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Contabilidade Geral para Auditor Fiscal do Trabalho Teoria e exercícios comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa – Aula 00 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 47 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO .............................................................................................................................. 1 O CURSO, EDITAL E PROVA .............................................................................................................. 3 PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE....................................................................................................... 8 PRINCIPAIS ASPECTOS DA RESOLUÇÃO 1.282/2010 DO CFC ................................................................ 9 RESOLUÇÃO N. 750/93 DO CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE (ATUALIZADA) .............................. 9 CAPÍTULO I - DOS PRINCÍPIOS E DE SUA OBSERVÂNCIA ..................................................................... 9 CAPÍTULO II - DA CONCEITUAÇÃO, DA AMPLITUDE E DA ENUMERAÇÃO............................................... 10 SEÇÃO I - O PRINCÍPIO DA ENTIDADE ............................................................................................. 11 SEÇÃO II - O PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE .................................................................................... 12 SEÇÃO III - O PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE .................................................................................. 12 SEÇÃO IV - O PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL ......................................................... 13 SEÇÃO VI - O PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA ..................................................................................... 17 SEÇÃO VII - O PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA ........................................................................................ 18 PRINCÍPIOS CONTÁBEIS X CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ......... 19 CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS FUNDAMENTAIS........................................................................... 20 RELEVÂNCIA ................................................................................................................................. 20 REPRESENTAÇÃO FIDEDIGNA ......................................................................................................... 21 CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DE MELHORIA ............................................................................. 22 COMPARABILIDADE ....................................................................................................................... 23 VERIFICABILIDADE ........................................................................................................................ 23 TEMPESTIVIDADE .......................................................................................................................... 23 COMPREENSIBILIDADE .................................................................................................................. 24 QUESTÕES COMENTADAS – PRINCÍPIOS CONTÁBEIS ........................................................................ 26 QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ............................................................................................ 42 GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ..................................................................... 47 APRESENTAÇÃO Olá, meus amigos. Como estão?! É com um imenso prazer que estamos aqui, no Estratégia Concursos, o mais novo e revolucionário site de preparação para concursos públicos, para ministrar para vocês a disciplina de Contabilidade Geral para o concurso de Auditor Fiscal do Trabalho, do quadro integrante do Ministério do Trabalho e Emprego. O Estratégia conta com os melhores professores do Brasil, não tenham dúvidas. Certamente, estudando pelo material que ofereceremos aqui, em todas as disciplinas, você não precisará de mais nada para ter uma preparação sólida e focada para este certame. Para aqueles que pretendem se realizar profissionalmente, o cargo de AFT é certamente um dos que merece destaque. É um cargo em que se pode mudar a vida das pessoas, no que tange aos aspectos trabalhistas e de saúde e AULA 00: APRESENTAÇÃO. 2 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE CONTABILIDADE (APROVADOS PELO CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE - CFC - POR MEIO DA RESOLUÇÃO DO CFC Nº 750/1993, ATUALIZADA PELA RESOLUÇÃO CFC Nº 1.282/2010).

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Contabilidade Geral para Auditor Fiscal do Trabalho

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Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 47

SUMÁRIO APRESENTAÇÃO .............................................................................................................................. 1 O CURSO, EDITAL E PROVA .............................................................................................................. 3 PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE. ...................................................................................................... 8 PRINCIPAIS ASPECTOS DA RESOLUÇÃO 1.282/2010 DO CFC ................................................................ 9 RESOLUÇÃO N. 750/93 DO CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE (ATUALIZADA) .............................. 9 CAPÍTULO I - DOS PRINCÍPIOS E DE SUA OBSERVÂNCIA ..................................................................... 9

CAPÍTULO II - DA CONCEITUAÇÃO, DA AMPLITUDE E DA ENUMERAÇÃO ............................................... 10 SEÇÃO I - O PRINCÍPIO DA ENTIDADE ............................................................................................. 11

SEÇÃO II - O PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE .................................................................................... 12 SEÇÃO III - O PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE .................................................................................. 12 SEÇÃO IV - O PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL ......................................................... 13 SEÇÃO VI - O PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA ..................................................................................... 17 SEÇÃO VII - O PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA ........................................................................................ 18

PRINCÍPIOS CONTÁBEIS X CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ......... 19 CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS FUNDAMENTAIS ........................................................................... 20 RELEVÂNCIA ................................................................................................................................. 20 REPRESENTAÇÃO FIDEDIGNA ......................................................................................................... 21 CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DE MELHORIA ............................................................................. 22 COMPARABILIDADE ....................................................................................................................... 23 VERIFICABILIDADE ........................................................................................................................ 23

TEMPESTIVIDADE .......................................................................................................................... 23 COMPREENSIBILIDADE .................................................................................................................. 24 QUESTÕES COMENTADAS – PRINCÍPIOS CONTÁBEIS ........................................................................ 26 QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ............................................................................................ 42 GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ..................................................................... 47

APRESENTAÇÃO

Olá, meus amigos. Como estão?!

É com um imenso prazer que estamos aqui, no Estratégia Concursos, o mais

novo e revolucionário site de preparação para concursos públicos, para ministrar para vocês a disciplina de Contabilidade Geral para o concurso de Auditor

Fiscal do Trabalho, do quadro integrante do Ministério do Trabalho e

Emprego.

O Estratégia conta com os melhores professores do Brasil, não tenham dúvidas. Certamente, estudando pelo material que ofereceremos aqui, em todas as

disciplinas, você não precisará de mais nada para ter uma preparação sólida e focada para este certame.

Para aqueles que pretendem se realizar profissionalmente, o cargo de AFT é

certamente um dos que merece destaque. É um cargo em que se pode mudar a vida das pessoas, no que tange aos aspectos trabalhistas e de saúde e

AULA 00: APRESENTAÇÃO. 2 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE

CONTABILIDADE (APROVADOS PELO CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE - CFC - POR MEIO DA RESOLUÇÃO DO CFC Nº

750/1993, ATUALIZADA PELA RESOLUÇÃO CFC Nº 1.282/2010).

