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LÍNGUA PORTUGUESA - MPU Prof. Odiombar Rodrigues Módulo 03 Apresentação Estamos iniciando o nosso módulo 03. Sinto-me muito feliz com a interatividade do pessoal, principalmente através do e-mail. Alguns não se comunicam, ficam “na moita”, mas espero que logo estejam participando de nosso trabalho. A contribuição de cada um constrói e qualifica-o. Neste módulo aumentei as questões com respostas comentadas. Como havia dito no início, na medida em que os aspectos teóricos ficam mais restritos, a gente pode ir aumentando as questões. Fiquei muito satisfeito com uma aluna que me perguntou se eu selecionava as questões mais fáceis para colocar no curso, pois ela estava acertando muito! Fiquei muito feliz, pois não são as questões que estão fáceis é o conhecimento dela que está aumentando. Isto é ótimo! Eu procuro usar o máximo de cada prova, o que faço é comentar mais profundamente as questões mais complexas e passar mais rápido sobre as mais fáceis. Desde o módulo 00, incluí uma tabela para que cada um acompanhe o seu desenvolvimento e possa conferir o progresso. Não tenho recebido avaliações dos alunos sobre a utilidade das tabelas e sobre o próprio desempenho. A turma estaria considerando inútil este tipo de conferência ou não estão sentindo necessidade de comentar? Deixo com vocês a palavra. Mais uma vez, reforço a disponibilidade de responder a cada um e atender às perguntas e sugestões formuladas. O importante é vocês aproveitarem o máximo possível deste curso e retirarem do professor tudo que puderem em termos de conhecimento. Não deixem de perguntar, participar, sugerir. Nosso prazer é ajudar a cada um de vocês a alcançar o grande objetivo: passar no concurso.

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  • LNGUA PORTUGUESA - MPU Prof. Odiombar Rodrigues

    Mdulo 03

    Apresentao

    Estamos iniciando o nosso mdulo 03. Sinto-me muito feliz com a interatividade

    do pessoal, principalmente atravs do e-mail. Alguns no se comunicam, ficam na

    moita, mas espero que logo estejam participando de nosso trabalho. A contribuio de

    cada um constri e qualifica-o.

    Neste mdulo aumentei as questes com respostas comentadas. Como havia dito

    no incio, na medida em que os aspectos tericos ficam mais restritos, a gente pode ir

    aumentando as questes.

    Fiquei muito satisfeito com uma aluna que me perguntou se eu selecionava as

    questes mais fceis para colocar no curso, pois ela estava acertando muito! Fiquei

    muito feliz, pois no so as questes que esto fceis o conhecimento dela que est

    aumentando. Isto timo! Eu procuro usar o mximo de cada prova, o que fao

    comentar mais profundamente as questes mais complexas e passar mais rpido sobre

    as mais fceis.

    Desde o mdulo 00, inclu uma tabela para que cada um acompanhe o seu

    desenvolvimento e possa conferir o progresso. No tenho recebido avaliaes dos

    alunos sobre a utilidade das tabelas e sobre o prprio desempenho. A turma estaria

    considerando intil este tipo de conferncia ou no esto sentindo necessidade de

    comentar? Deixo com vocs a palavra.

    Mais uma vez, reforo a disponibilidade de responder a cada um e atender s

    perguntas e sugestes formuladas. O importante vocs aproveitarem o mximo

    possvel deste curso e retirarem do professor tudo que puderem em termos de

    conhecimento. No deixem de perguntar, participar, sugerir. Nosso prazer ajudar a

    cada um de vocs a alcanar o grande objetivo: passar no concurso.

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    Vamos aos contedos desta semana.

    Contedos gramaticais

    Sintaxe de regncia

    Regncia a rea de estudo da sintaxe que aborda as relaes de subordinao

    entre o verbo ou o nome e seus complementos. O verbo e o nome so classificados

    como regentes, enquanto os complementos so termos regidos.

    9 Gosto (regente) de Lngua Portuguesa (regido) 9 A certeza (regente) de aprovao (regido) depende (regente) do estudo

    (regido)

    importante perceber que tanto o verbo como o nome podem ser regentes. No

    caso dos verbos, os elementos regidos so objetos indiretos e, no caso dos nomes, os

    elementos regidos so complementos nominais.

    A principal funo do estudo da regncia evitar ambiguidade na construo

    das frases. Vejamos alguns casos comuns:

    9 O mdico assistiu o doente prestou socorro, deu auxlio, mas 9 O mdico assistiu ao doente agora o mdico apenas presenciou, olhou

    como quem olha um espetculo, no prestou socorro!

    Se o seu amigo vier prestar concurso na sua cidade, voc poder construir duas

    frases distintas:

    9 O meu amigo veio de nibus tem o sentido de meio de transporte, no foi de avio.

    9 O meu amigo veio no nibus (das dez horas / de So Paulo) agora

    especificado o horrio ou a procedncia.

    Como voc pode perceber, o verbo vir est com duas regncias distintas, pois

    so dois sentidos diferentes. Bonito estudar sintaxe!!!!

    Agora vamos revisar cada tipo de regncia em separado.

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    Regncia nominal

    Alguns nomes (substantivos, adjetivos e advrbios) so comparveis aos verbos

    transitivos indiretos: precisam de um complemento.

    O complemento nominal para o nome o que o objeto indireto para o verbo,

    exige o uso de alguma preposio. (Assim como os verbos, alguns nomes apresentam

    mais de uma regncia).

    No h como escapar da famosa listinha, mas espero que no a considerem

    como algo a ser decorado. O melhor percorr-la, procurando as palavras

    desconhecidas para construir frases. na produo de texto que fixamos o uso da

    linguagem. Vejamos algumas palavras que costumam ocorrer com mais frequncia em

    provas de concurso.

    acessvel a, para, por adequado a, com, para afvel com, para com alheio a amoroso com, para, para com anlogo a ansioso de, por anterior a aparentado com apto para, a atentado a, contra atento a, em, para avaro de averso a, para, por avesso a, de, em vido de bacharel em benefcio a bom para capaz de, para cego a certo de cheiro a, de cobioso de comum a, de conforme a, com constante em contente com, de, em, por contempornea de, a

    dvida acerca de, em, sobre empenho de, em, por entendido em erudito em escasso de essencial para estranho a exato em fcil a, de, para favorvel a falho de, em feliz com, de, em, por frtil de, em fiel a firme em forte de, em fraco para, com, de, em furioso com, de grato a hbil em habituado em horror a hostil a, para com ida a idntico a imediato a impacincia com imune a, de importante contra, para imprprio para

    necessrio a, em, para negligente em nobre de, em, por nocivo a obediente a obsequioso com orgulhoso com, para com parco em, de parecido a, com, em passvel de peculiar a, de perito em pernicioso a pertinaz em piedade com, de, para, para com, por pobre de poderoso para, com possvel de posterior a proeminncia sobre prestes a, para prodgio de, em pronto para, em propcio a, para propnquo de prprio para, de proveitoso a prximo a, de querido de, por respeito a, com, de, em,

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    contguo a contrrio a cruel com, para com cuidadoso com cmplice em, de curioso de, por desatento a descontente com desejoso de desfavorvel a desleal a devoto a, de devoo a, para com, por diferente de difcil de digno de diligente em, para ditoso com diverso de doce a dcil a dotado de doutor em duro de

    inbil para envolvido com, em inacessvel para, a incapaz de, para incompatvel com incompreensvel para inconstante em incrvel a, para indito a indeciso em indiferente a indigno de indulgente para, para com inerente a insensvel a intolerante com, para com leal a lento em liberal com maior de mau com, para com menor de morada em natural a, de, em

    entre, para com, por rico de, em sbio em, para sensvel a, para sito em, entre situado a, em, entre soberbo com solcito com, de, em, para, para com, por sujo de temvel a, para transido de substituio de, por suspeito a, de temeroso a triste de, com ltimo em, de, a unio a, com, entre nico em, a, entre, sobre til a, para vazio de visvel a vulgar a, em, entre

    Complemento nominal

    Em geral os nomes que exigem complementos nominais possuem formas

    correspondentes a verbos transitivos, pois ambos completam o sentido de outro termo.

