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Língua Portuguesa para Banco do Brasil Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales – Aula 01 Prof. Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 68 AULA 01 Olá, futuros empregados do Banco do Brasil! Na aula 01, apresentarei a segunda parte das classes gramaticais – Flexão Nominal e Pronomes (emprego, formas de tratamento e colocação) –, conforme a tendência da Fundação Carlos Chagas. Para melhor orientá-los, apresento o sumário abaixo a vocês: SUMÁRIO 1ª PARTE 01. Classes Gramaticais ......................................................................02 02. Substantivo ......................................................................................02 03. Artigo................................................................................................17 04. Adjetivo ............................................................................................19 05. Advérbio ...........................................................................................24 06. Palavras Denotativas .....................................................................26 2ª PARTE 01. Pronomes – Classificação .............................................................32 02. Emprego dos Pronomes Pessoais ...............................................35 03. Pronomes e Uniformidade de Tratamento .................................. 38 04. Pronomes Possessivos ................................................................ 41 05. Pronomes Demonstrativos ............................................................42 06. Pronomes Indefinidos ....................................................................44 07. Pronomes Interrogativos e Relativos ...........................................46 08. Colocação Pronominal ...................................................................49 Lista das Questões Comentadas na Aula. ..........................................59 Para refletir: "No que diz respeito ao desempenho, ao compromisso, ao esforço, à dedicação, não existe meio termo. Ou você faz uma coisa bem feita ou não faz." (Ayrton Senna) Vamos lá!

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Olá, futuros empregados do Banco do Brasil ! Na aula 01 , apresentarei a segunda parte das classes gramaticais – Flexão Nominal e Pronomes (emprego, formas de tratamento e colocação) – , conforme a tendência da Fundação Carlos Chagas . Para melhor orientá-los, apresento o sumário abaixo a vocês:

SUMÁRIO

1ª PARTE

01. Classes Gramaticais ................. .....................................................02 02. Substantivo.......................... ............................................................02 03. Artigo............................... .................................................................17 04. Adjetivo ............................. ...............................................................19 05. Advérbio............................. ..............................................................24 06. Palavras Denotativas ................ .....................................................26

2ª PARTE 01. Pronomes – Classificação ............ .................................................32 02. Emprego dos Pronomes Pessoais ....... ........................................35 03. Pronomes e Uniformidade de Tratamento .................................. 38 04. Pronomes Possessivos ................ ................................................ 41 05. Pronomes Demonstrativos ............. ...............................................42 06. Pronomes Indefinidos ................ ....................................................44 07. Pronomes Interrogativos e Relativos . ..........................................46 08. Colocação Pronominal ................ ...................................................49 Lista das Questões Comentadas na Aula. ... .......................................59 Para refletir: "No que diz respeito ao desempenho, ao compromisso, ao esforço, à dedicação, não existe meio termo. Ou voc ê faz uma coisa bem feita ou não faz." (Ayrton Senna)

Vamos lá!

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CLASSES GRAMATICAIS

Inicialmente, informo a vocês que, por razões didáticas, o tópico “Emprego

das Classes de Palavras” foi dividido em duas partes. Na aula demonstrativa, abordamos a classes dos Verbos . No encontro de hoje, abordaremos as seguintes classes gramaticais: substantivo , artigo , adjetivo , advérbio e pronome .

No que se refere ao assunto flexão nominal , a tendência da Fundação Carlos Chagas é discutir a correta flexão dos substantivos, artigos e adjetivos, além do correto emprego os advérbios.

Com relação aos pronomes, sempre aparecem questões nas provas da FCC, motivo pelo qual este assunto também será discorrido nesta aula.

E quanto às conjunções ? O estudo das conjunções ocorrerá na aula 03, já que os conectivos apresentam relação íntima com o tema Sintaxe do Período .

Feitas as considerações iniciais, passemos ao emprego das classes de palavras.

A Nomenclatura Gramatical Brasileira apresenta dez classes gramaticais. Por

razões práticas, dividiremos essas categorias em variáveis e invariáveis :

VARIÁVEIS INVARIÁVEIS Substantivo Adjetivo Artigo Numeral Pronome Verbo

Conjunção Interjeição Preposição Advérbio

O que seriam classes gramaticais variáveis ? Devemos entender classes de palavras variáveis aquelas categorias que variam em gênero (masculino/feminino) e número (singular/plural). Casos específicos ocorrem com as classes verbal e pronominal . A primeira pode variar em tempo , modo , número , pessoa e voz , conforme vimos na aula passada, ao passo que a segunda pode apresentar variação em pessoa , conforme veremos no encontro de hoje. A primeira classe de palavras variável que estudaremos nesta aula é o substantivo . Essa categoria é responsável por designar nomes de seres, de qualidades, de ações ou de estados. O substantivo pode ser:

� Próprio – designa, especificamente, o nome de um “ser” pertencente a uma espécie.

Exemplos: Rio de Janeiro, Fabiano, Brasil.

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Dica estratégica! Substantivos próprios podem, dependendo do contexto, tornar-se comuns . Exemplos: Judas foi quem traiu Jesus. (substantivo próprio) Ele é um judas . (substantivo comum)

� Comum – designa, genericamente, o nome dos “seres” de uma espécie.

Exemplos: metrópole, homem, país.

� Concreto – designa “seres” cuja existência independe de outros. Esqueçam aquela noção que nos ensinaram na escola, em que se falava que o substantivo concreto constitui-se naquilo que é palpável. Exemplos: ar, Deus, gnomo.

� Abstrato – designa “seres” cuja existência depende de outros. Serão substantivos abstratos aqueles que representam qualidades , ações ou estados . Exemplos: beleza, invenção, tristeza. A existência da “beleza” pressupõe a existência de um ser que seja belo; a “invenção” depende da criação feita por algum ser (a invenção do telefone, por exemplo); por sua vez, a tristeza só existirá se existir um ser que tenha esse sentimento.

� Primitivo – aquele que origina a formação de outro vocábulo. Exemplos: jardim, terra, livro.

� Derivado – aquele que é formado a partir de um vocábulo. Exemplos: jardineiro, terráqueo, livraria.

� Simples – apresenta apenas um radical. Exemplos: capim, sol, pé.

� Composto – apresenta pelo menos dois radicais. Exemplos: capim-limão, girassol, pontapé.

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� Coletivo – designa a totalidade de “seres” de uma espécie.

Exemplos: manada (de elefantes), corja (de bandidos, assaltantes), esquadra (de navios).

FLEXÃO DE GÊNERO Quanto ao gênero, o substantivo pode ser masculino ou feminino . Exemplos: aluno, aluna; irmão, irmã. Aqui, cabe uma ressalva. Quanto à forma, os substantivos podem ser:

� Uniformes – representam ambos os gêneros (masculino e feminino) com apenas um radical. Os substantivos uniformes subdividem-se em: a) Sobrecomuns – contêm uma só forma para representar ambos os gêneros. Somente o contexto poderá determinar o gênero desses substantivos. Exemplos: o cônjuge, a criança, a testemunha, o cadáver. b) Comuns-de-dois – contêm uma só forma para representar ambos os gêneros. Nesse caso, porém, o determinante fará a distinção entre masculino e feminino. Exemplos: o dentista / a dentista; o estudante / a estudante. c) Epicenos – contêm uma só forma para ambos os gêneros. Nesse caso, porém, a distinção dos gêneros será feita pelo acréscimo do vocábulo macho / fêmea . Exemplos: a onça (macho/fêmea); o sabiá (macho/fêmea); a girafa (macho/fêmea).

� Biformes – com apenas um radical, apresentam formas distintas para designar os gêneros masculino e feminino . Exemplos: freguês, freguesa; professor, professora; chorão, chorona; irmão, irmã. Observação! Existem pares de vocábulos semanticamente opostos. São os chamados heterônimos . Exemplos: pai – mãe; genro – nora; cavalheiro – dam a.

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Dica estratégica! O gênero do artigo pode acarretar a mudança de sentido do substantivo. Exemplos: o caixa (funcionário) – a caixa (recipiente); o coma (sono mórbido) – a coma (cabeleireira); o coral (pólipo, canto em coro) – a coral (cobra venenosa). 1. (FCC-2009/SEFAZ-SP-Adaptada ) Para responder à próxima questão, considere o fragmento abaixo. (...) Segundo todos os testemunhos, o tesouro real asteca era magnífico e ao ser reunido diante dos espanhóis formou três grandes pilhas de ouro compostas, em grande parte, de utensílios requintados, que sugeriam sofisticadas cerimônias sociais: (...). Com base no fragmento acima, é correto afirmar que houve deslize com relação ao padrão culto escrito – os testemunhos –, pois “testemunha” é palavra usada somente no feminino. Comentário : O substantivo “testemunha” (pessoa que assistiu a um acontecimento, um fato) é um vocábulo de gênero feminino, podendo representar tanto homens quanto mulheres, dependendo do contexto em que estiver inserido. Por essa razão, é considerado sobrecomum. Exemplo: O garoto de rua sobreviveu à chacina da Candelária. Ele é testemunha do crime. (no contexto, o substantivo “testemunha” indica “o garoto de rua”, o qual pertence ao gênero masculino). Por sua vez, a palavra “testemunho” (relato, declaração, depoimento de uma ou mais testemunhas) pertence ao gênero masculino, apresentando uma relação de significado com o vocábulo “relato”. Portanto, é correta sua utilização no contexto “Segundo todos os testemunhos (...)”. Gabarito: Errada.

FLEXÃO DE NÚMERO

Regra Geral Em regra, a formação de plural dos substantivos ocorre com o acréscimo do morfema -s. Isso ocorrerá quando os substantivos forem finalizados por vogal , ditongo oral ou ditongo nasal -ÃE . Exemplos: planeta – planetas; chapéu – chapéus; mãe – mães.

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Regras Específicas Substantivos finalizados por: a) S - acréscimo de ES nos monossílabos ou oxítonos. Exemplos: ás – ases; ananás – ananases. Atenção : Os substantivos CAIS e CÓS são invariáveis. - flexão no determinante , em caso de paroxítonos e proparoxítonos . Exemplos: o vírus – os vírus; o ônibus – os ônibus. b) AL, EL, OL e UL : plural em IS . Exemplos: pardal – pardais; pincel - pincéis; álcool – alcoóis; azul – azuis. Dica estratégica! Alguns substantivos fazem plural em ES. Exemplos: mal – males; cônsul – cônsules. Cuidado : No composto “mal-estar”, a terminação “ES” será acrescida somente ao segundo elemento. Portanto, a flexão correta é “mal-estares”. É importante ressaltar, ainda, a flexão adequada do determinante: “o mal-estar” / “os mal-estares”. 2. (FCC-2012/TCE-SP-Adaptada ) Por isso, se há algo que determina o que há de mais importante na tradição ocidental é exatamente a ideia de que não temos clareza a respeito do que nossos valores significam. Pois o que nos leva a criticar aspectos fundamentais de nossa sociedade não é um déficit a propósito da realização de valores, mas um sentimento que Freud bem definiu como mal-estar, ou seja, um sofrimento indefinido que nos lembra a fragilidade de toda normatividade social extremamente prescritiva.

É correto afirmar que, Se Freud tivesse se referido a mais de um sentimento, o padrão culto escrito exigiria, no plural, a forma " os mal-estar". Comentário : Em regra, os substantivos terminados em AL irão ao plural com a terminação IS: pardal – pardais . Entretanto, quando flexionados nesse número, alguns substantivos farão plural em ES, como é o caso de “mal”: “males”. No composto “mal-estar ”, o padrão culto escrito exige que a terminação ES seja acrescida apenas ao último elemento, devendo o determinante também ser flexionado: “os mal-estares”.

Gabarito: Errada.

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c) IL - se forem oxítonos, o plural será em S . Exemplos: fuzil – fuzis. - se forem paroxítonos, o plural será em EIS . Exemplos: fácil – fáceis.

Os vocábulos a seguir apresentam dupla grafia e, portanto, admitem mais de uma possibilidade de plural :

Oxítonos projetil (singular) – projetis (plural) reptil (singular) – reptis (plural)

Paroxítonos projétil (singular) – projéteis (plural) rép til (singular) – rép teis (plural) d) M: plural em -M ou -NS. Exemplos: armazém – armazéns; álbum – álbuns. e) N : plural em -S ou -ES. Exemplos: hímen – himens (ou hímenes); líquen – liquens (ou líquenes). f) R, Z: plural em –ES. Exemplos: hangar – hangares; arroz – arrozes; gravidez - gravidezes. g) X : a flexão ocorrerá apenas no determinante (artigo, pronome, ...). Exemplos: o ônix – os ônix; o clímax – os clímax.

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Dica estratégica! Alguns substantivos apresentam forma pluralizada: “bens”, “costas”, “férias”, “haveres”, “óculos” etc. Não confundam esses vocábulos, por exemplo, com “bem”, “costa” e “féria”, “haver”, “óculo”, pois o sentido é diferente. Vejam a seguir: Bem : virtude, benefício Bens : propriedades, riquezas Costa : litoral Costas : parte dorsal Féria : quantia em dinheiro Férias : período de descanso Haver : verbo “haver” Haveres : bens (substantivo) Óculo : luneta Óculos : lentes em uma armação Alguns substantivos são usados apenas no plural . Exemplos: os afazeres, as alvíssaras, os arredores, as bodas, as calças, as cócegas, as condolências, as efemérides, as exéquias, as fezes, os pêsames, os parabéns, os picles, as reticências, os suspensórios, as têmporas, as vísceras, os víveres etc. Cuidado!

Alguns substantivos, quando pluralizados, deslocam a sílaba tônica. Exemplos: caráter - caracteres; espécimen - especímenes; júnior - juniores; sênior – seniores; lúcifer – lucíferes.

PLURAL DOS SUBSTANTIVOS FINALIZADOS EM -ÃO Para memorizar, vamos partir para o quadro-resumo abaixo: SUBSTANTIVOS FINALIZADOS EM -ÃO Exemplos

Regra geral

plural em -ÕES

ação – ações ; balão – balões ; nação – nações ; etc.

Todos os paroxítonos

plural em -ÃOS

acórdão – acórdãos ; órfão – órfãos .

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SUBSTANTIVOS FINALIZADOS EM -ÃO Exemplos

Alguns oxítonos e monossílabos

plural em -ÃOS

cidadão – cidadãos ;cristão – cristãos ; corrimão – corrimãos ; entre outros.

Alguns oxítonos e monossílabos

plural em -ÃES

alemão – alemães; pão – pães; escrivão – escrivães; tabelião – tabeliães.

Alguns oxítonos admitem dois plurais

aldeão – aldeãos , aldeões ; vulcão – vulcãos , vulcões ; verão – verãos , verões ; sultão – sultães, sultões ; guardião – guardiães, guardiões ; corrimão – corrimãos , corrimões ; entre outros.

Alguns oxítonos admitem três plurais

alão – alãos , alães, alões ; ancião – anciãos , anciães, anciões ; entre outros.

3. (FCC-2011/TRE-AP-Adaptada) Acerca da flexão nomi nal, julgue as afirmativas a seguir. I. Em “Ele é um dos mais antigos tabeliões deste cartório.”, a palavra destacada está grafada incorretamente. II. Em “Os funcionários da manutenção já instalaram os corrimãos .”, a palavra destacada está flexionada corretamente. Comentário : Vamos analisar cada afirmativa. I. Conforme estudamos nas lições, a formação de plural dos substantivos terminados em –ÃO é o acréscimo do morfema –S: ação – ações ; balão – balões ; nação – nações . Entretanto, alguns oxítonos e monossílabos fazem plural somente em “ÃES”, tais como “alemão – alemães; pão – pães; escrivão – escrivães; tabelião – tabeliães. Logo, a afirmativa do enunciado está correta. II. Alguns oxítonos admitem a formação de mais de um plural. O vocábulo “corrimão” enquadra-se nesse critério, sendo corretas as formas “corrimãos ” e “corrimões ”. Portanto, a afirmativa do enunciado está correta. Gabarito: Corretas.

