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Portugus p/ ICMS/RJ - 2015
Prof. Ludimila Lamounier,
AULA 00
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Lngua Portuguesa para concursos Curso Sefaz-RJ 2015
Teoria e questes comentadas Prof. Ludimila Lamounier Aula 00
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AULA 00 Aula Demonstrativa
Aspectos introdutrios da interpretao de textos. Tipos e gneros
textuais. Linguagem culta, linguagem popular e nveis de formalidade.
SUMRIO PGINA
Apresentao da professora 03
Informaes sobre o curso 04
1. Diviso das aulas 04
2. Metodologia utilizada 06
3. Acordo Ortogrfico da Lngua Portuguesa 06
4. Abordagem 06
5. Particularidades do nosso curso 07
6. A Banca Examinadora e o Edital 08
7. Suporte 08
1. Introduo 09
2. Tipos Textuais e Gneros Textuais 14
2.1. Narrao 15
2.2. Descrio 16
2.3. Dissertao-argumentativa 17
2.4. Dissertao-expositiva ou Exposio 19
2.5. Injuno ou Instruo 21
3. Linguagem Culta, Linguagem Popular, Nveis de Formalidade
22
3.1. Linguagem Popular ou Coloquial 23
3.2. Linguagem Culta ou Linguagem Padro 24
Questes propostas 26
Gabarito 34
Questes comentadas 34
Ol, concurseiros fiscais!
Sejam bem-vindos ao curso de Lngua Portuguesa para o concurso
SEFAZ-RJ/2015 (Auditor-Fiscal). O ltimo concurso foi realizado no ano passado, mas tudo indica que um novo certame seja aberto
ainda este ano. A Fundao Carlos Chagas (FCC) foi a banca examinadora escolhida na ltima seleo e provavelmente isso se
repetir nesta edio.
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Mas, fiquem tranquilos, este curso se baseia nos contedos de Lngua Portuguesa mais cobrados em concursos da rea. Dessa forma,
nossos estudos sero compostos de teoria e questes de importantes instituies como ESAF, CESPE, FGV e FCC. A inteno que o
aluno tenha um domnio geral e completo da disciplina e esteja preparado para prestar o concurso de Auditor-Fiscal da SEFAZ-
RJ/2015 e tantos outros.
Para que isso acontea, vocs tero que se dedicar, hein? Estudar a
teoria, resolver as questes e participar do nosso frum de dvidas.
Esses exerccios so o meio ideal para o candidato se familiarizar com as provas de concursos pblicos e a forma como cada assunto
explorado.
A Lngua Portuguesa um importante diferencial em qualquer
concurso tanto na prova objetiva quanto na discursiva. Em grande parte deles, a disciplina apresenta um nmero elevado de questes e,
muitas vezes, tem peso dois. As bancas tm formulado provas cada vez mais difceis e complicadas, e, assim, o candidato que domina a
matria tem mais chances de sucesso nos certames.
O aluno precisa dominar a sintaxe, a semntica, a ortografia, a
gramtica como um todo, alm da interpretao de textos. Somente bem afiados, vocs sero capazes de conseguir uma alta pontuao e
fazer a diferena entre seus concorrentes. fato: a nota de Lngua Portuguesa pode definir a colocao no concurso. Ela pode tanto
desclassificar excelentes candidatos, quanto colocar outros nas
primeiras posies.
Alm disso, qualquer pessoa s ganha em aprender corretamente o
prprio idioma, em saber se expressar, em saber falar, e em saber ler e interpretar o que realmente est escrito. Como bom adquirir
conhecimento, no mesmo? Ainda mais um que aplicado em tudo o que fazemos, durante todos os dias de nossa vida. Por isso, estudar
portugus nunca demais, vocs sempre aprendero coisas novas para colocar em prtica.
O objetivo deste curso transmitir o contedo que possivelmente constar no edital, por meio de uma linguagem
simples e objetiva. No se preocupem, caso aparea alguma particularidade a ser cobrada, ajustaremos a disciplina para
contemplar com preciso o que for necessrio.
O curso visa atingir tanto os candidatos de nvel mais bsico, que
esto comeando agora, como aqueles mais avanados, que precisam
revisar a disciplina de uma forma mais abrangente e coerente.
Pretendo, portanto, que todos melhorem seu desempenho na
disciplina, mesmo que alguns pontos da matria paream bsicos demais. H sempre algum detalhe para (re)aprender e memorizar,
no mesmo?
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Por isso, proponho a vocs aulas completas, com muita teoria e prtica, por meio da resoluo de vrias questes, para que todos os
alunos consigam um excelente desempenho no concurso escolhido.
Apresentao da professora
Antes de iniciar os comentrios sobre o funcionamento do nosso curso, gostaria de fazer uma apresentao pessoal.
Meu nome Ludimila Lamounier e sou Consultora Legislativa da Cmara dos Deputados (rea XIII Desenvolvimento Urbano, Trnsito e Transportes) desde janeiro de 2015, em concurso realizado pelo CESPE. Antes de tomar posse no meu atual cargo, trabalhei por
quase dois anos como Analista Legislativo/Tcnica Legislativa tambm
da Cmara dos Deputados. Antes disso, exerci por pouco mais de oito anos, no Ministrio Pblico Federal, o cargo de Analista em
Arquitetura/Perita. Este foi meu primeiro cargo no mundo do concurso pblico, no qual obtive a primeira colocao no certame promovido
pela ESAF em 2004. Mas, antes de conquist-lo, passei por vrias provas, com aprovao nos seguintes concursos:
Arquiteto - Emater 2004 (1 lugar);
Arquiteto - Infraero 2004;
Arquiteto - Correios/MG 2004;
Arquiteto - Cmara dos Deputados 2003;
Arquiteto - BNDES 2002;
Arquiteto - BR Distribuidora 2002;
Arquiteto - Prefeitura Municipal de Sete Lagoas/MG 2002.
Em 2012, apesar de adorar meu trabalho como perita, decidi sair do
Ministrio Pblico em busca de um salrio maior e de melhores
condies de plano de carreira. No incio daquele ano, prestei o concurso de Tcnico Legislativo/Processo Legislativo do Senado
Federal, realizado pela FGV, no qual obtive a 34 colocao. No mesmo ano, tambm participei do concurso para o cargo que hoje
ocupo.
Sobre a minha relao com a Lngua Portuguesa, tenho o costume de
dizer que ela vem desde sempre. Digo isso, porque, ainda nos antigos tempos de colgio, j era uma relao bastante ntima, pois a escola
onde estudei tratava o Portugus com uma importncia especial. Os alunos sempre eram direcionados para o constante contato com a
leitura e a escrita. esse aprendizado que trago comigo, uma base que me ajuda nos concursos, na minha vida pessoal e no trabalho.
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Antes de minha aprovao no MPF, fui professora particular de portugus para provas da ESAF e do CESPE, com aulas especficas
sobre questes. Atividade a que dei continuidade por mais trs anos depois de comear a trabalhar no MPF.
No MPF, a minha carreira como perita exigia muito conhecimento em nossa lngua, pois meu trabalho era a produo de laudos e
pareceres. A minha rotina era escrever e escrever, e, desse modo, o treino contnuo me habilitou ainda mais na atividade de redatora e me
trouxe mais conhecimento, tornando-me uma verdadeira amante das
letras.
Essa habilidade foi fundamental para que eu conseguisse notas altas
nas provas objetivas de Portugus e nas discursivas, diferencial para a minha aprovao nos dois concursos que prestei em 2012. No
concurso da Cmara dos Deputados, minha nota na prova discursiva foi 171,81 em um total de 175 pontos. Pontuao decisiva, com a
qual subi em torno de quatrocentas posies no resultado final.
Em 2014, iniciei meus estudos de ps-graduao em Portugus Reviso de Texto, e estou muito animada com a nova oportunidade.
Pessoal, este meu compromisso aqui no Concurseiro Fiscal: dedicar-
me a vocs. Quero disponibilizar o conhecimento e a experincia adquiridos para que meus alunos consigam superar as barreiras e
dificuldades do Portugus, tirar notas altas e conquistar o to almejado cargo.
Alm de buscar da melhor forma a disponibilizao de um material
adequado e de qualidade, estarei disposio e darei suporte a vocs nessa rdua e complicada fase de preparao. Podem contar comigo!
Sempre que precisarem, entrem em contato. E postem suas dvidas no frum das aulas, aproveitem essa ferramenta, que de grande
auxlio.
Bom, feitas as apresentaes iniciais, passemos proposta do nosso
curso.
Informaes sobre o curso
1. Diviso das aulas
Todo o contedo programtico do nosso curso ser ministrado ao longo de 12 aulas, sem incluir esta aula demonstrativa, de acordo
com o cronograma abaixo:
AULA 00
Aspectos introdutrios da interpretao de textos. Tipos e gneros textuais. Linguagem culta, linguagem popular e nveis de formalidade. 09/02/2015
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AULA 01
Mecanismos de coeso textual: elementos de referenciao, substituio e repetio; conectores; outros elementos de sequenciao textual.
16/02/2015
AULA 02
Ortografia oficial. Acentuao grfica.
23/02/2015
AULA 03
Emprego e funo das classes de palavras. Flexo nominal e verbal. 02/03/2015
AULA 04
Pronomes: emprego, formas de tratamento e colocao.
09/03/2015
AULA 05
Emprego/correlao de tempos e modos verbais. Vozes verbais.
