banca é o CESPE que
costuma cobrar respostas bem objetivas e diretas. É a mesma banca do meu concurso
para Auditor Fiscal do Trabalho. No concurso que eu fiz foram 08 discursivas. No de
vocês serão apenas 04. Com o estudo do conteúdo e seguindo os ensinamentos que
traremos nas aulas, vocês não terão nenhuma dificuldade na prova. Poderão observar
que elaborar uma excelente discursiva é muito simples.
O edital prevê: as provas discursivas P3 e P4 valerão um total de 100,00 pontos
e consistirão de: a) prova discursiva P3: duas questões, a serem respondidas em até 20
linhas cada, acerca dos conhecimentos gerais. b) prova discursiva P4: uma questão
discursiva, a ser respondida em até 20 linhas, uma peça de natureza técnica, de até 50
linhas, acerca dos conhecimentos específicos dos respectivos cargos; por peça de
natureza técnica, entende-se a redação de um texto contendo instruções e análises
técnicas sobre normas e achados de auditoria. As provas discursivas serão avaliadas e
pontuadas segundo os critérios estabelecidos no subitem 9.7 deste edital.
Desse item 9.7 destacamos: 9.7.2.1 A prova discursiva será corrigida por dois
corretores de forma independente, sendo atribuída ao candidato a média obtida a partir
da nota atribuída por cada um dos corretores. Não será divulgada a nota atribuída por
cada corretor de forma independente. 9.7.3 As provas discursivas serão avaliadas
quanto ao domínio do conteúdo dos temas abordados – demonstração de
conhecimento técnico aplicado –, bem como quanto ao domínio da modalidade escrita
da língua portuguesa.
A banca não traz maiores detalhes, mas também não há necessidade. Apenas
destaco que o edital diz: demonstração de conhecimento técnico aplicado. Ou seja, o
estudo do conteúdo é extremamente importante. Estudem com mais atenção todos os
normativos constantes no edital. Um normativo é sempre uma excelente fonte de
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fundamentação para qualquer discursiva técnica. No próprio site do TCU há vários
manuais de auditoria que são essenciais.
No nosso curso seremos ao máximo objetivo, evitando qualquer informação
desnecessária. Então vamos direto a como será o curso. Esse constará de um curso
temático com correções individuais. Digo temático, pois iremos ensinar a como
construir uma discursiva por meio de elaboração de padrões de resposta questões de
provas passadas ou inéditas (conforme necessidade). Mas não apenas elaborando os
padrões de resposta, e sim explicando parágrafo a parágrafo como construir uma
discursiva. Isso facilita o aprendizado, pois o aluno além de aprender a fazer a
discursiva ainda tem disponível o modelo de resposta e o estudo do conteúdo. Por fim,
iremos corrigir 04 discursivas de cada aluno. Na nossa correção, também fazemos as
considerações necessárias ponto a ponto, e não apenas observações gerais.
MAIS UM PONTO DO CURSO É QUE IREI PASSAR VÁRIOS TEMAS
DOS QUAIS VOCÊS ESCOLHERÃO OS QUE IRÃO ENVIAR PARA
CORREÇAÕ. APÓS A CORREÇÃO FAREI MAIS 03 AULAS COM OS PADRÕES
DE RESPOSTAS DE TODOS OS TEMAS QUE ENCAMINHEI
ANTERIORMENTE. QUAL É O DIFERENCIAL DISSO? APESAR DE SEREM
CORRIGIDAS APENAS 04 DISCURSIVAS VOCÊ IRÁ ELABORAR VÁRIAS
DISCURSIVAS E TERÁ OS PADRÕES DE RESPOSTA PARA COMPARAR.
AO FINAL VOCÊ TERÁ FEITO NA VERDADE MAIS DE 20 DISCURSIVAS.
NO ENTANTO, ESSE DIFERENCIAL NÃO TERÁ EFEITO CASO VOCÊ NÃO
ELABORE AS DISCURSIVAS DE TODOS OS TEMAS ENCAMINHADOS E
TAMBÉM APENAS OLHE OS PADRÕES QUE IREI ENCAMINHAR SOMENTE
APÓS TER ELEBORADO A SUA RESPOSTA. ISSO É EXTREMAMENTE
IMPORTANTE. AFIRMO ISSO POIS, COMO DITO, NO MEU CONCURSO
FORAM 08 DISCURSIVAS. EU ELABOREI EM TORNO DE 40 DISCURSIVAS
ANTES DA PROVA. COM ISSO NO DIA DA PROVA RESPONDI TODAS AS
DISCURSIVAS PRATICAMENTE DE FORMA AUTOMÁTICA. JÁ SABIA O
QUE E COMO FAZER.
ENTÃO, APÓS RECEBER A CORREÇÃO E VER AS
OBSERVAÇÕES/CORREÇÕES, ELABORE UMA DISCURSIVA PARA CADA
TEMA PROPOSTO E DEPOIS COMPARE COM OS PADRÕES DE RESPOSTA
QUE ENCAMINHEI. COMO OS TEMAS SÃO REFERENTES AO CONTEÚDO
ESPECÍFICO, NÃO PENSE QUE A DISCURSIVA É UMA MATÉRIA A MAIS.
VOCÊ APENAS ESTARÁ FAZENDO UMA ESPÉCIE DE RESUMO DO
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ASSUNTO ESTUDADO. SERVIRÁ INCLUSIVE PARA CONSOLIDAR O
APRENDIZADO DA PARTE TEÓRICA DA DISCIPLINA.
Destaco que não devem se preocupar em tentar “adivinhar” o que irá cair na
prova. Isso porque em questões discursivas com parecer técnico os fatos fictícios serão
sempre inéditos. Cada narrativa tem a sua própria peculiaridade. Então o importante é
estudar os conhecimentos específicos de forma aprofundada, pois a banca poderá
cobrar qualquer um dos assuntos constantes no edital. Durante o curso vocês notarão
que para se fazer uma excelente discursiva não há necessidade de se criar nada novo,
de abordagens aprofundadas, decorar parágrafos de livros, trazer linguagem com
palavras “bonitas” etc. Todo o texto deve ser muito simples, direto, imediato, objetivo
e claro.
Por fim, muito importante destacar que nosso curso não será um curso
gramatical. Não irei fazer correções de gramática. O curso irá elaborar padrões de
resposta para temas de concursos passados (do CESPE, FCC, ESAF e outras bancas
quando necessário ou temas inéditos), ensinado a elaborar uma discursiva por meio de
explicações do passo a passo de como se elaborou o modelo de resposta. Também não
fiquem preocupados se o tema é do CESPE ou de outra banca. Isso porque apenas
traremos temas em que o conteúdo conste no edital e iremos elaborar os padrões de
resposta de acordo com a forma de correção do CESPE (que inclusive não difere
muito das outras bancas).
Sem demora, vamos iniciar a aula.
Sendo objetivo, podemos de forma geral observar o seguinte roteiro para
resolução de uma discursiva:
1) Observe atentamente o que cada um dos tópicos está pedindo: atente-se para
cada uma das palavras contidas na pergunta. Às vezes em uma pergunta há mais uma
ou duas contidas nela. Fique atento aos verbos. Ainda note se o examinador pede que
responda com base na legislação ou jurisprudência. Caso ele não fale, sempre
fundamente a resposta na lei ou jurisprudência. Fiquem atentos pois caso ele peça que
responda com fundamento na jurisprudência e você responda com fundamento na
legislação, por melhor que fique a sua resposta com todos fundamentos legislativos
existentes, sua nota será zero.
2) Siga a sequência determinada pelo examinador nos tópicos. Quando ele for
corrigir tenderá a procurar as respostas na mesma sequência. Isso facilitará a correção,
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tendo em vista que ele não precisará procurar as respostas de forma esparsa no texto.
Lembre-se de que o examinador não é um especialista no assunto. Ele apenas tem um
padrão de resposta disponibilizado pela banca e irá “comparar” esse padrão com a sua
discursiva. Então quanto mais próximo sua resposta esteja do modelo maior será a sua
nota.
3) Cada tópico deve ser respondido em parágrafos separados ou se respondidos
no mesmo parágrafo (porque um tópico ocupou poucas linhas) sempre separe bem as
frases e orações, deixando claro qual frase responde qual tópico. Isso é feito usando-se
as palavras chave de cada pergunta. Não misture os assuntos. Na correção o
examinador irá atribuir nota a cada uma das respostas. Por exemplo, em uma questão
valendo 100 pontos na qual contenha 05 tópicos a serem respondidos, cada tópico
valerá 20 pontos. Então caso você se esqueça de responder algum tópico, por menor
que seja ou aparentemente sem importância, você irá perder 20 pontos. Por melhor e
mais bem fundamentada na legislação e jurisprudência que a sua discursiva tenha sido
feita.
4) Sempre use nas respostas palavras chave da pergunta, e se possível inicie o
parágrafo com elas. Isso é essencial para a clareza do texto, de forma que fique
evidente a sua resposta. A sua resposta deve ser clara (com o uso das palavras chave
contidas na própria questão), imediata (sem abordagens superficiais e também evite
abordagens históricas, morais, sociais, opinião pessoal etc., exceto caso a questão faça
referência) e direta (não deixe nenhuma resposta implícita, sempre seja explícito e
responda de forma afirmativa – não dê resposta que demonstre algum tipo de dúvida.
Você deve afirmar a sua resposta e nunca deixar de forma implícita. Já na primeira
frase responda o tópico e em seguida traga os argumentos que sustentam a sua
afirmação sempre com base em fontes formais: Constituição, Legislação,
jurisprudência etc.).
5) Fique atento à coerência nas respostas e aos elementos de coesão entre os
parágrafos.
Destaco que devemos seguir uma estrutura textual com objetividade, ordenação
e clareza de idéias. Por fim, veja se seu texto não ficou confuso. Tente ler como se
você fosse um terceiro e note se as idéias ficaram claras.
As bancas têm favorecido ao candidato que vai direto ao que está sendo pedido,
ao núcleo da questão. O candidato não deve fazer introduções que abordem a questão
de modo superficial e tardar a responder ao núcleo do que está sendo pedido. A
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resposta deve ser imediata. As palavras chave de cada tópico devem ser retomadas na
resposta de cada um deles. Estou sendo um pouco repetitivo de forma proposital para
que vocês fixem bem os passos que devem ser seguidos.
O examinador não é um especialista no assunto. Ele terá um padrão de resposta
e irá atribuir pontuação maior para o candidato que mais se aproxime do modelo de
resposta que ele tem. Dessa forma, ele não está procurando texto que o faça chorar de
emoção.
MUITO IMPORTANTE: NA LEITURA DOS PADRÕES DE RESPOSTA,
NÃO FIQUEM ATENTOS APENAS AO CONTEÚDO QUE ESTÁ SENDO
EXPOSTO. OBSERVEM OS DETALHES DE COMO ESTRUTURAMOS A
RESPOSTA. NOTEM TODOS OS PASSOS DO ROTEIRO QUE
TROUXEMOS ACIMA. EM CORREÇÕES VEJO QUE MUITOS ALUNOS
TÊM CONHECIMENTO TÉCNICO MAIS ERRAM NA FORMA DE EXPOR
OU DEIXAM DE RESPONDER TÓPICOS POR FALTA DE ATENÇÃO. EM
UMA PROVA VALENDO 100 PONTOS E QUE CONTENHA, POR
EXEMPLO, CINCO TÓPICOS E VOCÊ ESQUECER DE RESPONDER UM,
VOCÊ PERDERÁ 20 PONTOS. SIMPLES ASSIM. POR EXEMPLO:
CONCEITUE E DÊ EXEMPLOS DE TAL ASSUNTO. NOTE QUE SÃO DOIS
TÓPICOS: UM É CONCEITUAR O OUTRO É DAR EXEMPLOS. POR MAIS
QUE VOCÊ RESPONDA OS OUTROS 5 OU 6 TÓPICOS QUE ELE TENHA
TRAZIDO, CONCEITUE DE FORMA PERFEITA O ASSUNTO, MAS NÃO
DÊ EXEMPLOS, VOCÊ IRÁ PERDER PONTOS PROPORCIONAIS À
QUANTIADE DE PERGUNTAS. SE ERAM 05, E A PROVA VALE 100
PONTOS VOCÊ IRÁ PERDER 20 PONTOS. VEJA TAMBÉM, MAIS SUTIL
AINDA, QUE ELE FALA EXEMPLOS, NO PLURAL. SE VOCÊ DER
APENAS UM EXEMPLO VOCÊ PERDERÁ 10 PONTOS.
