Aula brachiaria

14
25/04/2013 1 Gramíneas Forrageiras do Gênero Brachiaria Brachiaria brizantha Brachiaria decumbens Brachiaria mutica Brachiaria ruzizienses Brachiaria humidicola Características Gerais alta produção de matéria seca principais espécies são estoloníferas não apresentam problemas limitantes de doenças crescimento bem distribuído durante a maior parte do ano 70% dos 174 milhões de hectares ocupados por pastagens no Brasil são constituídos de pastagens cultivadas, a maior parte deles ocupada por gramíneas do gênero Brachiaria Adaptação ampla, abrangendo várzeas inundáveis, margens de florestas ralas e até regiões semidesérticas Espécies introduzidas no Brasil Brachiaria brizantha (Hochst) Stapf Brachiaria decumbens - sementes da Austrália Brachiaria decumbens - introdução IPEAN Brachiaria dictyoneura (Fig & De Mot) Stapf Brachiaria humidicola (Rendel) Schuwnickerdt Brachiaria radicans Napper Brachiaria ruziziensis Germain & Evrard Brachiaria vittata Stapf Espécies introduzidas no Brasil Brachiaria extensa Chase Brachiaria purpurascens (Henr. Blumea) Brachiaria plantaginea (Link) Hitch Espécies introduzidas no Brasil, provavelmente há dezenas de anos, sendo consideradas como nativas Espécies nativas Brachiaria adspersa (Trin) Parodi Brachiaria fasciculata (Se) Parodi Brachiaria mollis (Sw) Parodi Brachiaria reptans (L) Gardner & Hubbard Brachiaria venezuelae (Hack) Heur Plantas de regiões tropicais, principalmente africanas, abrangendo cerca de 80 espécies. Do ponto de vista forrageiro, destaca-se: Brachiaria decumbens, brizantha e ruziziensis- Região do Brasil Central; Brachiaria humidicola - Amazônia; Brachiaria purpurascens - solos úmidos nas regiões litorâneas. Gramíneas do gênero Brachiaria Características diferenciais Classificação Família: Gramineae Tribo: Paniceae Gênero : Brachiaria Colmo herbáceo, florescendo todos os anos Flor hermafrodita ou masculina com 1 a 3 estames Espiga unilateral ou panícula Espigueta comprimida dorsiventralmente, biflora, com a antécio terminal frutífero, o basal neutro ou masculino As glumas caem com o antécio frutífero

Transcript of Aula brachiaria

25/04/2013

1

Gramíneas

Forrageiras do

Gênero

Brachiaria

Brachiaria brizantha

Brachiaria decumbens

Brachiaria mutica

Brachiaria ruzizienses

Brachiaria humidicola

Características Gerais

• alta produção de matéria seca

• principais espécies são estoloníferas

• não apresentam problemas limitantes de doenças

• crescimento bem distribuído durante a maior parte do ano

• 70% dos 174 milhões de hectares ocupados por pastagens no Brasil

são constituídos de pastagens cultivadas, a maior parte deles ocupada

por gramíneas do gênero Brachiaria

• Adaptação ampla, abrangendo várzeas inundáveis, margens de

florestas ralas e até regiões semidesérticas

Espécies introduzidas no Brasil

Brachiaria brizantha (Hochst) Stapf

Brachiaria decumbens - sementes da Austrália

Brachiaria decumbens - introdução IPEAN

Brachiaria dictyoneura (Fig & De Mot) Stapf

Brachiaria humidicola (Rendel) Schuwnickerdt

Brachiaria radicans Napper

Brachiaria ruziziensis Germain & Evrard

Brachiaria vittata Stapf

Espécies introduzidas no Brasil

Brachiaria extensa Chase

Brachiaria purpurascens (Henr. Blumea)

Brachiaria plantaginea (Link) Hitch

Espécies introduzidas no Brasil, provavelmente há dezenas de anos,

sendo consideradas como nativas

Espécies nativas

Brachiaria adspersa (Trin) Parodi

Brachiaria fasciculata (Se) Parodi

Brachiaria mollis (Sw) Parodi

Brachiaria reptans (L) Gardner & Hubbard

Brachiaria venezuelae (Hack) Heur

Plantas de regiões tropicais, principalmente africanas, abrangendo cerca

de 80 espécies.

Do ponto de vista forrageiro, destaca-se:

Brachiaria decumbens, brizantha e ruziziensis- Região do Brasil Central;

Brachiaria humidicola - Amazônia;

Brachiaria purpurascens - solos úmidos nas regiões litorâneas.

Gramíneas do gênero Brachiaria

Características diferenciais

Classificação –

Família:

Gramineae

Tribo:

Paniceae

Gênero :

Brachiaria

• Colmo herbáceo, florescendo todos os anos

• Flor hermafrodita ou masculina com 1 a 3 estames

• Espiga unilateral ou panícula

• Espigueta comprimida dorsiventralmente, biflora, com a antécio terminal

frutífero, o basal neutro ou masculino

• As glumas caem com o antécio frutífero

25/04/2013

2

Características diferenciais

• A inflorescência mede 11 a 24 cm, tem 3-7 espigas com espiguetas

solitárias dispostas em duas fileiras

• Ráquis com 1,5 a 3 mm de largura com pêlos

• Espigueta obtusa de 4-4,6 mm, glabras

Espigueta

Espigueta com gluma e antécio típicos do gênero Brachiaria.

