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Aula 8 Métodos de Avaliação da Vulnerabilidade dos Aqüíferos à Contaminação

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Aulas de águas subterrâneas, material baseado em vários autores.

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Aula 8 – Métodos de Avaliação da Vulnerabilidade dos Aqüíferos à Contaminação

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Princípios Básicos do Conceito de VulnerabilidadeOs mecanismos de recarga da água subterrânea e a

capacidade natural de atenuação do contaminante nosolo e no subsolo variam amplamente segundo ascondições geológicas próximas à superfície.

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Princípios Básicos do Conceito de VulnerabilidadeA vulnerabilidade do aqüífero à contaminação como o

conjunto de características intrínsecas dos estratos queseparam o aqüífero saturado da superfície do solo, oque determina sua suscetibilidade a sofrer os efeitosadversos de uma carga contaminante aplicada nasuperfície. Seria então uma função da:

● acessibilidade ao aqüífero saturado, no sentidohidráulico, à penetração dos contaminantes

● capacidade de atenuação dos estratos de cobertura dazona saturada, resultante da retenção fisioquímica ouda reação dos contaminantes com o meio.

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Princípios Básicos do Conceito de VulnerabilidadeDo mesmo modo, o perigo de contaminação da água

subterrânea seria então definido como a probabilidadede que a água subterrânea na parte superior de umaqüífero atinja níveis inaceitáveis de contaminação emdecorrência das atividades que se realizam nacobertura imediata da superfície do solo.

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Definição prática das classes de vulnerabilidade do aqüífero

CLASSE DE VULNERABILIDADE

DEFINIÇÃO CORRESPONDENTE

Extremavulnerável à maioria dos contaminantes com impactorápido em muitos cenários de contaminação

Altavulnerável a muitos contaminantes (exceto os que sãofortemente adsorvidos ou rapidamente transformados)em muitas condições de contaminação

Moderadavulnerável a alguns contaminantes, mas somentequando continuamente lançados ou lixiviados

Baixavulnerável somente a contaminantes conservadores, alongo prazo, quando contínua e amplamente lançadosou lixiviados

Insignificantepresença de camadas confinantes sem fluxo verticalsignificativo de água subterrânea (percolação)

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Métodos para quantificação da vulnerabilidade de

aqüíferos

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Método DRASTICO método DRASTIC fundamenta-se num conjunto de

procedimentos que permitem integrar váriosparâmetros caracterizadores do meio subterrâneo e dasua especificidade. É um método bastante difundidopara avaliação qualitativa da vulnerabilidade e para omapeamento da mesma.

O índice DRASTIC corresponde ao somatório ponderadode sete valores correspondentes aos seguintesparâmetros ou indicadores hidrogeológicos:

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Método DRASTIC (D) – profundidade do nível da água subterrânea

(depth);

(R) – recarga do aqüífero (recharge);

(A)– litologia do aqüífero (aquifer media);

(S) – tipo de solo (soil media);

(T) – topografia (topography);

(I) –litologia da zona do vadosa (impact of vadosezone);

(C) – condutividade hidráulica (hydraulicconductivity).

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Método AVIO método do índice AVI – Índice de Vulnerabilidade do

Aqüífero. Baseia-se em dois parâmetros físicos:

di – Espessura de cada camada sedimentar acima dazona saturada mais próxima da superfície (m);

ki - Condutividade hidráulica estimada de cada umadessas camadas (m/s).

Baseado nestes parâmetros, calcula-se a resistênciahidráulica, de acordo com a equação

C = ∑ (di / Ki)

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Método SINTACSO método SINTACS, baseou-se no método DRASTIC.

Este método apresenta uma estrutura mais complexa,para a entrada quanto para a saída de dados. Suaoperação é realizada por um programa computacionaldesenvolvido para este fim.

Assim como no método DRASTIC, a necessidade demuitos parâmetros dificulta a aplicação do métodoSINTACS, salvo em casos onde há recursos financeirospara instalar todo o aparato para medida dessasvariáveis.

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Método SINTACS S – (soggiacenza) – Profundidade do topo do aqüífero

I – (infiltrazione) – Recarga

N – (non saturo) – Impacto da zona vadosa (nãosaturada)

T – ( tipologia della copertura ) – Tipo de cobertura

A – (acquifero) – Litologia do aqüífero

C – (Conducibilita) – Condutividade hidráulica

S – (superfície topográfica) - Declive

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Índice SIO Índice de Susceptibilidade (SI) foi desenvolvido com

o propósito de caracterizar a vulnerabilidade das águassubterrâneas à poluição agrícola.