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SUBSTANTIVOS DIMINUTIVOS Regra geral : retirada do -s, que será deslocado para após o sufixo. Exemplos: mães � mãe + zinha + s = mãezinhas papéis � papei + zinho + s = papeizinhos flores � flore + zinha + s = florezinhas Dica: Para formar o diminutivo plural em nomes que contenham S no radical, deveremos acrescentar APENAS o sufixo no plural . Exemplo: pires (sing.) – piresinho (dim. singular) - piresinhos (dim. plural)

PLURAL DOS NOMES COMPOSTOS

O plural dos nomes compostos pode ser feito de várias maneiras, conforme a classe gramatical a que pertençam os elementos. Vejamos:

� Todos os elementos irão ao plural quando houver:

Substantivo + Substantivo

abelha-rainha � abelhas-rainhas aluno-mestre � alunos-mestres obra-prima � obras-primas

Substantivo + Adjetivo

(e vice-versa)

amor-perfeito � amores-perfeitos má-língua � más-línguas

Numeral + Substantivo

primeira-dama � primeiras-damas quinta-feira � quintas-feiras

Verbo + Verbo (reduplicação)

pega-pega � pegas-pegas corre-corre � corres-corres

� Nenhum elemento irá ao plural quando houver: (somente o determinante varia)

Pronome Verbo + ou Advérbio

o bota-fora � os bota-fora o fala-mansa � os fala-mansa

Verbos antonímicos (sentidos opostos)

o leva-e-traz � os leva-e-traz o perde-ganha � os perde-ganha

Frases substantivadas

a Maria vai com as outras � as Maria vai com as outras

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� Somente o primeiro elemento irá ao plural quando:

O segundo elemento

limitar o primeiro, indicando finalidade ou semelhança

decreto-lei � decretos-lei salário-família � salários-família cavalo-vapor � cavalos-vapor caneta-tinteiro � canetas-tinteiro

Houver preposição

olho de sogra � olhos de sogra pé de moleque � pés de moleque

Apenas o primeiro elemento do

composto for variável

joão-ninguém � joões -ninguém

� Somente o último elemento irá ao plural quando houver:

Adjetivo + Adjetivo

lítero-musical � lítero-musicais luso-brasileira � luso-brasileiras luso-africano � luso-africanos Exceção: surdo-mudo ���� surdos-mudos

Sufixos

GRÃO e GRÃ (significando ‘grande’)

e BEL

(adjetivo ‘belo’)

grão-mestre � grão-mestres grã-cruz � grã-cruzes bel-prazer � bel-prazeres

Verbo Advérbio Substantivo + ou Interjeição Adjetivo Prefixo

guarda-costa � guarda-costas sempre-viva � sempre-vivas abaixo-assinado � abaixo-assinados ave-maria � ave-marias vizo-rei � vizo-reis Obs.: guarda-civil ���� guardas-civis guarda-noturno ���� guardas-noturnos

Compostos sem hífen

planalto � planaltos fidalgo � fidalgos mandachuva � mandachuvas paraqueda � paraquedas lobisomem � lobisomens

Onomatopeias

tico-tico � tico-ticos bem-te-vi � bem-te-vis pingue-pongue � pingue-pongues

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Alguns compostos admitem mais de uma forma pluralizada.

Exemplos: padre-nosso � padre-nossos, padres-nossos salvo-conduto � salvo-condutos, salvos-condutos fruta-pão � frutas-pão, frutas-pães guarda-marinha � guarda-marinhas, guardas-marinha, guardas-marinhas

4. (FCC-2011/TRE-AP) A palavra destacada que está e mpregada corretamente é: a) Diante de tantos abaixos-assinados, teve de acatar a solicitação. b) Considerando os incontestáveis contra-argumento, reconheceu a falha do projeto. c) Ele é um dos mais antigos tabeliões deste cartório. d) Os guardas-costas do artista foram agressivos com os jornalistas. e) Os funcionários da manutenção já instalaram os corrimãos. Comentário: Vamos analisar cada assertiva. A) Resposta incorreta. O vocábulo “abaixo-assinado” é composto por um advérbio (palavra invariável) e por um adjetivo (palavra variável). Portanto, somente o último elemento irá ao plural: abaixo-assinados. B) Resposta incorreta. O composto “contra-argumento” é formado por uma preposição (palavra invariável) e por um substantivo (argumento). Logo, apenas o último componente irá ao plural: contra-argumentos. C) Resposta incorreta. Os substantivos finalizados em –ÃO podem fazer plural em –ÃOS, –ÃES e –ÕES. Entretanto, alguns monossílabos e oxítonos têm sua forma pluralizada apenas em –ÃES, como é o caso de “tabelião” � tabeliães. D) Resposta incorreta. O vocábulo “guarda-costa” é formado por um verbo (palavra que, nos substantivos compostos, é invariável) e por um substantivo (palavra invariável). Sendo assim, é correto o plural “guarda-costas”. E) Esta é a resposta da questão. Alguns vocábulos oxítonos admitem duas formas de plural, tal como é o caso de “corrimão”: corrimãos ou corrimões. Gabarito: E. 5. (FCC-2010/TRE-RS-Adaptada ) Considerada a flexão, a frase que está em total concordância com o padrão culto escrito é: a) Os tabeliões reúnem-se sempre às quinta-feiras. b) Nos últimos botas-foras, houve grande confusão, pois a agência de turismo não reteu os que não possuíam ingresso. c) Na delegacia, não tinha ainda reavido os documentos que perdera, quando entrou o rapaz considerado a testemunha mais importante de famoso crime. d) Se não se conterem roubos de obras-primas, gerações futuras serão privadas de grandes realizações do espírito humano. Comentário: Vamos analisar cada assertiva.

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A) Resposta incorreta. Conforme vimos na questão anterior, alguns monossílabos e oxítonos têm sua forma pluralizada apenas em –ÃES, como é o caso de “tabelião” � tabeliães. Ademais, o composto “quinta-feira” é formado por um numeral e um substantivo, razão por que ambos os elementos devem ir ao plural: quintas-feiras. B) Resposta incorreta. Quando o composto for estruturado por meio de um verbo seguido de um advérbio, nenhum elemento será flexionado no plural, como se dá em “bota-fora”. Nesse caso, somente o determinante (artigo, numeral, pronome) sofrerá flexão: os bota-fora. C) Esta é a resposta da questão. O substantivo “testemunha” contém uma só forma para representar ambos os gêneros. Portanto, é sobrecomum, e somente o contexto poderá determinar o gênero desses substantivos. No trecho “(...) entrou o rapaz considerado a testemunha (...)”, há referência ao gênero masculino, devido à presença do vocábulo “rapaz”. D) Resposta incorreta. No período, há erro de flexão verbal, assunto estudado na aula anterior. No contexto, há uma relação de condição hipotética, motivo pelo qual o verbo “conter” deveria ter sido flexionado no pretérito imperfeito do subjuntivo: “Se não se contiverem roubos de obras-primas, gerações futuras serão privadas de grandes realizações do espírito humano”. Gabarito: C. 6. (FCC-2010/Casa Civil-SP) A frase em que a flexão verbal e a nominal estão em total concordância com o padrão culto escrito é: a) Sei que ele remoe a ideia de que sua cônjuge possa ter dificuldades durante sua ausência, por isso ele proviu a família do necessário antes de viajar. b) Se ele não se comprouvesse, seria diferente, mas, como soe acontecer, ele imediatamente se prontificou a organizar a exéquia do soldado morto em ação. c) Isto constitue verdade inconteste: ele sempre obstrói as negociações, mesmo quando se desenvolvem apoiadas em legítimos abaixo-assinados. d) Peça-lhe que remedie a falta de conforto que gerou ao distribuir indiscriminadamente os salvo-condutos disponíveis, e, se ele não se dispor a fazê-lo, avise-nos. e) Se ele antevir os problemas que possam decorrer de sua ousadia, ou se reouver o juízo, certamente não será uma vítima do próprio atrevimento. Comentário: Vamos analisar cada assertiva. A) Resposta incorreta. Na 3ª pessoa do singular do presente do indicativo, as formas verbais terminadas em –OER são finalizadas pela vogal “i”: ele rói (de roer) / mói (de moer) / remói (de remoer). Portanto, no contexto, a forma correta é “Sei que ele remói a ideia (...)”. Ademais, o substantivo “cônjuge” contém uma só forma para representar ambos os gêneros. Portanto, é sobrecomum, e somente o contexto poderá determinar-lhe o gênero. No trecho “(...) a ideia de que sua cônjuge possa ter dificuldades durante sua ausência, por isso ele (...)”, ainda que a referência seja à “esposa”, o determinante “sua” deve apresentar-se no masculino: “(...) a ideia de que seu cônjuge (...)”. Por fim, a forma verbal “proviu”, flexionada no pretérito perfeito do indicativo, deriva do verbo “prover” (abastecer, providenciar, dispor). Logo, o correto é “(...) por isso ele proveu a família do necessário antes de viajar”.

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B) Resposta incorreta. À época, muitos candidatos ficaram em dúvida com relação à estrutura “comprouvesse”. Essa forma verbal é uma variante do verbo “comprazer”, que significa “ser cortês, servir”. No contexto, está empregada corretamente no pretérito imperfeito do subjuntivo: Se eu não eu me comprouvesse ... Se tu não te comprouvesses ... (se) ele se comprouvesse ... Se nós não nos comprouvéssemos ... Se vós não vos comprouvésseis ... Se eles não se comprouvessem ... Na 3ª pessoa do singular do presente do indicativo, as formas verbais terminadas em –OER são finalizadas pela vogal “i”. É o que ocorre com o verbo “soer” (costumar, acontecer com frequência). Portanto, no contexto, a forma correta é “Se ele não se comprouvesse, seria diferente, mas, como sói (=costuma) acontecer, ele imediatamente (...)”. Por fim, vale frisar que alguns substantivos são empregados apenas no plural por não terem forma singular correspondente. É o caso de “exéquias”, cujo significado é cerimônias ou honras fúnebres. C) Resposta incorreta. Na 3ª pessoa do singular do presente do indicativo, as formas verbais terminadas em –UIR são finalizadas pela vogal “i”: “Isto constitui verdade inconteste: (...)”. Na estrutura “obstrói”, a grafia está incorreta, pois, segundo os cânones gramaticais, o correto é “ele sempre obstrui (derivado do verbo obstruir) as negociações (...)”. No que se refere à flexão nominal, o vocábulo “abaixo-assinado” é formado por um advérbio (palavra invariável) e um adjetivo (palavra variável), razão por que apenas o último elemento do composto deve flexionar-se no plural. No contexto, a grafia está correta, portanto. D) Resposta incorreta. Em regra, as formas verbais terminadas em -iar são regulares . Exemplo: ARRIAR (abaixar-se) - eu arrio, tu arrias, ele arria, nós arriamos, vós arriais, eles arriam. Porém, alguns verbos terminados em -iar são irregulares . São eles: mediar (além do derivado intermediar ), ansiar , remediar , incendiar e odiar . E o que isso significa? Meus amigos, por serem irregulares , os verbos acima receberão a vogal E nas formas rizotônicas (rizo = raiz + tônica = sílaba forte), ou seja, rizotônica é a forma cuja sílaba tônica recai no ra dical do verbo . As formas rizotônicas ocorrem na 1ª, 2ª e 3ª pessoas do singular (“eu”, “tu”, “ele”) e na 3ª pessoa do plural (“eles”): eu remedeio, tu remedeias, ele remedeia, eles remedeiam. No presente do subjuntivo, a 3ª pessoa do singular é uma forma rizotônica, devendo ser grafada da seguinte maneira: “Peça-lhe que remedeie a falta de conforto (...)”. Prosseguindo com a análise do período, o vocábulo “salvo-conduto” foi corretamente flexionado no plural. Segundo o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), esse composto admite mais de uma forma pluralizada:

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salvo-conduto � salvo-condutos, salvos-condutos

Para finalizar a análise da assertiva em comento, o verbo “dispor” segue o paradigma (modelo) de conjugação do verbo “por”. Sendo assim, no contexto em que se encontra, a forma verbal adequada é “(...) se ele não se dispuser (...)”. E) Esta é a resposta da questão. No contexto, a forma verbal “antevir” está flexionada no futuro do subjuntivo. Por ser um verbo derivado de “ver”, segue o modelo de conjugação deste: Se eu vir (verbo “ver”); Se ele antevir (verbo “antever”). Portanto, a flexão está correta. Com relação ao verbo “reaver”, a forma adequada no futuro do subjuntivo é “reouver”, a qual foi apresentada no período da assertiva. Vejamos a conjugação:

Futuro do subjuntivo

(Quando) eu reouver (Quando) tu reouveres

(Quando) ele reouver (Quando) nós reouvermos

(Quando) vós reouverdes

(Quando) eles reouverem

Gabarito: E.

7. (FCC-2006/SEFAZ-SP) A frase que respeita o padrã o culto no que se refere à flexão é: (A) No caso de proporem um diálogo sem pseudodilemas teóricos, o professor visitante diz que medeia as sessões ; (B) Chegam a constituir-se como clãs os grupos que defendem opiniões divergentes, como as que interviram no último debate público . (C) Ele era o mais importante testemunha do acalorado embate entre opiniões contrárias, de que adviram os textos de difusão que produziu ; (D) Em troca-trocas acalorados de ideias, poucos se atêem às questões mais relevantes da temática ; (E) Quando aquele grupo de pesquisadores reaver a credibilidade comprometida nos últimos revés, certame apresentará com mais tranquilidade sua contribuição. Comentário: Vamos analisar cada assertiva.

A) Esta é a resposta da questão . Em regra, as formas verbais terminadas em -iar são regulares . Entretanto, existem exceções, ou seja, algumas formas verbais

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terminadas em -iar são irregulares , a saber: mediar (além do derivado intermediar ), ansiar , remediar , incendiar e odiar . Segue uma técnica mnemônica para vocês memorizarem as exceções: M ediar – eu medeio, tu medeias, ele medeia, nós mediamos, vós mediais, eles medeiam. A nsiar – eu anseio, tu anseias, ele anseia, nós ansiamos, vós ansiais, eles anseiam. R emediar – eu remedeio, tu remedeias, ele remedeia, nós remediamos, vós remediais, eles remedeiam. I ncendiar – eu incendeio, tu incendeias, ele incendeia, nós incendiamos, vós incendiais, eles incendeiam. O diar – eu odeio, tu odeias, ele odeia, nós odiamos, vós odiais, eles odeiam.

B) Resposta incorreta. O verbo “intervir” deriva de “vir”. Sendo assim, a conjugação daquele deve seguir o paradigma deste: “(...) divergentes, como as que intervieram (...)”. C) Resposta incorreta. Em “Ele era o mais importante testemunha (...)”, o substantivo destacado é sobrecomum, pois pode ser usado para referir-se tanto ao gênero masculino quanto ao feminino. Entretanto, o determinante que acompanha esse nome deve ser sempre feminino: “Ele era a mais importante testemunha (...)”. Por sua vez, o verbo “advir” deriva de “vir”, seguindo o paradigma deste último: “(...) de que advieram (...)”. D) Resposta incorreta. O verbo “ater” deriva de “ter”, devendo seguir o paradigma de conjugação deste último: “(...) poucos se atêm às questões (...)”. E) Resposta incorreta. Segundo o contexto, a forma verbal “reaver” deveria estar flexionada na 3ª pessoa do singular do futuro do subjuntivo . Na pessoa e no tempo mencionados, a flexão verbal correta seria “Quando aquele grupo de pesquisadores reouver (...)”. Vale frisar que a assertiva também apresenta um erro de flexão nominal: em “(...) nos últimos revés, (...)”, a formação correta de plural do substantivo em destaque é “reveses ”. Logo, a opção em análise não atende ao enunciado. Gabarito: A.