1. Baixo nível de nutrientes

2. Baixa digestibilidade

3. Baixo nível de ingestão

4. Conseqüentemente, baixo valor nutritivo

5. Susceptibilidade à cigarrinha

6. Intoxicação:

fotossensibilização; cara inchada; intoxicação nitrito e nitrato

Problemas comuns das Brachiarias

Brachiaria purpurascens (Forsk) Stapf (anterior: Brachiaria mutica)

• inicialmente classificada como Panicum e introduzida no Brasil em 1820

• nomes comuns:

"Para grass"

"Mauritius grass"

"Angola grass“

capim-angola

capim-bengo

capim-fino,

capim-do-pará

Brachiaria purpurascens

• éspécie perene com colmos floríferos de 2 a 6 m, prostrados

• muitos nós que enraízam formando densa cobertura e nós com pelos

brancos

• folhas glabras ou levemente pilosas, lineares e lanceoladas (100 a 300 mm

de comprimento e 8 a 20 mm de largura)

Brachiaria purpurascens

• Inflorescências em forma de panícula com 10 a 20 rácemos ramificados

(250 a 150 mm de comprimento)

• Espiguetas de 3 a 4 mm de comprimento, glabras, em duas fileiras

Brachiaria purpurascens

25/04/2013

3

• altas produções e boa qualidade de forragem, sendo largamente distribuída

• pode suportar alagamento por longo tempo, mas não pode ser cultivada

com sucesso em solos secos e áreas semi-áridas.

• adequada para cultivo nos trópicos úmidos, sub-trópicos e áreas úmidas ou

solo irrigado.

• pode ser semeada de imediato (não ocorre dormência de sementes após a

colheita) , porém sementes de baixa viabilidade.

• devido à propagação vegetativa utiliza-se pedaços de colmos prostrados,

que são plantados espaçados de um metro.

• as invasoras são eliminadas posteriormente devido ao vigor competitivo

desta espécie.

Brachiaria purpurascens CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:

Forma de crescimento

Altura

Pilosidade

Inflorescência

Especificidades

Brachiaria dictyoneura (Fig & De Mot) Stapf

• espécie perene

• hábito de crescimento semi-ereto

• cor avermelhada, com 1 a 2 m de altura

• estolões finos, fortes, radicantes nos nós

e de coloração púrpura

• rizomas subterrâneos de dois tipos:

um em forma de nódulos pequenos e compactos

outro longo e fino, semelhante a estolões

Brachiaria dictyoneura

• folhas dos estolões curtas e lanceoladas (40 a 60 mm de comprimento e 8

mm de largura)

• folhas dos ramos floríferos são mais estreitas e mais longas (80 a 150 mm)

do que as dos estolões (8 a 10 mm)

• folhas dos ramos vegetativos são lineares (300 a 400 mm de comprimento e

8 mm de largura),

glabras de cor verde pálida,

denticuladas nas margens.

Brachiaria dictyoneura

• inflorescências com rácemos de 2 mm de comprimento e ráquis de 1 mm de

largura

• espiguetas de 7 mm de comprimento

• primeira gluma do comprimento da espigueta e apresenta nervuras

longitudinais, numerosas e paralelas

Brachiaria dictyoneura

• vegeta bem em altitudes que variam desde o nível do mar até 1.800 m,

principalmente em regiões onde a precipitação oscila entre 1.500 e 3.500

mm/ano

• desenvolve-se bem em diferentes tipos de solos apresentando boa

adaptação aos solos franco-arenosos até os argilosos, desde que bem

drenados

• possui boa adaptação e produção de forragem em solos ácidos e de baixa

fertilidade natural

• excelente comportamento em solos arenosos

• responde satisfatoriamente à aplicação de doses moderadas de calcário

dolomítico (1,5 a 2,0 t/ha) e de fósforo (40 a 80 kg de P2O5).

Brachiaria dictyoneura

25/04/2013

4

• sistema radicular profundo que permite a obtenção de água durante os

períodos de seca

• boa tolerância ao ataque das cigarrinhas-das-pastagens

• requer solos bem drenados e não tolera o encharcamento prolongado

• apresenta boa aceitabilidade pelos animais

• as sementes apresentam dormência, inclusive depois de 8 meses de

colhidas

• forma consorciações equilibradas com leguminosas forrageiras como P.

phaseoloides, D. ovalifolium, A. pintoi, C. macrocarpum, C. acutifolium e S.

guainaensis

Brachiaria dictyoneura

• Estabelecimento realizado por semeadura no início do período chuvoso

• o plantio pode ser em sulcos espaçados de 0,5 a 1,0 m entre si, a lanço ou

em covas (0,5 x 0,5 m) quando se utiliza mudas

• a profundidade de semeadura deve ser de 2,0 a 3,0 cm, já que as sementes

são pequenas

• a densidade de semeadura varia de 2 a 3 kg/ha de sementes viáveis

escarificadas com 90 a 95% de pureza

• quando em consorciação com leguminosas,

o plantio pode ser feito a lanço ou em linhas

espaçadas de 1,0 a 1,5 m.

Brachiaria dictyoneura

Brachiaria humidicola (Rendel) Schuwnickerdt

• conhecida como "Creeping signal grass","Coronivia grass" ou Quicuio da

Amazônia

• espécie do leste e sudeste da África, onde ocorre em áreas relativamente

úmidas

• em 1972/73 devido a perdas sérias de Brachiaria decumbens por

cigarrinhas, foi sugerida a propagação de B. humidicola por apresentar-se

tolerante ao inseto na região Amazônica, havendo tendência para substituir

gradualmente a B. decumbens

• também vem ampliando a área plantada na região dos Cerrados

Brachiaria humidicola

• espécie perene com hastes floríferas

com mais de 500 mm e numerosos

estolões, formando cobertura densa

• atinge 1 m de altura e os estolões são

finos, de cor avermelhada, enraizando

nos nós.

