Aula 6 de Contablidade Geral

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Contabilidade Geral para o ICMS SP Teoria e exercícios comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa – Aula 06 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 1 Sumário CONTINUAÇÃO... ............................................................................................................................................. 2 1. TIPOS DE INVENTÁRIO .............................................................................................................................. 3 1.1 INVENTÁRIO PERIÓDICO ...................................................................................................................... 3 1.1.1 CONTA MISTA MERCADORIAS. ....................................................................................................... 3 1.1.2 - CONTA DE MERCADORIAS DESDOBRADA. .................................................................................. 4 1.2 - INVENTÁRIO PERMANENTE. ............................................................................................................... 5 2.1. PEPS ............................................................................................................................................................. 6 2.2. UEPS. ........................................................................................................................................................... 7 2.3. CUSTO MÉDIO. .......................................................................................................................................... 7 2.3.2. MÉDIA PONDERADA MÓVEL. ............................................................................................................ 9 2.4. CUSTO ESPECÍFICO. ................................................................................................................................. 9 2.5. MÉTODO DO VAREJO. ........................................................................................................................... 10 3. RESULTADO BRUTO COM MERCADORIAS ......................................................................................... 10 3.1 CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS......................................................................................... 11 3.1.1 AVALIAÇÃO DO ESTOQUE ............................................................................................................. 11 3.1.2. DEVOLUÇÕES. ..................................................................................................................................... 11 3.1.3. DESCONTOS COMERCIAIS OU INCONDICIONAIS ....................................................................... 12 3.1.4. ABATIMENTO. ...................................................................................................................................... 13 3.1.5. IMPOSTOS RECUPERÁVEIS. .............................................................................................................. 13 3.1.5.1. IMPOSTOS “POR DENTRO” E “POR FORA”. ................................................................................ 14 3.2. CÁLCULO DOS IMPOSTOS A RECUPERAR. ...................................................................................... 17 3.2.1. COMPRA DE MATÉRIA PRIMA: ........................................................................................................ 17 3.2.2. COMPRA DE ATIVO IMOBILIZADO. ................................................................................................ 18 3.2.3. COMPRA DE MERCADORIA POR EMPRESA COMERCIAL (AQUISIÇÃO DE INDÚSTRIA). .. 21 3.2.4. COMPRA DE MERCADORIA POR EMPRESA COMERCIAL (AQUISIÇÃO DE EMPRESA COMERCIAL): ................................................................................................................................................. 21 3.3. IMPOSTOS SOBRE VENDAS. ................................................................................................................ 22 QUESTÕES COMENTADAS .......................................................................................................................... 25 QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ................................................................................................ 51 GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ................................................................ 59 AULA 06: ESTOQUES – TIPOS DE INVENTÁRIOS, CRITÉRIOS E MÉTODOS DE AVALIAÇÃO. APURAÇÃO DO CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS; TRATAMENTO CONTÁBIL DOS TRIBUTOS INCIDENTES EM OPERAÇÕES DE COMPRAS E VENDAS.

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Sumário CONTINUAÇÃO... ............................................................................................................................................. 2 1. TIPOS DE INVENTÁRIO .............................................................................................................................. 3 1.1 –INVENTÁRIO PERIÓDICO ...................................................................................................................... 3 1.1.1 – CONTA MISTA MERCADORIAS. ....................................................................................................... 3 1.1.2 - CONTA DE MERCADORIAS DESDOBRADA. .................................................................................. 4 1.2 - INVENTÁRIO PERMANENTE. ............................................................................................................... 5 2.1. PEPS ............................................................................................................................................................. 6 2.2. UEPS. ........................................................................................................................................................... 7 2.3. CUSTO MÉDIO. .......................................................................................................................................... 7 2.3.2. MÉDIA PONDERADA MÓVEL. ............................................................................................................ 9 2.4. CUSTO ESPECÍFICO. ................................................................................................................................. 9 2.5. MÉTODO DO VAREJO. ........................................................................................................................... 10 3. RESULTADO BRUTO COM MERCADORIAS ......................................................................................... 10 3.1 – CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS ......................................................................................... 11 3.1.1 – AVALIAÇÃO DO ESTOQUE ............................................................................................................. 11 3.1.2. DEVOLUÇÕES. ..................................................................................................................................... 11 3.1.3. DESCONTOS COMERCIAIS OU INCONDICIONAIS ....................................................................... 12 3.1.4. ABATIMENTO. ...................................................................................................................................... 13 3.1.5. IMPOSTOS RECUPERÁVEIS. .............................................................................................................. 13 3.1.5.1. IMPOSTOS “POR DENTRO” E “POR FORA”. ................................................................................ 14 3.2. CÁLCULO DOS IMPOSTOS A RECUPERAR. ...................................................................................... 17 3.2.1. COMPRA DE MATÉRIA PRIMA: ........................................................................................................ 17 3.2.2. COMPRA DE ATIVO IMOBILIZADO. ................................................................................................ 18 3.2.3. COMPRA DE MERCADORIA POR EMPRESA COMERCIAL (AQUISIÇÃO DE INDÚSTRIA). .. 21 3.2.4. COMPRA DE MERCADORIA POR EMPRESA COMERCIAL (AQUISIÇÃO DE EMPRESA

COMERCIAL): ................................................................................................................................................. 21 3.3. IMPOSTOS SOBRE VENDAS. ................................................................................................................ 22 QUESTÕES COMENTADAS .......................................................................................................................... 25 QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ................................................................................................ 51 GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ................................................................ 59

AULA 06: ESTOQUES – TIPOS DE INVENTÁRIOS, CRITÉRIOS E MÉTODOS DE AVALIAÇÃO. APURAÇÃO DO CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS; TRATAMENTO CONTÁBIL DOS TRIBUTOS INCIDENTES EM OPERAÇÕES DE COMPRAS E VENDAS.

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CONTINUAÇÃO...

Olá, meus amigos. Como estão?!Prazer revê-los novamente em mais uma aula,

a última, do nosso curso de CONTABILIDADE GERAL para o ICMS SP.

Na aula de hoje, trataremos basicamente dos seguintes assuntos:

Estoques - tipos de inventários, critérios e métodos de avaliação. Apuração do custo das mercadorias vendidas; Tratamento contábil dos tributos incidentes

em operações de compras e vendas.

As dúvidas referentes ao curso podem ser enviadas através dos emails:

[email protected] [email protected]

Pedimos que enviem as dúvidas aos dois endereços, a fim de que ambos

possamos acompanhar as dúvidas, críticas, elogios, ou o que for,

adequadamente.

Esperamos que tenham gostado do curso e, desde logo, nos deixamos à disposição até a realização do certame.

Aproveitamos para dizer que, em breve, estaremos lançando os cursos de

CONTABILIDADE AVANÇADA E CONTABILIDADE DE CUSTOS para este certame.

Vamos à aula?! Então, aos estudos!

Um abraço.

Gabriel Rabelo/Luciano Rosa.

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1. Tipos de inventário

Controle de Estoque: O controle pode ser feito através do inventário

permanente ou do inventário periódico.

1.1 –Inventário periódico

Os estoques são avaliados na data do balanço, através do inventário físico. Para calcular o valor do Custo das Mercadorias Vendidas, usamos a fórmula:

Estoque inicial + compras – CMV = Estoque final

A qual pode ser reescrita assim:

CMV = Estoque inicial + Compras – Estoque final.

1.1.1 – Conta Mista Mercadorias.

No sistema de inventário periódico, usamos a Conta Mista Mercadorias. Nessa conta, lançamos o estoque inicial e as compras a débito; e lançamos as

vendas a crédito. No final do período, ao apurar o estoque final, podemos calcular o Resultado com Mercadorias.

A conta mista tem esse nome, pois possui características de conta patrimonial

(ao registrar o estoque inicial e final) e de conta de resultado (ao registrar as vendas).

Exemplo: A empresa KLS, que utiliza o sistema de inventário periódico, possuía

estoque inicial de 1.000, registrado na conta mista mercadoria. Durante o ano

de X1, comprou mercadorias no valor de 15.000 e efetuou vendas no valor de 25.000. O estoque final, apurado através de inventário físico, foi de 2.000.

Efetue a contabilização na conta mista mercadoria e apure o resultado com

mercadorias do período.

Resolução: A conta mista mercadoria apresenta saldo inicial (que é o saldo final do ano anterior) de 1.000. A partir daí, ocorrem as seguintes contabilizações:

Compra de mercadorias: 15.000

D – Conta Mista Mercadoria..................15.000

C – Fornecedores................................15.000

Venda de mercadorias: 25.000

D – Clientes.......................................25.000

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C – Conta Mista Mercadoria...................25.000

Saldo da conta mista de mercadorias, após esses lançamentos:

D – Estoque inicial...............1.000

D – Compras.....................15.000 C – Vendas........................25.000

Saldo: 9.000 a crédito.

Como o estoque final apurado foi de 2.000, devemos debitar a conta Mista

Mercadoria no valor de 11.000. A conta apresenta saldo credor de 9.000, com o débito de 11.000, passa a ter saldo devedor de 2.000, que equivale ao estoque

final. A contrapartida é o Resultado com Mercadorias.

D – Conta Mista Mercadoria............11.000

C – Resultado com Mercadorias.......11.000

Vamos conferir o valor do Resultado com Mercadorias.

Custo Mercadoria Vendida: Estoque inicial + compras – estoque final CMV = 1.000 + 15.000 – 2.000

CMV = 14.000

Vendas.............................................................25.000 (-) CMV...........................................................(14.000)

(=) Resultado com mercadorias (Lucro Bruto).........11.000

1.1.2 - Conta de Mercadorias desdobrada.

Nesse caso, usamos três contas para o controle e apuração do resultado, ao

invés de uma. São elas:

1) Mercadorias: registra o estoque inicial. Seu saldo não se altera durante o ano.

2) Compras: registra as compras efetuadas durante o ano

3) Vendas: Registra as vendas ocorridas durante o ano.

No final do ano, após o inventário, apuramos o resultado com mercadorias, de

forma semelhante ao cálculo da conta única, que já vimos acima.

Observação: Quando falamos em contabilizar as “compras” e as “vendas”, devemos também lançar todos os fatos que afetam o valor das compras e das

vendas, como devoluções, abatimentos, fretes, seguros, etc.

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E agora vamos nos divertir com uma questão, afinal ninguém é de ferro...

(ESAF/SUSEP/Agente Executivo/2006) A firma Agrária Agronegócios Ltda. utiliza a conta Mercadorias na modalidade conta mista, sendo debitada pelo valor das compras e creditada pelo valor das vendas. Se, no fim do período, a

conta mercadorias, que representa o item "geagá", inteiramente isento de tributação, apresentar saldo contábil credor, no valor de R$ 5.000,00, e o

inventário físico final for avaliado em R$ 2.000,00, pode-se dizer que as operações com esse item ocasionaram

A)prejuízo de R$ 2.000,00.

B)prejuízo de R$ 3.000,00. C)lucro de R$ 3.000,00.

D)lucro de R$ 5.000,00. E)lucro de R$ 7.000,00.

Resolução:

A conta Mista de Mercadorias apresentava saldo credor de 5.000, e o estoque final foi avaliado em 2.000. Assim, o saldo credor da Conta Mista de 5.000 deve

ficar devedor em 2.000, que é o valor do estoque. Portanto, vamos debitar a conta Mista em 7.000, e a contrapartida é a conta Resultado com Mercadorias.

D -Conta Mista Mercadorias..........7.000

C – Resultado com Mercadorias......7.000

O lançamento a crédito na conta Resultado com Mercadorias indica que houve lucro.

Gabarito E

1.2 - Inventário Permanente.

Ocorre quando a empresa controla o estoque de forma contínua, dando baixa em cada operação de venda. A contabilização é a seguinte:

Pela aquisição de mercadorias, a prazo, no valor de 1.000 (obs: vamos

desconsiderar os impostos para fins didáticos):

D – Estoque (Ativo)........................1.000 C – Fornecedores (Passivo)..............1.000

Vamos supor que metade dessa mercadoria foi vendida por 1.200.

Teremos duas contabilizações:

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Pela baixa do estoque e reconhecimento do custo:

D – CMV (Resultado).................500 C – Estoque (Ativo)...................500

Pelo reconhecimento da receita:

D – Duplicatas a Receber OU Clientes (ativo).......1.200

C – Receita de vendas (Resultado).....................1.200

Dessa forma, a empresa consegue controlar os estoques de forma permanente. Após tais operações, o estoque da empresa (supondo que iniciou com estoque

zero) apresenta os seguintes lançamentos:

D – Estoque (Ativo)........................1.000

C – Estoque (Ativo)...........................500

Saldo da conta Estoque: 500

2. Critérios e Métodos de Avaliação

PEPS, UEPS e Preço Médio: Dificilmente as mercadorias são compradas pelo mesmo preço. Surge, assim, a necessidade de atribuir preço ao estoque que

está sendo vendido.