    So exemplos dessa correlao:

    9 obedecer aos pais .> obedincia aos pais 9 chegar casa > chegada casa 9 protestar contra a opresso > protesto contra a opresso

    Agora vamos passar regncia verbal.

    Regncia verbal

    A regncia verbal a parte da gramtica que estuda as relaes do verbo com

    seus complementos. Tem sido um assunto preferido das bancas de concurso, mas, em

    geral, no oferece grandes dificuldades, pois basta perceber que o sentido dos verbos

    pode ser alterado em funo da preposio que o segue. Assim, importante estar atento

    para os casos em que os verbos apresentam regncias mltiplas.

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    Como exemplo, consideremos os verbos amar e precisar:

    9 Eles amam a liberdade; 9 Eles precisam de liberdade.

    Observe que amar exige complemento (quem ama ama alguma coisa) sem

    preposio (de, com, a, em, para, etc.). O precisar tambm exige complemento, mas

    com preposio (quem precisa precisa DE alguma coisa). H, ainda, verbos com dois

    complementos (um sem e outro com preposio), como o caso de entregar:

    9 O carteiro entregou [a carta] [A Jos]. Quem entrega entrega algo a algum (h dois complementos: algo e a

    algum. Um tem preposio (a), e outro no.

    O sentido, tambm, pode ser diferenciado conforme a regncia utilizada.

    Vejamos um exemplo interessante:

    9 O namorado agrada a namorada. agradar, neste caso, significa acariciar, fazer carinho

    9 O namorado agrada namorada agradar, neste caso, significa ser agradvel a "causar agrado.

    Podemos rir um pouco? Afinal, estudar linguagem divertir-se!!! Do que vimos

    sobre o verbo agradar, qual o sentido da frase: O mdico agradou a paciente.

    Logo, conclui-se que "agradar algum" diferente de "agradar a algum". Para

    evitar ambiguidade: O mdico agradou paciente. Assim a linguagem nos livra do

    assdio!!!!!!! Fcil, no?

    Logo abaixo inclumos uma srie de verbos com suas regncias, seguidos por

    alguns exemplos ilustrativos. A lista pode parecer longa, mas todos so retirados de

    provas de concursos. Quanto mais examino provas, mais longa fica minha lista!!!!

    Ponto para vocs!

    Verbo Regncia

    Abdicar

    Este verbo tem dupla regncia. Pode ser transitivo direto (TD) ou indireto (TI), seguido da preposio de. Ex: O rei abdicou o trono. Ex: O rei abdicou do trono.

    Acreditar

    Este verbo tem uma particularidade muito importante. a) Quando o complemento for locuo, ele usado com a preposio em, (TI). Ex: Acredito em estudo srio para ser aprovado. b) Quando o complemento for uma orao subordinada, normal dispensar a preposio. (TD Ex: Acreditamos que o estudo seja o melhor caminho para o sucesso.

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    Agradar

    Duas regncias possveis: a)No sentido de satisfazer, o verbo agradar exige a preposio a. Ex: Os programas do concurso agradaram aos candidatos. Ex: Os programas do concurso agradaram s candidatas (no esquea da crase). b) Se agradar significar fazer carinho, no exigir preposio alguma em seu complemento. Ex: A me no se cansava de agradar o filho (ou a filha).

    Almejar

    Os verbos almejar e ansiar podem ser usados com ou sem preposio por. Ex: Almejo um ano de 2010 excelente para todos Ex: Almejo por um ano de 2010 excelente para todos. Ex: Anseio aprovao no concurso. Ex: Anseio por aprovao no concurso.

    Ansiar Ver verbo almejar.

    Antipatizar

    Tanto o verbo antipatizar como simpatizar exigem a preposio com. Ex.: Simpatizo com Lcio./ Antipatizo com meu professor de Histria. Obs: Estes verbos no so pronominais, portanto, so consideradas construes erradas quando os mesmos aparecem acompanhados de pronome oblquo: Ex: Simpatizo(-me) com Lcio./ Antipatizo(-me) com meu professor de Histria

    Aspirar

    Este verbo admite duas regncias: a) (TD)- no sentido de cheirar, sorver: usa-se sem preposio. Ex.: Aspirou o ar puro da manh. b- (TI) no sentido de almejar, pretender: exige a preposio a. Ex.: Este era o cargo a que aspirava.

    Assistir

    O verbo assistir admite uma srie de regncias: a) no sentido de prestar assistncia, ajudar, socorrer: usa-se sem preposio. Ex.: O tcnico assistia os jogadores novatos. b) no sentido de ver, presenciar: exige a preposio a. Ex.: No assistimos ao show. c) no sentido de caber, pertencer: exige a preposio a. Ex.: Assiste ao homem tal direito. d) no sentido de morar, residir: intransitivo e exige a preposio em. Ex.: Assistiu em Macei por muito tempo.

    Atender

    importante dar ateno a um detalhe neste verbo. Ele apresenta regncia dupla: a) No sentido de dar ateno, pode ser transitivo direto ou indireto, acompanhado da preposio a. Ex: Atenda o telefonema. Ex: Atenda ao telefone. b) Agora, se o sentido for o de conceder, deferir, melhor optar pela preposio a no complemento deste verbo. Ex: O professor atendeu ao pedido dos alunos.

    Casar

    Este verbo admite duas construes: como verbo transitivo indireto e como pronominal> Ex: Joo casou com Maria. Ex. Joo casou-se com Maria.

    Chamar

    O verbo chamar transitivo direto na maioria dos casos. Ex: Chamamos o mdico para atender a vtima. Quando este verbo aplicado no sentido de nomear-se, atribuir-se um nome, ele pronominal. Eu me chamo Odiombar e tu?

    Chega

    Os verbos chegar e ir devem ser acompanhados pela preposio a e no pela preposio em. Vou ao curso preparatrio. Cheguei a Belo Horizonte.

    Classificar-se

    Esse verbo deve vir acompanhado de pronome no sentido de ser aprovado, classificado. Ex: Rubinho classificou-se na corrida de Interlagos. Porm, no sentido de ordenar, torna-se transitivo direto. Ex: Classificamos as mdias em ordem crescente.

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    Compartilhar Ver verbo desfrutar

    Comunicar

    O verbo comunicar pode comportar-se como o verbo entregar, admite dois complementos em qualquer ordem: Ex: Comuniquei o resultado ao candidato. Ex: Comuniquei ao candidato o resultado. Pode tambm ser seguido da preposio de. Ex: Comuniquei o candidato do resultado. Outros verbos tm a mesma regncia como: avisar, certificar, noticiar, notificar, alertar, etc.

    Consentir O verbo consentir admite duas construes: Consentir algo ou consentir em. Ex: O fiscal da prova consentiu consulta ao relgio. Ex: O fiscal da prova consentiu em abrir as janelas.

    Constar O verbo constar apresenta regncia dupla: constar de ou constar em. Ex: As provas constam do processo. Ex: As provas constam no processo.

    Crer O verbo crer seguido da preposio em. Ex: Ningum cr em poltico corrupto.