Vamos aos temas e padrões de resposta nos quais vocês poderão observar cada
um desses passos.
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TEMA 01
(2010/Auditor-Fiscaldo Trabalho) O artigo 2.º da Constituição da República
Federativa do Brasil assim dispõe: “São Poderes da União, independentes e
harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário”. A partir do dispositivo
constitucional supra, deve o candidato discorrer sobre o tema INDEPENDÊNCIA E
HARMONIA ENTRE OS PODERES, abordando obrigatoriamente os seguintes
tópicos:
a) harmonia entre os poderes – divisão de funções entre os órgãos de poder –
princípio da indelegabilidade de funções – absoluta ou relativa?
b) independência entre os poderes – absoluta ou relativa?
c) sistema de freios e contrapesos;
d) exceções ao princípio da divisão dos Poderes – Exemplos
PADRÃO DE RESPOSTA
Tópico “a”.
A República Federativa do Brasil é um Estado Democrático de Direito, determinando a
Constituição Federal de 1988 (CF/88) que são Poderes da União, independentes e harmônicos
entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Como se depreende, há independência e
HARMONIA ENTRE OS PODERES, acarretando uma DIVISÃO DE FUNÇÕES ENTRE OS
ÓRGÃOS DE PODER. Dessa forma, de acordo com a melhor doutrina, o Executivo é o responsável
pela execução das políticas e programas de governo; o Judiciário em dizer de forma definitiva qual
o direito a ser aplicado; e o Legislativo em fiscalizar e criar as leis.
As FUNÇÕES típicas de cada Poder são INDELEGÁVEIS, de acordo com a clássica
tripartição de poderes de Montesquieu. Essas funções estatais legislativa, judicial e executiva
deveriam ser distribuídas de forma rígida ou absoluta por órgãos distintos e independentes, não
podendo um Poder delegar a outro uma competência que lhe é essencial. No entanto, no atual
sistema constitucional brasileiro o PRINCÍPIO DA INDELEGABILIDADE de funções não é
absoluto, mas relativo, sendo exemplo disso a possibilidade de o Legislativo delegar ao Executivo a
responsabilidade de legislar determinadas matérias, conforme prevê a CF/88. Vamos analisar os
parágrafos que acabamos de estruturar.
VAMOS ANALISAR OS PARÁGRAFOS QUE ACABAMOS DE
ESTRUTURAR.
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OBSERVE QUE RESPONDEMOS A QUESTÃO COM FUNDAMENTO EM
FONTES “OFICIAIS”. INICIO DEIXANDO MANIFESTO QUE A AFIRMAÇÃO
ESTÁ CONTIDA NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 88 (CF/88). LOGO NO
PARÁGRAFO SEGUINTE AO FALAR DA INDELEGABILIDADE DE FUNÇÕES
CITO MONTESQUIEU QUE FOI O GRANDE TEÓRICO DO ASSUNTO
TRATADO NA QUESTÃO. AINDA FOI POSSÍVEL ENCERRAR O PARÁGRAFO
DIZENDO “CONFORME PREVÊ A CF/88”. DESSA FORMA, VOCÊ
DEMONSTRA AO EXAMINADOR QUE VOCÊ TEM CONHECIMENTO
TÉCNICO SOBRE O ASSUNTO QUE ESTÁ ESCREVENDO.
VEJA TAMBÉM AS PALAVRAS EM LETRAS MAIÚSCULAS. SÃO AS
PALAVRAS CHAVE CONSTANTES NA QUESTÃO. DESSA FORMA FICA
FACILMENTE PERCEPTÍVEL AO EXAMINADOR A RESPOSTA
CORRESPONDENTE DE CADA TÓPICO POR ELE SOLICITADO. COMO O
PRIMEIRO TÓPICO CONTINHA DOIS ASSUNTOS, SEPARAMOS CADA UM
NUM PARÁGRAFO.
UMA DIFICULDADE MUITO COMUM QUANDO ESTAMOS FAZENDO
UMA PROVA DISCURSIVA É COMO INICIAR A QUESTÃO. E AQUI DIGO
QUE É MUITO SIMPLES. INICIE A QUESTÃO COM AS PALAVRAS
CONTIDAS NO PRÓPRIO TEMA PROPOSTO. VOCÊ NÃO PRECISA
INVENTAR ALGO NOVO. VÁ DIRETO AO ASSUNTO. USE PALAVRAS E
EXPRESSÕES JÁ CONSTANTES NO TEXTO TRAZIDO PELO EXAMINADOR.
NOTE QUE FOI EXATAMENTE O QUE EU FIZ NO INÍCIO DO PRIMEIRO
PARÁGRAFO. COMEÇO PRATICAMENTE APENAS REPETINDO O QUE O
EXAMINADOR TROUXE NA QUESTÃO. ALIAS, ASSIM RECOMENDO QUE
FAÇAM. NÃO INVENTEM. COM ISSO SUPERAMOS A FASE INICIAL E
PODEMOS PROSSEGUIR COM MAIS TRANQUILIDADE.
AINDA CHAMO A ATENÇÃO DE VOCÊS PARA MAIS UMA COISA.
TEMOS NO TÓPICO “A” PRATICAMENTE 04 TEMAS. A PRINCÍPIO PODE
PARECER (NUMA LEITURA MAIS APRESSADA, PRINCIPALMENTE NO
CALOR DA PROVA) QUE VOCÊ DEVE FALAR SOMENTE SOBRE
“HARMONIA ENTRE OS PODERES” E “PRINCÍPIO DA
INDELEGABILIDADE”. MAS TEMOS QUE FALAR AINDA SOBRE A
“DIVISÃO DE FUNÇÕES ENTRE OS ÓRGÃOS DE PODER” E “SE A
INDELEGABILIDADE DE FUNÇÕES É ABSOLUTA OU RELATIVA”. É
PERCEBÍVEL QUE NO PRIMEIRO PARÁGRAFO COMEÇO FALANDO DA
“HARMONIA ENTRE OS PODERES” E TERMINO COM A “DIVISÃO DE
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FUNÇÕES ENTRE OS ÓRGÃOS DE PODER”. JÁ NO SEGUNDO PARÁGRAFO
INICIO SOBRE A “INDELEGABILIDADE DE FUNÇÕES” E FECHO COM SE
ESSA É RELATIVA OU ABSOLUTA. ANALISANDO OS 02 PARÁGRAFOS
REPAREM QUE TUDO O QUE O EXAMINADOR PEDIU FOI RESPONDIDO.
COM A PRÁTICA ESSAS ANÁLISES E A SEQUÊNCIA DO ROTEIRO QUE
PASSEI FICAM AUTOMÁTICAS.
No segundo tópico temos: b) independência entre os poderes – absoluta ou
relativa?
MODELO DE RESPOSTA
A independência entre os Poderes não ocorre de forma absoluta, pois o que de fato acontece
é uma interdependência e harmonia, como bem determina a CF/88, demonstrando que a
independência entre eles é apenas relativa. Um Poder limita o outro na medida em que a própria
CF/88 criou mecanismos de controle de um Poder sobre o outro. Todavia, como já decidiu o STF
inúmeras vezes, essa independência é relativa apenas nas hipóteses constitucionalmente previstas.
Nos casos não previstos na Constituição não pode um Poder interferir no outro.
ANALISEMOS MAIS ESSE PARÁGRAFO.
O TÓPICO PERGUNTA OBJETIVAMENTE SE A INDEPENDÊNCIA
ENTRE OS PODERES É ABSOLUTA OU RELATIVA. SENDO ASSIM,
RESPONDEMOS DE FORMA OBJETIVA E DIRETA. NOTE QUE JÁ
INICIAMOS RESPONDENDO: “A INDEPENDÊNCIA ENTRE OS PODERES NÃO
OCORRE DE FORMA ABSOLUTA”. NÃO DEMORE A RESPONDER O QUE O
EXAMINADOR PERGUNTOU. SEMPRE QUE POSSÍVEL JÁ RESPONDA NA
PRIMEIRA LINHA. O RESTANTE DO PARÁGRAFO APENAS IRÁ
SUSTENTAR SUA AFIRMAÇÃO. ALIAS VOCÊ DEVE AFIRMAR. NÃO DEIXE
A SUA RESPOSTA SUBENTENDIDA. NOTE AINDA QUE TODO O
PARÁGRAFO É ALICERÇADO EM FONTES “OFICIAIS”. NO CASO,
SUSTENTAMOS NOSSA RESPOSTA NA CONSTITUIÇÃO E EM DECISÕES DO
STF.
No tópico seguinte temos: c) sistema de freios e contrapesos;
MODELO DE RESPOSTA
Esses mecanismos de controle, supracitados, que a doutrina passou a chamar de sistema de
freios e contrapesos, são responsáveis em manter o Estado Democrático de Direito. Esse sistema faz
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com que haja o devido equilíbrio capaz de evitar que um Poder extrapole ao exercer sua função.
Como exemplo do sistema de freios e contrapesos temos: o controle de constitucionalidade exercido
pelo Judiciário sobre às normas criadas pelo Legislativo; a fiscalização exercida pelo Legislativo,
por meio do Tribunal de Contas, sobre os atos do Judiciário e do Executivo; a possibilidade de o
Legislativo constituir Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar ações do Executivo ou
Judiciário; a sanção exercida pelo Executivo quanto às leis elaboradas pelo Legislativo.
Por último temos: d) exceções ao princípio da divisão dos Poderes – Exemplos
MODELO DE RESPOSTA
No sistema brasileiro há várias exceções ao princípio da divisão dos Poderes. Como
exemplo, podemos citar: as medidas provisórias publicadas pelo Poder Executivo; o julgamento do
Presidente da República pelo Senado Federal nos crimes de responsabilidade; a iniciativa de lei aos
tribunais superiores nos casos previstos na CF/88; o exercício da função executiva pelo Judiciário e
Legislativo quando esses organizam seus serviços internos.
NOS DOIS ÚLTIMOS PARÁGRAFOS, MAIS UMA VEZ, É FÁCIL NOTAR
QUE FOMOS DIRETO ÀS RESPOSTAS. CONSTATE QUE JÁ NA PRIMEIRA
OU NO MÁXIMO NA SEGUNDA LINHA AS PALAVRAS CHAVE, NÚCLEO DA
PERGUNTA DO EXAMINADOR, SÃO REPETIDAS. NÃO HÁ DIFICULDADE
EM LOCALIZAR EM QUE PARÁGRAFO OU EM QUE PARTE DO TEXTO
ESTÁ A RESPOSTA A CADA TÓPICO.
Trazemos agora a resposta completa para melhor observação:
(2010/Auditor-Fiscaldo Trabalho) O artigo 2.º da Constituição da República
Federativa do Brasil assim dispõe: “São Poderes da União, independentes e
harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário”.
