Aula 07 - Controle Quimico

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11/03/2015 1 GOVERNO DO ESTADO DO PIAUÍ UNIVERSIDADE ESTADU AL DO PIAUÍ - UESPI MPUS  PROFESSOR ALEXANDRE ALVES DE OLIVEIRA PARNAÍBA - PIAUÍ Entomologia Agrícola MÉTODOS DE CONTROLE DE PRAGAS POR... Prof. Frank Magno da Costa Curso: Agronomia Bloco III 2015.1 ...CONTROLE QUÍMICO  1. INTRODUÇÃO Compostos químicos ou biológicos que aplicados direta ou indiretamente sobre os insetos, em doses adequadas, provocam sua morte.  O poder tóxico de um inseticida é determinado, estabelecendo-se a dose mínima necessária para matar o inseto Esta dose por sua vez é variável de acordo com os produtos existentes, diferentes reações fisiológicas de cada inseto etc. INSETICIDAS: 1. INTRODUÇÃO  Cada inseticida apresenta toxicidade diferente conforme a sua natureza química, dose empregada e, também o seu estado físico.  O grau de dispersão do inseticida permite uma maior área de contato com o organismo, atuando assim de modo mais eficiente.  Em vista dos fatores expostos e devido à toxi cidade variável dos mesmos, houve necessidade de se estabelecer normas quanto ao seu uso para que resultasse em aumento de produção, controlando as pragas, com conseqüências danosas mínimas a outros organismos e ao meio ambiente. INSETICIDAS: 1. INTRODUÇÃO  A formulação permite que o produto seja utilizado de modo conveniente.  É portanto, a maneira de transformar um produto técnico numa forma apropriada de uso.  De forma geral a formulação é: 1.1. FORMULAÇÕES: Produto técnico ou puro Inerte Adjuvantes + + 1. INTRODUÇÃO  INERTES Substâncias de baixo custo; 1.1. FORMULAÇÕES: Neutras; Servem para diluir o inseticida puro. Para ser empregado na forma de pó, funcionando como veículo do inseticida. 1. INTRODUÇÃO  INERTES No Brasil existem numerosas substâncias que podem ser empregadas como tal: 1.1. FORMULAÇÕES:  Amianto;  Apatita;  Areia;  Argila;  Calcinada;  Atapulgita;  Bentonita;  Calcita;  Caolim;  Enxofre;  Diluentes vegetais;  Talco;

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GOVERNO DO ESTADO DO PIAUÍ

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ - UESPI

MPUS PROFESSOR ALEXANDRE ALVES DE OLIVEIRA

PARNAÍBA - PIAUÍ

Entomologia Agrícola

MÉTODOS DE CONTROLE DE PRAGAS POR...

Prof. Frank Magno da CostaCurso: Agronomia

Bloco III2015.1

...CONTROLE QUÍMICO 

1. INTRODUÇÃO

Compostos químicos ou biológicos que aplicadosdireta ou indiretamente sobre os insetos, em dosesadequadas, provocam sua morte.

 O poder tóxico de um inseticida é determinado,estabelecendo-se a dose mínima necessária paramatar o inseto

Esta dose por sua vez é variável de acordo com osprodutos existentes, diferentes reações fisiológicas decada inseto etc. 

INSETICIDAS:

1. INTRODUÇÃO

 Cada inseticida apresenta toxicidade diferenteconforme a sua natureza química, dose empregada e,também o seu estado físico.

 O grau de dispersão do inseticida permite uma maior

área de contato com o organismo, atuando assim demodo mais eficiente.

 Em vista dos fatores expostos e devido à toxicidade variável dosmesmos, houve necessidade de se estabelecer normas quanto aoseu uso para que resultasse em aumento de produção,controlando as pragas, com conseqüências danosas mínimas aoutros organismos e ao meio ambiente.

INSETICIDAS:

1. INTRODUÇÃO

 A formulação permite que o produto seja utilizado demodo conveniente.

 É portanto, a maneira de transformar um produto

técnico numa forma apropriada de uso.

