Aula 1 - Conceitos.ppt [Modo de Compatibilidade] · 25/06/2012 2 Espécies, subespécies ou táxons...

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25/06/2012 1 CONCEITOS SOBRE ESPÉCIES EXÓTICAS INVASORAS Hovenia dulcis (uva-japão) no Parque Estadual Fritz Plaumann - SC Sílvia R. Ziller Fundadora e Diretora Executiva Eng. Florestal, M.Sc., Dr. www.institutohorus.org.br Meta Promover a conservação da diversidade biológica, o uso á Convenção Internacional sobre Diversidade Biológica sustentável de seus componentes e a distribuição equitativa dos benefícios derivados do seu uso. OS PAÍSES SIGNATÁRIOS COMPROMETEM-SE A: Convenção Internacional sobre Diversidade Biológica Prevenir introduções, controlar e erradicar espécies exóticas que ameaçam ecossistemas, hábitats ou espécies.” Artigo 8-h Metas de Aichi M t 9 Até 2020 éi óti Convenção Internacional sobre Diversidade Biológica Meta 9 - Até 2020 as espécies exóticas invasoras e suas vias de dispersão terão sido identificadas e priorizadas, espécies prioritárias terão sido controladas ou erradicadas e medidas para a gestão de vias de dispersão que levam à sua introdução e ao seu estabelecimento terão sido implantadas. Refere-se a espécies que evoluíram em um determinado ambiente. Espécies nativas O conceito independe de divisas políticas. Os limites de distribuição das espécies são impostos por condições físicas ou geográficas naturais.

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CONCEITOS SOBRE ESPÉCIES EXÓTICAS INVASORAS

Hovenia dulcis (uva-japão) no Parque Estadual Fritz Plaumann - SC

Sílvia R. ZillerFundadora e Diretora ExecutivaEng. Florestal, M.Sc., Dr.

www.institutohorus.org.br

Meta

Promover a conservação da diversidade biológica, o uso

á

Convenção Internacional sobre Diversidade Biológica

sustentável de seus componentes e a distribuição equitativa dos benefícios derivados do seu uso.

OS PAÍSES SIGNATÁRIOS COMPROMETEM-SE A:

Convenção Internacional sobre Diversidade Biológica

“Prevenir introduções, controlar e erradicar espécies exóticas que ameaçam ecossistemas, hábitats ou espécies.”

Artigo 8-h

Metas de AichiM t 9 Até 2020 é i óti

Convenção Internacional sobre Diversidade Biológica

Meta 9 - Até 2020 as espécies exóticas invasoras e suas vias de dispersão terão sido identificadas e priorizadas, espécies prioritárias terão sido controladas ou erradicadas e medidas para a gestão de vias de dispersão que levam à sua introdução e ao seu estabelecimento terão sido implantadas.

Refere-se a espécies que evoluíram em um determinado ambiente.

Espécies nativas

O conceito independe de divisas políticas.

Os limites de distribuição das espécies são impostos por condições físicas ou geográficas naturais.

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Espécies, subespécies ou táxons de menor hierarquia levados para fora de sua área de distribuição nativa, anterior

Espécies exóticas

de distribuição nativa, anterior ou atual. Inclui qualquer parte, gametas, sementes, ovos ou propágulos dessas espécies capazes de sobreviver e consequentemente reproduzir-se (CDB, UNEP).

Toda espécie exótica cuja introdução ameaça a

ó

Espécies exóticas invasoras

diversidade biológica (CBD Decisão VI/23, UNEP).

São espécies nativas cuja população se espande sobre o ambiente.

Espécies oportunistas

Em geral esses processos estão ligados a distúrbios de origem humana ou natural, havendo um reequilíbrio posterior.

Movimento de uma espécie além de sua área de distribuição original, geralmente como consequência de ação humana intencional ou

Invasões biológicas

de ação humana intencional ou acidental (Williamson, 1996).

O tucunaré (Cichla ocellaris) tornou-se uma espécie invasora quando transportado da bacia Amazônica para a bacia do Rio Paraná no Sul do Brasil, mesmo sem atravessar as

Nativa ou exótica?

mesmo sem atravessar as fronteiras do país.

O sagui (Callithrix jacchus) é nativo do nordeste do Brasil e

tem comportamento invasor agressivo no sudeste,

ocupando o nicho de espécies nativas, como o mico-leão-

dourado.