A partir do dispositivo constitucional supra, deve o candidato discorrer sobre
otema INDEPENDÊNCIA E HARMONIA ENTRE OS PODERES, abordando
obrigatoriamente os seguintes tópicos:
a)harmonia entre os poderes – divisão de funções entre os órgãos de poder –
princípio da indelegabilidade de funções – absoluta ou relativa?
b)independência entre os poderes – absoluta ou relativa?
c)sistema de freios e contrapesos;
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d)exceções ao princípio da divisão dos Poderes – Exemplos
Padrão de resposta
A República Federativa do Brasil é um Estado Democrático de Direito, determinando a
Constituição Federal de 1988 (CF/88) que são Poderes da União, independentes e harmônicos
entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Como se depreende, há independência e
HARMONIA ENTRE OS PODERES, acarretando uma DIVISÃO DE FUNÇÕES ENTRE OS
ÓRGÃOS DE PODER. Dessa forma, de acordo com a melhor doutrina, o Executivo é o responsável
pela execução das políticas e programas de governo; o Judiciário em dizer de forma definitiva qual
o direito a ser aplicado; e o Legislativo em fiscalizar e criar as leis.
As FUNÇÕES típicas de cada Poder são INDELEGÁVEIS de acordo com a clássica
tripartição de poderes de Montesquiel. Essas funções estatais legislativa, judicial e executiva
deveriam ser distribuídas de forma rígida ou absoluta por órgãos distintos e independentes, não
podendo um Poder delegar a outro uma competência que lhe é essencial. No entanto, no atual
sistema constitucional brasileiro o PRINCÍPIO DA INDELEGABILIDADE de funções não é
absoluto, mas relativo, sendo exemplo disso a possibilidade de o Legislativo delegar ao Executivo a
responsabilidade de legislar determinadas matérias, conforme prevê a CF/88.
A independência entre os Poderes não ocorre de forma absoluta, pois o que de fato acontece
é uma interdependência e harmonia, como bem determina a CF/88, demonstrando que a
independência entre eles é apenas relativa. Um Poder limita o outro na medida em que a própria
CF/88 criou mecanismos de controle de um Poder sobre o outro. Todavia, como já decidiu o STF
inúmeras vezes, essa independência é relativa apenas nas hipóteses constitucionalmente previstas.
Nos casos não previstos na Constituição não pode um Poder interferir no outro.
Esses mecanismos de controle, supracitados, que a doutrina passou a chamar de sistema de
freios e contrapesos, são responsáveis em manter o Estado Democrático de Direito. Esse sistema faz
com que haja o devido equilíbrio capaz de evitar que um Poder extrapole ao exercer sua função.
Como exemplo do sistema de freios e contrapesos temos: o controle de constitucionalidade exercido
pelo Judiciário sobre às normas criadas pelo Legislativo; a fiscalização exercida pelo Legislativo,
por meio do Tribunal de Contas, sobre os atos do Judiciário e do Executivo; a possibilidade de o
Legislativo constituir Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar ações do Executivo ou
Judiciário; a sanção exercida pelo Executivo quanto às leis elaboradas pelo Legislativo.
No sistema brasileiro há várias exceções ao princípio da divisão dos Poderes. Como
exemplo, podemos citar: as medidas provisórias publicadas pelo Poder Executivo; o julgamento do
Presidente da República pelo Senado Federal nos crimes de responsabilidade; a iniciativa de lei aos
tribunais superiores nos casos previstos na CF/88; o exercício da função executiva pelo Judiciário e
Legislativo quando esses organizam seus serviços internos.
TEMA 02
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CESPE 2008 – MMA
A Constituição de 1988 consagrou uma série de princípios e estabeleceu um
conjunto de regras atinentes à relação entre a administração e os servidores. Um
dos aspectos mais relevantes diz respeito à investidura em cargo ou emprego público,
seja mediante concurso público, seja para os chamados cargos em comissão.
Considerando que o texto acima tem caráter unicamente motivador, redija um
texto dissertativo acerca do ingresso no serviço público a partir dos princípios da
administração. Em seu texto, aborde, necessariamente, os seguintes aspectos:
a) principais princípios da administração pública na Constituição Federal;
b) formas principais de ingresso no serviço público;
c) relações entre formas de ingresso e princípios da administração
descritos.
PADRÃO DE RESPOSTA
Os principais princípios da administração pública estão previstos no art. 37 da Constituição
Federal de 1988 (CF/88). São eles a legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência. A legalidade determina que a administração deve seguir os ditames constantes na lei; a
impessoalidade está relacionada à isonomia, garantindo a todos iguais direitos e oportunidades; a
moralidade liga-se à ética, à honestidade e à probidade que deve guiar os atos públicos; a
publicidade orienta que os atos da administração devem ser públicos; a eficiência atribui o dever da
administração zelar pela melhor aplicação dos recursos disponíveis. Outro princípio de grande
relevância previsto na CF/88 é o princípio do concurso público. Esse apenas não será observado
nos casos constitucionalmente previstos.
As formas principais de ingresso no serviço público, além do concurso público, são: o
exercício de mandato eletivo – legislativo e chefes do executivo; quinto constitucional para ingresso
de magistrados nos tribunais; processo seletivo simplificado para os agentes de endemias; serviços
público temporário no caso de relevância necessidade; os cargos em comissão.
As formas de ingresso se relacionam diretamente com os princípios da administração
pública descritos. Ao seguir apenas os casos constitucionalmente previstos para ingresso no serviço
público o administrador respeita o principio da legalidade. A impessoalidade será atendida, pois os
servidores não são escolhidos de maneira livre pelo administrador, ressalvados os casos de livre
Página 12
nomeação e exoneração. Dessa forma, a administração será mais eficiente, tendo em vista que para
ingressar no serviço é necessário que haja mérito, e não a simples troca de favores ou indicações
políticas.
Todas as formas de ingresso devem seguir formas determinadas de divulgação aos
interessados e publicados seus resultados. Sendo assim, temos a moralização da administração
pública que passa a seguir a finalidade pública e não aos interesses particulares. De maneira a
melhor expressar os princípios da eficiência, moralidade e impessoalidade o Supremo Tribunal
Federal publicou súmula vinculante que proíbe o exercício de cargos comissionados a parentes das
autoridades nomeantes, inclusive nos casos de nomeações cruzadas.
VAMOS ANALISAR O QUE FIZEMOS.
NO PRIMEIRO TÓPICO FALAMOS E DESCREVEMOS CADA UM DOS
PRINCIPAIS PRINCÍPIOS PREVISTOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL BEM
COMO EM QUE ARTIGO SE ENCONTRA. O FUNDAMENTO É A PRÓPRIA
CONSTITUIÇÃO. NO SEGUNDO PARÁGRAFO TROUXEMOS AS PRINCIPAIS
FORMAS DE INGRESSO NO SERVIÇO PÚBLICO. TODOS ESTÃO PREVISTOS
NA CONSTITUIÇÃO (FUNDAMENTO DA RESPOSTA). NO TERCEIRO E
QUARTO PARÁGRAFOS FIZEMOS A RELAÇÃO ENTRE AS FORMAS DE
INGRESSO NO SERVIÇO PÚBLICO COM OS PRINCÍPIOS DA
ADMINISTRAÇÃO. E AINDA TROUXEMOS SÚMULA DO STF SOBRE O
ASSUNTO.
QUALQUER PESSOA MESMO QUE NÃO CONHEÇA O ASSUNTO
CONSEGUE ENCONTRAR A RESPOSTA A CADA PERGUNTA. TANTO PELAS
PALAVRAS CHAVE USADAS NO INÍCIO DE CADA PARÁGRAFO QUANTO
POR SEGUIR A MESMA SEQUÊNCIA TRAZIDA PELO EXAMINADOR. DESSA
FORMA, VOCÊ NÃO TERÁ PROBLEMAS EM ESTRUTURAR A SUA
DISSERTAÇÃO. NÃO TERÁ PROBLEMAS NEM DÚVIDAS DE COMO INICIÁ-
LA.
TEMA 03
Considerando sinônimos os conceitos de “Administração centralizada” e
“Administração direta”, bem como a identidade de significado entre os termos
“Administração descentralizada” e “Administração indireta”:
Página 13
a) descreva 02 (dois) elementos distintivos entre a descentralização e a
desconcentração administrativa;
b) discorra sobre a existência de relação hierárquica ou de controle ou tutela
entre a Administração central e os respectivos entes administrativos descentralizados,
e
c) indique um exemplo de desconcentração administrativa no âmbito da
organização da estrutura administrativa federal brasileira.
Extensão máxima: 20 linhas.
NESSA QUESTÃO TEMOS QUE RESPONDER 03 TÓPICOS EM 20
LINHAS. O PARÁGRAFO EM QUE RESPONDE AO TÓPICO QUE O
EXAMINADOR QUER, DEVE SER SIMPLES, OBJETIVO E DIRETO (COMO JÁ
DITO).
MODELO DE RESPOSTA
Dois dos principais elementos distintivos entre a descentralização e a desconcentração
administrativa são que nessa a distribuição do exercício de funções ocorre dentro do próprio ente
ou da mesma pessoa jurídica. Já na descentralização é criada uma nova pessoa jurídica ou
transferida a execução do serviço à particular por meio de concessão, permissão ou autorização.
Outro elemento distintivo é que na desconcentração há hierarquia direta entre a pessoa
jurídica detentora do serviço e os órgãos desconcentrados, tendo em vista que se trata da mesma
pessoa jurídica. No caso da descentralização não ocorre hierarquia entre a Administração central e
os respectivos entes descentralizados.
Não há existência de relação hierárquica entre a Administração central e os respectivos
entes administrativos descentralizados. Todavia, ocorre controle ou tutela do ente central sobre os
entes descentralizados. Isso acontece porque é o ente central o responsável pelos serviços, tendo
apenas transferido a execução a terceiros. Ressalte-se, que esse controle ou tutela é realizado nos
devidos limites da lei.
Como exemplo de desconcentração administrativa no âmbito da organização da estrutura
administrativa federal brasileira tem-se a desconcentração realizada da União para os Ministérios.
Esse tipo de desconcentração é denominado por matéria e acontece pelo fato de haver uma grande
variedade de serviços a cargo da União.
Página 14
NESSE MODELO SEGUIMOS TUDO QUE ENSINAMOS ATÉ O
MOMENTO. OBSERVEM CADA UM DOS PASSOS DO ROTEIRO QUE
TROUXE NO INÍCIO DA AULA E TUDO QUE FALEI ATÉ AGORA.
FAÇO O SEGUINTE DESTAQUE: VEJA QUE NO TÓPICO “B” QUANDO A
QUESTÃO FALA “RELAÇÃO HIERÁRQUICA OU DE CONTROLE OU
TUTELA”; RELAÇÃO HIERÁRQUICA PEDE UMA RESPOSTA E RELAÇÃO DE
CONTROLE OU TUTELA SOLICITA OUTRA RESPOSTA. ESSA ATENÇÃO
ESPECIAL ESTÁ NO NOSSO ROTEIRO QUE DEVE SER OBSERVADO.
TEMA 04
Redija um texto dissertativo, acerca do tema seguinte:
AGÊNCIAS REGULADORAS CRIADAS PELA UNIÃO:
CARACTERÍSTICAS E FINALIDADES.
Em sua dissertação, devem ser contemplados, necessariamente, os seguintes
aspectos:
a) natureza jurídica;
b) especialização técnica;
c) independência;
d) poder normativo.
Extensão máxima: 30 linhas.