16/03/2015
AULA 06
Sintaxe: relaes de coordenao e subordinao. Anlise morfossinttica. 23/03/2015
AULA 07
Concordncia nominal e verbal. Pontuao.
30/03/2015
AULA 08
Regncia nominal e verbal. Emprego do sinal indicativo de crase.
06/04/2015
AULA 09
Particularidades lxicas e gramaticais. Redao oficial. Adequao de linguagem e formato textual documental. 13/04/2015
AULA 10
Texto: compreenso, interpretao, reescritura e correo gramatical. Coeso, coerncia e semntica.
20/04/2015
AULA 11
Interpretao de Texto: questes comentadas CESPE, FCC, FGV e ESAF.
27/04/2015
AULA 12
Reviso e dicas. Simulado: questes comentadas FCC.
04/05/2015
Ateno!
A depender da data de publicao e realizao do concurso,
adaptaremos o cronograma para antecipar a liberao das aulas.
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2. Metodologia utilizada
A nossa metodologia ser o desenvolvimento da teoria com questes
comentadas, de forma a conjugar a explanao do contedo com a prtica das provas, o que facilita a assimilao completa da matria.
Essa metodologia permite uma preparao mais eficaz e efetiva, pois o estudo concentrado apenas na teoria se torna muito cansativo.
Alm disso, aps a parte terica de cada aula, sero propostas de 10 a 20 questes para que vocs as resolvam, procedam correo pelo
gabarito e revisem por meio dos comentrios apresentados no final.
Assim, este curso ser composto de teoria e mais de 150 questes propostas e comentadas. Isso significa que teremos mais de 450
assertivas com comentrios completos.
um verdadeiro arsenal de questes, capaz de deix-los
preparadssimos para a prova!
3. Acordo Ortogrfico da Lngua Portuguesa
Neste curso, tambm ser tratado o Novo Acordo Ortogrfico, que j
est em vigor. A banca examinadora pode, portanto, cobrar o conhecimento do candidato em relao a essas novas regras de
ortografia. importante que o aluno se atualize, pois essas instituies j vm adaptando suas provas nova grafia.
Salienta-se que o Decreto n. 7875, de 27 de dezembro de 2012, prorrogou o prazo de transio, para implementao do Acordo
Ortogrfico, at 31 de dezembro de 2015. Nesse perodo, coexistiro
a norma ortogrfica atualmente em vigor e a nova norma estabelecida.
4. Abordagem
Conforme j exposto, este curso ser focado no concurso para Auditor-Fiscal da SEFAZ-RJ/2015. Contudo, sabemos que o ensino da
Lngua Portuguesa para concursos, para ser efetivo, deve ser abrangente.
Este curso aborda a teoria e a prtica. muito importante, portanto, que o aluno, alm de estudar o contedo, solucione as questes
propostas. Alm disso, aps a publicao do edital, sugiro que resolvam o mximo de questes, que conseguirem, de provas
anteriores da banca escolhida e aproveitem esse treinamento para compararem o tempo gasto com o tempo geralmente disponibilizado
pela banca na hora da prova.
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5. Particularidades do nosso curso
Pessoal, pela minha experincia no mundo concurseiro, percebo que
h uma grande dificuldade dos alunos em relao interpretao de textos. Os candidatos reclamam que no se sentem confiantes e no
sabem como se preparar para responder s questes. Alm disso, a interpretao de textos vem tendo uma participao cada vez
maior no nmero de questes das provas. Desse modo, quero tratar desse assunto e desvendar as tcnicas de interpretao, para
que vocs tenham mais segurana na hora da prova.
Este curso, alm desta aula com aspectos introdutrios sobre interpretao de textos, ter outras duas especficas e
detalhadas sobre esse tema, com resoluo de provas recentes da ESAF, FCC, FGV e do CESPE.
Esta primeira aula expe, por meio de teoria e questes comentadas, o assunto de forma mais genrica e introdutria, com explicao de
conceitos relativos a essa parte da disciplina.
As demais aulas voltadas interpretao de textos (Aulas 10 e 11) se
dividiro entre teoria e questes comentadas da ESAF, FCC, FGV e do CESPE. Nelas, detalharei a teoria, as questes e ensinarei tticas
para facilitar a interpretao de textos. Tambm darei vrias dicas para serem usadas na hora da prova, de forma a otimizar a leitura e a
compreenso, e, assim, usar o tempo disponvel da melhor maneira. Ser uma oportunidade nica de treinamento em interpretao
de textos.
Outro tpico do curso, que ser muito proveitoso para vocs, se refere ltima aula. Nela, faremos uma espcie de reviso por
meio de dicas sobre o correto uso do idioma. Alm disso, teremos um simulado com questes comentadas da FCC, para
que vocs tenham a oportunidade de treinar os conhecimentos adquiridos ao longo do curso. Caso a banca escolhida seja outra,
adaptaremos o simulado na poca da publicao do edital.
Ateno!
E para quem quiser ficar super preparado para as provas, tambm teremos, em breve, cursos especficos a serem lanados, voltados
unicamente para a resoluo de questes de gramtica e interpretao de textos. Todas as questes sero cuidadosamente
resolvidas e explicadas por meio de comentrios. Cada curso ser focado em uma determinada banca examinadora com todas as suas
particularidades detalhadas nas questes.
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6. A Banca Examinadora e o Edital
A Fundao Carlos Chagas (FCC) foi a organizadora do ltimo
concurso. Essa banca atua no ramo dos concursos pblicos h algum tempo, de modo que no difcil traar um perfil sobre sua forma de
avaliao e correo. Lembrem-se, conhecer o estilo de cobrana de uma banca e o posicionamento acerca de alguns temas pode fazer
toda a diferena na hora da aprovao!
As provas da FCC so sempre de mltipla escolha com cinco
alternativas (a, b, c, d, e) para ser escolhida a correta. Mas, cuidado,
muitas questes trazem, no enunciado, o comando para o candidato marcar a alternativa incorreta. Dessa forma, preciso que vocs
estejam atentos para no haver confuso. Geralmente, o grau de dificuldade da FCC considerado mdio, contudo, pode haver
questes mais difceis. A prova de Portugus usualmente mescla questes de gramtica com interpretao de textos de maneira
equilibrada.
Mas no se preocupem! Assim que o edital for divulgado,
analisaremos melhor a cobrana da FCC ou da banca examinadora escolhida. Os pontos do edital de Lngua Portuguesa sero
examinados cuidadosamente, e chamarei ateno do aluno para as principais questes. Dessa forma, no h preocupaes, exploraremos
todos os tpicos do edital de maneira terica e prtica, a fim de deix-los afiados at a data da prova.
7. Suporte
Nossos estudos vo alm das aulas que constam deste curso. Quero
que vocs compartilhem comigo suas dvidas. Todos ns as temos, e isso natural. S quem estuda tem dvidas. Vocs podem ter todas
as dvidas do mundo agora, mas no na hora da prova.
Como j mencionei, no deixem de usar o frum das aulas. Vamos
discutir o que for preciso para que vocs terminem o curso realmente seguros de que possam fazer uma boa prova.
O meu objetivo que vocs aproveitem bem o curso e adquiram o conhecimento transmitido. Por isso, estou aberta a crticas,
sugestes, questionamentos, solicitao de mais explicaes sobre a teoria e as questes, etc.
Contem comigo!
Ficarei muito feliz com o sucesso de cada um de vocs, nada mais
gratificante para um professor do que saber que pde fazer diferena
na vida de seu aluno, de saber que o ajudou na conquista de um sonho.
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Prontos para comear? Vamos l, concurseiros fiscais! Temos muito estudo pela frente.
Aspectos Introdutrios da Interpretao de Textos
1. Introduo
Logo de incio, vale lembrar que as provas de concurso pblico tm
cobrado, com frequncia, o conhecimento dos mecanismos de estruturao do significado textual. As bancas pretendem avaliar
a habilidade em leitura, interpretao e anlise de textos de diferentes tipos em Lngua Portuguesa.
Apesar disso, muitos candidatos menosprezam o estudo de interpretao de textos por consider-la intuitiva. No entanto, como
veremos ao longo do curso, compreender o texto tarefa que exige ateno e conhecimento tcnico. E esse conhecimento poder ser
seu diferencial no alcance dos resultados.
A interpretao do texto pode ser testada nos certames de diversas
formas, como veremos de maneira introdutria ao longo desta aula e detalhadamente nas aulas 10 e 11.
Uma dessas formas so as questes de inteleco textual pura
(compreenso de texto), que cobram do candidato a capacidade de compreender, analisar e sintetizar o texto.
Ao enfrentar essas questes, o mais importante ter em mente que todas as respostas sero respaldadas pelo prprio texto
apresentado. Ou seja, somente a leitura e a compreenso do texto sero suficientes para fechar a questo.
Tanto , assim, que os enunciados das questes de inteleco costumam comear da seguinte maneira: Julgue os itens a seguir com base nas ideias do texto ou Depreende-se da leitura do texto.
Nesse ponto, vale diferenciar o intertexto e o contexto. As questes de interpretao muitas vezes exigem do candidato o reconhecimento
do intertexto. Aqui, para desvendar o enunciado, o aluno dever partir de indcios que estaro no texto e fazer uma deduo lgica. Ou
seja, sero usadas as premissas presentes no texto para se alcanar
uma concluso lgica. Geralmente, o enunciado trar palavras-chave como inferir, depreender, concluir, deduzir, subentender. Por sua vez,
o contexto levar o aluno para alm do texto e do prprio intertexto, para o dilogo com a realidade, e extrapolar o que est escrito e
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subentendido. Exigir do candidato conhecimentos gerais para conectar o texto com o mundo ftico. Essa diferenciao essencial
para a resoluo dos exerccios.