    Custar

    Apresenta trs possibilidades: a) no sentido de ser custoso, ser difcil: regido pela preposio a. Ex.: Custou ao aluno entender o problema. b) no sentido de acarretar, exigir, obter por meio de: usa-se sem preposio. Ex.: O carro custou-me todas as economias. c) no sentido de ter valor de, ter o preo: usa-se sem preposio. Ex.: Imveis custam caro

    Deparar

    Os verbos deparar e sobressair constituem dois casos comuns do emprego indevido do pronome tono. Estes verbos no so reflexivos. compreensvel o desvio, pois eles so sinnimos de verbos pronominais: encontrar-se (que exige o pronome), e destacar-se (que tambm exige o pronome). Ex: No concurso deparei com uma prova fcil. Ex: No concurso deparei(-me) com uma prova fcil. (forma condenada) Ex: Joo sobressaiu bem na prova. Ex: Joo sobressaiu(-se) bem na prova. (forma condenada) Segundo a norma culta, tais verbos nunca so pronominais.

    Desfrutar

    Desfrutar, usufruir, compartilhar - A norma culta da Lngua Portuguesa prega que o verbo desfrutar no exige a preposio de no seu complemento. Dessa maneira, o correto seria escrever: Ex: Joo desfruta a glria da aprovao no concurso.

    Desobedecer Ver verbo obedecer Entregar Ver verbo pagar

    Esquecer

    Os verbos esquecer e lembrar tm a mesma regncia: a- Quando no forem pronominais: so usados sem preposio. Ex.: Esqueci o nome dela. b- Quando forem pronominais: so regidos pela preposio de. Ex.: Lembrei-me do nome de todos.

    Gozar

    O verbo gozar tem dupla regncia: transitivo direto ou indireto, seguido da preposio de. Ex: O aluno goza bom conceito entre os colegas. Ex: O aluno goza de bom conceito entre os colegas.

    Implicar

    O verbo implicar pode ter trs regncias distintas: a) no sentido de causar, acarretar: usa-se sem preposio. Ex.: Esta deciso implicar srias consequncias. b) no sentido de envolver, comprometer: usa-se com dois complementos, um direto e um indireto com a preposio em. Ex.: Implicou o negociante no crime. c) no sentido de antipatizar: regido pela preposio com. Ex.: Implica com ela todo o tempo.

    Informar Este verbo no sentido de comunicar, avisar, dar informao: admite duas construes:

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    1) objeto direto de pessoa e indireto de coisa (regido pelas preposies de ou sobre). Ex.: Informou todos do ocorrido. 2) objeto indireto de pessoa ( regido pela preposio a) e direto de coisa. Ex.: Informou a todos o ocorrido

    Ir Ver verbo chegar Lembrar Ver verbo esquecer

    Morar

    Os verbos morar e residir, normalmente, vm acompanhados pela preposio em. Ex.: Ele mora em Porto alegre. Ex: Maria reside em Canoas.

    Namorar

    Este verbo no usado com preposio. Ex.: Joana namora Antnio. Construes com preposio so condenadas pela norma culta. Ex: Joana namora (com) Antnio. Quando indicar companhia, este verbo admite a preposio com. Ex: Joo saiu para namorar com Carlos. Neste caso, Joo e Carlos foram namorar as meninas juntos. - Construo um tanto ambgua.

    Obedecer O verbo obedecer, assim como desobedecer, exige a preposio a. Ex.: As crianas obedecem aos pais./ O aluno desobedeceu ao professor

    Pagar

    O verbo pagar quando for seguido de complemento (a coisa paga), funciona como transitivo direto. Porm se for seguido de pessoa, deve ser acompanhado da preposio a. Ex.: Ela pagou a conta do restaurante. Ex: Ela pagou ao balconista a conta do restaurante. Os verbos entregar e perdoar se coportam da mesma maneira. Ex: O carteiro entregou a encomenda ao porteiro do prdio. Ex: O professor perdoou a falta ao aluno.

    Pedir

    Bastante cuidado com os verbos pedir, permitir e solicitar. Eles seguem o seguinte modelo: pedir algo (objeto direto) a algum (objeto indireto). Ex: O fiscal pediu silncio aos candidatos. Ex: O aluno solicitou ajuda ao professor.

    Perdoar

    Quando este verbo for seguido pela coisa perdoada, torna-se transitivo direto, porm quando referir-se a uma pessoa, deve ser acompanhado da preposio a. Ex: A moa perdoou a grosseria do rapaz. Ex: A moa perdoou ao rapaz pela grosseira feita.

    Permitir Ver verbo pedir

    Pisar Este verbo deve ser usado sem preposio. Ex: O menino pisou a grama da praa.

    Preferir

    Este verbo exige dois complementos sendo que um usa-se sem preposio e o outro com a preposio a. Ex.: Prefiro danar a fazer ginstica. Segundo a linguagem formal, errado usar este verbo reforado pelas expresses ou palavras: antes, mais, muito mais, mil vezes mais, etc. Ex.: Prefiro (mil vezes) danar a fazer ginstica. (forma no recomendada). O verbo preferir , na verdade, mais um que exige a preposio a. Ex: Prefiro ma a banana.

    Presidir Mais um verbo que admite dupla regncia. Ex: Ele presidiu o encontro. Ex: Ele presidiu ao encontro.

    Proceder

    O verbo proceder tem trs sentidos bsicos: a) ter fundamento; b) ter origem em; c) dar incio a algo. Trs construes so possveis para este verbo: a) no sentido de ter fundamento: usa-se sem preposio. Ex.: Suas queixas no procedem. b) no sentido de originar-se, vir de algum lugar: exige a preposio de. Ex.: Muitos males da humanidade procedem da falta de respeito ao prximo. c) no sentido de dar incio, executar: usa-se a preposio a. Ex.: Os detetives procederam a uma investigao criteriosa.

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    Querer

    Duas regncias so possveis para este verbo: a) no sentido de desejar: usa-se sem preposio. Ex.: Quero viajar hoje. b) no sentido de estimar, ter afeto: usa-se com a preposio a. Ex.: Quero muito aos meus amigos.

    Renunciar Duas regncias so possveis: renunciar algo (TD) e renunciar a alto (TI). Ex: Collor renunciou o cargo. Ex: Collor renunciou ao cargo.

    Residir Ver verbo morar Simpatizar Ver verbo antipatizar Sobressair Ver verbo deparar Solicitar Ver verbo pedir

    Torcer

    O verbo torcer exige preposio por quando o complemento no for orao. Ex: eu toro pelo grmio. Quando o complemento for uma orao usa-se com a preposio para. Ex: Toro para que o Grmio seja sempre campeo.

    Usufruir Ver verbo desfrutar

    Visar

    Este verbo apresenta as seguintes regncias: a) no sentido de mirar: usa-se sem preposio. Ex.: Disparou o tiro visando o alvo. b) no sentido de dar visto: usa-se sem preposio. Ex.: Visaram os documentos. c) no sentido de ter em vista, objetivar: regido pela preposio a. Ex.: Viso a uma situao melhor.

    Mais uma vez enfatizo o fato de que no necessrio decorar listas de verbos, o

    importante reconhecer o sentido que cada regncia determina. Construam frase, pois,

    como disse, a produo de texto que solidifica o conhecimento da linguagem. Intil o

    conhecimento da regra sem o uso!!!!

    Vamos ao nosso ltimo ponto terico desta semana.

    Estrutura da frase e do perodo

    No h aluno que no reclame da anlise sinttica, em sala de aula. Posso at

    concordar que tenham razo em parte, pois muitas vezes o assunto apresentado como

    se fosse um conhecimento tcnico e isolado do contexto. Outras vezes, no feita a

    conexo entre a anlise sinttica e a prtica do uso da linguagem, ficando o aluno a

    imaginar que o assunto algo fora das suas necessidades lingusticas.

    O nosso esforo, aqui, estar voltado para a demonstrao da anlise sinttica

    como um valioso instrumento de compreenso da linguagem e da sistematizao de

    contedos, muitas vezes dispersos. Podemos dizer que o conhecimento de anlise

    sinttica o fechamento de um ciclo de estudo, o exame da sintaxe a conferncia da

    correo de todas as relaes que o texto apresenta. Para o concursando, nada mais til!

