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PROF. MS. FLAVIA ANDRADE LITERATURA

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P R O F. M S . F L AV I A A N D RA D E

LITERATURA

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O QUE É LITERATURA?

• Significado do dicionário Aulete:1 – Arte que usa a linguagem escrita como meio de expressão;2 – Teoria ou estudo da composição literária;3 – Conjunto de produções literárias de um país, de uma época, etc.Assim: Literatura é a arte de criar e compor textos, e existem diversos tipos de produções literárias, como poesia, prosa, literatura de ficção, literatura de romance, literatura médica, literatura técnica, literatura portuguesa, literatura popular, literatura de cordel etc.

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LITERATURA E ARTE

O que é Arte?“ ‘Por que isto é arte?’ ‘O que é arte?’ Poucas perguntas provocarão polêmica mais acesa e tão poucas respostas satisfatórias. Embora não cheguemos a nenhuma conclusão definitiva, podemos ainda lançar alguma luz sobre estas questões. Para nós, arte é, antes de mais nada, uma palavra, uma palavra que reconhece quer o conceito de arte, quer o fato de sua existência. Sem a palavra, poderíamos até duvidar da própria existência da arte, e é um fato que o termo não existe na língua de todas as sociedades.

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No entanto, faz-se arte em toda a parte. A arte é, portanto, também um objeto, mas não um objeto qualquer. A arte é um objeto estético, feito para ser visto e apreciado pelo seu valor intrínseco. As suas características especiais fazem da arte um objeto à parte, longe da vida cotidiana, em museus, igrejas ou cavernas. E o que se entende por estético? A estética costuma ser definida como ‘o que diz respeito ao que é belo’”.(H.W. Janson. História Geral da arte. Adaptação e preparação do texto para a edição brasileira. Maurício Balthazar Leal. 2 ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001, p.11-12.

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1 – Identifique as afirmações que podem ser corretamente deduzidas a partir do texto lido.

a) Não existe um conceito de arte. Trata-se apenas de uma palavra utilizada para encobrir esse vazio conceitual.

b) Se em nossa cultura existe a palavra arte e realidades identificadas como obras de arte, então existe um conceito e realizações humanas que concretizam esse conceito. Mas podemos duvidar de que seja um conceito universal, existente em todas as culturas.

c) Para ser considerado obra de arte, um objeto deve ser belo, perfeito e adequado à utilidade prática para a qual foi produzido.

d) Ao afirmar que o objeto estético é ‘feito para ser visto e apreciado pelo seu valor intrínseco’, Janson exclui da definição de arte as funções práticas e utilitárias que as obras possam ter.

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O QUE É O BELO?

• Na Antiguidade, o Belo estava condicionado ao conceito de harmonia e proporção das formas. Por esse motivo, o ideal de beleza entre os gregos ganha forma na representação de seres humanos, vistos como modelos de perfeição.

“O homem é a medida de todas as coisas”.PITÁGORAS

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MAS… O CONCEITO MUDA AO LONGO DO TEMPO

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A LITERATURA É UMA ARTE!

A arte da Literatura existe há alguns milênicos. Entretanto, sua natureza e suas funções continuam sendo objeto de discussão, principalmente para os artistas.Como o homem tem anseios, necessidades, essas mudam com o tempo e suas criaçoes, na qual a Literatura se insere, também mudam. Assim, ela reflete seu modo de ver a vida e estar no mundo.

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Um obra literária – um poema, um conto, um romance… - tem algo em comum com um quadro ou uma canção, embora seja diferente desses.Obra de arte tem valor intrínseco. A obra literária também. Esses valores intrínsecos ou estéticos são construídos COM a palavra. Ela (RE) inventa a realidade.

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SONETO DE FIDELIDADE

De tudo ao meu amor serei atento

Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto

Que mesmo em face do maior encanto

Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento

E em seu louvor hei de espalhar meu canto

E rir meu riso e derramar meu pranto

Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procureQuem sabe a morte, angústia de quem viveQuem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):Que não seja imortal, posto que é chamaMas que seja infinito enquanto dure .

