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A Derivada e a Inclinação de um Gráfico
Prof.: Rogério Dias Dalla Riva
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSOCAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP
CURSO DE ENGENHARIA CIVILDISCIPLINA: CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I
FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS
A Derivada e a Inclinação de um Gráfico
1.Tangente a um gráfico
2.Inclinação de um gráfico
3.Inclinação e o processo de limite
4.A derivada de uma função
5.Diferenciabilidade e continuidade
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1. Tangente a um gráfico
O Cálculo é o ramo da matemática queestuda as taxas de variação de funções. Na funçãode 1o grau, sabemos que o coeficiente angular deuma reta indica a taxa à qual a reta sobe ou desce.Para uma reta, esta taxa é a mesma em todos osseus pontos. Para outros gráficos, que não retas, ataxa à qual o gráfico sobe ou desce pode variar deponto para ponto.
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1. Tangente a um gráfico
Por exemplo, na figura abaixo, a parábolasobe mais rapidamente no ponto (x1, y1) do que noponto (x2, y2). No vértice (x3, y3), o gráfico deixade subir ou descer, e no ponto (x4, y4), o gráficoestá descendo.
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1. Tangente a um gráfico
Para determinar a taxa à qual um gráficosobe ou desce em um ponto determinado, podemosachar o coeficiente angular da tangente no ponto.Em termos simples, a tangente ao gráfico de umafunção f em um ponto P (x, y) é a reta que melhoraproxima o gráfico naquele ponto, conformemostra a figura do slide anterior.
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1. Tangente a um gráfico
A figura abaixo ilustra outros exemplos detangentes.
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1. Tangente a um gráfico
Quando Isaac Newton (1642-1727) estavatrabalhando no “problema da tangente”, constatouquão difícil era definir com precisão o que significatangente a uma curva genérica. Pela geometria,sabemos que uma reta é tangente a um círculo se ointercepta em apenas um ponto, conforme a figuraabaixo.
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1. Tangente a um gráfico
As tangentes a gráficos não-circulares,entretanto, podem interceptar o gráfico em maisde um ponto. Assim é que, no gráfico da figuraabaixo, se prolongarmos a tangente ela iráinterceptar o gráfico em outro ponto distinto doponto de tangência. Veremos como a noção delimite pode ser usada para definir uma tangentegenérica.
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2. Inclinação de um gráfico
Como a tangente é a aproximação linear dográfico em um ponto, o problema da determinaçãoda inclinação de um gráfico se reduz ao de achar ocoeficiente angular da tangente naquele ponto.
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2. Inclinação de um gráfico
Exemplo 1: Utilizando o gráfico abaixo, obtenhauma aproximação da inclinação do gráfico def(x) = x2 no ponto (1, 1).
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2. Inclinação de um gráfico
Pelo gráfico de f(x) = x2,vemos que a tangente em (1, 1)sobe aproximadamente duasunidades para cada unidade devariação em x. Assim, o coefi-ciente angular da tangente em(1, 1) é dado por
variação de y 22
variação de x 1= =
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2. Inclinação de um gráfico
Como a tangente no ponto(1, 1) tem inclinação 2 aproxima-damente, podemos concluir que ográfico tem essa mesma inclina-ção em (1, 1)
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2. Inclinação de um gráfico
Exemplo 2: A figura abaixo ilustra a temperaturadiária (em graus Fahrenheit) em Duluth,Minnesota. Estime a inclinação deste gráfico noponto indicado e interprete fisicamente oresultado.
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2. Inclinação de um gráfico
Pelo gráfico podemosver que a tangente no pontodado cai aproximadamente 27unidades para cada duasunidades de variação de x.Podemos, assim, estimar ainclinação no ponto dadocomo
variação de y 2713,5 graus/mês.
variação de x 2−= = −
Isto siginifica que podemos esperar, em novembro,temperaturas diárias médias mais baixas do que astemperaturas correspondentes em outubro.
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3. Inclinação e o processo delimite
Nos exemplos anteriores aproximamos ainclinação de um gráfico em um ponto fazendo umesboço cuidadoso e traçando “a olho” a tangente noponto de tangência.
Um método mais preciso de obteraproximação de tangentes consiste em fazer usoda reta secante pelo ponto de tangência e por umsegundo ponto do gráfico, conforme a figura aseguir.
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3. Inclinação e o processo delimite
Se (x, f(x)) é o ponto de tangência e(x + ∆x, f(x + ∆x)) é um segundo ponto do gráficode f, então o coeficiente angular da secante pelosdois pontos é
sec
( ) ( ) Coef. ang. da secante
f x x f x ym
x x+ ∆ − ∆= =
∆ ∆
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3. Inclinação e o processo delimite
O membro direito desta equação é chamadoquociente de diferenças. O denominador ∆x é avariação de x, e o numerador é a variação de y.Obteremos aproximações cada vez melhores docoeficiente angular da tangente, escolhendo osegundo ponto cada vez mais próximo do ponto detangência. Observe a sequência de imagens aseguir.