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    Curso MPU Julho/2010 Prof. Odiombar Rodrigues Pgina 99

    As bancas no pedem classificaes sintticas, portanto, dificilmente surgiria

    uma questo para que o concurseiro diga se uma orao subordinada substantiva

    completiva nominal ou subordinada substantiva subjetiva. O que a banca solicita a

    razo de determinadas concordncias ou a posio de algumas palavras ou, mesmo, a

    funo sinttica de algum termo e a coeso.

    Em termos de anlise sinttica, o que nos interessa so as estruturas da frase e

    suas relaes, no dispensaremos tempo com discusses minuciosas. Quem detm o

    conhecimento bsico da sintaxe, com certeza, resolve questes mais complexas, pois as

    diretrizes so as mesmas.

    Por uma questo de postura terica, no desmembraremos o estudo em anlise

    interna (da orao) e externa (do perodo), pois o que distingue uma da outra apenas

    uma questo de nvel (orao/perodo) e no de funo (sujeito/verbo/complemento). O

    que nos interessa o conhecimento da estrutura bsica (profunda) da frase e como este

    esquema se desdobra para chegar superfcie lingustica da orao, do perodo e do

    texto.

    Desde o incio de nosso trabalho, temos insistido no esquema SPC como

    estrutura bsica da frase. Agora momento de aprofundarmos este modelo to simples.

    Como dissemos, qualquer frase regida pela presena de Sujeito-Predicado-

    Complementos, mas este esquema pode ser ainda reduzido a Sujeito-predicado ou

    apenas Predicado. Isto nos esclarece que o ncleo da frase um predicado (verbo), pois

    ele sempre presente. Para ilustrar podemos mostrar os esquemas possveis:

    SPC - O menino comprou uma bicicleta.

    SP - O menino sorriu.

    P - Chove.

    Agora vamos detalhar cada um destes componentes. Em primeiro lugar devemos

    observar que a frase composta de dois elementos bsicos: um sintagma nominal

    (preenchido pelo nome, seus adjuntos e complementos) e um sintagma verbal

    (preenchido pelo verbo e seus complementos e adjuntos). Vamos examinar cada um dos

    elementos.

    9 S - O sujeito o ncleo nominal (composto por nomes e no verbo). Tem posio marcada no incio da frase. Esta uma funo preenchida pelo

    substantivo, pelo pronome ou por uma orao (orao subordina

    substantiva subjetiva). O sujeito pode estar subtendido ou expresso e

  • Curso

    ppp

    aaa

    (nnn

    9 PPP eee

    ppp

    vvv

    ccc

    mmm

    eee

    ppp

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    aaa

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    9 CCC eee

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    vvv

    Vamos ooo

    Esquemaaa

    Esquemaaa

    S(os meninooo

    MPU JJJ

    ode ser commm

    inda ser ac

    este caso

    - O ncleooo

    le no temmm

    ortanto esteee

    erbo no

    lassificaooo

    odo-tempooo

    xigem commm

    ode ser ooo

    stas categorrr

    ujeito), poddd

    djuntos, appp

    d+verbo).

    - A classss

    lementos

    omplementtt

    complemennn

    bjeto diretooo

    o substannn

    ompletiva

    ubordinadaaa

    perceberemmm

    ome, adjeee

    erbal.

    rganizar alggg

    1 - Coordeee

    2 - Oraooo

    Os mens) P(estudarrr

    PONTTT

    ulho/2010

    posto por

    ompanhadooo

    adjunto addd

    da frase

    os orao.

    o modo

    oferece

    , especialmmm

    ral). O queee

    plementos

    bjeto direttt

    ias. Assimmm

    e haver addd

    enas agora

    e dos commm

    que so

    ares ao vvv

    tos nominaaa

    e objeto innn

    tivo ou ummm

    nominal,

    substantivaaa

    que as

    tivo ou addd

    uns esquemmm

    nao: SPCCC

    subordina

    inos estudaaaam C (a liooo

    O DOS C

    Prof. Odiooo

    um ou mai

    de outros

    nominal - aaa

    o verbo queee

    A cada fooo

    seguro de

    dificuldadeee

    ente por suuu

    nos exige

    e outros n

    o ou objjj

    como em ttt

    juntos, emmm

    adquirem aaa

    plementos

    complemeee

    erbo. Os

    is enquannn

    direto. Queee

    a orao

    subordinaddd

    objetiva innn

    oraes subbb

    vrbio) quuu

    as que po

    + SPC

    da substant

    ram a liooo) SSS

    ONCURSOOO

    mbar Rodrrr

    s ncleos (sss

    elementos

    d+nome) eee

    denominaaa

    rma verba

    isolar as orrr

    para ideee

    as caracterrr

    ateno ooo

    o. O complll

    eto indirettt

    orno do nooo

    torno do vvv

    denominaaa

    a mais

    ntares ao

    complemmm

    to que os c

    m preenchhh

    substantivaaa

    a substannn

    direta. A mmm

    ordinadas

    e foram eee

    dem ilustrarrr

    iva objetivaaa

    e foram aooo(os menino

    S

    igues

    imples ou

    que chamaaa

    complemeee

    mos (sintaggg

    l corresponnn

    aes dentrrr

    ntificao

    sticas morfff

    fato de quuu

    emento exiii

    o, abaixo

    me (no sinnn

    erbo, tambbb

    o de adjjj

    ampla e cooo

    nome eee

    entos do

    omplementtt

    e a funo

    : subordinnn

    tiva objeee

    aior dificuuu

    so apena

    xpressos ccc

    o que foi ddd

    direta

    cinema.s) P (foram)

    Pgina 111

    composto),

    mos de adj

    ntos.

    ma verbal)))

    de uma orrr

    o do peroddd

    e, nem

    olgicas (fff

    e alguns vvv

    gido pelo vvv

    vamos dettt

    tagma nommm

    m, pode hhh

    unto adverrr

    mplexa. TTT

    os que

    nome sooo

    os do verbooo

    de complemmm

    ada substaaa

    tiva diretaaa

    ldade dos aaa

    s complemmm

    om um nnn

    ito:

    C(ao cinemaaa

    00

    pode

    untos

    , sem

    ao,

    o. O

    para

    lexo

    erbos

    erbo,

    alhar

    inal -

    aver

    bial -

    emos

    so

    os

    so:

    ento

    ntiva

    ou

    lunos

    entos

    cleo

    )

  • diret

    subo

    subo

    diverrr

    com

    um ppp

    sentiii

    9

    e peee10

    multiii11

    12 vida

    criseee13

    substtt14

    dinmmm15

    e, funnn16

    11

    que 12

    Curso

    Assim ccc

    a, dependeee

    rdinada suuu

    rdinada adjjj

    sas classifi

    Este esqqq

    certeza, os

    ouco simplll

    do. No vammm

    Resolu

    Advogaddd

    O mundooo

    lo avanooo

    dimensionaaa

    e a qualida

    , cujas dimmm

    ituio da

    icos de mmm

    damentalmmm

    hoje crrr

    a criatividaaa

    C (S o a

    OOOS(ooo

    S(o ppp

    MPU JJJ

    omo o ODDD

    ndo de ouuu

    bstantiva (((

    etiva (explll

    caes).

    uema muuu

    contedos

    rio, mas ccc

    os teorizaaa

    o de questtt

    o BRB (((

    moderno,,,

    irrestritooo

    l, cujas faaa

    de do meio

    enses innn

    noo de

    udana: muuu

    ente, nas iddd

    tico para aaa

    de a mooo

    (S luno) P (estuuu

    professorprofessor) PPP

    O professooorofessor) P(((

    PONTTT

    ulho/2010

    da oraooo

    tros eleme

    objetiva innn

    icativa ou

    ito simple

    mais exigiddd

    om os commm

    r muito, vammm

    es

    Banco de BBB

    caracterizaaa

    da Interrr

    cetas afetammm

    ambiente eee

    cluem aspeee

    estruturas

    danas estrrr

    eias.

    sobrevivnnn

    la mestra ppp

    P) C que o aaadasse) C (ODDD

    determinouuu(determinooo

    r determindeterminouuu

    O DOS C

    Prof. Odiooo

    principal

    ntos da fraaa

    direta, commm

    restritiva) ooo

    s, mas ele

    os em pro

    entrios daaa

    os aos pouuu

    raslia) - 222

    do pela glooo

    net, sinal

    inexoravvv

    das relaeee

    ctos inteleee

    sociais est

    uturais em

    cia de qualll

    ara o suceee

    luno estuddd a lio)

    que o alunnnu) C (OD quuu

    ou ao alunooo) C (OI ao aaa

    ONCURSOOO

    mbar Rodrrr

    foi desdobrrr

    se, pode sss

    pletiva nnn

    u orao sss

    contm os

    vas de conccc

    s questes

    cos.