Aqui, nossa estratgia para testar a habilidade de ler e compreender
ser por meio da resoluo de questes de inteleco textual, levando em conta, neste momento, algumas dicas bsicas de leitura, mais
exploradas nas Aulas 10 e 11. Vamos l?
Uma dica valiosa que gosto de dar ao candidato : primeiro
leia as alternativas da questo de interpretao e, somente
depois, leia o texto. Dessa forma, voc j chegar ao texto sabendo quais informaes ter que encontrar.
Outra dica importante que o candidato, ao ler o texto, sublinhe as palavras-chave, ou seja, as palavras ou expresses
que representam a ideia principal apresentada pelo autor. Voc pode inicialmente destacar as ideias principais de cada pargrafo e,
em seguida, destacar as ideias principais do texto completo.
Vamos, agora, enfrentar nosso primeiro exemplo de questo
envolvendo inteleco textual:
Questo - (CESPE) Todos os cargos MS 2013
Trecho de entrevista concedida por Lgia Giovanella (LG)
revista Veja (VJ).
VJ Por que o Brasil investe pouco? LG Temos limites nas nossas polticas econmicas, alm de disputas sociais e polticas que atrapalham a discusso
sobre a quantidade de recursos. Sabemos que um Sistema
nico de Sade (SUS) de qualidade e com oferta universal de
servios aumentaria a disposio da classe mdia em contribuir
com o pagamento de impostos que financiam o sistema.
Atualmente, h baixa disposio porque a classe mdia no
utiliza o servio e porque os servios no so completamente
universalizados.
VJ O SUS corre o risco de se tornar invivel? O que precisa ser feito para que no ocorra um colapso no sistema
pblico?
LG No acredito que haja risco iminente de colapso do SUS, mas as escolhas que fizermos a partir de agora podem
levar construo de diferentes tipos de sistema, a exemplo de
uma poltica mais direcionada a parcelas mais pobres da
populao ou um sistema sem acesso universal. O SUS ter de
responder s mudanas sociais. Com a melhoria da situao
econmica de uma parcela da sociedade, precisar atender a
expectativas da nova classe mdia baixa.
VJ Alm de aumentar o investimento, o que mais importante?
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LG Outro desafio estabelecer prioridades para o modelo assistencial. Atualmente, a cobertura de ateno
bsica, por meio do programa Sade da Famlia, alcana
apenas 50% da populao. preciso que haja uma ampliao
sustentada, de modo a atingir 80% da populao. J estamos
em um momento avanado no SUS, em que necessrio dar
populao garantias explcitas de que os servios iro funcionar.
Alm disso, o Brasil precisa intensificar a formao de mdicos
especializados em medicina de famlia e comunidade.
Natalia Cuminale. Desafios brasileiros. Brasil precisa dobrar gasto em sade, diz especialista. Internet: (com adaptaes).
No que diz respeito organizao das ideias no texto,
julgue o item que se segue.
Conforme o texto, o SUS autossuficiente, visto que tem
capacidade de gerenciar as necessidades de atendimento de
novas demandas e expectativas; por isso, prescinde de
recursos financeiros do poder pblico.
Comentrios
Vamos seguir a dica de ler primeiro a alternativa em questo.
Note que o enunciado (conforme o texto) pede que o candidato julgue o item com base nas ideias contidas no texto.
Quando partimos ao texto, percebemos que se trata de texto
do gnero entrevista.
A ideia central que podemos retirar na primeira resposta
da entrevistada diz respeito aos poucos recursos do SUS.
Primeiro, ela afirma que o SUS possui limites nas polticas econmicas, alm de disputas sociais e polticas que
atrapalham a discusso sobre a quantidade de recursos; depois, segue relatando os desafios enfrentados pelo SUS,
como a pouca disposio da classe mdia em contribuir com
impostos financiadores do sistema.
Na segunda resposta, ela afirma que surgiram novos desafios
com base na melhoria da situao econmica de parte da
populao, e ressalta que as decises tomadas no presente so
fundamentais para o enfrentamento dessas novas exigncias.
Por fim, na ltima resposta, a entrevistada relata outros
desafios enfrentados pelo SUS: a ampliao sustentada da
cobertura de ateno bsica, a necessidade de garantir
populao que os servios funcionaro e a necessidade de
intensificar a formao de mdicos especializados em medicina
de famlia e comunidade.
Essa leitura atenta permite perceber que a entrevistada
no afirma, em momento algum, que o SUS
autossuficiente, nem que tem capacidade de gerenciar as
necessidades de atendimento de novas demandas e
expectativas. Tampouco, que prescinde (dispensa) de recursos
financeiros do poder pblico.
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A concluso a que se chega contrria, pois, embora, a
entrevistada no acredite em risco iminente de colapso do SUS,
ao longo de toda a entrevista ela alerta para as dificuldades
enfrentadas pelo sistema.
Gabarito: ERRADA
Outro aspecto bastante cobrado pelos certames a interpretao semntica do texto.
Para entendermos do que se trata, temos que compreender que semntica a cincia que estuda a significao das palavras e
das frases. A interpretao semntica, portanto, tem o objetivo de apreender o sentido das palavras no texto.
A interpretao semntica , em geral, cobrada em provas da seguinte maneira: o enunciado prope a substituio de expresses
do texto por outras, cabendo ao candidato analisar se houve ou no alterao semntica (ou seja, se houve alterao de sentido aps a
troca).
Vejamos um exemplo bastante atual deste tipo de cobrana:
Questo - (FCC) Tcnico Judicirio TRF 3 Regio 2014
Toda fico cientfica, de Metrpolis ao Senhor dos Anis,
baseia-se, essencialmente, no que est acontecendo no mundo
no momento em que o filme foi feito. No no futuro ou numa
galxia distante, muitos e muitos anos atrs, mas agora
mesmo, no presente, simbolizado em projees que nos
confortam e tranquilizam ao nos oferecer uma adequada
distncia de tempo e espao.
Na fico cientfica, a sociedade se permite sonhar seus piores
problemas: desumanizao, superpopulao, totalitarismo,
loucura, fome, epidemias. No se imita a realidade, mas
imagina-se, sonha-se, cria-se outra realidade onde possamos
colocar e resolver no plano da imaginao tudo o que nos
incomoda no cotidiano. O elemento essencial para guiar a lgica
interna do gnero, cuja quebra implica o fim da magia, a
cincia. Por isso, tecnologia essencial ao gnero. Parte do
poder desse tipo de magia cinematogrfica est em concretizar,
diante dos nossos olhos, objetos possveis, mas inexistentes:
carros voadores, robs inteligentes. Como parte dessas coisas
imaginadas acaba se tornando realidade, o gnero refora a
sensao de que estamos vendo na tela projees das nossas
possibilidades coletivas futuras.
(Adaptado de: BAHIANA, Ana Maria. Como ver um filme. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira, 2012. Formato ebook.)
Sem prejuzo para o sentido original e a correo
gramatical, o termo sonhar, em ... a sociedade se
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permite sonhar seus piores problemas... (2 pargrafo),
pode ser substitudo por:
a) desprezar
b) esquecer
c) fugir
d) imaginar
e) descansar
Comentrios
Esta uma questo de interpretao semntica, pois o
enunciado pede que o candidato substitua um termo do texto
por outro, mantendo o mesmo sentido.
Temos que ter bastante cuidado com as pegadinhas tpicas de
concurso pblico. Em questes de semntica, comum que a
banca fornea, entre as alternativas, palavras que possuam
relao com a ideia central do perodo, mas que no funcionam
bem na substituio. Isso pode confundir voc!
o caso das alternativas B (esquecer) e C (fugir). A ideia central do texto que o gnero fico cientfica funciona
como uma realidade inventada na qual as pessoas podem
resolver seus problemas cotidianos. As palavras esquecer e
fugir so facilmente relacionveis a essa ideia presente no
texto, mas no so sinnimos de sonhar.
Portanto, a melhor alternativa seria o termo imaginar, pois funciona como sinnimo para sonhar e, alm de no alterar o sentido original, mantm a correo gramatical.
Gabarito: D
A compreenso e a interpretao de texto envolvem ainda outros
aspectos subsequentes; vimos aqui apenas uma introduo a esse tema. Ento, fique atento, a interpretao textual um assunto
extenso e cada vez mais cobrado pelas principais bancas examinadoras. Para tanto, como j comentei, teremos aulas
especficas. Na aula de hoje, estudaremos os seguintes tpicos:
Tipos Textuais e Gneros Textuais: saber reconhecer os
diferentes tipos de textos e os gneros textuais.
Linguagem Culta, Linguagem Popular e nveis de
formalidade: aprender a analisar a variao lingustica de acordo com os diferentes nveis de formalidade do texto.
Retextualizao de diferentes gneros e nveis de formalidade: ser capaz de adaptar um texto ao ambiente em
que ser veiculado.
Vamos iniciar pelo estudo dos tipos e gneros textuais.
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2. Tipos Textuais e Gneros Textuais
A Tipologia Textual (muito cobrada nas provas do CESPE) agrupa os textos de acordo com seus traos lingusticos. H cinco Tipos
Textuais: narrao, dissertao, exposio, descrio e injuno.
Perceba que a tipologia textual conceitual: ela apenas atribui uma classificao ao texto. No se trata, portanto, de especificar a
materialidade do texto em si, mas de classific-lo de acordo com suas
caractersticas lingusticas.