Vinícius de Moraes

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FUNÇÕES DA LITERATURA• Fazer sonhar, viver outros momentos

históricos e outras vidas:Grito Negro

Eu sou carvão!E tu arrancas-me brutalmente do chãoe fazes-me tua mina, patrão.

Eu sou carvão!E tu acendes-me, patrão,para te servir eternamente como força motriz mas eternamente não, patrão.

Eu sou carvãoe tenho que arder sim;queimar tudo com a força da minha combustão.

Eu sou carvão;tenho que arder na exploração arder até às cinzas da maldição arder vivo como alcatrão, meu irmão, até não ser mais a tua mina, patrão.

Eu sou carvão.Tenho que arderQueimar tudo com o fogo da minha combustão.Sim!Eu sou o teu carvão, patrão.

JOSÉ CRAVEIRINHA

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• A Literatura provoca nossa reflexão

“O Analfabeto Político

O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio, depende das decisões políticas.

O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.

Bertold Brecht

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• A Literatura nos diverte

“Valha-me Nossa Senhora, Mãe de Deus de Nazaré! A vaca mansa dá leite, a braba dá quando quer. A mansa dá sossegada, a braba levanta o pé. Já fui barco, fui navio, mas hoje sou escaler. Já fui menino, fui homem, só me falta ser mulher.”

João Grilo (O Auto da Compadecida)

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• A Literatura nos ensina a viverAssim eu vejo a vida

A vida tem duas faces:Positiva e negativaO passado foi duro

mas deixou o seu legadoSaber viver é a grande sabedoria

Que eu possa dignificarMinha condição de mulher,

Aceitar suas limitaçõesE me fazer pedra de segurança

dos valores que vão desmoronando.

Nasci em tempos rudesAceitei contradições

lutas e pedrascomo lições de vida

e delas me sirvoAprendi a viver.

Cora Coralina

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• A Literatura denuncia a realidadeO Bicho

Vi ontem um bicho Na imundície do pátioCatando comida entre os detritos.

Quando achava alguma coisa,Não examinava nem cheirava:Engolia com voracidade.

•bicho não era um cão,Não era um gato,Não era um rato.

O bicho, meu Deus, era um homem.

Manoel Bandeira

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EXERCÍCIOSTexto 1:

LatifúndioNão quero mais me lamentarMesmo porqueNão tenho mais de quê.Se o sabiá voouFicou-me o bem-te-vi.Se o amor acabou fica o estamos aí.Eu tenho a grama do jardimE maisTenho-me a mim( Renata Pallottini. Noite afora. São Paulo: Brasiliense, 1978, p.23)

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Texto 2:

Latifúndio […] propriedade constituída de grande extensão de terras, geralmente mal exploradas.- Encicl. Os latifúndios são caracterizados pela

ausência de cultura ou por cultura de tipo extensivo, pela carência ou extrema penúria dos investimentos fundiários, pela falta de estradas e pelo agrupamento do habitat em aldeias afastadas umas das outras.

(Grande enciclipédia Delta Larousse. Rio de Janeiro: Delta, 1974)

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Texto 3:

Morte e vida Severina (fragmento)[ O retirante] Assiste ao enterro de um trabalhador de eito e ouve o que dizem do morto os amigos que o levaram ao cemitério.

- Essa cova em que estás,Com palmos medida,É a conta menorQue tiraste em vida.- É de bom tamanho, Nem largo nem fundo,É a parte que te cabeDeste latifúndio.- Não é cova grande

É cova medida,É a terra que querias Ver dividida.- É uma cova grandePara teu pouco defunto,Mas estarás mais anchoQue estavas no mundo.

(João Cabral de Melo Neto. Obra completa. Marly de Oliveira (org.) Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994, p.183-184)

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1- Os três textos fazem referência ao latifúndio. Todos podem ser classificados como obras literárias? Por quê?

2) Escreva uma interpretação para o título-tea do texto 1, com base na segunda estrofe e na definição de latifúndio apresentada no texto 2.

3) Explique o sentido irônico que a palavra latifúndio adquire no texto 3.