 De forma geral a formulação é:

1.1. FORMULAÇÕES:

Produto técnico ou puro Inerte  Adjuvantes +  + 

1. INTRODUÇÃO

 INERTES

Substâncias de baixo custo;

1.1. FORMULAÇÕES:

Neutras;

Servem para diluir o inseticida puro.

Para ser empregado na forma de pó,funcionando como veículo do inseticida.

1. INTRODUÇÃO

 INERTES

No Brasil existem numerosas substâncias quepodem ser empregadas como tal:

1.1. FORMULAÇÕES:

 Amianto;

 Apatita;

 Areia;

 Argila;

 Calcinada;

 Atapulgita;

 Bentonita;

 Calcita;

 Caolim;

 Enxofre;

 Diluentes

vegetais;

 Talco;

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1. INTRODUÇÃO

 INERTES

Um inerte pode ser bom para formulação pó seco enão ser bom para pó molhável ou virce e versa.

1.1. FORMULAÇÕES:

Se for higroscópico será bom para pó molhável eruim para pó seco.

Quando o inerte não é neutro, ele pode degradar oinseticida, podendo ocorrer fracasso no controledas pragas.

1. INTRODUÇÃO

 Os inseticidas podem ser encontrados nas

diferentes formulações:

1.1. FORMULAÇÕES:

Pó seco (P): ou simplesmente pó para polvilhamento dasplantas ou animais ou ainda solos ousementes.

A formulação pó seco contém, geralmente, de 1 a 10%de princípio ativo.

Sendo empregada pelos agricultores conforme vemdas fábricas, não devendo ser concentrada, pois éperigosa para o aplicador.

1. INTRODUÇÃO

1.1. FORMULAÇÕES:

Pó molhável (PM): nesta formulação o inseticida recebe umagente molhante, substância de elevadograu de absorção a fim de permitir que namistura com água, forme suspensõesdotadas de grande estabilidade.

Assim as autoridades não permitem concentraçõesmuitas elevadas, dependendo do produto.

Esta formulação contém, geralmente, de 20 a 80% deprincípio ativo.

1. INTRODUÇÃO

1.1. FORMULAÇÕES:

O inerte empregado neste caso deve ter grandecapacidade de absorção.

O produto é aplicado em suspensão aquosa e oveículo neste caso é a água.

Ela ajuda a adesão do produto na folha, mas o sólidoprecisa ter pequena dimensão, sendo o ideal o inerte (emuitas vezes o inseticida), micronizado em “moinho devento”.

1. INTRODUÇÃO1.1. FORMULAÇÕES:

A formulação pó molhável, apresenta menor problemade decomposição catalítica que o pó seco, por estarem concentração mais elevada.

Alguns produtos que não se adaptam às formulaçõeslíquidas por falta de um solvente adequado, sãopreparados como pós molháveis para mistura comágua.

Resumindo, temos:

Pó molhável Água suspensão +  = 

1. INTRODUÇÃO1.1. FORMULAÇÕES:

Pó solúvel (PS): Formulação de ingrediente ativo sólido,solúvel em água sob a forma moída ou depequenos cristais que para ser utilizada nocampo necessita ser dissolvida em água.

Esta formulação contém de 50 a 90% de princípioativo.

São pouco frequentes os inseticidas que podem serassim formulados, pois são raros os produtos solúveisem água.

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1. INTRODUÇÃO

1.1. FORMULAÇÕES:

É a formulação ideal, uma vez que a mistura é perfeita.

 Cartap;  Metomil;  Triclorfon.

Granulados (G): Os inseticidas são formulados na forma depequenos grânulos.

Esta formulação contém, geralmente, de 1 a 10% deprincípio ativo.

1. INTRODUÇÃO

1.1. FORMULAÇÕES:

São empregados comumente para o controle daspragas do solo.

No caso de sistêmicos granulados, podem serutilizados para controle de algumas pragas sugadorasda parte aérea das plantas, pois são absorvidosatravés da raiz e translocados para os brotos, folhas efrutos.