Vamos supor que determinada empresa, tendo iniciado o ano com estoque zero, efetuou duas compras do produto X: a primeira de 10 unidades, com

custo unitário de $10, e a segunda de 20 unidades, com custo unitário de $12.

Em seguida, a empresa efetuou a venda de 15 unidades do produto X, por 20

reais a unidade. Vamos ver como fica o resultado e o estoque final, usando cada um dos métodos acima.

2.1. PEPS

Significa Primeiro que Entra é o Primeiro que Sai. Também conhecido pela

sigla em inglês FIFO (First in first out).

No nosso exemplo, ficaria assim:

1ª compra: 10 unidades a 10 reais = R$ 100 2ª compra: 20 unidades a 12 reais = R$ 240

Venda de 15 unidades x $ 20 = R$ 300 (receita de venda)

Usando o PEPS, valorizamos as unidades vendidas usando o custo das unidades

que entraram primeiro no estoque.

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Assim:

Custo das 15 unidades: 10 unidades a 10 reais = $ 100

5 unidades a 12 reais = $ 60

15 unidades que custaram, no total, 160 reais.

Resultado: Receita vendas.................300

(-) CMV..........................(160) Lucro Bruto......................140

Estoque final: 15 unidades a 12 reais = 180

2.2. UEPS.

Significa Último que Entra é o Primeiro que Sai. Também conhecido pela sigla em inglês LIFO (Last In First Out). Usando os mesmos dados do exemplo

acima, fica assim:

1ª compra: 10 unidades a 10 reais = R$ 100 2ª compra: 20 unidades a 12 reais = R$ 240

Venda de 15 unidades x $ 20 = R$ 300 (receita de venda)

Custo das 15 unidades vendidas: 15 unidades a 12 reais = R$ 180

Resultado:

Receita vendas.................300

(-) CMV..........................(180) Lucro Bruto......................120

Estoque final:

10 unidades a 10 reais = 100 5 unidades a 12 reais = 60

Estoque final: 15 unidades com custo total de 160.

2.3. Custo Médio.

Nesse método, usamos o custo médio do estoque, para calcular o custo das

vendas. Retomando o exemplo acima, temos:

1ª compra: 10 unidades a 10 reais = R$ 100

2ª compra: 20 unidades a 12 reais = R$ 240

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Custo médio: R$ 340 / 30 unidades = R$ 11,3333 por unidade.

Venda de 15 unidades x $ 20 = R$ 300 (receita de venda)

Custo das vendas:

15 unidades x $ 11,33 = 170 (obs: arredondando centavos)

Resultado: Receita vendas.................300

(-) CMV..........................(170) Lucro Bruto......................130

Estoque final:

Estoque final: 15 unidades x R$ 11,3333 = R$ 170

Para calcular o custo médio, podemos usar a média ponderada fixa ou a média

ponderada móvel.

No primeiro caso, calculamos a média de todas as entradas do mês e usamos esse valor para todas as saídas do mês.

Assim:

Dia Evento Quantidade Custo Médio Custo Total

1 Estoque inicial 100 10,00 1.000,00

4 Compras 150 12,00 1.800,00

6 compras 200 13,00 2.600,00

10 vendas -100 15 compras 200 15,00 3.000,00

20 vendas -250

Vamos calcular o custo das vendas dos dias 10 e 20, usando as duas médias ponderadas (fixa e móvel).

2.3.1 Média Ponderada Fixa.

A partir do estoque inicial e das entradas, calculamos o custo médio que será usado para todas as saídas do mês.

Dia Evento Quantidade Custo Médio Custo Total

1 Estoque inicial 100 10,00 1.000,00

4 Compras 150 12,00 1.800,00

6 compras 200 13,00 2.600,00

15 compras 200 15,00 3.000,00

Total

650 12,92 8.400,00

O Custo Médio Fixo é de $ 12,92. O custo das vendas será:

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Dia 10: venda de 100 unidades x $ 12,92 = $ 1.292,00 Dia 20: venda de 250 unidades x $ 12,92 = $ 3.230,00

Custo total do mês: $ 1.292,00 + $ 3.230,00 = $ 4.522,00

2.3.2. Média Ponderada Móvel.

Nesse caso, calculamos o custo médio vigente na data de cada venda. A venda

do dia 10 fica com o seguinte custo médio ponderado móvel:

Dia Evento Quantidade Custo Médio Custo Total

1 Estoque inicial 100 10,00 1.000,00

4 Compras 150 12,00 1.800,00

6 compras 200 13,00 2.600,00

Total

450 12,00 5.400,00

Assim, a venda do dia 10 terá custo médio de R$ 12,00. Do total de 450 unidades, sobram 350, após a venda.

Podemos agora calcular o custo médio móvel para a venda do dia 12:

Dia Evento Quantidade Custo Médio Custo Total

11 estoque inicial 350 12,00 4.200,00

15 compras 200 15,00 3.000,00

Total

550 13,09 7.200,00

A venda do dia 20 terá custo médio de R$ 13,09. Agora podemos calcular o total do custo das vendas do mês:

Dia 10: venda de 100 unidades x $ 12,00 = $ 1.200,00 Dia 20: venda de 250 unidades x $ 13,09 = $ 3.272,50

Custo total do mês: $ 1.200,00 + $ 3.272,50 = $ 4.472,50

2.4. Custo Específico.

Uma outra forma de atribuir custos às vendas é através do Custo Específico.

Podemos exemplificar da seguinte forma:

Suponha que uma agência de automóveis possua 10 unidades de um determinado modelo em estoque. Três foram comprados há 6 meses, por R$

20.000,00. Seis foram comprados na última semana, por R$ 22.000,00. O último é um carro usado, que foi aceito como parte de pagamento de um

veículo novo, pelo custo de R$ 12.000,00.

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A empresa realiza a venda de quatro veículos: um que foi comprado a 6 meses,

dois comprados na última semana e o veículo usado.

Nesse caso, a empresa pode atribuir o custo específico de cada item vendido.

2.5. Método do Varejo.

Usado em empresas que trabalham com muitos itens e apresentam uma grande rotatividade de estoque, como os supermercados.

Se a empresa costuma usar uma margem fixa sobre o custo para formar o

preço de venda, ela pode valorizar o seu estoque final a partir do preço de venda e calcular o custo usando a fórmula:

CMV = estoque inicial + compras – estoque final.

Por exemplo, suponha que determinado supermercado forme o seu preço de venda multiplicando o custo por 1,5. Para calcular o estoque final, basta pegar

o preço de venda dos itens em estoque e dividir por 1,5.

Esse procedimento está previsto no Pronunciamento CPC 16 – Estoques, confira:

22. O método de varejo é muitas vezes usado no setor de varejo para mensurar estoques de grande quantidade de itens que mudam rapidamente, itens que

têm margens semelhantes e para os quais não é praticável usar outros métodos de custeio. O custo do estoque deve ser determinado pela redução do seu preço

de venda na percentagem apropriada da margem bruta. A percentagem usada deve levar em consideração o estoque que tenha tido seu preço de venda

reduzido abaixo do preço de venda original. É usada muitas vezes uma

percentagem média para cada departamento de varejo.

3. Resultado Bruto com Mercadorias

O Resultado Bruto com Mercadorias, também chamado apenas de Resultado com Mercadorias, equivale ao Lucro Bruto na Demonstração do Resultado.

Receita Bruta (-) Deduções da Receita

---- Devoluções de Vendas ---- Cancelamento de Vendas

---- Descontos incondicionais concedidos ---- Abatimentos concedidos

---- Impostos sobre vendas (IPI, ICMS, PIS e COFINS) ---- Ajuste a Valor Presente de Clientes

(=) Receita Líquida

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(-) Custo das Mercadorias Vendidas

(=) Lucro Bruto OU Resultado com Mercadorias.

Já estudamos a DRE na aula 3. Nesta aula, vamos examinar mais detalhadamente a apuração do CMV.

3.1 – Custo das Mercadorias Vendidas

3.1.1 – Avaliação do estoque

Conforme o Pronunciamento Técnico CPC 16 – Estoques:

Custos do estoque 10. O valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de aquisição e de

transformação, bem como outros custos incorridos para trazer os estoques à sua condição e localização atuais.

Custos de aquisição 11. O custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os

impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis junto ao fisco), bem como os custos de transporte, seguro, manuseio e outros

diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais e serviços. Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes devem ser

deduzidos na determinação do custo de aquisição. (NR) (Nova Redação dada

pela Revisão CPC nº. 1, de 8/01/2010)

Assim, o custo de aquisição dos estoques compreende:

1) Preço de compra 2) Impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis). Os

tributos recuperáveis são:

a) Matéria prima: IPI, ICMS, PIS e Cofins (os dois últimos na modalidade não cumulativa)

b) Mercadorias para revenda: ICMS, PIS e Cofins (os dois últimos na modalidade não cumulativa)

3) Custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição.

As devoluções, os descontos comerciais e os abatimentos devem ser deduzidos

do custo de aquisição.

3.1.2. Devoluções.

A nota fiscal de devolução deve ser um espelho da nota fiscal de venda, incluindo todos os itens que nela aparecem.

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Exemplo: vamos supor que a empresa KLS vendeu 10 unidades do produto X

pelo preço unitário de $100, com IPI de 10% e ICMS de 18%. Além disso, concedeu um desconto comercial, que constou na Nota Fiscal, de 20%. A nota

fiscal de venda fica assim:

10 unidades x preço unitário 100 = 1.000,00 (-) Desconto comercial concedido =(200,00)

IPI: ($ 1.000 x 10%) ......................100,00 ICMS ($ 800,00 x 18%)...................144,00

Valor total da Nota Fiscal: 1.000 + IPI 100 – desconto 200 = $900,00

A empresa compradora devolve duas unidades. A nota fiscal de devolução ficará assim:

2 unidades x preço unitário 100 = 200,00

(-) Desconto comercial concedido =(40,00)

IPI: ($ 200 x 10%) .........................20,00 ICMS ($ 160,00 x 18%)...................28,80

Valor total da Nota Fiscal de devolução:

Valor mercadoria 200 + IPI 20 – desconto 40 = $180,00

Repare que o total da NF de devolução corresponde a 20% do valor total da NF de venda, o que está de acordo com a quantidade devolvida (2 unidades de

uma venda de 10 unidade).

SE na NF de venda constar desconto incondicional ou comercial, na NF de devolução também deve constar.

Entretanto, se constar frete na NF de vendas e houver devolução parcial, o frete

das unidades devolvidas deve sair do estoque, sendo transferido para o

resultado, como despesa do exercício.

3.1.3. Descontos comerciais ou incondicionais

São aqueles que são negociados no momento da compra, sem nenhuma condição.

Exemplo: determinada mercadoria custa 100 reais a unidades, mas, na

negociação, acaba saindo por 95 reais. O vendedor concede um desconto de 5 reais, para realizar a venda. Esse tipo de desconto deve ser deduzido do custo

do produto. Além disso, quando constar na nota fiscal, o desconto incondicional é abatido da base de cálculo do ICMS e do PIS/COFINS, mas não da base de

cálculo do IPI.

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Exemplo: A empresa KLS vendeu produtos no valor de $10.000, e concedeu um

desconto incondicional de $ 500, com IPI de 10% e ICMS de 18%, PIS de 1,65% e Cofins de 7,6%.

Nota fiscal:

Valor da mercadoria............................10.000 (-) Desconto concedido.........................( 500)

Cálculo do IPI: 10.000 x 10% = 1.000,00

Cálculo do ICMS: 9.500 x 18% = 1.710,00 Cálculo do PIS: 9.500 x 1,65 % =156,75

Cálculo do ICMS: 9.500 x 7,6% =722,00

Valor total da NF: 10.000 + 1.000 - 500 = 10.500

Como se observa, o desconto incondicional ou desconto comercial não é abatido

da base de cálculo do IPI, mas é abatido da base de cálculo do ICMS, e também do PIS e COFINS.

3.1.4. Abatimento.

O Abatimento ocorre num momento posterior à compra. Por exemplo, uma loja

fecha um pedido de cadeiras por 100 reais a unidade e, quando recebe a mercadoria, a cor está diferente do que foi pedido. Nesse caso, o vendedor

pode conceder um abatimento para que a mercadoria não seja devolvida. Digamos, um abatimento de 3 reais por unidade. Nesse caso, a Nota Fiscal é

emitida por 100 reais a unidade, mas deverá entrar para o estoque apenas 97 reais (sem considerar impostos ou outros custos).

3.1.5. Impostos recuperáveis.

São os impostos não cumulativos, ou seja, a empresa pode se creditar do imposto cobrado nas operações anteriores. Compreendem o IPI, o ICMS, o PIS

e o COFINS.

IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados: É um imposto “por fora”, o que significa que não está incluído no preço do produto . Portanto, deve ser

acrescentado ao preço. Normalmente, a questão informa qual a alíquota que deve ser considerada ou o valor do IPI.

ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços: è um

imposto “por dentro”, ou seja, já está incluído no preço da mercadoria ou produto. Possui várias alíquotas, sendo que normalmente a questão informa

qual deve ser utilizada.

PIS – Programa de Integração Social: É um tributo “por dentro”. Existe nas

modalidades cumulativas e não-cumulativas. As alíquotas são:

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Cumulativa: 0,65 %

Não-cumulativa: 1,65 %

Cofins – Contribuição para a Seguridade Social:É um tributo “por dentro”. Existe nas modalidades cumulativas e não-cumulativas. As alíquotas são:

Cumulativa: 3,0 %

Não-cumulativa: 7,6 %

Observação: como estamos interessados nos aspectos contábeis, não entraremos em maiores detalhes sobre os tributos, os quais podem ser

estudados na disciplina direito Tributário.

3.1.5.1. Impostos “por dentro” e “por fora”.

Vamos detalhar a forma de cálculo do IPI (por fora) e do ICMS (por dentro).

Normalmente, as questões informam o “preço da mercadoria” ou o “preço da

compra”. O preço inclui o ICMS (imposto “por dentro”), mas não inclui o IPI (imposto “por fora”).

Exemplo: A empresa KLS adquiriu matéria-prima a prazo, ao preço de $1.000

reais, com incidência de ICMS de 18% e IPI de 10%. Indique a contabilização. Cálculo dos imposto:

IPI: 1.000 x 10% = 100. Como o IPI não está incluído no preço, deve ser

somado.

Valor da Nota Fiscal: 1.000 + IPI 100 = $ 1.100

ICMS: 1.000 x 18% = 180

Contabilização (considerando que os dois impostos são recuperáveis):

D – Estoque matéria prima.........820

D – ICMS a recuperar................180 D – IPI a recuperar...................100

C – Fornecedores...................1.100

Já foi cobrado em concurso:

“(Esaf/MPOG/APO/2008) A empresa comercial Armazém Popular S.A. utiliza o controle permanente de estoques para contabilizar suas mercadorias. Em junho de 2007, a empresa adquiriu uma partida de raquetes de tênis para revender,

tendo praticado a seguinte composição de custos:

preço de compra: R$ 200.000,00;

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IPI incidente sobre a compra: R$ 10.000,00; ICMS incidente sobre a compra: R$ 18.000,00.

Ao contabilizar essa operação de compra, a empresa deverá fazer o seguinte

lançamento: “

Resolução: o preço inclui o ICMS (por dentro), mas não inclui o IPI (por fora).

Assim, o valor total pago será $ 200.000 + IPI $ 10.000 = $210.000

Trata-se de mercadorias para revender, portanto o ICMS será recuperado e o IPI não.

Valor do estoque: $ 210.000 – ICMS $ 18.000 = $ 192.000

Contabilização:

D – Estoque de mercadorias...............192.000

D – ICMS a Recuperar.........................18.000 C – Fornecedores..............................210.000

Obs: a questão não menciona que a compra foi a prazo, mas todas as

alternativas creditavam fornecedores.

Já mencionamos que o preço da mercadoria inclui o ICMS, mas não o IPI. Mas

devemos atentar para a seguinte “pegadinha”: se a questão mencionar o “valor da Nota Fiscal” ou o “valor pago”, este já inclui o IPI. Explicando melhor:

1) Empresa comprou 10 unidades de uma determinada mercadoria ao preço total de R$ 1.000, com icms de 18% e ipi de 10%. Qual foi o valor total da

Nota fiscal? R: O preço inclui o icms (que é "por dentro") e não inclui o IPI ("Por fora").

Assim, o total da NF será:

1.000 + 10% de IPI = 1100 2) Empresa comprou 10 unidades de uma determinada mercadoria pagando o

total de 1000, com icms de 18% e ipi de 10%. Qual foi o valor total da Nota fiscal?

R: Se o comprador pagou 1000, este é o valor total da NF., já com 10% de ipi

incluso.

Já foi cobrado? Já, sim:

(ESAF/ MDIC/Analista de Comércio Exterior/2002) A empresa Três Ramos de Trevo realizou apenas duas vendas em agosto. Uma de 300 unidades, no dia 15; e outra de 480 unidades, no dia 25.

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O valor apurado foi o mesmo em cada operação, sendo a primeira a prazo e a segunda a vista. Ovalor total cobrado foi de R$ 5.280,00, correspondente ao

preço de venda com incidência de ICMSde 17% e de IPI de 10%.

Exclusivamente com base nas informações acima, podemos dizer que o preço unitário de venda alcançado na operação do dia

a) 25 de agosto foi de R$ 5,00.

b) 25 de agosto foi de R$ 5,50. c) 15 de agosto foi de R$ 6,64.

d) 15 de agosto foi de R$ 7,92. e) 15 de agosto foi de R$ 8,80.

Resolução: O valor apurado foi o mesmo em cada operação, e o valor total foi de $ 5.280,00. Assim, o valor apurado em cada operação foi de $ 5.280 / 2 = $

2.640. Esse foi o valor cobrado, que inclui o IPI de 10%. Para calcular o preço de

venda unitário, devemos excluir o IPI (o preço inclui o ICMS, mas não o IPI).

$ 2.640 / 1,1 = $ 2.400 Preço unitário da venda do dia 15: $ 2.400 / 300 unid. =$ 8,00

Preço unitário da venda do dia 25: $ 2.400 / 480 unid. =$ 5,00

Gabarito A

Vamos ver, agora, como fica a contabilização do ICMS.

A empresa KLS comprou mercadorias, no valor de $10.000, as quais foram revendidas por $ 15.000. Nas operações de compra e venda, incidiu ICMS à alíquota de 18%. As operações foram realizadas a vista. Efetue a contabilização

das operações, determine o valor do ICMS a Recolher e apure o lucro bruto.

Resolução:

Icms sobre as compras: 10.000 x 18% = 1.800 Icms sobre as vendas: 15.000 x 18% = 2.700

Contabilização da compra da mercadoria: D – Estoque (Ativo).........................8.200

D – Icms a recuperar (Ativo).............1.800 C – Caixa/bancos (Ativo)................10.000

Contabilização da venda:

Baixa do estoque:

D – Custo da mercadoria vendida (resultado)....8.200 C – Estoque (Ativo)......................................8.200

Reconhecimento da Receita: D – Caixa/bancos(Ativo)............................15.000

C – Receita de Vendas (Resultado).............15.000

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Contabilização do Icms sobre as vendas:

D – Despesa com Icms (Resultado)............2.700 C – Icms a Recolher (Passivo)...................2.700

Calculo do Icms a recolher: devemos confrontar o saldo das duas contas de

ICMS ( a recuperar x a recolher). Se a conta Icms a recuperar for maior, o saldo passa para o próximo mês. Se a conta Icms a recolher for maior, a

empresa deve recolher a diferença entre as contas. Para isso, vamos transferir o saldo do ativo (ICMS a recuperar) para o passivo (ICMS a recolher).

D – Icms a recolher (passivo)............1.800

C – Icms a recuperar (Ativo).............1.800

Após esse lançamento, a conta Icms a recuperar fica com saldo zero, e a conta Icms a Recolher fica com saldo de $2.700 - $1.800 = $900.

Pelo recolhimento:

D – Icms a Recolher..............900 C – Caixa/bancos..................900

Repare que a empresa recolheu ICMS apenas sobre a diferença entre o preço

de compra e o preço de venda. Esse é o mecanismo da não-cumulatividade. O imposto destacado nas operações anteriores é abatido do valor a recolher.

Apuração do Lucro Bruto:

Receita de vendas bruta...................15.000

(-) Icms sobre vendas......................(2.700) Receita líquida................................12.300

(-) CMV.........................................(8.200)

Lucro Bruto.....................................4.100

3.2. Cálculo dos Impostos a Recuperar.

As bancas costumam cobrar apenas ICMS e IPI, nas questões sobre compra de

matéria-prima e/ou mercadorias. Mas vamos examinar também a incidência de PIS e Cofins.

3.2.1. Compra de matéria prima:

A empresa LKS adquiriu matéria-prima a prazo, com preço de $ 100.000,00,

com IPI de 10%, ICMS de 18%, PIS de 1,65% e Cofins de 7,6%. Determine a contabilização.

IPI (100.000 x 10%) 10.000

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Preço da Matéria Prima (sem ipi e com icms) 100.000

ICMS(100.000 x 18%) 18.000

PIS (100.000 x 1,65%) 1.650

COFINS (100.000 x 7,6 %) 7.600

OBS: Usaremos sempre esse formato de cálculo. A partir do preço da

mercadoria (segunda linha na tabela), o IPI irá aumentar o valor da nota fiscal (é “por fora”, lembra?). Por isso, colocamos o cálculo do IPI acima do preço da

mercadoria. Já o ICMS, o PIS e a COFINS estão “dentro” do preço da

mercadoria, assim não afetam o valor total da nota fiscal.

Valor da Nota Fiscal: 100.000 + IPI 10.000 = 110.000

Nesse caso, o IPI é recuperável. O valor do estoque é:

110.000 – 10.000(IPI) – 18.000 – 1.650 -7.600 = 72.750 Assim, a contabilização é a seguinte:

D – Estoque .....................72.750

D – IPI a recuperar............10.000 D – Icms a recuperar.........18.000

D – PIS a recuperar............1.650

D – Cofins a recuperar........7.600 C – Fornecedores...........110.000

3.2.2. Compra de ativo imobilizado.

A empresa LKS adquiriu uma máquina a prazo, para uso na produção,

diretamente do fabricante, com preço de $ 100.000,00, com IPI de 10%, ICMS de 18%, PIS de 1,65% e Cofins de 7,6%.

Determine a contabilização.

O ICMS não compreenderá, em sua base de cálculo, o montante do imposto sobre produtos industrializados, quando a operação, realizada entre

contribuintes e relativa a produto destinado à industrialização ou à comercialização, configure fato gerador dos dois impostos.

Neste caso, com se trata de aquisição de Ativo Imobilizado ( não é matéria-prima destinada à industrialização e nem mercadoria destinada à

comercialização), o IPI será incluído na base de calculo do ICMS.

O IPI também será incluído na base de cálculo do PIS e COFINS, para o adquirente.

(Obs: Para o vendedor, o IPI não integra a base de cálculo do PIS e COFINS)

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IPI (100.000 x 10%) 10.000

Preço da Matéria Prima (sem ipi e com icms) 100.000

ICMS(110.000 x 18%) 19.800

PIS (110.000 x 1,65%) 1.815

COFINS (110.000 x 7,6 %) 8.360

Valor da Nota Fiscal: 100.000 + IPI 10.000 = 110.000

Nesse caso, o IPI não é recuperável. O valor do imobilizado é:

110.000– 19.800 – 1.815 – 8.360 = 80.025

Assim, a contabilização é a seguinte:

D – Imobilizado................80.025 D – Icms a recuperar.........19.800

D – PIS a recuperar............1.815 D – Cofins a recuperar........8.360

C – Fornecedores...........110.000

A Lei Complementar 87/96 (Lei Kandir) estabelece que a aquisição de ativo imobilizado também dá direito aos créditos de ICMS. Mas a compensação deve

ser feita em 48 meses, ou seja, o valor do Icms na aquisição será compensado na proporção de 1/48 avos por mês.

Com relação ao PIS e COFINS: as máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado, adquiridos ou fabricados para locação a

terceiros ou para utilização na produção de bens destinados à venda ou na prestação de serviços dão direito ao crédito do PIS e COFINS, na modalidade

não cumulativa.

O valor do crédito era determinado inicialmente mediante a aplicação da alíquota de 1,65% para o PIS e de 7,6 % para o COFIN sobre o valordos

encargos de depreciação e amortização dos bens, incorridos no mês.

A Lei nº 10.865/2004 determinava que os contribuintes poderiam optar pelo

desconto, no prazo de 48 meses, através da apropriação de 1/48 avos por mês do valor do crédito.

A Lei nº 11.774, de 17 de setembro de 2008, alterou o prazo, reduzindo para

12 meses (1/12 avos por mês).

Portanto, a partir da Lei 11.774, as empresas podiam optar por apropriar o

crédito referente ao PIS/COFINS sobre as aquisições para o Ativo Imobilizado proporcionalmente à depreciação ou em 12 meses.