Por sua vez, os Gneros Textuais se referem forma como o texto
se estrutura para realizar a comunicao pretendida. Note que aqui se trata da materialidade dos textos, ou seja, dos textos reais,
concretos. Os gneros textuais so o meio pelo qual os tipos textuais se apresentam.
Ao falar em gnero textual, levamos em conta o papel do texto na regulao da vida em sociedade, ou seja, sua funo social. Todo
texto, para se concretizar, vale-se de um gnero.
Os gneros textuais so infinitos. Ao longo da aula e nas questes
apresentadas ao final, veremos alguns deles.
Exemplos de gneros textuais: telefonema, sermo, carta comercial,
carta pessoal, aula expositiva, romance, ata de reunio de condomnio, lista de compras, conversa espontnea, cardpio, receita
culinria, inqurito policial, blog, e-mail, etc.
Para fixar melhor a diferena entre Tipo Textual e Gnero Textual, vejamos a tabela abaixo:
Tipos Textuais Gneros Textuais
Classificam-se os textos de
acordo com as caractersticas lingusticas: vocabulrio, tempos
e modos verbais predominantes,
classe gramatical predominante, construes frasais, etc.
Classificam-se os textos de
acordo com suas propriedades sociocomunicativas: levando
em conta o contexto cultural e a funo comunicativa.
So cinco: narrao, descrio, dissertao-argumentativa,
exposio e injuno.
So ilimitados.
Feita a distino, passemos caracterizao dos diferentes Tipos Textuais. Antes, lembre-se de que, dentro de um mesmo gnero
pode haver mais de um tipo textual, de modo que falaremos em
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predominncia de um tipo (e no exclusividade).
2.1 Narrao
Modalidade de texto em que se conta um fato ocorrido em determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Esse
fato pode ser verdico ou ficcional (um boletim de ocorrncia, por exemplo, narra um fato verdico).
Elementos da narrao: enredo, personagens (principal,
secundrio e tercirio/figurante), tempo, espao (local geogrfico), ambiente (relacionado vida sociocultural),
clmax, desfecho.
Com relao temporalidade, perceba que, na narrao, h,
geralmente, uma relao de anterioridade e posterioridade entre os episdios contados; ou seja, h a passagem do tempo. Por isso,
comum a presena de muitos verbos na narrao, com alterao dos tempos verbais.
Essa passagem do tempo na narrao pode ser cronolgica (em que h sequncia de passado, presente e futuro) ou anacrnica (em que
a passagem entre os tempos se d de forma no sequencial).
o tipo predominante nos seguintes gneros: conto, fbula, crnica,
romance, novela, depoimento, anedota, aplogo, parbola, etc.
Vamos ver um primeiro exemplo de questo envolvendo tipologia
textual:
Questo - (CESPE) Assistente em Cincia e Tecnologia
INCA 2010
Criada em 1983 pela doutora Zilda Arns, a Pastoral da Criana
monitora atualmente cerca de 2 milhes de crianas de at 6
anos de idade e 80 mil gestantes, com presena em mais de
3,5 mil municpios em todo o pas, graas colaborao de 155
mil voluntrios. A importncia da Pastoral palpvel: a mdia
nacional de mortalidade infantil para crianas de at 1 ano, que
de 22 indivduos por mil nascidos vivos, cai para 12 por mil
nos lugares atendidos pela instituio. Na primeira experincia
da Pastoral, em Florestpolis, no Paran, a mortalidade infantil
despencou de 127 por mil nascimentos para 28 por mil em apenas um ano. Sua metodologia simples por meio de conversas frequentes com a famlia, o voluntrio receita
cuidados bsicos para evitar que a criana morra por falta de
conhecimento, como os hbitos de higiene, a administrao do
soro caseiro e a adoo da farinha de multimistura na
alimentao, que se tornou uma soluo simples e emblemtica
contra a desnutrio. Mas o seu segredo um s: a
persistncia.
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Jornal do Commercio (PE), Editorial, 20/1/2010 (com
adaptaes).
Acerca do texto acima, das suas caractersticas e
estruturas lingusticas, julgue a afirmativa:
Esse texto predominantemente narrativo.
Comentrios
Temos acima um texto do gnero jornalstico, de cunho
informativo, no qual so apresentadas informaes sobre a
Pastoral da Criana.
Vimos, at aqui, que um texto, para ser considerado do tipo
narrativo, deve possuir determinadas caractersticas. Entre
elas, a progresso temporal (passagem do tempo) e a presena
de determinados elementos como: narrador, personagens,
tempo, espao, clmax e desfecho.
No se observa a passagem do tempo no texto da
questo (os acontecimentos no so relatados seguindo uma
temporalidade). Tambm, no h a presena dos
elementos: narrador, personagens, clmax e desfecho.
Gabarito: ERRADA
2.2 Descrio
Modalidade na qual se representa, minuciosamente, por meio de palavras, um objeto ou cena, animal, pessoa, lugar, coisa, etc.
O texto descritivo enfatiza o esttico ( como um retrato). Dessa
maneira, induz o leitor a imaginar o espao, o tempo, o costume, isto , tudo o que ambienta a histria, a informao.
A temporalidade no relevante no texto descritivo (no h a passagem do tempo como h na narrativa). Por esse motivo, h
poucos verbos na sua estrutura lingustica. Em compensao, vemos o predomnio de adjetivos.
A descrio tambm pode ser chamada de texto de caracterizao, de adjetivao ou de detalhamento.
O texto abaixo (que foi questo de concurso do CESPE em 2006) exemplo de texto predominantemente descritivo:
O Instituto de Registro Imobilirio do Brasil (IRIB), seo de So
Paulo, em parceria com o Colgio Notarial do Brasil, tambm seo
de So Paulo, e com o apoio da Corregedoria-Geral da Justia de
So Paulo, congrega esforos para promover e realizar seminrios
de direito notarial e registral no estado, visando o aperfeioamento
tcnico de notrios e registradores e a reciclagem de prepostos e
profissionais que atuam na rea. Os objetivos perseguidos pelas
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entidades representativas de notrios e registradores bandeirantes
so o aperfeioamento dos servios, a harmonizao de
procedimentos, buscando uma regulao uniforme nas atividades
notariais e registrais. O IRIB e o Colgio Notarial sentem-se
orgulhosos de poder contribuir com o desenvolvimento das
atividades notariais e registrais do estado.
Observe que se trata de texto do gnero jornalstico-publicitrio, em que predomina o tipo descritivo, pois o autor esmia os
seminrios de direito notarial e registral que iriam se realizar em So Paulo, e apresenta seus objetivos.
Textos absolutamente descritivos so raros, sendo mais comum vermos momentos de descrio em textos de outro tipo (narrativos ou
dissertativos, por exemplo).
2.3 Dissertao-argumentativa
Alguns autores subdividem a dissertao em argumentativa e
expositiva. Aqui, trabalharemos com a noo de dissertao-argumentativa, pois a segunda espcie (dissertao-expositiva) ser
tratada parte com o nome de exposio.
A dissertao-argumentativa consiste na exposio de ideias a
respeito de um tema, com base em raciocnios e argumentaes. Tem por objetivo a defesa de um ponto de vista
por meio da persuaso. A coerncia entre as ideias e a clareza na forma de expresso so elementos fundamentais.
A estrutura lgica da dissertao consiste em: introduo (apresenta o tema a ser discutido); desenvolvimento (expe os argumentos e
ideias sobre o tema, com fundamento em fatos, exemplos, testemunhos e provas do que se pretende demonstrar); e concluso
(faz o desfecho da redao, com a finalidade de reforar a ideia inicial).
A dissertao-argumentativa o tipo predominante nos seguintes
gneros textuais: redaes de concursos, artigos de opinio, cartas de leitor, discursos de defesa/acusao, resenhas, relatrios, textos
comerciais (publicitrios), etc. tambm o tipo mais utilizado pelas bancas de concurso (sobretudo o CESPE) nos enunciados
das questes de portugus.
No exemplo abaixo, temos uma boa questo para treinar os aspectos
vistos at aqui:
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Questo - (CESPE) Tcnico TRE AP 2007
Jornal do comrcio O voto aberto nos processos de cassao poderia mudar o destino dos acusados?
Schirmer No sei se o voto aberto mudaria o resultado final. O que ele mudaria seria a responsabilidade individual. Porque,
com a votao aberta, voc e responsvel pelo seu voto.
Votando sim ou no, voc assume a responsabilidade pelo voto
dado. Com o voto fechado, a responsabilidade difusa, pois
ningum sabe quem votou em quem e, sendo assim, todos
carregam o nus do resultado da votao. O voto fechado
muito ruim porque quem sai perdendo a prpria instituio.
Em vez de voc falar mal de um ou de outro deputado, voc
acaba penalizando a instituio.
Jornal do Comrcio, 17.4.2006.
Assinale a opo correta quanto compreenso e
tipologia do texto.
a) Por estar estruturado em duas partes, compreendendo uma
pergunta e uma resposta, o texto pode pertencer ao gnero
entrevista.
b) Na pergunta feita pelo Jornal do Comrcio, predomina a
descrio dos processos de cassao.
c) O pargrafo que contm a resposta de Schirmer possui
estrutura predominantemente narrativa, porque o falante
explica como se processam as atividades de cassao de
eleitos.
d) O segundo pargrafo do texto estruturalmente
argumentativo, porque apresenta, primeiro, os aspectos
favorveis ao voto em aberto e, em um segundo momento, os
aspectos desfavorveis dessa modalidade de votao.
e) O primeiro e o segundo pargrafos tm a mesma estrutura
textual e a mesma tipologia: so dissertativos.