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segurança do trabalho. Desconheço um auditor fiscal do trabalho que esteja

infeliz em suas atribuições.

Permita-me uma pequena apresentação.

A remuneração de ambos os cargos também é excelente, R$ 14.280,00 iniciais. Isso mesmo, repito, R$ 14.280,00. Com um salário destes, vive-se bem em

qualquer lugar do Brasil. É o que você precisa para dar de vez aquela qualidade de vida para sua família, ou, para você que é solteiro, viajar o mundo todo.

Agora, permita que nos apresentemos:

Meu nome é Gabriel Rabelo, sou Auditor Fiscal da Secretaria da Fazenda

do Estado do Rio de Janeiro, tendo, também, dentre outros, exercido o cargo de Auditor Fiscal da Secretaria da Fazenda do Estado do Espírito Santo.

Sou professor colaborador de direito empresarial e contabilidade no sítio do Estratégia.

Ministro, também, contabilidade e direito empresarial em cursos presenciais

preparatórios para concursos e, em videoaula, no Eu Vou Passar.

Sou autor dos livros 1.001 Questões Comentadas de Direito Empresarial – FCC e 1.001 Questões Comentadas de Direito Administrativo – ESAF, este

último em co-autoria com a professora Elaine Marsula, ambos publicados pela Editora Método.

Meu nome é Luciano Rosa, sou Agente Fiscal de Rendas da Secretaria da

Fazenda do Estado de São Paulo, aprovado no concurso de 2009. Anteriormente, trabalhei durante 10 anos na Assembléia Legislativa de São

Paulo, aprovado em 1º lugar no concurso de 1999, ocupando os cargos de

Agente Técnico Legislativo Especializado – área de finanças, e, em comissão, durante 7 anos, o cargo de Diretor Técnico Legislativo do Serviço Técnico de

Programação Financeira. Sou professor de contabilidade para concursos. Autor de diversos cursos na área de contabilidade.

Sou formado em Administração de Empresas pela Faculdade de Economia e

Administração – FEA – USP. Possuo 17 anos de experiência em empresas privadas, na área de Controladoria, tendo ocupado os cargos de Assistente de

Auditoria, Analista de Custo, Chefe da Contabilidade Financeira e Controller.

Além disso, lançamos juntos, pela Editora Método, o livro Contabilidade Avançada Facilitada para Concursos –

Teoria e questões e mais de 200 questões comentadas. Este livro é baseado nos Pronunciamentos Contábeis emanados

do Comitê de Pronunciamentos Contábeis e está disponível

para venda no site da editora e nas diversas livrarias.

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O CURSO, EDITAL E PROVA

O edital foi publicado em 01 de julho de 2013. As provas serão realizadas em

08 de setembro de 2013.

A banca será o Centro de Seleção e Promoção de Eventos – CESPE.

Ao todo serão são 100 vagas, sendo 95 para ampla concorrência e 5 para portadores de necessidades especiais.

É requisito para ingresso no cargo diploma, devidamente registrado, de

conclusão de curso de graduação de nível superior em qualquer área de formação, fornecido por instituição de ensino superior reconhecida pelo

Ministério da Educação (MEC).

As atribuições do cargo de Auditor-Fiscal do Trabalho correspondem às previstas

no artigo 11 da Lei nº 10.593/2002, publicada no Diário Oficial da União, de 9 de dezembro de 2002, e no Regulamento da Inspeção do Trabalho, de que trata

o Decreto nº 4.552/2002, publicado do Diário Oficial da União, de 30 de dezembro de 2002, e caracterizam-se por assegurar, em todo o território

nacional:

- O cumprimento de disposições legais e regulamentares, inclusive as relacionadas à segurança e à medicina do trabalho, no âmbito das relações de

trabalho e de emprego; - A verificação dos registros em Carteira de Trabalho e Previdência Social

(CTPS), visando-se à redução dos índices de informalidade; à verificação do recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), objetivando

maximizar os índices de arrecadação; ao cumprimento de acordos, convenções e

contratos coletivos de trabalho celebrados entre empregados e empregadores; ao respeito aos acordos, tratados e convenções internacionais dos quais o Brasil

é signatário; à lavratura de auto de apreensão e guarda de documentos, materiais, livros e assemelhados, para verificação da existência de fraude e

irregularidades, bem como ao exame da contabilidade das empresas, não se lhes aplicando o disposto nos artigos 17 e 18 do Código Comercial.

O regime de trabalho é de 40 horas semanais, regendo-se o cargo pela Lei

8.112/1990.

As fases do concurso estão descritas no quadro a seguir.

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As provas objetivas, de caráter eliminatório e classificatório, valerão 220,00 pontos e abrangerão os objetos de avaliação constantes do anexo do edital.

As questões serão do tipo certo ou errado.

Contabilidade está prevista dentro de conhecimentos específicos, sendo uma

das grandes novidades deste novo edital.

Atente-se, ainda, que o candidato não poderá obter, sob pena de eliminação:

a) Nota inferior a 20,00 pontos na prova objetiva de Conhecimentos Básicos P1; b) Nota inferior a 36,00 pontos na prova objetiva de Conhecimentos Específicos

P2;

c) Nota inferior a 66,00 pontos no conjunto das provas objetivas.

Feitas estas considerações gerais, passemos a falar especificamente da contabilidade.

Não sabemos ao todo quantas questões teremos na disciplina. Assim, podemos

ter 20, 30, nenhuma ou qualquer outro número. Seria razoável estimar a quantidade de itens em uma quantidade de 10 a 15.

A ementa é a seguinte:

Contabilidade Geral: 1 Lei nº 6.404/1976, suas alterações e legislação complementar. 1.1 Pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis

(CPC). 2 Princípios fundamentais de contabilidade (aprovados pelo Conselho

Federal de Contabilidade - CFC - por meio da Resolução do CFC nº 750/1993, atualizada pela Resolução CFC nº 1.282/2010). 3 Patrimônio: componentes

patrimoniais (ativo, passivo e patrimônio líquido). 4 Fatos contábeis e respectivas variações patrimoniais. 5 Contas patrimoniais e de resultado. 5.1

Apuração de resultados. 5.2 Plano de contas. 6 Funções e estrutura das contas. 7 Análise econômico-financeira. 7.1 Indicadores de liquidez. 7.2 Indicadores de

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rentabilidade. 7.3 Indicadores de lucratividade. 7.4 Análise vertical e horizontal.

