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Aula 02 Curso: Contabilidade de Custos e ADC p/ TCU Professores: Gabriel Rabelo, Luciano Rosa

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Curso: Contabilidade de Custos e ADC p/ TCU

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Contabilidade de Custos e Análise das Demonstrações Contábeis para TCU Teoria e exercícios comentados

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ................................................................................................... 2

1 ANÁLISE DE LIQUIDEZ: ANÁLISE DO FLUXO DE CAIXA, ANÁLISE DO CICLO OPERACIONAL E ANÁLISE DO CICLO FINANCEIRO. INDICADORES. .................. 3

1.1 INDICADORES DE LIQUIDEZ .................................................................... 3

1.1.1 ÍNDICE DE LIQUIDEZ CORRENTE OU LIQUIDEZ COMUM ...................... 3

1.1.2 - ÍNDICE DE LIQUIDEZ SECA OU ACID TEST OU TESTE ÁCIDO ................ 4

1.1.3 ÍNDICE DE LIQUIDEZ IMEDIATA OU INSTANTÂNEA .............................. 4

1.1.4 ÍNDICE DE LIQUIDEZ GERAL OU LIQUIDEZ TOTAL................................ 5

1.1.5 ÍNDICE DE SOLVÊNCIA GERAL .............................................................. 6

1.2. ANÁLISE DO CICLO OPERACIONAL E ANÁLISE DO CICLO FINANCEIRO .. 7

1.2.1 ÍNDICES DE ATIVIDADE (ROTAÇÃO) .................................................... 7

1.2.2 ROTAÇÃO DE ESTOQUE (RE) ................................................................. 7

1.2.3 PRAZO MÉDIO DE ROTAÇÃO DO ESTOQUE (PMRE) ................................ 7

1.2.4 ROTAÇÃO DE DUPLICATAS A RECEBER (RDR) ( OU DE CLIENTES, OU DE CONTAS A RECEBER) ........................................................................................ 8

1.2.5 PRAZO MÉDIO DE ROTAÇÃO DE DUPLICATAS A RECEBER (PMRDR) ...... 8

1.2.6 CICLO OPERACIONAL (COP) ................................................................. 9

1.2.7 ROTAÇÃO DE FORNECEDORES (RF) (OU DUPLICATAS A PAGAR) ......... 10

1.2.8 PRAZO MÉDIO DE ROTAÇÃO DE FORNECEDORES (PMRF) ..................... 10

1.2.9 CICLO FINANCEIRO (CF) OU CICLO DE CAIXA ..................................... 10

2. FLUXOS DE CAIXA ........................................................................................ 11

2.1. DEMONSTRAÇÃO DE FLUXO DE CAIXA MÉTODO INDIRETO .................... 17

2.3. DEMONSTRAÇÃO DE FLUXO DE CAIXA MÉTODO DIRETO ........................ 18

2.4. ANÁLISE DO FLUXO DE CAIXA .................................................................. 24

2.4.1. INDICADORES ....................................................................................... 25

3 - ANÁLISE DA ESTRUTURA DE CAPITAL E DA SOLVÊNCIA. INDICADORES E MEDIDAS DE SOLVÊNCIA. ................................................................................ 26

3.1 ENDIVIDAMENTO TOTAL (ED) OU DEBT RATIO ....................................... 26

3.2 ÍNDICE DE GARANTIA DO CAPITAL DE TERCEIROS (GCT) OU GRAU DE ENDIVIDAMENTO ............................................................................................. 27

3.3 COMPOSIÇÃO DO ENDIVIDAMENTO (CE) ................................................ 27

3.4. QUOCIENTES DE IMOBILIZAÇÃO DE CAPITAL. .......................................... 27

3.4.1 IMOBILIZAÇÃO DO CAPITAL PRÓPRIO (ICP) ....................................... 27

3.4.2 ÍNDICE DE IMOBILIZAÇÃO DO INVESTIMENTO TOTAL (IIT) ............... 28

3.5 ÍNDICE DE SOLVÊNCIA GERAL ............................................................... 28

4 - ANÁLISE HORIZONTAL E VERTICAL. ANÁLISE DE TENDÊNCIAS. ................ 29

4.1. ANÁLISE HORIZONTAL: ............................................................................ 29

4.2. ANÁLISE VERTICAL: .................................................................................. 31

4.3. ANÁLISE DE TENDÊNCIAS: ........................................................................ 32

AULA 02: 3. Análise de liquidez: análise do fluxo de caixa, análise do ciclo operacional e análise do ciclo financeiro 3.1 Indicadores. 4 Análise da estrutura de capital e da solvência.4.1 Indicadores e medidas de solvência. 5 Informações extraídas das Notas Explicativas. 6 Análise horizontal e vertical. 6.1 Análise de tendências. 6.2 Grupos de comparação. 7 Indicadores de mercado. 8 Limitações da análise por indicadores. 9 Considerações de natureza não-financeira (qualitativa).

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5 - GRUPOS DE COMPARAÇÃO. INDICADORES DE MERCADO. .......................... 34

6 - LIMITAÇÕES DA ANÁLISE POR INDICADORES. ........................................... 36

6.1 LIMITAÇÕES INERENTES AOS DADOS UTILIZADOS ................................ 36

6.2 - NÃO UTILIZAÇÃO DE INFORMAÇÕES SOBRE QUANTIDADES FÍSICAS..... 37

7 CONSIDERAÇÕES DE NATUREZA NÃO FINANCEIRA (QUALITATIVA). ......... 37

7.1 - CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS FUNDAMENTAIS ............................... 38

7.2 - CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DE MELHORIA ................................... 40

8 - QUESTÕES COMENTADAS ........................................................................... 44

9 - QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ....................................................... 67

10 - GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ............................ 76

APRESENTAÇÃO

Olá, meus amigos. Como estão?!

O CESPE mudou o Edital, na parte de Contabilidade Geral. Eliminou os Princípios Contábeis Fundamentais , deixando apenas o Pronunciamento

Conceitual Básico (R1). Nessa aula, vamos apresentar parte deste pronunciamento no tópico 7: Considerações de natureza não financeira (qualitativas). Os conteúdos de Análise e de Custos não foram alterados. Nossos e-mails, para dúvidas, são: [email protected] [email protected]

Quaisquer dúvidas, por favor, enviem aos dois e-mails, para que ambos possamos ter ciência do que está se passando no curso.

É isso! Vamos começar a nossa batalha?!

Forte abraço!

Gabriel Rabelo/Luciano Rosa.

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1 ANÁLISE DE LIQUIDEZ: ANÁLISE DO FLUXO DE CAIXA, ANÁLISE DO CICLO OPERACIONAL E ANÁLISE DO CICLO FINANCEIRO. INDICADORES.

Os índices ( ou quocientes, ou indicadores) de liquidez indicam a capacidade da empresa de pagar suas dívidas. Envolvem principalmente as contas do balanço (ativo circulante e ativo realizável a longo prazo, em comparação com o passivo exigível a curto e a longo prazo).

Esses índices são utilizados, entre outros usuários, pelos credores da empresa (bancos, fornecedores, etc), para avaliar o risco de inadimplência de créditos já concedidos ou a conceder.

Os quocientes de liquidez devem ser analisados em conjunto com outros grupos de quocientes. Os índices de rentabilidade e de atividade têm, ao longo dos anos, muita influência sobre os índices de liquidez. Assim, uma situação de pouca liquidez pode ser revertida com alguns anos de lucro alto ou melhoria nos índices de rotação.

alguns casos, um alto índice de liquidez pode significar má gestão financeira, como a manutenção desnecessária de disponibilidades, excesso de estoques, prazos longos de contas a receber, etc.

1.1 INDICADORES DE LIQUIDEZ 1.1.1 ÍNDICE DE LIQUIDEZ CORRENTE OU LIQUIDEZ COMUM

Liquidez corrente

LC: Ativo circulante

Passivo circulante

Este índice apresenta a capacidade da empresa pagar suas dívidas de curto prazo (passivo circulante) com os recursos de curto prazo (ativo circulante). É um índice muito utilizado e considerado como o melhor indicador da situação de liquidez da empresa.

Para estabelecer um índice ideal de Liquidez Corrente, é necessário avaliar o ciclo operacional da empresa. De uma forma geral, quanto maior for o ciclo operacional, maior será a necessidade de um alto índice de Liquidez Corrente.

Exemplo: Ativo circulante = 3.000 e passivo circulante = 2.500

LC = AC/PC 3.000/2.500. Logo, LC = 1,2 ou 120%.

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Este índice significa que a empresa possui R$ 1,20 reais no ativo circulante para cada real de dívida, a curto prazo.

1.1.2 - ÍNDICE DE LIQUIDEZ SECA OU ACID TEST OU TESTE ÁCIDO

Liquidez seca/Acid test/Teste ácido

LS: Ativo circulante - estoques

Passivo circulante

Trata-se de um índice de liquidez mais rigoroso que a Liquidez Corrente, pois exclui os estoques.

Normalmente, o estoque é o item de mais lenta realização, no Ativo Circulante. Precisa ser vendido, e pode se transformar em duplicatas a receber, no caso das vendas a prazo.

Assim, o Índice de Liquidez Seca mede a capacidade de pagamento das dívidas de curto prazo, sem considerar os estoques.

È um índice mais adequado para as empresas que operam com estoques de difícil realização financeira, geralmente em função do alto valor. Como exemplo podemos citar as empresas do setor imobiliário, nas quais a venda do estoque costuma ser mais lenta.

Exemplo:

Ativo circulante = 3.000 Estoque = 400 Passivo circulante = 2.500

LS = (AC Estoques)/PC = (3.000 400)/2.500 = 1,04 ou 104%. Significa que a empresa possui R$1,04 no ativo circulante para cada real de dívida de curto prazo, sem considerar os estoques. 1.1.3 ÍNDICE DE LIQUIDEZ IMEDIATA OU INSTANTÂNEA

Liquidez imediata/Liquidez instantânea

LI: Disponibilidades

Passivo circulante

É o mais rigoroso dos índices de liquidez. Avalia a capacidade de a empresa pagar suas dívidas de imediato, com os valores que possui disponíveis. As disponibilidades incluem caixa e equivalente de caixa (depósitos bancários,

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aplicações de curto prazo, etc.), ou seja, são as aplicações que podem ser convertidas imediatamente em dinheiro sem alteração significativa do seu valor. A necessidade de manter mais ou menos disponibilidades está ligada ao ramo da Atuação. As empresas que efetuam muitas operações à vista necessitam de mais disponibilidades.

Exemplo:

Disponibilidades = 400 Passivo circulante = 2.500 LI: Disponibilidades/PC = 400/2.500 = 0,16 ou 16%. Significa que as disponibilidades são equivalentes a 16 % do valor das dívidas de curto prazo. Embora o Índice de Liquidez Imediata seja menor que 1, isto não significa necessariamente que a empresa esteja em má situação financeira, dependendo, como já mencionamos, do ramo de atuação da empresa.

1.1.4 ÍNDICE DE LIQUIDEZ GERAL OU LIQUIDEZ TOTAL

Liquidez geral ou total

LG: Ativo circulante + Ativo realizável a LP

Passivo circulante + (Passivo não circulante - Receita diferida)

Observação: Passivo Circulante (+) Passivo Não Circulante Rec. Diferida = Passivo Exigível. Indica a capacidade da empresa de pagar suas dívidas de curto e longo prazo, usando os recursos do Ativo Circulante e do Ativo Realizável a Longo Prazo. Normalmente, é desejável que a Liquidez Geral seja superior a 1. Mas um índice inferior a 1 não significa que a empresa esteja em má situação financeira. Se, por exemplo, parte de suas dívidas forem de longo prazo e a empresa for bastante lucrativa, ela pode gerar recursos para pagamento das dívidas antes do vencimento. Ou seja, os índices devem ser analisados em conjunto, para se aferir a real situação da empresa. Exemplo: Ativo circulante 3.000 Ativo realizável a LP 2.000 Passivo circulante 2.500

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Passivo não circulante 1.800

LG: (AC + ARLP)/(PC + PNC) = (3.000 + 2.000)/(2.500 + 1.800) = 1,16 ou 116%.

Significa que a empresa possui R$ 1,16 reais no Ativo Circulante e no Ativo Realizável a Longo Prazo para cada real de dívida do Passivo Exigível (Passivo Circulante + Passivo Não Circulante).

1.1.5 ÍNDICE DE SOLVÊNCIA GERAL

Solvência geral (antigo)

SG:

Ativo total Passivo exigível

Solvência geral (novo)

SG:

Ativo total Passivo exigível - receitas diferidas

Indica a capacidade de a empresa pagar suas dívidas de curto e longo prazo, usando todos os seus recursos, inclusive Investimentos Permanentes, Imobilizado e Intangível.

Um índice inferior a 1 indica a existência de Passivo a Descoberto.

Na apuração dos índices de liquidez, devem ser eliminados os valores que não serão realizados, ou seja, que não se converterão em dinheiro. É o caso das Despesas Antecipadas e do extinto grupo Ativo Diferido. Esse conceito corresponde ao Ativo Real.

Ativo Real = ativo total despesas antecipadas - diferido Exemplo: Ativo circulante 3.000 Ativo não circulante 7.000 Passivo circulante 2.500 Passivo não circulante 1.800 SG: (3.000 + 7.000)/(2.500 + 1.800) = 2,33 ou 233%.

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1.2. ANÁLISE DO CICLO OPERACIONAL E ANÁLISE DO CICLO FINANCEIRO

1.2.1 ÍNDICES DE ATIVIDADE (ROTAÇÃO) Os índices de rotação indicam a velocidade com que os elementos patrimoniais se renovam durante um certo período de tempo. Por essa razão, são geralmente expressos em dias ou meses. Tais índices expressam relacionamentos dinâmicos, que acabam influindo bastante na posição de liquidez e rentabilidade. Normalmente, envolvem itens do balanço e da DRE, simultaneamente. 1.2.2 ROTAÇÃO DE ESTOQUE (RE) Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) RE = -----------------------------------------------------------------

Estoque Médio

Estoque inicial (EI) + Estoque final (EF) Estoque médio = -------------------------------------------------------

2

Este índice indica quantas vezes o estoque se renovou por causa das vendas.

Ex. CMV = 120.000 e estoque médio = 20.000

CMV 120.000 RE = --------------------- => RE = ------------- => RE = 6

Estoque médio 20.000 Isto significa que a empresa renovou seu estoque de mercadorias 6 vezes durante o ano, ou seja, comprou e vendeu o equivalente ao seu estoque médio 6 vezes.

1.2.3 PRAZO MÉDIO DE ROTAÇÃO DO ESTOQUE (PMRE) 360 PMRE = -------------- RE Considerando o exemplo acima, temos: 360 PMRE = -------------- => PMRE = 60 dias 6

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De uma forma geral, quanto maior a rotação, ou seja, quanto menor o prazo médio de renovação do estoque, melhor. Mas os índices de rotação devem ser analisados em conjunto com os outros indicadores da empresa. Um estoque muito pequeno (que aumentaria a rotação) pode levar a empresa a perder vendas, por exemplo.

Obs. 1 : devemos sempre considerar o ano com 360 dias, a não ser que a questão informe expressamente número de dias diferente (365 ou 366)

Obs. 2 : Se não for informado o estoque médio, podemos usar o estoque final para o cálculo da RE.

