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Aula 5b Água

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Aulas de águas subterrâneas, material baseado em vários autores.

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Aula 5b – Água

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DepoimentosA água deste lago não é boa. Recolhemo-la porque nãotemos alternativa. Todos os animais bebem água destelago, assim como a comunidade. É também por causada água que estamos a ser infectados por váriasdoenças.

Zenebech Jemel, Chobare Meno, Etiópia

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DepoimentosClaro que eu gostava de ir à escola. Quero aprender a lere a escrever… Mas como posso fazê-lo? A minha mãeprecisa de mim para ir buscar água.

Yeni Bazan, 10 anos, El Alto, Bolívia

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DepoimentosAs condições aqui são terríveis. Há esgotos por todo olado. É por isso que a nossa água está poluída. Amaioria das pessoas utiliza baldes e sacos de plásticopara as suas necessidades fisiológicas. As nossascrianças sofrem permanentemente de diarréia e deoutras doenças devido à imundície.

Mary Akinyi, Kibera, Nairobi, Quénia

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DepoimentosElas [as fábricas] utilizam tanta água e nós maldispomos de quantidade suficiente para as nossasnecessidades básicas, já para não falar na rega dasnossas colheitas.

Gopal Gujur, agricultor, Rajastão, Índia

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A água para lá da escassez: poder, pobreza e a crise mundial da águaAo contrário das guerras e das catástrofes naturais, a

crise global da água não ocupa lugar de destaque nostítulos da imprensa. Também não galvaniza uma açãointernacional concertada. Tal como a fome, a privaçãodo acesso à água é uma crise silenciosa suportada pelospobres e tolerada por aqueles que dispõem dosrecursos, da tecnologia e do poder político para acabarcom ela.

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A água para lá da escassez: poder, pobreza e a crise mundial da águaNo entanto, esta é uma crise que está a bloquear o

progresso humano, condenando uma considerávelparte da humanidade a vidas de pobreza,vulnerabilidade e insegurança.

Esta crise ceifa mais vidas por doença do que qualquerconflito armado. Reforça também as obscenasdesigualdades nas oportunidades de vida que dividemnações ricas e pobres num mundo cada vez maispróspero e interligado e também as pessoas de ummesmo país com base na riqueza, gênero e outrosindicadores de desvantagem.

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A água para lá da escassez: poder, pobreza e a crise mundial da água

Hoje, cerca de 1,1 mil milhões de pessoas dos países emdesenvolvimento têm um acesso inadequado à água e2,6 mil milhões não dispõem de saneamento básico.Estes dois déficit têm a sua origem nas instituições enas escolhas políticas, não na disponibilidade da água.

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Mas se a escassez é um problema generalizado, nemtodos são afetados por ela. Em regiões da Índia quesofrem de pressão sobre os recursos hídricos, asbombas de irrigação extraem água de aqüíferos 24horas por dia para os agricultores abastados, ao passoque os pequenos agricultores vizinhos dependem doscaprichos da chuva.

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A água para lá da escassez: poder, pobreza e a crise mundial da águaA principal causa de escassez na grande maioria dos

casos tem raízes institucionais e políticas e não se devea uma deficiência física de água. Em muitos países aescassez é produto de políticas públicas que têmencorajado a utilização abusiva de água.

O mundo tem água mais do que suficiente para finsdomésticos, para a agricultura e para a indústria.

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A água para lá da escassez: poder, pobreza e a crise mundial da água

O número de 1,8 milhões de mortes infantis anuaisrelacionadas com a água imprópria para consumo ecom um saneamento inadequado ofusca as mortesassociadas aos conflitos violentos.

A crise da água e do saneamento representa a ameaçamais imediata e mais direta às pessoas carentes dospaíses pobres — um eleitorado sem voz na formaçãodas percepções internacionais da segurança humana.

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Água para a vida — a crise global da água e do saneamento

Para além de impactos destrutivos altamente visíveissobre as pessoas, a insegurança da água viola algunsdos princípios mais básicos da justiça social.

Entre eles:

• Cidadania igual.

• Omínimo social.

• Igualdade de oportunidades.

• Distribuição justa.