• rizomas apresentam-se em dois tipos:

um em nódulos pequenos, compactos e

outro em nódulos longos e finos,

Brachiaria humidicola

• folhas dos estolões curtas e lanceoladas (com 50 a 60 mm de comprimento

e 8 a 10 mm de largura)

• folhas dos ramos floríferos mais estreitas e longas do que as dos estolões

(com 70 a 170 mm de comprimento e 6 a 8 mm de largura)

• folhas dos ramos vegetativos são lineares, com 300 mm de comprimento e

5 mm de largura, glabras, às vezes ligeiramente denticuladas na parte

apical da folha.

Brachiaria humidicola

• inflorescências apresentam de 2 a 5 rácemos (30 a 40 mm de comprimento)

• ráquis possui 1 mm de largura e as espiguetas de 5 mm de comprimento,

bisseriadas ao longo da ráquis

• primeira gluma apresenta

nervuras longitudinais

numerosas e paralelas

• lema estéril apresenta-se

piloso

• flósculo fértil de 4 mm de

comprimento

Brachiaria humidicola

25/04/2013

5

• embora ocorra abundante

florescimento no ano de

estabelecimento, a formação de

sementes é esparsa

• utiliza-se a propagação por secções

das hastes ou pedaços de touceira

com raízes

• o estabelecimento mais rápido e mais

eficiente tem sido obtido quando os

pedaços de plantas têm um ou mais

afilhos

• em pastagens já estabelecidas surgem

poucas inflorescências

Brachiaria humidicola

• a quantidade de sementes

por hectare na semeadura é

de 4 a 5 kg, quando a

porcentagem de germinação

do lote estiver entre 13 a 20%

• produção de forragem de boa qualidade

• de grande aceitação por cavalos, apesar de

apresentar níveis altos de oxalatos

• a utilização na recria de eqüinos, é viável, podendo, por meio do

fornecimento adequado de mistura mineral apropriada, contornar o

problema causado pelos oxalatos com riscos de osteodistrofias, conduzindo

a bom desempenho na recria de eqüinos

• hospedeiro de cigarrinhas-das-pastagens

• mesmo levando-se em conta suas características agronômicas desejáveis,

não se recomenda o plantio em grandes áreas dessa gramínea por

representar risco a outras espécies de gramíneas consideradas forrageiras

nobres, porém susceptíveis às cigarrinhas-das-pastagens, que ficariam

ameaçadas pelo provável aumento populacional da praga

Brachiaria humidicola cv. Llanero

• doença caracterizada por um inchaço bilateral dos ossos da face

• causada por deficiência de cálcio no sangue que estimula a glândula

paratireóide a produzir um hormônio (paratohormônio) que mobiliza o cálcio

dos ossos para o sangue

• o cálcio retirado dos ossos é substituído por um tecido cicatricial fibroso,

que provoca aumento de volume dos ossos da face

Problema da Osteodistrofia Fibrosa "Cara Inchada"

• ocorre quando a qualidade da forrageira é baixa:

baixo conteúdo protéico

baixo conteúdo de minerais

elevados teores de fibra

altas concentrações de oxalatos

baixos teores de cálcio

• outros fatores que contribuem são:

- deficiência de cálcio na alimentação

- excesso de fósforo na alimentação (desequilíbrio na relação Ca:P, que

ocorre, normalmente, quando há consumo excessivo de grãos de milho ou

farelo de trigo ou de certas gramíneas, como napier)

- deficiência de vitamina D (necessária para que o cálcio seja absorvido pelo

organismo; é uma causa rara porque ocorre apenas em animais que não

tomam sol).

Problema da Osteodistrofia Fibrosa "Cara Inchada"

Problema da Osteodistrofia Fibrosa "Cara Inchada"

Ossos da face e membros de cavalos

com sintomas de cara inchada

Tratamento:

Aumentar a administração de cálcio, diminuir o fósforo e evitar pastagens

ricas em oxalato.

Em estágios mais avançados, administração maciça de cálcio, além de

medicamentos que auxiliem sua absorção.

Iniciar o tratamento nos estágios iniciais, pois, em casos graves, a cara

inchada pode levar o animal à morte por obstrução dos seios nasais.

Prevenção:

Em eqüinos mantidos exclusivamente em pasto, deve-se fornecer misturas

minerais apropriadas e em quantidades adequadas.

Quando for necessária a suplementação com concentrados, deve-se

adicionar fontes de cálcio às rações (carbonato de cálcio, cloreto de cálcio,

fosfato tricálcico e farinha de ostra)

Problema da Osteodistrofia Fibrosa "Cara Inchada"

25/04/2013

6

• pastagens de Brachiaria humidicola não devem ser utilizadas para eqüinos

pois apresentam sérios problemas para a saúde e desempenho desse

animais por intoxicação por oxalato

• sintomas da intoxicação:

manqueira, indisposição, cansaço, emagrecimento, fratura, atraso na muda

dos dentes, crescimento irregular dos cascos, tumefação dos ossos da face,

emagrecimento, fraturas espontâneas, distúrbios locomotores e debilidade

progressiva, morte.