1.2.4 ROTAÇÃO DE DUPLICATAS A RECEBER (RDR) ( OU DE CLIENTES, OU DE CONTAS A RECEBER)

Vendas a Prazo RDR = -----------------------------------------

Média de Duplicatas a Receber

Ex. Duplicatas a receber em 31/12/X1 = 30.000; duplicatas a receber em 31/12/X2 = 50.000; vendas a prazo em X2 = 320.000

320.000 RDR = ---------------------------- => RDR = 8 (30.000 + 50.000) --------------------- 2 Este índice significa que a empresa vendeu a prazo e recebeu 8 vezes durante o ano. Obs.1 Pode ser usado apenas o saldo final de duplicatas a receber, caso a questão não informe o saldo inicial Vendas a Prazo RDR = --------------------------------------------

Saldo final de Duplicatas a Receber

1.2.5 PRAZO MÉDIO DE ROTAÇÃO DE DUPLICATAS A RECEBER (PMRDR)

360 PMRDR = -------------

RDR

Usando o cálculo anterior, temos:

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360 PMRDR = ---------- => PMRDR = 45 dias

8

Significa que, em média, a empresa demora 45 dias para receber as vendas a prazo.

1.2.6 CICLO OPERACIONAL (COP) O Ciclo Operacional é o período que a empresa leva para comprar estoque, vender e receber. Normalmente, o Ciclo Operacional é menor nas empresas comerciais que nas empresas industriais. Compra ------- vende--------------- recebe ! ! !______________________________ ! Um ciclo operacional O cálculo do Ciclo Operacional pode ser efetuado através da soma do PMRE com o PMRDR. Por exemplo, supondo que índices calculados nos itens 5.3.3. e 5.3.5 sejam da mesma empresa, o Ciclo Operacional será: COP = PMRE + PMRDR => COP = 60 dias + 45 dias => COP = 105 dias. Ex: (ICMS SP 2006 FCC) Uma Empresa tem Prazo médio de renovação dos estoques 74 dias; Prazo médio de recebimento de vendas 63 dias; Prazo médio de pagamento de compras 85 dias e Ciclo de caixa 52 dias. Considerando essas informações, o Ciclo Operacional é de A) 128 dias. B) 137 dias. C) 140 dias. D) 142 dias. E) 145 dias. Resolução : PMRE 74 dias + PMRV 63 dias => COP = 74+63 = 137 dias LETRA B Obs: As empresas comerciais normalmente possuem apenas o estoque de mercadorias. Mas as empresas industriais possuem estoques de matéria-prima, de produtos em elaboração e de produtos acabados. Desta forma, para calcularmos o Ciclo Operacional de uma indústria, temos que calcular o PMRE de matéria-prima, de produtos em elaboração e de produtos acabados. A soma prazo médio de rotação destes três tipos de estoque, mais o

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prazo médio de rotação das duplicatas a receber, indica o Ciclo Operacional das empresas industriais.

1.2.7 ROTAÇÃO DE FORNECEDORES (RF) (OU DUPLICATAS A PAGAR) Compras a Prazo RF = ---------------------------------- Média de Fornecedores Ex. Fornecedores em 31/12/X1 = 20.000; Fornecedores em 31/12/X2 = 30.000; compras a prazo em X2 = 150.000 150.000 RF = ---------------------------- => RF = 6 20.000 + 30.000 -------------------- 2 Este índice indica que, durante o exercício de X2, a empresa girou a conta de fornecedores, em média, 6 vezes. Vale repetir a mesma observação anterior, se a questão mencionar apenas o saldo final de fornecedores, o calculo pode ser efetuado com este valor. 1.2.8 PRAZO MÉDIO DE ROTAÇÃO DE FORNECEDORES (PMRF) 360 PMRF = -------------

RF

Usando o cálculo anterior, temos:

360 PMRF = ---------- => PMRF = 60 dias

6

Assim, a empresa leva, em média, 60 dias para pagar suas compras a prazo. Normalmente, este é um ín 1.2.9 CICLO FINANCEIRO (CF) OU CICLO DE CAIXA O Ciclo Financeiro ou Ciclo de Caixa é calculado da seguinte forma: Ciclo Financeiro = Ciclo Operacional Prazo Médio de Rotação dos Fornecedores

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Compra ------- vende--------------- recebe ! !

!_______________________________ ! Um ciclo operacional Compra pagamento ! ! ! !___________________ ! ! ! ! !____________! Ciclo Financeiro Repare que a questão da FCC já fornece o valor do Ciclo Financeiro (também chamado de Ciclo de Caixa) : Ex: (ICMS SP 2006 FCC) Uma Empresa tem Prazo médio de renovação dos estoques 74 dias; Prazo médio de recebimento de vendas 63 dias; Prazo médio de pagamento de compras 85 dias e Ciclo de caixa 52 dias. Ciclo Operacional => PMRE + PMRV => COP = 74 + 63 => COP = 137 dias Ciclo Financeiro : Ciclo Operacional PMPC => CF = 137 dias 85 dias CF = 52 dias. 2. FLUXOS DE CAIXA

A Demonstração dos Fluxos de Caixa tornou-se obrigatória, no Brasil, a partir de 2008. O Comitê de Pronunciamentos Contábeis CPC regulamentou a forma de elaboração e apresentação da DFC, através do Pronunciamento Técnico CPC 03. Abaixo, alguns trechos do referido Pronunciamento Técnico :

03 (R2) - Objetivo Informações sobre o fluxo de caixa de uma entidade são úteis para proporcionar aos usuários das demonstrações contábeis uma base para avaliar a capacidade de a entidade gerar caixa e equivalentes de caixa, bem como as necessidades da entidade de utilização desses fluxos de caixa. As decisões econômicas que são tomadas pelos usuários exigem avaliação da capacidade de a entidade gerar caixa e equivalentes de caixa, bem como da época de sua ocorrência e do grau de certeza de sua geração. (...) Benefícios das Informações dos Fluxos de Caixa

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4. A demonstração dos fluxos de caixa, quando usada em conjunto com as demais demonstrações contábeis, proporciona informações que permitem que os usuários avaliem as mudanças nos ativos líquidos da entidade, sua estrutura financeira (inclusive sua liquidez e solvência) e sua capacidade para mudar os montantes e a época de ocorrência dos fluxos de caixa, a fim de adaptá-los às mudanças nas circunstâncias e oportunidades. As informações sobre os fluxos de caixa são úteis para avaliar a capacidade de a entidade gerar caixa e equivalentes de caixa e possibilitam aos usuários desenvolver modelos para avaliar e comparar o valor presente dos fluxos de caixa futuros de diferentes entidades. A demonstração dos fluxos de caixa também concorre para o incremento da comparabilidade na apresentação do desempenho operacional por diferentes entidades, visto que reduz os efeitos decorrentes do uso de diferentes critérios contábeis para as mesmas transações e eventos.

5. Informações históricas dos fluxos de caixa são frequentemente utilizadas como indicador do montante, época de ocorrência e grau de certeza dos fluxos de caixa futuros. Também são úteis para averiguar a exatidão das estimativas passadas dos fluxos de caixa futuros, assim como para examinar a relação entre lucratividade e fluxos de caixa líquidos e o impacto das mudanças de preços.

Definições

6. Os seguintes termos são usados neste Pronunciamento, com os significados abaixo especificados:

Caixa compreende numerário em espécie e depósitos bancários disponíveis. Equivalentes de caixa são aplicações financeiras de curto prazo, de alta liquidez, que são prontamente conversíveis em um montante conhecido de caixa e que estão sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor. Fluxos de caixa são as entradas e saídas de caixa e equivalentes de caixa. Atividades operacionais são as principais atividades geradoras de receita da entidade e outras atividades diferentes das de investimento e tampouco de financiamento. Atividades de investimento são as referentes à aquisição e à venda de ativos de longo prazo e de outros investimentos não incluídos nos equivalentes de caixa. Atividades de financiamento são aquelas que resultam em mudanças no tamanho e na composição do capital próprio e no capital de terceiros da entidade. Apresentação de uma Demonstração dos Fluxos de Caixa

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10. A demonstração dos fluxos de caixa deve apresentar os fluxos de caixa de período classificados por atividades operacionais, de investimento e de financiamento.

11. A entidade deve apresentar seus fluxos de caixa advindos das atividades operacionais, de investimento e de financiamento da forma que seja mais apropriada a seus negócios. A classificação por atividade proporciona informações que permitem aos usuários avaliar o impacto de tais atividades sobre a posição financeira da entidade e o montante de seu caixa e equivalentes de caixa. Essas informações podem ser usadas também para avaliar a relação entre essas atividades.

12. Uma única transação pode incluir fluxos de caixa classificados em mais de uma atividade. Por exemplo, quando o desembolso de caixa para pagamento de um empréstimo inclui tanto os juros como o principal, a parte dos juros pode ser classificada como atividade operacional, mas a parte do principal deve ser classificada como atividade de financiamento.

Atividades Operacionais

13. O montante dos fluxos de caixa advindos das atividades operacionais é um indicador chave da extensão na qual as operações da entidade têm gerado suficientes fluxos de caixa para amortizar empréstimos, manter a capacidade operacional da entidade, pagar dividendos e juros sobre o capital próprio e fazer novos investimentos sem recorrer a fontes externas de financiamento. As informações sobre os componentes específicos dos fluxos de caixa operacionais históricos são úteis, em conjunto com outras informações, na projeção de fluxos futuros de caixa operacionais.

14. Os fluxos de caixa advindos das atividades operacionais são basicamente derivados das principais atividades geradoras de receita da entidade. Portanto, eles geralmente resultam das transações e de outros eventos que entram na apuração do lucro líquido ou prejuízo. Exemplos de fluxos de caixa que decorrem das atividades operacionais são:

a. recebimentos de caixa pela venda de mercadorias e pela prestação de serviços; b. recebimentos de caixa decorrentes de royalties, honorários, comissões e outras receitas; c. pagamentos de caixa a fornecedores de mercadorias e serviços; d. pagamentos de caixa a empregados ou por conta de empregados; e. recebimentos e pagamentos de caixa por seguradora de prêmios e sinistros, anuidades e outros benefícios da apólice; f. pagamentos ou restituição de caixa de impostos sobre a renda, a menos que possam ser especificamente identificados com as atividades de financiamento ou de investimento; e

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g. recebimentos e pagamentos de caixa de contratos mantidos para negociação imediata ou disponíveis para venda futura. Algumas transações, como a venda de um ativo imobilizado, podem resultar em ganho ou perda, que é incluído na apuração do lucro líquido ou prejuízo. Os fluxos de caixa relativos a tais transações são fluxos de caixa provenientes de atividades de investimento. Entretanto, pagamentos em caixa para a produção ou aquisição de ativos destinados a aluguel para terceiros que, em seqüência, são vendidos, são fluxos de caixa advindos das atividades operacionais. Os recebimentos de aluguéis e das vendas subsequentes de tais ativos são também fluxos de caixa das atividades operacionais. Atividades de Investimento 16. A divulgação em separado dos fluxos de caixa advindos das atividades de investimento é importante em função de tais fluxos de caixa representarem a extensão em que os dispêndios de recursos são feitos pela entidade com a finalidade de gerar lucros e fluxos de caixa no futuro. Somente desembolsos que resultam em ativo reconhecido nas demonstrações contábeis são passíveis de classificação como atividades de investimento. Exemplos de fluxos de caixa advindos das atividades de investimento são: a. pagamentos de caixa para aquisição de ativo imobilizado, intangível e outros ativos de longo prazo. Esses pagamentos incluem aqueles relacionados aos custos de desenvolvimento ativados e aos ativos imobilizados de construção própria; b. recebimentos de caixa resultantes da venda de ativo imobilizado, intangível e outros ativos de longo prazo; c. pagamentos em caixa para aquisição de instrumentos patrimoniais ou instrumentos de dívida de outras entidades e participações societárias em joint

ventures (exceto aqueles pagamentos referentes a títulos considerados como equivalentes de caixa ou mantidos para negociação imediata ou futura); d. recebimentos de caixa provenientes da venda de instrumentos patrimoniais ou instrumentos de dívida de outras entidades e participações societárias em joint ventures (exceto recebimentos referentes aos títulos considerados como equivalentes de caixa e os mantidos para negociação imediata ou futura); e. adiantamentos em caixa e empréstimos feitos a terceiros (exceto aqueles adiantamentos e empréstimos feitos por instituição financeira); f. recebimentos de caixa por liquidação de adiantamentos ou amortização de empréstimos concedidos a terceiros (exceto adiantamentos e empréstimos de uma instituição financeira); g. pagamentos de caixa por contratos futuros, a termo, de opção e swap, exceto quando tais contratos forem mantidos para negociação imediata ou futura, ou os pagamentos forem classificados como atividades de financiamento; e h. recebimentos de caixa por contratos futuros, a termo, de opção e swap, exceto quando tais contratos forem mantidos para negociação imediata ou

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venda futura, ou os recebimentos forem classificados como atividades de financiamento.

Quando um contrato for contabilizado como proteção (hedge) de posição identificável, os fluxos de caixa do contrato devem ser classificados do mesmo modo como foram classificados os fluxos de caixa da posição que estiver sendo protegida. Atividades de Financiamento 17. A divulgação separada dos fluxos de caixa advindos das atividades de financiamento é importante por ser útil na predição de exigências sobre fluxos futuros de caixa por parte de fornecedores de capital à entidade. Exemplos de fluxos de caixa advindos das atividades de financiamento são: (a) caixa recebido pela emissão de ações ou outros instrumentos patrimoniais; (b) pagamentos em caixa a investidores para adquirir ou resgatar ações da entidade; (c) caixa recebido pela emissão de debêntures, empréstimos, notas promissórias, outros títulos de dívida, hipotecas e outros empréstimos de curto e longo prazos; (d) amortização de empréstimos e financiamentos; e (e) pagamentos em caixa pelo arrendatário para redução do passivo relativo a arrendamento mercantil financeiro. Divulgação de Fluxos de Caixa das Atividades Operacionais 18. A entidade deve divulgar os fluxos de caixa das atividades operacionais, usando alternativamente: a. o método direto, segundo o qual as principais classes de recebimentos brutos e pagamentos brutos são divulgadas; ou (b) o método indireto, segundo o qual o lucro líquido ou o prejuízo é ajustado pelos efeitos de transações que não envolvem caixa, pelos efeitos de quaisquer diferimentos ou apropriações por competência sobre recebimentos de caixa ou pagamentos em caixa operacionais passados ou futuros, e pelos efeitos de itens de receita ou despesa associados com fluxos de caixa das atividades de investimento ou de financiamento. 19. Pelo método direto, as informações sobre as principais classes de recebimentos brutos e de pagamentos brutos podem ser obtidas alternativamente: (a) dos registros contábeis da entidade; ou (b) pelo ajuste das vendas, dos custos dos produtos, mercadorias ou serviços vendidos (no caso de instituições financeiras, pela receita de juros e similares e

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despesa de juros e encargos e similares) e outros itens da demonstração do resultado ou do resultado abrangente referentes a:

(i) variações ocorridas no período nos estoques e nas contas operacionais a receber e a pagar; (ii) outros itens que não envolvem caixa; e (iii) outros itens tratados como fluxos de caixa advindos das atividades de investimento e de financiamento.

