Aula 1 Radio
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Curso de capacitao profissional para Auxiliar de Sade Bucal Joane Wobeto MagliaCD Radiologista Estomatologista
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Uso da radiografia
Caries FraturasDentes inclusosAnomaliasPatologias
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Radiao ionizante: energia suficiente para ionizar tomos Um on uma espcie qumica eletricamente carregada, geralmente um tomo ou molcula que perdeu ou ganhou eltrons Uso da proteo: pacientes, CDs e auxiliares.
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Devemos fazer uso de medidas preventivas e protetoras, tais como:
- uso de aventais de chumbo, - barreiras de chumbo, - filmes dosimtricos,- filmes ultra-rpidos.
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A correta realizao de uma tomada radiogrfica evita repeties e a exposio desnecessria do paciente radiao.
Devemos obedecer a tcnicas que incluem um correto posicionamento do paciente, do filme e do aparelho de raio X, que de responsabilidade do cirurgio-dentista.
Realizar com exatido o processamento do filme, que realizado pelo ASB.
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8 de novembro de 1895 Wilhelm Conrad Rentgen, professor de Fsica e Reitor da Universidade de Wrzburg, na Alemanha, fazendo experincias cientficas, observou fluorescncia nos cristais que estavam a certa distncia da fonte de uma corrente eltrica. Verificou que o fenmeno fora causado por um raio, at ento desconhecido, denominou-o de raio X.
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Wilhelm Conrad Rengten
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Rentgen fez a primeira radiografia da histria, utilizando um filme fotogrfico, no qual radiografou a mo de sua mulher, Anna Bertha Ludwig Rentgen.
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Em Odontologia, a primeira radiografia foi realizada em dezembro de 1895, na qual o Dr. Otto Walkhoff, radiografou seus dentes posteriores, utilizando um tempo de exposio de 25 minutos, este fato, inaugura a Radiologia Odontolgica.
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Na Odontologia, o 1 cientista a utilizar o raio X, como elemento indispensvel no diagnstico foi, Edmund Kells (EUA), em 1899.
No Brasil, o precursor na prtica e ensino da radiologia foi o Prof. Dr. Cyro Silva, que implantou a Radiologia no curriculum acadmico da Faculdade de Farmcia e Odontologia de So Paulo, em 1932.
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FATOR ENERGTICO
- Os aparelhos de Raios X odontolgicos possuem fatores energticos que so responsveis pela formao da imagem no filme radiogrfico. Os fatores energticos so a miliamperagem, o tempo de exposio e a quilovoltagem.
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- Miliamperagem A miliamperagem o principal fator energtico responsvel pela densidade radiogrfica.
Ela fixa nos aparelhos de Raios X odontolgicos 7 a 10 mA.
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- Tempo de exposio
controlado pelos marcadores de tempo eletrnicos, que junto com a miliamperagem formam o binmio mAs, responsvel pela quantidade de Raios X. O painel de comando apresenta uma chave seletora do tempo de exposio e um dispositivo sonoro, que permanece em funcionamento durante o tempo de exposio.
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- Quilovoltagem
A quilovoltagem o fator energtico responsvel pelo contraste radiogrfico.
Nos aparelhos odontolgicos a quilovoltagem tambm fixa e operam na faixa de 50 a 70 kVp.
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CONSTITUIO DOS APARELHOSOs aparelhos de Raios X so constitudos de:- base- corpo - brao articular - cabeote
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- Base
Pode ser fixa, onde o aparelho fica preso parede ou mvel.
A base mvel dotada de rodas para que o aparelho se movimente de um local para outro.
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- CorpoNo corpo, que est acoplado base, onde se encontram as partes eltricas gerais do aparelho:Autotransformador lmpada piloto.Estabilizador de corrente.Regulador de voltagem.Marcador de tempo (corruptor, timer).Voltmetro Ampermetro.Seletores de quilovoltagem e miliamperagem.
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- Brao articular
O brao articular a estrutura responsvel pela movimentao do cabeote em relao aos ngulos horizontais e verticais.
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- Cabeote a estrutura blindada para o tubo de raios e onde se encontram tambm:Transformador de alta tenso.Transformador de baixa tenso.Filtro adicional de alumnio.Diafragma de chumbo.Localizadores cilindros abertos.
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Tanto o CD como o ASB e o TSB devem estar atentos para a preveno contra a exposio excessiva e nociva dos Raios X.
Embora o ASB no realize radiografias, ele est junto com o profissional no atendimento ao paciente e deve ter conhecimento de como proteger a si prprio bem como o paciente durante o exame radiogrfico.