    010

    balizao,

    iza uma

    elmente nooo

    s sociais, ppp

    ctuais, mooo

    ticas por uuu

    nossas inst

    quer organnn

    sso de seuuu

    asse a liooo(or. subord.

    o estudasssse o aluno e

    o estudo dddluno; OD ooo

    S

    igues

    ado numa

    er desdobrrr

    ominal, suuu

    ubordinadaaa

    fundamenttt

    urso. Talv

    ele pode a

    pela revoluuu

    crise munnn

    ssa sade,

    olticas e eee

    rais e espiii

    ma perceppp

    ituies soccc

    izao o reccc

    s empreennn

    dez.subst. objet

    e a lio deeestudasse a li

    a lio dezzzestudo da

    Pgina 111

    orao objjj

    ado em o

    bjetiva), ooo

    adverbial

    os da sintaaa

    ez possa paaa

    dquirir profff

    o tecnolll

    dial comppp

    nosso moddd

    conmicas...

    rituais, ex

    o de paaa

    iais, nos vaaa

    onhecimennn

    dimentos, sss

    iva direta)

    z.o)

    .lio)

    01

    etiva

    rao

    rao

    (com

    xe e,

    recer

    undo

    gica

    lexa,

    o de

    Essa

    ige a

    dres

    lores

    to de

    endo

  • PONTO DOS CONCURSOS

    Curso MPU Julho/2010 Prof. Odiombar Rodrigues Pgina 102

    11 responsvel pela prpria sustentao das empresas no competitivo mundo dos neg-cios.

    12 Os profissionais criativos e empreendedores esto sendo cada vez mais valorizados nos

    13 seus ambientes de trabalho. So eles no as mquinas, nem o capital os

    14 verdadeiros responsveis pelo sucesso de uma empresa. ngela M.R.Virgolim. Criatividade e sade mental: desafio

    famlia e escola. In: A.M.R.Virgolim (org.). Talento criativo, Braslia: Ed. UnB, p. 29-30 (com adaptaes).

    Julgue os itens abaixo a respeito da organizao das estruturas lingusticas no

    desenvolvimento do texto.

    Questo n 38.

    A substituio de cujas (linha 3) por que as suas, embora confira maior

    informalidade ao texto, preserva as relaes de sentido entre os termos da orao e a

    correo gramatical.

    Questo n 39.

    Uma forma correta de se evitar a repetio da conjuno e no primeiro perodo

    sinttico do texto seria a substituio de sua ocorrncia depois de vida, na linha 4,

    por vrgula, deixando-se todos os termos da enumerao iniciada por nossa sade

    separados por vrgula.

    Questo n 40.

    No texto, o emprego do substantivo substituio (linha 6) exige as preposies

    presentes nos trechos da noo (linha 6) e por uma percepo (linha 6), para

    indicar os dois termos envolvidos na ideia de troca.

    Questo n 41.

    O termo o reconhecimento (linha 9) pode ser substitudo por reconhecer, sem que,

    com isso, sejam prejudicadas a coerncia da argumentao ou a correo gramatical

    do texto.

    Questo n 42.

    Pelas relaes de sentido entre os termos da orao, conclui-se que seus (linha 10)

    estabelece relaes de coeso entre organizao (linha 9) e empreendimentos

  • PONTO DOS CONCURSOS

    Curso MPU Julho/2010 Prof. Odiombar Rodrigues Pgina 103

    (linha 10), o que justifica o emprego da forma pronominal no masculino plural e na

    terceira pessoa.

    Questo n 43.

    As relaes de sentido estabelecidas no primeiro perodo do segundo pargrafo

    evidenciam que a forma de gerndio em sendo responsvel (linhas 10 e 11) remete a

    sucesso (linha 10) e, por isso, o adjetivo est empregado no singular.

    Questo n 44.

    O desenvolvimento da argumentao no texto permite que a expresso nos seus

    ambientes de trabalho (linhas 12 e 13) seja empregada no singular no seu

    ambiente de trabalho ; mas, como a opo pelo plural exige o uso do plural tambm

    em So eles (linha 13), essa substituio exigiria alteraes no ltimo perodo do

    pargrafo.

    Reprter As empresas j se convenceram de que ser tico e socialmente 1

    2 responsvel lucrativo?

    Ricardo Young Quem no enxerga a importncia da sustentabilidade corre 3

    4 um srio risco de obsolescncia intelectual e analfabetismo em relao ao seu tempo. E

    5 no se trata de ser ou no ser lucrativo. A responsabilidade social tem a ver com a

    6 capacidade de permanecer ou no no mercado. Em uma empresa social-mente

    7 responsvel, pode-se catalisar a inteligncia instalada e lhe dar uma direo e um

    8 sentido. Isso fortalece a empresa, torna-a mais competitiva, aumenta a autoestima e a

    9 dedicao dos funcionrios, amplia o sentimento de pertencimento a vida das

    10 pessoas, em vez de ser ameaada pelo trabalho, fortalecida por ele. Essas empres-as

    11 tm melhores condies de desempenho e, portanto, de prolongar sua vida. Ricardo Young. Revista Planeta, out./2009, p. 10 (com adaptaes).

    A partir da organizao das estruturas lingusticas e das ideias do texto, julgue os

    itens de abaixo.

    Questo n 45.

    O emprego do adjetivo lucrativo (linha 2) no masculino deve-se concordncia

    desse termo com a orao ser tico e socialmente responsvel (linhas 1 e 2).

  • PONTO DOS CONCURSOS

    Curso MPU Julho/2010 Prof. Odiombar Rodrigues Pgina 104

    Questo n 46.

    A ausncia da preposio de antes de analfabetismo (linha 4) mostra que esse termo

    complementa corre (linha 3), em paralelo com um srio risco (linha 4); para que

    complemente risco (linha 4), em paralelo com obsolescncia intelectual (linha 4),

    faz-se obrigatrio o emprego explcito da preposio.

    Questo n 47.

    Subentende-se da argumentao do texto que, hoje, a capacidade de uma empresa

    permanecer ou no no mercado (linha 6) independe do conceito tradicional de lucro.

    Questo n 48.

    Seriam mantidas a coerncia da argumentao e a correo gramatical do texto caso

    fosse suprimido o pronome de pode-se (linha 7), deixando-se subentender

    empresa (linha 6) como sujeito da orao.

    Questo n 49.

    A funo exercida pelo pronome lhe (linha 7) estaria correta e coerentemente

    desempenhada pelo pronome ela, desde que fosse usada tambm a preposio a, o que

    resultaria em crase, com a seguinte redao: dar ela uma direo.

    Questo n 50.

    Nas relaes de coeso do texto, o pronome Isso (linha 8) retoma e resume a ideia

    do perodo anterior, iniciado por Em uma empresa (linha 6).

    Questo n 51.

    Preservam-se tanto a coerncia da argumentao quanto a correo gramatical do

    perodo caso se substitua o travesso antes de a vida (linha 9) pelo sinal de dois-

    pontos ou pelo de ponto e vrgula.