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ARTIGO – classe gramatical variável que antecede o substantivo, indicando

seu gênero e número. O artigo pode ser:

� Definido – refere-se a um ser preciso, determinado. É representado por o(s) , a(s). Exemplos: O jogo foi fantástico. (Temos um jogo específico , do qual temos conhecimento.)

� Indefinido – refere-se a um ser de maneira imprecisa, vaga. É representado por um , uma , uns , umas . Exemplos: Um jogo foi fantástico. (Temos um jogo qualquer , não especificado.)

EMPREGO DO ARTIGO O artigo definido pode: - referir-se a uma espécie inteira . Exemplo: O limão é azedo. (= Todo limão é azedo. ) - assumir o valor de pronomes demonstrativo e posse ssivo . Exemplos: Partirei no momento para a Espanha. (= este ) Na semana passada, eu estava com os pés inchados. (= meus ) - indicar intimidade ou familiaridade, quando emprega do antes de nomes próprios . Exemplo: Denise sempre estuda comigo. (não há familiaridade, intimidade) A Denise sempre estuda comigo. (há familiaridade, intimidade) Importante! O emprego do artigo definido será facultativo antes de pronomes possessivos adjetivos (ter esse conhecimento é importante para o emprego da acento grave indicativo de crase, o qual será estudado em aula futura). Exemplo: Sua irmã é bonita. ou A sua irmã é bonita.

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A anteposição do artigo substantiva qualquer palavr a. Exemplos: O amar da cor à vida. (verbo passa a substantivo) Ela me disse um não. (advérbio passa a substantivo)

OMISSÃO DO ARTIGO Aqui, temos um ponto muito importante, pois é imprescindível para o emprego do acento grave. Devemos omitir o artigo:

- antes de nomes ou expressões de sentido generalizad o. Exemplo: Tempo é dinheiro. - antes do vocábulo casa , quando houver referência ao próprio lar . Exemplo: Aos finais de semana, estudamos juntos em casa. (e não “na casa”) Dica estratégica! Se o vocábulo casa estiver especificado, será admitido o emprego do artigo. Exemplo: Aos finais de semana, estudamos juntos na casa da Denise. - antes do vocábulo terra , significando terra firme . Exemplo: Os marinheiros ficaram em terra. (e não “na terra”) Dica estratégica! Se o vocábulo terra estiver especificado, será admitido o emprego do artigo. Exemplo: Os marinheiros ficaram na terra prometida. - antes ou depois do pronome relativo cujo (e flexões). Exemplo: Esta é a aluna a cuja mãe me referi. (a = preposição exigida pelo verbo “referir-se”) - antes de pronomes de tratamento iniciados por Vos sa ou Sua . Exemplos: Dirigi-me a Vossa Excelência. (a = preposição) Escrevi uma carta a Sua Excelência, o deputado. (a = preposição) Dica estratégica! As formas de dona , senhora , senhorita e madame admitem a anteposição de artigo. Exemplos: A senhorita/senhora/dona/madame é muito bonita.

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Pessoal, segue uma dica importante:

Quando o artigo estiver precedido da palavra TODO (e flexões), designará totalidade ; sem o artigo, significará “qualquer” , “cada” . Exemplos: Todos os alunos serão aprovados no concurso. (totalidade de alunos) Todo dia estudamos para o concurso. (qualquer dia)

ADJETIVO – classe de palavras que atribui qualidade ou estado a um

substantivo.

Os adjetivos podem ser:

� Restritivos – atribuem características eventuais.

Exemplos: fogo baixo , homem sujo .

� Explicativos – atribuem características inerentes, próprias.

Exemplos: fogo quente , homem mortal . A colocação dos adjetivos após os substantivos é a regra geral. Vale frisar que, em certas circunstâncias, o significado do adjetivo poderá variar, se estiver anteposto ou posposto ao substantivo. Exemplos: velho amigo (=amigo de longa data, antigo) / amigo velho (=amigo idoso). bela garota (=garota de bons princípios) / garota bela (=garota bonita). pessoa certa (=pessoa ideal) / certa pessoa (=qualquer pessoa). pobre homem (=homem infeliz) / homem pobre (=homem sem recursos financeiros) Assim como os substantivos, os adjetivos flexionam-se em gênero e número .

FLEXÃO DE GÊNERO Quanto ao gênero, os adjetivos podem ser:

� Uniformes – são aqueles que contêm uma só forma. Exemplos: aluno inteligente , aluna inteligente .

� Biformes – flexionam-se em gênero, masculino e feminino. Exemplos: aluno esperto , aluna esperta ; rapaz cristão , moça cristã . Nos adjetivos biformes , a regra geral é trocar a terminação -o por -a: esperto, esperta; bonito, bonita.

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Alguns adjetivos não seguem a regra acima. Exemplo: trabalhador – trabalhadeira . O adjetivo feminino de trabalhador não é trabalhadora ? Não, meus amigos. O vocábulo trabalhadora é classificado como substantivo . Então, se quisermos atribuir uma característica ao substantivo mulher , por exemplo, deveremos escrever “mulher trabalhadeira ”. Fiquem atentos! Alguns adjetivos não variam em gênero. São os terminados em -u, -ês e -or .

Exemplos: o cidadão/a cidadã zulu ; o homem/a mulher cortês ; o bilhete/a carta anterior . Adjetivos terminados em “-eu” : troca-se a terminação por “-eia”.

Exemplos: europeu, europeia; plebeu, plebeia; pigmeu, pigmeia, ateu, ateia. Exceções: judeu, judia; sandeu, sandia. Em adjetivos terminados em “-ão” : troca-se a terminação por “-oa” , “-ã” ou “-ona” . Exemplos: beirão, beiroa; cristão, cristã; amigão, amigona .

FLEXÃO DE NÚMERO

Os adjetivos simples seguem as mesmas regras apresentadas para os substantivos. Exemplos: bonito – bonitos; bela – belas; esperto – espertos.

FLEXÃO DOS ADJETIVOS COMPOSTOS Regra geral: Como vimos na flexão dos nomes compostos, a regra geral dos adjetivos compostos é flexionar somente o último termo. Exemplos: reunião lítero-musical � reuniões lítero-musicais Exceções: surdo-mudo ���� surdos-mudos; surda-muda ���� surdas-mudas.

Dica estratégica!

Quando o adjetivo composto estiver substantivado , ambos os elementos variarão. Exemplos: o verde-claro� os verdes-claros o cinza-escuro� os cinzas-escuros

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Observação! Os adjetivos compostos “azul-marinho” , “azul-celeste” e “ultravioleta” são invariáveis . - Quando os compostos indicadores de cor receberem auxílio de um substantivo, nenhum elemento será flexionado. Exemplos: cinto rosa-claro � cintos rosa-claro camisa verde-oliva � camisas verde-oliva Observação! Quando o substantivo for empregado em função adjetiva , ou seja, quando estiver acompanhando o substantivo, permanecerá invariável . Exemplos: gravatas laranja ; camisas maçã . 8. (FCC-2006/TRT-24ª Região) A forma correta de plu ral dos substantivos compostos mico-leão-dourado e ararinha-azul é: a) micos-leão-dourados e ararinhas-azul. b) micos-leão-dourado e ararinha-azuis. c) mico-leões-dourados e ararinha-azuis. d) mico-leão-dourados e ararinhas-azul. e) micos-leões-dourados e ararinhas-azuis. Comentário: O composto “mico-leão-dourado” é formado pela sequência de substantivo + substantivo + adjetivo. Conforme estudamos no tópico “plural dos substantivos compostos”, todos os elementos deverão ir ao plural: micos-leões-dourados. Por sua vez, o substantivo “ararinha-azul” é formado pela sequência substantivo + adjetivo. Logo, ambos os elementos do composto deverão ser flexionados no plural: ararinhas-azuis. Gabarito: E.

GRAUS DO ADJETIVO O adjetivo pode apresentar-se nos graus: - Normal – é a mera característica atribuída ao substantivo. Exemplo: João é alto .

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- Comparativo – compara dois seres ou objetos. Triparte-se em comparativo de superioridade , igualdade e inferioridade . Exemplos: Eu sou mais alto do que ele. (comparativo de superioridade ) Eu sou tão alto quanto ele. (comparativo de igualdade ) Eu sou menos alto do que ele. (comparativo de inferioridade ) Dica estratégica! Podemos comparar características de um mesmo ser . Exemplos: Ele é mais alto do que baixo. (comparativo de superioridade ) Ele é tão alto quanto magro. (comparativo de igualdade ) Ele é menos baixo do que alto. (comparativo de inferioridade ) - Superlativo – denota a característica do adjetivo em elevado grau, mas sem estabelecer relações com outro ser. Divide-se em relativo e absoluto . a) Relativo – intensifica a característica do ser em relação à totalidade de seres semelhantes. Subdivide-se em superioridade e inferioridade . Exemplos: Eu sou o mais alto de todos. (superlativo relativo de superioridade ) Eu sou o menos alto de todos. (superlativo relativo de inferioridade ) b) Absoluto – subdivide-se em sintético (intensifica o adjetivo por meio de sufixos) e analítico (o adjetivo é modificado por um advérbio de intensidade). Exemplos: Sou altíssimo . (superlativo absoluto sintético ) Sou muito alto . (superlativo absoluto analítico )

SUPERLATIVOS ABSOLUTOS SINTÉTICOS ERUDITOS

No grau superlativo absoluto sintético , os adjetivos são denominados eruditos .

Exemplos:

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Adjetivo Superlativo absoluto sintético Adjetivo Superlativo absoluto

sintético acre amargo antigo célebre cruel difícil doce fácil fiel frio

acérrimo amaríssimo antiquíssimo celebérrimo crudelíssimo dificílimo dulcíssimo facílimo fidelíssimo frigidíssimo

livre magro manso mau pequeno pobre sábio sério simples terrível

libérrimo macérrimo mansuetíssimo péssimo mínimo paupérrimo sapientíssimo seriíssimo simplicíssimo terribilíssimo

Atenção! A forma superlativa absoluta sintética do adjetivo sério é seriíssimo (palavra proparoxítona ), e não “seríssimo”, como frequentemente ouvimos na expressão popular, coloquial. Atenção a isso!

Locução adjetiva – expressão formada por uma preposição e um substantivo. Equivale a um adjetivo.

Exemplos: água de chuva = água pluvial água de rio = água fluvial suco de estômago = suco gástrico / estomacal era de gelo = era glacial período de guerra = período bélico amor de irmão = amor fraternal festas de verão = festas estivais cordão de umbigo = cordão umbilical atitude de paixão = atitude passional jogada de mestre = jogada magistral gesto de criança = gesto infantil / pueril doença de fígado = doença hepática

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ADVÉRBIO – classe de palavras invariável que exprime circunstância. Modifica adjetivos , verbos e advérbios , podendo, também, modificar uma oração . Exemplos: Ela é muito bonita. (muito = advérbio) Estudarei hoje . (hoje = advérbio) Você escreve muito bem. (muito = advérbio) Provavelmente você passará no concurso. (provavelmente = advérbio)

CLASSIFICAÇÃO DO ADVÉRBIO O advérbio pode apresentar as seguintes circunstâncias: - tempo : amanhã, agora, anteontem, ontem, hoje, breve, antes, depois, jamais, nunca, outrora, sempre etc. Exemplo: Anteontem fizemos a prova. Atenção! Os advérbios nunca e jamais indicam tempo , e não negação. Fiquem atentos! - lugar : aqui, ali, cá, lá, acolá, atrás, dentro, embaixo, longe, perto etc. Exemplo: Fique aqui , pois voltarei rapidamente. - modo : bem, mal, depressa, assim, alerta, felizmente etc. Exemplo: Sentiu-se bem após ver o gabarito da prova. Em geral, os advérbios terminados em -mente são obtidos a partir do adjetivo feminino: “educada + mente = educadamente”. Por essa razão, o -a, de “educadamente” deve ser classificado como desinência de gênero feminino . Entretanto, nem todos os advérbios terminados em -mente são oriundos de adjetivos biformes: “feliz + -mente = felizmente”; “cortês + mente = cortesmente”. Também não podemos dizer que todos os advérbios terminados em -mente apresentam a circunstância de modo . Querem ver ? Por exemplo, na frase “Choveu torrencialmente.”, o advérbio “torrencialmente” intensifica a forma verbal “Choveu ”. Logo, é um advérbio de intensidade : “Choveu muito ”.

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Dica estratégica! Quando advérbios terminados em -mente estiverem em sequência, podemos empregar o sufixo apenas no último. Exemplo: Os policiais agiram calma e sabiamente . advérbio advérbio - intensidade : bastante, demais, mais, menos, muito, pouco, quão, assaz, tão etc. Exemplo: Quão feliz fiquei ao saber o resultado do concurso. (= Fiquei muito feliz ao saber o resultado do concurso.) - dúvida : certamente, porventura, possivelmente, provavelmente, quiçá, talvez etc. Exemplo: Possivelmente vocês passarão no concurso. - afirmação : certamente, decididamente, efetivamente, realmente, sim etc. Exemplo: Realmente vocês se divertirão muito com o enredo do filme. - negação : não, absolutamente etc. Exemplo: Não durma tarde!

GRAUS DO ADVÉRBIO O advérbio apresenta os seguintes graus:

� Comparativo a) de superioridade : Ela fala mais sabiamente do que você. b) de igualdade : Ela fala tão sabiamente quanto você. c) de inferioridade : Ela fala menos sabiamente do que você.

� Superlativo a) absoluto sintético : Saí cedíssimo em direção ao museu. b) absoluto analítico : Saí muito cedo em direção ao museu.

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Dicas estratégicas! 1ª) Na linguagem coloquial (popular), o advérbio pode receber sufixo diminutivo -inho . Nesses casos, porém, o sufixo possui valor superlativo . Exemplos: Ele fez exercícios cedinho . (= muito cedo) Ela dorme pertinho de você. (= muito perto) 2ª) A repetição do advérbio assume valor superlativo . Exemplos: Devo estudar cedo, cedo . (= muito cedo) Seus olhos eram azuis, azuis . (= muito azuis) Segundo as lições de Celso Cunha, em Nova Gramática do Português Contemporâneo, a norma culta apresenta preferência pelo emprego das formas adverbiais analíticas “mais bem” e “mais mal” junto a particípio, em detrimento da forma “melhor”. Exemplos: Os esquadrões mais bem encavalgados foram despedidos (...) (...) abalava e rompia as armas mais bem temperadas. Foram os exemplos mais bem escolhidos. Nos demais casos, prefere-se o emprego da forma “melhor”. Exemplos: Ninguém conhece melhor os interesses do que o homem virtuoso. (advérbio “melhor” – não admite flexão) Não há exemplo melhor deste tipo de superstição que o estatuto da noção de raça no nazismo. (adjetivo “melhor” – é uma forma comparativa de superioridade do adjetivo “bom”, razão por que admite flexão, concordando com o nome a que se refere.) Locução adverbial – é o conjunto de duas ou mais palavras que tem o mesmo valor de um advérbio. Normalmente sua estrutura é composta de uma preposição e um substantivo. Exemplos: Atrasado para a prova, o candidato saiu às pressas . O carro virou à direita . Sempre vou a pé.