20. De acordo com o método indireto, o fluxo de caixa líquido advindo das atividades operacionais é determinado ajustando o lucro líquido ou prejuízo quanto aos efeitos de:

(a) variações ocorridas no período nos estoques e nas contas operacionais a receber e a pagar;

(b) itens que não afetam o caixa, tais como depreciação, provisões, tributos diferidos, ganhos e perdas cambiais não realizados e resultado de equivalência patrimonial quando aplicável; e

(c) todos os outros itens tratados como fluxos de caixa advindos das atividades de investimento e de financiamento.

Alternativamente, o fluxo de caixa líquido advindo das atividades operacionais pode ser apresentado pelo método indireto, mostrando-se as receitas e as despesas divulgadas na demonstração do resultado ou resultado abrangente e as variações ocorridas no período nos estoques e nas contas operacionais a receber e a pagar.

20A. A conciliação entre o lucro líquido e o fluxo de caixa líquido das atividades operacionais deve ser fornecida, obrigatoriamente, caso a entidade use o método direto para apurar o fluxo líquido das atividades operacionais. A conciliação deve apresentar, separadamente, por categoria, os principais itens a serem conciliados, à semelhança do que deve fazer a entidade que usa o método indireto em relação aos ajustes ao lucro líquido ou prejuízo para apurar o fluxo de caixa líquido das atividades operacionais. (...)

Transações que não Envolvem Caixa ou Equivalentes de Caixa

43. Transações de investimento e financiamento que não envolvem o uso de caixa ou equivalentes de caixa devem ser excluídas da demonstração dos fluxos de caixa. Tais transações devem ser divulgadas nas notas explicativas às demonstrações contábeis, de modo que forneçam todas as informações relevantes sobre essas atividades de investimento e de financiamento.

44. Muitas atividades de investimento e de financiamento não têm impacto direto sobre os fluxos de caixa correntes, muito embora afetem a estrutura de capital e de ativos da entidade. A exclusão de transações que não envolvem

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caixa ou equivalentes de caixa da demonstração dos fluxos de caixa é consistente com o objetivo de referida demonstração, visto que tais itens não envolvem fluxos de caixa no período corrente. Exemplos de transações que não envolvem caixa ou equivalente de caixa são: (a) a aquisição de ativos, quer seja pela assunção direta do passivo respectivo, quer seja por meio de arrendamento financeiro; (b) a aquisição de entidade por meio de emissão de instrumentos patrimoniais; e (c) a conversão de dívida em instrumentos patrimoniais Apresentamos, abaixo, modelos de fluxo de caixa pelo método direto e pelo método indireto. 2.1. DEMONSTRAÇÃO DE FLUXO DE CAIXA MÉTODO INDIRETO Atividades operacionais Lucro líquido (+) depreciação, amortização e exaustão (+)(-) Resultado da equivalência patrimonial (+)(-) Resultado na alienação de imobilizado, investimentos ou intangíveis (+) despesas financeiras que não afetam o caixa (-) receitas financeiras que não afetam o caixa (=) lucro ajustado (+)(-) variação nas contas do ativo circulante e realizável a longo prazo: Duplicatas a receber Clientes (PDD) (duplicatas descontadas) Estoques Despesas antecipadas (+)(-) variação nas contas do passivo circulante e passivo não circulante: Fornecedores Contas a pagar Impostos a recolher Atividades de financiamento Terceiros Empréstimos e financiamentos (passivo captação e pagamento)

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Sócios Aumento/integralização de capital (PL) Pagamento de dividendos

Atividades de Investimento

Compra e venda de investimentos, imobilizado e intangível (parte do Ativo Não Circulante)

2.3. DEMONSTRAÇÃO DE FLUXO DE CAIXA MÉTODO DIRETO Atividades operacionais Recebimento de clientes Recebimento de juros Pagamentos -- a fornecedores de mercadorias -- de impostos -- de salários -- de juros -- despesas pagas antecipadamente Atividades de financiamento Terceiros Empréstimos e financiamentos (passivo captação e pagamento) Sócios Aumento/integralização de capital (PL) Pagamento de dividendos Atividades de financiamento Compra e venda de investimentos, imobilizado e intangível (parte do Ativo Não Circulante) Os fluxos das atividades de financiamento e de investimentos são iguais nos dois métodos. No método Direto, a partir de informações do balanço e da DRE, usamos a fórmula: Saldo inicial + entradas - saídas = saldo final

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Para determinar os recebimentos e pagamentos.

Exemplo: A partir do Balanço Patrimonial e da Demonstração dos Resultados abaixo, elabore a Demonstração dos fluxos de Caixa pelo método Direto e pelo método Indireto.

Empresa Exemplo S.A. 31.12.X1 31.12.X2 Ativo Circulante Caixa 100 100 Bancos 18.900 17.900 Duplicatas a Receber 15.000 31.000 Estoque de Mercadorias 22.000 21.500 Ativo Não Circulante Investimentos Permanentes 10.000 10.000 Imobilizado 20.000 27.000 Depreciação Acumulada -6.500 -7.400 Intangível 6.800 6.800 Total do Ativo 86.300 106.900 Passivo Circulante Fornecedores 26.800 35.800 Salários a pagar 7.000 7.300 Impostos a Recolher 4.500 3.300 Passivo Não Circulante Empréstimos de Longo Prazo 18.000 23.000 Patrimônio Líquido Capital Social 25.000 30.000 Reservas de lucro 5.000 7.500 Total Passivo + PL 86.300 106.900 Demonstração do Resultado Receita de Vendas 35.000 (-) Custo Mercadoria Vendida -18.000 (=) Lucro Bruto 17.000 (-) Despesas De Vendas -3.000 De Salários -6.800 Depreciação -900

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Financeiras -3.000 (=) Lucro Operacional 3.300 (-) Provisão IR e CSLL -800 (=) Lucro Líquido 2.500

Informações adicionais : 1) Aumento de Empréstimos de Longo Prazo:R$ 3.000 refere-se a juros que serão pagos junto com o valor principal; R$ 2.000 refere-se a novos empréstimos. 2) O aumento do Capital Social foi integralizado pelos sócios em dinheiro.

No método indireto, partimos do resultado do período e somamos ou diminuímos os valor que afetaram o resultado, mas que não representam saída ou entrada de dinheiro.

Neste exemplo, temos a despesa de Depreciação e os juros provisionados (que diminuíram o lucro líquido, mas não são saídas de caixa; portanto, devem ser somados ao lucro líquido)

Fluxo de Caixa Operacional Lucro Líquido 2500 (+) Depreciação 900 (+) Desp. Juros não Pagos 3000 Lucro Ajustado 6400

Depois, ajustamos as variações dos ativos e passivos relacionados com as atividades operacionais.

Aumento do Ativo diminui o caixa Diminuição do Ativo aumenta o caixa Aumento do Passivo aumenta o caixa Diminuição do Passivo diminui o caixa. Lucro Ajustado 6400 (-) Var. Duplicatas a Receber

-16000

(+) var. Estoques 500 (+) var. Fornecedores 9000 (+) var. Salários a Pagar 300 (-) var. Impostos a Recolher -1200 Caixa Consumido Ativ. Operacionais -1000

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Os fluxos de caixa das atividades de Financiamento e de Investimento são montados diretamente, à partir das informações da questão.

O Fluxo de Caixa Indireto completo fica assim:

Fluxo de Caixa - Método Indireto Fluxo de Caixa Operacional Lucro Líquido 2.500 (+) Depreciação 900 (+) Desp. Juros não Pagos 3.000 Lucro Ajustado 6.400 (-) Var. Duplicatas a Receber

-16.000

(+) var. Estoques 500 (+) var. Fornecedores 9.000 (+) var. Salários a Pagar 300 (-) var. Impostos a Recolher -1.200 Caixa Consumido Ativ. Operacionais -1.000 Fluxo de Caixa Ativ. Investimento Aquisição de Imobilizado -7.000 Caixa Consumido Ativ. Investimentos -7.000 Fluxo de caixa Ativ. Financiamento Dos sócios Integralização de Capital 5.000 Novos Empréstimos 2.000 Caixa Gerado Ativ. Financiamentos 7.000 Total de Caixa consumido -1.000 Disponibilidades em X2 18.000 Disponibilidades em X1 19.000

Fluxo de Caixa Método Direto :

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Para o cálculo dos valores do fluxo de caixa método direto, usamos sempre a fórmula: Saldo Inicial + Entradas Saídas = Saldo Final Geralmente, os saldos iniciais e finais vêm do Balanço Patrimonial; as entradas vêm da DRE. 1) Recebimento de Clientes (duplicatas a receber) Saldo inicial = 15.000 (+) Entradas (vendas) = 35.000 (-) Saídas (recebimentos) = ??? (=) Saldo Final = 31.000 Portanto Recebimentos = 15.000 + 35.000 31.000 = 19.000 2) Pagamentos a fornecedores Neste caso, precisamos primeiro calcular as compras de mercadoria, e depois os pagamentos a fornecedores. Compra de mercadorias Saldo Inicial Estoques = 22.000 (+) Entradas (compras) = ????? (-) Saídas (CMV) = 18.000 (=) Saldo Final Estoque = 21.500 Portanto, compras de mercadorias = 24.500 + 18.000 22.000 = 17.500 Fornecedores Saldo Inicial : 26.800 (+) Entradas (compras) = 17.500 (-) Saídas (pagamentos) : ????? (=) Saldo Final = 35.800 Pagamentos a fornecedores = 26.800 + 17.500 35.800 = 28.500 3) Pagamento de salários (salários a pagar) Saldo inicial = 7.000 (+) Entradas (despesa de salários) = 6.800 (-) Saída ( pagamentos) = ???? (=) Saldo Final = 7.300 Pagamento de salários = 7.000 + 6.800 7.300 = 6.500

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4) Pagamento de Impostos (Impostos a recolher)

Saldo inicial = 4.500 (+) Entradas (IR e CSLL) = 800 (-) saídas (pagamentos) = ???? (=) Saldo Final = 3.300

Pagamento de impostos = 4.500 +800 3.300 = 2.000 Quanto às despesas de vendas, devemos considerar que foram integralmente pagas no período. Fluxo de Caixa - Método Direto Recebimentos de clientes 19.000 (-) Pagamentos A fornecedores -8.500 Salários -6.500 Impostos -2.000 Desp. Vendas -3.000 Caixa Consumido Ativ. Operacionais -1.000 Fluxo de Caixa Ativ. Investimento Aquisição de Imobilizado -7.000 Caixa Consumido Ativ. Investimentos -7.000 Fluxo de caixa Ativ. Financiamento Dos sócios Integralização de Capital 5.000 Novos Empréstimos 2.000 Caixa Gerado Ativ. Financiamentos 7.000 Total de Caixa consumido -1.000 Disponibilidades em X2 18.000 Disponibilidades em X1 19.000

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2.4. ANÁLISE DO FLUXO DE CAIXA

Para efeito de análise, a Demonstração de Fluxo de Caixa elaborada pelo método Indireto é mais indicada. Através desta demonstração, podemos verificar o motivo da sobra ou da falta de caixa. Para isso, devemos reorganizá-la da seguinte maneira :

Editora Atlas, 5ª. Edição, cap.13).

Demonstração de Fluxo de Caixa Método Indireto Atividades operacionais Lucro líquido 2.500 (+) (-) Ajustes (despesas e receitas não caixa) (+) Depreciação 900 (+) Desp. Juros Provisionados 3.000 (=) GERAÇÃO BRUTA DE CAIXA 6.400 (+) (-) Variação da Necessidade de Capital de Giro Var. Clientes -16.000 Var. Estoques 500 Var. Fornecedores 9.000 Var. outros passivos operacionais -900 -7.400 (=) GERAÇÃO OPERACIONAL DE CAIXA -1.000 (+) (-) Var. Empréstimos Bancários de Custo Prazo x-- (=) GERAÇÃO CORRENTE DE CAIXA -1.000 (+) (-) Variação dos Itens Permanentes de Caixa Aumento de Capital 5.000 Acréscimos no Imobilizado -7.000 -2.000 (+) (-) variação dos itens não correntes Aumento Empréstimos de Longo Prazo 2.000 2.000 (=) GERAÇÃO LÍQUIDA DE CAIXA -1.000 (+) Saldo Inicial de Caixa 19.000 (=) Saldo Final de Caixa 18.000

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2.4.1. INDICADORES

Analisamos abaixo os principais itens do modelo de fluxo de caixa acima (que deve ser usado apenas para análise das demonstrações contábeis. Para publicação, deve ser usado um dos modelos do Pronunciamento do CPC, que reproduzimos acima).

Geração Bruta de Caixa : Significa o caixa gerado pelas atividades comerciais. Representa recursos que podem ser usados para financiar as operações de compra, produção e vendas; pagar dividas bancárias de curto prazo; realizar investimentos e amortizar as dívidas de longo prazo Geração Operacional de Caixa : Representa o caixa gerado pelas operações, incluindo variação da Necessidade de Capital de Giro (NCG). Pode ser usado para pagar dívidas bancárias de curto prazo; realizar investimentos; e amortizar dívidas de longo prazo. Geração Corrente de Caixa: Representa o caixa gerado a curto prazo. Pode ser usado para pagar investimentos e amortizar dívidas de longo prazo. Geração Líquida de Caixa: É o caixa final gerado no período. Pode ser usado para reforçar a posição de tesouraria. Análise do Fluxo de Caixa Além das análises vertical e horizontal da DFC, os seguintes indicadores podem ser calculados: 1) Capacidade de Financiamento da Necessidade de Capital de Giro Geração Bruta de Caixa 6.400 ---------------------------------- x 100 => ---------- x 100 => -86,5 Variação NCG -7.400 Indica a capacidade da empresa em financiar o crescimento da atividade comercial 2) Capacidade de Pagamento de Dívidas Bancárias de Curto Prazo Geração Operacional de Caixa ----------------------------------------- x 100 Saldo Inicial de E.B.B Indica a capacidade da empresa em pagar empréstimos bancários de curto prazo

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3) Capacidade de Investimentos

Geração Operacional de Caixa -1.000 ------------------------------------------------ x 100 => ------------- = 50 % Variação Itens Permanentes de Caixa - 2.000

Indica a capacidade da empresa de efetuar investimentos com recursos próprios

4) Capacidade de Amortização de Financiamentos

Geração Operacional de Caixa (-) Variação Permanente de Caixa 1.000 --------------------------------------------- x 100 => ------------- x 100 = 5,6 % Saldo Inicial de ELP 18.000 Indica a capacidade da empresa em amortizar financiamentos de longo prazo, com os recursos próprios, sem prejuízo dos investimentos em curso O modelo de Fluxo de Caixa acima, adaptado para análise, fornece importantes informações, principalmente por relacionar o Lucro Líquido com a Necessidade de Capital de Giro. Mas não tem sido muito explorado em concursos públicos, que costumam cobrar mais a elaboração da DFC conforme o Pronunciamento Técnico 03, do CPC. 3 - ANÁLISE DA ESTRUTURA DE CAPITAL E DA SOLVÊNCIA. INDICADORES E MEDIDAS DE SOLVÊNCIA.

Os quocientes de estrutura de capital (ou índices de endividamento) mostram a relação entre o capital próprio (Patrimônio Líquido) e o capital de terceiros (passível exigível). Indicam a política de obtenção de recursos da empresa, e também a dependência da empresa com relação a capital de terceiro.