    38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 51 51E C C E C E E C E C E E C C

    38. Uso de cujo Comentrio: A substituio de cujas facetas... por que as suas facetas... no possvel porque

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    acarretaria mudana de sentido, uma vez que a segunda expresso tem sentido de causa, enquanto cujas facetas tem sentido de posse. Observaes: O uso de cujos e dos porqus no abordamos, diretamente, caso algum julgue necessrio, podemos acrescentar um texto sobre o assunto..

    39. Uso da vrgula Comentrio: Quando o sujeito o mesmo, possvel a substituio da conjuno e pela vrgula, sem alterar o sentido, como ocorre neste caso: afetam inexoravelmente nossa sade, nosso modo de vida, a qualidade do meio ambiente e das relaes sociais, polticas e econmicas.

    Observaes: O uso da vrgula est no mdulo 01.

    40. Complemento nominal Comentrio: correta a afirmativa, e ainda podemos acrescentar que o substantivo substituio exige preposio de para introduzir o complemento nominal. Est rendendo o nosso conhecimento de regncia nominal.

    41. Regncia verbal Comentrio: No possvel a substituio porque o substantivo reconhecimento exige preposio de para introduzir o complemento nominal, se houver a substituio pelo verbo reconhecer esta preposio no mais exigida, porque o verbo transitivo direto e a preposio deveria ser retirada para haver a correo da frase.

    Observaes: Confiram o incio de nosso mdulo, onde abordamos a questo da regncia verbal.

    42. Referenciao Comentrio: correta a afirmativa. Seus empreendimentos refere-se aos empreendimentos da organizao, portanto a forma do pronome est correta e a coeso preservada.

    Observaes: Este mais um caso de referenciao. O termo referenciao, talvez fosse desconhecido para alguns, at o incio de nosso curso, mas acredito que agora esto convencidos de que um contedo gramatical muito importante e bem ao gosto das bancas de concurso.

    43. Referenciao Comentrio:

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    Sendo responsvel remete ao termo criatividade. Fazendo a substituio fica mais claro: ...sendo a criatividade responsvel pela prpria.... Portanto a afirmativa incorreta, pois sendo responsvel no tem como referente a palavra sucesso.

    44. Substituio Comentrio: possvel a substituio da expresso nos seus ambientes de trabalho por no seu ambiente de trabalho, forma singular. No h necessidade de alterar o ltimo pargrafo do texto, pois a forma verbal so tem como sujeito os profissionais (representado por eles). errada a proposta de substituio pelo sugesto de alterar a forma verbal no ltimo pargrafo.

    45. Predicativo do sujeito Comentrio: A afirmativa correta, o predicativo do sujeito lucrativo concorda com o sujeito ser tico.

    Observaes: Esta questo aborda o predicativo do sujeito. No anexo colocamos uma pequena exposio terica sobre este assunto.

    46. Paralelismo Comentrio: Analfabetismo complementa risco, fazendo parte do complemento nominal: de obsolescncia intelectual e (de) analfabetismo. A ausncia da preposio no altera esta relao e no torna o termo complemento de corre. O uso da preposio ser-ia recomendado, mas no obrigatrio, pois uma questo de paralelismo sinttico. Sem o uso da preposio a frase poderia tornar-se ambgua.

    Observaes: Mais uma vez retorna o assunto do paralelismo. Cuidado com estes conceito!!!!!

    47. Interpretao de texto Comentrio: O lucro no o fator principal. O texto prope a criatividade como tal e enumera uma srie de fatores determinantes. correta a afirmativa.

    48. Funes do se Comentrio: O se que aparece junto ao verbo poder um pronome apassivador (a inteligncia instalada pode ser catalisada) e, se for retirado, causa incorreo gramatical e causa incoerncia na argumentao do texto.

    Observaes: O se uma partcula que exerce muitas funes na frase. Deixo com vocs a

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    Curso MPU Julho/2010 Prof. Odiombar Rodrigues Pgina 107

    solicitao de um estudo sobre o assunto. No um tema muito recorrente, mas. ..

    49. Crase Comentrio: Se houvesse a substituio proposta, no seria obrigatrio o uso da crase antes de ela porque antes de pronome pessoal a crase opcional, como vimos no estudo sobre a crase.

    Observaes: Seria til retomar o estudo da crase no mdulo 01.

    50. Retomada de termo Comentrio: O pronome demonstrativo isso est resumindo e retomando a idia do perodo anterior, o que torna a alternativa correta. muito simples esta questo, parece que a banca resolve dar um consolo para os candidatos.

    51. Uso do travesso Comentrio: Neste caso, o travesso pode ser substitudo tanto por dois pontos, como por ponto e vrgula sem alterar a coerncia da argumentao ou a correo gramatical do perodo.

    Observaes: Os que desejarem, podem retomar o assunto no mdulo 01.

    Prova: Agente administrativo Ministrio da Integrao Nacional - 2006

    A educao bsica obrigatria e gratuita constitui direito universal, econmico e 1

    2 social reiterado pela Constituio brasileira. Ela tambm a base para a realizao de

    3 outros direitos: sade, liberdade, segurana, bem-estar econmico, participao social e

    4 poltica.

    Se a educao a base necessria realizao de outros direitos, o livro 5

    6 condio imprescindvel para que se efetive a educao. Contudo, se no existe

    7 educao sem livro, tampouco h livro sem educao. Em outras palavras, sem formar

    8 leitores em escala planetria por meio da educao de qualidade para todos, a distncia

    entre os que tm e os que no tm acesso a informaes tende a aumentar. 9

  • Jorge Werthein. Correio Braziliense, 10/4/2006, p. 13 (com adaptaes).

    Em relao ao texto acima, julgue os itens que se seguem.

    Questo n 52.

    O autor se inclui de forma explcita no texto, tornando-o subjetivo e pessoal.

    Questo n 53.

    As vrgulas da linha 3 justificam-se por isolar elementos de mesma funo gramatical

    em uma enumerao.

    Questo n 54.

    No trecho a educao a base necessria realizao de outros direitos (linha 5), o

    emprego do sinal indicativo de crase justifica-se pela regncia da palavra base.

    Questo n 55.

    O termo Contudo (linha 6) pode, sem prejuzo para a correo gramatical e a

    informao do perodo, ser substitudo por qualquer um dos seguintes: Todavia, No

    entanto, Entretanto.

    Questo n 56.

    Na linha 9, estaria gramaticalmente correta e manteria os sentidos do texto a

    substituio de a informaes por s informaes.

    A leitura, ao possibilitar o domnio da palavra, poderoso instrumento de 1

    2 desenvolvimento individual e de emancipao. Consiste, tambm, em um importante

    3 meio de socializao, porque permite que a pessoa elabore mensagens e se comunique

    4 por meio de um cdigo comum ao conjunto da sociedade.

    No exagerado afirmar que a leitura imprescindvel no processo de produo

    5

    6 do conhecimento e de formao de cidados capazes de compreender o mundo

    7 contemporneo e nele atuar. Finalmente, a leitura associada escrita ferra-menta

    8 indispensvel para efetiva participao social e econmica, contribuindo para o

    9 desenvolvimento humano e a reduo da pobreza. Idem, ibidem (com adaptaes).

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    Julgue os itens a seguir, relativos ao texto acima.

    Questo n 57.

    Pelos sentidos do texto, a leitura e a escrita so imprescindveis como ferramentas de

    participao e atuao no mundo contemporneo.

    Questo n 58.

    A palavra emancipao (linha 2) est sendo empregada com o sentido de

    dependncia.

    Questo n 59.

    Em se comunique (linha 3), o termo se indica que o sujeito da forma verbal

    indeterminado.

    Questo n 60.

    A insero de vrgula logo aps afirmar (linha 5) mantm a correo gramatical do

    perodo.

    Questo n 61.