PALAVRAS (E LOCUÇÕES) DENOTATIVAS

Não se enquadram nas classes de palavras. Podem expressar, por exemplo:

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SENTIDO DE

PALAVRA(S) (E LOCUÇÕES)

DENOTATIVA(S)

EXEMPLO

Adição

ademais; além disso; ainda; ainda por cima, além de tudo ...

Ajudou-me financeiramente. Além disso , casou-se comigo.

Afastamento embora “Vou-me embora pra Pasárgada” (Manuel Bandeira)

Afetividade

ainda bem que; felizmente; infelizmente ...

Lamentavelmente , perdemos o jogo.

Aproximação quase, praticamente, cerca de, aproximadamente ...

Havia cerca de vinte pessoas.

Concessão mesmo; assim mesmo; ainda assim ...

Mesmo com muito sono, permaneceu ao volante.

Designação

eis ... Eis o concurso por que tanto estudo.

Exclusão

apenas; exceto; sequer; só; somente ...

Só você passou no concurso.

Explicação

a saber; isto é; por exemplo ... Amanhã, isto é , sábado, será o meu dia.

Inclusão

até; até mesmo; inclusive; mesmo; também ...

Romário fez uma ótima jogada. Até a torcida adversária o aplaudiu.

Negação não, tampouco, absolutamente, pois sim ...

Você me empresta seu carro? Pois sim .

Realce (Pode ser retira-da do período sem prejuízo para a estrutura sintática)

é que; é quem; sobretudo;

mesmo ...

Eu é que passei no concurso. Você é quem foi aprovado.

Restrição

em termos; em parte; relativamente ...

Você, pessoalmente , é muito linda.

Retificação

aliás; isto é; ou melhor; ou antes, digo ...

Acertei todas as questões, isto é, passei no concurso.

Situação

afinal; então, agora, em suma ...

Afinal , você passou no concurso ?

9. (FCC-2009-SEFAZ-SP-Adaptada ) Esgotado por sucessivas batalhas, convencido da inutilidade de seguir lutando e tendo decidido ser preferível capitular a perder não só a liberdade como a vida, no verão de 1520 o rei Montezuma, prisioneiro de espanhóis concordou em en tregar a Hernán Cortés o vasto tesouro que seu pai, Axayáctl, reuni ra com tanto esforço, e em jurar lealdade ao rei da Espanha, aquele monarca distante e invisível cujo poder Cortés representava.

Sobre o fragmento acima, analise a afirmativa a seg uir.

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É correto afirmar que em perder não só a liberdade , o elemento destacado tem o mesmo valor e função dos notados na frase “Es tava só, mas bastante tranquilo”.

Comentário: No trecho “perder não só a liberdade”, o vocábulo em destaque apresenta o valor semântico de “apenas”, “somente”. Sendo assim, é uma palavra denotativa de exclusão. Já no excerto “Estava só, mas bastante tranquilo”, o vocábulo destacado equivale a “sozinho”, pertencendo à classe dos adjetivos. Portanto, os elementos analisados não têm o mesmo valor e função.

Gabarito: Errada.

10. (FCC-2011/Banco do Brasil)

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Arte para o futebol jamais é adjetivo ; é a sua essência. (início do 2º parágrafo) Considerando-se as classes de palavras, a afirmativ a correta em relação ao segmento grifado na frase acima é:

(A) A palavra Arte deve apenas qualificar o futebol, conferindo maior visibilidade a seu significado atual, aceito no mundo todo.

(B) É possível perceber desconhecimento da norma padrão da língua no que se refere às funções de um adjetivo e às de um substantivo. (C) Há emprego indevido de um adjetivo em relação ao futebol, porque não deve haver comparação entre esporte e criação artística. (D) A palavra Arte, substantivo, não pode ser aplicada como adjetivo, especialmente a uma modalidade esportiva que se espalha por todo o mundo. (E) Não se trata simplesmente de atribuir uma qualidade para o futebol brasileiro, mas sim reconhecer o valor de sua própria natureza. Comentário : A expressão “jamais é adjetivo” refere-se ao vocábulo Arte, o qual pertence à classe dos substantivos. Para visualizar melhor, podemos transcrever o trecho da seguinte forma: “Para o futebol Arte jamais é adjetivo”. Nesse período, o vocábulo em destaque não atribui simplesmente uma qualidade ao futebol; é reconhecer que a Arte representa o valor da própria natureza desse esporte, cuja beleza intrínseca é ratificada pela expressão “é a sua essência”. Portanto, a letra E está correta. Notem que a assertiva C está incorreta, pois o vocábulo Arte pode, sim, ser empregado como adjetivo em outro contexto: “Futebol (substantivo) é arte (adjetivo). Gabarito: E. 11. (FCC-2011/TRF-1ª Região) Atenção: As composições a seguir estão entre as “anotações” de Carlos Drummond de Andrade. Considera-as para responder à próxima questão.

Contribuem para que as “anotações” de Carlos Drummond enunciem observação de valor geral o emprego:

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(A) do presente do indicativo e dos artigos “o” e “a”. (B) dos artigos “o” e “a” e do plural, em adjetivos. (C) do plural, em adjetivos, e do mesmo título para duas distintas composições. (D) do mesmo título para duas distintas composições e da formulação breve - duas pequenas linhas em cada composição. (E) da formulação breve - duas pequenas linhas em cada composição - e do plural, em adjetivos. Comentário : Na primeira estrofe (“O rei nunca está nu no banho / cobre-se de adjetivo”), Drummond reforça o poder do monarca, o qual nunca fica só (nunca está nu no banho), ainda que seja em momentos íntimos. A ideia contida no trecho "cobre-se de adjetivos" denota as bajulações por que passa, devido à ocupação do trono. Na última estrofe (“Ao tornar-se carta de baralho, e não o baralho inteiro, / o rei propicia o advento da República.”), temos a seguinte interpretação: quando o rei está sozinho, ele é tão somente um rei, sem soberania (“o rei propicia o advento da República”). Sendo assim, as formas verbais "está", "cobre-se" e "propicia", empregadas no presente do indicativo, e o artigo definido "o", em "o rei", denotam que o poeta apresenta uma visão de valor geral da história. Notem que a assertiva B está incorreta, pois há a combinação entre a preposição “a” e o artigo definido “o” (Ao), apresentando valor temporal, equivalente a “quando”: Quando se torna carta de baralho (...)”. Gabarito: A. 12. (FCC-2010/MPE-RS) O surgimento dos Andes influenciou de forma decisiva a imensa biodiversidade na Amazônia. A explosão ocorreu há cerca de 10 milhões de anos, quando a alteração do relevo e do curso dos rios provocou o surgimento de habitats sem comunicação entre si. A datação contraria teorias de que a riqueza das espécies teria começado há "apenas" 2 milhões de anos. Essas conclusões aparecem em um estudo recentemente divulgado, trabalho que contou com a participação de quatro autores brasileiros. Há cerca de 23 milhões de anos a cordilheira dos Andes, que estava confinada ao centro e ao sul do continente, começou a emergir no norte da América do Sul. O evento geológico provocou mudanças significativas na paisagem. "As formações montanhosas e a mudança no curso dos rios produziram um mosaico de habitats onde animais e plantas permaneceram isolados", explica Francisco Negri, da Universidade Federal do Acre. "Com o tempo, eles evoluíram e produziram diferentes espécies." O geólogo Jorge Figueiredo, da Petrobras, que trabalha com prospecção de petróleo, afirma que dados da empresa foram cruciais para os resultados do trabalho. Ao estudar os dados coletados na região, percebeu que ofereciam informações valiosas sobre a origem do rio Amazonas, essencial para a biodiversidade local.

(Alexandre Gonçalves. O Estado de S. Paulo, Vida A33, 12 de novembro de 2010, com adaptações)

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... afirma que dados da empresa foram cruciais para os resultados do trabalho. (último parágrafo) O único adjetivo que NÃO apresenta semelhança de sentido com o de cruciais, entre aqueles que também aparecem no texto, considerada a forma de masculino singular, é:

(A) significativo. (B) valioso. (C) essencial. (D) isolado. (E) decisivo.

Comentário : No contexto em que está inserido, o adjetivo “cruciais” apresenta a acepção de “importante, fundamental, determinante”. Nas opções apresentadas, o único adjetivo que não apresenta semelhança de sentido com o vocábulo “cruciais” é “isolado”. No contexto em que está inserida – "(...) produziram um mosaico de habitats onde animais e plantas permaneceram isolados" –, a palavra em destaque apresenta o sentido de “localização em lugar ermo, afastado; afastamento”.

Gabarito: D.

13. (FCC-2007/MPU-Adaptada ) Julgue a afirmação acerca do trecho abaixo.

“Não há exemplo melhor deste tipo de superstição que o estatuto da noção de raça no nazismo.”

É correto afirmar que o emprego de melhor , em “Não há exemplo melhor ”, está em conformidade com as normas gramaticais, assim como o do segmento assinalado em "Foram os exemplos mais bem escolhidos ".

Comentário : No trecho “Não há exemplo melhor”, o vocábulo em destaque relaciona-se ao nome “exemplo”, pertencendo à classe dos adjetivos, concordando em número (singular) com o substantivo “exemplo” ao qual se refere. É uma forma comparativa de superioridade do adjetivo bom (lições de Celso Cunha). Por sua vez, no trecho “Foram os exemplos mais bem escolhidos .”, a construção em destaque está correta: “mais bem ” é uma forma adverbial analítica, empregada antes do particípio “escolhidos”. Logo, a construção também está correta. Memorizem o seguinte: antes de particípios, a norma culta apresenta preferência para o uso da expressão “mais bem” em detrimento de “melhor”.

Gabarito: Certo.

14. (FCC-2007/MPU-Adaptada ) Julgue a afirmação acerca do trecho abaixo.

(Na verdade, também eles tinham modelos estrangeiros: Rathenau e Henry Ford.) Isso não funcionou. Nos anos 20 e 30, o modelo entrou em colapso, em termos políticos e econômicos. A Grande Depressão acabou destruindo a democracia multinacional até mesmo na Tchecoslováquia. Observado o fragmento acima, é correto afirmar que a expressão até mesmo assinala que, no processo de defesa da ideia, o elemento citado constitui-se como o argumento mais forte.

Comentário : No contexto em que está inserida, a expressão “até mesmo” é uma locução denotativa de inclusão. Foi empregada com a intenção de reforçar a argumentação citada anteriormente “A Grande Depressão acabou destruindo a democracia multinacional”.

Gabarito: Certo.

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PRONOME

Pronome é a classe de palavras que serve para representar (pronome substantivo) ou acompanhar (pronome adjetivo) um substantivo , determinando-lhe a extensão do significado. Dica para memorização: Pronome Adjetivo � Acompanha o substantivo Pronome Substantivo � Substitui o substantivo Exemplos: Essa porta está trancada. (“Essa” é pronome adjetivo, pois acompanha o substantivo “porta”) Aquela porta, João tentou abri-la, mas não conseguiu. (“Aquela” é pronome adjetivo, pois acompanha o substantivo “porta”; “la” é pronome substantivo, pois substitui o substantivo “porta”: João tentou abrir a porta , mas não conseguiu.)

CLASSIFICAÇÃO DOS PRONOMES

Segundo a tradição gramatical, os pronomes são classificados em pessoais (em que se incluem os pronomes de tratamento ), possessivos , demonstrativos, indefinidos , interrogativos e relativos .

PRONOMES PESSOAIS Indicam as pessoas do discurso. Dividem-se em retos e oblíquos .

� Retos - são as pessoas do discurso. 1ª: eu (singular) / nós (plural) 2ª: tu (singular) / vós (plural) 3ª: ele (singular) / eles (plural)

Os pronomes pessoais retos funcionam, geralmente, como sujeito da oração.

Exemplos: Ontem eu estudei muito. (sujeito) Tu serás aprovado no concurso. (sujeito) Nós seremos aprovados. (sujeito)

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Dica estratégica! Memorizem o seguinte: os pronomes EU e TU sempre exercerão a função de sujeito . Exemplos: Eu fui ao curso ontem. Tu serás aprovado no concurso. E por que eu disse que os pronomes pessoais geralmente desempenham a função de sujeito? Porque os pronomes ELE(S)/ELA(S) , NÓS, VÓS, além da função de sujeito, podem desempenhar outras funções sintáticas. Exemplos: Eles terminaram a prova há pouco. (sujeito) É necessário entregar a prova a eles . (objeto indireto) Conversamos com ela. (objeto indireto)

� Oblíquos – são pronomes que sempre desempenham o papel de complemento (objeto direto, objeto indireto, complemento nominal etc.).

Exemplos: Não o conheço. (objeto direto) Aquela moça era essencial a ti . (complemento nominal) Por sua vez, os pronomes oblíquos subdividem-se em:

Átonos – não possuem acento tônico e não são antecedidos por preposição: me, te, se, o(s) , a(s), lhe(s) , nos , vos . Exemplos: Entregue-me o documento. Ao guarda, os cidadãos devem obedecer-lhe . Importante! Os pronomes oblíquos desempenham importante papel de coesão textual . Exemplo: “Capitu deu-me as costas, voltando-se para o espelhinho. Peguei-lhe dos cabelos , colhi-os todos e entrei a alisá-los com o pente (...)”

(Machado de Assis. In: Dom Casmurro) No excerto acima, verificamos que: - o pronome oblíquo “lhe ” (“Peguei-lhe”) refere-se a “Capitu”, indicado uma ideia de posse (Peguei os cabelos de Capitu = Peguei os cabelos dela .) - o pronome oblíquo “os ” (“colhi-os”) refere-se a cabelos ; - a forma pronominal “los ” (“alisá-los”) também se refere a cabelos .

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Fiquem atentos ao seguinte à morfossintaxe: - as formas pronominais o(s) , a(s) somente desempenham a função de objeto direto . Exemplos: Não a conheço. (a = objeto direto) Vi-os ontem. (os = objeto direto) - as formas pronominais me, te, se, nos , vos podem ser usadas como objeto direto ou objeto indireto . Exemplos: O dono da festa convidou-me. (“convidar” = verbo transitivo direto; “me” = objeto direto) O professor deu-me uma explicação. (“dar” = verbo transitivo direto e indireto; “uma explicação = objeto direto; “me” = objeto indireto) - as formas me, te, lhe , nos , vos podem ser usadas em lugar dos pronomes possessivos (ideia de posse), desempenhando a função de adjunto adnominal . Exemplos: Acariciava-lhe as mãos. (Acariciava suas mãos.) Observou-nos a fisionomia. (Observou nossa fisionomia.) - a forma pronominal lhe(s) representa substantivos regidos das preposições a ou para . É importante frisar que esse pronome sempre se referirá a pessoas , nunca a objetos/coisas.

Exemplos: Emprestei o livro ao aluno . (= Emprestei-lhe o livro. “lhe” � objeto indireto) Emprestei o livro para o aluno . (= Emprestei-lhe o livro. “lhe” � objeto indireto)

Tônicos - possuem acento tônico e são precedidos por preposição . Sempre funcionam como complementos, sendo representados por mim , comigo , ti , contigo , ele, ela, si , consigo , nós , conosco , vós , convosco , eles , elas . Exemplos: Entregue o documento a mim . Ao guarda, os cidadãos devem obedecer a ele.

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Se as formas pronominais tônicas conosco e convosco forem ampliadas pelos determinativos outros , todos , mesmos , próprios e numerais , a construção correta será com nós , com vós .

Exemplos: Estás contente com nós todos . Isto aconteceu com vós próprios . Irás à praia com nós que sabemos nadar . Ele disse que sairia com nós dois .