Comentrios
Esta questo bastante interessante para nossa aula, pois
envolve interpretao textual e tipologia textual, assuntos
estudados at aqui. Vamos analisar cada alternativa
separadamente:
a) Esta a alternativa correta. De fato, estamos diante de um
texto que pertence ao gnero entrevista.
b) No temos no primeiro pargrafo (com a pergunta do
entrevistador) um texto do tipo descritivo, pois no h
caracterizao do processo de cassao.
c) O texto do segundo pargrafo (com a resposta de Schirmer)
possui estrutura predominantemente dissertativo-
argumentativa. Note que o entrevistado revela seu ponto de
vista acerca do voto aberto e do voto fechado. No h
descrio do processo de cassao.
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d) Embora o segundo pargrafo seja, sim,
estruturalmente argumentativo, o entrevistado no
apresenta os aspectos favorveis ao voto em aberto; ele
apenas apresenta seu ponto de vista acerca dos reflexos do
voto aberto. Perceba que a questo tenta confundir o candidato
justamente na interpretao do texto.
e) No primeiro pargrafo, h uma pergunta, na qual no h
argumentao nem afirmao, de forma que no se trata de
texto do tipo dissertativo.
Gabarito: A
2.4 Dissertao-expositiva ou Exposio
Na exposio (ou dissertao-expositiva), o objetivo do texto
passar conhecimento para o leitor de maneira clara, imparcial e objetiva.
Nesse tipo textual, ao contrrio da dissertao-argumentativa, no se faz a defesa de uma ideia, pois no h inteno de convencer o
leitor nem criar debate.
Trabalha-se o assunto de maneira atemporal.
Ateno! bastante comum que se confunda o texto dissertativo-expositivo com o texto descritivo. A distino entre
eles , de fato, bem sutil, mas vamos tentar desvend-la.
O texto expositivo tem por objetivo principal informar com
clareza e objetividade. escrito em linguagem impessoal e
objetiva. Em geral, segue a estrutura da dissertao (introduo, desenvolvimento, concluso). o tipo encontrado em livros
didticos e paradidticos (material complementar de ensino), enciclopdias, jornais, revistas (cientficas, informativas, etc.).
Por sua vez, o tipo descritivo est mais engajado na caracterizao minuciosa de algo, sem ter, necessariamente, o
objetivo de informar ao leitor. A linguagem utilizada na descrio nem sempre objetiva ou impessoal e sua estrutura no obedece
necessariamente a regras.
No entanto, como j vimos, bastante comum que um texto (um
gnero textual) apresente diversos tipos textuais em sua estrutura, o que dificulta a diferenciao. Assim, fique tranquilo! Dificilmente a
questo cobrar uma diferenciao precisa entre o tipo expositivo e o tipo descritivo.
Vamos tentar entender como as questes costumam cobrar
cada um deles.
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Questo - (CESPE) Tcnico Segurana do Trabalho
SERPRO 2008
A ansiedade no doena. Faz parte do sistema de defesa do
ser humano e est projetada em quase todos os animais
vertebrados. O significado mais aceito hoje em dia vem do
psiquiatra australiano Aubrey Lewis, que, em 1967,
caracterizou-a como um estado emocional com a qualidade do medo, desagradvel, dirigido para o futuro, desproporcional e
com desconforto subjetivo. A ansiedade no doena. problema de ordem do
comportamento que afeta o convvio social. A ansiedade pode
se apresentar como sintoma em muitas doenas ditas
emocionais e mentais, e interfere sobremaneira nos nveis de
satisfao do indivduo.
Quem no se sentiu ansioso at hoje? Com o mundo do jeito
que est, natural se sentir ansioso; permitido ficar ansioso.
Prejudicial no saber lidar com a ansiedade. A proposta
abordar meios eficazes de lidar com esse comportamento que
gera tantos distrbios.
Diz Patch Adams que indivduo saudvel aquele que tem uma
vida vibrante e feliz, porque utiliza ao mximo o que possui e
s o que possui, com muito prazer. Este o indivduo satisfeito
que no anseia quimeras e que sabe viver alegre e feliz.
Internet: (com adaptaes).
A partir da leitura interpretativa e da tipologia do texto
acima, julgue o item a seguir.
O segundo pargrafo do texto do tipo expositivo, pois
caracteriza a ansiedade.
Comentrios
Note que, de fato, o segundo pargrafo do texto dedica-se a
caracterizar a ansiedade: o autor afirma que a ansiedade no
doena, indica-a como sintoma de doenas emocionais e
mentais, e informa suas consequncias. O trecho tambm foi
redigido em linguagem objetiva e clara. Essas caractersticas
dizem respeito ao tipo expositivo.
Gabarito: CERTA
Perceba que, no exemplo acima, a banca preferiu caracterizar o
trecho como expositivo, uma vez que ele tem por objetivo passar informaes ao leitor acerca da ansiedade.
Mas quando quer fazer referncia ao tipo descritivo, a banca prefere trazer textos em que h excessiva e minuciosa caracterizao de
algo, por meio do uso predominante de adjetivos.
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2.5 Injuno ou Instruo
O texto injuntivo aquele que aconselha o leitor, indica como realizar uma ao, prediz acontecimentos e comportamentos.
Utiliza geralmente linguagem objetiva e simples.
Como o emissor procura influenciar o comportamento do receptor, h
o predomnio da funo conativa ou apelativa, bem como do uso de tu, voc ou o nome da pessoa, alm dos vocativos e
imperativos.
comum em discursos, sermes e propagandas que se dirigem diretamente ao consumidor instrues de uso de um aparelho; leis; regulamentos; receitas de comida; guias; regras de trnsito.
O texto injuntivo tambm chamado de instrucional ou prescritivo.
Como exemplo, temos aqui um trecho do poema de Viviane Mos, intitulado Receita para lavar palavra suja:
Mergulhar a palavra suja em gua sanitria.
Depois de dois dias de molho, quarar ao sol do meio-dia.
Algumas palavras, quando alvejadas ao sol,
adquirem consistncia de certeza,
por exemplo, a palavra vida.
Existem outras, e a palavra amor uma delas,
que so muito encardidas e desgastadas pelo uso,
o que recomenda esfregar e bater insistentemente na pedra,
depois enxaguar em gua corrente. (...)
Note que se trata de um texto literrio do gnero poesia. Quanto ao tipo textual, predomina a injuno, que apresenta orientaes,
conselhos ou advertncias ao leitor.
Aqui, encerramos o estudo dos tipos textuais.
Antes de partir para o prximo tpico, bom se certificar de que
todos os pontos at aqui apresentados foram entendidos e assimilados, certo?
Espero que o estudo tenha sido proveitoso, vamos ento para o prximo assunto!
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3. Linguagem Culta, Linguagem Popular, Nveis de Formalidade
Como vimos agora, ao contrrio dos tipos textuais (que so limitados), existem incontveis gneros textuais.
Justamente por serem ilimitados, os gneros costumam ser cobrados de maneira diversa pelas bancas. Geralmente, pede-se
ao candidato a adaptao do texto de acordo com o ambiente em que ser veiculado. Ou seja, cabe a voc analisar se o texto est
corretamente ambientado ou, nos casos em que no esteja, voc quem dever realizar a retextualizao.
Essa retextualizao vai exigir alguns conhecimentos que veremos
agora.
O primeiro aspecto que devemos avaliar em um texto seu
nvel de formalidade. Ou seja, voc deve fazer algumas indagaes: quem ler o texto? Quem redigiu o texto? Em que
contexto ele ser veiculado e qual o objetivo desse texto? A partir da, vamos observar se a linguagem utilizada no texto est de acordo com
o contexto observado.
Um exemplo para que voc entenda melhor: caso um candidato tenha
que redigir uma redao em algum certame pblico, ele dever utilizar determinado nvel de linguagem (vocabulrio, modo de
escrita, correo gramatical, etc.) diverso daquele exigido em um texto publicitrio, ou em um livro infantil.
Repare que, para cada gnero textual citado no exemplo
(redao em certame, texto publicitrio, livro infantil), deve ser utilizada uma linguagem adequada ao respectivo contexto
sociocultural. Esse fenmeno de adequao da linguagem ao contexto (histrico, geogrfico e sociocultural) conhecido
como variao lingustica.
A partir dessas diferenas, podemos indicar dois nveis de linguagem
(os mais cobrados nas provas):
- Linguagem Culta ou Padro
- Linguagem Popular ou Coloquial
A seguir, veremos cada uma delas com detalhes.
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3.1 Linguagem Popular ou Linguagem Coloquial
Quando falamos em Linguagem Popular (ou Coloquial), estamos nos referindo quela linguagem utilizada no cotidiano, no dia a dia das
pessoas. Por isso, ela tambm conhecida como variante espontnea.
A principal caracterstica da linguagem popular a falta de preocupao com as regras rgidas da gramtica normativa.
Vejamos alguns elementos lingusticos presentes na linguagem
popular:
Coloquialismos: expresses prprias da fala. Ex: pegue leve. Tambm bastante comum o uso de a gente no lugar de ns.
Vcios de linguagem: erros de regncia e concordncia; erros de
pronncia, grafia e flexo; ambiguidade; cacofonia; pleonasmo, etc.