8 Efeitos inflacionários sobre o patrimônio das empresas. 9 Avaliação e contabilização de itens patrimoniais e de resultado de investimentos societários

no país. 10 Destinação de resultado. 11 Custos para avaliação de estoques. 12 Custos para tomada de decisões. 13 Sistemas de custos e informações

gerenciais. 14 Estudo da relação custo versus volume versus lucro. 15 Elaboração de demonstrações contábeis pela legislação societária, pelos

princípios fundamentais da contabilidade e pronunciamentos contábeis do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). 15.1 Demonstração dos fluxos de

caixa (métodos direto e indireto). 15.2 Balanço patrimonial. 15.3 Demonstração do resultado do exercício. 15.4 Demonstração do valor adicionado. 16 Fusão,

cisão e incorporação de empresas. 17 Consolidação de demonstrações contábeis.

18 Tributos recuperáveis.

Façamos uma pequena análise do edital.

O primeiro aspecto digno de nota é que, num só edital, sob a máscara do título

contabilidade geral, temos ao menos quatro disciplinas: contabilidade geral, contabilidade de custos, análise das demonstrações contábeis e contabilidade

avançada. Embora esta classificação se dê somente para efeitos didáticos, não deixam de ser subdivisões, ganhando volume no estudo.

Outro ponto que gostaríamos, desde logo, de deixar claro é a resposta para

diversos e-mails que temos recebido indagando, em síntese, se é possível, para aqueles que não se preparam para esta disciplina anteriormente, aprender todo

esse conteúdo em praticamente dois meses.

Nossa resposta é: certamente sim! É claro que, em regra, o candidato, ao término do curso, não estará apto a trabalhar em um grande escritório de

contabilidade ou dissertar a fundo temas deveras complexos da disciplina. Mas, acreditem-nos, iremos transmitir aqui o necessário para que vocês possam

realizar uma boa ou excelente prova, mesmo nunca tendo visto antes a

disciplina.

Afirmamos isto porque percebemos, e esta é uma mudança boa para vocês, que o CESPE, nas últimas provas, está explorando muitas questões teóricas sobre as

novidades contábeis, em detrimento daquelas assertivas de outrora em que se era apresentado um plano de contas com dezenas de itens, pedindo elaboração

de demonstrações contábeis diversas.

Para ajudá-los, vamos oferecer aqui no Estratégia um curso completo que começará hoje, nesta aula, terminando duas semanas antes do edital (25.08),

tempo suficiente para se fazer um bom pente fino!

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Enfim, se você procura uma preparação focada, objetiva, consistente, atualizada

e com uma quantidade boa de questões comentadas do CESPE, então venha estudar conosco.

Para aqueles que nunca estudaram contabilidade, em separado, apresentaremos

um arquivo para nivelamento dos teoricamente “iniciantes”.

Além disso, você terá a vantagem de utilizar somente o material que disponibilizaremos aqui. Ele será suficiente para resolver grande parte ou todas

as questões da prova!

Cada dia a mais que transcorre é um dia a menos na preparação. Estudar para este concurso exige foco e preparação. Quem sair à frente certamente terá uma

base mais sólida e forte para concorrer a uma vaga do concurso.

Os principais destaques deste curso que apresentaremos são:

- Conteúdo teórico completo, apresentado com objetividade e de modo fácil.

- Grande acervo de questões comentadas do CESPE. - Não há exigência de conhecimento prévio.

- Contato direto com os professores para responder dúvidas. - Material atualizado de acordo com as mudanças ocorridas na contabilidade

pelas Leis 11.638/07 e 11.941/09, bem como ênfase nos Pronunciamentos Contábeis tão cobrados pelas bancas.

- Matérias apresentadas de acordo com o edital, específico, de modo que você terá aqui tudo o que precisa levar para o certame. Nem mais, nem menos.

- Apresentação de um arquivo em separado para nivelamento daquelas que nunca estudaram a disciplina anteriormente.

O nosso cronograma de aulas é o seguinte:

CRONOGRAMA

Aula 00. 02.07.2013. 2 Princípios fundamentais de contabilidade (aprovados pelo Conselho Federal de Contabilidade - CFC - por meio da Resolução do CFC nº 750/1993, atualizada pela Resolução CFC nº 1.282/2010).

Aula 01. 07.07.2013. 3 Patrimônio: componentes patrimoniais (ativo, passivo e patrimônio líquido). 4 Fatos contábeis e respectivas variações patrimoniais. 5

Contas patrimoniais e de resultado. 5.1 Apuração de resultados. 5.2 Plano de contas. 6 Funções e estrutura das contas.

Aula 02. 14.07.2013. 1 Lei nº 6.404/1976, suas alterações e legislação complementar. 1.1 Pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis

(CPC). 15 Elaboração de demonstrações contábeis pela legislação societária, pelos princípios fundamentais da contabilidade e pronunciamentos contábeis do

Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). 15.2 Balanço patrimonial.

Aula 03. 19.07.2013. 9 Avaliação e contabilização de itens patrimoniais e de

resultado de investimentos societários no país.

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Aula 04. 24.07.2013. 15.3 Demonstração do resultado do exercício. 10 Destinação de resultado.

Aula 05. 30.07.2013. 15.1 Demonstração dos fluxos de caixa (métodos direto e indireto). 15.4 Demonstração do valor adicionado.

Aula 06. 06.08.2013.. 7 Análise econômico-financeira. 7.1 Indicadores de liquidez. 7.2 Indicadores de rentabilidade. 7.3 Indicadores de lucratividade. 7.4 Análise vertical e horizontal. 8 Efeitos inflacionários sobre o patrimônio das

empresas.

