Aula 01 Curso Os Segredos Do Enem 2013

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    AULA 01A TCNICA DO CHUTE

    Tcnica Arte ou Cincia.

    Chutar decidir com informaes e/ou conhecimento incompletos.

    A grande maioria das nossas decises no chute, pois a certeza absoluta

    incompatvel com a natureza das coisas.

    Veja o conselho do William Douglas:Em todas as reas onde se lida com o comportamento humano e em

    todas as cincias no exatas, a tendncia natur al a de que sempreexi stam excees e ressalvas. Como diz o ditado, toda regra temexceo. Isso, no Direito, por exemplo, constantemente correto

    afirmar-se. Ora, sendo assim as coisas, quando voc estiver em dvida,

    deve el iminar as alternati vas que no abram espaos para excees,com palavras como nunca, sempre, sem excees, jamais,etc. A probabil idade de acerto ser maior se marcarmos as questes

    mai s abertas, que admi tam uma ou outra exceo ou ressalva.

    Para aumentar o grau de discriminao e tentar escapar da Tcnica do Chute, noENEM, o INEP sonega informaes, aumentando a incerteza e a confuso.

    Assim, os itens falsos se tornam parcialmente verdadeiros e os corretosparcialmente falsos.

    Veja os critrios adotados para elaborar questes: no contm certas palavras que induzem a afirmaes falsas ou

    verdadeiras. Frases onde aparecem sempre ou nunca, tudo ou

    todo, s ou somente so, em sua grande maioria, falsas. As quecontm algunsou geralmenteso quase sempre verdadeiras;

    Ns, das CinciasExatas, estamos acostumados alidar com a falibilidade dosconceitos. A Teoria daRelatividade de Einstein, o

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    Princpio da Incerteza deHeisenberg e a Teoria do Caos,nos mostraram o quo inexatasso as cincias, at mesmo aschamadas Cincias Exatas.

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    A Tcnica do Chute tradicional para quando o candidato no sabe a resposta emarca qualquer uma das opes para ver se acerta nasorte.

    Nossa Tcnica do Chute inova ao estudar as nuances com as quais o INEPcompe o ENEM, suas Situaes-Problema, suas questes, seus itens e seusdistratores.

    Inova, tambm, ao propor o uso concomitante do conhecimento adquirido nasescolas com a Tcnica do Chute, na anlise de cada um dos 900 itens do ENEM.

    Tal qual num cubomgico ou num quebra

    cabea, ao final, todas as

    peas se encaixam.

    BASTA ESTUDAR?

    Nas escolas nos ensinam que basta um bom estudo para obtermos sucesso nosvestibulares. Mas no bem assim.

    Estudar, dedicada e inteligentemente, imprescindvel, mas no o bastante.

    Para obter as melhores classificaes necessrio ir alm. Compreenderdetalhadamente o processo de avaliao. Alm disso, fazer bom uso da Hermenutica e dasTcnicas de Chute.

    Esta a trilha das prximas pginas. Estudar, minuciosamente, como o INEPformula o ENEM, elabora questes e falseia os itens no s tarefa estimulante, altamente compensadora.

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    3POLITICAMENTE CORRETO

    Imagine um ministro dizer:Eu no tenho escrpulos. O que bom a gente fatura; o que ruim, esconde.

    Pode parecer brincadeira, mas disse. O pior: foi a mais bela verdade que ouvide um homem pblico.

    Quem fala a verdade no merece castigo? Bom seria se no merecesse.Diante de uma verdade politicamente incorreta o Ministro Rubens Ricupero foidemitido no chamado Escndalo da Parablica.

    Mas, o que politicamente correto?

    Quem decide o que politicamente correto?

    No nosso caso, ficar bem mais claro o que politicamente correto, para oINEP, se estudarmos seus objetivos.

    Alm de avaliar e classificar os alunos brasileiros o INEP tem outros objetivos:1) reestruturar a grade curricular do Ensino Mdio, tornando-a menos extensa;2) mudar de ensino informativo, enciclopdico (da decoreba) para ensino analtico

    e capacitador;3) incutir, nos jovens, valores que julga fundamentais.

    Os textos, os enunciados e os itens formam um conjunto. Analisados, revelam ovis ideolgico do INEP.

    3.1 VIS IDEOLGICO

    O VIS IDEOLGICO do INEP altamente favorvel ao MEIOAMBIENTE, aos cuidados remendados nossa SADE e revela grande preocupaoos DIREITOS HUMANOS, notadamente com a JUSTIA SOCIAL.