Expresses vulgares e grias. Ex: Joo ficou grilado ontem. Formas reduzidas: contraes realizadas para agilizar a
comunicao cotidiana. Ex: pra (para), num (em um), c (voc), to (estou).
muito comum a cobrana desse assunto em provas. Veja s:
Questo - (CESPE) Tcnico BACEN 2013
Em relao ao texto apresentado acima, julgue os itens
seguintes.
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Em PRESENTE PRA GREGO, o emprego da forma prepositiva pra inadequado, dado o grau de formalidade do texto.
Comentrios
Esta questo ilustra de forma bem clara o que acabamos de
ver.
O termo pra a forma suprimida da preposio para.
Como vimos acima, o uso de formas reduzidas comum na
linguagem coloquial, que a linguagem adequada a textos
pouco formais.
No caso especfico, temos um texto do gnero satrico, que
apresenta um grau informal das informaes, podendo utilizar
uma linguagem mais voltada para o popular.
Portanto, nada h de inadequado no emprego da forma
prepositiva pra.
Gabarito: ERRADA
3.2 Linguagem Culta ou Linguagem Padro
A linguagem culta ou linguagem padro aquela que obedece s
regras da gramtica normativa.
Ela a linguagem ensinada nas escolas e a que assegura a unidade
da lngua nacional.
Por esse motivo, menos espontnea e pouco sujeita a
variaes. a preferida na linguagem escrita.
Est presente em diversos gneros textuais: aulas, conferncias,
sermes, discursos polticos, comunicaes cientficas, noticirios de TV, programas culturais, etc.
As provas de concurso pblico costumam exigir do candidato que ele saiba adequar cada gnero textual ao nvel de
linguagem cabvel (portanto, no existe certo e errado, mas sim o mais adequado para cada contexto).
Mas ateno! As provas exigem que o candidato domine as
normas da linguagem culta, justamente para as situaes em que ela seja a mais adequada. Desse modo, as nossas aulas seguintes
sero dedicadas ao estudo das normas da lngua culta.
IMPORTANTE
Agora, devemos atentar para um aspecto fundamental, bastante
necessrio para a resoluo de questes de concurso!
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Os conceitos que aprendemos acima (linguagem culta e linguagem popular) nem sempre podem ser atribudos a um texto de maneira
radical. Isso porque existem graus diferentes de formalidade e informalidade.
Assim, um texto pode seguir a norma culta da lngua (ou seja, pode estar de acordo com as regras gramaticais), mas, ao mesmo tempo,
utilizar uma linguagem mais informal. O que deve ser levado em conta sempre a adequao da linguagem ao gnero textual.
Quando lemos um documento escrito por autoridade pblica, por
exemplo, de se esperar que o texto no apenas observe as regras gramaticais, mas que possua tambm um elevado grau de
formalidade. No entanto, quando lemos um texto literrio (uma crnica), comum que, embora obedea s regras gramaticais, o
grau de formalidade seja reduzido.
Essa informalidade tambm tem sido bastante comum em textos de
jornais e revistas, com inteno de aproximar o leitor ao texto. No entanto, assim como no exemplo acima, imprescindvel a
observncia das regras gramaticais.
Observe o trecho abaixo, retirado de um texto jornalstico, que j foi
utilizado em certame pblico:
Debruando-se sobre o estudo do exerccio da poltica, Maquiavel
dissecou a anatomia do poder de sua poca: dos senhores feudais e
da igreja medieval. E, por isso mesmo, por botar o dedo na ferida,
foi considerado um autor maldito. Ele se mostra preocupado com o
fato de que na poltica no existem regras fixas. Governar, isto ,
tomar atitudes polticas, um trabalho extremamente criativo e, por
isso mesmo, sem parmetros anteriores. Assim, essa preocupao
do filsofo, por incrvel que parea, torna-se um bom instrumento
para repensarmos a tica. Hoje, com o fim das garantias
tradicionais, estamos todos mais ou menos na posio do prncipe
de Maquiavel isto , em um mundo de incertezas, dentro do qual temos de inventar nossa melhor posio. mergulhado nesse
mundo de incertezas, de instabilidade social e poltica, de culto ao
individualismo, que construmos nossa identidade, nosso modo de
agir. Como seres humanos, nosso fim ltimo a felicidade. Como
indivduos sociais, precisamos entender que, por melhores que
sejam nossos objetivos na vida, os meios para alcan-los no
podem entrar em contradio com a nobreza dos fins. Desse modo,
no basta termos fins nobres, necessrio tambm que os meios
para alcan-los sejam adequados a essa nobreza.
Planeta, jul./2006, p. 59 (com adaptaes).
Acertou a questo no certame quem assinalou como verdadeira a
seguinte afirmativa:
No texto, a expresso figurada que indica um uso coloquial, isto ,
menos formal da lngua, : "botar o dedo na ferida" (L. 3).
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Assim, perceba que o mais importante saber adequar a linguagem ao nvel de formalidade exigido pelo gnero textual. dessa forma
que o tema tem sido cobrado pelas bancas de concurso.
Aqui, encerramos nossa primeira abordagem terica sobre aspectos introdutrios da interpretao textual. Espero que tenha tido um
estudo produtivo, e em caso de qualquer dvida, no hesite em me perguntar. Ainda falta estudarmos os mecanismos de coeso textual
(elementos de articulao do texto), assunto que ser abordado em
nosso prximo encontro. Tambm retomaremos o tema da interpretao de textos nas Aulas 10 e 11, de forma mais
aprofundada e abrangente, para que voc faa o seu concurso com bastante segurana.
Agora hora de testar e aprofundar os conhecimentos vistos acima: vamos nossa bateria de 15 questes! Em um primeiro momento, as
questes sero apresentadas em forma de lista, para que voc possa resolv-las normalmente. Aps a concluso da ltima questo,
verifique seu rendimento pelo gabarito e, ento, proceda correo pelos comentrios apresentados.
importante a leitura atenta de todos os comentrios, ainda
que voc tenha acertado a questo!
Essa uma etapa fundamental para fixar a teoria e para sanar
dvidas.
Portanto, vamos resoluo!
QUESTES PROPOSTAS
Questo 01 (CESPE) Oficial de Controle Externo TCE-RS/2013
O sistema de banco de milhagens desenvolvido pelo TCE/RS modelo para outras
instituies no Rio Grande do Sul e no Brasil. O banco de registro de milhagens
utiliza os crditos de passagens areas custeadas com recursos pblicos. De acordo
com o presidente do TCE/RS, a proposta ir gerar considervel economia aos cofres
pblicos. Considerando que as despesas com a emisso de passagens para viagens oficiais so custeadas pelo tesouro, entendemos que devem ser adotadas todas as
medidas possveis para que esses crditos sejam utilizados na aquisio de novos
bilhetes, em benefcio dos entes da prpria administrao pblica, assinalou.
Prmios ou crditos de milhagens oferecidos pelas companhias de transporte areo,
quando resultantes de passagens adquiridas com recursos da administrao direta
ou indireta de qualquer dos poderes do Rio Grande do Sul, sero incorporados ao
errio e utilizados apenas em misses oficiais.
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Internet: (com adaptaes).
Com base no texto acima, julgue o item que se segue.
Depreende-se das informaes do texto que os funcionrios que usarem passagens
areas custeadas pelo governo do Rio Grande do Sul podem usufruir, para viagens
particulares, dos prmios ou crditos de milhagens concedidos pelas companhias
areas.
Questo 02 (ESAF) Tcnico Administrativo DNIT/2013
difcil imaginar que a quantidade de acidentes de trnsito, de atropelamentos, de
mortes, de pessoas feridas, de dor e de sofrimento ir diminuir somente com 2 campanhas de conscientizao. Tambm difcil acreditar que os prejuzos
econmicos e sociais que as interminveis filas de automveis em 4 congestionamentos causam iro acabar somente pedindo-se que as pessoas deixem
seus veculos em casa. O fato que, com o crescimento que a frota de veculos nas 6 vias vem tendo, inevitvel que ocorram mais engarrafamentos e, assim, tambm
inevitvel que o estresse dos motoristas aumente, gerando um comportamento 8 mais agressivo. O que tem de ser feito, ento, reduzir o nmero de veculos nas
vias. H um problema, porm: como fazer isso em um pas em que a economia est 10 aquecida e em que as pessoas esto tendo cada vez mais facilidades para comprar
um carro? A resposta dada por quem estuda o tema quase unnime: investir em 12 transporte coletivo.
(Adaptado de Juliano Tatsch Jornal do Comrcio, Soluo para problemas no trnsito est no transporte coletivo. http://portoimagem.wordpress.
com/2011/03/24, acesso em 5/12/2012.)
De acordo com o desenvolvimento da argumentao do texto, o
investimento em transporte coletivo a soluo para vrios problemas, exceto para:
a) acidentes de trnsito (L. 1) b) campanhas de conscientizao (L. 2 e 4) c) engarrafamentos (L. 6) d) estresse dos motoristas (L. 7) e) comportamento mais agressivo (L. 8)
Questo 03 (FGV) Tcnico Mdio DPE-RJ/2014
CIDADE URGENTE
Os problemas da expanso urbana esto na conversa cotidiana dos milhes de
brasileiros que vivem em grandes cidades e sabem onde o sapato aperta. So refns do metr e do nibus, das enchentes, da violncia, da precariedade dos
servios pblicos. No vestibular, todo estudante depara com a questo urbana e os pesquisadores se debruam sobre o assunto, que tambm parte significativa da
pauta dos meios de comunicao.