• dessa forma, a Brachiaria humidicola não é uma boa opção forrageira para

eqüinos, devendo ser preterida por outras mais indicadas como 'Coastcross-

1' (Cynodon sp.), pasto Ramirez (Paspalum guenoarum), capim Rhodes

(Chloris gayana), Pasto Negro (Paspalum plicatulum), Pensacola (Paspalum

notatum).

Problemas com Oxalato

Conteúdo de cálcio, fósforo, relação cálcio/fósforo, oxalato total e relação

cálcio/oxalato na matéria seca das folhas de algumas gramíneas forrageiras

consideradas potencialmente tóxicas para eqüinos.

Problemas com Oxalato

Forrageiras Nome comum

% Ca

% P Ca/P Oxalato Ca/Oxalato

Setaria anceps cv. Kazungula

Setária 0,27 0,25 1,08 2,80 0,10

Brachiaria humidicola Humidícola 0,41 0,18 2,27 2,85 0,23 Panicum maximum cv.

Colonião Colonião 0,30 0,14 2,14 2,21 0,13

Brachiaria spp. Tangola 0,34 0,13 2,61 1,55 0,22 Digitaria decumbens cv.

Transvala Transvala 0,53 0,12 4,42 2,30 0,23

Brachiaria dictyoneura cv. Llanero

Llanero 0,21 0,17 1,23 1,62 0,13

Pennisetum clandestinum Quicuio 0,36 0,36 1,00 1,30 0,28

• esta espécie está mais relacionada com B. decumbens, da qual difere por

ter porte um pouco maior e apresentar a gluma inferior distante do resto da

espigueta

• possui odor peculiar, semelhante ao capim gordura (Melinis minutiflora

Beauv.)

• é uma gramínea perene,

subereta,

de 1 a 1,5 m de altura,

apresenta a base decumbente

e radicante nos nós inferiores

Brachiaria ruziziensis

• possui rizomas fortes, em forma de tubérculos

arredondados e com até 15 mm de diâmetro

• As folhas são lineares e lanceoladas,

com 100 a 200 mm de comprimento e

15 mm de largura,

pubescentes,

verde amareladas

Brachiaria ruziziensis

• Inflorescência formada por 3 a 6 rácemos de 4 a 10 mm de comprimento

• ráquis largamente alada, com 4 mm de largura, de cor arroxeada

• espiguetas possuem 5 mm de comprimento, pilosas na parte apical,

bisseriadas ao longo da ráquis

• gluma inferior tem 3 mm de comprimento e surge 0,5 a 1 mm abaixo do

resto da espigueta

• flósculo fértil apresenta 4 mm de comprimento.

Brachiaria ruziziensis

• propagada tanto por semente como vegetativamente, por partes da planta

que apresentam raízes

• florescimento muitas vezes abundante, mas as produções de sementes

viáveis é relativamente baixa, atingindo 100 kg/há

• germinação pode ser significativamente aumentada quando as sementes

são tratadas com ácido sulfúrico concentrado por 15 a 20 minutos

(germinação de até 50% dasm sementes recém-colhidas).

• na propagação vegetativa,

o terço superior dos colmos

enraizados apresentam maior

percentagem de propagação

Brachiaria ruziziensis

25/04/2013

7

Brachiaria radicans ou arrecta (Napper) ou Tanner Grass

• espécie perene

• colmos de 1,20 m ou mais de comprimento

• subereta

• fortemente radicante nos nós inferiores

Brachiaria arrecta

• folhas lanceoladas, de base cordiforme,

de 70 a 150 mm de comprimento e 12 a 25

mm de largura, brilhante de aspecto

suculento e cor verde escura

• nós de cor verde amarelada, salientes,

sem pelos e quando em contato com o solo

emitem raízes.

• inflorescência formada por 6 a 12 racemos, sendo os basais de 40 a 80 mm

de largura

• Espiguetas sub-sésseis, ovadas com 4 mm de comprimento, glabras e

bisseriadas ao longo da ráquis

• Sementes inférteis, e a ráquis é destituída de pelos.

Brachiaria arrecta

• A intoxicação sempre foi atribuída ao nitrato, mas o nível tóxico de nitrato aos

animais está associado ao tipo de forragens e concentrações altas de nitrato em

forragens são necessárias para provocar intoxicação.

• O princípio tóxico ainda não é bem definido, mas altos níveis de nitrato foram

encontrados na planta e no soro de animais infectados.

• Foi levantada à hipótese de que há presença de S-metilcisteína sulfóxido, um

composto não tóxico que em contato com os microrganismos do rumem se

transforma em Dimetilsulfeto, que causa hemólise.

• a toxicidade varia de acordo com fatores:

taxa e quantidade de ingestão da forragem;

tipo de forragem;

nível de energia da dieta;

condição geral de saúde do animal e gestação.

• Wright & Davidson (1964) citaram que níveis de 3.400 a 4.500 ppm de nitrato são

potencialmente tóxicos para bovinos

• o possível tratamento é a remoção do animal da área contaminada, com

fornecimento de suplemento energético para estimular microrganismos do rúmen a

usarem o nitrato e injeção intravenosa de solução de azul de metileno.

Problemas com intoxicação por nitrato

Em condições normais:

Em condições de excesso de nitrato:

Problemas com intoxicação por nitrato

Nitrato em forragens

Nitrito no rúmen

Amônia no rúmen

Proteína

microbiana

no rúmen

Absorção de nitrito no sangue

Methemoglobina

Insuficiência de oxigênio

Morte do animal

Excesso de nitrato em forragens

Acúmulo de nitrito no rúmen

•A intoxicação se caracteriza por uma coloração marrom-

avermelhada da urina, andar desequilibrado, mucosas pálidas e

micções freqüentes.