O SI é calculado a partir da soma ponderada de cincoparâmetros:

D – Profundidade ao topo do aqüífero

R – Recarga anual;

A – litologia do aqüífero;

T – Topografia

LU – ocupação do solo.

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Índice EkvDesenvolveu-se uma classificação para aqüíferos livres,

baseada na profundidade da superfície freática (E) e nacondutividade vertical da zona não – saturada (Kv).Para ambos parâmetros, os índices variam de 1 (menosvulnerável) a 5 (mais vulnerável). Para o índice “E”existe uma tabela.

O resultado (E + Kv) é então classificado na tabela declasses de vulnerabilidade.

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Método GODO método GOD de avaliação da vulnerabilidade do

aqüífero à contaminação foi amplamente e, graças asua simplicidade conceitual e de aplicação, é o métodomais utilizado. Para determinar a vulnerabilidade doaqüífero à contaminação, são considerados dois fatoresbásicos:

● o nível de inacessibilidade hidráulica da zona saturadado aqüífero

● a capacidade de atenuação dos estratos de cobertura daporção saturada do aqüífero.

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Método GODO índice de vulnerabilidade GOD caracteriza a

vulnerabilidade do aqüífero à contaminação tendo emconta os seguintes parâmetros (geralmente disponíveis oufacilmente determinados):

● o confinamento hidráulico da água subterrânea no aqüíferoem questão;

● os estratos de cobertura (zona vadosa ou camadaconfinante), em termos da característica hidrogeológicas edo grau de consolidação que determinam sua capacidadede atenuação do contaminante;

● a profundidade até o lençol freático ou até o teto doaqüífero confinado.

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Parâmetros para Avaliação da Vulnerabilidade pela Metodologia GOD

Parâmetro Descrição Índice

G (Groundwater)

Forma que se apresenta a águasubterrânea (surgente, confinado,semiconfinado, ausência deaqüífero)

0,0 a 1,0

O(overal)

Caracterização global do aqüíferoquanto ao grau de consolidação enatureza litológica

0,4 a 1,0

D(depht)

Profundidade até o nível freático0,6 a 1,0

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Fatores hidrogeológicos que controlam a vulnerabilidade do aqüífero à contaminação

COMPONENTE DEVULNERABILIDADE

DADOS HIDROGEOLÓGICOS

idealmente necessários normalmente disponíveis

InacessibilidadeHidráulica

• grau de confinamento do aqüífero• profundidade até o lençol freáticoou a posição da água subterrânea• condutividade hidráulica verticale teor de umidade da zona nãosaturada (zona vadosa) ou camadaconfinante

• tipo de confinamento daágua subterrânea• profundidade até o lençolfreático ou o teto do aqüíferoconfinado

Capacidade deAtenuação

• distribuição granulométrica dossedimentos e fissuras na zonavadosa ou camada confinante• mineralogia dos estratos na zonavadosa ou camada confinante

• grau de consolidação/fissuração desses estratos• característica litológicadesses estratos

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Mapa final de avaliação da

vulnerabilidade de aqüíferos

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Principais métodos para a determinação da vulnerabilidade e perigo de contaminação de aqüíferos

MÉTODO AVALIAÇÃO DE FATORES ANALISADOS

Surface ImpoundmentAssessment

Sistemas de disposição deáguas servidas. Avaliação deperigo.

zona não-saturada;importância do recurso;qualidade de águassubterrâneas; periculosidadedo material.

Site Ranking System

Disposição de produtosquímicos, novos e emoperação. Avaliação de perigo.

solo;característica hidráulica,sorção e tamponamentoquímico; hidrodinâmica doaqüífero; ar; populaçãopróxima.

Poluição dos Lençóis Aqüíferos Vulnerabilidade geral. geologia (litologia e estrutura).

Waste-Soil Interaction Matrix

Disposição de resíduos sólidose líquidos e novas indústrias.Avaliação de perigo.

efeitos na saúde; característicado produto químico;comportamento do produto;capacidade de atenuação dosolo; hidrogeologiacaracterística do local.

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Comparação com Outros MétodosAvaliação da vulnerabilidade do aqüífero à

contaminação, podem ser classificados em três gruposprincipais, de acordo com a abordagem adotada:

● Ambientes hidrogeológicos: baseiam a avaliação davulnerabilidade, em termos qualitativos, nascaracterísticas gerais do ambiente, usando mapastemáticos.

● Modelos análogos: utilizam expressões matemáticaspara os parâmetros essenciais (como tempo de trânsitomédio na zona vadosa) como indicadores do índice devulnerabilidade.