Agora houve outra alteração. Confira como ficou:

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Lei 11.774/08, alterada pela Lei 12.546/2011:

Art. 1o As pessoas jurídicas, nas hipóteses de aquisição no mercado

interno ou de importação de máquinas e equipamentos destinados à produção de bens e prestação de serviços, poderão optar pelo desconto dos créditos da

Contribuição para o Programa de Integração Social/Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep) e da Contribuição para

Financiamento da Seguridade Social (Cofins) de que tratam o inciso III do § 1º do art. 3º da Lei nº 10.637, de 30 de dezembro de 2002, o inciso III do § 1º do

art. 3º da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003, e o § 4º do art. 15 da Lei nº 10.865, de 30 de abril de 2004, da seguinte forma: (Redação dada pela Lei

nº 12.546, de 2011)

I - no prazo de 11 (onze) meses, no caso de aquisições ocorridas em agosto de 2011; (Incluído pela Lei nº 12.546, de 2011)

II - no prazo de 10 (dez) meses, no caso de aquisições ocorridas em

setembro de 2011; (Incluído pela Lei nº 12.546, de 2011)

III - no prazo de 9 (nove) meses, no caso de aquisições ocorridas em outubro de 2011; (Incluído pela Lei nº 12.546, de 2011)

IV - no prazo de 8 (oito) meses, no caso de aquisições ocorridas em

novembro de 2011; (Incluído pela Lei nº 12.546, de 2011)

V - no prazo de 7 (sete) meses, no caso de aquisições ocorridas em

dezembro de 2011; (Incluído pela Lei nº 12.546, de 2011)

VI - no prazo de 6 (seis) meses, no caso de aquisições ocorridas em janeiro de 2012; (Incluído pela Lei nº 12.546, de 2011)

VII - no prazo de 5 (cinco) meses, no caso de aquisições ocorridas em

fevereiro de 2012; (Incluído pela Lei nº 12.546, de 2011)

VIII - no prazo de 4 (quatro) meses, no caso de aquisições ocorridas em março de 2012; (Incluído pela Lei nº 12.546, de 2011)

IX - no prazo de 3 (três) meses, no caso de aquisições ocorridas em abril

de 2012; (Incluído pela Lei nº 12.546, de 2011)

X - no prazo de 2 (dois) meses, no caso de aquisições ocorridas em maio

de 2012; (Incluído pela Lei nº 12.546, de 2011)

XI - no prazo de 1 (um) mês, no caso de aquisições ocorridas em junho de 2012; e (Incluído pela Lei nº 12.546, de 2011)

XII -imediatamente, no caso de aquisições ocorridas a partir de julho de

2012. (Incluído pela Lei nº 12.546, de 2011)

Assim, para as aquisições ocorridas a partir de julho de 2012, o

comprador poderá se creditar imediatamente do PIS/COFINS.

É importante esclarecer a evolução do prazo de recuperação do PIS/COFINS sobre compra de imobilizado, pois, do contrário, o aluno pode encontrar uma

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questão antiga, que usou o prazo da época, e ficar em dúvida se o material ora

apresentado está correto. Além disso, alguns livros ainda não foram atualizados, apresentando 12 meses (alguns até mesmo 48 meses) como o

prazo correto para a recuperação do PIS/COFINS sobre Imobilizado.

3.2.3. Compra de mercadoria por empresa comercial (aquisição de

indústria).

A empresa LKS adquiriu mercadoria a prazo, diretamente do fabricante, com preço de $ 100.000,00, com IPI de 10%, ICMS de 18%, PIS de 1,65% e Cofins

de 7,6%.

Determine a contabilização.

Neste caso, o IPI não é recuperável. Como trata-se de mercadoria destinada à

comercialização, o IPI não entra na base de cálculo do Icms.

Mas, como será incorporado ao custo do estoque, o IPI entra na base de cálculo do PIS e do Cofins. Chamamos a atenção para esse caso, em particular. A base

de cálculo do Icms será diferente da base de cálculo do PIS e Cofins.

Vamos aos cálculos:

IPI (100.000 x 10%) 10.000

Preço da Mercadoria (sem ipi e com icms) 100.000

ICMS(100.000 x 18%) 18.000

PIS (110.000 x 1,65%) 1.815

COFINS (110.000 x 7,6 %) 8.360

Valor da Nota Fiscal: 100.000 + IPI 10.000 = 110.000

Nesse caso, o IPI não é recuperável. O valor do estoque é:

110.000 – 18.000 – 1.815 -8.360 = 81.825

Assim, a contabilização é a seguinte:

D – Estoque .....................81.825

D – Icms a recuperar..........18.000 D – PIS a recuperar..............1.815

D – Cofins a recuperar..........8.360 C – Fornecedores.............110.000

3.2.4. Compra de mercadoria por empresa comercial (aquisição de

empresa comercial):

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A empresa LKS adquiriu mercadoria a prazo, de uma empresa comercial, com

preço de $ 100.000,00, ICMS de 18%, PIS de 1,65% e Cofins de 7,6%. Determine a contabilização.

Este é o caso mais fácil, por isso deixamos para o final. Como a empresa

vendedora é uma empresa comercial, não há IPI. Os cálculos ficam assim:

Preço da Matéria Prima (sem ipi e com icms) 100.000

ICMS(100.000 x 18%) 18.000

PIS (100.000 x 1,65%) 1.650

COFINS (100.000 x 7,6 %) 7.600

Valor da Nota Fiscal: 100.000

Nesse caso, não há IPI. O valor do estoque é:

100.000 – 18.000 – 1.650 -7.600 = 72.750

Assim, a contabilização é a seguinte:

D – Estoque .....................72.750

D – Icms a recuperar..........18.000 D – PIS a recuperar..............1.650

D – Cofins a recuperar..........7.600 C – Fornecedores.............100.000

Veremos, a seguir, o cálculo dos impostos nas operações de vendas.

3.3. Impostos sobre Vendas.

Os principais são o IPI, ICMS, Pis e Cofins.

IPI: É o Imposto sobre Produtos Industrializados. Esse imposto não fica

incluído no preço de venda, sendo acrescentado (“imposto por fora”).

O valor do IPI não integra a Receita Bruta. Por isso, quando contabilizado, faz

parte do Faturamento.

A Demonstração do Resultado fica assim:

Faturamento (-) IPI

= Receita Bruta (-) ICMS

(-) PIS (-) Cofins

= Receita Líquida

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Vamos a um exemplo. A empresa KLS vendeu produtos de sua fabricação à vista, pelo preço de 100.000,00 mais IPI de 10%. Na operação, incidiram ICMS

de 18%, Pis de 1,65% e Cofins de 7,6%.

Cálculo dos impostos sobre Vendas:

IPI (100.000 x 10%) 10.000

Preço do Produto Vendido (sem ipi e com icms) 100.000

ICMS(100.000 x 18%) 18.000

PIS (100.000 x 1,65%) 1.650

COFINS (100.000 x 7,6 %) 7.600

Contabilização:

D – Caixa (Ativo)...................................110.000

C – Faturamento (Resultado)..................110.000

D – IPI sobre o Faturamento (Resultado)...10.000 C – IPI a Recolher (Passivo).....................10.000

D – Icms sobre Venda (Resultado)............18.000

C – Icms a Recolher (Passivo)..................18.000

D – PIS sobre vendas (Resultado).............1.650 C – PIS a Recolher (Passivo)....................1.650

D – Cofins sobre Vendas (Resultado).........7.600

C – Cofins a Recolher (Passivo).................7.600

A Demonstração do Resultado fica assim:

Faturamento......................................110.000 (-) IPI sobre Faturamento....................(10.000)

Receita Bruta.....................................100.000 (-) Icms sobre vendas.........................(18.000)

(-) IPI sobre Vendas.............................(1.650) (-) Cofins sobre Vendas........................(7.600)

= Receita Líquida................................72.750

Observação: Na venda, o IPI não integra a base de cálculo do PIS/COFINS. Assim, quando uma indústria vende produtos (com IPI) para uma empresa

comercial, o valor do PIS/COFINS sobre as vendas é diferente do valor recuperado pelo comprador. Como o IPI vai para o estoque (como custo da

compra), o comprador pode recuperar o PIS/COFINS sobre o valor do IPI.

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Já o Vendedor não deve incluir o IPI na base de cálculo do PIS/COFINS.

Por exemplo: A empresa LKS vendeu produtos de sua fabricação a prazo, para uma empresa comercial, com preço de $ 100.000,00, com IPI de 10%, ICMS de

18%, PIS de 1,65% e Cofins de 7,6%.

Determine a contabilização.

Nesse caso, para o vendedor, a base de cálculo para o ICMS, o PIS e o COFINS será a mesma. Compare os cálculos e a contabilização com o exemplo do

comprador, na página 21.

Vamos aos cálculos:

IPI (100.000 x 10%) 10.000

Preço do Produto (sem ipi e com icms) 100.000

ICMS(100.000 x 18%) 18.000

PIS (100.000 x 1,65%) 1.650

COFINS (100.000 x 7,6 %) 7.600

Valor da Nota Fiscal: 100.000 + IPI 10.000 = 110.000

Assim, a contabilização é a seguinte:

D – Cliente (Ativo).................................110.000

C – Faturamento (Resultado)..................110.000

D – IPI sobre o Faturamento (Resultado)...10.000

C – IPI a Recolher (Passivo).....................10.000

D – Icms sobre Venda (Resultado)............18.000 C – Icms a Recolher (Passivo)..................18.000

D – PIS sobre vendas (Resultado).............1.650

C – PIS a Recolher (Passivo)....................1.650

D – Cofins sobre Vendas (Resultado).........7.600 C – Cofins a Recolher (Passivo).................7.600

Observação: omitimos a contabilização do custo dos produtos vendidos e da

baixa do estoque, para fins didáticos.

O IPI não integrará a base de cálculo do ICMS quando a operação, realizada

entre contribuintes e relativa a produto destinado à industrialização ou à comercialização posterior, configurar fato gerador de ambos os impostos.

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Ou seja, no caso de venda de produtos (com o IPI) para consumo ou para o

Ativo Imobilizado, o IPI integrará a base de cálculo do ICMS. Mas não integrará a base de cálculo do PIS/Cofins, mesmo nesses casos.

Muito bem. Agora, vamos resolver algumas questões?

QUESTÕES COMENTADAS

1) (FCC/ICMS RO/Auditor/2010) Em janeiro, uma empresa adquiriu

mercadorias no valor de R$ 90.000,00, tendo pago 60% à vista. O restante do pagamento dessas mercadorias foi realizado em março. Em março, a empresa

vendeu estas mercadorias por R$ 190.000,00 e recebeu 50% à vista (o

restante das vendas foi recebido em agosto). O lucro bruto obtido pela empresa no mês de março, com as vendas de mercadorias foi, em reais,

a) 5.000,00;

b) 59.000,00; c) 100.000,00;

d) 136.000,00; e) 154.000,00

Comentários

Na aquisição:

D – Mercadorias (ativo) 90.000,00

C – Caixa (ativo) 54.000,00

C – Fornecedores (passivo) 36.000,00

Em março, no momento da venda, registramos:

D – Clientes (ativo) 95.000,00 D – Caixa (ativo) 95.000,00

C – Receita de Vendas (resultado) 190.000,00

E também

D – Custo da mercadoria vendida (resultado) 90.000,00 C – Mercadorias (ativo) 90.000,00

A questão não fala sobre tributação, então consideraremos como zero.

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O lucro bruto é o resultado da vendas subtraindo-se o custo da mercadoria

vendida. Neste caso:

Lucro bruto = Receita bruta – deduções – custo da mercadoria vendida.

Não temos deduções, então teremos:

Lucro bruto = 190.000,00 – 90.000,00 = 100.000,00.

Gabarito C.

2) (FCC/ICMS RO/Auditor/2010) A empresa Beira Mar, comercial de trajes de

praia, adquiriu um lote de 100 sungas no valor faturado de R$ 800,00. Pagou,

também, frete no valor de R$ 50,00 e seguros no valor de R$ 34,00. Quando do recebimento do produto, percebeu que as cores das sungas não estavam de

acordo com o pedido de compra e o vendedor concedeu-lhe um abatimento de R$ 50,00. O ICMS foi R$ 144,00 sobre a compra de sungas e R$ 6,00 sobre o

frete. Sabendo que a empresa vendeu 70 sungas ao preço líquido de vendas unitário de R$ 15,00, o lucro bruto apurado com as vendas desta mercadoria

foi, em reais,

a) 630,00. b) 571,20.

c) 567,00. d) 536.20.

e) 466,20.

Comentários

Compras líquidas 800 + 50 (frete) + 34 (seguro) – 50 (abatimento) – 144

(ICMS s/ compras) – 6 (ICMS sobre frete) = 684,00 = 6,84 por sunga.

Custo das mercadorias vendidas = 6,84 x 70 = 478,80.

Receita de vendas = 15 x 70 = 1050,00

Lucro bruto = 1050 – 478,80 = 571,20.

Gabarito B.

3)(FCC/NOSSA CAIXA/Contador/2011) A Cia. Diamantina adquiriu uma mercadoria para revenda. O total da nota fiscal foi de R$ 1.100,00, sendo R$

100,00 o valor correspondente ao Imposto sobre Produtos Industrializados. Dos tributos incidentes sobre as compras, apenas o ICMS, que foi cobrado com

alíquota de 18%, é recuperável.