    A Educao um meio para se atingir os trs objetivos assim, da ela est portraz de todas as questes e aparece explicitamente nos temas de redao do ENEM:ANO TEMA VIS1998 Viver e Aprender EDUCAO1999 Cidadania e participao social. DIREITOS HUMANOS

    2000 Direitos da criana e do adolescente: comoenfrentar esse desafio nacional?

    DIREITOS HUMANOS

    2001 Desenvolvimento e preservao ambiental:como conciliar os interesses em conflito?

    MEIO AMBIENTE

    2002 O direito de votar: como fazer dessaconquista um meio para promover astransformaes sociais de que o Brasilnecessita?

    DIREITOS HUMANOS

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    2003 A violncia na sociedade brasileira: comomudar as regras desse jogo?

    DIREITOS HUMANOS

    2004 Como garantir a liberdade de informao eevitar abusos nos meios de comunicao?

    DIREITOS HUMANOS

    2005 O trabalho infantil na realidade brasileira. DIREITOS HUMANOS2006 O poder de transformao da leitura. EDUCAO2007 O desafio de se conviver com a diferena DIREITOS HUMANOS2008 A Mquina de Chuva da Amaznia MEIO AMBIENTE

    3.1.1MEIO AMBIENTE

    No ENEM, a proteo ao MEIO AMBIENTE se mostra pela manuteno dasFlorestas, dos Animais e da gua. O ponto culminante para se atingir estes objetivos a diminuio do consumo, especialmente o dos combustveis fsseis. Assim,exercemos menor presso sobre os RECURSOS NATURAIS e geramos menos LIXO.

    Na questo a seguir, podemos observar grande preocupao com o consumo decombustveis fsseis e o conseqente Efeito Estufa. Notamos tambm que apreocupao em evitar determinadas palavras que facilitariam a TCNICA DO

    CHUTE acaba por tornar a questo dbia e mal formulada.

    Questo 33 do ENEM 1999:Se, por economia, abaixarmos o fogo sob uma panela de presso logo que se inicia asada de vapor pela vlvula, de forma simplesmente a manter a fervura, o tempo decozimento

    CB PR(A) -0,09 3% ser maior porque a panela esfria.(B) -0,31 12% ser menor, pois diminui a perda de gua.(C) 0,06 40% ser maior, pois a presso diminui.(D) -0,12 17% ser maior, pois a evaporao diminui.

    (E) 0,23 28% no ser al terado, pois a temperatu ra no var ia.CB = COEFICIENTE BISSERIALPR = PORCENTAGEM DE RESPOSTA (percentual de alunos que marcaram o item)Fonte: INEP.ITEM EM VERMELHO = ITEM CORRETO.

    COEFICIENTE BISSERIAL

    Veja a definio de coeficiente bisserial dado pelo INEP:Esse coeficiente relacionado ao coeficiente de correlao de Pearson entre avarivel 0-1 e a medida de rendimento do aluno (por exemplo, a nota global).

    Esse coeficiente calculado para cada uma das alternativas do item e dizemosque um item tem bom desempenho quando esse coeficiente tem valor altopositivo associado alternativa correta e valores negativos associados aosdistratores. Quando h algum valor positivo associado a um distrator, issosignifica que a alternativa atraiu alunos com bom desempenho no teste.

    A importncia dada ao coeficiente bisserial tamanha que so vetadas asquestes onde o item correto apresentar coeficiente inferior a 30:

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    6. Para cada uma das habilidades so elaboradas trs questes e aps anlisedos resultados do pr-teste, so selecionadas aquelas que apresentampertinncia mais direta com a habilidade, originalidade e coeficiente bisserialmaior de 30;Fonte: INEP.

    ANLISE DOS ITENS:

    1) o DISTRATOR (A) foi mal elaborado pois no conseguiu atrair os alunos ruins;2) o DISTRATOR (B) cumpriu sua funo, pois atraiu grande parte dos alunos depior desempenho (CB = -0,31);

    3) o DISTRATOR (C) foi de extrema infelicidade, alm de atrair 40% dos alunos(bem mais do que 28% do item tomado por correto) atraiu alunos de bomdesempenho, fato denunciado pelo coeficiente bisserial positivo (CB = 0,06);

    4) o DISTRATOR (D) foi bom (CB=-0,12);5) o item (E), tomado por correto pelo INEP, foi ruim, pois no atendeu ao critrio

    mnimo de CB = 30 (foi de apenas 0,23).

    Para que o item correto fosse o (E), sua redao deveria ser:

    Praticamente no ser alterado, pois a temperatura pouco varia.