•Há anemia hemolítica e metemoglobinemia, elevado teor de

nitrito no soro sanguíneo e hemoglobinúria.

•Na macroscopia nota-se tumefação dos rins e incoagulabilidade

sanguínea.

•Microscopicamente nota-se necrose hepática e nefrose difusa

acompanhada de gotículas hialinas.

Brachiaria decumbens (Stapf )

• forma relvado com folhas

junto ao solo e é bastante

procurada pelo gado

• pode suportar uma pressão de

pastejo considerável, pois em

Uganda, cargas animais

pesadas converteram

pastagens nativas em

pastagens dominadas por B.

decumbens

• dessa forma, constitui um

capim ideal para o

abafamento de invasoras.

Brachiaria decumbens

25/04/2013

8

• espécie adaptada a áreas tropicais úmidas de verão chuvoso, com estação

seca não superior a quatro ou cinco meses

• cresce em muitos tipos de solo, porém requer boa drenagem e condições

de média fertilidade para dar os melhores resultados

• requer precipitação acima de 1000 mm, tolerando secas

• no Mato Grosso, a espécie tem tido considerável difusão, tendo-se

destacado pelo bom comportamento em solos de cerrado, apresentando

boas produções de massa verde e tolerância a escassez de chuvas.

• a primeira introdução de B. decumbens no Brasil, ocorreu no IPEAN

(Instituto de Pesquisas e Experimentação Agropecuária Norte), em 1952.

Brachiaria decumbens

• planta perene, de 30 a 60 cm de altura

• prostrada, geniculada, radicante

• emiti raízes adventícias e brotos novos nos nós inferiores

• rizomas apresentam-se na forma de nódulos pequenos

• Folhas lanceoladas ou linear-lanceoladas, com 10 a 15 cm de comprimento

e 15 mm de largura, macias e densamente pilosas.

Brachiaria decumbens cv. IPEAN

• Inflorescência formada por 1 a 5 rácemos de 20 a 100 mm de comprimento

• ráquis apresenta 1,5 mm de largura

• espiguetas apresentam-se ligeiramente pilosas no ápice, com 5 mm de

comprimento, mostrando-se bisseriadas ao longo da ráquis.

Brachiaria decumbens cv. IPEAN

• espécie perene, de 0,6 a 1 m de altura

• subereta, geniculada em alguns dos nós inferiores e pouco radicante

• rizomas apresentam-se em forma de nódulos pequenos

• folhas linear-lanceoladas, de 150 a 250 mm de comprimento e 20 mm de

largura, rígidas e esparsamente pilosas

• inflorescência formada por 1 a 5 rácemos, de 20 a 100 mm de comprimento

• ráquis de 1,5 mm de largura

• espiguetas são ligeiramente pilosas no ápice com 5 mm de comprimento e

bisseriadas ao longo da ráquis

• pode florescer profusamente, mas poucas sementes serão formadas e

apresentarão pouca germinação, que é atribuída principalmente à

impermeabilidade das peças florais que envolvem firmemente a cariopse.

Brachiaria decumbens cv. Basilisk

• pode ser empregada a propagação vegetativa,

usando-se pedaços de colmos que enraízam

facilmente durante a estação chuvosa

• recomenda-se de 4 a 6 kg de sementes

por hectare ou 2.000 kg de mudas

• para um lote de sementes que apresente 20% de seu peso com sementes

cheias (mais de 60 sementes/g) deve-se empregar 4 kg de semente/ha

• nestas condições obtém-se uma população de 240.000 plantas/ha ou 24

plantas/m2, que deverá ocupar os espaços vazios ainda no primeiro ano de

formação

• deve ser levado em consideração que tem sido encontrada uma variação

bastante acentuada na qualidade de sementes comerciais

• tem sido constatadas apenas 3% de sementes cheias (viáveis)

Brachiaria decumbens cv. Basilisk

• com relação ao tipo de solo, tanto a

B. decumbens quanto a B.

ruziziensis não toleram solos

alagadiços, preferindo terrenos com

solos bem drenados e com boa

fertilidade

• adapta-se a uma grande variedade

de solos, desde que sejam

drenados, tolerando seca e solos de

média fertilidade

• a produção de forragem varia com a

fertilidade do solo e umidade

disponível

Brachiaria decumbens cv. Basilisk

25/04/2013

9

• os experimentos realizados no IPEAN indicaram que ambas as brachiarias

(IPEAN e Basilisk) não produzem quantidades satisfatórias de forragem em

solos com teores baixos de fósforo (P) e potássio (K)

• em relação ao manejo e à persistência da

forrageira, as informações disponíveis mostram

que a B. decumbens é mais persistente sob cargas

animais mais pesadas e a níveis mais baixos

de fósforo, que muitas gramíneas tropicais

• nos experimentos conduzidos em Campo Grande

no CNPGado de Corte, durante a estação seca

(junho a setembro) pode-se verificar que a carga

animal mais elevada de 2,5 novilhas/ha foi

perfeitamente suportada pela pastagem sem que

se observasse danos as plantas.