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3. Inclinação e o processo delimite
Utilizando oprocesso de limite,podemos achar ocoeficiente angularexato da tangente em(x, f(x)).
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3. Inclinação e o processo delimite
Nota: ∆x é usada como variável pararepresentar a variação em x na definição docoeficiente angular de um gráfico. Podem serusadas também outras variáveis. Assim é que estadefinição se escreve às vezes como:
sec0 0
( ) ( )lim limx x
f x x f xm m
x∆ → ∆ →
+ ∆ −= =∆
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3. Inclinação e o processo delimite
Definição da inclinação de um gráfico:
A inclinação m do gráfico de f no ponto(x, f(x)) é igual ao coeficiente angular da tangenteem (x, f(x)) e é dado por
desde que o limite exista.
sec0 0
( ) ( )lim limx x
f x x f xm m
x∆ → ∆ →
+ ∆ −= =∆
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3. Inclinação e o processo delimite
Exemplo 3: Determine a inclinação do gráfico def(x) = x2 no ponto (-2, 4).
Comecemos achando uma expressão querepresente o coeficiente angular de uma secanteno ponto (-2, 4).
22
3. Inclinação e o processo delimite
sec
2 22
( 2 ) ( 2) Estabelecer o quociente de diferenças
( 2 ) ( 2) Fazer ( )
4
f x fm
xx
f x xx
− + ∆ − −=∆
− + ∆ − −= =∆
=24 ( ) 4x x− ∆ + ∆ −
2
Desenvolver
4 ( ) Simplificar
xx x
x
x
∆− ∆ + ∆=
∆∆= ( 4 )x
x
− + ∆∆
Fatorar e cancelar
4 , x 0 Simplificarx= − + ∆ ∆ ≠
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3. Inclinação e o processo delimite
Em seguida, tomemos o limite de msec quando∆x → 0.
Assim, o gráfico de f tem inclinação -4 noponto (-2, 4), conforme mostra a figura a seguir.
sec0 0lim lim ( 4 ) 4x x
m m x∆ → ∆ →
= = − + ∆ = −
24
3. Inclinação e o processo delimite
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3. Inclinação e o processo delimite
Exemplo 4: Ache a inclinação do gráfico def(x) = -2x + 4.
Pelo estudo das funções lineares, sabemosque a reta dada por f(x) = -2x + 4 tem coeficienteangular -2, conforme a figura a seguir. Estaconclusão é consistente com a definição deinclinação como limite.
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3. Inclinação e o processo delimite
0 0
0
( ) ( ) [ 2( ) 4] [ 2 4]lim lim
2lim
x x
x
f x x f x x x xm
x x
x
∆ → ∆ →
∆ →
+ ∆ − − + ∆ + − − += =∆ ∆
−= 2 4x− ∆ + 2x+ 4−0
2limx
xx ∆ →
− ∆=∆ x∆
2= −
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3. Inclinação e o processo delimite
É importante distinguir entre as maneirascomo foram estabelecidos os quocientes dediferenças nos Exemplos 3 e 4. No Exemplo 3,determinamos a inclinação de um gráfico em umponto específico (c, f(c)). Para achar a inclinação,podemos utilizar a seguinte forma de um quocientede diferenças.
0
( ) ( )lim Inclinação em um ponto x
f c x f cm
x∆ →
+ ∆ −=∆
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3. Inclinação e o processo delimite
Já no Exemplo 4, obtivemos uma fórmulapara a inclinação em um ponto arbitrário dográfico. Em tais casos, devemos utilizar x, e não c,no quociente de diferenças.
Com exceção das funções lineares, estaforma sempre produz uma função de x, que podeentão ser calculada para se determinar a inclinaçãoem qualquer ponto que queiramos.
0
( ) ( )lim Fórmula para a inclinação x
f x x f xm
x∆ →
+ ∆ −=∆
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3. Inclinação e o processo delimite
Exemplo 5: Determine uma fórmula para ainclinação do gráfico de f(x) = x2 + 1. Qual é ainclinação nos pontos (-1, 2) e (2, 5)?
sec
2 22
2
( ) ( ) Estabelecer o quociente de diferenças
[( ) 1] [ 1] Fazer ( ) 1
f x x f xm
xx x x
f x xx
x
+ ∆ −=∆
+ ∆ + − += = +∆
=22 ( ) 1x x x+ ∆ + ∆ + 2x− 1−
2
Desenvolver
2 ( ) Simplificar
xx x x
x
x
∆∆ + ∆=
∆∆= (2 )x x
x
+ ∆∆
Fatorar e cancelar
2 , x 0 Simplificarx x= + ∆ ∆ ≠
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3. Inclinação e o processo delimite
Em seguida, tomemos o limite de msec quando∆x → 0.
