Aula 3

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CÁRIES RADICULARES NA 3ª IDADEAULA 3

PROF. Anderson Almeida

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CÁRIES RADICULARES

O ser humano vem adquirindo, uma longevidade cada vezmaior: menores índices de mortalidade e de fecundidadecontribuem para que a porcentagem de idosos cresça maisvelozmente do que qualquer outra faixa etária.

Na Odontologia, a evolução das medidas curativas a tambémdas preventivas, ofereceram um maior número de idosos commaior quantidade de dentes naturais e, consequentemente, aum maior número de dentes passíveis de ter carie, amanutenção de elementos da dentição natural na boca nestaidade pode ser um indício de uma boa qualidade de saúde oralatravés da vida; no entanto, este bom comportamento dehigiene pode ser alterado, por exemplo, devido a um declínio dacognição, da habilidade funcional e outros efeitos da idaderelacionados com enfermidades.

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É necessário saber, das condições da saúde geral edo aspecto fisiológico de um paciente idoso, vistoque podem interferir no planejamento e na terapiaodontológica dos idosos, cabendo ao cirurgião-dentista adotar uma terapêutica da cárie de raizbaseada na interdisciplinaridade com outras áreas desaúde, no sentido de otimizar o prognóstico econferir uma maior qualidade de vida à terceiraidade.

O idoso institucionalizado, em sua maioria, possuialtos índices de placa e doenças dentais associadas,e que medidas preventivas geralmente não sãorealizadas satisfatoriamente pelos cuidadores,facilitando a instalação da cárie de raiz.

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DietaA predileção do idoso por alimentos fáceis demastigar e sem valor nutricional é granderesponsável pelo desenvolvimento das lesões decárie radicular.

O consumo de carboidratos complexos e fibras épreciso nesta fase da vida, em detrimento do usodo açúcar refinado; além disso, à medida que aidade avança, nosso organismo fica menostolerante à glicose. No que se refere à saúde bucale à prevenção da cárie, devemos lembrar quemuitos idosos têm habilidade manual diminuída,devido a problemas vários, como artrose e doençade Parkinson.

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A perda dos tecidos duros por etiologia não-cariosa, mesmo não sendo a razão direta da lesãode cárie radicular, aumentam a proximidade dapolpa com o meio bucal; e intercorrências quedificultem a higienização local, comohospitalizações, comuns na idade avançada, podemtornar eventuais lesões de cárie radicular ainda maisprejudiciais aos dentes

A presença de sobrecarga oclusalsobre um dente pode induzir àperda paulatina de esmalte, cimentoe dentina por enfraquecimento edesestruturação desses tecidos,formando a abfração (lesão cervicalnão cariosa).

ABFRAÇÃO

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Hiposalivação

As funções lubrificante, digestiva eprotetora da saliva são primordiais para amanutenção da saúde bucal. No queconcerne à cárie de raiz, seu poderremineralizador dos tecidos duros ediluidor de açúcares além do efeitotampão, são fundamentais componentespara a manutenção da saúde dos dentese da mucosa

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TratamentoAs lesões de cárie radicular são usualmente amplas, porémnão profundas, e com a tendência de contornar a raiz,dificultando a terapêutica restauradora. Portanto, amelhor terapêutica está baseada nas medidas preventivas.

Devemos levar em conta a dificuldade dotratamento de cáries radiculares devido àlocalização das lesões e ao número desuperfícies envolvidas; o ideal é preveni-las, mas quando da ocorrência de francacavitação, o tratamento curativo torna-senecessário.

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CLASSIFICAÇÃO DAS CÁRIES RADICULARES

Grau 1 (lesões incipientes)- tratadas com polimento e aplicaçãode flúorGrau 2 (lesões rasas, não cavitadas) igualmente tratadas ousofreriam odontoplastia (recontorno anatômico) e polimento

Grau 3 (cavitadas). Restauradas com cimento de ionômero devidro por suas propriedades anticariogênica e antibacteriana, aadesão ao dente, à coloração semelhante à do dente e boaestabilidade dimensional, devendo ser feito um preparo cavitárioem forma de caixa quando do uso deste material, se possível.O IV é um material excelente, que causa mínima recorrência de

lesões, e cogita a possibilidade dos fotopolimerizáveis permitiremum melhor manuseio e deter melhores propriedades, incluindoresistência à dissolução.

Quanto à resina composta, esta não tem sido recomendada para otratamento das cáries radiculares;

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Obviamente, a higiene oral apropriadacontinua sendo de alta eficácia na prevençãode cáries também na terceira idade. Comofrequentemente o paciente geriátricoapresenta alteração nos padrões de higiene,redução de habilidade manual, diminuição dacapacidade cognitiva, desinteresse em cuidarda própria saúde por depressão, dentreoutros fatores, que dificultam sobremaneira ahigiene adequada e consequentemente asaúde oral, a intervenção interdisciplinar docirurgião-dentista, cuidadores, e outrosprofissionais de saúde é imperiosa no sentidode evitar as cáries radiculares.

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RESUMO

A cárie radicular é prevalente nos idosos, particularmenteinstitucionalizados e hospitalizados;

A dieta baseada em carbohidratos, além de promover nutriçãoinadequada, é fator de risco para o aparecimento da cárie radicular;O tratamento preventivo, através de orientações educativas aoscuidadores e/ou familiares e ao idoso independente, numa abordageminterdisciplinar, é o meio mais adequado de terapêutica;

No caso das lesões cariosas já instaladas, podemos ainda optar pormétodos conservadores, como fluorterapia(bochechos, géis, dentifrícios, balas ou pastilhas que liberem flúor) ouodontoplastia;

A não observação de desarmonia de oclusão e de abfraçãopresentes, mais a não eliminação do fator causal, isto é o ajusteoclusal, pode induzir ao insucesso do tratamento restaurador, podendoprovocar deslocamento da restauração, independente do materialescolhido e da retenção conferida ao preparo cavitário