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Água para a vida — a crise global da água e do saneamentoA água potável e o saneamento constituem alguns dos

motores mais poderosos do desenvolvimento humano.Alargam a oportunidade, aumentam a dignidade eajudam a criar um ciclo virtuoso de melhoria da saúdee de crescimento da riqueza.

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Água para a vida — a crise global da água e do saneamento

Se as necessidades básicas variam, o limite mínimo é decerca de 20 litros por dia. A maioria dos 1,1 mil milhõesde pessoas sem acesso a água potável utiliza cerca de 5litros por dia. Em média, na Europa as pessoasutilizam mais de 200 litros, e nos Estados Unidos maisde 400 litros.

Uma bacia com caixa acoplada

consome em média 12 litros por

descarga

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Os custos do desenvolvimentohumano — imensosA privação de água e de saneamento gera efeitos

multiplicadores. Do currículo constam os seguintes custospara o desenvolvimento humano:

• Cerca de 1,8 milhões de mortes de crianças por ano causadaspor diarréia (4.900 mortes por dia), ou seja, uma populaçãomenor de cinco anos de dimensão equivalente à existenteem Nova Iorque e Londres combinadas. Em conjunto, aágua imprópria para consumo e o saneamento inadequadoconstituem a segunda maior causa mundial de morteinfantil.

As mortes por diarréia em 2004 foram seis vezes mais numerosas do que a média anual de mortes em conflitos

armados nos anos 90.

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Os custos do desenvolvimentohumano — imensos

• A perda de 443 milhões de dias escolares por anodevido a doenças relacionadas com a água.

• Perto de metade do total de pessoas dos países emdesenvolvimento sofrem, em determinada altura, deum problema de saúde causado pela falta de acesso aágua e saneamento.

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Os custos do desenvolvimentohumano — imensos

• Milhões de mulheres passam várias horas por dia arecolher água.

• Ciclos de vida de desfavorecimento afetam milhões depessoas, com a doença e as oportunidades de educaçãoperdidas na infância resultando em pobreza na vidaadulta.

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Uma crise para os pobres,fundamentalmenteA crise da água e do saneamento é, acima de tudo, uma

crise dos pobres. Quase duas em cada três pessoas semacesso à água potável sobrevivem com menos de 2dólares por dia, com uma em cada três a viver commenos de 1 dólar por dia. Mais de 660 milhões depessoas sem saneamento vivem com menos de 2dólares por dia e mais de 385 milhões com menos de 1dólar por dia.

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Uma crise para os pobres,fundamentalmenteEm muitos países, a distribuição do acesso adequado a

água e saneamento reflete a distribuição de riqueza. Oacesso a água canalizada nos lares é, em média, de 75%para os 20% mais ricos, em comparação com 25% paraos 20% mais pobres. A desigualdade vai além doacesso.

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Uma crise para os pobres,fundamentalmente

O princípio perverso que se aplica a grande parte domundo em desenvolvimento é que as pessoas maispobres não só têm acesso a menos água, e a menoságua potável, como também pagam alguns dos preçosmais elevados do mundo:

• As pessoas que vivem nos bairros degradados de Jacarta(Indonésia), Manila (Filipinas) e Nairobi (Quénia)pagam 5 a 10 vezes mais por água e por unidade do queas que vivem nas zonas de elevado rendimento dassuas próprias cidades — e mais do que pagam osconsumidores em Londres ou Nova Iorque.

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Uma crise para os pobres,fundamentalmente

• As famílias de elevado rendimento utilizam muito maiságua do que as famílias carentes. Em Dares Salam(Tanzânia) e Bombaim (Índia), a utilização de água percapita é 15 vezes mais elevada nos subúrbios de altorendimento ligados ao serviço de abastecimentopúblico de bairros degradados.

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Uma crise para os pobres,fundamentalmente• Os preços desiguais da água têm conseqüências

perversas para a pobreza das famílias. Os 20% defamílias mais pobres em El Salvador, Jamaica eNicarágua gastam em média mais de 10% do seurendimento familiar em água.

