Aula 1b a formação relevo do brasileiro
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O RELEVO BRASILEIRO
Profº.: Cayo Pedrote
A FORMAÇÃO GEOLÓGICA DO TERRITÓRIO
BRASILEIRO
Como todas as massas
continentais da crosta terrestre, o
território brasileiro e suas bases
geológicas foram formadas a partir
das dinâmicas internas do planeta.
O material plástico e
fluido da astenosfera
mobilizou as placas
tectônicas, diretamente
responsável pela deriva
dos continentes e
deformações da crosta
terrestre. O atual território
brasileiro foi fortemente
influenciado pelos
agentes internos da
Terra.
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O PASSADO GEOLÓGICO DO BRASIL
Podemos perceber diferentes
interações entre a Placa Sul-
Americana, a Placa Africana e a
Placa de Nazca. Já no período
Triássico a Gondwana inicia sua
divisão seguindo as tendências
dos movimentos ocorridos interior
do planeta. Essa divisão da
Gondwana irá diferenciar
futuramente os continentes do
hemisfério sul do planeta,
representados pela América do
Sul, a África, a Oceania e a
Antártida.
A partir dos estudos geológicos que o atual território brasileiro
conta com duas classificações estruturais básicas, denominadas
de Escudos Cristalinos e Bacias Sedimentares.
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OS EMBASAMENTOS GEOLÓGICOS
BRASILEIROSF
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FORMAÇÃO E CARACTERÍSTICAS DOS
ESCUDOS CRISTALINOS BRASILEIROS
Uma das características
quanto a formação
geológica dos Escudos
Cristalinos ocorreu no
período Arqueozóico.
Nesse momento histórico
de formação da crosta, os
escudos brasileiros não
sofreram a ação
orogenética do interior da
Terra. Dessa forma, essas
áreas não sofreram dobras
sendo denominadas de
áreas cratônicas ou
crátons.
O território brasileiros possui algumas
áreas cratônicas inseridas nos Escudos
Cristalinos, sendo reconhecidas nas
seguintes províncias estruturais
brasileiras:
• Guiana Meridional
• Xingu
• São Francisco
ESCUDOS CRISTALINOS E A FORMAÇÃO DE
SERRAS
No período Proterozóico ocorreu intensa atividade orogenética no interior do
atual território brasileiro, causando dobramentos e falhamentos, sobretudo nas
bordas das áreas cratônicas. O período de tais transformações estruturais
será conhecida como Ciclo Brasiliano. Como registro da intensa atividade
orogenética ocorrida há milhões de anos atrás temos a formação de extensos
vales e serras nas seguintes províncias estruturais:
• Mantiqueira
• Borborema
• Tocantins
OS ESCUDOS CRISTALINOS E A FORMAÇÃO
DE MINÉRIOS METÁLICOSF
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A AMEAÇA AMAZÔNICA E A ATIVIDADE
MINERADORA
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A presença de minerais metálicos
na área conhecida como arco do
desmatamento, acentua os
níveis de depredação do bioma
amazônico, devido à atividade
mineradora.
Os minerais metálicos encontrados
em grande quantidade no Norte
brasileiro tem aplicação,
principalmente, na indústria de
bens de consumo duráveis e nas,
sobretudo, nas indústrias de alta
tecnologia.
FORMAÇÃO E CARACTERÍSTICAS DAS BACIAS
SEDIMENTARES
As Bacias Sedimentares brasileiras iniciaram sua formação ainda no
Proterozóico, pois concluíram sua gênese apenas na Era Paleozóica. As
três grandes Bacias Sedimentares localizadas no atual território brasileiro
apresentam registros fósseis do período Ordoviciano. Tais registros fósseis
devem-se a transgressão marinha ocorrida no período
Devoniano, sobretudo, pela borda ocidental da América do Sul, onde hoje
encontra-se a Cordilheira dos Andes.
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O avanço das águas oceânicas no
período Devoniano, proporcionou a
presença de dinossauros no território
brasileiro, que se alimentavam dos
peixes que viviam no mar Devoniano.
Os registros fósseis desses animais
extintos estão presentes em várias
áreas sedimentares no território
brasileiro como registro desse
período.
AS BACIAS SEDIMENTARES BRASILEIRAS E
SUAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
O Brasil possui três extensas áreas
classificadas estruturalmente como
Bacias Sedimentares, são essas:
• Bacia Sedimentar do Paraná;
• Bacia Sedimentar Amazônica;
• Bacia Sedimentar do Parnaíba.
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As bacias sedimentares presentes
no território brasileiro estão
circundadas pelos escudos
cristalinos. Uma das principais
características dessas Bacias é a
presença de bacias hidrográficas
de longa extensão e de grande
vazão.
BACIA SEDIMENTAR DO PARANÁ
Uma das principais características
estruturais dessa Bacia está associada ao
seu período de formação, marcando o início
da sedimentação continental, que seguiu-
se após a sedimentação marinha ocorrida,
sobretudo, no período de transgressão
marinha do Devoniano. Dessa forma, os
sedimentos presentes no estratos rochosos
dessa região possuem características
ligadas aos processos continentais.
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No decorrer da separação entre o continente africano e o sub-continente sul-
americano, ocorreram derrames magmáticos que geraram rochas
vulcânicas, denominadas Basaltos. Os basaltos com o passar dos milhões de anos
foram sendo intemperizadas e sofreram o processo conhecido como
pedogênese, formando um solo rico em sais minerais conhecido como Terra Roxa.