3.1 ENDIVIDAMENTO TOTAL (ED) OU DEBT RATIO

Endividamento total ou Debt ratio

ET Exigível total

Exigível total + PL

Observação: Exigível Total = Passivo Circulante + (Passivo Não Circulante Receitas Diferidas Antigo Resultado de Exercício Futuros) Observação 2: O grupo Receita de Exercícios Futuros foi extinto. Seu saldo passou para o Passivo Não Circulante, na conta Receita Diferida. Como não

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possui característica de exigibilidade, o saldo de Receita Diferida deve ser excluído do Passivo Não Circulante e somado ao PL, para efeito de análise.

A fórmula do Endividamento também pode ser escrita assim:

Endividamento total ou Debt ratio

ET Exigível total Ativo total

Lembramos que Ativo = Passivo + PL

O Índice de Endividamento Total indica a porcentagem que o endividamento representa sobre os recursos totais. Significa também qual a porcentagem do ativo total financiada com recursos de terceiros.

3.2 ÍNDICE DE GARANTIA DO CAPITAL DE TERCEIROS (GCT) OU GRAU DE ENDIVIDAMENTO

Garantia de capital de terceiros

GCT Exigível total

PL

Indica a garantia proporcionada ao capital de terceiro em função da existência de capital próprio.

3.3 COMPOSIÇÃO DO ENDIVIDAMENTO (CE)

Composição do endividamento

CE Passivo circulante

Exigível total

Indica a participação das dívidas de curto prazo em relação ao endividamento total.

3.4. QUOCIENTES DE IMOBILIZAÇÃO DE CAPITAL.

3.4.1 IMOBILIZAÇÃO DO CAPITAL PRÓPRIO (ICP)

Imobilização do capital próprio (antigo)

ICP Ativo permanente

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Patrimônio líquido

Imobilização do capital próprio (novo)

ICP Ativo não circulante - realizável a longo prazo

Patrimônio líquido

Se o ICP for igual a 1, indica que o ativo permanente é integralmente financiado com recursos próprios.

Se o ICP for menor que 1, significa que, além de financiar o Ativo Permanente, os recursos próprios financiam parte do Ativo Realizável.

E, finalmente, se o ICP for maior que 1, significa que há recursos de terceiros financiando o Ativo Permanente.

Como o Permanente possui uma característica de realização indireta e mais lenta, é recomendado que seja financiado por recursos próprios. Mas essa não é uma regra absoluta, depende do tipo de empresa e do mercado em que ela atua.

Observação: Ativo Permanente é a denominação antiga. Atualmente, seria

3.4.2 ÍNDICE DE IMOBILIZAÇÃO DO INVESTIMENTO TOTAL (IIT)

Índice de imobilização de investimento total (antigo)

IIT Ativo permanente

Ativo total

Índice de imobilização de investimento total (novo)

IIT Ativo não circulante - realizável a LP

Ativo total

Indica a parte do ativo total aplicada no Ativo Permanente.

3.5 ÍNDICE DE SOLVÊNCIA GERAL Ativo Total Solvência Geral = ----------------------------(ANTIGO)

Passivo Exigível

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Ativo Total Solvência Geral = ---------------------------------------------------------------------- (NOVO)

Passivo Exigível Receitas Diferidas (REF)

Indica a capacidade da empresa pagar suas dívidas de curto e longo prazo, usando todos os seus recursos, inclusive Investimentos Permanentes, Imobilizado e Intangível.

Um índice inferior a 1 indica a existência de Passivo a Descoberto.

È importante ressaltar a diferença entre Liquidez e Solvência. Liquidez se refere à disponibilidade de caixa no futuro próximo, após considerar os compromissos financeiros do respectivo período. Solvência se refere à disponibilidade de caixa no longo prazo para cumprir os compromissos financeiros nos respectivos vencimentos.

4 - ANÁLISE HORIZONTAL E VERTICAL. ANÁLISE DE TENDÊNCIAS.

4.1. ANÁLISE HORIZONTAL:

O objetivo da Análise Horizontal é demonstrar o comportamento de itens do Balanço e da Demonstração do Resultado através do tempo. Na sua elaboração, consideramos o primeiro período como base 100, e apuramos o percentual de evolução dos períodos seguinte.

Exemplo : Ano 1 A.H. Ano 2 A.H Ano 3 A.H Vendas $ 2.200 100 $ 3.000 136 $ 3.200 145 O primeiro ano da série tem índice 100. Segundo ano : (3000 / 2200) x 100 = 136 Terceiro ano : (3.200 / 2.200) x 100 = 145 Normalmente, o símbolo % é omitido, na análise Horizontal. A análise horizontal pode ser feita por qualquer período de tempo: Ano, trimestres, meses, etc. Abaixo, um exemplo de Análise Horizontal : 31/12/X1 A.H. 31/12/X2 A.H. 31/12/X3 A.H. ATIVO ATIVO CIRCULANTE

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Disponível 1000 100 930 93 1100 110 Duplicatas a Receber 25000 100 26000 104 32000 128 Estoques 15000 100 13000 87 18000 120 Total Ativo Circulante 41000 100 39930 97 51100 125 ATIVO NÃO CIRCULANTE Realizável a Longo Prazo 800 100 1250 156 1100 138 Investimentos 12000 100 12000 100 12000 100 Imobilizado 18000 100 20500 114 19000 106 Intangível 5000 100 5000 100 6000 120 Total Ativo Não Circulante 35800 100 38750 108 38100 106 TOTAL ATIVO 76800 100 78680 102 89200 116 PASSIVO PASSIVO CIRCULANTE Fornecedores 19000 100 21000 111 25000 132 Contas a Pagar 8000 100 7000 88 10000 125 Empréstimos Curto Prazo 2000 100 4000 200 3500 175 Total Passivo Circulante 29000 100 32000 110 38500 133 PASSIVO NÃO CIRCULANTE Empréstimos de Longo Prazo 15000 100 11000 73 13000 87 Total Passivo Não Circulante 15000 100 11000 73 13000 87 PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital Social 20000 100 20000 100 20000 100 Reservas de Capital 4000 100 4000 100 4000 100 Reservas de Lucro 8800 100 11680 133 13700 156 Total Patrimônio Líquido 32800 100 35680 109 37700 115 Total Passivo + PL 76800 100 78680 102 89200 116 DRE Receita Líquida 40000 100 42800 107 45200 113 (-) CMV -22000 100 -24100 110 -26300 120 (=) Lucro Bruto 18000 100 18700 104 18900 105 (-) Despesas

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de Vendas -2000 100 -2100 105 -2400 120 Administrativa -3000 100 -3200 107 -3100 103 Financeiras -2500 100 -2400 96 -2800 112 (=) Lucro Operacional 10500 100 11000 105 10600 101 (-) IR e CSLL -2625 100 -2750 105 -2650 101 (=) Lucro Líquido 7875 100 8250 105 7950 101

4.2. ANÁLISE VERTICAL: Indica a estrutura das demonstrações contábeis, através de coeficientes de participações, bem como a sua evolução no tempo.

No balanço Patrimonial, os coeficientes são calculados em função do total do Ativo e total do Passivo + PL. Na Demonstração do Resultado, usa-se a Receita Líquida como base (Índice 100).

Exemplo : Considerando-se a DRE abaixo, podemos calcular os índices de Análise Vertical da seguinte forma :

R$ A.V. % Vendas líquidas 2.000 100 (-) CMV 1.200 60 (=) Lucro Bruto 800 40 (-) Despesas 500 25 (=) Lucro líquido 300 15 Todos os coeficientes foram obtidos dividindo-se o valor de cada item pelas Vendas Líquidas.

Abaixo, um exemplo de Análise Vertical:

31/12/X1 A.V. 31/12/X2 A.V. 31/12/X3 A.V. ATIVO $ % $ % $ % ATIVO CIRCULANTE Disponível 1000 1,3 930 1,2 1100 1,2 Duplicatas a Receber 25000 32,6 26000 33,0 32000 35,9 Estoques 15000 19,5 13000 16,5 18000 20,2 Total Ativo Circulante 41000 53,4 39930 50,7 51100 57,3 ATIVO NÃO CIRCULANTE Realizável a Longo Prazo 800 1,0 1250 1,6 1100 1,2 Investimentos 12000 15,6 12000 15,3 12000 13,5 Imobilizado 18000 23,4 20500 26,1 19000 21,3

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Intangível 5000 6,5 5000 6,4 6000 6,7 Total Ativo Não Circulante 35800 46,6 38750 49,3 38100 42,7 TOTAL ATIVO 76800 100,0 78680 100,0 89200 100,0 PASSIVO PASSIVO CIRCULANTE Fornecedores 19000 24,7 21000 26,7 25000 28,0 Contas a Pagar 8000 10,4 7000 8,9 10000 11,2 Empréstimos Curto Prazo 2000 2,6 4000 5,1 3500 3,9 Total Passivo Circulante 29000 37,8 32000 40,7 38500 43,2 PASSIVO NÃO CIRCULANTE Empréstimos de Longo Prazo 15000 19,5 11000 14,0 13000 14,6 Total Passivo Não Circulante 15000 19,5 11000 14,0 13000 14,6 PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital Social 20000 26,0 20000 25,4 20000 22,4 Reservas de Capital 4000 5,2 4000 5,1 4000 4,5 Reservas de Lucro 8800 11,5 11680 14,8 13700 15,4 Total Patrimônio Líquido 32800 42,7 35680 45,3 37700 42,3 Total Passivo + PL 76800 100,0 78680 100,0 89200 100,0 DRE Receita Líquida 40000 100,0 42800 100,0 45200 100,0 (-) CMV 22000 55,0 24100 56,3 26300 58,2 (=) Lucro Bruto 18000 45,0 18700 43,7 18900 41,8 (-) Despesas de Vendas 2000 5,0 2100 4,9 2400 5,3 Administrativa 3000 7,5 3200 7,5 3100 6,9 Financeiras 2500 6,3 2400 5,6 2800 6,2 (=) Lucro Operacional 10500 26,3 11000 25,7 10600 23,5 (-) IR e CSLL 2625 6,6 2750 6,4 2650 5,9 (=) Lucro Líquido 7875 19,7 8250 19,3 7950 17,6

4.3. ANÁLISE DE TENDÊNCIAS:

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A principal utilidade das Análises Horizontal e Vertical está na identificação de tendência. Para isso, os dois tipos de análise devem ser utilizados em conjunto.

Vejamos um exemplo usando parte da DRE acima:

DRE X1 X2 X3 Receita Líquida 40000 42800 45200

(-) CMV -

22000 -

24100 -

26300 (=) Lucro Bruto 18000 18700 18900

A receita líquida, o CMV e o lucro bruto aumentaram, em valores absolutos. Mas, quando efetuamos a Análise Horizontal :

Análise Horizontal X1 $ % X2 $

% X3 $ %

Receita Líquida 40000 100 42800 107 45200 113

(-) CMV -

22000 100 -

24100 110 -

26300 120 (=) Lucro Bruto 18000 100 18700 104 18900 105

Percebemos que o CMV está aumentando num ritmo maior que a Receita Líquida. Se esta tendência permanecer, o Lucro Bruto será cada vez menor, o que poderá levar a empresa a ter prejuízos.

Esta tendência de aumento maior do CMV é confirmada pela Análise Vertical :

Análise Vertical X 1 $ % X2 $ % X3 $ %

Receita Líquida 40000 100,0 42800 100,0 45200 100,0 (-) CMV 22000 55,0 24100 56,3 26300 58,2 (=) Lucro Bruto 18000 45,0 18700 43,7 18900 41,8

O CMV passou de 55,0 % da Receita Líquida, no primeiro ano, para 56,3 % no segundo e depois aumentou novamente, para 58,2 % da Receita Liquida, o que confirma a tendência de aumento do CMV maior que o aumento da Receita Líquida.

Podemos observar, também, a diminuição do índice referente ao Lucro Bruto.

Vejamos como este assunto é cobrado:

Infraero 2009 Auditor FCC Considere os seguintes itens do Ativo Circulante de uma entidade, expressos em R$, relativos ao Balanço Patrimonial encerrado em 31/12/2008:

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31/12/2008 31/12/2007 Disponível 100.000,00 125.000,00 Clientes 300.000,00 270.000,00 Estoques 256.000,00 300.000,00 Impostos a Recuperar 70.000,00 80.000,00 Despesas do Exercício Seguinte 24.000,00 25.000,00 TOTAL 750.000,00 800.000,00 Efetuando-se a análise vertical e horizontal desse grupo do Balanço Patrimonial, é correto concluir que a conta (A) Estoques representou 1/3 do total do Ativo Circulante em 31/12/2008. Estoques / total ativo => 256000 / 750000 => 0,34 ERRADO (obs: não é preciso fazer conta, se percebermos que 1/3 do ativo total (75) é igual a 250. Como o estoque é 256, alternativa falsa) (B) Impostos a Recuperar diminuiu 12,5% em 31/12/2008. 70.000 / 80000 = 0,875 ou 87,5 %. Portanto, diminuiu 12,5% . CORRETA. (C) Clientes aumentou 10% entre os dois períodos. Clientes passou de 270000 para 300000, portanto aumentou. ERRADA (D) Disponível diminuiu 25% em 31/12/2008. 100000 / 125000 = 0,80 ou 80%, portanto diminuiu 20%. ERRADA (E) Despesas do Exercício Seguinte diminuiu sua participação percentual no total do grupo. Em 2007: 25.000 / 800,000 = 0,031 ou 3,1 % Em 2008: 24.000 / 750000 = 0,032 ou 3,2 %, portanto aumentou sua participação percentual ERRADA. 5 - GRUPOS DE COMPARAÇÃO. INDICADORES DE MERCADO.

Ao examinar as demonstrações contábeis de uma empresa, o analista inicialmente compara valores e índices da própria empresa. Por exemplo, pode verificar a liquidez corrente, comparando o Ativo Circulante com o Passivo Circulante; ou o Resultado do Período com o Ativo total; o Imobilizado com o Patrimônio Líquido. A análise de balanços é fundamentada nestas nessas comparações, entre partes das demonstrações financeiras.

Mas, após calcular os índices para uma determinada empresa, surge a questão de como avaliar tais índices. Ou seja, um índice de Liquidez Corrente de 1,5 é

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bom, razoável ou ruim ? Este índice significa que a empresa está em melhor ou em pior situação que seus concorrentes ?

Os índices de uma determinada empresa devem ser comparados com os índices de outras empresas.

E aqui surge uma dificuldade adicional. Suponha que existam 300 empresas num determinado ramo. Como comparar algum índice com os 300 índices dessas empresas ? E se a comparação envolver, digamos, 10 índices ( Liquidez corrente, Imediata, Seca, Endividamento Total, e assim por diante). ?

Para viabilizar tal comparação, foram criados os Índices-Padrão.

Através de técnicas estatísticas ( que não vamos detalhar, pois foge ao objetivo desta aula), os índices das diversas empresas são agrupados, formando uma curva Normal. A partir da Média, há uma distribuição relativamente homogênea dos dados, para mais e para menos.