Brachiaria decumbens cv. Basilisk

• esporos do fungo Pithomyces chartarum, na

presença de umidade, se desenvolvem e tornam-se

potenciais agentes de problemas hepáticos em bovinos

e ovinos

• o fungo é responsável pela produção da micotoxina esporidesmina, que

ingerida provoca lesões nos ductos biliares, prejudicando o fluxo da bile

• paralela à doença hepática, a micotoxina esporidesmina também é a causa

de uma dermatite, que provoca lesões cutâneas semelhantes a

queimaduras, especialmente nas orelhas, flanco, base da cauda e glúteos.

• Atualmente relaciona-se os episódios com saponinas esteriodais

litogênicas de B. Decumbens . Sais insolúveis sob forma de cristais de

glicuronídeos de epismilagenina e episarsasapogenina

nas células hepáticas e ductos biliares

Problemas com Fotossensibilização

• com a impossibilidade de ser eliminado junto com a bile, o pigmento

filoeritrina, resultante do metabolismo normal da clorofila presente

no capim, se acumula na corrente sangüínea, principalmente na

circulação cutânea.

• por ser fotossensível, ao receber luz solar, esse pigmento reage

fotoquimicamente e libera substâncias nocivas à derme.

Problemas com Fotossensibilização Problemas com Fotossensibilização

• no Brasil, os primeiros casos da doença surgiram em 1975,

coincidentemente a partir do início do pastejo em Brachiaria decumbens,

cultivada com sementes de origem australiana

• suspeita-se, portanto, que as sementes importadas estivessem

contaminadas com esporos do fungo Pithomyces chartarum

• são as regiões de cerrado os locais onde mais se observam casos de

fotossensibilização

• nelas, em razão dos solos arenosos e

de baixa fertilidade, nos quais outros

tipos de pastagens são difíceis de

serem cultivados, a Brachiaria decumbens

se desenvolveu e foi bem aceita pelos

pecuaristas.

Problemas com Fotossensibilização

• o controle da doença se dá através de práticas de manejo dos animais nas

pastagens, visando a manutenção do porte baixo das forrageiras (abaixo de

40 cm de altura), impedindo assim o florescimento e o sombreamento,

fatores responsáveis pelo acúmulo de material vegetativo senescente, na

parte basal das plantas, substrato ideal para intensa esporulação do fungo

• Tratamento:

Proteger o animal da incidência direta de raios solares, mantendo-o em

áreas bem sombreadas;

Em seguida deve-se instituir o tratamento tópico das lesões com soluções

ou pomadas anti-sépticas;

O uso de protetores hepáticos, porém sua eficácia é duvidosa;

Problemas com Fotossensibilização

25/04/2013

10

Ciclo da Doença

Problemas com Fotossensibilização

Brachiaria brizantha (Hochst.) Stapf

• hábito de crescimento cespitoso, de 1 a 1,5 m de altura

• espécie perene

• colmos eretos ou suberetos, pouco radicantes nos nós inferiores

• bainhas pilosas

• nós glabros e salientes.

• folhas glabras ou pilosas, linear-lanceoladas (com 50 até 400 mm de

comprimento e com largura de 6 a 15 mm)

• pilosas na face ventral e glabras na fase dorsal

• rizomas curtos, de 30 a 50 mm de comprimento, cobertos de escamas

amareladas e brilhantes

Brachiaria brizantha

• Inflorescências formadas por 2 a 12 rácemos (50 a 150 mm de comprimento)

• ráquis apresenta cor roxa escura, com 1 mm de largura

• espiguetas apresentam de 4 a 6 mm de comprimento, glabras ou

ligeiramente pilosas na parte apical

• gluma inferior largamente ovalada e abarca a espigueta em metade de seu

comprimento

Brachiaria brizantha

Principais atributos

Brachiaria brizantha

alta resposta à aplicação de fertilizantes

alta capacidade de cobertura do solo

bom desempenho sob sombreamento

bom valor nutritivo

alta produção de raízes

alta produção de sementes

• propagada por sementes

• propagação vegetativa

considerada impraticável

• quantidade de sementes

a ser empregada dependerá

da qualidade de semente disponível

• qualidade da semente poderá ser verificada pesando-se 1 grama de

sementes e separando as que se apresentarem cheias de chochas ou

vazias

• quando a amostra apresentar em torno de 20% do peso em sementes

cheias (± 60 sementes) será empregado 4 kg de sementes por hectare.

Brachiaria brizantha

• do total da área ocupada por pastagens, estima-se que 60 milhões de

hectares sejam formados pela Brachiaria brizantha cultivar Marandu

• caracteriza-se como planta de porte semi-ereto, com 1,5 a 2,0 m de altura

• se adapta bem a solos de média e boa fertilidade

• tolera elevadas saturações de alumínio

• apresenta boa resposta a adubação

• não tolera solos encharcados e é suscetível a geadas

• adapta-se até 3.000 metros de altitude, precipitação anual ao redor de 700

mm e cerca de cinco meses de seca no inverno

• possui boa tolerância ao sombreamento, ao fogo e à seca

Brachiaria brizantha cv. Marandu

25/04/2013

11

• é considerada resistente a cigarrinha das pastagens e a formigas

cortadeiras

• é tolerante à acidez, sendo recomendada para solos de média a alta

fertilidade

• possui bom potencial de produção e boa qualidade nutricional quando

comparada a outras gramíneas tropicais

• produtividades superiores a 20 t já foram obtidas

• consorciações podem ser feitas com Arachis pintoi, estilosantes e puerária

• o estabelecimento é feito por sementes

• 1,6 a 2,5 kg de SPV/ha e a melhor profundidade de plantio está na faixa de

2 a 4 cm.