As formas pronominais se, si e consigo são exclusivamente reflexivas , ou seja, só podem ser usadas em relação ao próprio sujeito da oração. Exemplos: João feriu-se. Ele só pensa em si . O advogado trouxe consigo um livro.

Recapitulando...

Pronomes oblíquos (sempre complementos)

Pessoas Pronomes retos

Átonos

sem preposição

Tônicos

com

preposição 1ª Eu (sempre sujeito) me mim, comigo 2ª Tu (sempre sujeito) te ti, contigo

sing

ular

3ª Ele/Ela o, a, lhe, se ele, ela 1ª Nós nos nós, conosco 2ª Vós vos vós, convosco

plur

al

3ª Eles/Elas os, as, lhes, se eles, elas

EMPREGO DOS PRONOMES PESSOAIS Um assunto que é de extrema relevância em concursos públicos é o emprego dos pronomes pessoais.

� Eu e Tu X Mim e Ti

Os pronomes eu e tu , normalmente, não aparecem antecedidos por preposição. Neste caso, em regra, deveremos empregar os pronomes oblíquos mim e ti .

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Exemplos: Deram o doce para mim . Nada mais há entre mim e ti . Todos ficaram contra o juiz e mim . (Todos ficarão contra o juiz e (contra) mim .) Dica estratégica!

Normalmente, a frase se apresenta na seguinte progressão:

SUJEITO + VERBO + COMPLEMENTO Entretanto, a banca organizadora pode tentar confundi-los.

Exemplos: Para eu, estudar isso é fácil. (errado) Para mim , estudar isso é fácil. (correto) Na ordem direta, teríamos “Estudar isso é fácil para mim ”. É impossível para eu ir à sua festa. (errado) É impossível para mim ir à sua festa. (correto) Na ordem direta, teríamos “Ir à sua festa é impossível para mim ”.

Portanto, fiquem alerta em relação à inversão da estrutura frasal.

Todavia, há casos em que os pronomes EU e TU desempenharão a função de sujeito . Nessas hipóteses, será admitido seu emprego, mesmo após preposições.

Exemplos: Deram o doce para eu comer. (eu = sujeito do verbo “comer”) Entre eu pedir e você entender há uma grande diferença. (eu = sujeito do verbo “pedir”) Chegou uma ordem para tu viajares. (tu = sujeito do verbo “viajar”) Trouxe um livro para tu leres. (tu = sujeito do verbo “ler”)

Com a preposição ATÉ, indicando direção , deveremos empregar as formas oblíquas MIM e TI. Exemplos: A moça veio até mim . (em direção a mim ) A moça veio até mim ti . (em direção a ti )

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Se o vocábulo ATÉ denotar inclusão (palavra denotativa de inclusão), deveremos empregar as formas EU e TU.

Exemplo: Todos passarão no concurso, até eu. (até = inclusive) Todos passarão no concurso, até tu . (até = inclusive)

Aprendemos que os pronomes do caso reto “ele(s)/ela(s)”, em regra, não

funcionam como objeto.

Exemplos: Não vi ela. (errado) Não a vi. (correto)

Entretanto, se esses pronomes estiverem precedidos de TODO e SÓ (= apenas) , desempenharão a função de complemento . Exemplos: Recomendei só (= apenas) ele . Convocaram todas elas .

É preciso chamar a atenção de vocês para o seguinte: quando o pronome

ele(s) /ela(s) exercer a função de sujeito , não haverá a contração com a preposição de. Isso aparece frequentemente em provas.

Exemplos: Chegou a hora dos senadores falarem a verdade. (errado) Chegou a hora de os senadores falarem a verdade. (correto )

VERBOS, PRONOMES E ADAPTAÇÕES

a) Se o verbo for finalizado em som nasal (-M, -ÃO ou –ÕE), os pronomes o(s) , a(s) serão transformados em no(s) , na(s) , respectivamente. Exemplos: Quando encontrarem o material, tragam-no até mim. (tragam + o = tragam-no) Sempre que meus pais têm roupas velhas, dão-nas as pobres. (dão + as = dão-nas) Aquele rapaz põe-nos em situações embaraçosas. (põe + os = põe-nos) b) Se a forma verbal terminar em R, S ou Z, essas terminações deverão ser retiradas, mudando os pronomes o(s) , a(s) para -lo(s) , -la(s) , respectivamente. Exemplos: Quando encontrarem as apostilas, deverão trazê-las até mim. (trazer + as = trazê-las) As garotas ingênuas, o conquistador sedu-las com facilidade. (seduz + as = sedu-las) Os estudantes temiam o novo diretor e resolveram desafiá-lo . (desafiar + o = desafiá-lo)

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c) Se a forma verbal terminar em –MOS (1ª pessoa do plural), a terminação –s deve ser retirada quando, na colocação enclítica (pronome átono após o verbo), receberem pronomes átonos de mesma pessoa (nós). Exemplos: Encontramo-nos ontem à noite. (encontramos + nos = encontramo-nos) Recolhemo-nos cedo todos os dias. (recolhemos + nos = recolhemo-nos) Observação: Com o pronome lhe(s) , o verbo não sofre alteração. Exemplos: “concedem às crônicas” – concedem-lhes “faltar às crônicas” – faltar-lhes

PRONOMES DE TRATAMENTO

São pronomes empregados no trato com as pessoas, familiar ou respeitosamente. Representam a 2ª pessoa do discurso (com quem se fala) , porém toda a concordância deve ser feita com a 3ª pessoa (singular ou plural) .

Exemplos: Vossa Excelência saiu com vossos assessores. (errado) Vossa Excelência saiu com seus assessores. (correto) Vossa Majestade e vossos súditos venceram a guerra. (errado) Vossa Majestade e seus súditos venceram a guerra. (correto) A seguir, apresentarei a vocês uma tabela-resumo com os pronomes e as autoridades a que se referem, bem como as abreviaturas e os vocativos:

PODERES EXECUTIVO, LEGISLATIVO E JUDICIÁRIO Tratamento Abreviatura Cargo/Função Vocativo

Chefes de Poder

(Presidente da

República, Presidente do

Congresso Nacional, Presidente do STF)

Excelentíssimo Senhor Presidente da República, Excelentíssimo Senhor Presidente do STF,

Vossa Excelência

V. Exª.

Nota: Para os Chefes de Poder (Presidente da República, Presidente do STF, Presidente do Senado e Presidente da Câmara dos Deputados, a forma de tratamento NÃO deve ser abreviada, ou seja, deve ser escrita por extenso .

Demais autoridades Senhor + cargo,

Vossa Senhoria V.Sª.

Demais autoridades e Particulares

Senhor + nome,

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HIERARQUIA ECLESIÁSTICA

Tratamento Abreviatura Cargo ou Função Vocativo

Vossa Santidade

Nota: Para o Papa, a forma de tratamento não deve ser abreviada, ou seja, deve ser escrita por extenso .

Papa Santíssimo

Padre,

Vossa Eminência

ou Vossa

Eminência Reverendíssima

V. Emª. ou

V. Emª. Revma. Cardeais

Eminentíssimo Senhor Cardeal,

ou Eminentíssimo

e Reverendíssimo

Senhor Cardeal,

Vossa Excelência

Reverendíssima V.Ex.ª Revma. Arcebispos e

Bispos

Excelentíssimo e

Reverendíssimo Senhor

Arcebispo (ou Bispo),

Vossa Reverendíssima

ou Vossa Senhoria Reverendíssima

V. Revma. ou

V. Revma.

Monsenhores, Cônegos e superiores religiosos

Reverendíssimo Monsenhor (ou Cônego etc.),

ou Reverendíssimo

Senhor Cônego,

Vossa Reverência V. Reva.

Sacerdotes, Clérigos e demais

religiosos

Reverendíssimo Senhor

Sacerdote (ou Clérigo etc.),

AUTORIDADES MONÁRQUICAS Tratamento Abreviatura Cargo ou Função Vocativo

Vossa Alteza V.A. Arquiduques, Duques e Príncipes

Sereníssimo + Título

Vossa Majestade V.M. Reis e Imperadores Majestade

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OUTROS CASOS Tratamento Abreviatura Cargo ou Função Vocativo

Vossa Magnificência V. Magª. Reitores de universidades Magnífico Reitor,

Vossa Senhoria V.Sª. Presidentes e Diretores

de empresas

Senhor + nome, ou

Senhor + cargo respectivo,

Vossa Senhoria V.Sª. Cônsul Senhor Cônsul,

Vossa Senhoria V.Sª.

Outras autoridades (incluem-se as patentes

militares inferiores a coronel)

Senhor + cargo respectivo,

(Fontes: Manual de Redação da Câmara, Manual de Redação da Presidência da República, Manual de Redação Oficial do Tribunal de Contas do Distrito Federal, Manual de Redação da PUCRS e Manual de comunicação e escrita oficial do estado do Paraná.) Dica estratégica!

Os pronomes de tratamento devem ser precedidos de VOSSA (com quem se fala) , quando nos dirigimos diretamente à pessoa, e de SUA (de quem se fala) , quando falamos sobre a pessoa .

Exemplos: Vossa Excelência discursou bem. (com quem se fala ) Vossa Excelência , Senhor deputado, pode ajudar-me? (com quem se fala ) Sua Excelência , a presidente Dilma, discursou bem. (de quem se fala ) Sua Excelência , o deputado, viajou. (de quem se fala )

UNIFORMIDADE DE TRATAMENTO

O pronome você é de tratamento informal e designa a 2ª pessoa do discurso (com quem se fala ), ainda que o verbo com ele concorde na forma de 3ª pessoa . É considerada erro a falta de correlação dos respectivos pronomes possessivos e verbos. Quem não conhece a famosa propaganda da Caixa Econômica Federal ?

Vem para a Caixa você também. (errado) A propaganda acima está errada, porque o verbo “vir” foi empregado na 2ª pessoa do singular. Porém, o correto seria empregá-lo na 3ª pessoa:

Venha para a Caixa você também. (correto)

Por sua vez, o pronome tu designa a 2ª pessoa (com quem se fala) , devendo seus verbos e pronomes possessivos ser empregados em 2ª pessoa. Considera-se erro a falta de correlação entre os pronomes possessivos e os pessoais e os respectivos verbos.

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Exemplos: Tu sabe de suas condições. (errado) Tu sabes de tuas condições. (correto) Venha para a Caixa tu também. (errado) Vem para a Caixa tu também. (correto) Dica estratégica!

Tenham cuidado com o sujeito elíptico ou desinencial. Exemplo: Se vieres à festa, traz teu irmão. (sujeito elíptico = tu ���� Se tu vieres à festa, traz(e) teu irmão.)

PRONOMES POSSESSIVOS Estritamente relacionados com os pronomes pessoais estão os pronomes

possessivos, pois estes indicam posse em relação às pessoas do discurso.

1ª pessoa: meu(s), minha(s), nosso(s), nossa(s) 2ª pessoa: teu(s), tua(s), vosso(s), vossa(s) 3ª pessoa: seu(s), sua(s) Exemplos: Aqueles óculos são meus . Os livros são seus ?

Em termos de prova, é importante que vocês saibam que o emprego dos

possessivos de terceira pessoa seu(s), sua(s) pode gerar ambiguidade na frase. Exemplos: José, Pedro levou o seu chapéu. (frase ambígua) João ficou com Maria em sua casa. (frase ambígua) Nos exemplos acima, temos duas frases ambíguas, isto é, em “José, Pedro levou o seu chapéu.”, não é possível identificar a quem pertence o “chapéu“, ao passo que em “João ficou com Maria em sua casa”., a posse da “casa” pode ser atribuída tanto a “João” quanto a “Maria”.

Para evitar esse vício de linguagem (a ambiguidade), apresento a vocês duas alternativas:

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1ª) acrescentar os termos reforçativos dele(s) , dela(s) . Exemplos: José, Pedro levou o seu chapéu dele. (o chapéu é de Pedro) Com o acréscimo do termo reforçativo dele (contração da preposição “de” + o pronome “ele”), eliminou-se a ambiguidade. Logo, o chapéu pertence a “Pedro”. João ficou com Maria em sua casa dela. (A casa pertence a Maria) Com o acréscimo do termo reforçativo dela (contração da preposição “de” + o pronome “ela), eliminou-se a ambiguidade. Logo, a casa pertence a “Maria”. Acharam estranhas as construções acima? Pois é, mas ambas estão corretíssimas. 2ª) trocar o pronome possessivo seu(s) , sua(s) pelos elementos dele(s), dela(s) . Exemplos: José, Pedro levou o chapéu dele. (o chapéu é de Pedro) João ficou com Maria na casa dela. (A casa pertence a Maria)

Nos exemplos acima, foram retirados os pronomes possessivos “seu” e “sua”, e foram acrescidos os elementos “dele” e “dela”, respectivamente. Assim, eliminou- -se a ambiguidade das construções. Vamos ver como a FCC explorou o assunto em uma questão: 15. (FCC/TRT-11ª Região- Adaptada ) Julgue a assertiva a seguir. A frase abaixo NÃO apresenta ambiguidade.

Gostaria que você consultasse sua mãe, antes de ceder sua chácara por ocasião da nossa formatura.

Comentário: No período, o emprego do segundo pronome possessivo sua causou ambiguidade na estrutura. Sendo assim, não podemos concluir se a chácara pertence a “você ” ou a “mãe”.

Gabarito: item errado.

PRONOMES DEMONSTRATIVOS Os pronomes demonstrativos situam os seres no tempo e no espaço, em relação às pessoas do discurso. São os pronomes isto , isso , aquilo , este(s) , esse(s) , aquele(s) , esta(s) , essa(s) , aquela(s). Exemplos: Esta caneta é do curso. (A caneta está próxima ao falante - quem fala) Essa caneta é sua. (A caneta está próxima ao ouvinte – com quem se fala) Aquela caneta é da Samara. (A caneta está distante do falante e do ouvinte - de quem se fala)

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EMPREGO DOS PRONOMES DEMONSTRATIVOS É importante que vocês saibam empregar corretamente os pronomes demonstrativos, pois eles desempenham papel importante de coesão textual. - Esse, essa, isso (referência anafórica) - para situar o que já foi expresso. Exemplos: Azul e verde, essas são as cores de que mais gosto. Na frase acima, o pronome demonstrativo “essas” retoma as cores “azul” e “verde”. Por isso, dizemos que é um pronome anafórico , ou seja, resgata um elemento que já havia sido mencionado na superfície textual. Para memorizar: Referência Anafórica � retoma o que foi dito An tes. - Este, esta, isto (referência catafórica) - para situar o que ainda será expresso. Exemplos: As cores de que mais gosto são estas : azul e verde. Na frase acima, o pronome demonstrativo “estas” introduz as cores “azul” e “verde”, que ainda serão citadas. Por isso, dizemos que é um pronome catafórico , ou seja, refere-se a elemento(s) que ainda não foi/foram mencionado(s) na superfície textual. - Este , esta , isto - em referência a um termo imediatamente anterior. Exemplos: O fumo é prejudicial à saúde, e esta deve ser preservada. No período acima, o pronome demonstrativo “esta” retoma o substantivo “saúde”, evitando sua repetição desnecessária no contexto. - Este(s) , esta(s) e isto – em relação ao que foi mencionado por último, e aquele(s) , aquela(s) , aquilo , em relação ao que foi nomeado em primeiro lugar, diferenciando os elementos anteriormente citados na superfície textual.

Exemplo: José de Alencar e Machado de Assis são importantes escritores brasileiros; este (Machado de Assis)escreveu Dom Casmurro; aquele (José de Alencar), Iracema.