    No segundo pargrafo, a substituio dos travesses por vrgulas mantm a correo

    gramatical do perodo.

    52 53 54 55 56 57 58 59 60 61E C E C C C E E E C

    52. Narrador Comentrio: A ordem da questo fala em incluso do autor. Diante de um texto importante verificar quem fala. Para tal, devemos avaliar a pessoa gramatical presente. Atravs das formas verbais percebemos o uso da terceira pessoa do singular, portanto no evidencia a presena do autor que, obrigatoriamente, estaria atravs da primeira pessoa gramatical (eu). A produo do texto em terceira pessoa evidencia o distanciamento do autor, portanto, alm dele no estar incluso, o texto no subjetivo nem pessoal. Antes de encerrar este comentrio, importante relembrar que autoria e narrao so duas reas diferentes. O autor a pessoa fsica que escreve um texto, como Machado de Assis, por exemplo. O narrador a voz que fala atravs do texto e que nos

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    Curso MPU Julho/2010 Prof. Odiombar Rodrigues Pgina 111

    informa, convence ou mesmo entretm, so duas categorias distintas. Mesmo aps a morte de Machado de Assis (1908), ns continuamos ouvindo a voz de Bentinho em Dom Casmurro a narrar sua desventura. . A banca no est fazendo esta distino, talvez por consider-la dispensvel em texto dissertativo.

    53. Vrgula Comentrio: Realmente a vrgula, nesta questo, isola elementos de mesma funo sinttica numa enumerao. Este caso de vrgula evidenciada, tambm, pela presena dos dois pontos logo aps a palavra direitos (linha 3).

    54. Crase Comentrio: A crase est corretamente empregada, mas a razo outra. Deve-se a crase regncia nominal da palavra necessria (necessria a) e no palavra base.

    55. Conjunes Comentrio: Eis outra questo de substituio de conjunes e avaliao de uso das mesmas. A sequncia de conjunes adversativas apresentada no oferece mudanas significativas de sentido, o que nos permite dizer que o sentido preservado, mesmo com a mudana da conjuno. Temos de ter, porm, ateno na leitura de cada substituio, pois nem sempre ela isenta de alterao semntica, h casos em que a troca da conjuno acarreta mudana significativa de contedo e isto s pode ser percebido na frase, no basta decorar as conjunes.

    56. Crase Comentrio: Observemos as possibilidades: No texto a frase : acesso a informaes e a questo nos sugere a troca para: acesso s informaes. Novamente surge uma questo de regncia nominal. A palavra acesso nos exige a preposio a que est presente na frase do texto. Na expresso sugerida para troca, foi acrescido o artigo definido feminino plural as (a+as - preposio mais artigo). Com o acrscimo do artigo surge a crase, por isso s. A distino que se estabelece entre os dois casos apenas de maior definio, pois a presena do artigo define (conceitua) melhor a palavra informaes, porm no acarreta mudana significativa de sentido, o que torna a questo correta.

    57. Compreenso de texto Comentrio: Na linha 5 o autor expe a ideia de que a leitura fundamental para a produo do

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    conhecimento e a formao de cidados, logo abaixo, na linha 7 ele acrescenta a escrita (associada escrita), completando os dois fatores apontados na questo. Esta questo nos alerta para um fato importante em termos de interpretao de texto. A banca nomeia dois fatores (leitura e escrita), mas um est na linha 5 e outro na linha 7. Quem for ler meio rpido, talvez no associe os dois elementos e, com isto, perca o precioso pontinho, numa questo to simples.

    58. Significao - antonmia Comentrio: A palavra emancipao nunca poderia ser empregada no sentido de dependncia, pois so termos antnimos, portanto de sentido contrrio. Esta uma questo muito simples e que pega apenas os desavisados.

    Observaes: A significao j foi abordada no mdulo 00.

    59. Sujeito voz reflexiva Comentrio: Num primeiro momento, esta questo parece tratar de sujeito indeterminado ou de voz passiva sinttica, mas vejamos que ela bem mais simples. O enunciado apenas pergunta se o sujeito indeterminado, ora no vamos aos casos de indeterminao de sujeito vamos, apenas, prestar ateno na prpria frase: (...) permite que a pessoa elabore mensagens e se comunique por meio de um cdigo comum ao conjunto da sociedade. Quem elabora a mensagem? Quem se comunica? Acredito que voc tenha apontado a palavra pessoa como sujeito destes dois verbos. Portanto, nada de indeterminao, o que ocorre com o se reflexo do sujeito.

    60. Ordem do texto / uso da vrgula Comentrio: Vamos iniciar recordando a nossa regrinha quanto ordem da frase: SVC. Vamos frase: No exagerado afirmar que a leitura imprescindvel no processo de produo do conhecimento.... O verbo afirmar TD (transitivo direto), quem afirma, afirma alguma coisa. A coisa afirmada a necessidade da leitura. Portanto, podemos reescrever a frase: No exagerado afirmar a necessidade da leitura no processo de produo do conhecimento.... Agora voc tem dvida de que a necessidade de leitura objeto direto? Voltemos nossa regrinha, entre os elementos SVC no podemos usar vrgula, portanto entre o verbo afirmar e o objeto direto a necessidade no podemos colocar vrgula.

    61. Uso da vrgula Comentrio: A expresso associada escrita um elemento esclarecedor, sem ele a leitura seria interpretada como nica ferramenta. Com esta expresso, cortamos a frase para

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    incluir a expresso retificadora. Vejamos a ordem da frase: A leitura ferramenta indispensvel...Voc reconhece a leitura como sujeito e a forma verbal como predicado (no caso verbo de ligao). Portanto no podemos incluir entre o SUJEITO e o VERBO, nenhum elemento sem isolarmos, por vrgulas ou travesses - mais que correta a afirmativa da questo.

    Observaes: Como podem observar, a banca gosta de vrgula!!!!

    Reviso

    A nossa reviso, de hoje, est centrada na sintaxe de regncia e estrutura da frase

    que, como podem comprovar, so assuntos muito presentes nas provas. Para nos

    aproximarmos mais do padro CESPE, vamos utilizar textos e enunciados j

    trabalhados.

    Vamos retomar o primeiro texto (pgina 12).

    a) [ ] Na linha 2 a forma verbal sinaliza tem como sujeito pela

    revoluo tecnolgica, indicando uma construo de voz passiva.

    b) [ ] Sabemos que o pronome cujas nas linhas 3 e 5 estabelece uma

    relao de posse. Neste caso, os elementos possudos (facetas e

    dimenses) so distintos, mas o elemento possuidor o mesmo.

    c) [ ] Na linha 7 o termo mudanas estruturais rege trs elementos:

    instituies sociais; valores e ideias.

    d) [ ] A expresso hoje crtico.... (linha 9) uma forma impessoal,

    portanto no tem sujeito.

    e) [ ] A palavra reconhecimento (linha 9) exige a preposio de que

    lhe segue, portanto a orao que a criatividade a mola mestra para o

    sucesso de seus empreendimentos uma orao subordinada

    substantiva completiva nominal, pois funciona como complemento

    nominal.

    f) [ ] As palavras sobrevivncia (linha 9) e negcios (linha 11) so

    acentuadas pela mesma razo, assim como sade (linha 3) acentuada

    pela mesma razo que responsvel (linha 11).

    g) [ ] Na linha 10, a expresso ...sucesso de seus empreendimentos

    apresenta um caso de regncia nominal. A palavra sucesso regente e

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    seus empreendimentos o termo regido. O ncleo

    empreendimentos e o pronome possessivo seus funciona,

    sintaticamente, como adjunto adnominal.

    h) [ ] A construo .... esto sendo cada vez mais valorizados... (linha

    12) indica uma voz passiva que tem como agente da passiva o termo

    empreendedores.

    i) [ ] Na frase: ...mudanas estruturais em nossas instituies sociais,

    nos valores e, fundamentalmente, nas ideias (linhas 7 e 8) A preposio

    em exigncia da palavra mudanas e deveria ser repetida diante de

    valores e ideias.

    j) [ ] A forma verbal afetam (linha 3) pode ser transformada em

    passiva e passa a ter a palavra facetas como agente da passiva.