Nativa ou exótica?O sabiá ou sansão do campo

(Mimosa caesalpiniifolia) é nativo do nordeste do Brasil e

tem comportamento invasor agressivo no sudeste do Brasil,

ocupando áreas de restinga e

O teiú (Tupinambis merianae), nativo do continente americano, foi introduzido em Fernando de

Noronha, onde é invasor e causa grande impacto sobre as

populaçõesde aves marinhas que nidificam na ilha.

p gde floresta atlântica.

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O processo de invasão pode ser compreendido como uma série de etapas sucessivas. Para chegar a cada uma a espécie

Introduzida, estabelecida, invasora

chegar a cada uma, a espécie deve ultrapassar uma série de barreiras (Richardson et al., 2000).

A primeira barreira é a geográfica (o oceano, uma cadeia de montanhas, uma região desértica). A espécie que consegue ultrapassar esta barreira com a ajuda humana intencional ou acidental é considerada “introduzida”.

BARREIRA GEOGRÁFICA

ESPÉCIE INTRODUZIDA

Algumas espécies permanecem neste estágio por muitos anos; porém, a experiência mostra que muitas dessas espécies conseguem saltar as próximas barreiras com o passar do tempo...

A segunda barreira é relacionada às limitações ambientais que condicionam a capacidade reprodutiva de espécies introduzidas.

BARREIRA GEOGRÁFICA

ESPÉCIE INTRODUZIDA

BARREIRA AMBIENTAL

ESPÉCIE ESTABELECIDA

Quando a espécie passa a se reproduzir e formar populações auto-sustentáveis, passa a ser denominada “estabelecida”.

A terceira barreira inclui características ambientais (presença de predadores naturais, falta de agentes dispersores, etc.) que inibem a dispersão de espécies estabelecidas.

BARREIRA GEOGRÁFICA

ESPÉCIE INTRODUZIDA

BARREIRA DE DISPERSÃO

ESPÉCIE INVASORAUma espécie invasora é aquela que ultrapassa esta barreira e avança extensivamente sobre o novo ambiente.

BARREIRA AMBIENTAL

ESPÉCIE ESTABELECIDA

Espécies exóticas invasoras podem ser encontradas nas diversas etapas do processo de invasão.

Uma espécie exótica é ou não invasora em função das suas características intrínsecas, não em função de ser observada

ã d i ã

Espécie exótica invasora

ou não em processo de invasão.

Isso é o que a análise de risco tenta mapear, para separar aquelas espécies que têm potencial de causar dano das que

podem ser introduzidas e usadas com baixo risco.

Não existe risco zero.

Espécies evoluem e se adaptam, o clima muda, e a oportunidade de invasão pode ser uma eventualidade.

Espécies exóticas invasoras entram em processos crescentes de dominância cujos limites estão nas fronteiras

do ambiente invadido ou na interferência humana.

O processo de invasão

Nesses processos, não agir tem consequências: a inação facilita a invasão e leva à destruição da

biodiversidade, eleva custos, torna o controle mais difícil e a erradicação menos viável.

INTRODUÇÃOESTABELECIMENTO

INVASÃO

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O processo de invasão Tempo de latência

Tempo decorrido entre a introdução e a expressão da capacidade de invasão biológica.

ESPÉCIE INVASORA

ESPÉCIE INTRODUZIDA

ESPÉCIE ESTABELECIDA

Se animais ou plantas são introduzidos em grande quantidade, ou se várias tentativas de introdução

Pressão de propágulos

tentativas de introdução acontecem, então as chances de estabelecimento aumentam.

A pressão de propágulos é, portanto, a medida das tentativas de introdução, tanto em termos de número de propágulos

Pressão de propágulos

de número de propágulos liberados quanto em termos do número de tentativas de introdução da espécie.

Por vezes é tida como o melhor preditor para o potencial de invasão.

Vetores e vias de dispersão

Vetores: meios físicos através dos quais as espécies são transportadas

Vias de dispersão: por onde as espécies viajam

Características de plantas exóticas invasoras

• Período juvenil curto• Reprodução por sementes e vegetativa• Produção de grande descendência em

condições favoráveis e de alguma d dê i di õdescendência mesmo em condições desfavoráveis

• Capacidade de interferência química no crescimento de plantas ao redor (alelopatia)

• Auto-polinização/polinização cruzada

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Características de plantas exóticas invasoras

• Facilidade de adaptação a condições diversas

• Baixa exigência nutricional• Resistência a fogo• Germinação de sementes

Pittosporum undulatum

estimulada por fogo• Interação com outras

espécies exóticas• Formação de aglomerados

densos / dominância• Sementes pequenas de fácil

dispersão• Dispersão por formas

diversas (fauna, água, vento)

Muito obrigada!

Sílvia R. ZillerMichele de Sá Dechoum

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