PADRÃO DE RESPOSTA
Com a transferência de serviços públicos do âmbito da União para o particular, houve a
necessidade de serem criadas as agências reguladoras com a finalidade de fiscalizar e controlar o
setor a que a lei lhe atribuiu. (INTRODUÇÃO)
A natureza jurídica das agências reguladoras é de autarquia sob o regime especial. Esse
regime ocorre pelo fato de as agências terem maior autonomia, independência e prerrogativas que
as autarquias em geral. (RESPOSTA TÓPICO “A”. INICIANDO COM AS PALAVRAS CHAVE)
As agências reguladoras são dotadas de grande especialização técnica, sendo dotadas de
corpo de funcionários com alta capacidade técnica. Isso ocorre porque as agências são
responsáveis por regular setores da economia que demanda conhecimentos aprofundados do setor
regulado. Dessa forma, seus agentes e seus dirigentes, inclusive, devem possuir grande
Página 15
conhecimento da atividade regulada pela agência. (RESPOSTA TÓPICO “B”. PALAVRAS CHAVE
PRESENTE JÁ NA PRIMEIRRA LINHA DO PARÁGRAFO: ESPECIALIZAÇÃO TÉCNICA)
De forma a melhor exercerem suas finalidades as agências desfrutam de grande
independência. Isso é notável pelos seguintes fatos: seus dirigentes possuem mandatos fixos só
podendo perder o cargo nos casos previstos em lei; seus atos não são passíveis de revisão pelo ente
que a criou, ressalvados os casos previstos em lei, não havendo assim, hierarquia entre esse e a
agência reguladora; há autonomia administrativa e financeira. (RESPOSTA TÓPICO “C”.
PALAVRA CHAVE PRESENTE NA PRIMEIRA FRASE: INDEPENDÊNCIA)
Ainda destaca-se, o poder normativo que possui as agências. Essas podem regular o setor
conforme definido em lei principalmente no que diz respeito aos conceitos técnicos. Ressalte-se, que
não é permitido às agências inovarem no mundo jurídico. (RESPOSTA TÓPICO “D”. PALAVRA
CHAVE PRESENTE NA PRIMEIRA LINHA: PODER NORMATIVO)
TEMA 05
CESPE – 2007 – PROCURADOR FEDERAL
Redija, DE FORMA FUNDAMENTADA, texto dissertativo acerca da
contratação de empregados pela administração pública direta federal. Em seu texto,
aborde, necessariamente, os seguintes aspectos:
a) possibilidade jurídica da referida contratação;
b) requisitos constitucionais para a validade da contratação e consequências da
não observância desses requisitos;
c) garantias contra a dispensa e existência de estabilidade;
d) competência para apreciar as controvérsias decorrentes desse contrato de
trabalho.
Extensão: 40 a 60 linhas.
Para que a administração pública brasileira possa atingir sua finalidade é necessária a
contratação de servidores públicos. Essa contratação poderá ser efetuada, por exemplo, por meio de
concurso público, contratação temporária de excepcional necessidade pública, contratação de livre
nomeação e exoneração. Os regimes jurídicos adotados podem ser de natureza estatutária ou
celetista. (INTRODUÇÃO)
Página 16
Quanto à POSSIBILIDADE JURÍDICA de a administração pública federal contratar
empregados, a Constituição Federal de 1988 (CF/88) previu de forma originária que a
administração direta adotaria regime jurídico único, sendo no caso o regime estatutário. No
entanto, a emenda constitucional 19 de 1998 (EC 19/98) determinou a possibilidade de a
administração pública adotar o regime estatutário ou celetista. (RESPOSTA DO TÓPICO “A”.
PALAVRA CHAVE NA PRIMEIRA LINHA: POSSIBILIDADE JURÍDICA)
Ressalte-se que a possibilidade de contratar sob o regime celetista apenas pode ocorrer,
conforme orientação do Supremo Tribunal Federal (STF), para as atividades não finalísticas do
estado. Essa orientação se consolidou em decisão na qual o STF determinou que as agências
reguladoras somente podem contratar sob o regime estatutário, por se tratar de atividade finalística
do estado. (CONTINUAÇÃO DA RESPOSTA DO TÓPICO “A”. REPAREM QUE A QUESTÃO
PEDE DE FORMA FUNDAMENTADA. TROUXE FUNDAMENTOS DA CONSTITUIÇÃO E
DO STF. POR FAVOR MUITA ATENÇÃO A ISSO)
OS REQUISITOS CONSTITUCIONAIS PARA A VALIDADE DA CONTRAÇÃO estão
definidos na CF/88. Essa determina que a contratação seja realizada por meio de concurso público
de provas ou de provas e títulos. Poderão concorrer os brasileiros e os estrangeiros, esses na forma
da lei. A NÃO OBSERVÂNCIA DESSES REQUISITOS ACARRETARÁ COMO
CONSEQUÊNCIA a nulidade da contratação com a responsabilização de quem tenha dado causa.
Conforme jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho (TST) a nulidade do contrato por não
atendimento do requisito do concurso público acarreta para administração o dever de recolher em
nome do empregado o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). (RESPOSTA DO
TÓPICO “B”. NOTE QUE SÃO DUAS PERGUNTAS. TRAZEMOS AS PALAVRAS CHAVE DE
CADA UMA DELAS EM NEGRITO. AINDA FUNDAMENTAMOS NA CONSTITUIÇÃO E NO
TST)
No que diz respeito às GARANTIAS CONTRA A DISPENSA E EXISTÊNCIA DE
ESTABILIDADE, o empregado da administração pública direta federal não dispõe de estabilidade
na forma que é garantida ao funcionário público estatutário. Isso, no entanto, não significa que o
empregado não tenha garantias contra dispensa. O empregado público da administração direta
federal só poderá ser dispensado nos casos legalmente previstos, como por exemplo, em caso de
cometimento de falta grave. Nesse caso, será garantida o devido processo legal e o contraditório e a
ampla defesa. (RESPOSTA DO TÓPICO “C”. PALAVRAS CHAVE NA PRIMEIRA LINHA:
GARANTIAS CONTRA A DISPENSA E EXISTÊNCIA DE ESTABILIDADE)
Apesar de todo o exposto até aqui, o Supremo Tribunal Federal, em liminar de ação direta
de inconstitucionalidade, declarou a inconstitucionalidade formal da EC 19/98 fazendo retornar a
obrigatoriedade do regime jurídico único na administração pública. O STF afirmou ainda que a
decisão valeria “ex nunc”, ou seja, os casos consolidados antes da decisão continuariam com
eficácia até a decisão de mérito. Dessa forma, enquanto não sobressair decisão definitiva do STF a
Página 17
administração pública direta federal não poderá contratar empregados sob o regime celetista.
(AQUI TROUXEMOS UMA IMPORTANTE DECISÃO DO STF SOBRE O ASSUNTO EM
ANÁLISE. HAVENDO ESPAÇO ISSO É IMPORTANTE PARA DEMONSTRAR O
CONHECIMENTO DO ALUNO QUANTO A JURISPRUDÊNCIA).
A COMPETÊNCIA PARA APRECIAR AS CONTROVÉRSIAS DECORRENTES DOS
CONTRATOS DE TRABALHO é da justiça do trabalho, conforme determina o artigo 114 da
CF/88. Sendo assim, mesmo nos casos em que uma das partes seja a administração pública direta
federal a competência continua sendo da justiça do trabalho. Ressalve – se, que nos casos de regime
jurídico estatutário a competência será da justiça comum. (RESPOSTA DO TÓPICO “D”.
PALAVRAS CHAVE INICIANDO A RESPOSTA: A COMPETÊNCIA PARA APRECIAR AS
CONTROVÉRSIAS DECORRENTES DOS CONTRATOS DE TRABALHO).
ASSIM COMO NA RESPOSTA DAS OUTRAS QUESTÕES, OBSERVEM
QUE CUMPRIMOS TODOS OS PASSOS DO NOSSO ROTEIRO. APESAR DE A
RESPOSTA SER DE ATÉ 60 LINHAS (UMA QUESTÃO RELATIVAMENTE
EXTENSA), OBSERVEM QUE SE TIVERMOS ORGANIZAÇÃO E SEGUIRMOS
OS PASSOS CORRETAMENTE PODEMOS FAZER TEXTOS DE TODOS OS
TAMANHOS COM A MESMA FACILIDADE. OS ENSINAMENTOS SERVEM
PARA UM TEXTO DE 20 OU DE 120 LINHAS. ISSO SERÁ IMPORTANTE NO
PARECER QUE CONTARÁ COM 50 LINHAS. ALGUNS FICAM
PREOCUPADOS POR SER UMA QUANTIDADE DE LINHAS
RAZOAVELMENTE GRANDE, MAS PERCEBAM QUE É TÃO SIMPLES
QUANTO FAZER UMA QUESTÃO DE 20 LINHAS. TEMOS APENAS QUE TER
ORGANIZAÇÃO E FICARMOS MUITO ATENTOS A TODOS OS DETALHES E
TUDO QUE ESTÁ SENDO PEDIDO.
TEMA 06
(2010/Auditor Fiscal do Trabalho) O estudo dos atos administrativos é elemento
fundamental a possibilitar a adequada situação dos servidores públicos e da
própria Administração. A produção de tais atos demanda uma avaliação de
aspectos atinentes à regularidade do ato, bem assim à conveniência e à
oportunidade em sua expedição. Nesse contexto, pergunta-se uma vez expedidos,
existem atos administrativos que não podem ser revogados?
Página 18
À luz da DOUTRINA E JURISPRUDÊNCIA PÁTRIAS, justifique sua
resposta, indicando:
a) os fundamentos que confirmam a inexistência de atos administrativos
irrevogáveis: OU
b) no caso de resposta afirmativa à pergunta, as hipóteses de irrevogabilidade de
atos administrativos.
15 a 30 linhas.
DIFERENTEMENTE DAS ANTERIORES, ELA TRAZ UMA PERGUNTA
LOGO NO INÍCIO (E NÃO UM TEXTO APENAS MOTIVADOR). EM SEGUIDA
O EXAMINADOR DIZ QUE TEMOS QUE RESPONDER JUSTIFICANDO A
RESPOSTA E NOS INDICA O QUE DEVE SER ABORDADO. TEMOS
NECESSARIAMENTE NO NOSSO TEXTO QUE TRAZER O QUE DIZ A
DOUTRINA E A JURISPRUDÊNCIA.
IMPORTANTE QUE OBSERVEM QUAL O CERNE DA QUESTÃO.
TEMOS A PERGUNTA CHAVE: “UMA VEZ EXPEDIDOS, EXISTEM ATOS
ADMINISTRATIVOS QUE NÃO PODEM SER REVOGADOS?” ATENÇÃO
ESPECIAL. O TÓPICO “A” DEVE SER RESPONDIDO CASO A RESPOSTA
SEJA NEGATIVA: “INEXISTÊNCIA DE ATOS ADMINISTRATIVOS
IRREVOGÁVEIS”. NESSE CASO, TRAREMOS OS FUNDAMENTOS QUE
CONFIRMAM A INEXISTÊNCIA DE ATOS ADMINISTRATIVOS
IRREVOGÁVEIS. OU NO CASO DE RESPOSTA AFIRMATIVA À PERGUNTA,
AS HIPÓTESES DE IRREVOGABILIDADE DE ATOS ADMINISTRATIVOS. SE
FOR AFIRMATIVA TRAREMOS AS HIPÓTESES DE IRREVOGABILIDADE.
PADRÃO DE RESPOSTA
O ato administrativo é a maneira pela qual a Administração Pública materializada a função
administrativa. Depois de expedidos, os atos administrativos podem ser anulados, por serem ilegais,
ou revogados, por oportunidade e conveniência da Administração. Entretanto, existem atos
administrativos que uma vez expedidos não podem ser revogados. (RESPOSTA A PERGUNTA
CENTRAL. EXISTEM ATOS ADMINISTRATIVOS QUE UMA VEZ EXPEDIDOS NÃO PODE
SER REVOGADOS? RESPOSTA AFIRMATIVA A PERGUNTA. NOS LEVA AO TÓPICO “B”.