A curva Normal pode ser dividida em Decis. Cada Decil representa 10% da população. Ou seja, se estivermos construindo índice-padrão para 300 empresas, em cada Decil haverá 30 empresas. As 30 com índices mais baixo ficarão no 1º. Decil, as 30 seguintes no segundo Decil, e assim por diante.

Ramos de Atividade : surge agora a questão de como separar as empresas em ramos de atividade. Pois em um determinado ramo, podemos encontrar desde empresas gigantescas até outras de pequeno porte. No ramo de varejo de alimentos, por exemplo, temos o Pão de Açúcar, o Carrefour, e também inúmeros pequenos supermercados de bairro.

Portanto, temos que escolher ramos que permitam a melhor comparação possível dos índices de uma empresa com os de outra, ou seja, os ramos devem compreender empresas possivelmente semelhantes do ponto de vista financeiro. Assim, é conveniente estabelecer padrões para pequenas, médias e grandes empresas.

O papel dos índices-padrão parece, em princípio, limitar-se a permitir a comparação de uma empresa com outras semelhante.

Mas, na verdade, os índices-padrão representam informações muito úteis para análises.

Uma vez que os índices-padrão são construídos a partir dos índices reais das empresas, analisar os índices-padrão significa analisar os índices de todas as empresas. Supondo-se uma série histórica de índices-padrão de vários anos, podemos estudar a evolução de endividamento das empresas, da rentabilidade, da liquidez, e de qualquer outro indicador desejado.

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A revista Exame, através da Edição Anual Maiores e Melhores, apresenta índices-padrão de diversos setores.

Obs: Índice-Padrão não se refere ao índice ideal, a um padrão que deva ser alcançado. Refere-se à padronização dos índices de diversas empresas, através de técnicas estatísticas, para viabilizar a comparação com os índices de determinada empresa.

6 - LIMITAÇÕES DA ANÁLISE POR INDICADORES.

6.1 LIMITAÇÕES INERENTES AOS DADOS UTILIZADOS Os valores contidos nas demonstrações contábeis padecem de alguns defeitos resultantes do método usado na sua geração. Como exemplo, podemos citar que os fatos são registrados com base nos registros históricos das transações; os princípios e convenções adotados para facilitar a técnica contábil, como as depreciações contábeis X a depreciação real; o Princípio da Continuidade, que faz com que os ativos seja avaliados ao custo histórico menos a depreciação, ao invés dos valores de realização; o reconhecimento da receita no momento da venda, mesmo que não seja recebida ou que o processo de produção tenha tomado muito tempo. Ou seja, os dados contábeis são uma representação mais ou menos aproximada da realidade. Portanto, as análises baseadas em tais dados possuem as seguintes limitações: 1) É impossível pretender que os dados sejam absolutamente precisos, porque os próprios fatos que refletem não podem ser determinados com precisão (estão sujeitos a convenções, princípios e juízos) 2) As demonstrações não revelam todos os fatos relativos à condição financeira da empresa, ignorando fatos sem expressão monetária. 3) O valor contabilizado dos ativos não reflete com veracidade o valor de mercado da empresa. Essas limitações acompanham toda a informação contábil. Quando a empresa divulga um determinado valor de estoque, por exemplo, não há como saber a qualidade de realização deste estoque. Presume-se que será vendido normalmente. Mas não há informação sobre defasagem tecnológica, obsolescência, perda de qualidade do estoque, etc. A única forma do analista externo ter conhecimento de tais informações seria através das Notas Explicativas (caso a empresa divulgue) ou pelo Relatório da Auditoria Externa. Podemos resumir este ponto com a seguinte afirmação: se a informação contábil fosse perfeita, as limitações citadas acima não existiriam. Infelizmente, não existe informação contábil perfeita.

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6.2 - NÃO UTILIZAÇÃO DE INFORMAÇÕES SOBRE QUANTIDADES FÍSICAS

A análise dos demonstrativos contábeis apresenta também a limitação de não utilizar quantidades físicas, juntamente com os valores.

As medidas de eficiência e produtividade muitas vezes utilizam apenas dados físicos. Por exemplo, nas Indústrias Químicas há o índice Horas-Homem por Tonelada, que relaciona o total de horas de trabalho necessárias para produzir uma tonelada de produto. Os bancos americanos costumam publicar relações entre volume de depósitos e número de empregados, entre valor dos empréstimos concedidos e número de mutuários, etc., estabelecendo padrões comparativos de eficiência. Assim, constata-se que, em média, um banco de certo porte não deveria ter mais que X funcionários por $ milhão de depósitos, e assim por diante.

Mas essas limitações não invalidam a análise de balanços. É importante conhecê-las para poder superá-las com a evolução da técnica contábil.

7 CONSIDERAÇÕES DE NATUREZA NÃO FINANCEIRA (QUALITATIVA).

Conceitual para a Elaboraçãque passamos a apresentar:

Texto do Pronunciamento Conceitual básico (R1):

QC4. Se a informação contábil-financeira é para ser útil, ela precisa ser relevante e representar com fidedignidade o que se propõe a representar. A utilidade da informação contábil-financeira é melhorada se ela for comparável, verificável, tempestiva e compreensível.

3 Ao longo de toda esta Estrutura Conceitual, os termos características qualitativas e restrição irão se referir a características qualitativas da informação contábil-financeira útil e à restrição da informação contábil-financeira útil.

Comentário:

As características qualitativas foram divididas em duas categorias: Características qualitativas fundamentais (relevância e representação fidedigna) e Características qualitativas de melhoria (comparabilidade, verificabilidade, tempestividade e compreensibilidade)

Quanto à Restrição mencionada no Pronunciamento, refere-se ao custo de gerar as informações.

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7.1 - CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS FUNDAMENTAIS QC5. As características qualitativas fundamentais são relevância e representação fidedigna.

Relevância

Informação contábil-financeira relevante é aquela capaz de fazer diferença nas decisões que possam ser tomadas pelos usuários.

A informação contábil-financeira é capaz de fazer diferença nas decisões se tiver valor preditivo, valor confirmatório ou ambos.

A informação contábil-financeira tem valor preditivo se puder ser utilizada pelos usuários para predizer futuros resultados. A informação contábil-financeira não precisa ser uma predição ou uma projeção para que possua valor preditivo. A informação contábil-financeira com valor preditivo é empregada pelos usuários ao fazerem suas próprias predições.

A informação contábil-financeira tem valor confirmatório se retro-alimentar servir de feedback avaliações prévias (confirmá-las ou alterá-las). QC10. O valor preditivo e o valor confirmatório da informação contábil-financeira estão inter-relacionados. A informação que tem valor preditivo muitas vezes também tem valor confirmatório. Por exemplo, a informação sobre receita para o ano corrente, a qual pode ser utilizada como base para predizer receitas para anos futuros, também pode ser comparada com predições de receita para o ano corrente que foram feitas nos anos anteriores. Os resultados dessas comparações podem auxiliar os usuários a corrigirem e a melhorarem os processos que foram utilizados para fazer tais predições.

Materialidade QC11. A informação é material se a sua omissão ou sua divulgação distorcida (misstating) puder influenciar decisões que os usuários tomam com base na informação contábil-financeira acerca de entidade específica que reporta a informação. Em outras palavras, a materialidade é um aspecto de relevância específico da entidade baseado na natureza ou na magnitude, ou em ambos, dos itens para os quais a informação está relacionada no contexto do relatório contábil-financeiro de uma entidade em particular. Consequentemente, não se pode especificar um limite quantitativo uniforme para materialidade ou predeterminar o que seria julgado material para uma situação particular.

Comentário:

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A materialidade é um aspecto de relevância específico da entidade, baseado na natureza ou na magnitude. Ou seja, o que é material para uma empresa pode não ser para outra. Não é possível determinar um valor ou um percentual uniforme para todas as empresas.

Um item pode ter valor pequeno, mas ser material devido à sua natureza. Se uma grande empresa inicia um novo negócio, este pode ter, originariamente, valor pequeno em relação às operações da empresa. Mas pode ter muito potencial de rentabilidade e crescimento, ou de inovação, o que justifica a sua materialidade. Por exemplo, quando as empresas começaram a fabricar aparelhos de DVD, esse era um negócio pequeno, frente à operação de vídeo-cassete (que já estava estabelecida). Após alguns anos, os aparelhos de video-cassete sumiram, e só restaram os DVD (que estão sumindo também estão perdendo espaço para os aparelhos de Blu-ray). Representação fidedigna

QC12. Os relatórios contábil-financeiros representam um fenômeno econômico em palavras e números. Para ser útil, a informação contábil-financeira não tem só que representar um fenômeno relevante, mas tem também que representar com fidedignidade o fenômeno que se propõe representar. Para ser representação perfeitamente fidedigna, a realidade retratada precisa ter três atributos. Ela tem que ser completa, neutra e livre de erro. É claro, a perfeição é rara, se de fato alcançável. O objetivo é maximizar referidos atributos na extensão que seja possível.

Comentário:

A Representação Fidedigna refere-se a três atributos, precisando ser completa, neutra e livre de erro. Para ser completa, a informação deve conter o necessário para que o usuário compreenda o fenômeno sendo retratado. Para ser neutra, deve estar livre de viés na seleção ou na apresentação, não podendo ser distorcida para mais ou para menos. Finalmente, ser livre de erros não significa total exatidão, mas sim que o processo para obtenção da informação tenha sido selecionado e aplicado livre de erros. No caso de estimativas, ela é considerada como tendo representação fidedigna se, além disso, o montante for claramente descrito como sendo estimativa e se a natureza e as limitações do processo forem devidamente revelados.

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QC16. Representação fidedigna, por si só, não resulta necessariamente em informação útil. Por exemplo, a entidade que reporta a informação pode receber um item do imobilizado por meio de subvenção governamental. Obviamente, a entidade ao reportar que adquiriu um ativo sem custo retrataria com fidedignidade o custo desse ativo, porém essa informação provavelmente não seria muito útil. Outro exemplo mais sutil seria a estimativa do montante por meio do qual o valor contábil do ativo seria ajustado para refletir a perda por desvalorização no seu valor (impairment loss). Essa estimativa pode ser uma representação fidedigna se a entidade que reporta a informação tiver aplicado com propriedade o processo apropriado, tiver descrito com propriedade a estimativa e tiver revelado quaisquer incertezas que afetam significativamente a estimativa. Entretanto, se o nível de incerteza de referida estimativa for suficientemente alto, a estimativa não será particularmente útil. Em outras palavras, a relevância do ativo que está sendo representado com fidedignidade será questionável. Se não existir outra alternativa para retratar a realidade econômica que seja mais fidedigna, a estimativa nesse caso deve ser considerada a melhor informação disponível.

7.2 - CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DE MELHORIA Características qualitativas de melhoria

QC19. Comparabilidade, verificabilidade, tempestividade e compreensibilidade são características qualitativas que melhoram a utilidade da informação que é relevante e que é representada com fidedignidade. As características qualitativas de melhoria podem também auxiliar a determinar qual de duas alternativas que sejam consideradas equivalentes em termos de relevância e fidedignidade de representação deve ser usada para retratar um fenômeno.

Comparabilidade QC20. As decisões de usuários implicam escolhas entre alternativas, como, por exemplo, vender ou manter um investimento, ou investir em uma entidade ou noutra. Consequentemente, a informação acerca da entidade que reporta informação será mais útil caso possa ser comparada com informação similar sobre outras entidades e com informação similar sobre a mesma entidade para outro período ou para outra data.

QC21. Comparabilidade é a característica qualitativa que permite que os usuários identifiquem e compreendam similaridades dos itens e diferenças entre eles.

Diferentemente de outras características qualitativas, a comparabilidade não está relacionada com um único item. A comparação requer no mínimo dois itens . QC22. Consistência, embora esteja relacionada com a comparabilidade, não significa o mesmo. Consistência refere-se ao uso dos mesmos métodos

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para os mesmos itens, tanto de um período para outro considerando a mesma entidade que reporta a informação, quanto para um único período entre entidades. Comparabilidade é o objetivo; a consistência auxilia a alcançar esse objetivo.

QC23. Comparabilidade não significa uniformidade. Para que a informação seja comparável, coisas iguais precisam parecer iguais e coisas diferentes precisam parecer diferentes. A comparabilidade da informação contábil financeira não é aprimorada ao se fazer com que coisas diferentes pareçam iguais ou ainda ao se fazer coisas iguais parecerem diferentes.

Verificabilidade QC26. A verificabilidade ajuda a assegurar aos usuários que a informação representa fidedignamente o fenômeno econômico que se propõe representar. A verificabilidade significa que diferentes observadores, cônscios e independentes, podem chegar a um consenso, embora não cheguem necessariamente a um completo acordo, quanto ao retrato de uma realidade econômica em particular ser uma representação fidedigna. Informação quantificável não necessita ser um único ponto estimado para ser verificável. Uma faixa de possíveis montantes com suas probabilidades respectivas pode também ser verificável.

Tempestividade QC29. Tempestividade significa ter informação disponível para tomadores de decisão a tempo de poder influenciá-los em suas decisões. Em geral, a informação mais antiga é a que tem menos utilidade. Contudo, certa informação pode ter o seu atributo tempestividade prolongado após o encerramento do período contábil, em decorrência de alguns usuários, por exemplo, necessitarem identificar e avaliar tendências.

Compreensibilidade QC30. Classificar, caracterizar e apresentar a informação com clareza e concisão torna-a compreensível.

QC31. Certos fenômenos são inerentemente complexos e não podem ser facilmente compreendidos. A exclusão de informações sobre esses fenômenos dos relatórios contábil-financeiros pode tornar a informação constante em referidos relatórios mais facilmente compreendida. Contudo, referidos relatórios seriam considerados incompletos e potencialmente distorcidos (misleading).

QC32. Relatórios contábil-financeiros são elaborados para usuários que têm conhecimento razoável de negócios e de atividades econômicas e que revisem e analisem a informação diligentemente.

Por vezes, mesmo os usuários bem informados e diligentes podem sentir a necessidade de procurar ajuda de consultor para compreensão da informação sobre um fenômeno econômico complexo.

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Comentário:

As Características qualitativas de melhoria são comparabilidade, verificabilidade, tempestividade e compreensibilidade.

Comparabilidade é a característica qualitativa que permite que os usuários identifiquem e compreendam similaridades dos itens e diferenças entre eles. A verificabilidade ajuda a assegurar aos usuários que a informação representa fidedignamente o fenômeno econômico que se propõe representar. Tempestividade significa ter informação disponível para tomadores de decisão a tempo de poder influenciá-los em suas decisões. Compreensibilidade significa que a classificação, a caracterização e a apresentação da informação são feitas com clareza e concisão, tornando-a compreensível. Mas não é admissível a exclusão de informação complexa e não facilmente compreensível se isso tornar o relatório incompleto e distorcido. As características qualitativas de melhoria devem ser maximizadas na extensão possível. Entretanto, as características qualitativas de melhoria, quer sejam individualmente ou em grupo, não podem tornar a informação útil se dita informação for irrelevante ou não for representação fidedigna. Restrição de custo na elaboração e divulgação de relatório contábil-financeiro útil

QC35. O custo de gerar a informação é uma restrição sempre presente na entidade no processo de elaboração e divulgação de relatório contábil-financeiro. O processo de elaboração e divulgação de relatório contábil-financeiro impõe custos, sendo importante que ditos custos sejam justificados pelos benefícios gerados pela divulgação da informação. Existem variados tipos de custos e benefícios a considerar.