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O TEXTO LITERÁRIO

• O texto literário é carregado de novos sentidos, pois é sempre uma recriação. Ele é PLURISSIGNIFICATIVO

• Uma ideia, um sentimento, uma história podem ser transformados em texto.

• Denotação (sentido real)

• Conotação (sentido figurado)

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Organizá-lo em versos ou em prosa, explorar as características de um gênero narrativo, lírico ou dramático – são alguns dos recursos de que o escritor dispõe para torná-lo literário.

Leitor de obra literária deve evitar dois riscos:1 – Buscar uma única interpretação legítima e verdadeira, por ser REDUTORA e anular a riqueza expressiva da obra.2 – Considerar que QUALQUER interpretação é válida. Ela só terá validade se estiver pautada EM elementos DO texto

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NÍVEIS DE LEITURA

1) Leitura Superficial: compreensão dos elementos mais imediatos e concretos do texto. Adquire-se o significado LITERAL – DENOTAÇÃO.

2) Leitura em PROFUNDIDADE: interpretação dos elements de significação literal. Busca do QUE o autor QUER dizer.

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Balada do amor através das idades

Carlos D. AndradeEu te gosto, você me gostaDesde tempos imemoriais.Eu era grego, você troiana,Troiana mas não Helena.Saí do cavalo de pauPara matar seu irmão.Matei, brigamos, morremos.

Virei soldado romano, Perseguidor de cristãos.Na porta da catacumbaEncontrei-te novamente.Mas quando vi você nuaCaída na areia do circoE o leão que vinha vindo,Dei um pulo desesperadoE o leão comeu nós dois.

Depois fui pirata mouro,Flagelo da TripolitâniaToquei fogo na fragataOnde você se escondiaDa fúria de meu bergantim,E te fazer minha escrava,Você fezo sinal da cruzE rasgou o peito a punhal…Me suicidei também.

Depois (tempos mais amenos)Fui cortesão de Versailles,Espirituoso e devasso.Você cismou de ser freira…Pulei muro de conventoMas complicações políticas nos levaram à guilhotina.

Hoje sou moço moderno,Remo, pulo, danço, boxo,Tenho dinheiro no banco.Você é uma loura notável, Boxa, dança, pula, rema.Seu pai é o que não faz gosto.Mas depois de mil peripécias,Eu, herói da Paramount, te abraço, beijo e casamos.

Vocabulário:Mouro: habitante da antiga região MauritâniaTripolitânia: região da Líbia, que alcançou época dourada em 190 d. CFragata: barco a vela de três mastrosBergantim: embarcação antiga a remo.Cortesão: homem que pertencia à corteBoxar: boxearParamount: estúdio de cinema

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• Leitura superficial do poema?

• Leitura profunda do poema?

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• O namorado foi pirata mouro da Tripolitânia, no século XVIII, e sua amada, sendo cristã, suicidou-se para que ele não a raptasse. Isso é o que o texto diz literalmente. Sem o domínio desse primeiro significado, não se passa ao profundo.

• O namorado, homem do sec. XX, identificando-se com os personagens dos filmes a que assiste, imagina ser o herói dessas aventuras. Podemos entender também que o poema não fala de um caso de amor particular, mas do amor em geral, de todas as épocas. Podemos ainda avançar a interpretação e inferir que a balada ironiza as relações amorosas de hoje, opondo, à visão que temos do amor de outras épocas, heroico, cheio de aventuras e trágico, amor prosaico dos tempos de liberdade sexual e igualdade de gênero.

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GÊNEROS LITERÁRIOS

Na Antiguidade Clássica os textos literários se dividiam em três gêneros:

• GÊNERO LÍRICO

• GÊNERO DRAMÁTICO

• GÊNERO ÉPICO

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GÊNERO LÍRICO

• Seu nome vem de lira, instrumento musical que acompanhava os cantos dos gregos.

• Textos de caráter emocional, centrados na subjetividade dos sentimentos da alma.

• Tem a presença do “eu-lírico”, a voz que fala no poema. O emissor é personagem única desse tipo de mensagem.

• Predominam as palavras e pontuações de 1a. pessoa.