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Posteriormente, a companhia revendeu a mercadoria para terceiros pelo valor

de R$ 1.800,00. Sabe-se que o valor total de PIS e COFINS pagos pela Companhia sobre essa receita foi de R$ 65,70 e que o ICMS incidiu na operação

com alíquota de 18%. Se essa tivesse sido a única operação de vendas efetuada pela Companhia, no exercício, ela teria auferido um Lucro Bruto nessa

operação, em R$, de

(A) 914,30. (B) 590,30.

(C) 410,30. (D) 570,30.

(E) 490,30.

Comentários

Valor a ser incorporado ao estoque na compra:

ICMS Recuperável = R$ 1.000,00 x 18% = R$ 180,00 (deve ser excluído).

Valor que vai ao estoque = R$ 1.100 – R$ 180,00 = R$ 920,00.

Resultado apurado na venda

Receita bruta de vendas R$ 1.800,00

(-) PIS/COFINS R$ 65,70 (-) ICMS sobre vendas = 18% x 1.800,00 R$ 324,00

Receita líquida de vendas R$ 1.410.30 (-) CMV R$ 920,00

Lucro bruto R$ 490,30.

Gabarito E.

4) (FCC/INFRAERO/Contador/2011) Uma companhia comercial varejista

adquiriu 1.000 unidades de um determinado produto pelo valor unitário de R$ 10,00, tendo pago o IPI de 10% incidente sobre a compra, cujo valor total foi

R$ 11.000,00. Posteriormente, ela revendeu 80% do lote por R$ 25,00 cada

unidade. Ambas as operações foram tributadas pelo ICMS à alíquota de 18% e a companhia está sujeita à incidência do PIS e da COFINS no regime da não

cumulatividade. O valor do ICMS que a empresa deveria recolher à Fazenda Estadual, considerando-se apenas essas operações, seria, em R$,

(A) 3.600,00

(B) 1.800,00 (C) 1.620,00

(D) 1.980,00 (E) 2.700,00

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Comentários

O ICMS não incide sobre o IPI quando a compra/venda é para industrialização

ou comercialização.

Assim, na compra, teremos ICMS recuperável de:

Valor de compra 10.000,00 (-) ICMS recuperável 1.800,00

Esse valor é relativo a 1.000 unidades.

A revenda do lote gera uma receita bruta no montante de R$ 20.000 (R$ 25 x

800). O imposto para o Estado será de R$ 3.600 (18% x 20.000).

Assim, fazendo o cotejo entre os valores a recolher (3.600) e os valores a

recuperar (1.800), temos que o montante devido de ICMS ao Estado é de R$ 1.800,00.

Gabarito B.

5)(FCC/ISS SP/Auditor/2007)Considere os dados a seguir:

Estoque inicial de materiais diretos 60.000,00

Estoque final de produtos em elaboração 68.000,00 Compras de materiais diretos 160.000,00

Estoque inicial de produtos acabados 20.000,00 Mão-de-obra direta 15.000,00

Estoque final de produtos acabados 16.000,00

Custos indiretos de fabricação 53.000,00 Estoque final de materiais diretos 77.000,00

Estoque inicial de produtos em elaboração 42.000,00 Despesas administrativas 22.000,00

Despesas com vendas 18.000,00 Despesas financeiras líquidas 4.000,00

Considerando apenas essas informações, extraídas da contabilidade da Cia. Rio

Negro, o Custo dos Produtos Vendidos, no período, correspondeu a, em R$:

(A) 145.000,00 (B) 167.000,00

(C) 185.000,00 (D) 189.000,00

(E) 211.000,00

Comentários

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Para este tipo de questão, temos de montar os razonetes relacionados à

contabilidade de custos. Primeiro, o estoque de matéria prima ou material direto.

Matéria-prima

(EI) 60.000 X (Saída)

(Compra) 160.000

(EF) 77.000

Estoque inicial + Compras – Saída = Estoque final.

60.000 + 160.000 – X = 77.000 220.000 – X = 77.000

X = 143.000,00

Agora, passemos para o outro razonete, produtos em elaboração.

Produtos em elaboração

(EI) 42.000 (Transf.) 143.000 X (Saída)

(MOD) 15.000

(CIF) 53.000

(EF) 68.000

Estoque inicial + Transferência de MP + Mão de obra direta + Custos indiretos de fabricação – Saídas = Estoque final

42.000 + 143.000 + 15.000 + 53.000 – X = 68.000

X = 185.000,00

Por fim, elaboremos o razonete de estoque de produtos acabados.

Estoque de produtos acabados (EI) 20.000 (Transf.) 185.000 X (CPV)

(EF) 16.000

Estoque inicial + Transferência de produtos acabados – CPV = Estoque final de produtos acabados.

20.000 + 185.000 – CPV= 16.000

CPV = 189.000,00.

Portanto, o gabarito é letra d.

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Gabarito D.

6) (FCC/ISS SP/Auditor/2007) A Cia. Flor do Charco adquiriu à vista um lote de mercadorias, revendendo, em seguida, metade do mesmo, por R$ 280.000,00.

A companhia está sujeita, nas suas operações de compra e venda, à incidência

do ICMS à alíquota de 18% e à do PIS e da COFINS, no regime não-cumulativo, com alíquotas, respectivamente, de 1,65% e 7,6%. O lucro bruto auferido pela

sociedade nessas transações foi de R$ 58.200,00.

O custo das mercadorias vendidas na mencionada operação de venda foi igual a, em R$:

(A) 143.400,00

(B) 145.500,00 (C) 166.780,00

(D) 171.400,00 (E) 200.000,00

Comentários

Vamos lá. Montemos uma pequena demonstração do resultado do exercício.

Receita Bruta de Vendas 280.000

(-) ICMS s/ vendas (18%) -50.400

(-) PIS/COFINS (9,25%) -25.900

Receita Líquida 203.700

(-) CMV (X)

Lucro bruto 58.200

Assim, sabemos que:

203.700 – X = 58.200 X = 145.500,00.

Logo, o custo da mercadoria vendida é de R$ 145.500,00.

Gabarito B.

7) (FCC/ICMS SP/AFR/2009)Custo de Produção do Período é a soma dos custos incorridos no período dentro da fábrica. Custo da Produção Acabada é a soma

dos custos contidos na produção acabada no período. Custo dos Produtos Vendidos é a soma dos custos incorridos na produção dos bens e serviços que

só agora estão sendo vendidos.

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Com relação à afirmação acima, e tomando-se como base para comparação o

mesmo período, é correto afirmar que

(A) o custo de Produção será obrigatoriamente maior que os demais. (B) o custo da Produção Acabada será obrigatoriamente menor que os demais.

(C) o custo dos Produtos Vendidos será obrigatoriamente maior do que os outros dois acima mencionados.

(D) não existe correlação obrigatória de grandeza entre os três custos acima mencionados.

(E) o custo de Produção Acabada será obrigatoriamente maior que os demais, por ser a soma dos custos contidos na produção.

Comentários

A contabilidade de custos é um dos ramos da contabilidade. Cuida ela,

precipuamente, da atribuição de custos da produção e seu controle.

O gasto pode ser dividido em quatro espécies:

1) despesas;

2) custos; 3) perdas; e

4) investimentos.

Interessam-nosos custos. Custos, de acordo com a melhor doutrina, são gastos com bens que serão utilizados na produção de outros bens. Em

suma, são os gastos que se correlacionam com a atividade produtiva. Exemplos: salários de funcionários que trabalham na fábrica, aluguéis do imóvel

em que funciona a fábrica, seguro das máquinas que atuam na fábrica.

As indústrias basicamente possuem dois tipos de estoques:

1) produtos em elaboração;

2) produtos acabados.

O custo de produção do período, chamado de CPP, pode ser definido como o tal dos cursos incorridos na produção em um determinado espaço de tempo.

Em linguagem algébrica, podemos defini-lo da seguinte forma:

Custo da produção do período = material direto + mão de obra direito + custos indiretos de fabricação.

Vamos elaborar um enunciado para exemplificar a questão. Suponha que a

empresa Alfa tenha gasto R$ 1.000,00 com a compra de matéria-prima.

Em seguida, passa toda essa matéria-prima para produção no período. O

razonete fica assim...

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Na compra:

Matéria prima

R$ 1.000,00

Na transferência para o setor produtivo:

Matéria prima

Produtos em elaboração

R$ 1.000,00 R$ 1.000,00

R$ 1.000,00

Suponha-se que R$ 500 foram gastos com mão-de-obra direta para a produção e, também, que R$ 200 são gastos com custos indiretos de fabricação. Todos

esses gastos não são alocados na Demonstração do Resultado do Exercício, por se tratar de custo. O custo será agregado ao valor da mercadoria (na conta

produtos em elaboração). Vai ficar assim:

Matéria prima

Produtos em elaboração

R$ 1.000,00 R$ 1.000,00

R$ 1.000,00

R$ 500,00

R$ 200,00

Se deste total, 60% foram acabados, passaremos a essa porcentagem para o

razonete produtos acabados (60% x 1.700 = 1.020).

Matéria prima

Produtos em elaboração

Produtos acabados

R$ 1.000,00 R$ 1.000,00

R$ 1.000,00 R$ 1.020,00

R$ 1.020,00

R$ 500,00

R$ 200,00

R$ 1.700,00

E se agora metade desses produtos forem vendidos? Daríamos saída do

estoque de produtos acabados (por crédito) e debitaríamos custo dos produtos vendidos.

Estaria assim:

Matéria prima

Produtos em elaboração

Produtos acabados

Custo dos produtos vendidos

R$ 1.000,00 R$ 1.000,00

R$ 1.000,00 R$ 1.020,00

R$ 1.020,00 R$ 510,00

R$ 510,00

R$ 500,00

R$ 510,00

R$ 200,00

R$ 1.700,00 R$ 1.020,00

R$ 680,00

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Exploremos o nosso enunciado.

Custo de Produção do Período é a soma dos custos incorridos no período dentro da fábrica = MOD + CIF + MD No nosso caso, seria 1000 + 500 + 200 =

1.700.

Custo da Produção Acabada é a soma dos custos contidos na produção acabada no período Na questão são os 1.020 (que equivalem a 60% da produção do

período).

Custo dos Produtos Vendidos é a soma dos custos incorridos na produção dos

bens e serviços que só agora estão sendo vendidos é o que vendemos no período, que equivale a R$ 510,00.

Em custos, trabalharemos basicamente com esses quatro razonetes.

Vamos analisar as assertivas...

(A) o custo de Produção será obrigatoriamente maior que os demais.

Incorreto. Na nossa questão o custo de produção foi maior do que o custo dos

produtos acabados e do que o custo dos produtos vendidos. Todavia, nada

impede que haja um saldo anterior de produtos acabados (provindo de um exercício passado). Se, no nosso exemplo, tivéssemos um saldo anterior de

produtos acabados de R$ 5.000,00 e mantivéssemos a porcentagem de venda, 50%, o custo do produto vendido seria R$ 3.010,00, que equivale a [(5.000 +

1020) x 50%].

(B) o custo da Produção Acabada será obrigatoriamente menor que os demais.

Incorreto. O custo da produção acabada pode ser maior do que o custo dos

produtos vendidos. Veja o nosso exemplo, o CPA foi de R$ 1.020 e o CPV foi de R$ 510.

(C) o custo dos Produtos Vendidos será obrigatoriamente maior do que

os outros dois acima mencionados.

Incorreto. Não podemos afirmar que será maior. Em nosso exemplo foi menor

do que o custo de produção do período e, também, do que o custo dos produtos acabados.

(D) não existe correlação obrigatória de grandeza entre os três custos

acima mencionados.

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Correto. Um ou outros desses custos pode ser maior, dependendo da situação e

do exercício em que se está fazendo a análise.

(E) o custo de Produção Acabada será obrigatoriamente maior que os demais, por ser a soma dos custos contidos na produção.

Incorreto. O custo de produção acabada pode ser menor que os demais. Na

nossa questão foi menor do que o custo de produção do período.

Gabarito D.

8) (FCC/ICMS SP/AFR/2009) Considere as informações apresentadas, no

quadro abaixo, referentes à movimentação de estoques de materiais na empresa Y.

Considerando que a apuração do custo dos produtos vendidos é feita mensalmente, o critério de avaliação dos Materiais Diretos (Preço Médio, PEPS e

UEPS) que leva a empresa Y a alcançar melhor resultado no período de X0 é

(A) PEPS.

(B) UEPS. (C) Médio.

(D) PEPS e UEPS o mesmo resultado. (E) Médio e PEPS o mesmo resultado.

Comentários

O melhor resultado é o método que apresenta o menor CMV,

conseqüentemente a menor despesa para a empresa.

Na questão temos de calcular um a um os métodos de controle de estoques...