Comentário:

O custo para gerar a informação é uma restrição, que impede a geração de toda a informação considerada relevante para o usuário. Assim, é necessária a consideração da relação custo-benefício da informação, por parte dos órgãos normalizadores.

Para memorizar:

1) Características qualitativas fundamentais 1.1 - relevância 1.2 - representação fidedigna

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2) Características qualitativas de melhoria 2.1 - comparabilidade 2.2 - verificabilidade 2.3 - tempestividade 2.4 compreensibilidade

E uma questão recente do CESPE: (CESPE/TRE-MS/Técnico Contabilidade/2013) De acordo com o pronunciamento conceitual básico (R1), do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, as características qualitativas fundamentais da informação contábil-financeira útil são

A) confiabilidade e representação fidedigna.

B) confiabilidade e tempestividade.

C) relevância e confiabilidade.

D) relevância e representação fidedigna.

E) comparabilidade e confiabilidade.

Gabarito D

Bom, é isso. Vamos resolver questões?

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8 - QUESTÕES COMENTADAS

(CESPE/Contador/UNIPAMPA/2013) Um fornecedor adota como critério para a concessão de crédito a capacidade de pagamento, e, quando é o caso, concede até 180 dias para recebimento do valor das vendas. A tabela a seguir apresenta informações dos compradores A, B e C, que pleiteiam negociar prazos de pagamento.

A respeito dessa situação, comparando-se as informações dos compradores A, B e C, é correto afirmar que

1. O cliente C atende às expectativas do fornecedor porque apresenta menor prazo de cobrança e melhor lucratividade.

2. O cliente A atende às expectativas do fornecedor porque o índice de liquidez corrente é superior a 1.

Comentários

A capacidade de pagamento é medida pelos Índices de Liquidez. Como a empresa concede prazo para pagamento de até 180 dias, o índice mais indicado é a Liquidez Corrente (Ativo Circulante dividido pelo Passivo Circulante).

Assim, o cliente C não atende às expectativas do fornecedor, pois apresenta Liquidez Corrente inferior a 1, independente da margem bruta ou do prazo médio de cobrança (esses indicadores não são levados em conta pelo fornecedor, que concede crédito baseado na capacidade de pagamento).

Já o cliente A atende, pois tem Liquidez Corrente no valor de 1,29.

1 - Gabarito Errado. 2 - Gabarito Correto.

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(CESPE/ANS/Especialista/2013)

3. A liquidez seca do exercício 2012 é inferior à do exercício 2011, mas a liquidez geral melhorou no período.

Comentários

A fórmula da Liquidez Seca é a seguinte:

Liquidez Seca = (Ativo Circulante - Estoques) / Passivo Circulante

Aplicando, temos:

Liquidez Seca 2012 = (51 14)/112 = 0,33 = 33% Liquidez Seca 2011 = (40 17)/60 = 0,38 = 38% Agora, vamos calcular a Liquidez Geral:

Ativo Circulante (+) Ativo Realizável a Longo Prazo Liquidez Geral = --------------------------------------------------------------------

Passivo Circulante (+) (Passivo Não Circulante Receita Diferida)

Liquidez Geral 2012 = (51+108) / (112+55) = 0,95 = 95%

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Liquidez Geral 2011 = (40+64) / (60+35) = 1,09 = 109 %

A Liquidez Seca caiu de 38% para 33%; e a Liquidez Geral diminuiu de 109 % para 95 %. 3 - Gabarito Errado. 4. (CESPE/TJ-AC/Contador/2012) Em relação à análise econômico-financeira, julgue os itens seguintes. Se uma análise horizontal mostra que a variação do ativo circulante no período final em relação ao período inicial é de 0,16 e a variação do passivo circulante é de 0,06, então o capital circulante líquido do período final é inferior ao do período inicial. Comentário:

O Capital Circulante Líquido é o Ativo Circulante (AC) menos o Passivo Circulante (PC).

Na situação descrita pela questão, a resposta mais comum seria o Capital Circulante Líquido do final do período aumentar.

Afinal, o Ativo Circulante (AC) aumentou 16% e o Passivo Circulante (PC) apenas 6%.

Vamos simular essa situação, supondo que o AC seja de $1.000 e o PC de $ 500:

X1 A.H. X2

Análise horizontal

Ativo Circulante 1.000 100 1.160 116 Passivo Circulante 500 100 530 106 Capital Circulante Líquido 500

630

Com esses valores, o Capital Circulante Líquido (CCL) aumentou de $500 para $630.

Mas, a depender dos valores, o AC pode aumentar 16%, o Passivo Circulante aumentar 6% e o CCL diminuir. Veja esse exemplo:

X1 A.H. X2

Análise horizontal

Ativo Circulante 1.000 100 1.160 116 Passivo Circulante 5.000 100 5.300 106

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Capital Circulante Líquido -4000

-4140

O CCL diminuiu de - $4.000 para -$ 4.140.

Assim, conforme os valores do AC e do PC (que não foram indicados pela questão), o CCL pode aumentar ou diminuir, no caso do AC aumentar 16% e o PC aumentar 6%.

4 - Gabarito ERRADO Considere que uma empresa apresente os seguintes números, em reais.

ativo circulante 120.000

imobilizado + intangível 70.000

ativo total 190.000

passivo circulante 100.000

passivo não circulante 60.000

patrimônio líquido 30.000

passivo + patrimônio líquido 190.000

05 - Nesse caso, é correto afirmar que o índice de liquidez geral dessa empresa é inferior a 1,15.

Comentário:

O índice de Liquidez Geral é calculado assim:

Ativo Circulante. + Ativo Realizável a Longo Prazo Liquidez geral = ------------------------------------------------------------ Passivo Circulante + Passivo Não Circulante Nessa questão, não há Ativo Realizável a Longo Prazo, como podemos constatar na composição do Ativo: Ativo Circulante + Imobilizado + intangível = 120.000 + 70.000 = 190.000 Vamos calcular a Liquidez Geral: Ativo Circul. + Real. L.P. 120.000 Liquidez geral = ------------------------------ = ---------------------- = 0,75 Passivo Circul. + PÑC 100.000 + 60.000

05 - Gabarito CERTO

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06 - (CESPE/TRE-RJ/Analista Judiciário Contabilidade/2012) Se o índice de liquidez corrente for menor que um, o resultado demonstra folga no disponível para uma possível liquidação das obrigações de curto prazo. Comentário:

O índice de Liquidez Corrente é o seguinte:

Ativo Circulante Liquidez Corrente = -----------------------

Passivo Circulante

As obrigações de curto prazo correspondem ao Passivo Circulante. Se a Liquidez Corrente é menor que 1, então o Ativo Circulante é menor que o Passivo Circulante. Isso configura uma situação em que todo o Ativo Circulante não é suficiente para liquidar o Passivo Circulante.

Mas a questão af uma possível liquidação das obrigações de curto prazo Só poderíamos afirmar isso se o índice de Liquidez Imediata fosse maior que 1: Disponível Liquidez Imediata = -----------------------

Passivo Circulante

06 - Gabarito ERRADO (CESPE/MP-PI/Analista Controle Interno/2012)

Rubrica Valor (R$) Caixa 200,00 Bancos 550,00 Estoque 1.690,00 Instalações 680,00 Fornecedores 2.250,00 Impostos a recolher 500,00

O quadro acima mostra as informações extraídas de um balancete de verificação de certa empresa ao final de determinado exercício. Considerando apenas essas rubricas contábeis, julgue os itens seguintes, relativos à situação patrimonial dessa empresa nesse período.

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07 - A liquidez geral foi menor que 1,25. Comentário:

Comentários:

Vejamos a fórmula do Índice de Liquidez Geral:

Ativo Circulante (+) Ativo Realizável a Longo Prazo Liquidez Geral = ----------------------------------------------------------------------------- Passivo Circulante (+) (Passivo Não Circulante Receita Diferida)

Aplicando aos dados da questão, temos:

200 + 550 + 1690 2.240

Liquidez Geral = ----------------------- = ---------- = 0,88 = 88% 2250 + 500 2.750

07 - Gabarito CERTO 08. Na análise dos índices de liquidez, o analista de controle externo deve estar atento a certos aspectos que podem mascarar uma situação aparentemente favorável. Nesse sentido, ele deve considerar com mais rigor a exigibilidade efetiva dos passivos que a possibilidade de realização dos ativos e assegurar-se de que os prazos de realização dos ativos são maiores que os de vencimento dos passivos. Resolução: Vamos analisar as diversas afirmações contidas na frase: Na análise dos índices de liquidez, o analista de controle externo deve estar

atento a certos aspectos que podem mascarar uma situação aparentemente favorável Nesse sentido, ele deve considerar com mais rigor a exigibilidade efetiva dos

passivos que a possibilidade de realização dos ativosdois fatores possuem a mesma importância. e assegurar-se de que os prazos de realização dos ativos são maiores que os de

vencimento dos passivosativos são maiores que os vencimentos do passivos, a empresa enfrenta uma situação desfavorável.

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08 GABARITO ERRADO 9. Considere que uma empresa apresente, ao longo de três exercícios, a seguinte situação, relativa ao comportamento de suas despesas financeiras:

exercício 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . R$ 150.000,00 exercício 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . R$ 180.000,00 exercício 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . R$ 360.000,00

Com base nessas informações, é correto afirmar que, na análise horizontal, utilizando-se base móvel, o índice correspondente ao exercício 3 será igual a 200. Resolução: Na análise horizontal, utilizando-se base móvel, o valor de um determinado ano é dividido pelo valor do ano anterior. (Exercício 3 / exercício 2) = (360.000 / 180.000) = 2,0 ou 200% ou 200. No resultado, é praxe omitir o sinal de percentual. 09 GABARITO C

(CESPE / Previc / Tec. Administrativo / 2011) A companhia Alfa foi constituída em 1.º de abril de 2010 mediante captação de recursos totais de R$ 80.000,00, dos quais R$ 50.000,00 foram captados dos sócios, sob a forma de capital subscrito e integralizado no ato. O restante é oriundo de terceiros, 30% a título de empréstimos de longo prazo e 70%, de curto prazo. Nesse mesmo mês, um cliente fez um adiantamento correspondente a dois quintos do capital próprio. No mês da constituição da empresa, foram realizados os seguintes investimentos: R$ 22.000,00 em máquinas e equipamentos, sendo 50% à vista e o restante financiado em 16 parcelas iguais; R$ 12.000,00 em ações para especulação; R$ 32.000,00 em mercadorias para revenda; R$ 20.000,00 de empréstimos de curto prazo concedidos a terceiros; e o restante em despesas. Com base na situação hipotética apresentada acima, julgue os itens que se seguem. 10. Ao final do mês da constituição da empresa, a análise do balanço patrimonial da companhia Alfa mostrou liquidez corrente de 1,23 e endividamento de 0,71. 11. Em abril de 2010, a companhia Alfa apresentou R$ 64.000,00 de ativo circulante e R$ 22.000,00 de ativo não circulante. 12. Considerando-se o capital social subscrito e integralizado e a obtenção de empréstimos com terceiros, é correto afirmar que o capital social e as

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obrigações de longo prazo com terceiros em abril de 2010 foram, respectivamente, iguais a R$ 50.000,00 e 52.000,00.

13. Se, em abril de 2010, a companhia Alfa tiver prestado serviços a prazo para um cliente no valor de R$ 30.000,00, então ela terá auferido prejuízo de R$ 5.000,00.

Resolução:

A contabilização fica assim: D Disponibilidades..................80.000 C Capital Social (PL)...............50.000 C Empréstimos CP. (PC)...........21.000 C Empréstimo LP (PÑC).............9.000

a dois quintos do capital

O capital próprio é o Patrimônio Liquido, portanto o adiantamento foi de (50.000 / 5) x 2 =20.000

D Disponibilidades (AC)........................20.000 C Adiantamento de clientes (PC)...........20.000 Investimentos:

Observação: o mais correto tecnicamente seria considerar as 12 primeiras parcelas no Passivo Circulante e as demais no Passivo Não Circulante. No entanto, o CESPE considerou todas as parcelas no Circulante. D Máquinas e equipamentos (AÑC).........22.000 C Disponibilidades (AC).........................11.000 C fornecedores (PC) .............................11.000

D Instrumentos Financeiros (AC).............12.000 C Disponibilidades (AC)..........................12.000

D Estoques (AC).....................................32.000 C Disponibilidades (AC)............................32.000

D Empréstimos concedidos (AC).................20.000

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C Disponibilidades (AC).............................20.000

Disponibilidades: +80.000+20.000 11000 12000 32000 20000 = 25.000 D Despesas (resultado)....................25.000 C Disponibilidades (AC)....................25.000 DICA: o modo mais rápido de resolver esse tipo de questão é partir diretamente da estrutura do balanço, e acrescentar uma coluna de débito e uma de crédito. Após contabilizar, é só apurar o total de cada linha e o balanço patrimonial já estará pronto. Deve ficar assim:

saldo inicial débito crédito final

Ativo Circulante

Disponibilidade 80.000 20.000

100.000 -

instrumentos financeiros 12.000 12.000 empréstimos concedidos 20.000 20.000 Estoque 32.000 32.000 sub total Ativo Circulante 64.000 Ativo não Circulante Máquinas e equipamentos 22.000 22.000 TOTAL ATIVO 86.000 Passivo circulante fornecedores 11.000 11.000 Adiantamento de Clientes 20.000 20.000

Empréstimos CP 21.000 21.000

Sub-total Passivo Circulante 52.000 Passivo não Circulante -

Empréstimos Longo prazo 9.000 9.000

PL -

Capital Social 50.000 50.000

Despesas 25.000 - 25.000 TOTAL PASSIVO + PL 86.000

10. Ao final do mês da constituição da empresa, a análise do balanço patrimonial da companhia Alfa mostrou liquidez corrente de 1,23 e endividamento de 0,71. Ativo Circulante 64.000 Liquidez Corrente = --------------------- = ---------- = 1,23 Passivo Circulante 52.000

Pas. Circ. + Pas. Não Circ. 52.000 + 9.000 Endividamento =------------------------------ = ------------------= 0,71

Total Ativo 86.000

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10 Gabarito C 11. Em abril de 2010, a companhia Alfa apresentou R$ 64.000,00 de ativo circulante e R$ 22.000,00 de ativo não circulante. Resolução: Conforme o balanço patrimonial acima, o item está correto. 11 Gabarito C 12. Considerando-se o capital social subscrito e integralizado e a obtenção de empréstimos com terceiros, é correto afirmar que o capital social e as obrigações de longo prazo com terceiros em abril de 2010 foram, respectivamente, iguais a R$ 50.000,00 e 52.000,00. Resolução: Conforme o balanço patrimonial acima, o Capital Social é de R$ 50.000,00, mas o Passivo Não Circulante (obrigações de longo prazo com terceiros ) é de R$ 9.000,00. Portanto, esta questão está errada. 12 Gabarito E 13. Se, em abril de 2010, a companhia Alfa tiver prestado serviços a prazo para um cliente no valor de R$ 30.000,00, então ela terá auferido prejuízo de R$ 5.000,00. Resolução: Ao prestar serviços de R$ 30.000,00, e considerando-se a existência de R$ 25.000,00 de despesas, o resultado seria um lucro de R$ 5.000,00, e não um prejuízo. Portanto, esta questão está errada. 13 Gabarito E CESPE / IPAJM ES / Contador / 2010 (adaptada)

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Com relação ao período abrangido pelos balanços patrimoniais apresentados na tabela acima, julgue os itens abaixo.