No poderia ser diferente: com 85% da populao nas cidades (chegar a 90% ao
final desta dcada), quem pode esquecer a relevncia do tema?
Parece incrvel, mas os grandes operadores do sistema econmico e poltico tratam
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os problemas das cidades como grilos que irritam ao estrilar. Passados os
incmodos de cada crise, quem ganha dinheiro no caos urbano toca em frente seus
negcios e quem ganha votos, sua campanha. S alguns movimentos populares e
organizaes civis - Passe Livre, Nossa So Paulo e outros - insistem em
plataformas, debates e campanhas para enfrentar os problemas e encontrar
solues sustentveis.
A criao do Ministrio das Cidades, no governo Lula, fazia supor que o Brasil
enfrentaria o desafio urbano, integrando as polticas pblicas no mbito municipal,
estabelecendo parmetros de qualidade de vida e promovendo boas prticas.
Passados quase 12 anos, o ministrio mais um a ser negociado nos arranjos
eleitorais.
A gesto fragmentada, educao para um lado e sade para outro, habitao
submetida especulao imobiliria, saneamento espera de recursos que vo
para as grandes obras de fachada, transporte inviabilizado por um sculo de
submisso ao mercado do petrleo. A fragmentao vem do descompasso entre
Unio, Estados e municpios, desunidos por um pacto antifederativo, adversrios na
disputa pelos tributos que se sobrepem nas costas dos cidados.
(....) Uma nova gesto urbana pode nascer com a participao das organizaes
civis e movimentos sociais que acumularam experincias e conhecimento dos
moradores das periferias e usurios dos servios pblicos. Quem vive e estuda os
problemas, ajuda a achar solues.
Marina Silva, Folha de So Paulo, 7/1/2014.
A alternativa em que o vocbulo sublinhado tem seu significado
corretamente fornecido pela palavra em maisculas
a) a gesto fragmentada... / TRIBUTAO b) ... habitao submetida especulao imobiliria... / CORRUPO c) ...inviabilizado por um sculo de submisso ao mercado do petrleo/ DOMINAO
d) a fragmentao vem do descompasso entre Unio, Estados e municpios... / DIFERENA
e) ... adversrios na disputa pelos tributos que se sobrepem nas costas dos cidados/ ACUMULAM
Questo 04 (FGV) Tcnico Mdio DPE-RJ/2014
(Responda com base no texto da questo anterior.)
No primeiro pargrafo do texto o segmento onde o sapato aperta aparece entre aspas porque:
a) mostra uma frase sem respeito pela norma culta
b) indica o tpico central do pargrafo
c) destaca uma ironia da autora do texto
d) copia uma expresso popular
e) enfatiza uma ideia importante do texto
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Questo 05 (CESPE) Diplomata Instituto Rio Branco/2012
Fragmento I
Macunama
No fundo do mato-virgem nasceu Macunama, heri da nossa gente. Era
preto retinto e filho do medo da noite. Houve um momento em que o silncio foi to
grande escutando o murmurejo do Uraricoera, que a ndia tapanhumas pariu uma
criana feia. Essa criana que chamaram de Macunama.
J na meninice fez coisas de sarapantar. De primeiro passou mais de seis
anos no falando. Si o incitavam a falar exclamava:
Ai! Que preguia!...
e no dizia mais nada. Ficava no canto da maloca, trepado no jirau de paxiba,
espiando o trabalho dos outros e principalmente os dois manos que tinha, Maanape
j velhinho e Jigu na fora do homem.
Fragmento II
9 Carta pras icamiabas
s mui queridas sbditas nossas, Senhoras Amazonas.
Trinta de Maio de Mil Novecentos e Vinte e Seis,
So Paulo.
Senhoras:
No pouco vos surpreender, por certo, o endereo e a literatura desta
missiva. Cumpre-nos, entretanto, iniciar estas linhas de saudade e muito amor, com
desagradvel nova. bem verdade que na boa cidade de So Paulo a maior do universo, no dizer de seus prolixos habitantes no sois conhecidas como icamiabas, voz espria, sino que pelo apelativo de Amazonas; e de vs, se afirma, cavalgardes ginetes belgeros e virdes da Hlade clssica; e assim sois
chamadas. Muito nos pesou a ns, Imperator vosso, tais dislates da erudio,
porm heis de convir conosco que, assim, ficais mais heroicas e mais conspcuas,
tocadas por essa platina respeitvel da tradio e da pureza antiga.
(...)
Macunama, Imperator
Mrio de Andrade. Macunama, o heri sem nenhum
carter. Rio de Janeiro: Agir, 2008, p. 13, 97 e 109.
Considerando a coerncia, a progresso temtica e as marcas de
referencialidade do fragmento II do texto, julgue (C ou E) o seguinte item.
A formalidade da linguagem, na carta endereada s icamiabas, adequada ao
texto e coerente com as caractersticas do remetente, Macunama Imperator, e das destinatrias, as icamiabas.
Questo 06 (CESPE) Diplomata Instituto Rio Branco/2012
(Responda com base nos textos da questo anterior.)
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Considerando os aspectos lingusticos e a estrutura da narrativa nos
fragmentos apresentados, extrados da obra Macunama, o Heri Sem Nenhum Carter, julgue (C ou E) o item subsequente.
Ambos os fragmentos apresentam a estrutura textual tpica da narrativa, recurso
empregado pelo autor como forma de manter a coerncia dos fatos narrados.
Questo 07 (CESPE) Nvel Mdio TJ-RR/2012
A dependncia do mundo virtual inevitvel, pois grande parte das tarefas do nosso
dia a dia so transferidas para a rede mundial de computadores. A vivncia nesse
mundo tem consequncias jurdicas e econmicas, assim como ocorre no mundo
fsico. Uma das questes suscitadas pelo uso da Internet diz respeito justamente
aos efeitos dessa transposio de fatos do mundo real para o mundo virtual,
sobretudo no que se refere sua interpretao jurdica. Como exemplos de
situaes problemticas, podemos citar a aplicao das normas comerciais e de
consumo nas transaes realizadas pela Internet, o recebimento indesejado de
mensagens por email (spam), a validade jurdica do documento eletrnico, o conflito
de marcas com os nomes de domnio, a propriedade intelectual e industrial, a
privacidade, a responsabilidade dos provedores de acesso, de contedo e de
terceiros na Web bem como os crimes de informtica.
Renato M. S. Opice Blum. Internet: (com adaptaes).
Considerando as ideias e as estruturas lingusticas do texto, julgue o item
subsequente.
Infere-se das informaes do texto que no mundo virtual os problemas jurdicos e
econmicos potenciais tm equivalncia aos problemas do mundo fsico.
Questo 08 (FGV) Tcnico Superior Especializado DPERJ/2014
Segundo a charge, o espao do shopping deveria ser reservado:
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a) aos cidados de bem
b) a pessoas mais velhas
c) elite econmica
d) a pessoas de boa aparncia
e) a pessoas brancas
Questo 09 (FGV) Tcnico Superior Especializado DPERJ/2014
(Responda com base na charge da questo anterior.)
Entre as variedades lingusticas h uma que se pode denominar de jargo
profissional, na medida em que revela a atividade de quem a utiliza. Nesse
caso, o que mostra o jargo do policial :
a) o emprego dos verbos no imperativo
b) a utilizao do vocbulo procedimento c) o uso de formas de polidez, como por favor d) a objetividade das frases, sem maiores explicaes
e) a ilegalidade da cobrana aos jovens
Questo 10 (CESPE) Tcnico Judicirio TRT 17 Regio/2013
Existem vrias formas de punio para aqueles que pratiquem assdio moral,
podendo essa punio recair tanto no assediador, quanto na empresa empregadora
que no coba, ou que at mesmo incentive o assdio, como ocorre, por
exemplo, no caso do assdio moral organizacional, decorrente de polticas
corporativas. O empregador responde pelos danos morais causados vtima que
tenha sofrido assdio em seu estabelecimento, nos termos do artigo 932 do Cdigo
Civil. Em caso de condenao, cabe justia do trabalho fixar um valor de
indenizao, com o objetivo de reparar o dano. O assediador, por sua vez, poder
ser responsabilizado em diferentes esferas: na penal, estar sujeito condenao
por crimes de injria e difamao, constrangimento e ameaa (artigos 139, 140,
146 e 147 do Cdigo Penal); na trabalhista, correr o risco de ser dispensado por
justa causa (artigo 482 da Consolidao das Leis do Trabalho) e ainda por mau
procedimento e ato lesivo honra e boa fama de qualquer pessoa; por fim, na
esfera cvel, poder sofrer ao regressiva, movida pelo empregador que for
condenado na justia do trabalho ao pagamento de indenizao por danos morais,
em virtude de atos cometidos pelo empregado.
Internet: (com adaptaes).
A respeito das estruturas lingusticas do texto acima, julgue o item
seguinte.
O texto classifica-se como expositivo, visto que, nele, defendida, com base em
argumentos, a punio daqueles que pratiquem assdio moral.
Questo 11 (IBFC) Oficial de Cartrio PC-RJ/2013
O Jivaro
(Rubem Braga)
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Um Sr. Matter, que fez uma viagem de explorao Amrica do Sul, conta a um
jornal sua conversa com um ndio jivaro, desses que sabem reduzir a cabea de
um morto at ela ficar bem pequenina. Queria assistir a uma dessas operaes, e o
ndio lhe disse que exatamente ele tinha contas a acertar com um inimigo.
O Sr. Matter:
- No, no! Um homem, no. Faa isso com a cabea de um macaco.