HIPÓTESES DE IRREVOGABILIDADE DE ATOS ADMINISTRATIVO).
Página 19
A principal HIPÓTESE DE ATO ADMINISTRATIVO IRREVOGÁVEL são os atos
administrativos vinculados, que é quando a lei determina todos os procedimentos a serem seguidos.
Dessa forma, uma vez expedido o ato esse não pode mais ser revogado, pois a revogação envolve
oportunidade e conveniência o que não existente nos atos vinculados.
Os doutrinadores, como Di Pietro, nos lista algumas HIPÓTESES DE ATOS
ADMINISTRATIVOS IRREVOGÁVEIS: os atos integrantes de um procedimento administrativo,
por que a prática do ato sucessivo acarreta a preclusão do ato anterior (p. ex.: a celebração de
contrato administrativo impede a revogação do ato de adjudicação); os meros atos administrativos,
como são os atestados, os pareceres e as certidões, porque os efeitos são prefixados pelo legislador;
os atos complexos, porque tais atos são formados pela conjugação de vontades de órgãos diversos,
logo a vontade de um dos órgãos não pode desfazer o ato que a lei impõe a integração de vontades
para a formação; e, ainda, a revogação não pode ser promovida quando se exauriu a competência
relativamente ao objeto do ato.
A súmula 473 do STF dispõe que a Administração pode anular seus próprios atos quando
ilegais, ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos
adquiridos. Assim, a jurisprudência do STF nos traz pelo menos mais uma HIPÓTESE DE
IRREVOGABILIDADE DE ATOS ADMINISTRATIVOS: os que contêm direitos adquiridos.
Por todo o exposto, percebemos que os poderes da Administração Pública em revogar os
atos administrativos não são ilimitados. Em várias situações a Administração, tendo em vista o
interesse público, pode revogar o ato administrativo por oportunidade e conveniência. Todavia,
alguns atos uma vez expedidos não admitem revogação.
TEMA 07
2009 – CESPE – BACEN – PROCURADOR
A administração pública abriu sindicância a fim de apurar se Henrique, servidor
público, teria praticado crime contra a administração. A sindicância, concluída no
prazo legal, resultou na instauração de processo disciplinar contra o servidor. Os autos
da sindicância integraram o processo disciplinar, como peça informativa da instrução.
Durante o processo, foram assegurados o contraditório e a ampla defesa a Henrique. A
administração, ao final, com base em prova emprestada, licitamente obtida por meio
de interceptação telefônica, e nos depoimentos colhidos durante a instrução do
processo disciplinar, considerou que a infração estava capitulada como ilícito penal,
encaminhou cópia dos autos ao Ministério Público e aplicou, de forma motivada, pena
de demissão ao servidor.
Página 20
Considerando a situação hipotética apresentada acima, responda, deforma
fundamentada, aos questionamentos a seguir.
– No decorrer da sindicância, era prescindível o exercício do direito de defesa
do servidor?
– De acordo com orientação do Supremo Tribunal Federal, há obstáculo jurídico
para a utilização da citada prova emprestada no processo administrativo disciplinar?
Extensão máxima: 20 linhas.
ESSES TEMAS COM ESTUDOS DE CASO SERÃO ESSENCIAIS PARA
O APRENDIZADO DO PARECER. ESSAS QUESTÕES SÃO A BASE PARA O
PARECER.
O CUIDADO QUE TEMOS QUE TER NESSE TIPO DE QUESTÃO É EM
ARRUMAR O TEXTO DE UMA FORMA QUE O TEXTO HIPOTÉTICO SEJA
VINCULADO À EXPOSIÇÃO DA TEORIA. O NOSSO TEXTO TEM QUE
SEGUIR UMA LÓGICA E TER COESÃO E COERÊNCIA. NO ENTANTO, NÃO
HÁ MAIORES DIFERENCIAÇÕES DOS TEXTOS QUE ANALISAMOS ATÉ O
MOMENTO.
NA NOSSA RESPOSTA COMO INTRODUÇÃO IREMOS RESUMIR A
SITUAÇÃO HIPOTÉTICA SEMPRE BUSCANDO AS PALAVRAS CHAVE, O
CENTRO DA QUESTÃO E O QUE TENHA RELAÇÃO COM AS PERGUNTAS
ABORDADAS NOS TÓPICOS. PARA QUE NÃO HAJA ERRO, SIGA A MESMA
SEQUÊNCIA DO CASO HIPOTÉTICO. NÃO INVERTA A ORDEM SE NÃO FOR
NECESSÁRIO. O RESUMO DEVE SEGUIR A MESMA LÓGICA. REPITA AS
PALAVRAS CHAVE DO CASO FICTÍCIO. APÓS O RESUMO QUE SERÁ A
INTRODUÇÃO DA NOSSA RESPOSTA, A CONTINUAÇÃO RESPONDENDO
OS TÓPICOS SEGUE DA MESMA FORMA QUE ESTUDAMOS ATÉ O
MOMENTO. APENAS SE ATENTEM PARA OS ELEMENTOS DE COESÃO E
COERÊNCIA. REPITO QUE ESSE TIPO DE QUESTÃO É A BASE PARA O
ESTUDO DO PARECER.
PADRÃO DE RESPOSTA
A administração pública abriu sindicância a fim de apurar se servidor público teria
praticado crime contra a administração. A sindicância resultou na instauração de processo
Página 21
disciplinar. Durante o processo, foram assegurados o contraditório e a ampla defesa. A
administração, ao final, com base em prova emprestada, licitamente obtida por meio de
interceptação telefônica, considerou que a infração estava capitulada como ilícito penal, e aplicou,
de forma motivada, pena de demissão ao servidor. (NA INTRODUÇÃO REPETIMOS A MESMA
SEQUÊNCIA DA HISTÓRIA. AS MESMAS PALAVRAS CHAVE. DEIXAMOS O QUE TEM
RELAÇÃO COM A TEORIA ABORDADA NOS TÓPICOS – NEGRITO. TÓPICO “A” DIREITO
DE DEFESA DO SERVIDOR. TÓPICO “B” PROVA EMPRESTADA)
A Constituição Federal de 1988 (CF/88) garante a todos os acusados, inclusive em processos
administrativos, o contraditório e a ampla defesa. Apesar dessa previsão constitucional, a
sindicância pode prescindir dessa garantia. Isso ocorre porque a sindicância nem sempre resultará
em penalidade ao investigado. A sindicância pode ser apenas investigativa e resultar em
arquivamento ou em instauração de processo administrativo disciplinar (PAD). No caso de resultar
em PAD, nesse será garantido o contraditório e ampla defesa ao servidor.
De acordo com o Supremo Tribunal Federal (STF), não há obstáculo jurídico para a
utilização de prova emprestada no processo administrativo disciplinar. Segundo o STF, a prova
obtida por meios de interceptação telefônica, conforme o caso citado, desde que obtida licitamente
com autorização judicial com finalidade de compor processo penal por crime sujeito a reclusão,
poderá ser emprestada a outros processos. (RESPOSTA DIRETA E IMEDIATA DO TÓPICO “B”:
DE ACORDO COM O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF), NÃO HÁ OBSTÁCULO
JURÍDICO PARA A UTILIZAÇÃO DE PROVA EMPRESTADA NO PROCESSO
ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR)
TEMA 08
Questão com correção real feita pelo CESPE. Questão com nota máxima na
macro estrutura e conteúdo (houve apenas um desconto por um erro gramatical).
CESPE 2013 – AUDITOR FISCAL DO TRABALHO
Considere que determinada lei tenha conferido ao trabalhador urbano o direito
ao recebimento de seguro contra acidente de trabalho em percentuais maiores que os
previstos para os trabalhadores rurais. Em face dessa situação, discorra sobre o
tratamento dado pela Constituição Federal de 1988 aos trabalhadores urbanos e rurais
[valor: 10,00 pontos], esclarecendo, à luz do entendimento do Supremo Tribunal
Federal (STF), se há compatibilidade da referida lei com o texto constitucional [valor:
9,00 pontos].
Página 22
RESPOSTA DO CANDIDATO.
Lei assegura a trabalhador urbano o direito de seguro contra acidente de trabalho em
percentuais maiores que os previstos para os trabalhadores rurais.
A Constituição Federal de 1988 (CF/88) assegurou no seu artigo 7º tratamento igualitário,
quanto aos direitos trabalhistas, ao trabalhador urbano e rural. Entre os direitos aplicados de
forma isonômica encontra-se o direito de seguro contra acidente de trabalho a cargo do
empregador. Acrescente-se que a CF/88 foi a primeira das Constituições brasileiras a prever
direitos iguais aos trabalhadores urbanos e rurais.
Quanto ao entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre lei que confere ao
trabalhador urbano o direito ao recebimento de seguro contra acidente de trabalho em percentuais
maiores que os previstos para os trabalhadores rurais, o STF diz que essa lei é inconstitucional, por
não haver compatibilidade da referida lei com o texto constitucional.
Na decisão o STF acrescenta que os direitos conquistados pelos trabalhadores rurais e
constitucionalmente garantidos não podem ser mitigados por legislação infraconstitucional.
Vejam a correção do CESPE.
ASPECTOS MACROESTRUTURAIS
Quesitos Avaliados Faixa de valor Nota
1 Apresenta��o (legibilidade, respeito �s margens e indica��o de
par�grafos) e estrutura textual (organiza��o das ideias em texto
estruturado)
0,00 a 1,00 1,00
2 Desenvolvimento do tema
2.1 Tratamento dado pela Constitui��o Federal de 1988 aos
trabalhadores urbanos e rurais (art. 7.�, XXVIII) 0,00 a 10,00 10,00
2.2 Esclarecimento, � luz do entendimento do STF, quanto �
(in)compatibilidade da referida lei com o texto constitucional 0,00 a 9,00 9,00
RESULTADO
Nota no conteúdo (NC = soma das notas obtidas em cada quesito) 20,00
Número total de linhas efetivamente escritas (TL) 19
Número de erros (NE) 1
NOTA DA PROVA P3 - QUEST�O 3 19,95
Página 23
COMO PODEM OBSERVAR, A QUESTÃO OBTEVE NOTA MÁXIMA EM
CONTEÚDO E TEVE UM ERRO DE PORTUGUÊS.
VAMOS AS NOSSAS OBSERVAÇÕES QUANTO A RESPOSTA DA
QUESTÃO.
CASO HIPOTÉTICO DA QUESTÃO: CONSIDERE QUE DETERMINADA
LEI TENHA CONFERIDO AO TRABALHADOR URBANO O DIREITO AO
RECEBIMENTO DE SEGURO CONTRA ACIDENTE DE TRABALHO EM
PERCENTUAIS MAIORES QUE OS PREVISTOS PARA OS TRABALHADORES
RURAIS.
INTRODUÇÃO CRIADA PELO CANDIDATO.
Lei assegura a trabalhador urbano o direito de seguro contra acidente de trabalho em
percentuais maiores que os previstos para os trabalhadores rurais.
O CANDIDATO PRATICAMENTE COPIOU O TEXTO DO CASO HIPOTÉTICO. NÃO
MUDOU A SEQUÊNCIA. ELE BASICAMENTE MUDOU O VERBO CONFERIR TRAZIDO NO
CASO POR ASSEGURAR. MAS CASO ELE TIVESSE MANTIDO O MESMO VERBO,
REPRODUZINDO EXATAMENTE NA FORMA QUE ESTAVA NO TEXTO NÃO TERIA
PROBLEMA. NADA MAIS SIMPLES DO QUE APENAS COPIAR O CASO QUE O PRÓRPIO
EXAMINADOR TROUXE. TODAVIA, O TEXTO ERA PEQUENO. MAS NA QUESTÃO
ANTERIOR QUE RESPONDEMOS E TINHA UM CASO FICTÍCIO MAIOR, APENAS
RESUMIMOS USANDO AS MESMAS PALAVRAS CONTIDAS NO TEXTO DO
EXAMINADOR E NESSE CASO, DEVEMOS MOSTRAR NOSSA CAPACIDADE DE
SÍNTESE.