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O acesso à água potávelExistem actualmente mais de 1000 milhões de pessoas

no mundo que não tem acesso a uma fonte de água defácil acesso e seguro, como uma ligação à rede de águaou de um poço protegido. Em vez disso, o acesso à águaé limitada, ou disponíveis através de fontes nãoprotegidas. O alvo, no âmbito do Desenvolvimento doMilênio, é reduzir pela metade, até 2015, a proporçãode pessoas sem acesso sustentável à água potável esaneamento

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O acesso à água potável

Percentagem da população com acesso a água potável

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Por que razão os governos devem agir ?A ausência de água potável e de saneamento adequado é

uma das principais causas de pobreza e desubnutrição:

• Uma em cada cinco pessoas do mundo emdesenvolvimento — 1,1 mil milhões no total— não tem acesso a uma fonte de águatratada.

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Por que razão os governos devem agir?• Uma em cada duas pessoas — 2,6 mil milhões no

total — não tem acesso a um saneamentoadequado.

• As doenças e as perdas de produtividade ligadas àágua e ao saneamento nos países emdesenvolvimento ascendem a 2% do PIB,elevando-se a 5% na África Subsariana — mais doque a região recebe em ajuda.

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Por que razão os governos devem agir?• Em muitos dos países mais pobres, apenas 25% das

famílias mais carentes têm acesso a água canalizada emcasa, em comparação com 85% das mais abastadas.

• As famílias mais carentes chegam a pagar dez vezes maispela água do que as famílias mais abastadas.

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Por que razão os governos devem agir?• A água é um recurso produtivo vital para os pequenos

agricultores, que representam mais de metade dapopulação mundial que vive com menos de 1 dólar pordia.

• A crescente pressão pela transferência de água daagricultura para a indústria ameaça aumentar apobreza rural.

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Por que razão os governos devem agir?

• A recolha e o transporte de água a longa distânciaimpedem que milhões de meninas freqüentem aescola, condenando-as a um futuro de analfabetismoe de escolhas restritas.

• As doenças provocadas pela água, como a diarréia e asinfecções parasitárias, custam 443 milhões de diasletivos por ano — o equivalente a um ano letivo inteiropara todas as crianças de sete anos na Etiópia — ediminuemo potencial de aprendizagem.

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Por que razão os governos devem agir?• Em muitos países, o abastecimento inadequado de água

e saneamento nas escolas constitui uma ameaça para asaúde das crianças.

• A ausência de água e saneamento adequados nasescolas é uma das principais razões para o abandonoescolar por parte das meninas.

• As infecções parasitárias transmitidas pela água e pelomau saneamento atrasam o potencial de aprendizagemde mais de 150 milhões de crianças.

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Por que razão os governosdevem agir?• A privação de água e saneamento perpetua a

desigualdade de gênero e retira poder às mulheres.

• São as mulheres que suportam o fardo daresponsabilidade pela recolha da água, demorandofreqüentemente até 4 horas por dia a andar, a esperarem filas e a transportar água. Esta é uma das principaisfontes de privação de tempo.

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Por que razão os governos devem agir?• O tempo que as mulheres despendem a tratar de

crianças infectadas por doenças transmitidas pela águadiminui a sua oportunidade de se envolverem numtrabalho produtivo.

• O saneamento inadequado é experimentado pormilhões de mulheres como uma falta de dignidade efonte de insegurança.

• As mulheres respondem pelo grosso da produçãoalimentar em muitos países, mas detêm direitosrestritos à água.

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Por que razão os governosdevem agir?• A água contaminada e as más condições de saneamento

constituem a principal causa dos 1,8 milhões de mortesanuais de crianças por diarréia — quase 5.000 por dia— o que converte este fator na segunda principal causade mortalidade infantil.

• O acesso a água potável e saneamento pode reduzir orisco de morte de uma criança em 50%.

• A diarréia causada por água insalubre constitui uma dasprincipais causas de morte no mundo, ceifando cincovezes mais vidas de crianças do que o HIV/AIDS.

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Por que razão os governos devem agir?• O acesso a água potável e saneamento constitui uma das

medidas mais poderosas de prevenção da mortalidadeinfantil: alcançar o Objetivo de Desenvolvimento doMilênio para a água e o saneamento, mesmo ao nível maisbásico de abastecimento, pouparia mais de 1 milhão devidas na próxima década; o abastecimento universalelevaria o número de vidas poupadas a 2 milhões.

• As doenças transmitidas pela água intensificamdisparidades profundas e socialmente injustas, enfrentandoas crianças de famílias carentes um risco de morte cerca detrês a quatro vezes superior ao das crianças de famíliasabastadas.