1. INTRODUÇÃO

1.1. FORMULAÇÕES:

Podem ser formulados para:

1. ISCA FORMICIDA  –  para saúvas e quenquéns,possuindo uma baixa concentração do inseticida.

As substâncias que funcionam como isca podem ser:

 Bagaço de laranja;

 Farinha de mandioca etc.

1. INTRODUÇÃO

1.1. FORMULAÇÕES:

2. INSETICIDA DE SOLO  –  usado em concentraçãomáxima de 10% devido à baixa DL50 do produto.

Citam-se como exemplo:

 Forate granulado;

 Aldicarbe;

 Carbofuran;

 Tiofanox.

1. INTRODUÇÃO1.1. FORMULAÇÕES:

3. Tratamento de plantas  –  a cana-de-açúcar e o milho,podem receber granulados para controle de certaspragas em sua parte aérea, pois os grânulos ficamretidos nas axilas das folhas.

Existem os granulados:

 Clorpirifós;

 Diazinon.

1. INTRODUÇÃO1.1. FORMULAÇÕES:

 A grande vantagem da formulação granulada é amaior facilidade de aplicação e a segurança queoferece ao usuário.

 Os grânulos precisam ser preparados emmáquinas especiais e secos em estufa.

 Geralmente é feita uma massa, mas algunsprodutos requerem a absorção do ingredienteativo líquido na superfície do inerte granulado.

 Podem ser fabricados de várias maneiras:

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1. INTRODUÇÃO

1.1. FORMULAÇÕES:

 Pode-se também dissolver o ingrediente ativo emum solvente volátil e aplicar a solução ao inerte,evaporando em seguida o solvente.

 A formulação moderna é a base de celulose,sendo conhecida como Biodac  .

1. INTRODUÇÃO

1.1. FORMULAÇÕES:

Concentrados emulsionáveis (CE) ou emulsão (E) ouemulsão concentrada (EC) ou dispersões aquosas:

Os inseticidas são dissolvidos em determinadossolventes, em concentrações geralmenteelevadas, adicionados a substânciasemulsificantes.

Em mistura com água formam emulsões, geralmentede aspecto leitoso.

1. INTRODUÇÃO

1.1. FORMULAÇÕES:

 Esta é a formulação líquida mais antiga.

 Além do emulsificante, contém o ingredienteativo, solvente e às vezes um estabilizador ou aindaum antiespumante.

  Os líquidos são mais eficientes que os sólidos,porque as gotas aderem melhor às folhas.

1. INTRODUÇÃO

1.1. FORMULAÇÕES:

 Geralmente são menos lavados pelas chuvas, poisapós um certo tempo, penetram nos tecidos dasplantas.

 Sua concentração varia de 5 a 100% doingrediente ativo e sua aplicação exige mistura emágua.

1. INTRODUÇÃO1.1. FORMULAÇÕES:

Soluções concentradas - Existem dois tipos:

•  Para diluição em água ou óleo;

•  Soluções em ultrabaixo volume (UBV);

1. INTRODUÇÃO1.1. FORMULAÇÕES:

1. Diversos inseticidas sistêmicos são soluções paradiluição em água;

Ex: 

Monocrotofós 

Dicrotofós 

Morfotion 

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1. INTRODUÇÃO

1.1. FORMULAÇÕES:

Os produtos para diluição em óleo, geralmente sãoherbicidas, mas o dimetoato pode ser diluído em águaou óleo

1. INTRODUÇÃO

1.1. FORMULAÇÕES:

2. A formulação ultra baixo volume (UBV) não devereceber diluição no campo;

 O produto é oleoso;

 Exige aparelhamento especial para suaaplicação;

 Mais eficiente quando aplicado por via aérea;

 À  economia de mão de obra é grande, pois oinseticida é aplicado em concentração elevada,usando no máximo 8 l/ha.

1. INTRODUÇÃO

1.1. FORMULAÇÕES:

 Poucos são os inseticidas autorizados para usonesse processo, especialmente quandodestinados à aplicação aérea, devido aos riscos detoxicidade que podem apresentar.

