AULA 3 - VÍRUS

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. OS VÍRUS

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OS VÍRUS

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GENERALIDAD

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Rabdoviridae: vírus da risca do milho fina

Potyviridae:Vírus do mosaico anão do milho

Vírus da risca do milho fino brotando a partir de um núcleo de célula de milho

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INTRODUÇÃO - HISTÓRICO• Adolf Mayer, 1886

- doença do fumo que ele chamou de "mosaico"• Dmitri Iwanowski, 1892

- descoberta dos vírus (vírus do mosaico do fumo)• Martinus Beijerinck et al., 1898

- suspeita da natureza corpuscular do vírus- teoria do "contagium vivum fluidum"

• 1900 - Vírus (L. virus)• Wendell M. Stanley, 1935

– confirmação natureza corpuscular do vírus- cristalografia (obteve – vírus do mosaico – estado cristalino)

• Biologia Molecular, 1980• Medicina Ocidental - vírus emergentes• HIV, 1983• Hantavirus, Estados Unidos 1993• EHF (Ebola Haemorrhagic Fever), Venezuela 1989• EHF, Zaire 1995

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Vírus• Não são classificados em

nenhum dos reinos de seres vivos.

Estrutura• Capsídeo: cápsula protéica

formada por capsômeros.• Um ácido nucléico, DNA ou

RNA (nucleocapsídeos).• Alguns possuem um

envelope glicoprotéico ou lipoprotéico externo ao capsídeo.

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DEFINIÇÃO

• Vírus são partículas de dimensões diminutas que se reproduzem no interior das células.

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• VÍRION = partícula infectante (quando está fora da célula hospedeira) =

metabolicamente inerte

VÍRUS = partícula viral diminuta = ácido nucleico envolto por proteina

Estado extracelular

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Estado extracelular

VÍRION = estrutura que transporta o genoma viral da célula em que foi produzido para outras células

onde o ácido nucléico poderá ser introduzido

Estado intracelular

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Estado intracelular

produção de cópias do genoma viralsíntese dos componentes que formam o envoltório

viral

dependência dos componentes estruturais e

metabólicos da célula hospedeira

replicação viral

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Infecção

Virus redireciona a maquinaria preexistente e as funções metabólicas da célula hospedeira

Favorecimento da replicação viral e montagem de novos virus

Quando um genoma viral é introduzido em uma célula hospedeira

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Propriedades de um vírus• são agentes filtráveis• são parasitas intracelulares obrigatórios• são incapazes de produzir energia ou

proteínas independentemente de uma célula hospedeira

multiplicam dentro de células vivas usando a maquinaria de síntese das células

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Quais são as principais características dos vírus?

• São organismos acelulares;• São parasitas intracelulares obrigatórios;• Não possuem metabolismo próprio, portanto não

fazem síntese protéica nem respiração celular;• Seu material genético pode ser DNA ou RNA;Seu material genético possui apenas a informação para

produzir o RNAm (mensageiro), os outros dois, RNAr (ribossômico) e RNAt (transportador) que participam da construção de proteínas virais, são da própria célula hospedeira.

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Capsídeo - formado por um capsômero (conjunto de proteínas)

Envolve e protege o genoma (DNA ou RNA);Genoma + capsídeo = nucleocapsídeo

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Envelope

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MORFOLOGIA VIRAL

• Maioria – simetria helicoidal – ex: mosaico do tabaco;

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Vírus helicoidais

• Capsídeo com capsômeros arranjados em torno do ácido nucléico na forma de uma hélice

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Vírus poliédricos

• Capsídeo cuja estrutura básica é um icosaedro – superfície

constituída de 20 faces triangulares e

12 vértices

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Vírus envelopados• O capsídeo é envolvido por um envelope

lipoprotéico com espículas

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Vírus complexos- Apresentam morfologia complexa = bacteriófago – apresentam uma cabeça (abriga o material genético), uma cauda contrátil e filamentos para adsorção à superfície da célula hospedeira.

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Genomas virais• DNA ou RNA : fita simples• fita dupla• dupla fita parcial• DNA e RNA : em diferentes estágios do ciclo de

vida• Ex.: retrovírus – vírion contém genoma de RNA

- replicação: intermediário de DNA• vírus da hepatite B - vírion contém genoma de

DNA- replicação: intermediário de DNA

• Vírion: apenas 1 ácido nucléico (para qualquer tipo de vírus)

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Genomas virais

Diversidade da estrutura genômica

dogma central da biologia molecular

• informação genética: ácido nucléico = proteína

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Multiplicação Viral

• Os ácidos nucléicos do virion apresentam segmentos gênicos que codificam componentes estruturais, como as proteínas do capsídeo e as enzimas usadas no ciclo de vida viral

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Multiplicação Viral

Ciclo de vida dos bacteriófagos• lítico ou virulento: destroem as

células bacterianas hospedeiras• temperado ou avirulento –

lisogênico: não destroem as células hospedeiras

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Multiplicação de Bacteriófagos

• Todas as bactérias infectadas são destruídas = lisadas;

• Bacteriófagos desviam o metabolismo da célula hospedeira;

• Escherichia coli – bactéria;• Fases da multiplicação lítica: adsorção,

penetração, eclipse, síntese e liberação.