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Por que razão os governosdevem agir?A prestação de água e saneamento reduz a incidência de

doenças e enfermidades — como anemia, deficiênciade vitaminas e tracoma — que debilitam a saúdematerna e que contribuem para a mortalidadematerna.

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Por que razão os governos devem agir?

• O acesso inadequado à água e ao saneamento restringeas oportunidades de higiene e expõe as pessoasportadoras do HIV/AIDS a riscos de infecçãoacrescidos.

• As mães infectadas pelo HIV necessitam de águapotável para preparar leite artificial.

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Por que razão os governos devem agir ?• Alcançar a meta do Objetivo de Desenvolvimento do

Milênio para a água e o saneamento reduziria os custosde tratamento de doenças infecto-contagiosastransmitidas pela água em 1,7 milhões de dólares nossistemas de saúde, aumentando os recursosdisponíveis para o tratamento do HIV/AIDS.

• As más condições de saneamento e de drenagemfomentam a infecção por malária, que ceifa cerca de 1,3milhões de vidas por ano, 90% das quais de criançascom menos de cinco anos.

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Por que razão os governos devem agir?• Com base nas tendências atuais, o objetivo de reduzir a

metade a percentagem da população sem acesso a águae saneamento não será atingido por 235 milhões depessoas na água e por 431 milhões no saneamento.

• A África Subsariana necessitará de aumentar as novasligações ao saneamento, de 7 milhões por ano nadécada passada para 28 milhões por ano até 2015.

• Um progresso lento na água e no saneamento atrasaráavanços noutras áreas.

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Por que razão os governos devem agir?• A exploração insustentável de recursos hídricos

representa uma ameaça crescente para odesenvolvimento humano, produzindo uma dívidaecológica insustentável que será transferida às geraçõesfuturas.

• O número de pessoas que vive em países que sofrem depressão sobre os recursos hídricos passará de cerca de700 milhões, atualmente, para mais de 3 mil milhõesaté 2025.

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Por que razão os governos devem agir?• Mais de 1,4 mil milhões de pessoas vivem atualmente

em bacias hidrográficas onde a utilização de águaexcede os níveis mínimos de reposição, conduzindo àdissecação dos rios e ao esgotamento das águassubterrâneas.

• A conjunção da insegurança da água e das alteraçõesclimáticas ameaça aumentar o número de pessoassubnutridas em 75 a 125 milhões até 2080, com umaqueda superior a 25% na produção de produtosalimentares básicos em muitos países da ÁfricaSubsariana.

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Por que razão os governos devem agir?• O esgotamento das águas subterrâneas representa uma

grave ameaça para os sistemas agrícolas, para asegurança alimentar e para os meios de subsistência naÁsia e no Médio Oriente.

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Por que razão os governos devem agir?• Não existe nenhuma parceria global eficaz na água e no

saneamento e, por outro lado, sucessivas conferênciasde alto nível não conseguiram criar o impulsonecessário para colocar a água e o saneamento naagenda internacional.

Muitos governos nacionais fracassam no esforço deimplementar as políticas e o financiamentonecessários para acelerar o progresso.

• A água e o saneamento são mal integrados nosDocumentos de Estratégia de Redução da Pobreza.

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Por que razão os governos devem agir?• Muitos países com elevadas taxas de mortalidade

infantil causada por diarréia despendem menos de0,5% do PIB em água e saneamento, uma fração dovalor que afetam aos orçamentos militares.

• Os países ricos fracassaram no esforço de conferirprioridade à água e ao saneamento nas parceriasinternacionais de ajuda e a despesa na ajuda aodesenvolvimento para o sector tem vindo a cair emtermos reais, representando atualmente apenas 4%dos fluxos totais de ajuda.

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Por que razão os governos devem agir?• A ajuda internacional à agricultura diminuiu em um

terço desde o início dos anos 90, de 12% para 3,5% daajuda total.