Os pronomes demonstrativos podem, ainda, indicar marcação temporal.

- Tempo presente em relação ao falante: empregam-se este , esta e isto . Exemplo: Este ano pretendo mudar de residência.

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- Tempo passado ou futuro próximos em relação ao falante: empregam-se esse , essa e isso . Exemplo: Esses anos vindouros serão excepcionais em termos de concursos públicos. - Tempos muito distantes em relação ao falante: empregam-se aquele(s) , aquela(s) e aquilo . Exemplo: Naquela época eu praticava esporte.

Os pronomes oblíquos o, a, os , as equivalerão a aquele(s) , aquela(s) , aquilo quando estiverem apostos ao pronome relativo que e à preposição de.

Exemplos: Não concordo com o que ele falou. (= Não concordo com aquilo que ele falou.) Sua camisa é igual à da vitrine. (= Sua camisa é igual àquela da vitrine.) No último exemplo acima, houve a fusão entre a preposição “a” e o “a” inicial do pronome demonstrativo “aquela ”. Graficamente, esse fenômeno, conhecido como crase , é representado através do emprego do acento grave . Veremos isso mais detidamente na aula oportuna.

PRONOMES INDEFINIDOS

Os pronomes indefinidos referem-se a um ser ou objeto de forma vaga ou indeterminada. Exemplos: Alguém bateu à porta. Todos se prontificaram a colaborar. Muitos são os chamados, poucos os escolhidos.

EMPREGO DOS PRONOMES INDEFINIDOS Em termos de prova, destaca-se o emprego dos seguintes pronomes indefinidos:

� TODO - Significando inteiro : deve ser usado com artigo, se o substantivo o aceitar.

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Exemplo: Fiquei todo o dia em casa. (O dia inteiro) - significando cada ou todos não terá artigo, ainda que o substantivo exija. Exemplo: Fiquei todo dia em casa. (Todos os dias)

� ALGUM - Anteposto ao substantivo, assume sentido afirmativo. Exemplo: Algum amigo o ajudará. (Alguém) - Posposto ao substantivo, assume sentido negativo. Exemplo: Amigo algum o ajudará. (Amigo nenhum) A classe gramatical de alguns vocábulos, entretanto, dependerá do contexto em que estiverem inseridos.

� CERTO (e variações) - Anteposto a substantivos, será pronome indefinido. Exemplo: Certas pessoas não se preocupam com os demais. (pronome indefinido) - Posposto a substantivos, será adjetivo. Exemplos: Certos políticos nem sempre são os políticos certos . pron. indef. adjetivo

� MUITO

- Será pronome indefinido quando se relacionar a nomes. Exemplos: Bebi muito suco ontem. - Será advérbio quanto se relacionar a adjetivos, verbos e advérbios. Portanto, será invariável. Exemplo: Bebi muito ontem.

� POUCO - Será pronome indefinido quando se relacionar a nomes. Exemplo: Comprei poucos legumes.

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- Será advérbio quando se relacionar a adjetivos, verbos e advérbios. Portanto, será invariável. Exemplo: Choveu pouco ontem.

� BASTANTE - Será pronome indefinido quando anteceder nomes. Exemplos: Havia bastantes pessoas na festa. Comprei bastantes frutas. - Será adjetivo quando estiver posposto a nomes. Nesse caso, equivalerá a suficiente(s) . Exemplos: Havia pessoas bastantes na festa. Comprei frutas bastantes . - Será advérbio quando se relacionar a adjetivos, verbos e advérbios. Portanto, será invariável. Exemplos: Choveu bastante ontem. As moças são bastante bonitas.

PRONOMES INTERROGATIVOS

Os pronomes interrogativos referem-se a um ser ou objeto de maneira vaga, sendo usados em perguntas diretas (terminadas com ponto de interrogação) ou indiretas (terminadas com ponto final). Exemplos: Qual sua colocação no concurso? Gostaria de saber qual sua colocação no concurso.

PRONOMES RELATIVOS Os pronomes relativos referem-se a um termo anterior, chamado antecedente, estabelecendo uma relação de subordinação entre as orações (sempre iniciam orações subordinadas adjetivas ). Os pronomes relativos são:

Pronome Exemplos QUE - empregado com o intuito de substituir um substantivo (pessoa ou coisa), evitando sua repetição na frase. Observação : pode sempre ser substituído por o qual (e flexões).

Roubaram a peça que era rara no Brasil. (= a peça) Roubaram a peça a qual era rara no Brasil.

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Pronome Exemplos

QUAL (e variações) - refere-se a coisas ou pessoas, sendo sempre antecedido de artigo , que concorda em gênero e número com o elemento antecedente.

Os assuntos sobre os quais conversamos estão resolvidos. (= os assuntos) Meu irmão comprou a lancha sobre a qual eu falei a você. (= a lancha)

QUEM - refere-se a pessoas (ou coisas personificadas) e geralmente aparece precedido de preposição , inclusive quando funcionar como objeto direto. Nesse último caso, passará à condição de objeto direto preposicionado.

Observação: Quando o pronome QUEM exercer a função de sujeito, não virá precedido de preposição . Isso só ocorrerá quando o pronome “quem” puder ser substituído por pronome demonstrativo (o, a, os, as, aquele, aquela, aqueles, aquelas ), acrescido do pronome relativo que . Nesses casos, o pronome “quem” será denominado de pronome relativo indefinido .

As pessoas, de quem falamos ontem, não vieram. (= as pessoas) A garota, a quem conheci há duas semanas, está em minha sala. (= a garota) Foi ele quem me disse a verdade. (= Foi ele o que me disse a verdade.) Quem com ferro fere com ferro será ferido. (= Aquele que com ferro fere com ferro será ferido.)

ONDE - este pronome tem o mesmo valor de em que ou no qual (e flexões). Se a preposição “em” for substituída pela preposição “a” ou pela preposição “de” , substituiremos, respectivamente, por aonde e de onde (ou donde ).

Eu conheço a cidade em que sua sobrinha mora. Eu conheço a cidade na qual sua sobrinha mora. Eu conheço a cidade onde sua sobrinha mora. Eu conheço a cidade aonde sua sobrinha foi. Eu conheço a cidade de onde (ou donde ) sua sobrinha veio.

QUANTO - sempre antecedido de tanto, tudo, todos (e variações), concordando com esses elementos.

Fale tudo quanto quiser falar. Traga todos quantos quiser trazer. Beba todas quantas quiser beber.

COMO - antecede as palavras maneira, modo e forma .

Este é o modo como se deve estudar para o concurso. Aquela é a forma como se praticam os exercícios.

CUJO - tal como os pronomes relativos, refere-se a um antecedente, mas concorda (em gênero e número) com o consequente. Esse pronome indica valor de posse (algo de alguém) e não aceita artigo anteposto ou posposto.

Antipatizei com o rapaz cuja namorada você conhece. A árvore cujos frutos são venenosos foi derrubada.

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Quando um elemento da oração (nome ou verbo) reger preposição, esta antecederá os pronomes relativos . Exemplos: As condições básicas de saúde, de que a população se mostra carente , deveriam ser oferecidas pelo governo. Eu conheço a cidade em que sua sobrinha mora . Eu conheço a cidade aonde sua sobrinha foi . O artista de cuja obra eu falara morreu ontem. As pessoas em cujas palavras acreditei estão presas. Isso frequentemente aparece nas provas da Fundação Carlos Chagas, misturando os temas emprego dos pronomes relativos e sintaxe de regência (que será visto em aula futura). 16. (FCC/TJ-AP) Está correto o emprego de ambos os elementos sublinhados na frase: (A) Otário é você, que confia de que Obama faça um governo competente, de cujo não há ainda qualquer indício. (B) Prefira-se morar em Beverly Hills do que morar em Darfur; a esta região falta tudo o que aquela não falta. (C) Esses doutores, de cujo pessimismo todos conhecem, estão sempre aplicados com a difusão fascinada dos horrores. (D) É como se a barbárie e a crueldade, às quais esses doutores assistem com indiferença, fossem fenômenos cujo horror devesse ser naturalizado. (E) O autor está convicto que tais doutores representam um radical pessimismo, de cujo parecer orgulhar-se de ostentar. Comentário: A opção correta é a letra D. No sentido de “ver, presenciar”, o verbo “assistir” é transitivo indireto, regendo o emprego da preposição “a” em seu complemento indireto. Como a oração “às quais esses doutores assistem com indiferença” é subordinada adjetiva, a preposição antecedeu o pronome relativo “quais”, acarretando a fusão com o artigo definido “as”: “a” (preposição) + “as” (artigo definido). Conforme vimos nas lições acima, o relativo “cujo” refere-se a um antecedente, mas concorda (em gênero e número) com o consequente. Em “É como se a barbárie e a crueldade (...) fossem fenômenos cujo horror devesse ser naturalizado.”, o pronome relativo “cujo” indica uma relação de posse “o horror pertence à barbárie e à crueldade”, concordando com o substantivo (termo consequente) “horror”. Vale lembrar que “cujo” (e flexões) não admite artigo anteposto ou posposto. Gabarito: D.

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COLOCAÇÃO PRONOMINAL

Há três casos para a colocação do pronome átono na oração, a saber:

Próclise Exemplos

• Pronome antes do verbo. Ocorre: a) com palavras de sentido negativo ; b) com advérbios sem pausa ; Observação! Se houver pausa após os advérbios, a colocação deverá ser enclítica (após o verbo ). c) com pronomes indefinidos ; d) com pronomes interrogativos ; e) com pronomes demonstrativos “isto ”, “isso ” e “aquilo ”; f) com conjunções subordinativas e pronomes relativos ; g) quando houver a preposição “em” + gerúndio ; h) em orações exclamativas e optativas .

Ninguém me emprestou a matéria. Ontem se fez de morto. Ontem , fez-se de morto. (ênclise ) Tudo me alegrava. Quem lhe disse isso? Isso se faz assim. Quando me viu, o menino sorriu. A aula que me recomendou é ótima. Em se tratando do concurso, estudarei muito. Que Deus o proteja! Vou me vingar!

Mesóclise Exemplos

• Pronome no meio do verbo. Ocorre com verbo no: a) futuro do presente ; b) futuro do pretérito . Observações: Se ocorrer qualquer dos casos de próclise, ainda que o verbo esteja no futuro do presente ou no futuro do pretérito, a colocação deverá ser proclítica (antes do verbo ). Com o numeral “ambos ”, ainda que o verbo esteja no futuro do presente ou no futuro do pretérito, a colocação deverá ser proclítica (antes do verbo ).

Entregar-lhe-ei o documento. Entregar-lhe-ia o documento. Nunca te entregarei o documento. (próclise ) Nunca te entregaria o documento. (próclise ) Ambos se mudarão na semana que vem. Ambos se mudariam na semana que vem.

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Ênclise Exemplos

• Pronome após o verbo. A ênclise é a regra

geral de colocação pronominal. Sendo assim, o pronome deverá ficar posposto ao verbo quando não ocorrer qualquer dos casos de próclise ou mesóclise.

Deu-me boas dicas. (início de oração) Traga-me o café. (verbo no imperativo afirmativo)

Cuidado! 1ª) O particípio não admite ênclise. Exemplos: Fornecido-me o material, comecei a estudar. (errado ) Fornecido a mim o material, comecei a estudar. (correto ) 2ª) Não devemos usar a colocação pronominal enclítica (após o verbo) quando houver forma verbal no futuro do presente ou no futuro do pretérito . Nestes casos, a colocação deve ser mesoclítica (no meio do verbo ). Exemplo: Entregarei-te o documento. (errado ) Entregar-te-ei o documento. (correto ) Entregaria-te o documento. (errado ) Entregar-te-ia o documento. (correto ) 3ª) Nas formas infinitivas antecedidas pela preposição “a”, a colocação deverá ser enclítica (após o verbo ) se o pronome oblíquo for “o” ou “a”. Exemplos: Professor, estamos a admirá-lo . Se soubermos que haverá muito mais faxina, não continuaremos a fazê-la. Dica estratégica! Se a forma verbal infinitiva for antecedida pela preposição “a” e o pronome oblíquo for o “lhe ”, admite-se tanto a próclise quanto a ênclise . Exemplos: Continuou a lhe fazer carinho. (correto ) Continuou a fazer-lhe carinho. (correto ) 4ª) Quando houver duas palavras que exigem a próclise, é permitido intercalar o pronome oblíquo átono entre elas. A esse caso dá-se o nome de apossínclise . Exemplo: Se me não falha a memória, já vi aquela moça em algum lugar.

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COLOCAÇÃO EM LOCUÇÕES VERBAIS (Formas possíveis e corretas)

• Auxiliar + Infinitivo Próclise ao verbo auxiliar : Jamais lhe pretendo ensinar isso. Ênclise ao verbo auxiliar : Eu pretendo-lhe ensinar isso. Ênclise ao verbo principal : Eu pretendo ensinar-lhe isso. Ênclise ao verbo principal : Jamais devo ensinar-lhe isso.

• Auxiliar + Gerúndio Próclise ao verbo auxiliar : Não lhe começo ensinando. Ênclise ao verbo auxiliar : Começo-lhe ensinando. Ênclise ao verbo principal : Começo ensinando-lhe. Ênclise ao verbo principal : Não começo ensinando-lhe.

• Auxiliar + Particípio

Próclise ao verbo auxiliar : Eu lhe tinha ensinado a matéria. Ênclise ao verbo auxiliar : Eu tinha-lhe ensinado a matéria. Próclise ao verbo auxiliar : Não lhe tinha ensinado a matéria. Dica estratégica! Na estrutura “verbo auxiliar + particípio”, não se admite a colocação do pronome oblíquo após o verbo principal. Exemplos: Tinha ensinado-lhe a matéria. (errado ) Não tinha ensinado-lhe a matéria. (errado )

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17. (FCC-2009/TRT-3ª Região) “É forçoso contatar os índios com delicadeza, para poupar os índios de um contato talvez mais brutal, em que explorado res submetessem os índios a toda ordem de humilhação, tornando os índios vítimas da supremacia das armas do branco”. Evitam-se as viciosas repetições do trecho acima su bstituindo-se os segmentos sublinhados, na ordem dada, por: (A) poupá-los - os submetessem - tornando-os (B) poupá-los - lhes submetessem - os tornando (C) poupar-lhes - os submetessem - tornando-lhes (D) os poupar - submetessem-nos - lhes tornando (E) poupar a eles - os submetessem - tornando-lhes Comentário : Conforme vimos nas lições de Verbos, Pronomes e Correlações , se a forma verbal transitiva direta terminar em R, S ou Z, devemos retirar essas terminações, mudando os pronomes o(s) , a(s) para -lo(s) , -la(s) , respectivamente: poupar os índios = poupá-los submetessem os índios = os submetessem tornando os índios = tornando-os Os pronomes o(s) , a(s) e suas respectivas formas -lo(s) , -la(s) , respectivamente, devem ser empregadas, também, quando o verbo for transitivo direto (ligado a seu complemento direto sem preposição) É o que ocorre nos três casos, pois “poupar”, “submeter” e “tornar” assumem transitividade direta. Vale frisar que, no contexto, também devemos ficar atentos à colocação pronominal. Em “submetessem os índios”, a colocação do pronome deve ser proclítica (antes do verbo), já que o pronome relativo “que” (iniciando uma oração subordinada adjetiva) exige a aplicação dessa regra. Logo, o texto, com as devidas substituições, ficaria da seguinte maneira: “É forçoso contatar os índios com delicadeza, para poupá-los de um contato talvez mais brutal, em que exploradores os submetessem a toda ordem de humilhação, tornando-os vítimas da supremacia das armas do branco”. Gabarito: A. 18. (FCC-2009/PGE-RJ-Adaptada ) “Crônicas? Muita gente está habituada a ler crônicas , mas nem todos concedem às crônicas um valor equivalente ao de outros gêneros; alegam faltar às crônicas a altitude de um romance, e deixam de reconhecer as crônicas como vias de acesso imediato à poesia do dia a dia”. Evitam-se as viciosas repetições do texto acima sub stituindo-se os segmentos sublinhados, na ordem dada, por:

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(A) as ler − concedem-lhes − lhes faltar − reconhecer-lhes (B) as ler − lhes concedem − faltar-lhes − lhes reconhecer (C) lê-las − lhes concedem − faltar-lhes – reconhecê-las (D) ler a elas − as concedem − lhes faltar − reconhecê-las (E) lê-las − concedem-nas − faltar a elas − as reconhecer Comentário : Conforme vimos nas lições de Verbos, Pronomes e Correlações , se a forma verbal transitiva direta terminar em R, S ou Z, devemos retirar essas terminações, mudando os pronomes o(s) , a(s) para -lo(s) , -la(s) , respectivamente: “ler crônicas” – lê-las “reconhecer as crônicas” – reconhecê-las Se o verbo for transitivo indireto, deveremos empregar a forma pronominal “lhe” (e flexões): “concedem às crônicas” – concedem-lhes “faltar às crônicas” – faltar-lhes Mais uma vez, chamo a atenção de vocês para a colocação pronominal. Em “conceder às crônica (= concedem-lhes), temos o pronome indefinido “todos”, que exige a colocação proclítica (antes do verbo). Logo, o período, com as respectivas substituições, estaria correto da seguinte maneira: “Crônicas? Muita gente está habituada a lê-las, mas nem todos lhes concedem um valor equivalente ao de outros gêneros; alegam faltar-lhes a altitude de um romance, e deixam de reconhecê-las como vias de acesso imediato à poesia do dia a dia.” Gabarito: C. 19. (FCC-2009/TRT-16ª Região) Está correto o empreg o de ambos os elementos sublinhados em: (A) Enfraquecida, a cultura caipira cujos valores tanta gente se encantou, cede lugar às modas citadinas, de que quase todos tomam como parâmetro. (B) A moda sempre existiu, sempre haverá quem a adote, assim como sempre haverá quem não lhe poupe o aspecto de superficialidade. (C) A moda, cujos os valores são sempre efêmeros, define as maneiras de vestir e pensar de que se comprazem os citadinos. (D) Vive-se num tempo onde as mudanças são tão rápidas que fica difícil acompanhar-lhes em sua velocidade. (E) Os modos de ser com que se apropria a gente da cidade são os que lhes parecem mais civilizados. Comentário : Este tipo de questão mescla conhecimentos de regência e pronomes, sendo um clássico da Fundação Carlos Chagas. Vamos analisar as opções:

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Letra A: Resposta incorreta. Sempre que o termo regente (verbo ou nome) exigir o emprego de preposição, esta antecederá o pronome relativo. Em “a cultura caipira cujos valores tanta gente se encantou”, a forma verbal “se encantou” rege o emprego da preposição “com”, a qual deveria anteceder o relativo “cujo”. Sendo assim, há um erro na alternativa. Continuando a análise do item, percebemos que a forma verbal “tomam” não rege emprego de preposição, ou seja, é um verbo transitivo direto. Logo, a preposição “de” não deveria figurar no período: “às modas citadinas, que quase todos tomam como parâmetro”. Letra B: Resposta correta. No período, o verbo “adotar” é transitivo direto, isto é, não exige emprego de preposição. Sendo assim, está correto o emprego do pronome oblíquo “a” em “sempre haverá quem a adote”. Igualmente correto está o emprego do pronome oblíquo “lhe” (empregado com valor de posse, ou seja, é um adjunto adnominal): sempre haverá quem não lhe poupe o aspecto de superficialidade = sempre haverá quem não poupe o aspecto de superficialidade da moda. Letra C: Resposta incorreta. Conforme vimos no estudo dos pronomes relativos, a forma “cujo” (e flexões) não admite a anteposição/posposição de artigos. Letra D: Resposta incorreta. Erro muito frequente cometido pelos candidatos (mas não mais por vocês!). O pronome relativo “onde” deve ser empregado apenas em referência a lugar. No contexto, porém, não há essa referência, razão por que devemos substituí-lo por “em que”: “Vive-se num tempo onde as mudanças (...)”. Outro erro refere-se ao complemento do verbo “acompanhar”, que possui transitividade direta. Sendo assim, seria correto complementá-lo com a forma “acompanhá-las” (acompanhar as mudanças). Letra E: Resposta incorreta. A forma “se apropria” é transitiva indireta, regendo o emprego da preposição “de”. Logo, está errado o emprego da preposição “com” antes do relativo “que”. Outro erro: o pronome “lhes” refere-se à expressão “gente da cidade” (no singular). Logo, o pronome oblíquo átono também deve estar nesse número: “a gente da cidade são os que lhe parecem mais civilizados.” (a gente da cidade são os que parecem mais civilizados a ela). Gabarito: B. 20. (FCC/TRT-9ª Região) Indique a opção INCORRETA: (A) Receba Vossa Excelência os cumprimentos de seus subordinados. (B) Sua Excelência, o Ministro da Justiça, chegou acompanhado de outras autoridades. (C) Reiteremos nosso apreço a Vossa Senhoria e vossos subordinados. (D) Solicitamos a Sua Senhoria que encaminhasse suas sugestões por escrito. (E) Concordamos com Vossa Excelência e com seus subordinados. Comentário : Conforme vimos nas lições acerca dos pronomes de tratamento, toda a concordância deve ser feita com a 3ª pessoa (singular ou plural) : Vossa Excelência saiu com seus assessores. (correto) Vossa Majestade e seus súditos venceram a guerra. (correto)

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Sendo assim, a assertiva C estaria correta da seguinte maneira: Reiteremos nosso apreço a Vossa Senhoria e seus subordinados. Gabarito: C. 21. (FCC/TRT-2ª Região) Assinale a frase em que o p ronome possessivo foi usado INCORRETAMENTE: (A) Vossa Senhoria trouxe seu discurso e os documentos indeferidos? (B) Vossa Reverendíssima queira desculpar-me se interrompo vosso trabalho. (C) Voltando ao Vaticano, Sua Santidade falará a fiéis de várias nacionalidades. (D) Informamos que Vossa Excelência e seus auxiliares conseguiram muitas adesões. (E) Sua Excelência, o Sr. Ministro da Justiça, considerou a medida inconstitucional. Comentário : Conforme vimos nas lições acerca dos pronomes de tratamento, toda a concordância deve ser feita com a 3ª pessoa (singular ou plural) : Vossa Excelência saiu com seus assessores. (correto) Vossa Majestade e seus súditos venceram a guerra. (correto) Sendo assim, a assertiva B estaria correta da seguinte maneira: Vossa Reverendíssima queira desculpar-me se interrompo seu trabalho. Gabarito: B. 22. (FCC-2011/NOSSA CAIXA) Em 11 de setembro ocorre u a tragédia que marcou o início deste século, e o mundo acompanhou essa trag édia pela TV. A princípio, ninguém atribuiu a essa tragédia a dimensão que ela acabou ganhando, muitos chegaram a tomar essa tragédia como um grave acidente aéreo. Evitam-se as viciosas repetições da frase acima sub stituindo-se os elementos sublinhados, na ordem dada, por: (A) acompanhou-a - a atribuiu - lhe tomar (B) acompanhou-a - lhe atribuiu - tomá-la (C) lhe acompanhou - lhe atribuiu - tomar-lhe (D) acompanhou-a - a atribuiu - tomá-la (E) lhe acompanhou - atribuiu-lhe - a tomar Comentário : No primeiro segmento sublinhado (acompanhou essa tragédia), a colocação do pronome átono “a” deve ser enclítica (após o verbo), já que essa é a regra geral de colocação dos pronomes átonos e, também, por não haver, no contexto, elementos que exijam a colocação proclítica (antes do verbo). Antes do segundo segmento destacado (atribuiu a essa tragédia), temos o pronome indefinido “ninguém”, que implica a colocação do pronome antes do verbo “atribuir”. Como essa forma verbal é transitiva direta e indireta, o objeto indireto “a essa tragédia” será substituído pelo pronome oblíquo “lhe”. Por fim, no terceiro segmento destacado (tomar essa tragédia), temos uma forma verbal terminada em –R: “tomar”. Por essa razão, devemos retirar essa terminação, transformando o pronome oblíquo “a” na forma pronominal “la”. Fazendo as devidas substituições, o período do enunciado ficará da seguinte forma:

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Em 11 de setembro ocorreu a tragédia que marcou o início deste século, e o mundo acompanhou-a pela TV. A princípio, ninguém lhe atribuiu a dimensão que ela acabou ganhando, muitos chegaram a tomá-la como um grave acidente aéreo. Gabarito: B. 23. (FCC-2011/TRT-4ª Região- Adaptada )

No primeiro parágrafo do texto, Esta (linha 1) e a (linha 2) são pronomes que se antecipam ao elemento a que cada um deles se refere. Comentário : Conforme vimos, os pronomes desempenham importante papel de elementos coesivos (coesão textual). No contexto, “Esta” é um pronome de referência catafórica, ou

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seja, situa o que ainda será expresso: “uma história”. Entretanto, a forma pronominal oblíqua “a” é anafórica, porque retoma a expressão “uma história”, a qual já havia sido citada na superfície textual. Gabarito: Errado. 24. (FCC-2011/TRT-23ª Região) Muitos se dizem a fav or da pena de morte, mas mesmo os que mais ardorosamente defendem a pena de morte não são capazes de atribuir à pena de morte o efeito de reparação do ato do criminoso que supo stamente mereceria a pena de morte . Evitam-se as viciosas repetições da frase acima sub stituindo-se os elementos sublinhados, respectivamente, por: (A) a defendem - lhe atribuir - a mereceria. (B) a defendem - atribui-la - lhe mereceria. (C) defendem-na - atribui-la - merecer-lhe-ia. (D) lhe defendem - lhe atribuir - mereceriam-na. (E) defendem-lhe - atribuir-lhe - a mereceria. Comentário : No primeiro segmento destacado (defendem a pena de morte), a colocação pronominal deve ser proclítica (antes do verbo), já que temos o pronome relativo “que”: “(...) mesmo os que mais ardorosamente defendem a pena de morte (...)”. Por sua vez, a segunda expressão em destaque (atribuir à pena de morte) contém uma forma verbal transitiva direta e indireta. Sendo assim, a expressão “à pena de morte” pode ser substituída pelo pronome oblíquo “lhe”, o qual deve ser anteposto ao verbo “atribuir”, haja vista a presença do advérbio “não”. Com relação o terceiro segmento destacado (mereceria a pena de morte), a colocação do pronome oblíquo átona “a” deve ser proclítica à forma verbal “mereceria”, pois temos a presença do pronome relativo “que”. Fazendo as devidas substituições, o período do enunciado ficará da seguinte forma: Muitos se dizem a favor da pena de morte, mas mesmo os que mais ardorosamente a defendem não são capazes de lhe atribuir o efeito de reparação do ato do criminoso que supostamente a mereceria . Gabarito: A. 25. (FCC-2012/TCE-SP-Adaptada ) A próxima questão refere-se ao texto abaixo. Não sei se V. Exa. Revma. é como eu. Eu gosto de contemplar o passado, de viver a vida que foi, de pensar nos homens que antes de nós, ou honraram a cadeira que V. Exa. Revma. ocupa, ou espreitaram, como eu, as vidas alheias. Outras vezes estendo o olhar pelo futuro adiante, e vejo o que há de ser esta boa cidade de S. Sebastião, um século mais tarde, quando o bonde for um veículo tão desacreditado como a gôndola, e o atual chapéu masculino uma simples reminiscência histórica. Podia contar-lhe em duas ou três colunas o que vejo no futuro e o que revejo no passado; mas, além de que não quisera tomar o precioso tempo de V. Exa. Reverendíssima, tenho pressa de chegar ao ponto principal desta carta, com que abro a minha crônica. E vou já a ele. (Machado de Assis. História de quinze dias : crônicas. 1877, 1 de janeiro. IN Obra completa , v. III, Rio de Janeiro: José Aguilar, 1962. p. 352-353)

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Acerca das formas de tratamento, julgue a afirmativ a a seguir. I. O pronome de tratamento, empregado em conformidade com o padrão culto escrito, evidencia que a carta com que se inicia a crônica é endereçada ao papa. Comentário: A forma de tratamento V. Exa. Revma. é empregada na hierarquia eclesiástica, sendo endereçada a arcebispos e bispos. Caso a carta fosse destinada ao papa, o tratamento correto seria Vossa Santidade. Gabarito: Errado. 26. (FCC-2012/TRE-SP) A substituição do elemento gr ifado pelo pronome correspondente, com os necessários ajustes no segme nto, foi realizada de modo INCORRETO em: (A) único veículo que mandava repórteres - único veículo que os mandava (B) Impunha logo respeito - Impunha-o logo (C) fazia questão de anunciar minha presença - fazia questão de anunciá-la (D) um telefone para passar a matéria - um telefone para passar-lhe (E) sugerir caminhos para as etapas seguintes - sugeri-los Comentário: O único erro encontra-se na assertiva D. O verbo “passar” termina em “-r” e, no contexto, assume transitividade direta. Portanto, a forma que substitui adequadamente a expressão “a matéria” é “la”: fazia questão de anunciá-la. Gabarito: D.

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QUESTÕES COMENTADAS NA AULA 1. (FCC-2009/SEFAZ-SP-Adaptada ) Para responder à próxima questão, considere o fragmento abaixo. (...) Segundo todos os testemunhos, o tesouro real asteca era magnífico e ao ser reunido diante dos espanhóis formou três grandes pilhas de ouro compostas, em grande parte, de utensílios requintados, que sugeriam sofisticadas cerimônias sociais: (...). Com base no fragmento acima, é correto afirmar que houve deslize com relação ao padrão culto escrito – os testemunhos –, pois “testemunha” é palavra usada somente no feminino. 2. (FCC-2012/TCE-SP-Adaptada ) Por isso, se há algo que determina o que há de mais importante na tradição ocidental é exatamente a ideia de que não temos clareza a respeito do que nossos valores significam. Pois o que nos leva a criticar aspectos fundamentais de nossa sociedade não é um déficit a propósito da realização de valores, mas um sentimento que Freud bem definiu como mal-estar, ou seja, um sofrimento indefinido que nos lembra a fragilidade de toda normatividade social extremamente prescritiva.

É correto afirmar que, Se Freud tivesse se referido a mais de um sentimento, o padrão culto escrito exigiria, no plural, a forma " os mal-estar". 3. (FCC-2011/TRE-AP-Adaptada) Acerca da flexão nomi nal, julgue as afirmativas a seguir. I. Em “Ele é um dos mais antigos tabeliões deste cartório.”, a palavra destacada está grafada incorretamente. II. Em “Os funcionários da manutenção já instalaram os corrimãos .”, a palavra destacada está flexionada corretamente. 4. (FCC-2011/TRE-AP) A palavra destacada que está e mpregada corretamente é: a) Diante de tantos abaixos-assinados, teve de acatar a solicitação. b) Considerando os incontestáveis contra-argumento, reconheceu a falha do projeto. c) Ele é um dos mais antigos tabeliões deste cartório. d) Os guardas-costas do artista foram agressivos com os jornalistas. e) Os funcionários da manutenção já instalaram os corrimãos.