PRIMEIRO TÓPICO.
Em face dessa situação, discorra sobre o tratamento dado pela Constituição
Federal de 1988 aos trabalhadores urbanos e rurais [valor: 10,00 pontos],
RESPOSTA DO CANDIDATO.
A Constituição Federal de 1988 (CF/88) assegurou no seu artigo 7º tratamento igualitário,
quanto aos direitos trabalhistas, ao trabalhador urbano e rural. Entre os direitos aplicados de
forma isonômica encontra-se o direito de seguro contra acidente de trabalho a cargo do
empregador. Acrescente-se que a CF/88 foi a primeira das Constituições brasileiras a prever
direitos iguais aos trabalhadores urbanos e rurais.
Página 24
O CANDIDATO JÁ INICIA FALANDO DA CONSTITUIÇÃO E A PALAVRA CHAVE
TRATAMENTO EM SEGUIDA. FICA CLARO AO EXAMINADOR QUE ESSE PARÁGRAFO
TRAZ A RESPOSTA DO PRIMEIRO TÓPICO EXIGIDO POR ELE. NA SEQUÊNCIA ELE
ABORDA O SEGURO CONTRA ACIDENTE QUE É O TEMA CENTRAL DA QUESTÃO. POR
FIM ELE FALA QUE A CF É A PRIMEIRA A IGUALAR OS DIREITOS DOS
TRABALHADORES URBANOS E RURAIS. ESSA PARTE FINAL FOI UMA INFORMAÇÃO A
MAIS QUE CREIO QUE ELE OBTERIA A MESMA NOTA MESMO SEM ESSE FINAL,
TENDO EM VISTA QUE NÃO FOI PERGUNTADO PELO EXAMINADOR. PODEMOS FAZER
ISSO, TRAZER UMA INFORMAÇÃO ADCIONAL SOBRE O ASSUNTO PARA PREENCHER
A QUANTIDADE DE LINHAS.
SEGUNDO TÓPICO
Esclarecendo, à luz do entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), se há
compatibilidade da referida lei com o texto constitucional [valor: 9,00 pontos].
RESPOSTA DO CANDIDATO.
Quanto ao entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre lei que confere ao
trabalhador urbano o direito ao recebimento de seguro contra acidente de trabalho em percentuais
maiores que os previstos para os trabalhadores rurais, o STF diz que essa lei é inconstitucional, por
não haver compatibilidade da referida lei com o texto constitucional.
A RESPOSTA FOI DIRETA. O CANDIDATO APENAS RETOMOU O CASO E
RESPONDEU DE FORMA DIRETA: A LEI É INCONSTITUCIONAL. EM SEGUIDA TROUXE
O PORQUE, O FUNDAMENTO: POR NÃO HAVER COMPATIBILIDADE DA REFERIDA LEI
COM O TEXTO CONSTITUCIONAL.
POR FIM O CANDIDATO FEZ MAIS UM PARÁGRAFO A RESPEITO DO
ENTENDIMENTO DO STF. FUNDAMENTANDO E COMPLEMENTANDO A RESPOSTA DO
TÓPICO ANTERIOR.
Na decisão o STF acrescenta que os direitos conquistados pelos trabalhadores rurais e
constitucionalmente garantidos não podem ser mitigados por legislação infraconstitucional.
TEMA 09
Disciplina: Direito Constitucional - Assunto: Fiscalização Contábil, Financeira e
Orçamentária - Tribunais de Contas
Página 25
Qual é o papel dos Tribunais de Contas? Quais são os objetos de fiscalização?
Quais são as formas de controle administrativo? Como é feito o julgamento das
contas? É possível criação de novos Tribunais de Contas Municipais?
NOTEM QUE O EXAMINADOR TROUXE PERGUNTAS CLARAS E
OBJETIVAS. DESSA FORMA, APENAS RESPONDA CADA UMA DAS PERGUNTAS
DE FORMA DIRETA E OBJETIVA E USANDO AS PALAVRAS CHAVE PARA
INICIAR A RESPOSTA OU O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL.
PADRÃO DE RESPOSTA
Conforme determina a Constituição Federal no seu artigo 70 em conjunto com o artigo 75, o
papel dos Tribunais de Contas é a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e
patrimonial do Poder Executivo e das entidades da administração direta e indireta.
Por sua vez, são objetos de fiscalização a legitimidade, legalidade, economicidade, aplicação
das subvenções e renúncias de receitas. Estarão sujeitos à fiscalização dos Tribunais de Contas
quaisquer pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, que utilize, arrecade, guarde, gerencie
ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União, Estados e Municípios
respondam, ou que, em nome destes, assuma obrigações de natureza pecuniária.
Quanto às formas de controle administrativo, no âmbito da União, dos Estados e dos
Municípios essas podem ser: a. Externo: realizado pelo Poder Legislativo das várias esferas de
Governo, com auxilio dos respectivos Tribunais de Contas; b. Interno: realizado pelos próprios
Poderes da Federação em relação aos seus servidores e órgãos.
Já no que se refere ao julgamento das contas, esse é feito sempre pelo Tribunal e não
constitui decisão judiciária, a decisão é administrativa. Ressalve-se que no caso das contas
prestadas anualmente pelo Presidente da República, o Tribunal de Contas da União, apenas
apreciará as contas e emitira parecer prévio. Ainda podemos destacar que há consequências legais
decorrentes da desaprovação das contas, como a aplicação das sanções previstas em lei, multa
proporcional, assinação de prazo, sustação do ato impugnado e representação ao órgão
competente.
Por fim, não é possível a criação de novos Tribunais de Contas Municipais. Isso porque a
Constituição Federal è explicita quanto à vedação de se criar Tribunais, Conselhos ou órgãos de
Contas Municipais.
ANALISEMOS O PADRÃO DE RESPOSTA. VEJAM QUE INICIAMOS CADA
UM DOS PARÁGRAFOS COM AS PALAVRAS CHAVE CONTIDAS NAS
PERGUNTAS FEITAS PELO PRÓPRIO EXAMINADOR. DESSA FORMA, NÃO
PERDEMOS TEMPO PENSANDO EM COMO INICIAR E ABORDAR CADA
RESPOSTA E AINDA DEIXAMOS CLARO QUAL PARÁGRAFO RESPONDE CADA
Página 26
PERGUNTA. POR FIM, OBSERVE QUE NO INÍCIO DE CADA PARÁGRAFO
USAMOS ELEMENTOS DE COESÃO (JÁ NO QUE SE REFERE; QUANTO À; POR
FIM), E DEIXAMOS O TEXTO CLARO E COERENTE.
TEMA 10
Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: Atos Administrativos
Defina o que significa a convalidação de ato administrativo? É cabível em casos
de ato com desvio de finalidade?
DE INÍCIO PODEMOS EVIDENCIAR QUE A QUESTÃO É BEM SIMPLES E
SEM MAIORES DIFICULDADES. AO RESPONDER QUESTÕES ASSIM, CASO
TRAGA INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES, ESCREVA APENAS O QUE TENHA
EXTREMA RELAÇÃO COM O ASSUNTO EXPOSTO NA QUESTÃO. LEMBRE-SE
DE SEMPRE PRIMEIRAMENTE RESPONDER A PERGUNTA DE FORMA DIRETA
E DEPOIS TRAZER OS FUNDAMENTOS QUE SUSTENTAM A SUA RESPOSTA.
SEMPRE QUE POSSÍVEL TRAGA FONTES OFICIAIS (LEGISLAÇÃO OU
JURISPRUDÊNCIA).
PADRÃO DE RESPOSTA
Convalidação é o ato administrativo pelo qual é suprido o vício existente em um ato ilegal,
com efeitos retroativos à data em que este foi praticado. Busca materializar os princípios da
legalidade, da segurança jurídica, da boa – fé das relações com os administrados, bem como da
presunção de validade e legitimidade dos atos administrativos. Destina-se a aproveitar atos
administrativos com vícios superáveis, de forma a confirmá-los. A convalidação está prevista na Lei
9.784 (Lei do Processo Administrativo) que assim preconiza: em decisão na qual evidencie não
acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos
sanáveis poderão ser convalidados pela própria administração.
Quando o ato administrativo for praticado com vício de finalidade não é possível a
convalidação. Isto porque se o ato foi praticado contra o interesse público ou com finalidade diversa
da que decorre da lei, não é possível a sua correção. Ora, um ato cuja finalidade se encontra
desvirtuada é um ato que desatende ao fim em razão do qual foi editado, vale dizer, não cumpre o
objetivo jurídico próprio de sua categoria. Exemplo: a finalidade do ato que interdita um prédio sem
condições de segurança é a segurança pública. Assim, a interdição de um prédio em condições de
uso, por motivos de inimizade política, constitui desvio de finalidade e não pode ser convalidada.
Página 27
ANALISANDO O QUE FIZEMOS, PODEMOS PERCEBER QUE USAMOS AS
PALAVRAS CHAVE LOGO NO INÍCIO DE CADA PARÁGRAFO E RESPONDEMOS
DE FORMA IMEDIATA A PERGUNTA. EM SEGUIDA TROUXEMOS TODOS OS
FUNDAMENTOS QUE AFIRMAM A NOSSA RESPOSTA.
TEMA 11
Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: Ato Administrativo
Em que difere o ato administrativo vinculado do ato administrativo
discricionário, e como se distinguem anulação e revogação do ato administrativo?
NO CASO DE QUESTÕES COMO ESSA QUE PEDEM QUE DIFERENCIE
DOIS INSTITUTOS, RECOMENDO QUE NÃO APENAS CONCEITUE OS DOIS,
MAS TAMBÉM DEIXEM EVIDENTE A DIFERECIAÇÃO. TODAVIA, HÁ
QUESTÕES QUE A SIMPLES CONCEITUAÇÃO DOS INSTITUTOS JÁ SÃO
SUFICIENTES PARA ISSO. DEPENDERÁ DA ANÁLISE DO CANDIDATO. NESSA
QUESTÃO EU FIZ A DIFERENCIAÇÃO APÓS O CONCEITO. JÁ NO TEMA 06 A
DEFINIÇÃO JÁ FOI SUFICIENTE.
PADRÃO DE RESPOSTA
Os atos vinculados são aqueles que têm o procedimento limitado por disposição de lei,
enquanto os discricionários são aqueles em que o dispositivo normativo permite certa margem de
liberdade para a atividade pessoal do agente público, especialmente no que tange à conveniência e
oportunidade, elementos do chamado mérito administrativo. A discricionariedade como poder da
Administração deve ser exercida consoante determinados limites, não se constituindo em opção
arbitrária para o gestor público, razão porque, desde há muito, doutrina e jurisprudência repetem
que os atos de tal espécie são vinculados em vários de seus aspectos, tais como a competência,
forma e fim.
Dessa forma, o que difere o ato administrativo vinculado do ato administrativo
discricionário é a margem de liberdade que o agente tem no ato discricionário e não tem no
vinculado, que tem todos os seus requisitos – competência, finalidade, forma, motivo e objeto –
determinados pela lei.
Já quanto ao que distingue anulação de revogação, a anulação se funda em motivos de
legalidade, enquanto a revogação, em motivos de conveniência e oportunidade. Ainda distingue-se
quanto aos seus efeitos, enquanto a anulação tem efeito “ex tunc” e, em regra, não há direito
adquirido, ressalvando-se os terceiros de boa-fé, a revogação tem efeitos “ex nunc” e não pode
atingir direito adquirido.