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Escassez mundial

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Escassez mundial

DISTRIBUIÇÃO IRREGULARA água, como a humanidade, não se distribui de maneira uniforme pelo mundo.No gráfico, percebe-se que o volume de água fresca disponível para cada habitanteda Oceania e das Américas é muito maior que o para um europeu. Veja que asituação mais desequilibrada é a da Ásia, com mais da metade da populaçãomundial mas pouco mais de um terço das águas

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O planeta tem o mesmo volume de água para cada vez mais gente

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Ameaças ao Ciclo HidrológicoEmbora as quantidades absolutas de água doce na

terra sempre se manteve aproximadamente omesmo, a distribuição desigual da água e dosassentamentos humanos continua a criarcrescentes problemas de disponibilidade de águadoce e de acessibilidade.

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Ameaças ao Ciclo Hidrológico -Degradação

PESTICIDAS

A água do subsolo pode ser contaminada com pesticidase outras substâncias tóxicas. Toda água armazenadapor dezenas de milhares de anos num aqüífero pode,assim, ser definitivamente inutilizada.

LAGOS E RIOS MORTOS

Os nutrientes arrastados do solo das plantações para riose lagos pelas chuvas estimulam o crescimento de algas,que acabam com o oxigênio da água e a tornamimprópria para peixes e outros seres aquáticos.

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EFLUENTES TÓXICOSAs substâncias contaminantes, como o mercúrio presente em

aparelhos eletrônicos e usado na mineração, tornam osefluentes industriais venenosos.

IMPERMEABILIZAÇÃOO solo impermeabilizado prejudica a recarga dos aqüíferos e

aumenta o escoamento superficial. Isso favorece asinundações e o assoreamento de rios.

ESGOTO SEM TRATAMENTOCerca de 90% do esgoto doméstico dos países em

desenvolvimento não é tratado. Além de contaminar asfontes subterrâneas, o esgoto espalha doenças diarréicas eparasitárias que matam mais de 4 mil crianças por dia.

Ameaças ao Ciclo Hidrológico -Degradação

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Ameaças ao Ciclo Hidrológico -Mudanças Climáticas FIM DAS GELEIRAS

Estima-se que 80% das geleiras do Himalaia possam sumirem 30 anos, reduzindo a vazão dos principais rios asiáticos,que abastecem um sexto da população mundial. A reduçãodas neves andinas, onde nasce o rio Amazonas, afetará todaa América do Sul, principalmente nos aspectos climáticos.

CHUVA ÁCIDA

Os óxidos liberados pela queima de combustíveis reagem coma água e o oxigênio atmosféricos, formando ácidos como osulfúrico (H2SO4) e o nítrico (HNO3). Carregados pelachuva, esses ácidos podem envenenar os rios e a terra,matar as plantas e causar doenças.

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Ameaças ao Ciclo Hidrológico - AbusoIRRIGAÇÃONo decorrer do século XX, muitos ambientes aquáticos, como

rios, lagos, pântanos e mangues, foram comprometidos porprojetos de irrigação e ocupação irregular do solo. O mar deAral é o exemplo extremo dessa situação.

CONSUMO EXAGERADO DE ÁGUA SUBTERRÂNEAEm 60% das cidades européias com mais de 100 mil

habitantes, o consumo de água subterrânea é maior que suataxa de reposição. A Cidade do México fica sobre um lençolfreático responsável por 72% do abastecimento. Seis milpoços sugam 52 m3 por segundo e recebem “apenas” 28 m3por segundo. Esse esvaziamento do lençol faz a cidadeafundar 10 cm por ano.

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Aral – Ásia CentralNa Ásia Central, o Aral era o quarto maior mar interno do mundo até

1960. O Aral está resumido a três corpos de água muito menores,poluídos e ultrassalgados, que recobrem uma área equivalente a10% da original. A culpa pelo desastre foi o desvio dos rios Amu eSyr para irrigar as lavouras da União Soviética (URSS), nos anos1960. E a catástrofe ambiental permaneceu relativamentedesconhecida do mundo até 1985. Em condições tão adversas, todoo ecossistema do Aral ficou seriamente comprometido.

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Extração e consumo de água por setor (Km3/ ano)

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Água Virtual - É a quantidade de água usada, direta ou indiretamente, na produção de algo.

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Água Virtual - É a quantidade de água usada, direta ou indiretamente, na produção de algo.