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Comparação com Outros Métodos● Sistemas paramétricos: usam parâmetros

selecionados como indicadores de vulnerabilidade eaplicam seu espectro de valores e interações paraproduzir alguma forma de índice de vulnerabilidaderelativo ou absoluto (exemplos desse método incluemo DRASTIC além da metodologia GOD). Outrométodo digno de nota nessa categoria é o EPIK,desenvolvido especificamente para aqüíferos cársticos.

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Considerações acerca dos MétodosA seleção do método para avaliar a vulnerabilidade da

água subterrânea depende de vários fatores, dentreeles:

Conhecimento e difusão da metodologia: existempaíses e regiões nos quais alguns métodos são maisdifundidos. O método utilizado no EUA é o DRASTIC.Na América Latina, utiliza-se o DRASTIC, porém, deforma simultânea, é utilizado o método GOD. NaEspanha e Inglaterra, o método GOD também ébastante utilizado. No restante da Europa é comum ouso do método SINTACS

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Considerações acerca dos Métodos Disponibilidade de informações: cada método

exige uma quantidade específica de parâmetros. ODRASTIC e o SINTACS exigem sete parâmetros. OGOD, apenas três e o Ekv, somente dois. Neste sentido,a aplicação dos métodos depende da facilidade e dadisponibilidade desses parâmetros. À medida que sereduz a quantidade de parâmetro utilizados, diminui-se também a precisão da avaliação. Por outro lado, aavaliação com muitos parâmetros exigeinstrumentação adequada, uma atribuição criteriosados pesos e monitoramento mais freqüente, fatoresque inevitavelmente aumentam o custo dos estudos.

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Considerações acerca dos Métodos Validação dos resultados: A representatividade dos

estudos de vulnerabilidade pode abranger casos onde jáexiste deterioração da água subterrânea. Nestes casos avulnerabilidade intrínseca esta associada à carga poluidorapode se obter um mapa de risco. Portanto, para validar umresultado, são aplicadas diferentes metodologias emregiões afetadas a fim de verificar qual delas é a maisadequada com o objetivo de prevenir a poluição. A maiorou menor representatividade de um método é muito difícilde estabelecer devido, entre outras coisas, à baixavelocidade com que um poluente atinge o meiosubterrâneo.

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Limitações Necessárias para o Mapeamento da VulnerabilidadeAlgumas condições hidrogeológicas constituem

problema para o mapeamento e a avaliação davulnerabilidade do aqüífero à contaminação:

● a presença de corpos de água superficiais indefinidos(permanentes ou intermitentes), fundamentalmentedevido à incerteza na avaliação de sua condiçãohidráulica, na definição da qualidade da águasuperficial e na capacidade de atenuação do sedimentode fundo. Entretanto, é essencial indicar as seçõespotencialmente influentes desses corpos de água queatravessam os aqüíferos não confinados)

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Limitações Necessárias para o Mapeamento da Vulnerabilidade● a exploração excessiva do aqüífero, que pode variar a

profundidade do lençol freático e mesmo o grau deconfinamento do aqüífero. É certo, porém, que taisefeitos são pouco significativos no sistema deindexação proposto

● argilas excessivamente consolidadas (e, portanto,potencialmente fraturadas), gerando incertezas quantoà magnitude dos componentes de fluxo preferencial.

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Limitações Necessárias para o Mapeamento da VulnerabilidadeOs mapas de vulnerabilidade servem apenas para avaliar o perigo

de contaminação da água subterrânea associado às descargas desubstâncias que ocorrem na superfície do terreno em fase líquidadissolvida. Não devem ser usados, a rigor, para avaliar o perigode:

● contaminantes despejados abaixo do subsolo (como pode ocorrerem caso de vazamentos de grandes tanques de armazenagemsubterrâneos, de lixiviação de aterros de resíduos sólidos sob acamada de solo e com retirada da zona vadosa, de descargasefluentes em pedreiras e minerações etc.)

● derramamento de solventes orgânicos sintéticos imiscíveis(DNAPLs).

Os dois exemplos acima provavelmente resultarão em alto risco decontaminação, qualquer que seja a vulnerabilidade do aqüífero.