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Multiplicação de Bacteriófagos• Bacteriófagos T-pares: O ciclo lítico

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FASE DE ADSORÇÃO

• O fago desenrola as fibras da cauda

• Se fixa à parede da Escherichia coli por receptores específicos da parede bacteriana.

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FASE DE PENETRAÇÃO

• Injeção do DNA do fago no interior da bactéria;

• Cabeça e cauda do bacteriófago não penetram;

• A bainha se contrai – introduz a cauda do bacteriófago na parede bacteriana;

• Libera uma enzima – ataca a parede da bactéria e injeta o DNA.

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FASE DE ECLIPSE

• Dissociação dos constituintes do fago;

• É a fase de eclipse – o fago entra na fase vegetativa = fago vegetativo;

• O fago consiste basicamente de DNA – não são infectantes – não possuem aparelho de inoculação.

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FASE DE SÍNTESE

• Síntese do fago pela bactéria – 6 minutos após a infecção;

• A síntese se faz às custas do DNA do vírus e do resto dos cromossomos da bactéria;

• São produzidas enzimas que desligarão a produção de macromoléculas da bactéria e iniciam a síntese do DNA do fago;

• Por fim os fagos serão montados.

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FASE DE LIBERAÇÃO

• Cerca de 12 minutos após a infecção aparecem os primeiros virions – seu número cresce até 25 minutos;

• Tempo suficiente para a bactéria sintetizar de 50 a 100 novos fagos;

• Quando se atinge certo número de fagos a célula bacteriana se rompe – fagos liberados;

• Enzima lisozima – destrói a parede bacteriana

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CICLO LISOGÊNICO

• O DNA do fago une-se a certos locais do cromossomo bacteriano – passando para as bactérias filhas;

• Bacteriófago temperado = origina os profagos

• Bactéria lisogênica = bactéria que contém o prófago.

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CICLO LISOGÊNICO

• Alguns prófagos tornam-se virulentos – entram no ciclo lítico – processo = indução;

• Indução por: agentes químicos ou físicos – por exemplo os raios X.

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Multiplicação de Vírus Animais

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Multiplicação de Vírus Animais

• Penetram no corpo dos animais sensíveis através da mucosa das vias aéreas superiores e do tubo digestório;

• Alguns são transmitidos por picadas de insetos;

• O vírus gripal apresenta RNA como material genético.

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CICLO DO VÍRUS GRIPAL

1. FASE DE ADSORÇÃO• Apresentam um envoltório com

constituintes – apresentam afinidades pelos mucopolissacarídeos (receptores) da superfície das células – por exemplo – hemácias;

• Os vírus se fixam nesses locais de adsorção e formam agregados de hemácias.

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2. FASE DE PENETRAÇÃO

• Células animais não apresentam parede = facilita a penetração dos vírions;

• Ocorre o englobamento dos vírus no citoplasma (fagocitose) = vesícula de micropinocitose;

• Vesícula se funde com lisossomos – enzimas destroem o invólucro do vírus – liberando o ácido nucléico.

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3. FASE DE ECLIPSE

• Surgem enzimas que inibem todo o processo de síntese da célula hopedeira;

• Síntese de enzimas para a síntese do ácido nucléico do vírion;

• Após a síntese dos componentes virais – montagem dos novos vírus.

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4. FASE DE LIBERAÇÃO

• Alguns vírions animais saem da célula hospedeira deixando-a intacta – outros – a destroem por lise;

• O vírus da gripe sai por extrusão (destrói a célula;

• O vírus do herpes deixa a célula hospedeira intacta – e pode infectar células vizinhas sem passar no meio extracelular.

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Abordagem global do ciclo de vida do HIV (Peterlin, 2003)

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1. Ancoragem ou Adsorção2. Penetração (endocitose)

3. Decapsidação

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4. Biossíntese dos vírus DNA

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4. Biossíntese dos vírus RNA

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Multiplicação e Herança dos Retroviridae

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5. Maturação6. Liberação

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Replicação dos Bacteriófagos

                                

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INFECÇÕES VIRÓTICAS EM PLANTAS

• Fitovírus = vírus – infectam plantas;• Possuem genoma pequeno;• 90% apresentam RNA;• Diversidade de tamanho e conformação

estrutural;• A infecção virótica requer – existência de

prévio danos – alteram ou rompem a parede da célula;

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INFECÇÕES VIRÓTICAS EM PLANTAS

• Danos podem ser causados por vetores (afídeos, cigarrinhas, moscas brancas), nematóides, organismos invertebrados (alimentam da planta) ou ações mecânicas (enxertia, podas);

• Sintomas aparecem no local ou se espalham por tecidos vasculares – outras partes = infecções sistêmica;

• Sintomas = amerelecimento dos tecidos, morte de células.