Primeiro que entra, primeiro que sai (PEPS)

Data Entrada Saída Saldo

Quant. RS Saldo Quant. RS Saldo Quant. RS Saldo

Dezembro 0 0 0

Janeiro 100 R$100,00 R$10.000,00 100 R$100,00 R$10.000,00

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Fevereiro R$ - 50 R$100,00 R$ 5.000,00

50 R$100,00 R$5.000,00

Março 200 R$50,00 R$10.000,00 50 R$100,00 R$5.000,00

200 R$50,00 R$10.000,00

Maio 50 R$100,00

R$ 5.000,00

150 R$50,00 R$7.500,00

50 50 R$ 2.500,00

Julho 100 R$80,00 R$8.000,00 150 50 R$7.500,00

100 80 R$8.000,00

Setembro 150 R$60,00 R$9.000,00

150 50 R$7.500,00

100 80 R$8.000,00

150 60 R$9.000,00

Dezembro R$ - 150 50 R$ 7.500,00

100 80 R$8.000,00

150 60 R$9.000,00

Custo da mercadoria vendida R$20.000,00

Estoque final R$17.000,00

Último que entra, primeiro que sai (UEPS)

Data Entrada Saída Saldo

Quant. RS Saldo Quant. RS Saldo Quant. RS Saldo

Dezembro 0 0 0

Janeiro 100 R$100,00 R$10.000,00 100 R$100,00 R$10.000,00

Fevereiro 50 R$100,00 R$ 5.000,00

50 R$100,00 R$5.000,00

Março 200 R$50,00 R$10.000,00 50 R$100,00 R$5.000,00

200 R$50,00 R$10.000,00

Maio 100 R$50,00 R$ 5.000,00

50 R$100,00 R$5.000,00

100 R$50,00 R$5.000,00

Julho 100 R$80,00 R$8.000,00

50 100 R$5.000,00

100 50 R$5.000,00

100 80 R$8.000,00

Setembro 150 R$60,00 R$9.000,00

50 100 R$5.000,00

100 50 R$5.000,00

100 80 R$8.000,00

150 60 R$9.000,00

Dezembro 150 60 R$ 9.000,00

50 100 R$5.000,00

100 50 R$5.000,00

100 80 R$8.000,00

Custo da mercadoria vendida R$19.000,00 Estoque final R$18.000,00

Média ponderada

Data Entrada Saída Saldo

Quant. RS Saldo Quant. RS Saldo Quant. RS Saldo

Dezembro 0 0 0

Janeiro 100 R$100,00 R$10.000,00 100 R$100,00 R$10.000,00

Fevereiro 50 R$100,00 R$ 5.000,00 50 R$100,00 R$ 5.000,00

Março 200 R$50,00 R$10.000,00 250 R$60,00 R$15.000,00

Maio 100 R$60,00 R$ 6.000,00 150 R$60,00 R$ 9.000,00

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Julho 100 R$80,00 R$8.000,00 250 R$68,00 R$17.000,00

Setembro 150 R$60,00 R$9.000,00 400 R$65,00 R$26.000,00

Dezembro 150 65 R$ 9.750,00 250 65 R$16.250,00

Custo da mercadoria vendida R$20.750,00 Estoque final R$16.250,00

Veja que, dos três métodos, o que apresenta o menor CMV é o UEPS, sendo

que o gabarito da nossa questão é a letra b.

Gabarito B.

9) (FCC/TRT 4ª/Analista Judiciário/2011) Em uma economia de preços

decrescentes, a avaliação de estoques pelo critério Último que Entra é o Primeiro que Sai (UEPS), em relação a outros critérios de atribuição de preços

aos estoques, tende a gerar valores de

(A) custo de mercadorias vendidas maiores. (B) estoque final menores.

(C) saídas maiores. (D) estoques finais maiores.

(E) custo de compras maiores.

Comentários

O critério UEPS (último que entra é o primeiro que sai) significa que será

atribuído ao custo das unidades vendidas o preço das unidades mais recentes.

Há também o PEPS (Primeiro que entra é o primeiro a sair) e o Custo Médio Ponderado, que pode ser Móvel (calculamos o custo médio ponderado a cada

saída) ou fixo (calculamos o custo médio ponderado para o mês e usamos esse valor para todas as saídas).

Normalmente, o Custo Médio Ponderado resulta num valor intermediário, entre

o PEPS e o UEPS.

Mas, quando a questão fornece valores e pergunta sobre a relação entre os

critérios, é recomendável calcular.

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Por exemplo, considere que uma empresa, com estoque inicial zero, apresente as seguintes informações:

DATA EVENTO QTD (UND) VALOR UNITÁRIO

01/jan Compra 10 R$ 11,00

03/jan Compra 15 R$ 10,00

08/jan Compra 23 R$ 18,00

10/jan Compra 35 R$ 17,00

15/jan Compra 11 R$ 10,00

22/jan Compra 4 R$ 12,50

23/jan Compra 10 R$ 10,00

Se, no dia 30 de Janeiro, a empresa vender 25 unidades, qual critério produziria o maior custo das mercadorias vendidas?

Repare que os preços variam aleatoriamente. Como foram escolhidos a

propósito, teríamos, como custo das mercadorias vendidas (25 unidades):

PEPS: Custo de $260,00 Custo Médio Ponderado: $ 353,93

UEPS: Custo de $ 260,00

Nesse exemplo, o uso do PEPS ou do UEPS produziria o mesmo custo, o mesmo

valor de estoque final e o mesmo lucro.

Mas, quando a questão se refere uma economia inflacionária (em que os preços aumentam) ou deflacionária (em que os preços diminuem), o custo médio

ponderado irá sempre resultar num valor intermediário entre o PEPS e o UEPS.

A questão menciona que os preços são decrescentes. Ao invés de tentar memorizar qual método produz o maior custo, é melhor fazer um exemplo

extremamente simples. Assim:

Primeira compra: 1 unidade a 20 reais Segunda compra: 1 unidade a 10 reais

No caso de venda de uma unidade, usando o PEPS teremos custo =R$ 20,00 e

estoque final de R$10,00; usando o UEPS, custo de R$ 10,00 e estoque final de

R$20,00.

Agora podemos analisar as alternativas:

A) custo de mercadorias vendidas maiores.

Alternativa INCORRETA, gera custo de mercadoria vendida menor.

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(B) estoque final menores.

Alternativa INCORRETA, o UEPS irá resultar em custo menor e portanto em estoque maior.

(C) saídas maiores.

Alternativa INCORRETA, saída da conta de estoque corresponde ao CMV, que é

menor com o UEPS.

(D) estoques finais maiores.

Alternativa Correta

(E) custo de compras maiores.

Alternativa INCORRETA, alternativa absurda, o custo das compras não se

altera, com o uso de um ou outro método.

Gabarito D.

10)(FCC/TRF 4ª/Analista Judiciário/2011) O registro de uma venda a prazo no valor de R$ 300.000,00 com 20% de lucro sobre o valor do custo da mercadoria

vendida, no mesmo dia em que o fornecedor das citadas mercadorias era pago em virtude do vencimento da duplicata aceita pelo comprador, provoca a

seguinte alteração no patrimônio da entidade vendedora:

(A) diminuição dos estoques em R$ 240.000,00. (B) aumento do Ativo Circulante em R$ 60.000,00.

(C) aumento do Patrimônio Líquido em R$ 50.000,00.

(D) diminuição do Passivo Circulante em R$ 240.000,00. (E) diminuição do Patrimônio Líquido em R$ 60.000,00.

Comentários

Da equação básica:

Lucro = Receita – Custos da mercadoria vendida

20% Custo da mercadoria vendida = Receita - Custos da mercadoria vendida

20% CMV + CMV = Receita 120% CMV = 300.000,00

CMV = 300.000 / 120% = 250.000,00

Então, tivemos nesta situação um lucro de R$ 50.000,00.

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Pela venda a prazo, fazemos o seguinte registro:

D – Clientes 300.000,00 (Aumenta o ativo) C – Receita de Vendas 300.000,00 (Aumenta o resultado)

Pela baixa do estoque, lançamos:

D – CMV 250.000,00 (Diminui o resultado)

C – Estoques 250.000,00 (Diminui o ativo)

Agora, temos o pagamento desta mercadoria ao fornecedor, no mesmo dia. Vamos lançar:

D – Fornecedores 250.000,00 (Diminui o passivo)

C – Caixa 250.000,00 (Diminui o ativo)

Portanto, temos o seguinte:

ATIVO

Aumentou 300.000,00 e Diminuiu 250.000,00 + 250.000,00.

Logo, diminuiu de 200.000,00.

PASSIVO

Diminuiu 250.000,00.

RESULTADO

Aumentou 300.000,00 e Diminuiu 250.000,00.

Logo, tivemos um lucro de 50.000,00.

Este lucro integra o capital próprio, sendo, ao fim do exercício social, transferido para o balanço patrimonial, para o PL, para ser distribuído ou tomar

outras destinações, como aumento da capital social ou reserva de lucros. Lembrem-se de que não podemos mais permanecer com saldo da conta lucros

acumulados no balanço patrimonial. Esta conta deve ser zerada no caso de lucros. Não mais é possível a retenção de lucros injustificados.

Gabarito C.

(FCC/TRF 4ª/Analista Judiciário/2011) A Cia. Comercial Olavo Bilac iniciou o mês com estoque de 10 unidades de uma determinada mercadoria com preço

unitário de R$ 400,00, já líquido de impostos recuperáveis. As operações abaixo foram efetuadas pela companhia nesse mês, sendo que os preços de compras

estão sujeitos à alíquota hipotética do ICMS de 20%. A Cia. é contribuinte do

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PIS e da COFINS pela sistemática cumulativa, com alíquotas respectivas de

0,65% e 3%.

− Compra de 20 unidades ao preço unitário de R$ 520,00; − Venda de 25 unidades ao preço unitário de R$ 1.000,00;

− Compra de 30 unidades ao preço unitário de R$ 550,00; − Venda de 20 unidades ao preço unitário de R$ 640,00.

11) O estoque final da mercadoria no mês, caso a companhia use o método

UEPS (Último que entra, Primeiro que sai) para avaliação de seus estoques, equivale, em R$, a

(A) 6.600,00.

(B) 6.400,00. (C) 8.250,00.

(D) 7.515,00.

(E) 7.480,00.

Comentários

O ICMS é recuperável, pois se trata de compra de mercadoria para revenda.

O PIS/COFINS, todavia, não é, visto que a própria questão assim dispôs. Logo, devemos retirar o ICMS do custo da compra. O PIS/COFINS não deve ser

retirado.

Portanto, a primeira compra deve ser registrado por R$ 520,00 – 20% x 520,00 = R$ 416,00 por unidade. E assim por diante.

UEPS

ENTRADA SAÍDA SALDO

Unid. R$ Saldo Unid. R$ Saldo Unid. R$ Saldo

10 400 4000 10 400 4000

20 416 8320 10 400 4000

20 416 8320

20 416 8320

5 400 2000 5 400 2000

30 440 13200 5 400 2000

30 440 13200

20 440 8800 5 400 2000

10 440 4400

CMV 19120 ESTOQUE

FINAL 6400

Gabarito B.

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12) O Custo das Mercadorias Vendidas no mês, caso a companhia utilize o método PEPS de avaliação de estoques, foi, em R$, igual a

(A) 19.020,00.

(B) 19.120,00. (C) 19.040,00.

(D) 18.920,00. (E) 19.080,00.

Comentários

O ICMS é recuperável, pois se trata de compra de mercadoria para revenda.

O PIS/COFINS, todavia, não é, visto que a própria questão assim dispôs.

Logo, devemos retirar o ICMS do custo da compra. O PIS/COFINS não deve ser retirado.

Portanto, a primeira compra deve ser registrado por R$ 520,00 – 20% x 520,00

= R$ 416,00 por unidade. E assim por diante.

PEPS

ENTRADA SAÍDA SALDO

Unid. R$ Saldo Unid. R$ Saldo Unid. R$ Saldo

10 400 4000 10 400 4000

20 416 8320 10 400 4000

20 416 8320

10 400 4000

5 416 2080 15 416 6240

30 440 13200 5 416 2080

30 440 13200

5 416 2080 15 440 6600

15 440 6600

CMV 18920 ESTOQUE

FINAL 6600

12. Gabarito D.

13) O lucro bruto auferido pela empresa na 1a venda de 25 unidades, caso a companhia tenha utilizado o método do custo médio ponderado para avaliação

de seus estoques foi, em R$, (desprezando-se os centavos a partir da terceira casa decimal depois da vírgula para obtenção do custo médio) igual a

(A) 9.721,00.

(B) 8.821,00. (C) 8.633,50.

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(D) 8.563,50.

(E) 9.733,50.

Comentários

Inicialmente, vejamos o custo da mercadoria vendida.