Aula 07. 12.08.2013. 11 Custos para avaliação de estoques. 12 Custos para tomada de decisões. 13 Sistemas de custos e informações gerenciais. 14 Estudo da relação custo versus volume versus lucro. 16 Fusão, cisão e incorporação de

empresas. 17 Consolidação de demonstrações contábeis. 18 Tributos recuperáveis.

Aula 08. 18.08.2013. Principais Pontos dos CPC a serem levados para a prova – Parte 1.

Aula 09. 25.08.2013. Principais Pontos dos CPC a serem levados para a prova

– Parte 2.

Nossos e-mails, para dúvidas, são:

[email protected] [email protected]

Quaisquer dúvidas, por favor, enviem aos dois e-mails, para que ambos

possamos ter ciência do que está se passando no curso.

É isso! Vamos começar a nossa batalha?!

Forte abraço!

Gabriel Rabelo/Luciano Rosa.

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PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE.

Inicialmente, temos de nos perguntar o que é a contabilidade. O que vem a ser? Existe uma definição formal para tanto, retirada do 1º Congresso Brasileiro de

Contabilidade, em 1924, qual seja:

Contabilidade é a ciência que estuda e pratica as funções de orientação, de controle e de registro dos atos e fatos de uma administração

econômica.

Atente-se: a contabilidade é uma ciência!

Ao longo do curso, ministraremos eminentemente questões do CESPE. Contudo, eis aqui uma questão da ESAF que vale a pena abordar.

(ESAF/Técnico do Tesouro Nacional/Adaptada/1992) O Primeiro Congresso Brasileiro de Contabilidade, realizado na cidade do Rio de Janeiro, de 17 a 27 de agosto de 1924, formulou um conceito oficial de CONTABILIDADE. Assim,

podemos afirmar que contabilidade é a metodologia especial concebida para captar, registrar, reunir e interpretar os fenômenos que afetam as situações

patrimoniais, financeiras e econômicas de qualquer ente.

Certo ou errado?! Errado. A contabilidade é uma ciência e não metodologia.

Cuidado com questões que a definem como técnica, metodologia, e até mesmo arte!

Portanto, a Contabilidade pode ser conceituada como sendo a ciência que

estuda, registra, controla e interpreta os fatos ocorridos no patrimônio das entidades com fins lucrativos ou não.

Pois bem, enquanto ciência a contabilidade possui um objeto. Este objeto é o patrimônio das entidades.

As ciências contábeis ajudam a controlar e conhecer os elementos que o

integram. Exemplifiquemos: Através da contabilidade, podemos saber quantas mercadorias a empresa X possui em seu estoque, quantos carros possui à

disposição para realizar o frete destas mercadorias, qual o gasto mensal que esta empresa tem com salários, etc.

Como ciência, também, a contabilidade pauta-se em princípios. Princípio pode

ser definido como a causa primária, o momento, o local ou trecho em que algo, uma ação ou um conhecimento, tem origem. E na Contabilidade não é diferente.

Os princípios fundamentais que norteiam a contabilidade (conhecidos como

princípios de contabilidade) estão previstos na Resolução do Conselho Federal de

Contabilidade n. 750/93. Essa Resolução já passou por algumas mudanças,

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contudo, as mais importantes foram sem dúvidas as promovidas pela Resolução

do CFC n. 1.282/10, cujo teor será o objeto de estudo desta aula.

De antemão, as principais alterações promovidas pela Resolução de 2010 foram:

PRINCIPAIS ASPECTOS DA RESOLUÇÃO 1.282/2010 DO CFC

1 – Mudança de nomenclatura: os princípios não são mais denominados princípios fundamentais de contabilidade, mas tão-somente princípios de

contabilidade. 2 – Possuíamos 7 princípios, agora são somente 6, a saber: entidade,

continuidade, oportunidade, registro pelo valor original, competência e prudência.

3 – O princípio da atualização monetária foi incorporado ao do registro pelo valor original.

Agora, vamos fazer um pequeno passeio na legislação antes de iniciarmos as questões.

RESOLUÇÃO N. 750/93 DO CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE

(ATUALIZADA)

CAPÍTULO I - DOS PRINCÍPIOS E DE SUA OBSERVÂNCIA

Art. 1º Constituem PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE (PC) os enunciados por esta Resolução.

§ 1º A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no exercício da profissão e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de

Contabilidade (NBC).

Eis aqui um primeiro aspecto importante da norma. Houve mudança de nomenclatura. Antes os princípios eram chamados de Princípios

Fundamentais da Contabilidade. Com a mudança, passam a ser tratados como Princípios de Contabilidade. Esse já é um primeiro aspecto que pode

ser cobrado em prova, por que não?

Com efeito, se sou contabilista legalmente habilitado, deverei observar sempre a aplicação dos princípios de contabilidade quando do exercício da profissão.

De igual sorte, quando da elaboração de alguma norma de contabilidade, os

órgãos que a emitir deverá sempre o fazer em consonância com os princípios de contabilidade.

§ 2º Na aplicação dos Princípios de Contabilidade há situações concretas e a essência das transações deve prevalecer sobre seus aspectos formais. (Redação

dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)

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Como exemplo deste parágrafo temos a seguinte situação: em regra, os bens registrados contabilmente na empresa são os de propriedade da empresa.

Contudo, na situação de arrendamento mercantil (leasing) financeiro, embora o imobilizado não seja de propriedade formal da empresa, por ser muito provável

que a empresa adquirirá o bem ao final do contrato, o registro é feito no arrendatário, considerando a essência sobre a forma.

Assim, quando ALFA promove o arrendamento de um veículo de BETA e este

arrendamento caracteriza-se, nos termos do CPC 06, como um arrendamento mercantil financeiro, devemos considera-lo como um ativo de ALFA, mesmo que

juridicamente seja uma propriedade de BETA. Esta é, pois, uma exceção à regra de que na contabilidade devemos registrar somente os bens, direitos e

obrigações da entidade que elabora as demonstrações contábeis.

CAPÍTULO II - DA CONCEITUAÇÃO, DA AMPLITUDE E DA ENUMERAÇÃO

Art. 2º Os Princípios de Contabilidade representam a essência das doutrinas e teorias relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento

predominante nos universos científico e profissional de nosso País. Concernem, pois, à Contabilidade no seu sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto é

o patrimônio das entidades. (Redação dada pela Resolução CFC nº.