 São eles:

1. INTRODUÇÃO

1.1. FORMULAÇÕES:

3. Mais recentemente surgiu a formulaçãoeletrodinâmica, conhecida por formulação ED;

 Consiste na aplicação de produtos com

pulverizadores especiais.

 Cujas formulações em óleo recebem cargas elétricas, aoserem pulverizadas no alvo desejado.

1. INTRODUÇÃO1.1. FORMULAÇÕES:

 O volume a ser aplicado varia de 0 2-2 0 L/ha;

 O produto vem acondicionado em recipiente

próprio descartável “Bozzle” com um bico

que permite a vazão pré-determinada.

 As gotículas pulverizadas sendo dotadas de

carga elétrica contrária a das folhas são

atraídas por elas e se fixam sem perda no

solo.

 As gotículas atingem inclusive a página

inferior das folhas.

1. INTRODUÇÃO1.1. FORMULAÇÕES:

Suspensões concentradas (SC) - existe no comérciouma formulaçãodenominada Sevimol.

O produto é um preparado concentrado contendobasicamente, melaço + carbaril e água, controlando aspragas na fase adulta por ingestão.

Pragas importantes como o curuquerê-do-algodão e alagarta-da-maçã da mesma cultura podem sercontrolados por esse processo.

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1. INTRODUÇÃO

1.1. FORMULAÇÕES:

Aerosol - Os inseticidas são embalados emrecipientes para resistirem à pressões.

Juntamente com estes, colocam-se solventesaltamente voláteis.

Em contato com o meio ambiente, evaporam-se,deixando os inseticidas em suspensão no ar, na formade finíssimas partículas.

1. INTRODUÇÃO

1.1. FORMULAÇÕES:

Gasosos - embora os inseticidas sejam encontrados nocomércio, na forma líquida ou sólida, dentro deembalagens hermeticamente fechadas, aexclusiva ação fumigante dos mesmos, emcontato com o ar, restringe o seu uso tambémpara ambientes confinados.

Algumas pragas de solo podem ser destruídas com ouso da fosfina, na forma de pastilha.

Quando se coloca esse produto a certa profundidade, nasproximidades do local da praga, em pouco tempo dá-se afumigação do ambiente, não sendo fitotóxico às plantas.

1. INTRODUÇÃO

1.1. FORMULAÇÕES:

Suspensão líquida “(Flowable)” -

Formulação de ingrediente ativo sob a forma deuma dispersão de partículas sólidas micronizadas,em meio líquido, para uso no campo após diluição

em veículo líquido que pode ser água ou umaemulsão de óleo em água.

Quando o veículo dispersante da formulação ésomente água, ela é também designada “flowable”.

1. INTRODUÇÃO

1.1. FORMULAÇÕES:

Se o veículo dispersante da formulação é óleo, elapassa a ser uma suspensão oleosa ou preparaçãooleosa.

O carbofuran 350F  para tratamento de sementesapresenta esta formulação e neste caso, é utilizadosem diluição em água ou óleo.

1. INTRODUÇÃO1.1. FORMULAÇÕES:

Pasta - Formulação de ingrediente ativo sob forma pastosa,para ser utilizada sem diluição, sobre partesvegetais como exemplo, pode ser citada a fosfinaem pasta utilizada para controle de coleobrocas.

Microencapsulada - Formulação onde as partículas doinseticida são envolvidas por umamesma parede fina e porosa.

Este revestimento é chamado microcápsula e permitea liberação mais lenta do produto com maiorsegurança ao aplicador.

1. INTRODUÇÃO1.1. FORMULAÇÕES:

As formulações:

 Pós molháveis;

 Pós-solúveis;

 Concentrados emulsionáveis;

 Dispersões aquosas;

 Suspensões líquidas;

 Microencapsuladas;

 Soluções concentradas.