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Exportadores de água engarrafadaMaiores exportadores de água engarrafada e

importadores. Os mapas que ilustram a lógica malucado comércio global de hoje. Troca não é mais baseadonas necessidades locais ou disponibilidade de recursos(na maioria dos países onde grandes quantidades deágua engarrafada são consumidos, a água de torneira épotável), com a troca desnecessária envolvendograndes importadores, que também são grandesexportadores (França, Alemanha e Bélgica) .

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Água: 74% dos paulistanos não se empenham para evitar desperdício

SÃO PAULO - Os paulistanos não parecem estar muitopreocupados em evitar o desperdício de água. A constatação é dapesquisa realizada pelo Ibope Inteligência em comemoração aoDia Mundial da Água, celebrado no dia 22 de março.

De acordo com os números do levantamento, embora 94% dos1.008 entrevistados aleguem se preocupar em fazer melhor usoda água, 74% admitem que não se empenham muito para atingiresse objetivo.

Ainda segundo os dados, 71% das pessoas acreditam que,reduzindo o tempo no banho, poderiam reduzir o desperdícioque acontece na própria casa. Já 50% afirmaram que, para reduziro gasto, seria importante fechar a torneira enquanto escovam osdentes ou fazem a barba e 37% sugeriram reutilizar a água damáquina de lavar roupas para outras finalidades, como lavar acalçada, em vez de usar mangueira.

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Água: 74% dos paulistanos não se empenham para evitar desperdício

DesperdícioOs paulistanos também se mostram conscientes de que são os

cidadãos comuns, não a indústria, os que mais desperdiçam. Deacordo com as respostas, 66% acreditam que são as residênciasque mais usam água sem necessidade, enquanto 30% acreditamque a culpa pelo desperdício seja das empresas e companhias.

Já com relação à poluição das águas, 75% acreditam que a culpa édas indústrias e apenas 22% culpam as residências.

Os números mostram também que, entre os paulistanosentrevistados, 36% qualificam a atuação do ministério do MeioAmbiente na conservação dos recursos hídricos como boa ouótima. Já com relação ao governo de São Paulo, apenas 29%consideram as ações boas e ótimas, enquanto que, em relação àPrefeitura da cidade, menos pessoas estão satisfeitas (apenas28%). INFO MONEY

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Bibliografia http://dinheiro.br.msn.com/comportamento/artigo.aspx?c

p-documentid=28051391 Por InfoMoney, InfoMoney,Atualizado: 18/3/2011 17:21

Dossiê da água - 1º SEMESTRE 2009 ATUALIDADESVESTIBULAR

http://www.grida.no/ http://virtualwater.eu/ http://www.charitywater.org/ Relatório do Desenvolvimento Humano 2006 Publicado

para o Programa das Nações Unidas para oDesenvolvimento (PNUD) A água para lá da escassez:poder, pobreza e a crise mundial da água Programa dasNações Unidas para o Desenvolvimento

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Frases«O direito humano à água habilita todas as pessoas aágua suficiente, segura, aceitável, fisicamente acessívele a um bom preço para uso pessoal e doméstico»

Comentário Geral n.º 15 das Nações Unidas, sobre odireito à água, 2002

«Não há missão mais nobre para o homem civilizado doque melhorar as condições sanitárias da humanidade»

Conselho de Saúde de Boston, 1869

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Frases«Pensamos ser nosso dever afirmar que a venda de águaa preços elevados não serve os interesses da saúdepública. O abastecimento de água limpa emabundância, a um preço acessível a todas as bolsas,constitui uma das medidas mais importantes para apromoção da saúde de qualquer comunidade.»

Conselho de Saúde da Carolina do Norte, 1898

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Frases«”Queremos latrinas!” exclamaram eles para estupefaçãogeral. “Temos que sair e ir fazer as nossas necessidadesao ar livre. As latrinas são para vocês, genteimportante”»

Mahatma Gandhi contando as dores dos intocáveis,Comissão de Saneamento de Rajkot, 1896

«Água suja não pode ser lavada»

Provérbio africano

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Frases«Só sentirás falta da tua água quando o poço secar»

Bob Marley

«O sapo não bebe do mesmo charco em que vive»

Ditado nativo americano

«Entre as muitas coisas que aprendi enquanto presidentefigura o papel central da água nas questões sociais,políticas e econômicas do país, do continente e do mundo»

Nelson Mandela, Cimeira Mundial sobre o DesenvolvimentoSustentável, 2002