Aula 06 naturalismo e realismo

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REALISMO – NATURALISMO – SIMBOLISMO Prof. Márcio Duarte FAIP/FAEF

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História da Arte - Naturalismo e realismo

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REALISMO – NATURALISMO – SIMBOLISMO

Prof. Márcio DuarteFAIP/FAEF

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1880

1800 1850 1900

RomantismoRealismo

NaturalismoImpressionismo

ExpressionismoSimbolismo

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REALISMOSegunda metade do século XIX

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Origem• O realismo foi um movimento artístico e cultural que se desenvolveu na

segunda metade do século XIX, surgido na França, e cuja influência se estendeu a numerosos países europeus.

• A característica principal deste movimento foi a abordagem de temas sociais e um tratamento objetivo da realidade do ser humano.

• Possuía um forte caráter ideológico, marcado por uma linguagem política e de denúncia dos problemas sociais como, por exemplo, miséria, pobreza, exploração, corrupção entre outros.

• Com uma linguagem clara, os artistas e escritores realistas iam diretamente ao foco da questão, reagindo, desta forma, ao subjetivismo do romantismo. Uma das correntes do realismo foi o Naturalismo, onde a objetividade está presente, porém sem o conteúdo ideológico.

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A angústia de um operário em greve é o tema de OnStrike (Em Greve), 1891, óleo sobre tela, famoso quadro de Hubertvon Herkomer, um dos maiores nomes da arte realista.

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História do realismo na arte

• Esta corrente aparece no momento em que ocorrem as primeiras lutas sociais, sendo também objeto de ação contra o capitalismo progressivamente mais dominador.

• Das influências intelectuais que mais ajudaram no sucesso do Realismo denota-se a reação contra as excentricidades românticas e contra as suas falsas idealizações da paixão amorosa.

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Comparação com o Romantismo

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"O Bar do Folies-Bergère" de Édouard Manet (1882)

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Características

• Retrato da sociedade e das suas relações sem idealização. Exclui-se da obra tudo o que vier da sorte, do acaso, do milagre. Tudo é regido por leis naturais.

• Cientificismo – uso de teorias científicas e filosóficas, como o determinismo, o evolucionismo, a psicologia, o positivismo.

• Linguagem simples e direta.• Tempo da narrativa – preferencialmente o presente, o

que faz com que a literatura sirva de denúncia dos aspectos sociais e políticos.

• Espaço urbano.

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Características• Personagens caricaturados das pessoas do dia-a-dia,

retratando-se ou o aspecto psicológico ou o biológico desses.

• Preferência pela individualidade dos personagens.• Romance documental.• Observação direta e interpretação crítica da

realidade.• Objetividade.• Análise psicológicas dos personagens.• Materialismo.• Crítica às instituições burguesas, à monarquia, a

religiosidade, às crendices populares.

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"O almoço sobre a relva", de Manet

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The Uprising (1860), Honoré Daumier

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Realismo na literatura

• Motivados pelas teorias científicas e filosóficas da época, os escritores realistas desejavam retratar o homem e a sociedade em sua totalidade. Não bastava mostrar a face sonhadora e idealizada da vida como fizeram os românticos; era preciso mostrar a face nunca antes revelada: a do cotidiano massacrante, do amor adúltero, da falsidade e do egoísmo humano, da impotência do homem comum diante dos poderosos.

• Uma característica comum ao Realismo é o seu forte poder de crítica, porém sem subjetividade. Grandes escritores realistas descrevem o que está errado de forma natural. Em lugar do egocentrismo romântico, verifica-se um enorme interesse de descrever, analisar e até em criticar a realidade. Em lugar de fugir à realidade, os realistas procuram apontar falhas como forma de estimular a mudança das instituições e dos comportamentos humanos. Na Europa, o realismo teve início com a publicação do romance realista Madame Bovary (1857) de Gustave Flaubert.