Aplicando a fórmula m = 2x, podemos achara inclinação em pontos específicos. Em (-1, 2) ém = 2(-1) = -2, e em (2, 5), é m = 2(2) = 4. A figuraa seguir mostra o gráfico de f.
sec0 0lim lim (2 ) 2x x
m m x x x∆ → ∆ →
= = + ∆ =
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3. Inclinação e o processo delimite
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4. A derivada de uma função
No exemplo 5, partimos da funçãof(x) = x2 + 1 e utilizamos o processo de limite paradeduzir outra função m = 2x, que representa ainclinação do gráfico de f no ponto (x, f(x)). Estafunção é chamada a derivada de f em x.Representa-se por f’ ’(x) e se lê “f linha de x”.
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4. A derivada de uma função
Definição da derivada:
A derivada de f em x é dada por
desde que o limite exista. Uma função édiferenciável em x se sua derivada existe em x. Oprocesso de cálculo de derivadas é chamadodiferenciação.
'
0
( ) ( )( ) lim
x
f x x f xf x
x∆ →
+ ∆ −=∆
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4. A derivada de uma função
Nota: A notação dy/dx se lê “derivada de y emrelação a x” e, utilizando a notação de limite,podemos escrever
Além de f’(x), podem ser utilizadas outrasnotações para a derivada de y = f(x). As maiscomuns são
'
0 0
( ) ( )lim lim ( ).x x
dy y f x x f xf x
dx x x∆ → ∆ →
∆ + ∆ −= = =∆ ∆
[ ] [ ]', , ( ) , x
dy dy f x e D y
dx dx
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4. A derivada de uma função
Exemplo 6: Ache a derivada de f(x) = 3x2 – 2x.'
0
2 2
0
2
0
( ) ( )( ) lim
[3( ) 2( )] [3 2 ] lim
3 lim
x
x
x
f x x f xf x
xx x x x x x
x
x
∆ →
∆ →
∆ →
+ ∆ −=∆
+ ∆ − + ∆ − −=∆
=26 3( ) 2x x x x+ ∆ + ∆ − 22 3x x− ∆ − 2x+
2
0
0
6 3( ) 2 lim
lim
x
x
xx x x x
x
x
∆ →
∆ →
∆∆ + ∆ − ∆=
∆∆= (6 3 2)x x
x
+ ∆ −∆
0 lim (6 3 2)
6 2x
x x
x∆ →
= + ∆ −
= −
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4. A derivada de uma função
Assim, a derivada de f(x) = 3x2 – 2x éf ’(x) = 6x – 2.
Em muitas aplicações, é convenienteutilizarmos outro símbolo que não x como variávelindependente. O Exemplo 7 mostra uma função emque t é a variável independente.
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4. A derivada de uma função
Exemplo 7: Ache a derivada de y em relação a t
para a função .
0 0 0
0
2 2( )2 2( ) ( ) ( )lim lim lim
2
lim
t t t
t
t t tdy f t t f t t t tt t tdt t t t
t
∆ → ∆ → ∆ →
∆ →
− + ∆−+ ∆ − + ∆+ ∆= = =
∆ ∆ ∆
=
2t−
0
2 2( ) lim
t
t tt t t
t ∆ →
− ∆ − ∆+ ∆ =∆
( )t t tt
+ ∆∆ 20
2 2lim
( )t t t t t∆ →
−= = −+ ∆
2y
t=
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4. A derivada de uma função
A derivada de uma função dá uma fórmulapara achar o coeficiente angular da tangente emqualquer ponto do gráfico da função. Por exemplo,o coeficiente angular da tangente ao gráfico de fno ponto (1, 2) é dado por
'2
2(1) 2
(1)f = − = −
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5. Diferenciabilidade e conti-nuidade
Nem toda função é diferenciável. A figura aseguir mostra algumas situações usuais em que umafunção não é diferenciável em um ponto –tangentes verticais, descontinuidades e reversõesbruscas. As funções apresentadas no gráfico sãodiferenciáveis para todos os valores de x excetoem x = 0.
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5. Diferenciabilidade e conti-nuidade
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5. Diferenciabilidade e conti-nuidade
Pela figura anterior, podemos ver que acontinuidade não é uma condição suficientementeforte para garantir a diferenciabilidade. Todas asfunções exibidas – exceto uma – são contínuas em(0, 0), mas nenhuma é diferenciável ali. Por outrolado, se uma função é diferenciável em um ponto,então ela é contínua aí. Este importante resultadoestá englobado no teorema seguinte.
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5. Diferenciabilidade e conti-nuidade
A diferenciabilidade implica continuidade
Se uma função é diferenciável em x = c,então ela é contínua em x = c.