Aplicadas em pulverização por meio de água

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1. INTRODUÇÃO

1.1. FORMULAÇÕES:

Fog ou Fogging - Permite que o produto puro sejasubmetido a altas temperaturas, nãoocorrendo a sua degradação

Usado para o controle de formigas cortadeiras emtermonebulização.

1. INTRODUÇÃO

2. ESPALHANTES ADESIVOS:

Algumas plantas como por exemplo:

 Couve

 Repolho

 Ervilha

Revestidas de cerasimpedindo a fixaçãodesejada dos inseticidas.

Outras como:

 Cafeeiro

embora com pequenaquantidade de cera, sãoigualmente difíceis deserem molhadas.

1. INTRODUÇÃO

2. ESPALHANTES ADESIVOS

Plantas de fácil molhabilidade, se após a aplicaçãoocorrerem chuvas pesadas, poderão ser lavadas.

Emprego de espalhantes adesivos, torna-se necessário, poisauxilia a fixação do inseticida na planta, protegendo-a daspragas por um período mais prolongado, em caso de chuvas.

1. INTRODUÇÃO

3. CLASSIFICAÇÃO DOS INSETICIDAS

Os inseticidas podem ser classificados como:

 Sistêmicos;

 Não-sistêmicos.

3.1. INSETICIDAS SISTÊMICOS

São aqueles que aplicados nas folhas, ramos,raízes, solos etc. são absorvidos e translocadospara várias regiões da planta, via xilema oufloema, atuando principalmente sobre insetossugadores como pulgões e cochonilhas.

 Ex: aldicarbe (Temik)

 Diversos são os processos de aplicação dessesinseticidas.

 sementes, bulbos e tubérculos podem sertratados com o produto em pó

3.1. INSETICIDAS SISTÊMICOS

 Ao germinarem já contém o inseticida circulandona seiva.

VANTAGENS

1. < desequilíbrio biológico; 

2. Ação quase que exclusiva sobre insetos sugadores; 

3. < perda devido às lavagens pelas chuvas ou irrigações; 

4. Não há necessidade de cobertura perfeita nas plantas; 

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3.1. INSETICIDAS SISTÊMICOS

DESVANTAGENS

1. Não funcionam quando as plantas estão no períodode repouso; 

2. Normalmente são bastante tóxicos ao homem,principalmente por ação de contato; 

3.1. INSETICIDAS SISTÊMICOS

EMPREGO:

1. Pulverizações: Sobre a parte aérea das plantas,atuando por contato ou ingestão, nocaso de alguns mastigadores, e açãosistêmica para insetos sugadores.

2. Regas no solo: Empregados em casos esporádicos,quando apenas uma pequenaquantidade de plantas deve receber otratamento.

3.1. INSETICIDAS SISTÊMICOS

EMPREGO:

3. Pincelamento no caule: Pincelado na formaconcentrada sobre o caule dasplantas.

4. Tratamento de sementes: Recomendado para sementesde hortaliças e algodão.

Para sementes lisas, são submetidas inicialmente auma solução com espalhantes adesivos.

3.1. INSETICIDAS SISTÊMICOS

EMPREGO:

5. Granulado no solo: Aplicado nas covas ou sulco deplantio a certa profundidade.

6. Granulado nas folhas: Pode ser empregado nas axilasdas folhas de algumas planta,como por exemplo o abacaxi.

Capacidade de retenção de água das folhas permite asolubilização do inseticida que é absorvido e atuacontra cochonilhas.

Ao germinarem, as sementes entram em contato com

o inseticida por meio das raízes.

3.1. INSETICIDAS SISTÊMICOS

Compatibilidade e fitotoxicidade dos defensivos:

Devido ao grande n°  de inseticidas, torna-se difícilestabelecer recomendações a respeito dacompatibilidade entre si e outros produtos.

Fungicidas;

Acaricidas;

Reguladores de crescimento;

Nutrientes foliares;Antibióticos.