• Segundo Aristóteles, a palavra cantada

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EU-LÍRICO

É importante ressaltar que o “eu-lírico” pode ser masculino ou feminino INDEPENDENTE DO AUTOR.Assim, podemos encontrar:• Autor masculino ------- eu-lírico masculino• Autor masculino ------- eu- lírico feminino• Autor feminino ------- eu- lírico feminino• Autor feminino ------- eu- lírico masculino

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AUTOR MASCULINO – EU LÍRICO MASCULINO

Ainda uma vez adeus...

Enfim te vejo! - enfim posso,Curvado a teus pés, dizer-teQue não cessei de querer-te,Pesar de quanto sofri.Muito penei. Cruas âncias,Dos teus olhos afastado,Houveram-me acabrunhadoA não lembrar-me de ti!

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AUTOR MASCULINO – EU LÍRICO FEMININO

Com açúcar, com afeto (Chico Buarque)

Com açúcar, com afetoFiz seu doce prediletoPra você parar em casaQual o quêCom seu terno mais bonitoVocê sai, não acreditoQuando diz que não se atrasa.

Você diz que é um operário, sai em busca do salárioPra poder me sustentar, qual o quê!No caminho da oficina, há um bar em cada esquinaPra você comemorar, sei lá o quê!

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AUTOR FEMININO – EU LÍRICO FEMININO

ANA CAROLINA – GARGANTA

[...]Sei que não sou santa Às vezes vou na cara dura Às vezes ajo com candura Pra te conquistar

Mas não sou beata Me criei na rua E não mudo minha postura Só pra te agradar

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AUTOR FEMININO - EU LÍRICO MASCULINO

Devolva-Me (Adriana Calcanhoto)

Rasgue as minhas cartasE não me procure maisAssim será melhor, meu bem!O retrato que eu te deiSe ainda tens, não seiMas se tiver, devolva-me!Deixe-me sozinhoPorque assimEu viverei em pazQuero que sejas bem felizJunto do seu novo rapaz

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RETOMANDO...

• GÊNERO LÍRICO:• Tem a presença do eu-lírico – que é a voz que fala

no poema

- Expressa os estados de alma, as emoções , os sentimentos vividos intensamente pelo eu lírico.

- Predomínio da 1ª pessoa

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GÊNERO DRAMÁTICO

• Drama, em grego, significa "ação“ (representação)

• O Gênero Dramático se assenta em três eixos importantes: o ator, o texto e o público sem o que não há espetáculo teatral.

• Segundo Aristóteles é a palavra representada• O Gênero Dramático compreende as seguintes

modalidades:

• Tragédia

• Comédia

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TRAGÉDIA

É a representação de ações dolorosas da condição humana.A ação visa provocar no espectador piedade e terror, terminando em geral de forma fatal. O objetivo era provocar a "catarse“.

Ex." Édipo Rei“ de Sófocles

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COMÉDIA

• De origem grega, apresentava originalmente personagens de caráter vicioso e vulgar, que protagonizavam atitudes ridículas.

• A comédia é uma sátira de comportamentos individuais e coletivos com o intuito moralizante.

• Atualmente a comédia representa aspectos da vida cotidiana como tema, provocando o riso.

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OUTROS GÊNEROS

• Tragicomédia: modalidade em que se misturam elementos trágicos e cômicos.

• Farsa: pequena peça teatral, de caráter ridículo e caricatural, que critica a sociedade e seus costumes, visando provocar o riso.

Ex. "Farsa de Inês Pereira" de Gil Vicente.

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GÊNERO ÉPICO OU NARRATIVO

• A palavra "epopéia" vem do grego épos, ‘verso’+ poieô, ‘faço’

• Significa narrativa em forma de versos, de um fato grandioso e maravilhoso que interessa a um povo.

• O gênero épico: narrações de fatos grandiosos, centrados na figura de um herói. Tem a presença de um narrador

• Segundo Aristóteles, a palavra narrada.

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• é provavelmente a mais antiga das manifestações literárias.