1.282/10)

A importância deste artigo está em enaltecer a importância dos princípios de contabilidade, sendo a essências das doutrinas e teorias das ciências contábeis.

Reconhece, ainda, o patrimônio como objeto de estudo da Contabilidade.

Continuemos...

Art. 3º São Princípios de Contabilidade: (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)

1) da ENTIDADE; 2) o da CONTINUIDADE;

3) o da OPORTUNIDADE 4) o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL;

5) da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA; (Revogado pela Resolução CFC nº. 1.282/10) 6) o da COMPETÊNCIA

7) o da PRUDÊNCIA.

Antes das alterações possuíamos 7 princípios de Contabilidade. Agora, restaram-

nos somente 6.

O princípio da atualização monetária foi incorporado ao princípio do

registro pelo valor original.

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SEÇÃO I - O PRINCÍPIO DA ENTIDADE

Art. 4º O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios

existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com

ou sem fins lucrativos. Por conseqüência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou

instituição.

Parágrafo único – O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não

resulta em nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico-contábil.

Quando A e B celebram contrato para constituir uma sociedade LTDA e entregam para esta entidade cada um o montante de R$ 100.000,00, não

poderão, a seu bel prazer e a qualquer tempo, reaver tal dinheiro em caso de necessidade. Uma vez constituída, passa a existir distinção entre a sociedade e a

figura de seus sócios. No direito empresarial, tal distinção é conhecida como princípio da autonomia patrimonial da pessoa jurídica. Para nós, na

contabilidade, será chamada de princípio da entidade.

O cerne deste princípio está em separar o patrimônio dos sócios do patrimônio da pessoa jurídica.

É a pessoa jurídica que é objeto de direito, e não os seus sócios. Assim, é a

sociedade que realiza a compra de mercadorias, pertencendo a ela (e não aos sócios) o produto que fora comprado. As receitas são reconhecidas pela entidade

também e não como patrimônio pessoal dos sócios e assim por diante.

Acerca do parágrafo único, façamos as considerações pertinentes. O parágrafo

único do artigo 4º propõe que o ”patrimônio pertence à entidade, mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios

autônomos não resulta em nova entidade, mas numa unidade de natureza econômico-contábil”.

Imagine-se que uma pessoa jurídica possui um estabelecimento empresarial.

Suponhamos que essa empresa possua um carro. Ora, este carro pertence à empresa, mas a empresa não pertence a este carro, de modo que pode o veículo

sofrer operações como compra/venda, permuta, etc, sem que se altere a natureza da entidade. Assim, concluímos que o patrimônio pertence à entidade,

mas a recíproca não é verdadeira.

A segunda parte da norma diz que a soma ou agregação contábil de patrimônios

autônomos não resulta em nova entidade, mas numa unidade de natureza

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econômico-contábil. Assim, no caso de consolidação de balanços entre empresas

controladas ou coligadas com influência significativa, não teremos uma nova entidade, mas somente uma unidade de natureza econômico-contábil, que será

evidenciada, por exemplo, pelas demonstrações consolidadas.

SEÇÃO II - O PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE

Art. 5º O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em

operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância. (Redação dada

pela Resolução CFC nº. 1.282/10)

O princípio da continuidade teve sua redação alterada. Contudo, sua essência é

a mesma: a empresa deve ser avaliada e escriturada na suposição de que a entidade não será extinta, está em funcionamento contínuo. As

mudanças apenas facilitaram o entendimento anterior.

O princípio da continuidade está diretamente ligado à avaliação dos ativos e passivos da empresa.

Basicamente, todo o ativo fica registrado por valores de entrada. Por

exemplo, as máquinas e equipamentos ficam registrados pelos valores que a empresa pagou, menos a depreciação acumulada e eventual ajuste para perdas.

Esse critério de avaliação é válido em função da continuidade esperada da

empresa.

Se não houver continuidade (se a empresa for fechar as portas), aí não importa mais quanto a empresa pagou pelas máquinas; interessa saber por quanto elas

serão vendidas.

Assim, na ausência de continuidade, saímos de uma contabilidade basicamente a preços de entrada para uma contabilidade a preços de

saída.

No caso do passivo, se a empresa tiver dívidas a longo prazo e houver descontinuidade, as dívidas passam a ter vencimento antecipado (ninguém vai

ficar com dívidas de uma empresa fechada; se houver falência, os credores irão se habilitar junto à massa falida, enfim , vão tomar as providências necessárias

para receber a dívida).

SEÇÃO III - O PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE

Art. 6º O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas.

Parágrafo único. A falta de integridade e tempestividade na produção e na

divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por

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isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da

informação. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)

Este princípio também ganhou nova roupagem, mais enxuta. A informação

contábil necessita ser tempestiva e íntegra (essas são as duas palavras chaves). A tempestividade ajuda de modo consistente na produção de

informação para a tomada de decisões acertadas. Quanto mais tempestiva (rápida) uma informação, mais subjetiva ela se torna, uma vez que a rápida

produção de uma informação contábil pode estar desprovida de elementos que provem sua integridade e confiabilidade, e vice-versa.

Por exemplo, uma S/A anuncia a venda de uma filial no momento em seguida à

realização da venda (logo após fechar o negócio). O anúncio é feito verbalmente na imprensa, sem explicar pormenorizadamente a situação. Essa informação foi

tempestiva (até demais), porém, não foi íntegra, pois não se pautou em documentos, notas, contratos, que são documentos que garantiriam a

fidedignidade da informação contábil. Por isso, deve-se fazer a ponderação

entre a oportunidade e a confiabilidade da informação.

SEÇÃO IV - O PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL

Art. 7º O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores

originais das transações, expressos em moeda nacional.

Os fatos contábeis serão registrados pelo seu valor original! Exemplo: Se compramos um carro por R$ 30.000, esse é o valor que deverá constar na

contabilidade, o chamado custo histórico.