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5. (FCC-2010/TRE-RS-Adaptada ) Considerada a flexão, a frase que está em total concordância com o padrão culto escrito é: a) Os tabeliões reúnem-se sempre às quinta-feiras. b) Nos últimos botas-foras, houve grande confusão, pois a agência de turismo não reteu os que não possuíam ingresso. c) Na delegacia, não tinha ainda reavido os documentos que perdera, quando entrou o rapaz considerado a testemunha mais importante de famoso crime. d) Se não se conterem roubos de obras-primas, gerações futuras serão privadas de grandes realizações do espírito humano. 6. (FCC-2010/Casa Civil-SP) A frase em que a flexão verbal e a nominal estão em total concordância com o padrão culto escrito é: a) Sei que ele remoe a ideia de que sua cônjuge possa ter dificuldades durante sua ausência, por isso ele proviu a família do necessário antes de viajar. b) Se ele não se comprouvesse, seria diferente, mas, como soe acontecer, ele imediatamente se prontificou a organizar a exéquia do soldado morto em ação. c) Isto constitue verdade inconteste: ele sempre obstrói as negociações, mesmo quando se desenvolvem apoiadas em legítimos abaixo-assinados. d) Peça-lhe que remedie a falta de conforto que gerou ao distribuir indiscriminadamente os salvo-condutos disponíveis, e, se ele não se dispor a fazê-lo, avise-nos. e) Se ele antevir os problemas que possam decorrer de sua ousadia, ou se reouver o juízo, certamente não será uma vítima do próprio atrevimento. 7. (FCC-2006/SEFAZ-SP) A frase que respeita o padrã o culto no que se refere à flexão é: (A) No caso de proporem um diálogo sem pseudodilemas teóricos, o professor visitante diz que medeia as sessões ; (B) Chegam a constituir-se como clãs os grupos que defendem opiniões divergentes, como as que interviram no último debate público . (C) Ele era o mais importante testemunha do acalorado embate entre opiniões contrárias, de que adviram os textos de difusão que produziu ; (D) Em troca-trocas acalorados de ideias, poucos se atêem às questões mais relevantes da temática ; (E) Quando aquele grupo de pesquisadores reaver a credibilidade comprometida nos últimos revés, certame apresentará com mais tranquilidade sua contribuição. 8. (FCC-2006/TRT-24ª Região) A forma correta de plu ral dos substantivos compostos mico-leão-dourado e ararinha-azul é: a) micos-leão-dourados e ararinhas-azul. b) micos-leão-dourado e ararinha-azuis. c) mico-leões-dourados e ararinha-azuis. d) mico-leão-dourados e ararinhas-azul. e) micos-leões-dourados e ararinhas-azuis.

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9. (FCC-2009-SEFAZ-SP-Adaptada ) Esgotado por sucessivas batalhas, convencido da inutilidade de seguir lutando e tendo decidido ser preferível capitular a perder não só a liberdade como a vida, no verão de 1520 o rei Montezuma, prisioneiro de espanhóis concordou em en tregar a Hernán Cortés o vasto tesouro que seu pai, Axayáctl, reunira com tanto esforço, e em jurar lealdade ao rei da Espanha, aquele monarca distante e invisível cujo poder Cortés representava. Sobre o fragmento acima, analise a afirmativa a seg uir. É correto afirmar que em perder não só a liberdade , o elemento destacado tem o mesmo valor e função dos notados na frase “Estava só, mas bastante tranquilo”. 10. (FCC-2011/Banco do Brasil)

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Arte para o futebol jamais é adjetivo ; é a sua essência. (início do 2º parágrafo) Considerando-se as classes de palavras, a afirmativ a correta em relação ao segmento grifado na frase acima é: (A) A palavra Arte deve apenas qualificar o futebol, conferindo maior visibilidade a seu significado atual, aceito no mundo todo. (B) É possível perceber desconhecimento da norma padrão da língua no que se refere às funções de um adjetivo e às de um substantivo. (C) Há emprego indevido de um adjetivo em relação ao futebol, porque não deve haver comparação entre esporte e criação artística. (D) A palavra Arte, substantivo, não pode ser aplicada como adjetivo, especialmente a uma modalidade esportiva que se espalha por todo o mundo. (E) Não se trata simplesmente de atribuir uma qualidade para o futebol brasileiro, mas sim reconhecer o valor de sua própria natureza. 11. (FCC-2011/TRF-1ª Região) Atenção: As composições a seguir estão entre as “anotações” de Carlos Drummond de Andrade. Considera-as para responder à próxima questão.

Contribuem para que as “anotações” de Carlos Drummond enunciem observação de valor geral o emprego: (A) do presente do indicativo e dos artigos “o” e “a”. (B) dos artigos “o” e “a” e do plural, em adjetivos. (C) do plural, em adjetivos, e do mesmo título para duas distintas composições. (D) do mesmo título para duas distintas composições e da formulação breve - duas pequenas linhas em cada composição. (E) da formulação breve - duas pequenas linhas em cada composição - e do plural, em adjetivos.

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12. (FCC-2010/MPE-RS) O surgimento dos Andes influenciou de forma decisiva a imensa biodiversidade na Amazônia. A explosão ocorreu há cerca de 10 milhões de anos, quando a alteração do relevo e do curso dos rios provocou o surgimento de habitats sem comunicação entre si. A datação contraria teorias de que a riqueza das espécies teria começado há "apenas" 2 milhões de anos. Essas conclusões aparecem em um estudo recentemente divulgado, trabalho que contou com a participação de quatro autores brasileiros. Há cerca de 23 milhões de anos a cordilheira dos Andes, que estava confinada ao centro e ao sul do continente, começou a emergir no norte da América do Sul. O evento geológico provocou mudanças significativas na paisagem. "As formações montanhosas e a mudança no curso dos rios produziram um mosaico de habitats onde animais e plantas permaneceram isolados", explica Francisco Negri, da Universidade Federal do Acre. "Com o tempo, eles evoluíram e produziram diferentes espécies." O geólogo Jorge Figueiredo, da Petrobras, que trabalha com prospecção de petróleo, afirma que dados da empresa foram cruciais para os resultados do trabalho. Ao estudar os dados coletados na região, percebeu que ofereciam informações valiosas sobre a origem do rio Amazonas, essencial para a biodiversidade local.

(Alexandre Gonçalves. O Estado de S. Paulo, Vida A33, 12 de novembro de 2010, com adaptações)

... afirma que dados da empresa foram cruciais para os resultados do trabalho. (último parágrafo) O único adjetivo que NÃO apresenta semelhança de sentido com o de cruciais, entre aqueles que também aparecem no texto, considerada a forma de masculino singular, é:

(A) significativo. (B) valioso. (C) essencial. (D) isolado. (E) decisivo. 13. (FCC-2007/MPU-Adaptada ) Julgue a afirmação acerca do trecho abaixo.

“Não há exemplo melhor deste tipo de superstição que o estatuto da noção de raça no nazismo.”

É correto afirmar que o emprego de melhor , em “Não há exemplo melhor ”, está em conformidade com as normas gramaticais, assim como o do segmento assinalado em "Foram os exemplos mais bem escolhidos ". 14. (FCC-2007/MPU-Adaptada ) Julgue a afirmação acerca do trecho abaixo.

(Na verdade, também eles tinham modelos estrangeiros: Rathenau e Henry Ford.) Isso não funcionou. Nos anos 20 e 30, o modelo entrou em colapso, em termos políticos e econômicos. A Grande Depressão acabou destruindo a democracia multinacional até mesmo na Tchecoslováquia.

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Observado o fragmento acima, é correto afirmar que a expressão até mesmo assinala que, no processo de defesa da ideia, o elemento citado constitui-se como o argumento mais forte. 15. (FCC/TRT-11ª Região- Adaptada ) Julgue a assertiva a seguir. A frase abaixo NÃO apresenta ambiguidade.

Gostaria que você consultasse sua mãe, antes de ceder sua chácara por ocasião da nossa formatura. 16. (FCC/TJ-AP) Está correto o emprego de ambos os elementos sublinhados na frase: (A) Otário é você, que confia de que Obama faça um governo competente, de cujo não há ainda qualquer indício. (B) Prefira-se morar em Beverly Hills do que morar em Darfur; a esta região falta tudo o que aquela não falta. (C) Esses doutores, de cujo pessimismo todos conhecem, estão sempre aplicados com a difusão fascinada dos horrores. (D) É como se a barbárie e a crueldade, às quais esses doutores assistem com indiferença, fossem fenômenos cujo horror devesse ser naturalizado. (E) O autor está convicto que tais doutores representam um radical pessimismo, de cujo parecer orgulhar-se de ostentar. 17. (FCC-2009/TRT-3ª Região) “É forçoso contatar os índios com delicadeza, para poupar os índios de um contato talvez mais brutal, em que explorado res submetessem os índios a toda ordem de humilhação, tornando os índios vítimas da supremacia das armas do branco”. Evitam-se as viciosas repetições do trecho acima su bstituindo-se os segmentos sublinhados, na ordem dada, por: (A) poupá-los - os submetessem - tornando-os (B) poupá-los - lhes submetessem - os tornando (C) poupar-lhes - os submetessem - tornando-lhes (D) os poupar - submetessem-nos - lhes tornando (E) poupar a eles - os submetessem - tornando-lhes 18. (FCC-2009/PGE-RJ-Adaptada ) “Crônicas? Muita gente está habituada a ler crônicas , mas nem todos concedem às crônicas um valor equivalente ao de outros gêneros; alegam faltar às crônicas a altitude de um romance, e deixam de reconhecer as crônicas como vias de acesso imediato à poesia do dia a dia”. Evitam-se as viciosas repetições do texto acima sub stituindo-se os segmentos sublinhados, na ordem dada, por: (A) as ler − concedem-lhes − lhes faltar − reconhecer-lhes (B) as ler − lhes concedem − faltar-lhes − lhes reconhecer (C) lê-las − lhes concedem − faltar-lhes – reconhecê-las (D) ler a elas − as concedem − lhes faltar − reconhecê-las (E) lê-las − concedem-nas − faltar a elas − as reconhecer

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19. (FCC-2009/TRT-16ª Região) Está correto o empreg o de ambos os elementos sublinhados em: (A) Enfraquecida, a cultura caipira cujos valores tanta gente se encantou, cede lugar às modas citadinas, de que quase todos tomam como parâmetro. (B) A moda sempre existiu, sempre haverá quem a adote, assim como sempre haverá quem não lhe poupe o aspecto de superficialidade. (C) A moda, cujos os valores são sempre efêmeros, define as maneiras de vestir e pensar de que se comprazem os citadinos. (D) Vive-se num tempo onde as mudanças são tão rápidas que fica difícil acompanhar-lhes em sua velocidade. (E) Os modos de ser com que se apropria a gente da cidade são os que lhes parecem mais civilizados. 20. (FCC/TRT-9ª Região) Indique a opção INCORRETA: (A) Receba Vossa Excelência os cumprimentos de seus subordinados. (B) Sua Excelência, o Ministro da Justiça, chegou acompanhado de outras autoridades. (C) Reiteremos nosso apreço a Vossa Senhoria e vossos subordinados. (D) Solicitamos a Sua Senhoria que encaminhasse suas sugestões por escrito. (E) Concordamos com Vossa Excelência e com seus subordinados. 21. (FCC/TRT-2ª Região) Assinale a frase em que o p ronome possessivo foi usado INCORRETAMENTE: (A) Vossa Senhoria trouxe seu discurso e os documentos indeferidos? (B) Vossa Reverendíssima queira desculpar-me se interrompo vosso trabalho. (C) Voltando ao Vaticano, Sua Santidade falará a fiéis de várias nacionalidades. (D) Informamos que Vossa Excelência e seus auxiliares conseguiram muitas adesões. (E) Sua Excelência, o Sr. Ministro da Justiça, considerou a medida inconstitucional. 22. (FCC-2011/NOSSA CAIXA) Em 11 de setembro ocorre u a tragédia que marcou o início deste século, e o mundo acompanhou essa tragédia pela TV. A princípio, ninguém atribuiu a essa tragédia a dimensão que ela acabou ganhando, muitos chegaram a tomar essa tragédia como um grave acidente aéreo. Evitam-se as viciosas repetições da frase acima sub stituindo-se os elementos sublinhados, na ordem dada, por: (A) acompanhou-a - a atribuiu - lhe tomar (B) acompanhou-a - lhe atribuiu - tomá-la (C) lhe acompanhou - lhe atribuiu - tomar-lhe (D) acompanhou-a - a atribuiu - tomá-la (E) lhe acompanhou - atribuiu-lhe - a tomar

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23. (FCC-2011/TRT-4ª Região- Adaptada )

No primeiro parágrafo do texto, Esta (linha 1) e a (linha 2) são pronomes que se antecipam ao elemento a que cada um deles se refere.

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24. (FCC-2011/TRT-23ª Região) Muitos se dizem a fav or da pena de morte, mas mesmo os que mais ardorosamente defendem a pena de morte não são capazes de atribuir à pena de morte o efeito de reparação do ato do criminoso que supostamente mereceria a pena de morte . Evitam-se as viciosas repetições da frase acima sub stituindo-se os elementos sublinhados, respectivamente, por: (A) a defendem - lhe atribuir - a mereceria. (B) a defendem - atribui-la - lhe mereceria. (C) defendem-na - atribui-la - merecer-lhe-ia. (D) lhe defendem - lhe atribuir - mereceriam-na. (E) defendem-lhe - atribuir-lhe - a mereceria. 25. (FCC-2012/TCE-SP) A próxima questão refere-se a o texto abaixo. Não sei se V. Exa. Revma. é como eu. Eu gosto de contemplar o passado, de viver a vida que foi, de pensar nos homens que antes de nós, ou honraram a cadeira que V. Exa. Revma. ocupa, ou espreitaram, como eu, as vidas alheias. Outras vezes estendo o olhar pelo futuro adiante, e vejo o que há de ser esta boa cidade de S. Sebastião, um século mais tarde, quando o bonde for um veículo tão desacreditado como a gôndola, e o atual chapéu masculino uma simples reminiscência histórica. Podia contar-lhe em duas ou três colunas o que vejo no futuro e o que revejo no passado; mas, além de que não quisera tomar o precioso tempo de V. Exa. Reverendíssima, tenho pressa de chegar ao ponto principal desta carta, com que abro a minha crônica. E vou já a ele. (Machado de Assis. História de quinze dias : crônicas. 1877, 1 de janeiro. IN Obra completa , v. III, Rio de Janeiro: José Aguilar, 1962. p. 352-353) Acerca das formas de tratamento, julgue a afirmativ a a seguir. I. O pronome de tratamento, empregado em conformidade com o padrão culto escrito, evidencia que a carta com que se inicia a crônica é endereçada ao papa. 26. (FCC-2012/TRE-SP) A substituição do elemento gr ifado pelo pronome correspondente, com os necessários ajustes no segme nto, foi realizada de modo INCORRETO em: (A) único veículo que mandava repórteres - único veículo que os mandava (B) Impunha logo respeito - Impunha-o logo (C) fazia questão de anunciar minha presença - fazia questão de anunciá-la (D) um telefone para passar a matéria - um telefone para passar-lhe (E) sugerir caminhos para as etapas seguintes - sugeri-los

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Gabarito

1. Errada 14. Certo 2. Errada 15. Errado 3. Correta 16. D 4. E 17. A 5. C 18. C 6. E 19. B 7. A 20. C 8. E 21. B 9. Errada 22. B 10. E 23. Errado 11. A 24. A 12. D 25. Errado 13. Certo 26. D

Ótimos estudos e rumo à APROVAÇÃO ! Até o próximo encontro! Prof. Fabiano Sales ([email protected])