14. O índice de liquidez seca de 2008 é de 0,335. Resolução: Ativo circul. estoques 51.257 13.848 Liquidez seca =--------------------------- = ------------------- = 0,335

Passivo Circulante 111.699

14 Gabarito C 15. A liquidez corrente piorou, mas a liquidez geral melhorou. Resolução: Ativo Circulante 40.154 Liquidez Corrente 2007 = --------------------- = ---------- = 0,66 Passivo Circulante 60.386 Ativo Circulante 51.257 Liquidez Corrente 2008 = --------------------- = ---------- = 0,46 Passivo Circulante 111.699

Ativo Circul. + Real. L.P. 40.154 + 63.950 Liquidez geral 2007 = ------------------------------= ---------------------- = 1,09 Passivo Circul. + PÑC 60.386 + 34.835

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Ativo Circul. + Real. L.P. 51.257 + 107.619 Liquidez geral 2008 = ------------------------------= ---------------------- = 0,95 Passivo Circul. + PÑC 111.699 + 55.261

A liquidez corrente piorou e a liquidez geral também piorou. Portanto, está errada a questão.

15 Gabarito E 16. A liquidez imediata aumentou. Resolução: Disponibilidades 7.848 Liquidez Imediata 2007 = --------------------- = ---------- = 0,13 Passivo Circulante 60.386

Disponibilidades 11.268 Liquidez Imediata 2008 = --------------------- = ---------- = 0,10 Passivo Circulante 111.699

A Liquidez Imediata diminuiu. A questão está errada.

16 Gabarito E (CESPE / ABIN / Ciências Contábeis / 2010)

Informações obtidas no balanço patrimonial ativo circulante 2.000 ativo não circulante 4.500 passivo circulante 1.000 passivo não circulante 3.500 outras informações

estoque mínimo 900 passivo circulante cíclico 2.300 prazo médio de cobrança 60 dias vendas mensais a prazo 1.400

Considerando apenas os dados contábeis que compõem a tabela acima ( valores em reais ), selecionadas das demonstrações contábeis de determinada empresa, julgue os próximos itens

17. O índice de liquidez corrente da entidade foi superior a 0,5. Resolução:

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Ativo Circulante 2.000 Liquidez Corrente = --------------------- = ---------- = 2,00 Passivo Circulante 1.000

17 Gabarito C 18.(ESPE / SAD PE / Contador / 2010)

Considerando a tabela acima, que mostra os valores agregados, em reais, de uma empresa hipotética e admitindo aproximações até a segunda casa decimal, assinale a opção correta.

A) O índice de liquidez corrente é igual a 1,66 e o de liquidez geral é igual a 0,82.

B) O índice de liquidez seca é igual a 0,89 e o de liquidez geral é igual a 0,85.

C) O índice de liquidez seca é igual a 0,82 e o índice de liquidez corrente é igual a 0,95.

D) O índice de liquidez corrente é igual a 1,66 e o índice de liquidez seca é igual a 0,85.

E) O índice de liquidez geral é igual a 0,85 e o índice de liquidez seca é igual a 0,82.

Resolução: Disponibilidades 13.800 Liquidez Imediata 2007 = --------------------- = ---------- = 0,29 Passivo Circulante 47.500

Ativo circul. estoques 78.800 40.000 Liquidez seca =--------------------------- =------------------- = 0,82

Passivo Circulante 47.500

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Ativo Circulante 78.800 Liquidez Corrente = --------------------- = ---------- = 1,66

Passivo Circulante 47.500

Ativo Circul. + Real. L.P. 78.800 + 12.500 Liquidez geral = ------------------------------= ---------------------- = 0,85 Passivo Circul. + PÑC 47.500 + 60.000

A resposta certa é a letra E.

18 Gabarito E 19. (CESPE / TRE TO / Contabilidade / 2007) Quando ocorre a quitação de uma dívida de longo prazo com recursos advindos do ativo circulante, o A) índice de liquidez imediata aumenta. B) índice de liquidez seca aumenta. C) índice de liquidez corrente se reduz. D) índice de liquidez geral não sofre alterações. E) índice de liquidez seca aumenta e o índice de liquidez imediata é reduzido. Resolução: A contabilização da operação acima causa uma diminuição no Ativo Circulante e uma diminuição no Passivo Não Circulante. D Passivo Não Circulante C Disponibilidades (Ativo Circulante) Vamos analisar as assertivas: A) índice de liquidez imediata aumenta. Errada, o índice de liquidez imediata diminui. (Disponibilidades/PC) B) índice de liquidez seca aumenta. Errada. O Índice de liquidez seca diminui (AC-estoques)/PC C) índice de liquidez corrente se reduz. Certa. Liquidez corrente = AC / PC. Como o AC diminuiu, o índice também diminui. D) índice de liquidez geral não sofre alterações. Errada. Esta afirmativa estaria correta se o Índice de liquidez geral fosse 1 (AC+AÑC = PC+PÑC). Nesse caso, não haveria alteração. Se o índice for

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diferente de 1, a retirada do mesmo valor do Ativo Circulante e do Passivo Não Circulante irá alterá-lo.

E) índice de liquidez seca aumenta e o índice de liquidez imediata é reduzido. Errada. Os dois índices diminuem.

19 Gabarito C (CESPE / Polícia Federal/Perito contador/2002) A respeito da análise econômico-financeira de empresas, julgue os itens seguintes.

20 . Se houver elevação do ativo permanente em R$ 1 milhão e do patrimônio líquido em R$ 2 milhões, ocorrerá um aumento da liquidez geral da empresa.

Resolução: A questão faz referência à antiga estrutura do balanço. Assim, temos:

Ativo circulante + Ativo realizável a longo prazo + Ativo permanente = Passivo Circulante + Passivo Exigível a longo Prazo + PL

AC + ARLP + AP = PC + PELP + PL

O Índice de liquidez Geral relaciona o AC + ARLP dividido pelo PC + PELP. Assim, podemos reescrever a igualdade acima da seguinte forma:

(AC + ARLP) (PC + PELP) = PL AP Conforme os dados da questão, o PL aumentou 2.000.000 e o AP aumentou 1.000.000. Portanto: [(AC + ARLP) (PC + PELP)] + X = (PL + 2.000.000) (AP + 1.000.000) [(AC + ARLP) (PC + PELP)] + X = (PL AP) + 1.000.000 Para manter a igualdade, a primeira parte da equação deverá aumentar em 1.000.000. Esse aumento será através do aumento do Ac+ARLP OU pela diminuição do PC+PELP ou uma combinação de ambos. Em qualquer caso, irá aumentar o índice de liquidez geral. 20 Gabarito C 21. A companhia com o quociente de liquidez corrente abaixo de 1 que eleva tanto o ativo circulante como o passivo circulante em R$ 1 bilhão (valor relevante) apresentará um aumento nesse índice de liquidez corrente. Resolução:

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A maneira mais simples de resolver essa questão é simular a situação descrita.

Assim: 10.000

Liquidez corrente = ------------- = 0,50 20.000 1.000.010.000 Liquidez corrente = -------------------- = ???? 1.000.020.000 É fácil perceber que, nessa situação, aumentando 1 bilhão no ativo circulante e no passivo circulante, o índice irá aumentar, de 0,5 para próximo de 1. 21 Gabarito C ESTÃO 30

22 Um índice de liquidez corrente pode ser menor que um e a empresa ter uma situação de caixa muito tranquila, dependendo da composição e do prazo de renovação dos ativos e passivos circulantes. Resolução: A afirmação está correta. Se uma empresa consegue prazo de pagamento de seus fornecedores e vende a vista, como no caso de um supermercado, ela pode ter um índice de liquidez corrente menor que um e ter uma situação de caixa tranquila. 22 Gabarito C 23. (CESPE/TCU/Controle Externo/2011) Uma empresa com estoque igual a R$ 3 milhões e liquidez seca igual a 93,8% não dependerá da venda de seu estoque para realizar o pagamento das suas dívidas de curto prazo. Comentários:

Liquidez Seca = (Ativo Circulante - Estoques) / Passivo Circulante

Como a liquidez é menor do que 1, isto indica que não há disponibilidade de ativos para a quitação das obrigações de curto prazo.

23 - Gabarito ERRADO

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24. A taxa de remuneração do capital próprio de determinada companhia tenderá a ser afetada positivamente caso a rentabilidade proveniente de novos ativos seja superior ao custo da dívida assumida para financiá-los. Resolução: Esse é o princípio da alavancagem financeira. A empresa irá pegar empréstimos a, digamos, 10% e comprar ativos com rentabilidade de 15%, por exemplo. Isso irá aumentar a taxa de remuneração do capital próprio. 24 Gabarito C 25. O prazo médio de recebimento de vendas de um ano, de R$ 360.000,00, para um contas a receber médio, líquido da provisão para devedores duvidosos, de R$ 30.000,00, estará em torno de 30 dias. Resolução: O índice de Rotação das Duplicatas a Receber (ou de contas a receber) é o seguinte: Vendas a Prazo 360.000 RDR = ------------------------------------- = ------------- = 12 Média de Duplicatas a Receber 30.000 Prazo Médio de Rotação de Duplicatas a Receber (PMRDR) 360 360 PMRDR = ------------- = ---------- = 30 dias RDR 12

como sinônimos. 25 Gabarito C ESTÃO 30

(CESPE / CHESF / Contador / 2002 - adaptada) Com relação à análise dinâmica do capital de giro, assinale a opção correta. 26 R$ 200.000,00 e uma venda mensal média de R$ 100.000,00, terá um prazo médio de recebimento superior a 70 dias. Resolução: Aplicando as fórmulas vistas na questão anterior, temos: Vendas a Prazo 100.000 RDR = ------------------------------------- = ------------- = 0,5 Média de Contas a Receber 200.000

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Prazo Médio de Rotação de Duplicatas a Receber (PMRDR) (para um mês = 30 dias)

30 30 PMRDR = ------------- = ---------- = 60 dias RDR 0,5

26 Gabarito E 27 Uma empresa que opere com um nível médio de estoque de mercadorias de R$ 100.000,00 e tenha tido um custo das mercadorias vendidas de R$ 300.000,00 no último trimestre terá um prazo médio de renovação de estoques superior a 50 dias. Resolução: Usando as fórmulas de rotação: Rotação de Estoque (RE) Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) 300.000 RE = ------------------------------------------------ = ------------ = 3,0

Estoque Médio 100.000

Este índice indica quantas vezes o estoque se renovou por causa das vendas.

Prazo Médio de Rotação do Estoque (PMRE)

360 PMRE = ---------------------------- Para o prazo de um ano.

Rotação do Estoque

90 PMRE = ---------------------------- Para o prazo de um trimestre.

Rotação do Estoque 90 PMRE = -------- = 30 dias

3 27 Gabarito E 28 Uma empresa com R$ 150.000,00 de saldo médio de contas a pagar a fornecedores e que compre em média R$ 100.000,00 por mês terá um prazo médio de pagamento de fornecedores menor que 30 dias. Resolução: Usando as fórmulas do item 1.2.7, temos: Rotação de Fornecedores (RF) (ou Duplicatas a Pagar)

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Compras a Prazo 100.000 RF = ---------------------------- = ------------- = 0,667

Média de Fornecedores 150.000 Prazo Médio de Rotação de Fornecedores (PMRF) 30 30 PMRF = ---------- = ---------- = 45 dias RF 0,667 Assim, a empresa leva, em média, 45 dias para pagar suas compras a prazo.

28 Gabarito E 29 Quanto mais a empresa aumentar o prazo de financiamento de clientes, para aumentar as vendas, menor será o seu custo financeiro de financiamento do ativo de recebíveis. Resolução: Quanto mais a empresa aumentar o prazo de financiamento de clientes, maior será o seu custo financeiro e a necessidade de capital de giro. A empresa se financia com o prazo concedido pelos seus fornecedores. E financia os seus clientes quando concede prazo para recebimento de suas vendas. 29 Gabarito E

(CESPE/MP-PI/Analista Controle Interno/2012)

rubrica valor (R$) Caixa 200,00 Bancos 550,00 Estoque 1.690,00 Instalações 680,00 Fornecedores 2.250,00 Impostos a recolher 500,00

O quadro acima mostra as informações extraídas de um balancete de verificação de certa empresa ao final de determinado exercício.

Considerando apenas essas rubricas contábeis, julgue os itens seguintes, relativos à situação patrimonial dessa empresa nesse período.

30. Mais de 20% do ativo total foi composto por imobilizações.

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Comentários:

Vamos calcular o valor total do Ativo:

rubrica valor (R$) Caixa 200,00 Bancos 550,00 Estoque 1.690,00 Instalações 680,00 Total do Ativo 3.120,00

As imobilizações são de 680,00. Assim, temos:

Imobilizações 680,00 / Ativo total 3.120,00 = 0,22 = 22%

30 - Gabarito CERTO 31. O capital próprio representou mais de 30% das origens de recursos. Comentários:

Capital Próprio = Patrimônio Líquido.

A questão não informou o PL, mas podemos calcular:

Ativo Passivo Exigível = PL 3120,00 (2.250,00 + 500,00 ) = PL 3.120,00 2.750,00 = PL PL = 370,00 As origens de recursos é a soma do Passivo Exigível (recursos de terceiros) e do PL (recursos próprios). Capital Próprio / Origens de recursos 370,00 / 3.120,00 = 0,118 = 11,8% 31 - Gabarito ERRADO 32. A liquidez geral foi menor que 1,25. Comentários:

Vejamos a fórmula do Índice de Liquidez Geral:

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Ativo Circulante (+) Ativo Realizável a Longo Prazo Liquidez Geral = ----------------------------------------------------------------------------- Passivo Circulante (+) (Passivo Não Circulante Receita Diferida)

Aplicando aos dados da questão, temos:

200 + 550 + 1690 2.240

Liquidez Geral = ----------------------- = ---------- = 0,88 = 88% 2250 + 500 2.750

32 - Gabarito CERTO 33. (CESPE/TCU/Controle Externo/2011) A demonstração financeira do fluxo de caixa elaborada pelo método indireto deve especificar os fluxos das operações nas seguintes classes: juros e impostos pagos, recebimentos de clientes e pagamentos a empregados e fornecedores. Comentários:

Não há esta divisão no CPC 03. 33 - Gabarito ERRADO 34. (CESPE/TCU/Controle Externo/2011) As aplicações destinadas a negociação ou disponíveis para venda, feitas em instrumentos financeiros (inclusive derivativos) e em direitos e títulos de crédito (classificados no ativo circulante ou no realizável a longo prazo), devem ser avaliadas pelo fair value. Comentários:

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:

I - as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em direitos e títulos de créditos, classificados no ativo circulante ou no realizável a longo prazo: (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) a) pelo seu valor justo, quando se tratar de aplicações destinadas à negociação ou disponíveis para venda; e (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) 34 - Gabarito CERTO

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35. (CESPE/TCU/Controle Externo/2011) As demonstrações contábeis estão relacionadas à contabilidade financeira e objetivam mensurar e comunicar fenômenos econômicos.