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As radiaes ionizantes manifestam-se das seguintes formas:
- Radiao primria ou til- Radiao secundria- Radiao por escape
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RADIAO PRIMRIA
a radiao emitida pelo aparelho no momento da realizao do exame radiogrfico.
Possui pequeno comprimento de onda e grande poder de penetrao.
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Direcionada pelos ngulos verticais e horizontais do aparelho.
Delimitada pelo diafragma do aparelho.
No devemos nos preocupar com a radiao primria, pois no ficaremos entre o aparelho e o paciente durante o exame.
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Radiao primria
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RADIAO SECUNDRIA
So as radiaes emitidas pela face do paciente que alcanada pelo feixe de Raios X primrio, propagando-se em todas as direes. Com esta radiao os profissionais devem estar atentos com relao proteo, pois estaro expostos, caso no se tomem medidas preventivas.
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Radiao secundria posio de preferncia
Raio XRadiao Secundria
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RADIAO POR ESCAPE
a radiao emitida pelo cabeote do aparelho de Raios X em todas as direes.
Ocorre devido a falhas na blindagem no aparelho.
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Radiao por escape
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Os efeitos biolgicos das radiaes ionizantes podem ser diretos ou indiretos.
Efeitos diretosProvocados pela radiao numa rea especfica.
As alteraes celulares ocorrem devido exposio direta da ionizao.
Ex.: face do paciente.
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Efeitos indiretosA exposio de um tecido radiao pode produzir substncias incompatveis com este tecido.
A radiao pode alterar a composio qumica das enzimas, inibidores, hormnios etc., tornando-os ineficazes.
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Efeitos celulares causados pelas radiaes:
- Alteraes no crescimento celular.- Interrupo ou inibio da mitose.- Alteraes no material gentico (DNA e mitocndria).- Vacuolizao.- Morte celular.
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Nosso organismo possui tecidos que so sensveis (radiossensveis), ou menos sensveis (radiorresistentes) ao dos Raios X.
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Escala dos tecidos mais sensveis para os menos sensveis:- Sangue- Epitlio- Endotlio- Conjuntivo- Nervos- Msculos
SENSVEIS
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Tecidos e clulas em ordem decrescentes de suscetibilidade:- Linfcitos- Eritrcitos- Mieloblastos- Clulas epiteliais- Clulas do tecido conjuntivo- Clulas do tecido sseo- Clulas do tecido nervoso- Clulas musculares
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Radiodermatites
- Causadas pela manuteno dos filmes na boca do paciente.
- So resultantes de pequenas doses repetidas.
- So classificados em 3 graus.
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Grau I: semelhante a uma queimadura solar.
Grau II: destruio de clulas da epiderme, com bolhas e vermelhido.
Grau III: leso mais profunda atingindo o derma.
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Como toda dose produz dano, preciso utilizar apenas a exposio mnima necessria para alcanarmos nossos objetivos atravs do exame radiogrfico.
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Os Raios X no so acumulados no organismo. Aps a irradiao ocorre um pequeno dano e em seguida sua reparao incompleta, fazendo com que o dano sofrido permanea.
Os danos subsequentes adicionam-se e so conhecidos como efeitos acumulativos.
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MEDIDAS DE PROTEOMedidas de proteo relacionadas com:
- Exposio do paciente.- Exposio do profissional.- Exposio das pessoas que o rodeiam. (ASB, TSB, acompanhantes etc.).
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Devemos estar atentos s condies de uso e segurana do aparelho. Os aparelhos devem ser inspecionados periodicamente. Esta inspeo solicitada Comisso Nacional de Energia Nuclear (CNEN), que enviar kit de testes para aferir o aparelho.
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Proteo do aparelho
Os aparelhos de Raios X possuem dispositivos de proteo em relao ao paciente, que so os filtros de alumnio, colimador, dispositivos eletrnicos marcadores de tempo (timer) e localizadores cilndricos.
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Filtros de alumnio
Tem por finalidade reduzir a dose e a radiao secundria na face do paciente. A espessura do filtro varia de acordo com a quilovoltagem do aparelho.
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Colimador
- o responsvel pela delimitao do campo de irradiao na superfcie da pele do paciente.
- Ele est localizado na sada do feixe primrio de radiao.
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- O tamanho do campo de irradiao de 7 cm.
- constitudo de chumbo com um orifcio no meio que delimita o campo de radiao e um dos mais poderosos mecanismos de reduo de exposio de radiao X no paciente.
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Marcadores de tempoA preciso dos marcadores de tempo muito importante na reduo da dose recebida pelo paciente.