§ 1º As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em graus distintos e combinadas, ao longo do tempo, de diferentes formas:

I – Custo histórico. Os ativos são registrados pelos valores pagos ou a serem

pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que são entregues para adquiri-los na data da aquisição. Os passivos são registrados

pelos valores dos recursos que foram recebidos em troca da obrigação ou, em algumas circunstâncias, pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os

quais serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações;

e

Exemplifiquemos. Compramos um veículo por R$ 30.000,00. Este é o custo histórico, pois é o valor pago (em caixa) para aquisição deste ativo. Se, ao

revés, adquirimos mercadorias, por R$ 50.000,00, este é o nosso custo histórico, pois é o quanto será necessário para liquidar este passivo no curso

normal das operações (o quanto sairá do caixa). Todavia, estes valores podem sofrer variações. São as chamadas variações do custo histórico a que o CFC 750

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alude no item II a seguir. São variações do custo histórico: custo corrente, valor

realizável, valor presente, valor justo e atualização monetária.

Atenção: Cada tipo de ativo/passivo estará sujeito a uma ou mais espécies de variações, mas não necessariamente todas. Isso será estudado com maior

tenacidade ao longo do curso. Mas é essencial que fique claro desde já. Por exemplo, o veículo adquirido acima está sujeito ao teste de recuperabilidade

(previsto no artigo 183, §3º da Lei 6.404/76 e regulamentando no CPC 01). Se o veículo tiver um valor recuperável de somente R$ 25.000,00, faremos um ajuste

em seu custo histórico, para adequá-lo ao valor recuperável. Não trabalhamos, neste caso, com o conceito de valor presente, valor justo, atualização monetária

e custo corrente. A este caso aplicou-se tão-somente o ajuste a valor recuperável. É essencial que isso fique claro.

II – Variação do custo histórico. Uma vez integrado ao patrimônio, os componentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variações

decorrentes dos seguintes fatores:

a) Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa ou

equivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data ou no período das demonstrações

contábeis. Os passivos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que seriam necessários para liquidar a obrigação na

data ou no período das demonstrações contábeis;

O que vem a ser o custo corrente? Vejamos...

Os estoques são contabilizados pelo valor de compra (valor original). Depois,

devem ser avaliados pela regra custo ou mercado, dos dois o menor. Atualmente, o “valor de mercado” é chamado de “valor justo”. Então agora

temos custo ou valor justo, dos dois o menor.

Pois bem. Imagine-se que uma empresa comprou matéria prima, digamos,

comprou ácido sulfônico para usar em alguns produtos químicos.

Chegado a época de fechar o balanço, a empresa ainda tem ácido sulfônico em estoque.

O que seria o valor justo para o ácido sulfônico?

Se a empresa não costuma vender esse material, não podemos usar o valor que

a empresa conseguiria numa eventual venda de ácido sulfônico. Se ela não tem tradição, não fabrica ácido sulfônico, não conhece ou não tem relacionamento

comercial com possíveis compradores desse produto, então o preço que ela poderia estimar numa eventual venda não é o valor justo (provavelmente seria

menor que o valor justo).

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Assim, para as matérias primas, o valor justo é o valor que a empresa iria

gastar para comprar o produto dos fabricante/vendedores de ácido sulfônico.

Veja o texto da lei 6404/76:

§ 1o Para efeitos do disposto neste artigo, considera-se valor justo:

(Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

a) das matérias-primas e dos bens em almoxarifado, o preço pelo qual

possam ser repostos, mediante compra no mercado;

O que isso tem a ver com o custo corrente?

Veja a definição de custo corrente: os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou

ativos equivalentes fossem adquiridos na data ou no período das demonstrações contábeis.

Ou seja, o custo corrente é o custo de reposição, ou melhor, o valor que a

empresa pagaria hoje pela matéria prima, se fosse comprá-la.

Os estoques destinados à venda (estoques de produtos acabados) só podem gerar dinheiro (futuros benefícios econômicos) para a empresa com a venda.

No caso de matéria prima, elas podem ser vendidas ou podem ser usadas na fabricação de produtos acabados.

Vamos voltar ao exemplo do ácido sulfônico: se o valor do estoque for de R$

10.000, e o custo corrente (custo de reposição, o preço que vai custar para comprar mais ácido sulfônico) cair e for de R$ 9.500, em princípio, deveríamos

reconhecer uma perda (debita “despesa com perda em estoque – resultado” e credita “ajuste para perdas prováveis em estoque – retificadora do ativo).

Mas se os produtos nos quais o ácido sulfônico não tiver queda de preço, então

não há perda.

É semelhante ao teste de recuperabilidade, temos o valor realizável líquido (no caso é o custo corrente) e o valor em uso (referente ao uso da matéria prima

para fabricar os produtos acabados).

b) Valor realizável. Os ativos são mantidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais poderiam ser obtidos pela venda em uma forma

ordenada. Os passivos são mantidos pelos valores em caixa e equivalentes de caixa, não descontados, que se espera seriam pagos para liquidar as

correspondentes obrigações no curso normal das operações da Entidade;

Suponha que a empresa Alfa tenha mercadorias registradas por R$ 100,00. O

CPC 16, que trata sobre estoques prescreve:

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9. Os estoques objeto deste Pronunciamento devem ser mensurados pelo valor de custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor.

O próprio CPC traz uma noção do que diz ser valor realizável:

Valor realizável líquido é o preço de venda estimado no curso normal dos

negócios deduzido dos custos estimados para sua conclusão e dos gastos estimados necessários para se concretizar a venda.