• Surgiu quando os homens primitivos sentiram necessidade de relatar suas experiências, centradas na dura batalha de sobrevida num mundo caótico, hostil e ameaçador.

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OS ELEMENTOS ESSENCIAIS ...

• Na estrutura épica temos:

* narrador, o qual conta a história praticada por outros no passado;

• a história, a sucessão de acontecimentos;• as personagens, em torno das quais giram os fatos; • o tempo, o qual geralmente se apresenta no passado • o espaço, local onde se dá a ação das personagens.

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• Neste gênero, geralmente, há presença de figuras fantasiosas que ajudam ou atrapalham no curso dos acontecimentos.

• Presença de mitologia greco-latina - contracenando heróis mitológicos e heróis humanos.

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• Quando as ações são narradas por versos, temos o poema épico ou Epopeia.

• Dentre as principais Epopeias, temos:

• Ilíada • Odisseia

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GÊNERO NARRATIVO

• O GÊNERO NARRATIVO é visto como uma variante do Gênero Épico, enquadrando, neste caso, as narrativas em prosa.

• TIPOS DE NARRATIVA:• Romance• Novela• Conto• Crônica• Fábula

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1) O gênero lírico na maioria das vezes é expresso pela (o):

( ) Poesia. ( ) Jornal.( ) Cinema.( ) Novela.

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2) O gênero dramático geralmente é composto de textos que foram escritos para serem encenados em forma de:

( ) Peça de teatro.( ) Poesia.( ) Novela. ( ) Conto.

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Desencanto (Manuel Bandeira)

Eu faço versos como quem choraDe desalento... de desencanto...Fecha o meu livro, se por agoraNão tens motivo nenhum de pranto.

Meu verso é sangue. Volúpia ardente...Tristeza esparsa... remorso vão...Dói-me nas veias. Amargo e quente,Cai, gota a gota, do coração.

E nestes versos de angústia rouca,Assim dos lábios a vida corre,Deixando um acre sabor na boca.Eu faço versos como quem morre.

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4) A que gênero pertence Desencanto, de Manuel Bandeira? Porque se pode dizer que o poema é representante desse gênero?

5) Você diria que a poesia de Manuel Bandeira é objetiva ou subjetiva? Justifique sua resposta com trechos do texto.

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APOLO E DIONÍSIO E AS ESCOLAS LITERÁRIAS

• Apolo: Apolo é filho do deus Júpiter – o pai dos deuses, filho de Saturno – com a deusa Latona, personificação da noite. Nascido em Delos – ilha emergida do mar por Neturno para que Latona, livre da perseguição de Juno, pudesse dá a luz aos seus filhos – Apolo é considerado o deus solar, o deus profeta, o deus da inspiração, o deus da medicina.

• Apolo como divindade ética, exige dos seus a medida e, para observá-la, o autoconhecimento. E assim corre, ao lado da necessidade estética da beleza, a exigência do „Conhece-te a ti mesmo‟ e „Nada em demasia‟

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• Dionísio: se apresenta como este “novo”; o desmedido, o auto-esquecimento, o grito estridente e a espontaneidade se revelam como “nova verdade”, como algo aprazível e digno de ser desejado e vivido.

• Dionísio é a personificação do vinho. Seu culto está ligado ao desenvolvimento da vinicultura, por isso é menos antigo que os demais deuses. À sua “pessoa” atribuem a vinha, a hera, o tirso, a tarça e as máscaras báquicas. Os três primeiros atributos fazem referência diretamente a fabricação do vinho e aos efeitos que ele produz

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E ISSO QUER DIZER O QUÊ?

• Apolo: - Postura objetiva, racional, analítica, fundamentada no

real- Associam-se a ele os gêneros dramáticos e épicos.

• Dionísio: - Emoção, subjetivo, idealista.- Associam-se os gêneros que extrapolam em lirismo

(Nietzche, Friedrich Wilhem. O nascimento da tragédia ou helenismo e pessimismo. 2 ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2005)

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Classicismo Arcad. Real/Natur./Parn.

ModernismoHuma. Quinh. Pré-

Moder.

Trova Barroco Romantismo Simbolismo

APOLO

Dionísio