3.1. INSETICIDAS SISTÊMICOS

Compatibilidade dos defensivos:

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3.1. INSETICIDAS SISTÊMICOS

Fitotoxicidade dos defensivos:

Existem culturas mais sensíveis aos defensivos, como:

Goiaba - Dimetoato;

Maçã  – Carbaril;

Mamoeiros - Clopirifós;

Bananeiras - Malation;

Crisântemos - Fenpropatrina.

4. CÁLCULO PARA EMPREGO DE INSETICIDAS

 Para aplicações na forma granulada ou pó seco, não há

necessidade de cálculo de dosagens;

 Inseticida já vem pronto para ser aplicado, semnecessidade de manipulação;

 Algumas considerações devem ser feitas quando oproduto precisa ser diluído em água 

 Normalmente, as recomendações são dadas emquantidades do ingrediente ativo (i.a.) / ha 

4. CÁLCULO PARA EMPREGO DE INSETICIDAS

 Inconveniente dessas recomendações é que haveráum depósito do inseticida nas folhas, variável de acordocom o desenvolvimento vegetativo;

 Dosagens por área são válidas para culturas comestado vegetativo máximo;

 Quando as plantas estão em desenvolvimento ou sãomuito grandes, como frutíferas, é mais prática arecomendação de dosagens para 100L de água, paraaplicações a alto volume. 

4. CÁLCULO PARA EMPREGO DE INSETICIDAS

EX.: Para aplicações de alto volume recomenda-se 200mL deum determinado inseticida para 100 L de água;

Se a lavoura estiver “fechada”,  o consumo por hectarepoderá ser 4 vezes maior, ou seja, 400L H2O + 0,8 L doinseticida.

4. CÁLCULO PARA EMPREGO DE INSETICIDAS

 Empregando-se um pulverizador para aplicação abaixo volume, calcula-se inicialmente sua vazão para 5ou 10 m2 da cultura (parte coberta);

Se o consumo de água foi de 0,3 L para 10 m2 ,para 1 há será de 300 L.  

 Observando-se que a relação entre área coberta e nãocoberta é de 75% a favor da primeira, basta obter

também 75% de 300 L ou 225 L água + 0,6 L doinseticida para 1 ha;

4. CÁLCULO PARA EMPREGO DE INSETICIDAS

 As condições de velocidade do operador ou do tratore a pressão do pulverizador devem ser as mesmas doteste realizado;

 A determinação da vazão é feita colocando-se um

recipiente graduado, calculando-se a vazão por minuto.

 Quando o pulverizador for dotado de mais de um bico,será preciso assegurar o mesmo escoamento paratodos;

Os bicos devem ser regulados para trabalhar com a

mesma vazão.

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4. CÁLCULO PARA EMPREGO DE INSETICIDAS

 Para o cálculo da quantidade de inseticida necessáriapara controlar a praga, deve-se verificar a quantidade de

ingrediente ativo a ser empregada;

Monocrotofós é encontrado no comércio com 02diferentes dosagens: 

EX.: 

  Existe no comércio produtos com concentrações dei.a. diferentes, assim, é preciso transformar asdosagens;

AZODRIN 60%;  NUVACRON 40%. 

0,06% 100 mL  150 mL 

5. MÉTODOS DE APLICAÇÃO DOS INSETICIDAS

Aplicados na forma de pó, compovilhadeiras 

O produto vempreparado para serdistribuído na lavoura,sem necessidade decálculo de diluição. 

POVILHAMENTO:

5. MÉTODOS DE APLICAÇÃO DOS INSETICIDAS

VANTAGENS: POVILHADEIRAS:

 Baixo custo nas operações; 

 Alto rendimento; 

 Adaptável à várias culturas; 

 Mão-de-obra menos especializada; 

DESVANTAGENS: 

 > consumo de inseticida; 

 + facilmente lavado; 

 Deposição irregular; 

 Sensível a ação dos ventos; 

5. MÉTODOS DE APLICAÇÃO DOS INSETICIDAS

Aparelhos aplicadores sãodenominados granuladeiras efuncionam por gravidade 

GRANULADOS:

5. MÉTODOS DE APLICAÇÃO DOS INSETICIDAS

GRANULADEIRAS:

VANTAGENS: 

 Deposição + uniforme que os pós; 

 Facilidade de manuseio; 

 Pequena influência do vento; 

 > segurança para o operador; 

 < gasto de inseticida. 