MEDIA PONDERADA

ENTRADA SAÍDA SALDO

Unid. R$ Saldo Unid. R$ Saldo Unid. R$ Saldo

10 400 4000 10 400 4000

20 416 8320 30 410,67 12320

25 410,67 10266,67

(CMV) 5 410,67 2053,33

Agora, montemos a DRE:

Receita bruta de vendas R$ 25.000,00

(-) ICMS sobre vendas R$ (5.000,00) (-) PIS/COFINS sobre vendas R$ (912,50)

Receita líquida de vendas R$ 19.087,50 (-) Custo da mercadoria vendida R$ (10.266,67)

Lucro bruto R$ 8.820,83.

Gabarito B.

14) (FCC/TRT 18º/Analista Contabilidade/2008) A Cia. Comercial Madureira

iniciou o exercício com um estoque de R$ 800.000,00. Adquiriu R$

1.300.000,00 de mercadorias, já deduzidos desse valor os impostos

recuperáveis. As vendas líquidas da empresa no exercício totalizaram R$

1.800.000,00. A companhia adota o sistema do inventário periódico e a

contagem do estoque final de mercadorias indicou que ele equivalia a 120% do

estoque inicial. O lucro bruto da companhia nesse exercício equivaleu, em R$, a

(A) 1.140.000,00.

(B) 980.000,00.

(C) 960.000,00.

(D) 840.000,00.

(E) 660.000,00.

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COMENTÁRIOS:

O estoque inicial é de R$ 800.000.

O valor das compras é de R$ 1.300.000 (Já deduzidos de impostos)

O estoque final é 120% (ou 1,2) do estoque inicial.

Vendas Líquidas representa R$ 1.800.000

Assim, utilizando a fórmula básica:

Custo da Mercadoria Vendida = Estoque Inicial + Compras – Estoque Final

CMV = 800.000 + 1.300.000 – 1,2.800.000

CMV = 2.100.000 – 960.000

CMV = 1.140.000

Sabemos que o Lucro Bruto é a diferença entre as Vendas Líquidas e o Custo da

Mercadoria Vendida.

Desta forma,

Lucro Bruto = VL – CMV = 1.800.000 – 1.140.000 = 660.000 (Gabarito:

Letra E)

14. Gabarito E.

15. (FCC/TRT 18º/Analista Contabilidade/2008)A Cia. Comercial Mar Azul fez,

na ordem cronológica, as seguintes operações com mercadorias no mês de

início de suas atividades:

- compra de 3.000 unidades a R$ 80,00 cada uma

- compra de 5.000 unidades a R$ 88,00 cada uma

- venda de 4.200 unidades a R$ 200,00 cada uma

Após essas operações, o estoque de mercadorias no final do mês foi avaliado

em R$ 323.000,00. Logo, é correto afirmar que o método utilizado pela

companhia para avaliar os seus estoques foi o

(A) do preço de reposição.

(B) PEPS (primeiro que entra, primeiro que sai).

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(C) UEPS (último que entra, primeiro que sai).

(D) da média ponderada móvel.

(E) do preço específico.

Comentários

A maneira mais rápida de se resolver essa questão é utilizar-se dos métodos

PEPS e UEPS. Se através destes dois métodos não se encontrar a resposta

exata, o gabarito será então a média ponderada, uma vez que não há dados

suficientes para falar que o método utilizado foi o preço de reposição ou o preço

específico.

PEPS

Compras Vendas Saldo

Quant.

V.

Unit. Total Quant.

V.

Unit. Total Quant.

V.

Unit. Total

3.000 80

240.000,00 3.000 80

240.000,00

5.000 88

440.000,00 3.000 80

240.000,00

5.000 88

440.000,00

3.000 80

240.000,00 3.800 88

334.400,00

1.200 88

105.600,00

Vejam que o saldo final no PEPS foi de 334.400. Façamos pelo UEPS.

UEPS

Compras Vendas Saldo

Quant. V.

Unit. Total Quant. V.

Unit. Total Quant. V.

Unit. Total

3.000 80

240.000,00 3.000 80

240.000,00

5.000 88

440.000,00 3.000 80

240.000,00

5.000 88

440.000,00

4.200 88

369.600,00 3.000 80

240.000,00

800 88

70.400,00

TOTAL 310.400,00

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Já poderíamos marcar a resposta da questão, uma vez que a média ponderada

móvel se situa entre o resultado do PEPS e do UEPS. Seguem os cálculos:

Média Ponderada Móvel

Compras Vendas Saldo

Quant.

V.

Unit. Total Quant.

V.

Unit. Total Quant. V. Unit. Total

3.000 80

240.000,00 3.000 80

240.000,00

5.000 88

440.000,00 8.000

85,00

680.000,00

4.200 85

357.000,00 3.800 85

323.000,00

Logo, o estoque final através da média ponderada móvel é de R$ 323.000

(Gabarito: Letra d).

15. Gabarito D.

16. (FCC/TRT 18º/Analista Contabilidade/2008)A Cia. Industrial Luar do Sertão

vendeu 10.000 unidades de um produto de sua fabricação ao preço unitário de

R$ 20,00, tendo havido incidência de ICMS à alíquota de 18% e IPI à 10%. O

preço de custo correspondeu a 60% do preço de venda das mercadorias.

Sabendo-se que a companhia é contribuinte do PIS e da COFINS na sistemática

cumulativa (alíquotas de 0,65% e 3%, respectivamente), a devolução de 10%

do lote pela empresa adquirente diminuiu o lucro bruto da companhia

vendedora no valor, em R$, de

(A) 3.670,00.

(B) 3.800,00.

(C) 4.330,00.

(D) 4.400,00.

(E) 5.670,00.

Comentários

Receita de Venda = 10.000 x R$ 20,00 = R$ 200.000,00.

O IPI de 10% (R$ 20.000,00) é por fora do preço. Assim:

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Receita de Venda = 10.000 x R$

20,00 =

R$ 200.000,00

(-) ICMS incluso = 18% x R$

200.000,00 =

(R$ 36.000,00)

(-) PIS s/vendas = 0,65% x R$ 200.000,00 =

(R$ 1.300,00)

(-) COFINS S/ vendas = 3% x R$ 200.00,00 =

(R$ 6.000,00)

(-) Custo = 60% x R$ 200.000,00 = (R$ 120.000,00)

(=) Lucro antes da devolução R$ 36.700,00

A devolução de 10% do lote fará esse lucro cair, proporcionalmente, em 10% x

R$ 36.700,00, ou seja, em R$ 3.670,00 (Gabarito: Letra A).

16. Gabarito A.

17.(FCC/TJ PI/Técnico Contabilidade/2009) Uma companhia comercial adota o

sistema do inventário periódico. Os seguintes dados, dos quais já estão deduzidos, quando for o caso, os impostosrecuperáveis, foram extraídos da

escrituração contábil relativa ao exercício encerrado em 31-12-2008 (em R$):

O Custo das Mercadorias Vendidas dessa companhia no exercício de 2008

correspondeu, em R$, a

A)890.000,00.

B)860.000,00.

C)830.000,00.

D)800.000,00.

E)740.000,00.

Resolução:Vamos usar a fórmula geral:

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Estoque inicial + entradas – saídas = estoque final

O frete é uma entrada na conta de estoque; o abatimento, uma saída. O calculo

fica assim: Estoque inicial 180.000

+ compras 740.000 - Abatimento sobre compras (60.000)

+ Fretes s/ compras 90.000 - CMV X

= Estoque final 120.000

Resolvendo, temos:

950.000 – CMV = 120.000

CMV = 950.000 – 120.000 = 830.000

Gabarito C.

18. (FCC/TCE PI/Auditor/2005)Uma companhia cujo objeto é o comércio de mercadorias adota o sistema do inventário periódico para avaliação de seus

estoques. São dadas as seguintes informações, em R$, extraídas de sua escrituração contábil:

Compras 600.000,00

Devoluções de compras 50.000,00 Estoque inicial de mercadorias 240.000,00

Estoque final de mercadorias180.000,00

O custo das mercadorias vendidas dessa companhia corresponde a

A)660.000,00

B)610.000,00

C)580.000,00

D)550.000,00

E)490.000,00

Resolução:Vamos usar a fórmula geral:

Estoque inicial + entradas – saídas = estoque final

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Estoque inicial 240.000 + compras 600.000 – devolução (50.000) – CMV =

Estoque final 180.000

790.000 – CMV = 180.000

CMV =610.000

Gabarito B.

19. ( FCC/TRT 3ª Região/Analista Contábil/2009) Uma empresa, contribuinte

do ICMS e não-contribuinte do IPI, ao adquirir mercadorias para revenda incorreu nos seguintes gastos: valor bruto de aquisição R$ 55.000,00 (valor

faturado); seguros: R$ 4.000,00, fretes: R$ 13.000,00. No entanto, ao receber

as mercadorias a empresa verificou que um lote, no valor de R$ 7.000,00, estava fora das especificações e por isso o devolveu. Considerando que o ICMS

sobre compras foi R$ 9.000,00 e o IPI sobre compras foi R$ 5.000,00, o valor registrado no estoque referente às mercadorias adquiridas foi, em reais,

A)34.000,00

B)43.000,00

C)48.000,00

D)55.000,00

E)56.000,00

Resolução:O cálculo efetuado pela banca foi o seguinte:

Faturamento (inclui o IPI) 55.000,00

- ICMS (9.000,00) + Fretes 13.000,00

+ Seguros 4.000,00 - Devolução mercadorias (7.000,00)

---------------- Total registrado no estoque: 56.000,00

Faltou constar na questão que os valores informados de IPI e de ICMS referem-

se a valores calculados após a devolução. Ou seja, a devolução não irá afetar o IPIe o ICMS. Do contrário, a questão não tem resposta.

Gabarito E.

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20. (FCC/TJ-PI/Analista Contábil/2009)A Companhia Comercial Framboesa

apresentou, no exercício findo em 31-12-2008, um lucro líquido de R$ 300.000,00, que correspondeu a 20% de sua Receita Bruta de Vendas no

mesmo período. Por hipótese, os impostos e contribuições incidentes sobre vendas montaram a 30% da receita bruta e não houve mais nenhuma despesa

redutora do valor das vendas brutas. No mesmo período, o Custo das Mercadorias Vendidas da Sociedade representou o dobro do Lucro Bruto. Este

último, portanto, equivaleu, em R$, a

A)300.000,00.

B)350.000,00.

C)525.000,00.

D)625.000,00.

E)700.000,00.

Resolução: Vamos esboçar a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)

com os dados fornecidos:

Receita Bruta ? 100%

Impostos s/ vendas ? 30%

Receita Líquida ? 70%

CMV ? ?

Lucro Bruto ? ?

Despesas

Lucro líquido 300.000 20%

O Lucro Líquido de $300.000,00 corresponde a 20% da Receita Bruta. Portanto:

Receita Bruta = $300.000 / 20% = $1.500.000.

Vamos completar o quadro, até o momento:

Receita Bruta 1.500.000 100%

Impostos s/ vendas - 450.000 30%

Receita Líquida 1.050.000 70%

CMV ? ?

Lucro Bruto ? ?

Despesas ? ?

Lucro líquido 300.000 20%

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A Receita Líquida é de $ 1.050.000. A questão informa que o CMV é o dobro do

Lucro Bruto. Portanto, considerando que o Lucro Bruto = X: Receita Líquida – CMV = Lucro Bruto

1.050.000 – 2X = X 1.050.000 = 3 X

X = 350.000

Gabarito B

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QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

1) (FCC/ICMS RO/Auditor/2010) Em janeiro, uma empresa adquiriu

mercadorias no valor de R$ 90.000,00, tendo pago 60% à vista. O restante do pagamento dessas mercadorias foi realizado em março. Em março, a empresa

vendeu estas mercadorias por R$ 190.000,00 e recebeu 50% à vista (o restante das vendas foi recebido em agosto). O lucro bruto obtido pela empresa

no mês de março, com as vendas de mercadorias foi, em reais,

a) 5.000,00; b) 59.000,00;

c) 100.000,00; d) 136.000,00;

e) 154.000,00

2) (FCC/ICMS RO/Auditor/2010) A empresa Beira Mar, comercial de trajes de praia, adquiriu um lote de 100 sungas no valor faturado de R$ 800,00. Pagou,

também, frete no valor de R$ 50,00 e seguros no valor de R$ 34,00. Quando do recebimento do produto, percebeu que as cores das sungas não estavam de

acordo com o pedido de compra e o vendedor concedeu-lhe um abatimento de R$ 50,00. O ICMS foi R$ 144,00 sobre a compra de sungas e R$ 6,00 sobre o

frete. Sabendo que a empresa vendeu 70 sungas ao preço líquido de vendas unitário de R$ 15,00, o lucro bruto apurado com as vendas desta mercadoria

foi, em reais,

a) 630,00. b) 571,20.

c) 567,00.

d) 536.20. e) 466,20.