Brachiaria brizantha cv. Marandu Brachiaria brizantha cv. Marandu

• liberada pela Embrapa em 2003 após quinze anos de avaliações

• planta cespitosa, de 1,5 m de altura

• possui folhas lanceoladas e longas,

com poucos pêlos

de coloração verde-escura

• colmos finos e radicantes nos nós

• Inflorescências grandes, com espiguetas em uma só fileira

• é indicada para regiões de clima tropical úmido, com precipitação anual

acima de 800 mm

Brachiaria brizantha cv. Xaraés

• é medianamente exigente em fertilidade e em solos drenados é responsiva

à adubação

• lâminas foliares mais largas que as da cultivar Marandu e a coloração é

verde-escura

• estabelecimento rápido, com melhor rebrotação que a cultivar Marandu

• alta produtividade, especialmente de folhas, a rápida rebrota e o

florescimento tardio, prolongando o período de pastejo até o período seco

• apresenta bom valor nutritivo e alta capacidade de suporte, que resulta em

cerca de 20% maior produtividade animal por hectare quando comparada a

cultivar Marandu (VALLE et al. 2004)

• não apresenta resistência desejável às espécies de cigarrinhas Notozulia

entreriana e Deois flavopicta (VALLE et al. 2004)

Brachiaria brizantha cv. Xaraés

Brachiaria brizantha cv. Xaraés

• hábito de crescimento decumbente, formando touceiras de 1,6 m

• exige solos de média a baixa fertilidade e precipitação pluviométrica de 800

a 3000 mm

• possui boa tolerância à seca

• digestibilidade alta

• rapidez na rebrota, o que a torna mais indicada para pastejo direto e

silagem

• possibilidade de ser plantada em solos mal drenados - é ideal para regiões

de climas tropical e tropical úmido

• possui florescimento tardio e ciclo mais longo

o que mantém sua qualidade por mais tempo

Brachiaria brizantha cv. MG-5 Vitória

25/04/2013

12

• selecionada após 16 anos de avaliações pela Embrapa

• crescimento ereto e cespitoso

• porte médio e com altura entre 0,85 e 1,10 m

• colmos verdes e finos (4 mm de diâmetro)

• bainhas foliares têm poucos pêlos claros

• lâmina foliar é glabra medindo até 45 cm de comprimento e 1,8 cm de

largura

• lâmina áspera na face superior e têm bordas serrilhadas e cortantes

• apresenta ainda perfilhamento aéreo

Brachiaria brizantha cv. BRS Piatã

• inflorescência apresenta maior número de rácemos (até 12), quase

horizontais, com pêlos longos e claros nas bordas e espiguetas sem pêlos e

arroxeadas no ápice

• resistente às cigarrinhas típicas de pastagens, Notozulia entreriana e Deois

flavopicta

• em Campo Grande, MS e em regiões semelhantes, apresenta florescimento

precoce e concentrado nos meses de janeiro-fevereiro

• a produtividade de sementes puras em parcelas experimentais foi de,

aproximadamente, 150 kg/ha/ano em colheitas manuais

• pode ser cultivado no norte de Mato Grosso, Tocantins, Rondônia, Acre e

Sul do Pará, e em regiões com estação seca de até 5 meses dos Estados

das regiões Centro-Oeste e Sudeste, além das áreas de Mata Atlântica e de

cerrado da Bahia

Brachiaria brizantha cv. BRS Piatã

• plantio convencional deve ser realizado em época de chuvas bem

distribuídas, como meados de novembro até fevereiro nos cerrados de Mato

Grosso do Sul

• taxa de semeadura de no mínimo 2,5 kg/ha de sementes puras viáveis

numa profundidade entre 2 e 5 cm

• indicado para solos de média fertilidade

• produz forragem de boa qualidade

e acumula de folhas

• possui colmos finos, o que resulta em um melhor aproveitamento pelo

animal

• possui alto valor nutritivo e alta taxa de crescimento e rebrota

Brachiaria brizantha cv. BRS Piatã

• proveniente do cruzamento nº 625 (Brachiaria ruziziensis clone 44-6 X

Brachiaria brizantha CIAT 6297), realizado em 1988 pelo programa de

pastos tropicais do centro Internacional de Agricultura Tropical (CIAT)

• gramínea perene, vigorosa, de hábito perfilhado e decumbente

• apresenta grande tolerância à cigarrinha-das-pastagens

• em estudo anatômico, observou-se a presença

de células e tecidos com paredes espessadas,

especialmente com lignina que podem representar

dificuldades na digestibilidade e degradabilidade

(SMILJANIC JUNIOR et al., 2007)

• altura da planta com a inflorescência,

varia de 90 a 100 cm

Brachiaria híbrido cv. Mulato

• folhas lineares, lanceoladas, de cor verde intenso, de 35 a 40 cm de

comprimento e 2,5 a 3,0 mm de largura

• caule cor verde intenso e cilíndrico, de 55 a 80 cm de diâmetro

• sistema radicular profundo, sendo resistente à seca

• possui boa recuperação ao desfolhamento pois apresenta mecanismo de

rebrote por gemas basais

• tem boa capacidade para emitir estolões, com rápida recuperação no

pastejo ou corte

• floração tardia e a inflorescência é tipo panícula de até 40 cm de

comprimento, com 4 a 7 rácemos, com dupla fileira de espiguetas ( 42

espiguetas)

Brachiaria híbrido cv. Mulato Brachiaria híbrido cv. Mulato

25/04/2013

13

• B. decumbens: Calopogônio, Pueraria “kudzu”, E.

guianensis, E. capitata, E. macrocefala, Centrosema,

Arachis.