DESVANTAGENS: 

 Emprego limitado; 

 Dificuldade de obtenção; 

 Escassez de inseticida nessa forma de aplicação; 

5. MÉTODOS DE APLICAÇÃO DOS INSETICIDAS

Aplicadores de líquidos recebemdenominações diversas, dependendodo tipo do bico e tamanho das gotículasproduzidas 

VIA LÍQUIDA:

A finalidade dos bicos é produzir gotas, sendoclassificados de acordo com a energia utilizada.  

Energia hidráulica: Os aplicadores que utilizamenergia hidráulica sãochamados pulverizadores. 

Apresentam como elementos de distribuição dasgotas, os BICOS. 

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5. MÉTODOS DE APLICAÇÃO DOS INSETICIDAS

PULVERIZADORES:

VANTAGENS: 

 < gasto de inseticida; 

 > adesividade do inseticida na planta; 

 < influência do vento; 

 Facilidade na aquisição dos inseticidas; 

DESVANTAGENS: 

 Aparelhos + caros e + complicados; 

 < rendimento; 

 > consumo de água; 

 > perigo de intoxicação; 

 Mão-de-obra especializada; 

5. MÉTODOS DE APLICAÇÃO DOS INSETICIDAS

BICOS - Estes de acordo com o diâmetro das gotas ea forma de distribuição delas dividem-se:  

BICOS 

Jato cônico 

Jato leque 

Alto volume 

Baixo volume 

Faixa contínua 

Faixa descontínua 

5. MÉTODOS DE APLICAÇÃO DOS INSETICIDAS 5. MÉTODOS DE APLICAÇÃO DOS INSETICIDAS

5. MÉTODOS DE APLICAÇÃO DOS INSETICIDAS

ICOS

Jato cônico 

Jato leque 

Pulverização em folhagens 

Alto volume 

Faixa contínua 

Faixa descontínua 

Baixo volume 

400 L/ha 

< 400 L/ha 

Aplicação de herbicidas em superfícies planas 

Depositam igual quantidade de líquido 

> Quantidade líquido na região centro 

5. MÉTODOS DE APLICAÇÃO DOS INSETICIDAS

Transformação de pulverização de alto para baixo volume 

Realizada com a mudança dos bicos nospulverizadores 

Pulverizador manual, costal, em alto volume,considerando-se uma pressão constante de 40 libras

e velocidade de 2,5 km/h, gastam-se em média 400 LH2O / ha 

Quantidade de inseticida utilizado por área por plantaé a mesma o que muda é a quantidade de águaconsumida 

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5. MÉTODOS DE APLICAÇÃO DOS INSETICIDAS

Transformação de pulverização de alto para baixo volume 

Pulverização a baixo volume, com a mesma pressão evelocidade, consegue-se uma economia de água de 5-6vezes. Quantidade de inseticida será a mesma, porém com> [ ] do produto no pulverizador.  

Tendo em vista que algumas variações podem ocorrer: 

testar as quantidade deágua para cultura ouestádio da mesma 

 Velocidade do operário; 

 Pressão do pulverizador. 

 Tipo de cultura; 

5. MÉTODOS DE APLICAÇÃO DOS INSETICIDAS

Energia gasosa: Os aparelhos que utilizamenergia gasosa são chamadosatomizadores. 

Formam gotas de 90-100µ de diâmetro;  

Vazão de 10-15L/ha, para inseticida diluído em água; 

Vazão de 2-10L/ha, para inseticida formulado em óleo; 

5. MÉTODOS DE APLICAÇÃO DOS INSETICIDAS

ATOMIZADORES:

VANTAGENS: 

 Fácil operação; 

 pequeno desgaste; 

 Alto rendimento; 

 Baixo volume de água; 

DESVANTAGENS: 

 Aparelhagem cara; 

Mão-de-obra especializada;   Assistência mecânica; 

 Não aplicável a qualquer cultura; 

 < gasto de inseticida; 

 < influência do vento; 

 < Mão-de-obra; 

5. MÉTODOS DE APLICAÇÃO DOS INSETICIDAS

Energia centrífuga: Usada em aparelhosrotativos que contém umdisco ou gaiola rotativa paradistribuição das gotas. 