3)(FCC/NOSSA CAIXA/Contador/2011) A Cia. Diamantina adquiriu uma

mercadoria para revenda. O total da nota fiscal foi de R$ 1.100,00, sendo R$ 100,00 o valor correspondente ao Imposto sobre Produtos Industrializados. Dos

tributos incidentes sobre as compras, apenas o ICMS, que foi cobrado com alíquota de 18%, é recuperável.

Posteriormente, a companhia revendeu a mercadoria para terceiros pelo valor

de R$ 1.800,00. Sabe-se que o valor total de PIS e COFINS pagos pela Companhia sobre essa receita foi de R$ 65,70 e que o ICMS incidiu na operação

com alíquota de 18%. Se essa tivesse sido a única operação de vendas efetuada pela Companhia, no exercício, ela teria auferido um Lucro Bruto nessa

operação, em R$, de

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(A) 914,30.

(B) 590,30. (C) 410,30.

(D) 570,30. (E) 490,30.

4) (FCC/INFRAERO/Contador/2011) Uma companhia comercial varejista

adquiriu 1.000 unidades de um determinado produto pelo valor unitário de R$ 10,00, tendo pago o IPI de 10% incidente sobre a compra, cujo valor total foi

R$ 11.000,00. Posteriormente, ela revendeu 80% do lote por R$ 25,00 cada unidade. Ambas as operações foram tributadas pelo ICMS à alíquota de 18% e

a companhia está sujeita à incidência do PIS e da COFINS no regime da não cumulatividade. O valor do ICMS que a empresa deveria recolher à Fazenda

Estadual, considerando-se apenas essas operações, seria, em R$,

(A) 3.600,00 (B) 1.800,00

(C) 1.620,00 (D) 1.980,00

(E) 2.700,00

5)(FCC/ISS SP/Auditor/2007)Considere os dados a seguir:

Estoque inicial de materiais diretos 60.000,00 Estoque final de produtos em elaboração 68.000,00

Compras de materiais diretos 160.000,00 Estoque inicial de produtos acabados 20.000,00

Mão-de-obra direta 15.000,00 Estoque final de produtos acabados 16.000,00

Custos indiretos de fabricação 53.000,00 Estoque final de materiais diretos 77.000,00

Estoque inicial de produtos em elaboração 42.000,00 Despesas administrativas 22.000,00

Despesas com vendas 18.000,00 Despesas financeiras líquidas 4.000,00

Considerando apenas essas informações, extraídas da contabilidade da Cia. Rio Negro, o Custo dos Produtos Vendidos, no período, correspondeu a, em R$:

(A) 145.000,00

(B) 167.000,00 (C) 185.000,00

(D) 189.000,00 (E) 211.000,00

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6) (FCC/ISS SP/Auditor/2007) A Cia. Flor do Charco adquiriu à vista um lote de mercadorias, revendendo, em seguida, metade do mesmo, por R$ 280.000,00.

A companhia está sujeita, nas suas operações de compra e venda, à incidência do ICMS à alíquota de 18% e à do PIS e da COFINS, no regime não-cumulativo,

com alíquotas, respectivamente, de 1,65% e 7,6%. O lucro bruto auferido pela

sociedade nessas transações foi de R$ 58.200,00.

O custo das mercadorias vendidas na mencionada operação de venda foi igual a, em R$:

(A) 143.400,00

(B) 145.500,00 (C) 166.780,00

(D) 171.400,00 (E) 200.000,00

7) (FCC/ICMS SP/AFR/2009)Custo de Produção do Período é a soma dos custos

incorridos no período dentro da fábrica. Custo da Produção Acabada é a soma dos custos contidos na produção acabada no período. Custo dos Produtos

Vendidos é a soma dos custos incorridos na produção dos bens e serviços que só agora estão sendo vendidos.

Com relação à afirmação acima, e tomando-se como base para comparação o mesmo período, é correto afirmar que

(A) o custo de Produção será obrigatoriamente maior que os demais.

(B) o custo da Produção Acabada será obrigatoriamente menor que os demais. (C) o custo dos Produtos Vendidos será obrigatoriamente maior do que os

outros dois acima mencionados. (D) não existe correlação obrigatória de grandeza entre os três custos acima

mencionados. (E) o custo de Produção Acabada será obrigatoriamente maior que os demais,

por ser a soma dos custos contidos na produção.

8) (FCC/ICMS SP/AFR/2009) Considere as informações apresentadas, no quadro abaixo, referentes à movimentação de estoques de materiais na

empresa Y.

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Considerando que a apuração do custo dos produtos vendidos é feita

mensalmente, o critério de avaliação dos Materiais Diretos (Preço Médio, PEPS e UEPS) que leva a empresa Y a alcançar melhor resultado no período de X0 é

(A) PEPS.

(B) UEPS. (C) Médio.

(D) PEPS e UEPS o mesmo resultado. (E) Médio e PEPS o mesmo resultado.

9) (FCC/TRT 4ª/Analista Judiciário/2011) Em uma economia de preços

decrescentes, a avaliação de estoques pelo critério Último que Entra é o Primeiro que Sai (UEPS), em relação a outros critérios de atribuição de preços

aos estoques, tende a gerar valores de

(A) custo de mercadorias vendidas maiores. (B) estoque final menores.

(C) saídas maiores.

(D) estoques finais maiores. (E) custo de compras maiores.

10)(FCC/TRF 4ª/Analista Judiciário/2011) O registro de uma venda a prazo no

valor de R$ 300.000,00 com 20% de lucro sobre o valor do custo da mercadoria vendida, no mesmo dia em que o fornecedor das citadas mercadorias era pago

em virtude do vencimento da duplicata aceita pelo comprador, provoca a seguinte alteração no patrimônio da entidade vendedora:

(A) diminuição dos estoques em R$ 240.000,00.

(B) aumento do Ativo Circulante em R$ 60.000,00. (C) aumento do Patrimônio Líquido em R$ 50.000,00.

(D) diminuição do Passivo Circulante em R$ 240.000,00. (E) diminuição do Patrimônio Líquido em R$ 60.000,00.

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(FCC/TRF 4ª/Analista Judiciário/2011) A Cia. Comercial Olavo Bilac iniciou o

mês com estoque de 10 unidades de uma determinada mercadoria com preço unitário de R$ 400,00, já líquido de impostos recuperáveis. As operações abaixo

foram efetuadas pela companhia nesse mês, sendo que os preços de compras estão sujeitos à alíquota hipotética do ICMS de 20%. A Cia. é contribuinte do

PIS e da COFINS pela sistemática cumulativa, com alíquotas respectivas de 0,65% e 3%.

− Compra de 20 unidades ao preço unitário de R$ 520,00;

− Venda de 25 unidades ao preço unitário de R$ 1.000,00; − Compra de 30 unidades ao preço unitário de R$ 550,00;

− Venda de 20 unidades ao preço unitário de R$ 640,00.

11) O estoque final da mercadoria no mês, caso a companhia use o método UEPS (Último que entra, Primeiro que sai) para avaliação de seus estoques,

equivale, em R$, a

(A) 6.600,00.

(B) 6.400,00. (C) 8.250,00.

(D) 7.515,00. (E) 7.480,00.

12) O Custo das Mercadorias Vendidas no mês, caso a companhia utilize o

método PEPS de avaliação de estoques, foi, em R$, igual a

(A) 19.020,00. (B) 19.120,00.

(C) 19.040,00. (D) 18.920,00.

(E) 19.080,00.

13) O lucro bruto auferido pela empresa na 1a venda de 25 unidades, caso a companhia tenha utilizado o método do custo médio ponderado para avaliação

de seus estoques foi, em R$, (desprezando-se os centavos a partir da terceira casa decimal depois da vírgula para obtenção do custo médio) igual a

(A) 9.721,00.

(B) 8.821,00. (C) 8.633,50.

(D) 8.563,50. (E) 9.733,50.

14) (FCC/TRT 18º/Analista Contabilidade/2008) A Cia. Comercial Madureira

iniciou o exercício com um estoque de R$ 800.000,00. Adquiriu R$

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1.300.000,00 de mercadorias, já deduzidos desse valor os impostos

recuperáveis. As vendas líquidas da empresa no exercício totalizaram R$

1.800.000,00. A companhia adota o sistema do inventário periódico e a

contagem do estoque final de mercadorias indicou que ele equivalia a 120% do

estoque inicial. O lucro bruto da companhia nesse exercício equivaleu, em R$, a

(A) 1.140.000,00.

(B) 980.000,00.

(C) 960.000,00.

(D) 840.000,00.

(E) 660.000,00.

15. (FCC/TRT 18º/Analista Contabilidade/2008)A Cia. Comercial Mar Azul fez,

na ordem cronológica, as seguintes operações com mercadorias no mês de

início de suas atividades:

- compra de 3.000 unidades a R$ 80,00 cada uma

- compra de 5.000 unidades a R$ 88,00 cada uma

- venda de 4.200 unidades a R$ 200,00 cada uma

Após essas operações, o estoque de mercadorias no final do mês foi avaliado

em R$ 323.000,00. Logo, é correto afirmar que o método utilizado pela

companhia para avaliar os seus estoques foi o

(A) do preço de reposição.

(B) PEPS (primeiro que entra, primeiro que sai).

(C) UEPS (último que entra, primeiro que sai).

(D) da média ponderada móvel.

(E) do preço específico.

16. (FCC/TRT 18º/Analista Contabilidade/2008)A Cia. Industrial Luar do Sertão

vendeu 10.000 unidades de um produto de sua fabricação ao preço unitário de

R$ 20,00, tendo havido incidência de ICMS à alíquota de 18% e IPI à 10%. O

preço de custo correspondeu a 60% do preço de venda das mercadorias.

Sabendo-se que a companhia é contribuinte do PIS e da COFINS na sistemática

cumulativa (alíquotas de 0,65% e 3%, respectivamente), a devolução de 10%

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do lote pela empresa adquirente diminuiu o lucro bruto da companhia

vendedora no valor, em R$, de

(A) 3.670,00.

(B) 3.800,00.

(C) 4.330,00.

(D) 4.400,00.

(E) 5.670,00.

17.(FCC/TJ PI/Técnico Contabilidade/2009) Uma companhia comercial adota o

sistema do inventário periódico. Os seguintes dados, dos quais já estão deduzidos, quando for o caso, os impostosrecuperáveis, foram extraídos da

escrituração contábil relativa ao exercício encerrado em 31-12-2008 (em R$):

O Custo das Mercadorias Vendidas dessa companhia no exercício de 2008

correspondeu, em R$, a

A)890.000,00.

B)860.000,00.

C)830.000,00.

D)800.000,00.

E)740.000,00.

18. (FCC/TCE PI/Auditor/2005)Uma companhia cujo objeto é o comércio de

mercadorias adota o sistema do inventário periódico para avaliação de seus estoques. São dadas as seguintes informações, em R$, extraídas de sua

escrituração contábil:

Compras 600.000,00 Devoluções de compras 50.000,00

Estoque inicial de mercadorias 240.000,00

Estoque final de mercadorias180.000,00

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O custo das mercadorias vendidas dessa companhia corresponde a

A)660.000,00

B)610.000,00

C)580.000,00

D)550.000,00

E)490.000,00

19. ( FCC/TRT 3ª Região/Analista Contábil/2009) Uma empresa, contribuinte do ICMS e não-contribuinte do IPI, ao adquirir mercadorias para revenda

incorreu nos seguintes gastos: valor bruto de aquisição R$ 55.000,00 (valor

faturado); seguros: R$ 4.000,00, fretes: R$ 13.000,00. No entanto, ao receber as mercadorias a empresa verificou que um lote, no valor de R$ 7.000,00,

estava fora das especificações e por isso o devolveu. Considerando que o ICMS sobre compras foi R$ 9.000,00 e o IPI sobre compras foi R$ 5.000,00, o valor

registrado no estoque referente às mercadorias adquiridas foi, em reais,

A)34.000,00

B)43.000,00

C)48.000,00

D)55.000,00

E)56.000,00

20. (FCC/TJ-PI/Analista Contábil/2009)A Companhia Comercial Framboesa apresentou, no exercício findo em 31-12-2008, um lucro líquido de R$

300.000,00, que correspondeu a 20% de sua Receita Bruta de Vendas no mesmo período. Por hipótese, os impostos e contribuições incidentes sobre

vendas montaram a 30% da receita bruta e não houve mais nenhuma despesa redutora do valor das vendas brutas. No mesmo período, o Custo das

Mercadorias Vendidas da Sociedade representou o dobro do Lucro Bruto. Este último, portanto, equivaleu, em R$, a

A)300.000,00.

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B)350.000,00.

C)525.000,00.

D)625.000,00.

E)700.000,00.

GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

QUESTÃO GABARITO

1 C

2 B

3 E

4 B

5 D

6 B

7 D

8 B

9 D

10 C

11 B

12 D

13 B

14 E

15 D

16 A

17 C

18 B

19 E

20 B