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PROTEÇÃO CRUZADA

• Algumas espécies de plantas apresentam resistência genética a infecções de certos vírus;

• Cepas de vírus - grau de virulência reduzido – produz sintomas leves nas plantas;

• Desta forma esta planta evita uma infecção posterior por uma cepa mais virulenta do mesmo vírus = proteção cruzada.

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CICLO DE MULTIPLICAÇÃO

• O caulimovírus (CaMV) por exemplo – infectam plantas de família Cruciferae (couve-flor);

• Isométricos;• Entra na célula hospedeira – o DNA

elimina a capa protéica – se enrola e se associa com proteínas da célula hospedeira – forma um “minicromossoma” – transcreve um mRNA – vai para o citoplasma – traduz as proteínas virais.

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VÍRUS DE PLANTAS

• Um grande número de doenças vegetais são causadas por vírus = mosaico da berinjela, a tristeza do Citrus, a faixa clorótica das nervuras do milho anel do pimentão, mosaico do tabaco, etc.

• Estão subdivididos em: a) vírus que se multiplicam somente em

plantas superiores; b) os que se multiplicam também em seus

vetores invertebrados.

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Tristeza dos Citrus

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Faixa clorótica das nervuras do milho

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INFECÇÕES VIRÓTICAS EM PLANTAS

• Transmissão ou disseminação – de plantas doentes para sadias – por insetos vetores (afídeos, cigarrinhas e moscas brancas)

• Através de ferimentos mecanicamente produzidos

• Pela transmissão para um óvulo, através do tubo polínico de um grão de pólen infectado

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VIRÓIDES

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DEFINIÇÃO

• São organismos mais simples que os vírus;

• São agentes infecciosos que atacom a as células vegetais;

• São formados por uma só molécula de DNA.

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CARACTERÍSTICAS

• Não apresentam capa protéica (capsômero);

• Constituídos apenas por RNA circular;• Tamanho muito pequeno = 50 nm (0,001

um = 0,001mm);• Alojam-se no núcleo da célula hospedeira;• Exemplo de infecção = doença do

tubérculo afilado da batata.

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Questões para o Relatório

1. Explique porque os vírus são considerados para parasitas intracelulares obrigatórios.

2. Descreva a estrutura viral.3. Em relação a multiplicação viral, como

ocorrem os processos dos ciclos lítico e lisogênico.

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Mosaico da bananeira• É causado pelo vírus

do mosaico do pepino (Cucumber mosaic virus, CMV)

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A Favor:Os vírus podem ser considerados seres

vivos devido: 1. O fato dos vírus apresentarem

reprodução; embora necessitem da ajuda da célula hospedeira para se reproduzirem;

2. A presença de material genético (DNA ou RNA), e consequentemente a capacidade de sofrerem mutação;

3. Capacidade de adaptação.

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VARIAÇÕES NAS ESTRUTURAS DE VÍRUSVARIAÇÕES NAS ESTRUTURAS DE VÍRUS

VÍRUS DA AIDS

SARS

BACTERIÓFAGO

ADENOVÍRUS

HERPES

Page 87: AULA  3 - VÍRUS

Tipos de Vírus• DNA-vírus: tem o genoma

constituído por DNA, que pode ser simples-fita. Transcreve RNA a fim de replicar-se.

• RNA-vírus: tem o genoma constituído por RNA, que pode ser dupla-fita. Transcreve várias moléculas de RNAm a fim de replicar-se.

• Retrovírus: tipo especial de RNA-vírus que para replicar-se primeiramente transcreve um DNA utilizando a enzima transcriptase reversa. Este DNA viral se incorpora ao DNA celular permitindo a síntese das proteínas virais.

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Ciclo lítico: que provoca a morte da célula hospedeira.

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Ciclo lisogênico: não provoca a morte da célula hospedeira, mas

posteriormente pode se transformar em um ciclo lítico.

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O que é um retrovírus?

É qualquer vírus que possui o RNA como material genético e que, após a infecção da célula hospedeira precisa transformá-lo em DNA para conseguir se reproduzir. Estes microorganismos só conseguem fazer isso porque possuem uma enzima especial, a transcriptase reversa.

RNA(viral) --------------→ DNA(viral)