Aula 2- Principais estruturas cerâmicas I (1).pdf

download Aula 2- Principais estruturas cerâmicas I (1).pdf

of 31

Transcript of Aula 2- Principais estruturas cerâmicas I (1).pdf

  • 8/18/2019 Aula 2- Principais estruturas cerâmicas I (1).pdf

    1/31

    Universidade Federal de Sergipe

    Propriedades e Microestruturas dos Materiais

    Aula 2 – Principais estruturas cerâmicas

  • 8/18/2019 Aula 2- Principais estruturas cerâmicas I (1).pdf

    2/31

    A importância da cristalografia• Difusão. Depende do tamanho e do número de

    locais intersticiais.• Deformação por deslizamento ou de

    geminação. Na cerâmica há duas consideraçõescristalográficas e eletrostáticas.

    • A direção de deslizamento é geralmente aolongo da direção do empacotamento.

  • 8/18/2019 Aula 2- Principais estruturas cerâmicas I (1).pdf

    3/31

    • Piezoeletricidade. Os cristais não têm centro desimetria;

    Condutividade térmica. Condutividade é mais eficienteem estruturas cristalinas simples formadas porpequenos átomos.

    • Fratura. Muitas vezes cristalográfica, mas nem sempre(por exemplo, vidro e zircônia cúbica).

    • Clivagem. Sempre cristalográfica. Planos de clivagemtêm alta densidade atômica, mas também precisamos

    considerar a carga.• Ferrimagnetismo. O número de coordenação do cátion

    magnético (geralmente um íon Fe) determina o seucomportamento num campo magnético aplicado.

  • 8/18/2019 Aula 2- Principais estruturas cerâmicas I (1).pdf

    4/31

    Regras de Pauling

    A constante de Madelung dá a energiaeletrostática de um cristal relativa aomesmo número de componentes isolados,mas sozinha não permite prever estruturas.

  • 8/18/2019 Aula 2- Principais estruturas cerâmicas I (1).pdf

    5/31

    PREMISSAS

    • Baseadas na estabilidade geométrica do empacotamentode íons de diferentes tamanhos + estabilidade eletrostática;

    • Íons são considerados esferas rígidas;

    • Raios iônicos mantêm-se constantes para uma mesmavalência e mesmo número de coordenação;

  • 8/18/2019 Aula 2- Principais estruturas cerâmicas I (1).pdf

    6/31

    REGRA 1•

    Cada íon se coordenará com um poliedro de íons de cargaoposta.• Esse poliedro possuirá um número de íons determinadopela relação entre os tamanhos dos íons.• Configurações estáveis são aquelas em que os íonsmenores (normalmente os cátions) têm dimensão similarou ligeiramente maior do que os interstícios que devemocupar na estrutura cristalina.

  • 8/18/2019 Aula 2- Principais estruturas cerâmicas I (1).pdf

    7/31

    Número de coordenação

  • 8/18/2019 Aula 2- Principais estruturas cerâmicas I (1).pdf

    8/31

  • 8/18/2019 Aula 2- Principais estruturas cerâmicas I (1).pdf

    9/31

  • 8/18/2019 Aula 2- Principais estruturas cerâmicas I (1).pdf

    10/31

  • 8/18/2019 Aula 2- Principais estruturas cerâmicas I (1).pdf

    11/31

    REGRA 2• Numa estrutura cristalina estável, os poliedros de

    coordenação se arranjam nas três dimensões deforma a preservar a neutralidade de carga local;

    “Força de ligação” cátion-ânion - É definida como avalência do íon dividida pelo seu número decoordenação

  • 8/18/2019 Aula 2- Principais estruturas cerâmicas I (1).pdf

    12/31

    • A valência do cátion é dividida igualmente entre onúmero de ligações com os ânions vizinhos, onúmero dessas ligações depende totalmente da

    coordenação do cátion• A soma de todas as forças de ligação que atingem oíon deve ser igual à sua valência.

    Ex: Halita

  • 8/18/2019 Aula 2- Principais estruturas cerâmicas I (1).pdf

    13/31

    REGRA 3• Os poliedros de coordenação “preferem”, em

    ordem de estabilidade, compartilhar vértices acompartilhar arestas, e compartilhar aresta acompartilhar faces inteiras.

    Razão: aumento da distância entre cátions!!

  • 8/18/2019 Aula 2- Principais estruturas cerâmicas I (1).pdf

    14/31

  • 8/18/2019 Aula 2- Principais estruturas cerâmicas I (1).pdf

    15/31

    REGRA 4• Poliedros formados ao redor de cátions de

    baixo número de coordenação e alta cargatendem a ser ligados através dos vértices

    • Numa estrutura contendo diferentes cátions,aqueles com alta carga e baixo número decoordenação tendem a não compartilharelementos do poliedro.

  • 8/18/2019 Aula 2- Principais estruturas cerâmicas I (1).pdf

    16/31

    REGRA 5• Estruturas simples são sempre preferidas em relação a

    estruturas mais complicadas .