• B. humidicola: Arachis pintoi, Siratro, Guatá.

• B. brizantha cv. marandu: Pueraria “kudzu”,

Centrosema, Guatá.

• B. brizantha cv. Xaraés: Arachis, Calopogônio,

Stylosanthes, Pueraria, Soja perene

• B. ruziziensis: Calopogônio,Siratro, Soja perene.

Consorciação de Brachiarias e Leguminosas

Stylosanthes guianensis

Soja perene

• B. brizantha é mais tolerante ao frio.

• B. decumbens e humidicola desaparecem no inverno (RS) e ressurgem com

vigor na primavera.

• B. brizantha é mais tolerante à seca que B. decumbens, humidícola e

ruziziensis. Cerca de 700 mm e 8 meses de seca.

• B. ruziziensis e decumbens são mais aceitas pelos animais que a B.

brizantha e humidicola (mais áspera e dura).

• B. brizantha e B. decumbens apresentam sementes com alta dormência na

época da colheita, que é quebrada por ocasião do armazenamento (3 a 4

meses e quanto mais frio e seco melhor).

• Altura de corte varia entre 5 e 20 cm do solo.

• De modo geral, apresentam médio valor nutritivo.

Comparações entre as espécies de Brachiaria

Produção de matéria seca (Kg/ha) de Brachiaria humidicola comparada com

outras gramíneas em sistema de cortes, durante três anos na área do

IPEAN (Belém).

Comparações entre as espécies de Brachiaria

Gramínea 1º ano 2º ano 3º ano 4º ano

B. humidicola 17.255 18.419 19.064 54.738

B. decumbens 24.455 11.700 15.836 52.081

B. ruziziensis 22.404 14.396 14.167 50.967

Panicum maximum 25.163 15.772 12.206 53.141

Composição química percentual média de B. decumbens em diversos

intervalos entre cortes.

Comparações entre as espécies de Brachiaria

Intervalo Matéria Fibra Proteína Extrato Extrativo não

entre mineral bruta bruta etéreo nitrogenado CaO P2O5

cortes % % % % % % %

30 dias 5,7 31,1 8,6 2,7 42,0 0,34 0,24

45 dias 5,5 32,4 8,4 2,7 41,0 0,30 0,23

60 dias 5,1 31,9 8,4 2,5 42,1 0,25 0,18

75 dias 4,9 31,3 8,0 2,5 43,2 0,26 0,19

90 dias 4,8 32,3 7,7 2,3 42,9 0,21 0,18

Digestibilidade "in vitro" para gramíneas do gênero Brachiaria, colhidas em

diferentes estádios de maturidade.

Comparações entre as espécies de Brachiaria

Semanas de crescimento

Brachiaria 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 14 16

brizantha 78,6 78,3 73,5 76,3 68,4 67,7 65,8 61,1 58,1 60,0 - 58,6 54,6 -

decumbens - 78,2 72,8 73,0 71,9 71,0 66,7 66,9 61,1 63,7 58,9 54,8 - 49,8

mutica - 75,6 78,9 76,4 71,2 - 59,5 61,1 53,8 48,5 - 47,3 - 38,7

ruzizienses 82,5 81,2 79,7 73,9 72,1 72,1 69,2 66,2 68,6 64,0 - 54,8 54,5 40,8

humidicola 76,8 74,1 68,5 73,5 72,0 72,8 68,6 66,5 63,1 59,1 - 55,9 51,4 51,6

Velocidade de estabelecimento por propagação de Brachiaria spp.

Comparações entre as espécies de Brachiaria

Velocidade de

Espécies estabelecimento (meses) Propagação

B. decumbens 4 Sementes

3 Mudas

B. ruzizienses 3 a 4 Sementes

B. humidicola 11 Mudas

3 Mudas

1 a 5 Mudas

6 a 8 Sementes

B. brizantha cv. Marandu 4 a 5 Sementes

25/04/2013

14

Tolerância das diferentes espécies ás condições climáticas e de manejo.

Comparações entre as espécies de Brachiaria

Espécie Tolerância

Nome Nome Exigência Solos mal Acidez

científico comum Propagação Nutricional Seca Geada drenados do solo

decumbens Decumbens Sementes Boa Regular Fraca Fraca Boa

brizantha Braquiarão Sementes Média Regular Fraca Fraca Boa

humidicola Quicuio Sementes Boa Fraca Regular Boa Moderada/Baixa

ruzizienses Ruzizienses Sementes Média Fraca Fraca Fraca Regular

mutica Angola Vegetativa Média Fraca Fraca Moderada/Baixa Regular

arrecta Tanner Grass

Vegetativa Média Regular Regular Moderada/Baixa -

dictyoneura Dictioneura Sementes Boa Fraca Fraca Regular Moderada/Baixa

Comparações entre as espécies de Brachiaria

Espécie de Brachiaria

Fatores decumbens brizantha humidicola ruzizienses mutica arrecta

Seca Regular Boa Fraca Fraca Fraca Fraca

Geada Fraca Boa Regular Fraca Fraca Fraca

Sombra Boa Regular Regular Boa Fraca Fraca

Fogo Boa Regular Regular Fraca Fraca Regular

Fertilidade do solo

Baixa Boa Baixa Boa Baixa Boa

Cigarrinha Susceptível Resistente Tolerante Susceptível Moderada Moderada

Propagação Sementes Sementes Sementes Sementes Sementes/mudas Mudas