E o ndio:
- Por que um macaco? Ele no me fez nenhum mal!
Sobre o carter estrutural do texto de Rubem Braga, correto afirmar que
:
a) expositivo
b) narrativo
c) argumentativo
d) descritivo
e) injuntivo
Questo 12 - (CESPE) Auxiliar de Administrao FUB/2013
Mais verbas tm de se traduzir em mo de obra qualificada, instalaes de
excelncia e equipamentos de ponta. Sade e educao devem atrair os talentos
mais cobiados do pas, capazes de ombrear com profissionais que sobressaem no
mundo globalizado. Atingir o patamar de excelncia implica perseguir metas, avaliar
resultados e corrigir rumos. Jeitinho, outro nome da improvisao, falta de
compromisso e consequente desperdcio, precisa fazer parte de um passado que
cultivou a ineficincia para sustentar orgias pessoais que condenaram geraes
ignorncia e ao atraso. Correio Braziliense, 18/08/2013 (com adaptaes).
Em relao ao fragmento de texto acima, julgue o prximo item.
Predomina no fragmento em questo o tipo textual narrativo.
Questo 13 - (UFBA) Contador UFBA/2013
Meu Deus,
me d cinco anos.
Me d um p de fedegoso com formiga preta,
me d um Natal e sua vspera,
05 o ressonar das pessoas no quartinho.
Me d a negrinha Fia pra eu brincar,
me d uma noite pra eu dormir com minha me.
Me d minha me, alegria s e medo remedivel,
me d a mo, me cura de ser grande,
10 meu Deus, meu pai,
meu pai.
PRADO, A. Orfandade. Bagagem. 29. ed. Rio de Janeiro: Record, 2010. p.12.
No contexto do poema, a repetio do termo me d constitui um exemplo do uso livre e descontrado do idioma, sem submisso norma padro.
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Questo 14 - (IDECAN) Tcnico Bancrio Banestes/2012
Diploma garantido
Muitos pais tm contratado planos de previdncia para os filhos menores de
idade. A diferena que, ao fazer isso, no esto pensando em investir na
aposentadoria dos rebentos, mas sim em oferecer condies para que, ao atingir a
maioridade, eles tenham dinheiro para arcar com despesas relacionadas
educao, como uma boa faculdade, um curso de especializao ou um intercmbio
no exterior.
Segundo dados da Federao Nacional de Previdncia Privada Vida
(FenaPrevi), entidade que rene empresas do setor, os planos de previdncia para
menores arrecadaram s no ano passado, 1,7 bilho de reais 24% a mais do que em 2010.
Falta de disciplina para fazer os depsitos e saques no programados
prejudicam quem quer poupar para o futuro. A contribuio deve ser encarada como uma despesa da casa, assim como as contas de gua e luz, diz Carolina Wanderley, consultora snior de previdncia privada da empresa de investimentos
Mercer. Ou seja, no se deve pular o investimento na previdncia em meses de dinheiro curto, muito menos usar o montante reservado nela para cobrir despesas
acima do normal.
Para contornar imprevistos desse gnero, os especialistas recomendam pedir
ao banco que as mensalidades sejam postas em dbito automtico ou cobradas via
boleto e manter um segundo investimento como uma poupana destinado a apagar incndios.
(Veja, 9 de maio 2012. Com adaptaes.)
A respeito do texto Diploma garantido, correto afirmar que:
a) as informaes so apresentadas de forma objetiva
b) ope-se linguagem informativa por apresentar expresso metafrica
c) as informaes so apresentadas ora de forma objetiva, ora de forma subjetiva
d) as informaes possuem carter cientfico tendo em vista os dados apresentados
e) as informaes possuem carter publicitrio tendo em vista a linguagem utilizada
Questo 15 - (IDECAN) Tcnico Bancrio Banestes/2012
(Responda com base no texto da questo anterior.)
Apesar de possuir uma linguagem predominantemente formal, o texto
apresenta o registro de variante lingustica coloquial em:
a) Muitos pais tm contratado planos de previdncia para os filhos menores de idade. b) ... como uma boa faculdade, um curso de especializao ou um intercmbio no exterior... c) ... saques no programados prejudicam quem quer poupar para o futuro. d) ... no se deve pular o investimento na previdncia em meses de dinheiro curto... e) ... pedir ao banco que as mensalidades sejam postas em dbito automtico...
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QUESTES COMENTADAS
Questo 01 (CESPE) Oficial de Controle Externo TCE-RS/2013
O sistema de banco de milhagens desenvolvido pelo TCE/RS modelo para outras instituies no Rio Grande do Sul e no Brasil. O banco de
registro de milhagens utiliza os crditos de passagens areas custeadas com recursos pblicos. De acordo com o presidente do
TCE/RS, a proposta ir gerar considervel economia aos cofres pblicos. Considerando que as despesas com a emisso de passagens para viagens oficiais so custeadas pelo tesouro, entendemos que devem ser adotadas todas as medidas possveis para
que esses crditos sejam utilizados na aquisio de novos bilhetes, em benefcio dos entes da prpria administrao pblica, assinalou.
Prmios ou crditos de milhagens oferecidos pelas companhias de transporte areo, quando resultantes de passagens adquiridas com
recursos da administrao direta ou indireta de qualquer dos poderes
do Rio Grande do Sul, sero incorporados ao errio e utilizados apenas em misses oficiais.
Internet: (com adaptaes).
Com base no texto acima, julgue o item que se segue.
Depreende-se das informaes do texto que os funcionrios que usarem passagens areas custeadas pelo governo do Rio Grande do
Sul podem usufruir, para viagens particulares, dos prmios ou
crditos de milhagens concedidos pelas companhias areas.
GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
E B E D E E C C B E
11 12 13 14 15
B E C C D
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Comentrios
Temos aqui uma tpica questo de inteleco textual, daquelas de que
falamos, que deve ser respondida com base nas informaes contidas no texto.
Uma dica que dei: primeiro leia a alternativa a ser julgada (pois a veracidade ou falsidade dela que temos que verificar) e, somente,
depois passe leitura do texto.
Vamos destrinchar a alternativa que iremos julgar.
Ela afirma que os funcionrios podem usufruir, em viagens
particulares, dos prmios ou crditos de milhagens concedidos pelas companhias em virtude de passagens custeadas pelo governo.
Ao analisar a afirmativa, sem ler o texto, mas com a bagagem que trazemos de outros conhecimentos, podemos suspeitar de sua
veracidade. Isso porque, em regra, no permitido que os gastos pblicos sejam revertidos em benefcio particular dos funcionrios.
Essa suspeita pode e deve orientar voc na leitura do texto, mas lembre-se: a alternativa deve SEMPRE ser respondida com base
nas informaes do texto.
Ento hora de enfrentar o texto que devemos interpretar!
Trata-se de texto retirado do site do TCE. Seu objetivo informar sobre o bem-sucedido sistema de banco de milhagens do TCE/RS.
Outra dica importante que dei, na parte terica da aula, : destaque a ideia central do texto. No caso da questo, poderamos retirar a
seguinte ideia:
O sistema de banco de milhagens desenvolvido pelo TCE/RS utiliza os crditos de passagens areas custeadas com
recursos pblicos, os quais sero incorporados ao errio e utilizados apenas em misses oficiais, o que gera considervel
economia aos cofres pblicos.
Essa ideia central no coaduna com a afirmao feita na alternativa,
pois esta dispe que os funcionrios podem usufruir dessas milhas (obtidas por meio de recursos pblicos) em viagens particulares,
mas o texto relata que as mesmas milhas somente podero ser utilizadas em misses oficiais.
GABARITO: ERRADA
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difcil imaginar que a quantidade de acidentes de trnsito, de atropelamentos, de mortes, de pessoas feridas, de dor e de 2
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sofrimento ir diminuir somente com campanhas de conscientizao. Tambm difcil acreditar que os prejuzos econmicos e sociais que 2
as interminveis filas de automveis em congestionamentos causam iro acabar somente pedindo-se que as pessoas deixem seus veculos 4
em casa. O fato que, com o crescimento que a frota de veculos nas vias vem tendo, inevitvel que ocorram mais engarrafamentos e, 6
assim, tambm inevitvel que o estresse dos motoristas aumente, gerando um comportamento mais agressivo. O que tem de ser feito, 8
ento, reduzir o nmero de veculos nas vias. H um problema,
porm: como fazer isso em um pas em que a economia est aquecida 10 e em que as pessoas esto tendo cada vez mais facilidades para
comprar um carro? A resposta dada por quem estuda o tema quase 12 unnime: investir em transporte coletivo.
(Adaptado de Juliano Tatsch Jornal do Comrcio, Soluo para problemas no trnsito est no transporte coletivo. http://portoimagem.wordpress. com/2011/03/24, acesso em 5/12/2012.)
De acordo com o desenvolvimento da argumentao do texto,
o investimento em transporte coletivo a soluo para vrios problemas, exceto para:
a) acidentes de trnsito (L. 1)
b) campanhas de conscientizao (L. 3)
c) engarrafamentos (L. 8)
d) estresse dos motoristas (L. 9)
e) comportamento mais agressivo (L. 9 e 10)
Comentrios
Esta mais uma questo que exige do candidato a interpretao do texto. Com base nas minhas dicas de interpretao, vamos comear
pela leitura da questo. Ela pede que voc identifique qual das alternativas NO ter soluo com investimento em transporte
coletivo (preste sempre ateno quando o enunciado possuir o termo EXCETO).
Mesmo antes de fazermos a leitura do