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TEMA 12
Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: Administração Direta e Indireta –
Sobre as duas espécies de empresas estatais reconhecidas pelo ordenamento
jurídico vigente, esclareça: a) a natureza jurídica e o enquadramento das mesmas no
âmbito da Administração Pública; b) as características comumente presentes nessas
espécies e em razão das quais elas se assemelham e se diferenciam entre si e em
relação a outras espécies da Administração descentralizada.
NESSA QUESTÃO TEMOS QUE REDOBRAR A ATENÇÃO. ISSO PORQUE
VEJAM QUE O ITEM B TEM 05 TÓPICOS PRESENTES: SOLICITA AS
CARACTERÍSTICAS ENTRE AS SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA E AS
EMPRESAS PÚBLICAS; COMO ELAS SE ASSEMELHAM ENTRE SI; COMO SE
DIFERENCIAM ENTRE SI; COMO ELAS SE ASSEMELHAM COM OUTRAS
ESPÉCIES DA ADMINSTRAÇÃO DESCENTRALIZADA; COMO SE DIFERENCIAM
COM OUTRAS ESPÉCIES DA ADMINISTRAÇÃO DESCENTRALIZADA. ESSA
ATENÇÃO ESTÁ PRESENTE NO NOSSO ROTEIRO. LER A QUESTÃO COM
ATENÇÃO. COM ATENÇÃO E ORGANIZAÇÃO NÃO HAVERÁ PROBLEMAS
INDEPENDENTE DA QUANTIDADE DE ASSUNTOS ABORDADOS PELA
QUESTÃO.
PADRÃO DE RESPOSTA
As duas espécies de empresas estatais reconhecidas pelo ordenamento jurídico são as
empresas públicas e as sociedades de economia mista. A natureza jurídica dessas empresas é de
direito privado e se enquadram como entidades dotadas de personalidade jurídica própria,
integrantes da Administração Pública indireta dos entes que as instituem.
Como características das empresas públicas podemos destacar: são instituídas pelo poder
público mediante autorização de lei específica;são constituídas sob qualquer forma jurídica, como
limitada ou sociedade anônima, por exemplo; seu capital é exclusivamente público. Por sua vez, as
características das sociedades de economia mista são: instituídas pelo poder público mediante
autorização legal; são constituídas sob a forma de sociedade anônima; possuem capitais públicos e
privados.
Já como semelhanças podemos destacar que ambas são entidades da administração pública
indireta;suas falências só podem ser decretadas por meio de dispositivo legal; estão isentas de
impostos relacionados a patrimônio, rendas ou serviços relativos às finalidades essenciais destas
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empresas; necessitam de concurso público para admissão de seus empregados. Em relação às
diferenças o que distingue a empresa pública da sociedade de economia mista é que, naquela, o
capital é exclusivo das entidades governamentais, ao passo que nas sociedades de economia mista
existe colaboração entre o Estado e os particulares.
As outras espécies da Administração descentralizadas são as fundações e as autarquias. As
sociedades de economia mista e as empresas públicas com elas se assemelham por fazerem parte da
administração pública indireta; apenas poderem ser extintas por meio de dispositivo legal e por
haver necessidade de concurso público para admissão de servidores. Por fim, diferenciam-se porque
as autarquias e fundações são, em contraste com as sociedades de economia mista e fundações
públicas, em regra, de direito público; contratos celebrados precedido de licitação; os bens são
impenhoráveis, imprescritíveis e inalienáveis.
OBSERVEM COMO RESPONDEMOS CADA UM DOS TÓPICOS EM
PARÁGRAFOS SEPARADOS E USANDO SEMPRE AS PALAVRAS CHAVE PARA
FAZER A CORRETA DIFERENCIAÇÃO NAS RESPOSTAS DE CADA ITEM
SOLICITADO PELA BANCA.
TEMA 13
Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: Improbidade Administrativa
Caracterize os atos de improbidade administrativa, distinguindo dos ilícitos
penais e das demais infrações administrativas e diferencie os atos de improbidade
administrativa que importam enriquecimento ilícito, dos que causam lesão ao erário e
dos que atentam contra os princípios da administração pública, explicitando quais as
respectivas consequências para seus autores e qual procedimento a ser adotado no
processo a que se sujeitam.
VAMOS ORGANIZAR OS TÓPICOS. 1) CARACTERIZAR OS ATOS DE
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA; 2) DISTINGUIR DOS ILÍCITOS PENAIS E
DAS DEMAIS INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS; 3) DIFERENCIAR OS ATOS
DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA QUE IMPORTAM ENRIQUECIMENTO
ILÍCITO, DOS QUE CAUSAM LESÃO AO ERÁRIO E DOS QUE ATENTAM
CONTRA OS PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA; 4) EXPLICITAR
QUAIS AS RESPECTIVAS CONSEQUÊNCIAS PARA SEUS AUTORES E QUAL
PROCEDIMENTO A SER ADOTADO NO PROCESSO A QUE SE SUJEITAM.
ESSA ORGANIZAÇÃO, SENDO MUITO REPETITIVO, É EXTREMAMENTE
IMPORTANTE PARA QUE SE TENHA CERTEZA QUE TUDO FOI RESPONDIDO.
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UM ÚNICO FATO QUE NÃO TENHA RESPOSTA, POR MAIS SIMPLES E
APARENTEMENTE SEM IMPORTANCIA QUE SEJA, PODE SIGNIFICAR A
PERDA DE MUITOS PONTOS. NORMALMENTE A BANCA DIVIDE A NOTA PELA
QUANTIDADE DE TÓPICOS.
PADRÃO DE RESPOSTA
Umas das principais características dos atos e improbidade administrativa é que o sujeito
passivo deve ser entidade da administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes
da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de entidade para cuja
criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do
patrimônio ou da receita anual e entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou
creditício, de órgão público, ou aqueles para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou
concorra com menos de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, limitando-se, nestes
casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos. Por
sua vez, o ativo seja agente público das entidades referidas ou pessoa que não sendo servidor,
induza ou concorra para a prática do ato ou dele se beneficie.
Ainda podemos destacar como características o fato que deve haver a ocorrência de ato
danoso, causador de enriquecimento ilícito para o sujeito ativo ou de prejuízo para o erário, ou que
atente contra os princípios da Administração Pública, e por fim, o elemento subjetivo culpa ou dolo.
Distingue-se dos ilícitos penais, porque estes são definidos em tipos e não se confundem com
as demais infrações administrativas que não acarretem os atos danosos referidos na Lei 8429/92,
embora contrárias à lei.
Já as diferenças entre as espécies de atos de improbidade administrativa podem ser expostas
da seguinte forma: as que importam em enriquecimento ilícito são as que o agente auferi qualquer
tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício do cargo, emprego ou função pública
ou no âmbito das demais entidades que podem ser sujeito passivo; as que causam lesão ao erário
são as que qualquer ação ou omissão dolosa ou culposa enseje perda patrimonial, desvio,
apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades acima referidas; e
as que atentam contra os princípios da administração pública são as que, por ação ou omissão,
viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade e lealdade as instituições públicas.
Quanto às respectivas consequências, essas são: no caso de enriquecimento ilícito, perda dos
bens acrescidos ilicitamente, indenização, perda de função e suspensão dos direitos políticos e
pagamento de multa civil;em se tratando de lesão ao erário, ressarcimento integral, perda da
função, suspensão dos direitos políticos e pagamento de multa civil;e sendo casos que atentam
contra os princípios da administração, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos e
pagamento de multa civil. O enquadramento pode dar-se isoladamente, ou cumulativamente em duas
ou nas três modalidades de infrações.
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Por fim, o procedimento a ser adotado, esse pode ser administrativo, na conformidade da Lei
8.112/90, ou judicial, quando necessária aplicação de sanções pecuniárias ou perdimento de bens.
Nesses casos, cabe o sequestro cautelar de bens e a ação principal seguirá o rito ordinário.
FAÇO MAIS UMA OBSERVAÇÃO. COMO DITO NO TEMA 03, NORMALMENTE
QUANDO A BANCA PEDE PARA DIFERENCIAR DOIS INSTITUTOS, NOS
CARACTERIZAMOS, DEFINIMOS ESSES INSTITUTOS SEPARADAMENTE. EM
SENDO POSSÍVEL, APÓS DEFINIR TRAGA A PRINCIPAL DIFERENÇA.
TODAVIA, QUANDO A PRÓPRIA DEFINIÇÃO É A DIFERENÇA ENTRE OS
INSTITUTOS, COMO NO CASO DA QUESTÃO EM ANÁLISE, A BANCA TEM
PONTUADO NORMALMENTE E NÃO HÁ NECESSIDADE DESSA
DIFERENCIAÇÃO EXPRESSA. MAS SEMPRE USE AS PALAVRAS CHAVE. NOTE
QUE INICIO O PARÁGRAFO DIZENDO:JÁ AS DIFERENÇAS...
TEMA 14
Questão inédita. Assunto: garantias fundamentais.
Discorra sobre o “habeas corpus”.
PADRÃO DE RESPOSTA * Bibliografia: Professor Roberto Troncoso
A Constituição dispõe em seu art. 5º que será concedido "habeas-corpus" sempre que alguém
sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por
ilegalidade ou abuso de poder. Assim, o habeas corpus é uma ação usada para proteger o direito de
ir e vir, o direito de liberdade. No “habeas corpus” há a figura do impetrante, do paciente e do
impetrado.
O impetrante é o nome de quem entra com a ação, é o legitimado ativo para entrar com o
habeas corpus. Assim, pode-se entrar com habeas corpus para proteger o direito de liberdade
próprio ou de terceiros. Além disso, qualquer pessoa pode entrar com essa ação: pessoa física,
jurídica, nacional, estrangeira, capaz ou não, Ministério Público. Não há necessidade dessas
pessoas serem representadas por advogado. No habeas corpus, não existe qualquer formalidade
processual ou instrumental.
Por sua vez, o paciente é a pessoa em favor de quem se entra com o habeas corpus. Como
paciente, só se admite que sejam pessoas físicas. Assim, não cabe o HC para proteger pessoa
jurídica, pois o direito de liberdade não se aplica a elas.
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Já o impetrado é o legitimado passivo da ação, ou seja, contra quem se entra com a ação. O
legitimado passivo pode ser autoridade pública que cometa ilegalidade ou abuso de poder ou o
particular que cometa ilegalidade. Como exemplo de particular contra quem pode ser impetrado o
“habeas corpus”, temo o caso de retenção ilegal de paciente em hospital particular em que se
encontra internado até que seja paga a conta.
O “habeas corpus” pode ser usado para proteger a liberdade de alguém antes ou depois
desse direito ser indevidamente violado. Assim, se alguém já teve sua liberdade indevidamente
restrita, o HC se chama repressivo ou liberatório. Por outro lado, quando alguém está prestes a ter
sua liberdade indevidamente violada, o HC será chamado de preventivo ou salvo conduto. Para
garantir uma maior proteção a esse direito sensível, o HC é sempre gratuito e é cabível contra ato
omissivo ou comissivo.