    Ex: Quando diferentes cátions de dimensões similares e de

    mesma valência estão presentes em um cristal, eles

    freqüentemente ocupam o mesmo tipo de sítio, porém

    distribuídos de forma aleatória, formando um tipo de “solução

    sólida” .• No entanto, se esses diferentes cátions forem suficientemente

    distintos em dimensões e em valência, eles podem ocupar sítios

    com coordenações diferentes, aumentando a complexidade da

    estrutura.

  • 8/18/2019 Aula 2- Principais estruturas cerâmicas I (1).pdf

    17/31

  • 8/18/2019 Aula 2- Principais estruturas cerâmicas I (1).pdf

    18/31

    Grande parte dos compostos que formam ascerâmicas cristalizam-se em estruturas baseadas noempacotamento compacto de ao menos um doselementos que os compõem (com o outro íon

    ocupando um conjunto específico de sítiosintersticiais).

    Os empacotamentos:

    • CFC ;• HC .

  • 8/18/2019 Aula 2- Principais estruturas cerâmicas I (1).pdf

    19/31

    Empacotamento HC

  • 8/18/2019 Aula 2- Principais estruturas cerâmicas I (1).pdf

    20/31

  • 8/18/2019 Aula 2- Principais estruturas cerâmicas I (1).pdf

    21/31

    Empacotamento CFC

  • 8/18/2019 Aula 2- Principais estruturas cerâmicas I (1).pdf

    22/31

  • 8/18/2019 Aula 2- Principais estruturas cerâmicas I (1).pdf

    23/31

    CFC

  • 8/18/2019 Aula 2- Principais estruturas cerâmicas I (1).pdf

    24/31

    FLUORITA ( MX2 ) E ANTI-FLUORITA ( M2X )

    • Apresenta empacotamento CFC:posições tetraédricas ocupadas;posições octaédricas vazias;

    • Fluorita (CaF2): ânions nas

    posições tetraédricas, e cátionsformando empacotamento CFC;Antifluorita: posições dos íonsinvertidas posições comcoordenações diferentes.

    COMPOSTOS : Li2O, Na2O, K2O(antifluorita): ZrO2, UO2, CeO2 (fluorita)

  • 8/18/2019 Aula 2- Principais estruturas cerâmicas I (1).pdf

    25/31

    ESFALERITA (ZnS)

    • É o principal minério de zinco. Estrutura cúbica.• Cátions ocupam apenas a metade dasposições tetraédricas ;•

    cátions pequenos têm “maior estabilidade” em coordenação tetraédrica;• Cátions e ânions têm coordenaçãotetraédrica;• Tetraedros compartilham vértices;• COMPOSTOS: óxidos e sulfetos (ZnO, ZnS,BaO); SiC; compostos semicondutores III-V, deforte caráter covalente (GaAs, CdS, GaP, InSb).

  • 8/18/2019 Aula 2- Principais estruturas cerâmicas I (1).pdf

    26/31

    WURTZITA (ZnS)

    • Apresenta empacotamento HC;• Caso particular da blenda de zinco;• Rede constituída de ânions;• Cátions ocupando metade dos interstícios tetraédricos (4/8)• Estrutura típica: MX

  • 8/18/2019 Aula 2- Principais estruturas cerâmicas I (1).pdf

    27/31

    POLIMORFOS E POLITIPOS

    • POLIMORFISMO : transformações entre as fases podemocorrer simplesmente através de deslocamentos de átomos(= displacive transformations ).

    Fases polimorfas apresentam simetria cristalina diferente ediferentes distâncias interatômicas e inter-planares, MAS fases

    polimorfas tem sempre a mesma coordenação de cátions e deânions.Os três polimorfos da zircônia (ZrO2): cúbica, tetragonal emonoclínicaQuartzos “low” e “high”; cristobalitas “low” e “high”.

  • 8/18/2019 Aula 2- Principais estruturas cerâmicas I (1).pdf

    28/31

    • outras transformações de fases requerem

    quebra de ligações e rearranjo e são conhecidascomo reconstructive transformations.

  • 8/18/2019 Aula 2- Principais estruturas cerâmicas I (1).pdf

    29/31

    Algumas das características das Displacives Transformations :A forma de alta temperatura (“high”) é sempre a forma com

    estrutura mais aberta.•

    A forma“high” tem maior volume específico• A forma“high” tem maior capacidade calorífica e maior entropia• A forma “high” tem maior simetria na verdade, a forma “low” tem sua estrutura derivada da forma “high” • Como existem duas formas de estrutura “low” (uma imagem deespelho da outra), transformações no resfriamento podem formardefeitos de macla (“twins”).

  • 8/18/2019 Aula 2- Principais estruturas cerâmicas I (1).pdf

    30/31

    Formas low

  • 8/18/2019 Aula 2- Principais estruturas cerâmicas I (1).pdf

    31/31

    Três polimorfos da zircônia