Se, por exemplo, este estoque só puder ser vendido por R$ 90,00, com

despesas de vendas de R$ 5,00, nosso valor realizável líquido será, portanto, de R$ 85,00.

c) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no

curso normal das operações da Entidade. Os passivos são mantidos pelo valor

presente, descontado do fluxo futuro de saída líquida de caixa que se espera seja necessário para liquidar o passivo no curso normal das operações da

Entidade;

Em lição comezinha, valor presente é quanto vale hoje um ativo ou passivo

pertencente à empresa. O ajuste a valor presente está previsto na Lei 6.404/76 para ativos e passivos de longo prazo e para os de curto prazo (estes apenas

quando houver efeito relevante) – artigo 183, VIII e artigo 184, III. Se tenho um ativo de longo prazo, uma duplicata a receber, por exemplo, no valor de R$

200.000,00, com juros sobre este valor de R$ 50.000,00. Qual o seu valor presente? É no valor de R$ 150.000,00.

d) Valor justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação sem

favorecimentos; e

Valor justo de um ativo é o valor pelo qual um ativo pode ser negociado entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e independentes entre si, com

ausência de fatores que pressionem para a liquidação da transação ou que caracterizem uma transação compulsória. A norma diz a palavra “trocado”.

Lembre-se, contudo, que essa troca do ativo pode ser realizada entre ATIVO x DINHEIRO, o que configuraria uma venda. Geralmente esse valor justo vai

corresponder ao valor de mercado. Uma pessoa quer comprar algo, procura alguém que tenha esse algo e tenha também interesse na venda, fecham um

negócio naturalmente, sem influências um sobre o outro. Esse é o valor justo.

Segundo a Lei 6.404/76:

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes

critérios:

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I - as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em direitos

e títulos de créditos, classificados no ativo circulante ou no realizável a longo

prazo:

a) pelo seu VALOR JUSTO, quando se tratar de aplicações destinadas à

negociação ou disponíveis para venda;

e) Atualização monetária. Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis mediante o

ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais.

§ 2º São resultantes da adoção da atualização monetária:

I – a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não representa unidade constante em termos do poder aquisitivo;

II – para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das transações

originais, é necessário atualizar sua expressão formal em moeda nacional, a fim

de que permaneçam substantivamente corretos os valores dos componentes patrimoniais e, por conseqüência, o do Patrimônio Líquido; e

III – a atualização monetária não representa nova avaliação, mas tão somente o

ajustamento dos valores originais para determinada data, mediante a aplicação de indexadores ou outros elementos aptos a traduzir a variação do poder

aquisitivo da moeda nacional em um dado período. (Redação dada pela

Resolução CFC nº. 1.282/10)

O princípio da atualização monetária continua com o mesmo teor do que prescrevia a Resolução antes do CFC 1.282/10. O que houve foi a mudança de

posicionamento, tornando-se “espécie” do genérico princípio do Registro pelo Valor Original.

SEÇÃO VI - O PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA

Art. 9º O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem,

independentemente do recebimento ou pagamento.

Exemplificando, se a remuneração de pessoal de uma empresa referente ao mês de dezembro de 2010 atrasar. O pagamento só vai ocorrer em janeiro de 2011.

Quando será feito o registro na Contabilidade? Ora, o pagamento se referirá a que mês? Em que mês houve o fato gerador dessa despesa? Bem, em

dezembro. Logo, dar-se-á o registro contábil ainda no mês de dezembro, independentemente do pagamento. O mesmo vale para as receitas.

Parágrafo único. O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas. (Redação dada pela

Resolução CFC nº. 1.282/10).

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Assim, quando realizo a venda de uma mercadoria e procedo à sua entrega, devo reconhecer simultaneamente a receita de vendas e todas as despesas que

correspondam a essa venda.

Atenção: O regime a se utilizar na contabilidade é o da competência, que contabiliza receitas e despesas quando incorridas. Todavia, as micro e pequenas

empresas podem se utilizar do regime de caixa.

Dispõe a Resolução n. 94 do Comitê Gestor do Simples Nacional que:

Art. 61. A ME ou EPP optante pelo Simples Nacional deverá adotar para os registros e controles das operações e prestações por ela realizadas: (Lei Complementar n º 123, de 2006, art. 26, §§ 2 º e 4 º )

I - Livro Caixa, no qual deverá estar escriturada toda a sua movimentação

financeira e bancária;

(...)

§ 3 º A apresentação da escrituração contábil, em especial do Livro Diário e do

Livro Razão, dispensa a apresentação do Livro Caixa.

O livro caixa escritura receitas e despesas conforme haja pagamento ou

recebimento. Por seu turno, livros diário e razão coadunam com o princípio da competência. Portanto, a questão tomou como absoluto algo que comporta uma

pequena exceção.

O CESPE por diversas vezes abordou este assunto em seus certames. Fique atento!

SEÇÃO VII - O PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA

Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações

patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.

O entendimento é o seguinte: quando se apresentem alternativas válidas para

quantificação das mutações patrimoniais que alterem o PL, escolhe-se o menor valor para o ativo, e maior valor para o Passivo. Assim, se é possível que a

conta clientes fique avaliada pelo total de vendas, no montante de R$ 100.000,00, mas, se é possível também estimar que 5% desses valores não

serão recebíveis, deveremos fazer a provisão adequada, em homenagem ao princípio da prudência.

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Parágrafo único. O Princípio da Prudência pressupõe o emprego de certo grau de precaução no exercício dos julgamentos necessários às estimativas em certas

condições de incerteza, no sentido de que ativos e receitas não sejam superestimados e que passivos e despesas não sejam subestimados, atribuindo

maior confiabilidade ao processo de mensuração e apresentação dos

componentes patrimoniais. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)

Neste parágrafo único o princípio da Prudência adverte sobre o cuidado a ser tomado quando da utilização de valorações de ativos e passivos que envolvam

condições de incerteza, isto é, de subjetividade. Assim, ao mesmo tempo em que o contabilista reconhece as variações patrimoniais decorrentes, por

exemplo, da ação do tempo, intempéries (como a depreciação), em virtude do princípio do registro pelo valor original deve ter o zelo necessário para retratar

sempre a realidade existente na empresa.

Art. 11. A inobservância dos Princípios de Contabilidade constitui infração nas alíneas “c”, “d” e “e” do art. 27 do Decreto-Lei n.º 9.295, de 27 de maio de 1946

e, quando aplicável, ao Código de Ética Profissional do Contabilista. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)

Art. 12. Revogada a Resolução CFC n.º 530/81, esta Resolução entra em vigor

a partir de 1º de janeiro de 1994.