Formam gotas de 60-70µ de diâmetro; 

Vazão de 0,5-2,0L/ha; 

5. MÉTODOS DE APLICAÇÃO DOS INSETICIDAS

Energia térmica: O equipamento que a utiliza éconhecido como nebulizador outermonebulizador. 

Formam gotas de 50µ de diâmetro;  

Utilizado em ambientes fechados; 

5. MÉTODOS DE APLICAÇÃO DOS INSETICIDAS

NEBULIZADORES:

VANTAGENS: 

 Eficiente capacidade de penetração; 

 Baixo volume do l íquido empregado; 

 Alto rendimento; 

 Melhor distribuição do inseticida; 

DESVANTAGENS: 

 Decomposição das partículas pelo calor; 

7/17/2019 Aula 07 - Controle Quimico

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11/03/2015

5. MÉTODOS DE APLICAÇÃO DOS INSETICIDAS

Energia elétrica: Utilizada em aplicadoreseletrostáticos que apresentamno local de saída do líquido umponto de descarga elétrica de~20.000 volts. 

Vazão de 0,2  – 2 L/ha. 

Devido à alta tensão e ao intenso campo elétricogerado, o líquido sai sob forma de filamentos e rompe-se em pequenas gotas que são atraídas em direção aoalvo. 

5. MÉTODOS DE APLICAÇÃO DOS INSETICIDAS

Aplicação de fumigantesprincipalmente para controle das

pragas de produtos armazenados. 

EXPURGO:

Transformação de doses e concentrações de fumigantes 

 Dose:  Representada pela quantidade de fumiganteaplicada e geralmente é expressa em peso dasubstância química por volume do espaço tratado. 

Fumigantes podem vir também expressos emvolume. 

5. MÉTODOS DE APLICAÇÃO DOS INSETICIDAS

Transformação de doses e concentrações de fumigantes 

 Conversão de um fumigante: 

Conversão de fumigante líquido em gramas, paramililitros e vice-versa, pode ser feita pela seguinte

fórmula. 

P = D x V.  Peso 

Densidade ou peso específico 

Volume 

5. MÉTODOS DE APLICAÇÃO DOS INSETICIDAS

Transformação de doses e concentrações de fumigantes 

Conversão de um fumigante: 

EX.: Transformar 30 mL de brometo de metila em peso: 

P = 1,732 x 30 mL.  

Densidade do brometo de metila = 1,732 

P = 52 g 

5. MÉTODOS DE APLICAÇÃO DOS INSETICIDAS

Transformação de doses e concentrações de fumigantes 

Enquanto a dose é sempre conhecida, pois é fornecidade antemão, a concentração precisa ser determinada,pois varia com o tempo de exposição, espaço etc.  

 Concentração:  É a quantidade de fumigante que sedispersou no espaço de qualquer parte dosistema de fumigação em um dadomomento. 

5. MÉTODOS DE APLICAÇÃO DOS INSETICIDAS

Transformação de doses e concentrações de fumigantes 

Conversão do peso de um determinado gás para valoresde concentração e vice-versa pode ser feitaconsiderando-se o PM do gás e o fator comum a todosos gases, de que uma molécula grama de umasubstância gasosa ocupa volume de 22,4 litros a 27°C760mm Hg de pressão. 

Conversão de g / m3 a ppm por volume: 

Fazer a conversão de 6g/m3 de HCN para ppm por volume: 

Peso molecular do HCN = 27 

(6 x 22,4) / 27 = 4,96 mL / L  (igual a ~0,5% / volume ou 5000 ppm / volume