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Artistas do realismo

• Édouard Manet • Gustave Courbet • Honoré Daumier • Jean-Baptiste Camille Corot • Jean-François Millet • Theódore Rousseau

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O REALISMO

Gustave Coubert (1819-1877) foi o grande teorizador do realismo pictórico. Com uma visão socialista, pinta temas sociais, paisagens campestres, operários e retratos.

A origem do mundo 1866.

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Os Quebradores de Pedras – Courbet

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Enterro em Ornans - CoubertCoubert

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Auto-retrato – Gustave Coubert

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Jean-François Millet (1814-1875)pinta cenas do trabalho rural

As respigadoras do trigo, 1857 Angelus, 1859

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Realismo no Brasil• No Brasil, esse contexto se inicia em 1881, com Machado de

Assis, que publica Memórias póstumas de Brás Cubas (primeiro romance realista do Brasil).

• Durante o período de passagem do Romantismo para o Realismo , o Brasil sofreu inúmeras mudanças na história econômica, política e social.

• O Realismo encontrou no Brasil uma realidade propícia para a ascensão da literatura, já que escritores como Castro Alves e José de Alencar haviam preparado o terreno.

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naturalismoIniciou-se com a Escola de Barbizon (1880)

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• O Naturalismo é a radicalização do Realismo.

• Iniciou-se com a Escola de Barbizon (1880) - essa nova escola literária baseava-se na observação fiel da realidade e na experiência, mostrando que o indivíduo é determinado pelo ambiente e pela hereditariedade.

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Naturalismo na Literatura

• Os romances naturalistas se destacam pela abordagem extremamente aberta do sexo e pelo uso da linguagem falada. O resultado é um diálogo vivo e extraordinariamente verdadeiro, que na época foi considerado até chocante de tão inovador. Ao ler uma obra naturalista, tem-se a impressão de estar lendo uma obra contemporânea, que acabou de ser escrita.

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Imagens do Naturalismo

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J-B. Camille Corot, 1796-1875 A Ponte de Nantes

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NATURALISMOOs progressos da vida citadina no séc. XIX levaram à laicização do pensamento, a um maior racionalismo e pragmatismo.

Na ciência, surge o positivismo e o cientismo.

Os artistas aumentaram o interesse pela vida real e condenaram o rigoroso academismo da época que se ensinava nas Escolas;

Nas telas, focam atenção pormenorizada na luz e seus efeitos.

As Casas de Cabassud na Vila d’Avray.

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Johan B. Jongkind (1819-1891), Paisagem com moinho.

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James Whistler (1834-1903) EUA, Retrato da Mãe do pintor, 1871

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Eugène Boudin (1824-1898), Praia em Trouville, 1860-70

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Os pintores da “Escola de Barbizon”

• Barbizon é uma aldeia a 30km de Paris, na floresta de Fontainebleau. Alguns pintores parisienses fixaram-se aí para pintar a Natureza em plena natureza. É o início da pintura fora dos ateliês. Esta proximidade da natureza levou os artistas a pormenorizarem brilhos, tonalidades, texturas, cambiantes de atmosfera, etc.

• Pintores que passaram por Barbizon: Théodore Rousseau, Constant Troyon, Charles Daubigny, Camile Corot, Gustave Courbet, etc.

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Os naturalistas pintam paisagens, cenas do quotidiano e retratos, e abandonam os temas dos pintores românticos (temas de inspiração literária ou histórica, fantasias) e o sentimentalismo.

T. Rousseau, Paisagem. Este pintor é considerado o precursor do Impressionismo.

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Naturalismo no Brasil

• No país, a tendência manifesta-se nas artes plásticas e na literatura. Não há produção de textos para teatro, que se limita a encenar peças francesas.

• Na literatura, em geral não há fronteiras nítidas entre textos naturalistas e realistas. No entanto, o romance O Mulato (1881), de Aluísio Azevedo (1857-1913), é considerado o marco inicial do naturalismo no país.