Comentários:

A contabilidade financeira visa a atender um sem número de usuários externos das informações geradas pela empresa. Por isso as demonstrações contábeis devem seguir um padrão. A contabilidade gerencial tem como principal objetivo auxiliar a tomadas de decisões internas. 35 - Gabarito CERTO 36. (CESPE/TCU/Controle Externo/2011) Em uma análise vertical de uma demonstração de resultado de exercício, o retorno operacional é obtido da relação entre o lucro após as deduções, os impostos e as contribuições com as vendas.

Comentários:

O retorno operacional é obtido utilizando-se do lucro operacional líquido.

36 - Gabarito ERRADO 37. (CESPE/TCU/Controle Externo/2011) As demonstrações financeiras devem registrar a destinação dos lucros segundo a proposta do conselho fiscal, no pressuposto de sua aprovação pela assembleia-geral.

Comentários:

Art. 176 § 3º As demonstrações financeiras registrarão a destinação dos lucros segundo a proposta dos órgãos da administração (e não do conselho fiscal), no pressuposto de sua aprovação pela assembleia-geral. 37 - Gabarito ERRADO 38. (CESPE/TCU/Controle Externo/2011) As companhias devem avaliar seus investimentos em sociedades coligadas e controladas e elaborar suas demonstrações financeiras de modo consolidado, desde que se trate de investimentos realizados em outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou que estejam sob controle comum. Comentários:

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Essa alternativa merece reparos (anulação). Senão vejamos. Inicialmente ela diz: As companhias devem avaliar seus investimentos em sociedades coligadas e controladas. Ok. Mas avaliar como?! Vejam que a frase ficou incompleta. De acordo com o artigo 248 da LSA, estes investimentos são avaliados pelo MEP.

Mas a Banca não aceitou o recurso e manteve o gabarito como Certo.

38 - Gabarito CERTO 39. (CESPE/TCU/Controle Externo/2011) Com base nas informações apresentadas no quadro abaixo que se refere a uma máquina adquirida por certa empresa, aplicando-se o teste de recuperabilidade (impairment), registra-se uma perda de ativos maior que o valor da depreciação.

Custo de aquisição 2.730.000,00 (-) Depreciação acumulada - 980.000,00 (=) Valor contábil 1.750.000,00 Valor em uso 1.710.000,00 Valor justo 1.695.000,00

Comentários:

ESTA QUESTÃO ESTÁ FORA DO EDITAL, QUE NÃO EXIGIU CONHECIMENTOS SOBRE O CPC 01 REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL DE ATIVOS. O valor recuperável da máquina é o maior entre o valor em uso e o valor justo líquido de despesa de venda. Neste caso, será R$ 1.710.000,00. Agora, devemos proceder à comparação entre o valor contábil e o valor recuperável. Como o valor contábil está registrado a maior do que o valor recuperável, devemos realizar um ajuste no valor da diferença. D - Despesa com ajuste ao valor recuperável de ativo 40.000,00 C Ajuste por teste de recuperabilidade 40.000,00 Logo, este ajuste é menor do que o valor da depreciação. Item incorreto. Porém, repito, esta questão está fora do edital. 39 - Gabarito preliminar ERRADO

39 - Gabarito definitivo ANULADA

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9 - QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

(CESPE/Contador/UNIPAMPA/2013) Um fornecedor adota como critério para a concessão de crédito a capacidade de pagamento, e, quando é o caso, concede até 180 dias para recebimento do valor das vendas. A tabela a seguir apresenta informações dos compradores A, B e C, que pleiteiam negociar prazos de pagamento.

A respeito dessa situação, comparando-se as informações dos compradores A, B e C, é correto afirmar que

1. O cliente C atende às expectativas do fornecedor porque apresenta menor prazo de cobrança e melhor lucratividade.

2. O cliente A atende às expectativas do fornecedor porque o índice de liquidez corrente é superior a 1.

(CESPE/ANS/Especialista/2013)

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3. A liquidez seca do exercício 2012 é inferior à do exercício 2011, mas a liquidez geral melhorou no período.

4. (CESPE/TJ-AC/Contador/2012) Em relação à análise econômico-financeira, julgue os itens seguintes. Se uma análise horizontal mostra que a variação do ativo circulante no período final em relação ao período inicial é de 0,16 e a variação do passivo circulante é de 0,06, então o capital circulante líquido do período final é inferior ao do período inicial. Considere que uma empresa apresente os seguintes números, em reais.

ativo circulante 120.000

imobilizado + intangível 70.000

ativo total 190.000

passivo circulante 100.000

passivo não circulante 60.000

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patrimônio líquido 30.000

passivo + patrimônio líquido 190.000

05 - Nesse caso, é correto afirmar que o índice de liquidez geral dessa empresa é inferior a 1,15. 06 - (CESPE/TRE-RJ/Analista Judiciário Contabilidade/2012) Se o índice de liquidez corrente for menor que um, o resultado demonstra folga no disponível para uma possível liquidação das obrigações de curto prazo.

(CESPE/MP-PI/Analista Controle Interno/2012)

Rubrica Valor (R$) Caixa 200,00 Bancos 550,00 Estoque 1.690,00 Instalações 680,00 Fornecedores 2.250,00 Impostos a recolher 500,00

O quadro acima mostra as informações extraídas de um balancete de verificação de certa empresa ao final de determinado exercício. Considerando apenas essas rubricas contábeis, julgue os itens seguintes, relativos à situação patrimonial dessa empresa nesse período.

07 - A liquidez geral foi menor que 1,25.

08. Na análise dos índices de liquidez, o analista de controle externo deve estar atento a certos aspectos que podem mascarar uma situação aparentemente favorável. Nesse sentido, ele deve considerar com mais rigor a exigibilidade efetiva dos passivos que a possibilidade de realização dos ativos e assegurar-se de que os prazos de realização dos ativos são maiores que os de vencimento dos passivos. 9. Considere que uma empresa apresente, ao longo de três exercícios, a seguinte situação, relativa ao comportamento de suas despesas financeiras: exercício 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . R$ 150.000,00 exercício 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . R$ 180.000,00 exercício 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . R$ 360.000,00

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Com base nessas informações, é correto afirmar que, na análise horizontal, utilizando-se base móvel, o índice correspondente ao exercício 3 será igual a 200.

(CESPE / Previc / Tec. Administrativo / 2011) A companhia Alfa foi constituída em 1.º de abril de 2010 mediante captação de recursos totais de R$ 80.000,00, dos quais R$ 50.000,00 foram captados dos sócios, sob a forma de capital subscrito e integralizado no ato. O restante é oriundo de terceiros, 30% a título de empréstimos de longo prazo e 70%, de curto prazo. Nesse mesmo mês, um cliente fez um adiantamento correspondente a dois quintos do capital próprio. No mês da constituição da empresa, foram realizados os seguintes investimentos: R$ 22.000,00 em máquinas e equipamentos, sendo 50% à vista e o restante financiado em 16 parcelas iguais; R$ 12.000,00 em ações para especulação; R$ 32.000,00 em mercadorias para revenda; R$ 20.000,00 de empréstimos de curto prazo concedidos a terceiros; e o restante em despesas. Com base na situação hipotética apresentada acima, julgue os itens que se seguem. 10. Ao final do mês da constituição da empresa, a análise do balanço patrimonial da companhia Alfa mostrou liquidez corrente de 1,23 e endividamento de 0,71. 11. Em abril de 2010, a companhia Alfa apresentou R$ 64.000,00 de ativo circulante e R$ 22.000,00 de ativo não circulante. 12. Considerando-se o capital social subscrito e integralizado e a obtenção de empréstimos com terceiros, é correto afirmar que o capital social e as obrigações de longo prazo com terceiros em abril de 2010 foram, respectivamente, iguais a R$ 50.000,00 e 52.000,00. 13. Se, em abril de 2010, a companhia Alfa tiver prestado serviços a prazo para um cliente no valor de R$ 30.000,00, então ela terá auferido prejuízo de R$ 5.000,00. CESPE / IPAJM ES / Contador / 2010 (adaptada)

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Com relação ao período abrangido pelos balanços patrimoniais apresentados na tabela acima, julgue os itens abaixo.

14. O índice de liquidez seca de 2008 é de 0,335. 15. A liquidez corrente piorou, mas a liquidez geral melhorou. 16. A liquidez imediata aumentou. (CESPE / ABIN / Ciências Contábeis / 2010)

Informações obtidas no balanço patrimonial ativo circulante 2.000 ativo não circulante 4.500 passivo circulante 1.000 passivo não circulante 3.500 outras informações

estoque mínimo 900 passivo circulante cíclico 2.300 prazo médio de cobrança 60 dias vendas mensais a prazo 1.400

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Considerando apenas os dados contábeis que compõem a tabela acima ( valores em reais ), selecionadas das demonstrações contábeis de determinada empresa, julgue os próximos itens

17. O índice de liquidez corrente da entidade foi superior a 0,5. 18.(ESPE / SAD PE / Contador / 2010)

Considerando a tabela acima, que mostra os valores agregados, em reais, de uma empresa hipotética e admitindo aproximações até a segunda casa decimal, assinale a opção correta.

A) O índice de liquidez corrente é igual a 1,66 e o de liquidez geral é igual a 0,82.

B) O índice de liquidez seca é igual a 0,89 e o de liquidez geral é igual a 0,85.

C) O índice de liquidez seca é igual a 0,82 e o índice de liquidez corrente é igual a 0,95.

D) O índice de liquidez corrente é igual a 1,66 e o índice de liquidez seca é igual a 0,85.

E) O índice de liquidez geral é igual a 0,85 e o índice de liquidez seca é igual a 0,82.

19. (CESPE / TRE TO / Contabilidade / 2007) Quando ocorre a quitação de uma dívida de longo prazo com recursos advindos do ativo circulante, o A) índice de liquidez imediata aumenta. B) índice de liquidez seca aumenta.

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C) índice de liquidez corrente se reduz.

D) índice de liquidez geral não sofre alterações.

E) índice de liquidez seca aumenta e o índice de liquidez imediata é reduzido.

(CESPE / Polícia Federal/Perito contador/2002) A respeito da análise econômico-financeira de empresas, julgue os itens seguintes. 20 . Se houver elevação do ativo permanente em R$ 1 milhão e do patrimônio líquido em R$ 2 milhões, ocorrerá um aumento da liquidez geral da empresa. 21. A companhia com o quociente de liquidez corrente abaixo de 1 que eleva tanto o ativo circulante como o passivo circulante em R$ 1 bilhão (valor relevante) apresentará um aumento nesse índice de liquidez corrente. 22 Um índice de liquidez corrente pode ser menor que um e a empresa ter uma situação de caixa muito tranquila, dependendo da composição e do prazo de renovação dos ativos e passivos circulantes. 23. (CESPE/TCU/Controle Externo/2011) Uma empresa com estoque igual a R$ 3 milhões e liquidez seca igual a 93,8% não dependerá da venda de seu estoque para realizar o pagamento das suas dívidas de curto prazo. 24. A taxa de remuneração do capital próprio de determinada companhia tenderá a ser afetada positivamente caso a rentabilidade proveniente de novos ativos seja superior ao custo da dívida assumida para financiá-los. 25. O prazo médio de recebimento de vendas de um ano, de R$ 360.000,00, para um contas a receber médio, líquido da provisão para devedores duvidosos, de R$ 30.000,00, estará em torno de 30 dias. ESTÃO 30

(CESPE / CHESF / Contador / 2002 - adaptada) Com relação à análise dinâmica do capital de giro, assinale a opção correta. 26 R$ 200.000,00 e uma venda mensal média de R$ 100.000,00, terá um prazo médio de recebimento superior a 70 dias. 27 Uma empresa que opere com um nível médio de estoque de mercadorias de R$ 100.000,00 e tenha tido um custo das mercadorias vendidas de R$ 300.000,00 no último trimestre terá um prazo médio de renovação de estoques superior a 50 dias.

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28 Uma empresa com R$ 150.000,00 de saldo médio de contas a pagar a fornecedores e que compre em média R$ 100.000,00 por mês terá um prazo médio de pagamento de fornecedores menor que 30 dias. 29 Quanto mais a empresa aumentar o prazo de financiamento de clientes, para aumentar as vendas, menor será o seu custo financeiro de financiamento do ativo de recebíveis. (CESPE/MP-PI/Analista Controle Interno/2012)

rubrica valor (R$) Caixa 200,00 Bancos 550,00 Estoque 1.690,00 Instalações 680,00 Fornecedores 2.250,00 Impostos a recolher 500,00

O quadro acima mostra as informações extraídas de um balancete de verificação de certa empresa ao final de determinado exercício.

Considerando apenas essas rubricas contábeis, julgue os itens seguintes, relativos à situação patrimonial dessa empresa nesse período.

30. Mais de 20% do ativo total foi composto por imobilizações.

31. O capital próprio representou mais de 30% das origens de recursos.

32. A liquidez geral foi menor que 1,25.

33. (CESPE/TCU/Controle Externo/2011) A demonstração financeira do fluxo de caixa elaborada pelo método indireto deve especificar os fluxos das operações nas seguintes classes: juros e impostos pagos, recebimentos de clientes e pagamentos a empregados e fornecedores.

34. (CESPE/TCU/Controle Externo/2011) As aplicações destinadas a negociação ou disponíveis para venda, feitas em instrumentos financeiros (inclusive derivativos) e em direitos e títulos de crédito (classificados no ativo circulante ou no realizável a longo prazo), devem ser avaliadas pelo fair value.

35. (CESPE/TCU/Controle Externo/2011) As demonstrações contábeis estão relacionadas à contabilidade financeira e objetivam mensurar e comunicar fenômenos econômicos.

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36. (CESPE/TCU/Controle Externo/2011) Em uma análise vertical de uma demonstração de resultado de exercício, o retorno operacional é obtido da relação entre o lucro após as deduções, os impostos e as contribuições com as vendas.

37. (CESPE/TCU/Controle Externo/2011) As demonstrações financeiras devem registrar a destinação dos lucros segundo a proposta do conselho fiscal, no pressuposto de sua aprovação pela assembleia-geral.

38. (CESPE/TCU/Controle Externo/2011) As companhias devem avaliar seus investimentos em sociedades coligadas e controladas e elaborar suas demonstrações financeiras de modo consolidado, desde que se trate de investimentos realizados em outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou que estejam sob controle comum.

39. (CESPE/TCU/Controle Externo/2011) Com base nas informações apresentadas no quadro abaixo que se refere a uma máquina adquirida por certa empresa, aplicando-se o teste de recuperabilidade (impairment), registra-se uma perda de ativos maior que o valor da depreciação.

Custo de aquisição 2.730.000,00 (-) Depreciação acumulada - 980.000,00 (=) Valor contábil 1.750.000,00 Valor em uso 1.710.000,00 Valor justo 1.695.000,00

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10 - GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

QUESTÃO GABARITO QUESTÃO GABARITO QUESTÃO GABARITO

1 E 14 C 27 E

2 C 15 E 28 E

3 E 16 E 29 E

4 E 17 C 30 C

5 C 18 E 31 E

6 E 19 C 32 C

7 C 20 C 33 E

8 E 21 C 34 C

9 C 22 C 35 C

10 C 23 E 36 E

11 C 24 C 37 E

12 E 25 C 38 C

13 E 26 E 39 ANULADA