    O problema que neste caso as palavras PRATICAMENTE e POUCO seriaminclusivas e denunciariam a veracidade do item, deixando de atender outrarecomendao do INEP: no contm certas palavras que induzem a afirmaes falsas ou

    verdadeiras. Frases onde aparecem sempre ou nunca, tudo outodo, s ou somente so, em sua grande maioria, falsas. As quecontm algunsou geralmenteso quase sempre verdadeiras;

    nesta sinuca de bico que fica o examinador. Se correr o bicho pega, se ficar, o

    bicho come.

    ANLISE DA QUESTO

    Diz o INEP que a questo foi difcil, mas na verdade ela foi mesmo malelaborada.

    Proporo de acerto do grupo superior = 0,39Proporo de acerto do grupo inferior = 0,21Grau de discriminao = 0,39 - 0,21 = 0,18Fonte: INEP.

    O grau de discriminao foi baixssimo, pois o percentual de alunos do gruposuperior que acertou a questo foi de apenas 39%.

    GRAU DE DISCRIMINAOo grau de discriminao definido como sendo a diferena entre asporcentagens de acerto dos grupos superior e inferior. Usualmente, o grupo

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    superior formado pelos 27% dos examinados que tiveram os melhores escorestotais e o grupo inferior pelos 27% dos examinados que tiveram os pioresescores totais.Fonte: INEP.

    Veja o que o INEP pensa a respeito da questo 33 do ENEM 1999:A resposta a esta situao-problema exigia que os alunos demonstrassem oconhecimento da manuteno da temperatura numa mudana de estado presso

    constante, ou seja, que percebessem que a temperatura do lquido mantm-se amesma, no se alterando pelo tempo de cozimento.Fonte: INEP.

    A Bblia do ENEM vai pelo mesmo caminho:B - "Uma vez que se inicia a sada de vapor pela vlvula, j temos a mudana defase ocorrendo. Para substncias puras, a temperatura permanece constantedurante a mudana de fase. Se abaixarmos o fogo, a temperatura da gua noser alterada desde que se mantenham constantes a fervura e a presso do vaporno interior da panela. Resposta: Letra E"(Fonte: A Bblia do ENEM)

    Por ser Engenheiro Civil, posso lhes explicar o que ocorreu, pois estudei namatria de INSTALAES HIDRUDICAS o que faz um fluido se movimentardentro de um duto. Vejam o desenho:

    Para levantar a vlvula com pinoprecisamos que a presso dentro da panela

    seja cerca do dobro da presso atmosfrica.

    Depois, precisamos de uma presso adicional, que ser proporcional quantidade de vapor que passa pelo orifcio.

    Portanto, ao abaixarmos o fogo a quantidade de vapor que passar pela vlvulacompinoser menor, e corretos estavam os candidatos que marcaram:(C) 0,06 40% ser maior, pois a presso diminui.

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    Assim, o vis ideolgico e os critrios passaram por cima do itemverdadeiro, punindo 40% dos candidatos.

    E acabou por premiar os alunos maliciosos, que foram no itempoliticamente correto, que nos induzia a acreditar que possvel economizar

    gs, sem aumentar o tempo de cozimento:(E ) 0,23 28% no ser al terado, pois a temperatu ra no var ia.

    Portanto, a verdade no absoluta no ENEM.

    Assim os alunos bons marcam o item que julgam que osexaminadores escolhero por correto. Os examinadores, pelo coeficiente bisserial,tomam por correto justamente o item que os bons alunos marcaram comocorretos. Esta a tal REFLEXIVIDADE.

    REFLEXIVIDADE

    A REFLEXIVIDADE pode ser facilmente compreendida pelo exemploabaixo:Imagine um concurso de MISS, com vinte jurados. Cada um votar na mulhermais bonita e ganhar um milho de reais, caso seu voto seja dado para quemganhar o concurso.

    Como vocs j imaginaram, os votos sero dados levando-se em conta osgostos dos demais jurados. Ningum externar sua prpria avaliao, mas

    tentar adivinhar o voto dos outros 19 jurados. O resultado ser reflexivo.

    A reflexividade velha conhecida dos mercados financeiros:REFLEXIVIDADE

    H, entre nossa compreenso e os eventos, uma interao de mo dupla queintroduz em ambos um elemento de incerteza. Ela garante que no possamos

    basear nossas decises no conhecimento e que nossas aes estejam sujeitas ater conseqncias no planejadas. Os dois efeitos alimentam-se um ao outro.Este mecanismo de duplo feedback a reflexividade, pedra angular daestrutura conceitual de George Soros.