    Gabaritos

    a b c d e f g h i j E C C E C E C E E C

    Comentrios

    Vamos aos comentrios de nossas questes de reviso. Imagino ter sido um

    pouco mais carrasco que a banca. Certo? A minha funo de advogado do diabo,

    ou seja, forar cada um a empreender um esforo maior, pois, assim, vocs podem testar

    o desempenho em situaes complexas. (Boa desculpa para exercer um pouco de

    maldade!!!!!!)

    a) No voz passiva, o verbo est na voz ativa e o sujeito mundo

    moderno que est no incio da frase.

    b) Correta a afirmativa de que os elementos possudos sejam facetas e

    dimenses. Vamos examinar os elementos possuidores. A expresso

    crise mundial que possui facetas. Na frase seguinte, o texto retoma

    a mesma expresso (crise mundial) atravs de essa crise, portanto o

    elemento possuidor o mesmo.A crise mundial possui facetas (cujas

    facetas) e dimenses (cujas dimenses).

    c) As mudanas estruturais ocorrem em trs setores: instituies sociais,

    valores e ideias, portanto correta a afirmativa.

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    d) A forma verbal hoje crtico tem como sujeito o termo

    reconhecimento: O reconhecimento , hoje, crtico para a

    sobrevivncia de....

    e) Muito correta a afirmativa, pois podemos dizer: ....reconhecimento da

    criatividade (como mola mestra para o sucesso de seus

    empreendimentos...)

    f) As duas primeiras so acentuadas pela mesma razo, mas sade

    acentuada por quebra de ditongo (a-u) enquanto responsvel

    acentuada por ser uma paroxtona terminada em L.

    g) Mais do que correta toda a explicao, apenas quero chamar a ateno

    para o fato de que dentro dos complementos podemos ter outros

    elementos como adjuntos.

    h) Como voz passiva, o sujeito empreendedores no o agente da ao,

    mas paciente. O agente da passiva, nesta frase, no est declarado.

    i) Ela no deveria ser repetida, ela est repetida, apenas aparece

    combinada nos (em+os) e nas (em+as). Cuidado que a ordem da

    questo pode ser uma armadilha: deveria ser repetida expressa ideia de

    que no foi repetida!!!!!

    j) Correto, ao passarmos para a voz passiva temos: nossa sade afetada

    pelas facetas da crise mundial...

    Desafio III

    Observe o texto abaixo. Para reescrev-lo de acordo com o padro culto que

    elementos devemos alterar?

    Jos entrou em casa e saiu logo, pois havia esquecido a

    cartera no portaluva do carro. Para seu azar, o porto da garage

    trancou. No houve como destranc-la. Foi obrigado a chamar o

    chaveiro que logo ficou pronto. Com a cartera em mos, pode

    retornar a casa aliviado com o susto.

    No prximo mdulo vai a resposta.

    Agora vamos solucionar o desafio II, do mdulo anterior. L deixamos:

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    Observem a construo ....pois o modo de as pessoas

    fazerem uso de .... Eu posso substituir de as pessoas por das

    pessoas? Entrem no frum e apresentem as suas razes

    Na linguagem culta no posso fazer esta substituio, pois pessoas sujeito e

    o artigo que antecede o sujeito no pode fazer combinao com a preposio, ou seja o

    adjunto adnominal do sujeito no pode ser preposicionado. Simples!

    Perguntas e Respostas IV

    Nesta semana recebi perguntas muito interessantes, espero que continuem

    prestigiando nosso trabalho. Cada pergunta uma demonstrao de interesse pela

    matria e uma valorizao do nosso esforo. Obrigado pelas contribuies.

    1) A expresso temente a Deus no deve ter crase?

    R No, a frase: temente a Deus no pode ter crase, pois Deus palavra

    masculina, no comporta artigo feminino na frente para formar crase (a+a).

    2) Como fazer concordncia com percentagem como na frase: 90% dos

    brasileiros acredita/acreditam na vitria do Brasil na Copa 2010?

    R - Quando a percentagem vier determinada (de+os dos brasileiros) a

    concordncia deve ser com o elemento e no com a percentagem. 90% dos brasileiros

    acreditam ou 90% de brasileiros acredita (agora sem o artigo determinante).

    3) Por que algumas grafias como analisar (com s) enquanto sonorizar

    com z?

    R anlise, analisar. O sufixo que forma verbos "izar" (sonoro, sonorizar)

    mas diante de palavras terminadas por "s" a forma fica contrada: anlise+izar =

    analis(iz)ar, veja tambm liso, alis(iz)ar. Fcil no?

    4) O que ordem direta da frase? Poderia dar exemplo de ordem da frase?

    R - A ordem direta sujeito - predicado - complemento + Adjuntos (SPC+A),

    tudo que contrariar esta ordem ordem indireta. Exemplos:

    9 Os concurseiros (S) estudam (P) pela manh (Adjunto adverbial de tempo),

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    9 trabalham(P) tarde(Adj) e 9 retornam(P) ao estudo (C) noite (Adj). Tudo na ordem direta SP+A / P+A /

    PC+A

    Agora vejamos a ordem indireta da mesma frase:

    9 Pela manh, (Adj) os concurseiros(S) estudam(P), 9 tarde,(Adj) trabalham(P) e 9 noite,(Adj) retornam(P) ao estudo(C) - Tudo na ordem indireta A+SP / A+P /

    A+P+C

    importante observar que o deslocamento dos elementos implica uso de

    pontuao. Os adjuntos, como o prprio termo diz, esto juntos com outros

    elementos. O adjunto adnominal est junto do nome (substantivo, adjetivo) enquanto o

    adjunto adverbial est junto ao verbo. Os adjuntos nunca so ncleo de uma funo

    sinttica.

    Concluso

    Encerramos o nosso terceiro mdulo. Nele ampliamos o nmero de questes

    trabalhadas. Mantivemos o propsito de acrescentar contedos no anexo, pois muitos

    alunos manifestaram interesse em ampliar o conhecimento.

    Estou com problema no frum, consigo acessar, mas no momento de salvar as

    respostas ele coloca uma mensagem de erro. J fui informado de que o tempo que levo

    para responder que fecha o sistema antes da minha concluso. Vou caprichar e ser mais

    rpido. Isto no tem atrapalhado, pois, como consigo ler, posso tomar as perguntas e

    responder aqui no mdulo.

    Por hoje, ficamos por aqui.

    Um abrao,

    Odiombar [email protected]

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    Anexo I

    Predicativo do sujeito

    Na questo 65, surge o predicativo do sujeito como objeto central do enunciado.

    Vamos recordar um pouco este assunto bem conhecido, mas que leva alguns pontinhos

    dos menos prevenidos.

    O predicativo do sujeito o termo que qualifica o sujeito (predicativo =

    predicado) e est intermediado por um verbo de ligao. Estes verbos exprimem

    diversas circunstncias em relao ao sujeito, a funo deles ligar o sujeito sua

    qualidade. Em frases como:

    9 O candidato estudioso; 9 O aluno est cansado de estudar gramtica; 9 cada candidato permanece sentado enquanto as provas so distribudas; 9 os concursos pblicos continuam atrativos para os candidatos; 9 de tanto estudar o candidato acabou aprovado no concurso. 9 concurso pblico um estudar sem fim.

    O ncleo do predicado nominal o predicativo do sujeito. Esta funo

    preenchida por um adjetivo ou um substantivo. Nos exemplos a at e so adjetivos,

    no exemplo f um substantivo. (estudar, nesta frase, substantivo, (no verbo)

    pois est antecedido do artigo indefinido um.