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LocalizadoresNos aparelhos antigos os localizadores eram cnicos. Eles foram abolidos, pois havia interao do feixe primrio de radiao com a ponta do cone produzindo disperso (radiao secundria).Hoje em dia os aparelhos possuem localizadores cilndricos que no causam disperso.
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Localizadores
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Proteo do pacienteEm relao ao paciente, devemos observar as seguintes medidas de proteo:- Utilizao de filmes ultra-rpidos - Processamento correto dos filmes- Tcnica radiogrfica - Mantenedores ou posicionadores de filmes- Protetor para tireide- Avental de chumbo
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Utilizao de filmes ultra-rpidos Os filmes ultra-rpidos requerem menor tempo de exposio, reduzindo a dose de radiao no paciente.
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Processamento correto dos filmes o ato de revelar, lavar, fixar e fazer a lavagem final do filme e requer alguns cuidados:Deve ser realizado sem entrada de luz na cmara escura ou caixas de processamento;Uso de luz de segurana adequada em cmara escura;Mtodo temperatura-tempo no processamento. O mtodo chamado visual ou inspecional torna-se, portanto, proibitivo;
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Em relao s solues de processamento:
-Troca regular das solues;-Manter sempre cobertas as solues quando no estiverem sendo utilizadas a fim de evitar que elas oxidem com maior rapidez;-Manter sempre limpa a cmara escura ou caixas de processamento.
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Tcnica radiogrfica O profissional deve selecionar a tcnica adequada a cada situao. A tcnica do paralelismo sempre que indicada deve ser utilizada, pois expe menos tecido do paciente pelo aumento da distncia foco / filme e menor divergncia do feixe.
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Mantenedores ou posicionadores de filmesUtilizados na tcnica do paralelismo, eles diminuem a radiao desnecessria no dedo do paciente alm de aumentar a estabilidade do filme na boca do paciente, diminuindo o nmero de repeties.
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Protetor para tireideConstitudos de borracha plumbfera, so colocados em volta do pescoo, reduzindo em at 50% a dose de radiao na glndula tireide.
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Avental de chumbo constitudo de borracha plumbfera, com espessura de 0,5mm de chumbo.
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Comunicao efetiva com o paciente importante para o xito na realizao do exame. O profissional deve explicar o que pretende com a realizao do exame radiogrfico e da importncia da colaborao do paciente.Radiografias de rotina anuais ou semestrais s devem ser realizadas se houver justificativa clnica.Pacientes gestantes no devem ser radiografadas sem justificativa clnica.
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Proteo para os operadores de raios xBarreira de chumbo (Biombo)Posies de segurana Controle da radiao- Dosmetro de bolso- Filmes dosimtricos
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Barreira de chumbo (Biombo)O biombo deve ser revestido de chumbo, ter 2m de altura e possuir rodas, alm de um vidro plumbfero, a fim de que o profissional possa visualizar a realizao do exame radiogrfico.
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Posies de segurana O profissional deve se posicionar entre 90 e 135 em relao direo do feixe primrio de radiao e a no menos que 2m de distncia em relao ao aparelho.
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Posio de segurana . posio de preferncia 135
Raio XRadiao Secundria
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Alguns cuidados devem ser tambm observados:
Nunca permanecer na direo do feixe til de radiao.
Nunca segurar o filme na boca do paciente durante a exposio.
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Nunca permanecer atrs do aparelho mesmo a 2m de distncia, pois nessa direo que maior a concentrao da radiao secundria.
Nunca segurar ou tentar estabilizar a cabea do paciente, do aparelho ou do localizador durante a exposio, pois voc ficar na rea da radiao secundria.
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Controle da radiao
O fato do operador ou pessoal auxiliar sofrer exposio acidental de Raios X no deve ser objeto de extrema preocupao; nosso organismo tem a capacidade de acumular doses sem que se chegue a provocar danos incapacitantes.
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O controle da exposio da radiao pode ser realizado atravs de dispositivos de medio de radiaes, tais como:
- Dosmetro de bolso
- Filmes dosimtricos
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- Dosmetro de bolso- Cmara de ionizao em forma de caneta - bolso do operador durante o exame radiogrfico - Leituras peridicas deste aparelho permitem saber se o operador foi exposto ou no - no caso de exposio, avaliar se est dentro da margem de segurana.
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- Filmes dosimtricos So filmes especiais tambm colocados no bolso durante a exposio de radiao; aps 30 dias so enviados para laboratrios especializados para processamento. No laboratrio o filme processado e o resultado comparado com um filme padro para avaliao.