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Referências BibliográficasSOUZA, Nathália Assunção De. “Vulnerabilidade À

Poluição Das Águas Subterrâneas: Um Estudo DoAqüífero Bauru Na Zona Urbana De Araguari MG” ,2009 Dissertação Mestrado Universidade Federal DeUberlândia

“Proteção Da Qualidade Da Água Subterrânea: Um GuiaPara Empresas De Abastecimento De Água, ÓrgãosMunicipais E Agências Ambientais” 2002 BancoInternacional De Reconstrução E Desenvolvimento/BancoMundial Edição Brasileira: Servmar – Serviços TécnicosAmbientais

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AtividadeEXERCÍCIO - AVALIAÇÃO DA VULNERBAILIDADE DE AQUÍFEROS SEGUNDO A METODOLOGIA GOD

FACULDADE DE AMERICANA – ENGENHARIA AMBIENTAL - Exercício extraído de: AVALIAÇÃO DAVULNERABILIDADE NATURAL DO AQÜÍFERO EM BACIA DE PEQUENO PORTE DO RIO URAIM,PARAGOMINAS-PA. - Luciene MOTA DE LEÃO CHAVES; AZENETH EUFRAUSINO SCHULER E CÉSAR LISBOACHAVES

CONSIDERANDO OS DADOS ABAIXO DETERMINE O GRAU DE VULNERABILIDADEDOS AQUIFEROS APRESENTADOS E APRESENTE A IMPORTÂNCIA DE SEELABORAR MAPAS DE VULNERABILIDADE DE AQUÍFEROS.

O município de Paragominas, Estado do Pará, está localizado entre os meridianos 2º 25’ e 3º48’ de latitudes Sul e 46º 25’ e 48º 53’ de longitude Oeste a 320 Km de Belém, a capital doEstado. A área de pesquisa envolve uma microbacia de primeira ordem, denominadaIgarapé Cinqüenta e Quatro, tributário do rio Uraim, localizada no município deParagominas. A microbacia ocupa uma área de 132 km2 na região nordeste do Estado.Aqüífero Itapecuru – Dentro do contexto da Bacia do Parnaíba, esta unidade éclassificada como de baixo potencial hidrogeológico, entretanto representa o principalaqüífero para captação de água subterrânea no município. Aqüífero Barreiras – Seupotencial hidrogeológico é considerado como elevado, apresentando alta potencialidadepara captação de água subterrânea, tendo em vista a alimentação direta dos igarapés e agrande precipitação local. Aqüífero dos Sedimentos Quaternários – Apresentam grandeimportância hidrogeológica já que os sedimentos encontram-se nas pequenas calhas dedrenagem. Entretanto estes depósitos não foram ainda suficientemente estudadosquanto ao seu dimensionamento e captação como manancial de explotação de águasubterrânea. Para a realização do estudo foram utilizadas informações de 7 poçostubulares para o levantamento dos dados.

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AtividadePara os Sedimentos Quaternários, o parâmetro G corresponde a um

aqüífero não confinado. Ao parâmetro O, que se refere à litologia dazona não saturada, tratar-se de sedimentos inconsolidados,enquanto o parâmetro D, refere-se ao nível estático encontrar-se aprofundidade menor que 5m.

Para o Grupo Barreiras, o parâmetro G tratar-se de um aqüífero nãoconfinado coberto, já que possivelmente sobre este aqüífero ocorremos sedimentos quaternários, além da Formação Belterra nos toposplanos. O parâmetro O, a litologia da camada superior refere-se asedimentos não consolidados. A variação do nível estático nestacamada encontra-se entre 5 e 50 m de profundidade.

A Formação Itapecuru o parâmetro G trata-se de um aqüífero semi-confinado (G, grau de confinamento) a litologia predominam asareias aluviais na camada superior (O, grau de consolidação dacobertura). A profundidade do nível estático é superior a 50 m,parâmetro D.

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Atividade

CLASSES DE

VULNERABILIDAD

E

DEFINIÇÃO CORRESPONDENTE

ExtremaVulnerabilidade à maioria dos contaminantes com impacto rápido em

diversos cenários de contaminação.

Alta

Vulnerabilidade a muitos contaminantes (exceto aos que são fortemente

absorvidos e facilmente transportados) em diversos cenários de

contaminação.

ModeradaVulnerabilidade a alguns contaminantes quando são continuamente

descarregados ou lixiviados.

Baixa

Solo vulnerável a contaminantes conservativos quando são descarregados

ou lixiviados de forma ampla e contínua durante largos períodos de

tempo.

DesprezívelPresença de capas confinantes naquelas em que o fluxo vertical

(percolação) é insignificante.Fonte: Foster et al. 2002

Definição prática de classes de vulnerabilidade à contaminação de aqüíferos.

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Atividade

Unidade

Geológica

ParâmetrosÍndices de

Vulnerabilidade

Classe de

VulnerabilidadeG O D

Quaternários

Barreiras

Itapecuru

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