A FORMAÇÃO DE TERRA ROXA E O CICLO DO
CAFÉ NO BRASIL
A formação da chamada Terra Roxa no
oeste do Estado de São Paulo e boa parte
do Sul brasileiro está associada a área
privilegiada no cultivo do café no Brasil,
sobretudo, no final do século XIX e início do
século XX. Nesse período, notadamente,
ocorreu no Brasil um elevado fluxo
migratório, caracterizado pela entrada de
imigrantes europeus, que em sua maior
parte eram de origem italiana para substituir
os trabalhadores escravos. Ao encontrar as
lavouras de café plantadas sobre o solo de
coloração vermelha, característica de solos
basálticos, os italianos denominaram esse
solo de terra vermelha, que na língua italiana
reproduz como terra rossa, que ao ser
adaptado pelos brasileiros foi chamada de
terra roxa.
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A BACIA SEDIMENTAR DO PARANÁ E A
FORMAÇÃO DO AQUÍFERO GUARANÍ
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A Bacia Sedimentar do Paraná
abriga ainda um imenso aquífero,
caracterizado pela presença de água
nas camadas subterrâneas da crosta
terrestre. A formação desses lençóis
freáticos está associada a
composição estrutural do
embasamento geológico. No caso da
Bacia Sedimentar do Paraná,
ocorrem infiltrações em decorrência
da maior permeabilidade do material
rochoso sedimentar, armazenando
água nos espaços existentes nas
próprias rocha sedimentares que
formam o embasamento geológico
regional.
EXTENSÃO, PROFUNDIDADE E LOCALIZAÇÃO
DO AQUÍFERO GUARANÍ
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CARACTERÍSTICAS DA BACIA SEDIMENTAR
AMAZÔNICA
A Bacia Sedimentar Amazônica está encaixada entre duas províncias estruturais
cristalinas: Xingú e Guiana Meridional. Possui a tendência de alongar-se à medida que
avança a montante do Rio Amazonas e afinando-se a medida que avança a Jusante do
mesmo rio. Diferentemente da sedimentação de origem continental verificada na Bacia
Sedimentar do Paraná, a Bacia Amazônica possui sedimentação de várias eras
geológicas, sendo de origem oceânica e continental.
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AS UNIDADES DO RELEVO BRASILEIRO
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9.
O atual sistema de classificação
das unidades de relevo do
Brasil foi desenvolvida no final
da década de 1980 pelo
geógrafo Jurandyr Ross. O
sistema classifica as unidades
de relevo em, basicamente, três
categorias distintas:
• Planaltos;
• Depressões;
• Planícies.
CARACTERÍSTICAS DAS UNIDADES DE RELEVO
BRASILEIRAS
As unidades de relevo apresentam diferentes dinâmicas quanto aos
processos constantes de sedimentação e erosão. Enquanto os planaltos e
as depressões apresentam altos níveis de erosão, as planícies
apresentam altos níveis de sedimentação. Essa diferença está
associada a diferença de altitude e às zonas de contato entre os planaltos
e depressões.
Nos planaltos devido a ação dos agentes exógenos, ocorre um intenso processo
de retirada de material inconsolidado pela ação do intemperismo físico e
químico. Dessa forma, os planaltos brasileiros perdem materiais já intemperizados
pela ação dos ventos e das chuvas, que mobilizam tais materiais para áreas mais
rebaixadas do relevo.
Nas depressões existe uma intensa ação erosiva, proporcionada, principalmente,
pela ação fluvial. Nessas unidades existe uma maior propensão ao aparecimento
de rios e bacias hidrográficas, que dependendo de sua velocidade e vazão
viabilizam a mobilização dos materiais, também inconsolidados pela ação do
intemperismo.
AS CARACTERÍSTICAS DOS PLANALTOS
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9.
Os planaltos brasileiros podem ser
classificados de acordo com seu
assentamento geológico da seguinte
forma: a) planaltos formados sob
escudos cristalinos e b) planaltos
formados sob bacias sedimentares.
A formação de planaltos no território
brasileiro está associada a ação exógena,
sobretudo, ao processo de erosão
diferencial, ou seja, áreas com maior
resistência aos processos erosivos
permanecem mais elevadas que as áreas
no seu entorno. Esse processo gera os
chamados relevos residuais.
CARACTERÍSTICAS DAS DEPRESSÕES
Diferentemente do embasamento
rochoso dos planaltos que pode
ocorrer tanto em bacias
sedimentares quanto em escudos
cristalinos, as depressões ocorrem
em áreas diretamente associadas à
formação de bacias sedimentares.
Sua área mais rebaixada pela está
associada ao processo diferencial
exercido pela erosão, pois, o
material rochoso que compõe as
bacias sedimentares é mais
susceptível a ação erosiva.
Essa ação diferenciada do processo erosivo formou relevos
mais íngremes no formato de escarpas. Essas escarpas
encontra-se localizados nos contatos entre os planaltos e as
depressões brasileiras, recebendo o nome de frentes de
cuestas.
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CARACTERÍSTICAS DAS PLANÍCIES
As planícies brasileiras possuem como grande
característica o intenso processo de
sedimentação. Seu embasamento geológico é
composto por rochas sedimentares de
sedimentação recente, do Quaternário e
encontram-se em constante transformação.
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Um bom exemplo da dinâmica de
sedimentação recente em
depressões é o Chaco Sul-
Americano. Como grande
característica a formação de
relevo possui uma extensa área
alagada, formada pelo deságue
dos rios que nascem tanto no
Planalto Central brasileiro
quanto nas regiões elevadas da
Cordilheira dos Andes. O
conjunto de características físicas
dessa região formou um
importante ecossistema brasileiro
denominada de pantanal.