COMENTÁRIOS:
TROUXE ESSA QUESTÃO PORQUE ESSE TIPO DE QUESTÃO É UMA DAS
MAIS DIFÍCEIS DE ESTRUTURAR (ELABORAR) UMA RESPOSTA. TANTO QUE
NO ROTEIRO QUE FIZEMOS, E QUE VOCÊS DEVEM SEGUIR, CONSTAM
VÁRIOS ITENS QUE DEVEM SER SEGUIDOS PARA QUESTÕES EM QUE O
EXAMINADOR TRAZ UMA QUESTÃO COM TEMA CENTRAL E PEDE QUE
SEJAM ABORDADOS ALGUNS ITENS. ESSE TIPO DE QUESTÃO É A MAIS
COMUM. NO ENTANTO, O EXAMINADOR PODE APENAS DIZER: DISCORRA
SOBRE TAL ASSUNTO. CONSIDERO DIFÍCIL PORQUE VOCÊ NÃO TEM UMA
SEQUÊNCIA DE ASSUNTOS QUE O EXAMINADOR QUER QUE VOCÊ ABORDE.
VOCÊ QUE DEVERÁ DECIDIR QUAIS OS ASPECTOS QUE SÃO MAIS
IMPORTANTES E QUE DEVERÃO SER ABORDADOS.
EM CASOS ASSIM, VOCÊ PODE INICIAR CONCEITUANDO OU
CARACTERIZANDO O TEMA CENTRAL DA QUESTÃO (LEMBRE-SE DE SEMPRE
TRAZER O FUNDAMENTO FORMAL DA SUA RESPOSTA). ASSIM, NOTE QUE
INICIAMOS COM A CARACTERIZAÇÃO DO “HABEAS CORPUS” CONSTANTE
NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL E EM SEGUIDA TROUXEMOS ALGUNS
ASPECTOS QUE FORAM ABORDADOS (COMPLEMENTADOS) NOS
PARÁGRAFOS POSTERIORES. DESSA FORMA, RESPONDEMOS TRAZENDO
TODOS OS ASPECTOS QUE CARACTERIZAM O “HABEAS CORPUS”. TODAS AS
INFORMAÇÕES ESSENCIAIS FORAM ABORDADAS. VEJAM QUE APESAR DE
NÃO HAVER ITENS QUE DEVERIAM SER ABORDADOS, NA INTRODUÇÃO,
CRIAMOS EM PARTE OS ITENS QUE ESTRUTURARAM OS PARÁGRAFOS
SEGUINTES (CRIAMOS OS TÓPICOS). O TEXTO FICOU COERENTE E TEM
UMA SEQUÊNCIA LÓGICA. A RESPOSTA FOI CLARA E OBJETIVA. PREFIRO
NÃO FAZER ABORDAGENS HISTÓRICAS, SOCIAIS ETC. TEMOS QUE SER
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OBJETIVOS E DIRETOS. O QUE QUERO DIZER É QUE EM UMA LEITURA
SOBRE “HABEAS CORPUS” SEMPRE SERÃO ENCONTRADAS ESSAS
INFORMAÇÕES, POIS É ISSO QUE CARACTERIZA ESSE INSTITUTO. MUITA
ATENÇÃO NESSE TIPO DE QUESTÃO. EM SÍNTESE, NESSE TIPO DE QUESTÃO,
CONCEITUE, CARACTERIZE, DELIMITE O TEMA CENTRAL E DESENVOLVA OS
PARÁGRAFOS SEGUINTES COM OS ELEMENTOS ESSENCIAIS DO INSTITUTO.
CRIE OS TÓPICOS E ASPECTOS QUE VOCÊ IRÁ ABORDAR. SIGA UMA
SEQUÊNCIA LÓGICA, COERENTE E COESA.
SEGUEM OUTROS TEMAS COM ESSA MESMA CARACTERÍSTICA. NÃO
IREMOS FAZER COMENTÁRIOS TENDO EM VISTA QUE SERIA REPETITIVO.
MAS COMO JÁ DITO, NÃO APENAS LEIAM O PADRÃO DE RESPOSTA, E SIM,
PROCUREM NOTAR QUE SEGUIMOS EXATAMENTE O QUE ENSINAMOS ATÉ
AGORA PARA ELABORAR O MODELO DE RESPOSTA.
TEMA 15
Questão inédita. Assunto: garantias fundamentais.
Discorra sobre o “habeas data”.
PADRÃO DE RESPOSTA * Bibliografia: Professor Roberto Troncoso
A Constituição dispõe em seu art. 5º, dispõe que será concedido "habeas-data" para
assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros
ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público; e para a retificação de
dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo.
Pode entrar com o habeas data qualquer pessoa física ou jurídica, nacional ou estrangeira
que pretenda acessar, retificar ou complementar informações relativas à sua pessoa constantes de
banco de dados público ou de caráter público.
Em regra, esta ação é personalíssima, ou seja, somente pode entrar com o HD no Poder
Judiciário o titular do direito. No entanto, excepcionalmente, o cônjuge e os herdeiros do falecido
podem impetrá-lo quando se pretende acessar, retificar ou complementar informações relativas a
pessoas já falecidas. Ressalte-se que para se impetrar um Habeas Data é necessário um advogado.
Por sua vez, o legitimado passivo do habeas data é a pessoa jurídica de direito público ou
privado que controla o banco de dados.
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Destaque-se que o princípio do livre acesso ao Judiciário garante que, em regra, não é
necessário que se entre na via administrativa para que se possa entrar no Poder Judiciário. No
entanto, o habeas data é uma exceção a essa regra. É necessário que, antes de se entrar com HD,
haja a recusa na via administrativa.
O habeas data ainda é diferente dos direitos de certidão e de petição. Desse modo, ele não
serve para se obter uma declaração ou mesmo para pedir algum direito, como é o direito de
certidão e petição. O HD se presta para acessar, retificar ou complementar informações relativas à
pessoa do impetrante, que estejam em um banco de dados públicos ou de caráter público.
TEMA 16
Questão inédita – Assunto: garantias fundamentais.
Discorra sobre o mandado de segurança.
PADRÃO DE RESPOSTA * Bibliografia: Professor Roberto Troncoso
A Constituição dispõe em seu art. 5º, LXIX será concedido mandado de segurança para
proteger direito líquido e certo, não amparado por "habeas-corpus" ou "habeas-data", quando o
responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica
no exercício de atribuições do Poder Público.
O legitimado ativo do mandado de segurança é o detentor do direito líquido e certo. Dessa
forma podem ser pessoas físicas e jurídicas, órgãos públicos despersonalizados com capacidade
processual , universalidades de bens e direitos que não possuem personalidade, mas possuem
capacidade processual, agentes políticos, Ministério Público e órgãos públicos de grau superior na
defesa de suas atribuições. Para entrar com MS o legitimado ativo necessitará sempre de advogado.
Já o legitimado passivo do mandado de segurança é a autoridade coatora, ou seja, quem
praticou o ato ilegal. Caso tenha havido delegação para a execução de algum ato, o sujeito passivo
será sempre a autoridade DELEGADA e nunca o delegante.
Importante destacarmos que cabe mandado de segurança contra lesão a um direito liquido e
certo ou contra uma ameaça de lesão. assim, o ms poderá ser repressivo ou preventivo. Outra
observação importante é que o direito tem que ser líquido e certo em relação à matéria de fato. Já a
matéria de direito, por mais complexa que seja, pode ser analisada em mandado de segurança.
Ressalte-se que não cabe mandado de segurança para atacar decisão judicial se existe outro
meio eficaz de sanar a lesão, ou seja, não cabe MS contra decisão judicial da qual caiba recurso
com efeito suspensivo. De igual modo, também não cabe MS contra decisão judicial transitada em
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julgado, em respeito à segurança jurídica. Em regra, não cabe MS contra lei em tese. No entanto,
excepcionalmente, cabe MS contra lei de efeitos concretos.
TEMA 17
Questão inédita - Assunto: responsabilidade civil do Estado.
Discorra sobre a evolução doutrinária das teorias de responsabilidade civil do
Estado.
PADRÃO DE RESPOSTA
A responsabilidade civil do Estado é aquela que gera a obrigação de reparar danos
causados a terceiros em decorrência de comportamentos comissivos ou omissivos, materiais ou
jurídicos, lícitos ou ilícitos imputáveis aos agentes públicos. Sua evolução doutrinária vai da teoria
da irresponsabilidade do Estado, passando pelas teorias da responsabilidade com culpa civil do
Estado; teoria da culpa administrativa ou culpa anônima; teoria do risco administrativo, até a
teoria do risco integral.
No início vigorava a teoria da irresponsabilidade do Estado, o Estado não era civilmente
responsabilizado pelos danos causados pelos seus agentes. Essa teoria era adotada na época dos
estados absolutistas, despóticos.
No entanto, essa teoria foi superada e surgiu a teoria da responsabilidade com culpa civil do
Estado. Segundo essa teoria, o Estado responderia apenas pelos prejuízos decorrentes de seus atos
de gestão, desprovidos de supremacia estatal, praticados pelos seus agentes, não respondendo,
contudo, pelos atos de império, regidos por normas de direito especial, exorbitantes do direito
comum. Ressalte-se que o Estado apenas respondia pelos danos causados por seus agentes com
culpa ou dolo destes.
Por sua vez, a teoria da culpa administrativa ou culpa anônima, representou uma evolução
da responsabilidade civil do Estado. O principal acréscimo na construção teórica foi quanto à
desnecessidade de se fazer diferença entre os atos de império e os de gestão. Independentemente de
qual categoria de ato se tratasse, ocorrendo o prejuízo, o Estado responderia por este, desde que
possuísse culpa quanto à situação.
Já a teoria do risco administrativo diz que o Estado tem o dever de indenizar o dano sofrido
por terceiro causado pelo Estado, independente da falta do serviço ou de culpa dos agentes
públicos. Essa teoria tem fundamento na Constituição Federal de 1988, em seu artigo 37. Segundo a
CF/88 as pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
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Por fim, a teoria do risco integral consiste em uma modalidade extrema da teoria risco
administrativo. No risco integral, a Administração fica obrigada a indenizar os prejuízos suportados
por terceiros, ainda que resultantes de culpa exclusiva da vítima, de eventos da natureza, ou de fato
exclusivo de terceiros. De acordo com essa teoria, o Estado tem o dever de indenizar o dano sofrido
de forma injusta pelo particular, independente de falta do serviço ou de culpa dos agentes públicos.
COMENTÁRIOS:
OBSERVEM QUE DEFINIMOS O TEMA CENTRAL E EM SEGUIDA JÁ
CRIAMOS A ESTRUTURA QUE DEVERÍAMOS SEGUIR PARA OS PRÓXIMOS
PARÁGRAFOS (SUA EVOLUÇÃO DOUTRINÁRIA VAI DA TEORIA DA
IRRESPONSABILIDADE DO ESTADO, PASSANDO PELAS TEORIAS DA
RESPONSABILIDADE COM CULPA CIVIL DO ESTADO; TEORIA DA CULPA
ADMINISTRATIVA OU CULPA ANÔNIMA; TEORIA DO RISCO
ADMINISTRATIVO, ATÉ A TEORIA DO RISCO INTEGRAL). EM SEGUIDA
ESCREVEMOS EM PARÁGRAFOS SEPARADOS SOBRE CADA UMA DAS
TEORIAS. O TEXTO FICOU COERENTE E COESO. USAMOS OS ELEMENTOS
DE COESÃO: NO ENTANTO, POR SUA VEZ, POR FIM. IMPORTANTE: O
CONHECIMENTO DO CONTEÚDO É DE EXTREMA IMPORTÂNCIA. SABER
COMO ESTRUTURAR E EXPOR SEU CONHECIMENTO NÃO SERÁ O
BASTANTE SE O CONTEÚDO NÃO FOR ESTUDADO. DA MESMA FORMA,
ESTUDAR TODO O CONTEÚDO E NÃO SABER COMO ESTRUTURAR E
EXPOR AS IDEIAS, VOCÊ CORRE O RISCO DE NÃO ATINGIR O MÍNIMO
NECESSÁRIO PARA A APROVAÇÃO.
Até a próxima.
Att.
Patrik Loz