PRINCÍPIOS CONTÁBEIS X CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Prezados alunos, ao estudarmos hoje os princípios contábeis, temos de tomar

cuidado para não confundi-los com as características qualitativas das demonstrações contábeis. E que são essas características qualitativas,

professor? Vejamos.

As características qualitativas são os atributos que tornam as demonstrações

contábeis úteis para os usuários. Estão previstas no CPC 00, que versa sobre a Estrutura conceitual básica da contabilidade.

Observação 1: Um olhar mais atento ao edital e se perceberá que o CPC 00

não consta do edital de contabilidade. Consta somente o item 1.1 Pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC).

Observação 2: Este tema teve mudança recente, em 02 de dezembro de 2011,

com as alterações do Pronunciamento Conceitual Básico.

Texto do Pronunciamento Conceitual básico

QC4. Se a informação contábil-financeira é para ser útil, ela precisa ser relevante e representar com fidedignidade o que se propõe a representar. A

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utilidade da informação contábil-financeira é melhorada se ela for

comparável, verificável, tempestiva e compreensível.

3 Ao longo de toda esta Estrutura Conceitual, os termos características qualitativas e restrição irão se referir a características qualitativas da informação

contábil-financeira útil e à restrição da informação contábil-financeira útil.

Comentário:

As características qualitativas foram divididas em duas categorias:

- Características qualitativas fundamentais (relevância e representação

fidedigna); e - Características qualitativas de melhoria (comparabilidade,

verificabilidade, tempestividade e compreensibilidade)

Quanto à Restrição mencionada no Pronunciamento, refere-se ao custo de gerar

as informações.

CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS FUNDAMENTAIS

QC5. As características qualitativas fundamentais são relevância e representação fidedigna.

RELEVÂNCIA

Informação contábil-financeira relevante é aquela capaz de fazer

diferença nas decisões que possam ser tomadas pelos usuários.

A informação contábil-financeira é capaz de fazer diferença nas decisões se tiver valor preditivo, valor confirmatório ou ambos.

A informação contábil-financeira tem valor preditivo se puder ser utilizada pelos usuários para predizer futuros resultados. A informação contábil-

financeira não precisa ser uma predição ou uma projeção para que possua valor preditivo. A informação contábil-financeira com valor preditivo é empregada

pelos usuários ao fazerem suas próprias predições.

A informação contábil-financeira tem valor confirmatório se retro-alimentar – servir de feedback – avaliações prévias (confirmá-las ou

alterá-las).

QC10. O valor preditivo e o valor confirmatório da informação contábil-financeira estão inter-relacionados. A informação que tem valor preditivo muitas vezes também tem valor confirmatório. Por exemplo, a informação

sobre receita para o ano corrente, a qual pode ser utilizada como base para

predizer receitas para anos futuros, também pode ser comparada com predições

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de receita para o ano corrente que foram feitas nos anos anteriores. Os

resultados dessas comparações podem auxiliar os usuários a corrigirem e a melhorarem os processos que foram utilizados para fazer tais predições.

Materialidade

QC11. A informação é material se a sua omissão ou sua divulgação

distorcida (misstating) puder influenciar decisões que os usuários tomam com base na informação contábil-financeira acerca de entidade

específica que reporta a informação. Em outras palavras, a materialidade é um aspecto de relevância específico da entidade baseado na natureza

ou na magnitude, ou em ambos, dos itens para os quais a informação está relacionada no contexto do relatório contábil-financeiro de uma entidade em

particular.

Consequentemente, não se pode especificar um limite quantitativo uniforme

para materialidade ou predeterminar o que seria julgado material para uma

situação particular.

Comentário:

A materialidade é um aspecto de relevância específico da entidade, baseado na natureza ou na magnitude. Ou seja, o que é material para uma empresa pode

não ser para outra. Não é possível determinar um valor ou um percentual uniforme para todas as empresas.

Um item pode ter valor pequeno, mas ser material devido à sua natureza. Por

exemplo, se uma grande empresa inicia um novo negócio, este pode ter, originariamente, valor pequeno em relação às operações da empresa. Mas pode

ter muito potencial de rentabilidade e crescimento, ou de inovação, o que justifica a sua materialidade. Por exemplo, quando as empresas começaram a

fabricar aparelhos de DVD, esse era um negócio pequeno, frente à operação de

vídeo-cassete (que já estava estabelecida). Após alguns anos, os aparelhos de video-cassete sumiram, e só restaram os DVD (que estão sumindo também –

estão perdendo espaço para os aparelhos de Blu-ray).

REPRESENTAÇÃO FIDEDIGNA

QC12. Os relatórios contábil-financeiros representam um fenômeno econômico em palavras e números. Para ser útil, a informação contábil-financeira não tem só que representar um fenômeno relevante, mas tem também que representar

com fidedignidade o fenômeno que se propõe representar. Para ser representação perfeitamente fidedigna, a realidade retratada precisa ter

três atributos. Ela tem que ser completa, neutra e livre de erro. É claro, a perfeição é rara, se de fato alcançável. O objetivo é maximizar referidos

atributos na extensão que seja possível.

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Comentário:

A Representação Fidedigna refere-se a três atributos, precisando ser completa,

neutra e livre de erro.

Para ser completa, a informação deve conter o necessário para que o usuário compreenda o fenômeno sendo retratado.

Para ser neutra, deve estar livre de viés na seleção ou na apresentação, não

podendo ser distorcida para mais ou para menos.

Finalmente, ser livre de erros não significa total exatidão, mas sim que o processo para obtenção da informação tenha sido selecionado e aplicado livre de

erros. No caso de estimativas, ela é considerada como tendo representação fidedigna se, além disso, o montante for claramente descrito como sendo

estimativa e se a natureza e as limitações do processo forem devidamente

revelados.

QC16. Representação fidedigna, por si só, não resulta necessariamente em informação útil. Por exemplo, a entidade que reporta a informação pode receber um item do imobilizado por meio de subvenção governamental. Obviamente, a

entidade ao reportar que adquiriu um ativo sem custo retrataria com fidedignidade o custo desse ativo, porém essa informação provavelmente não

seria muito útil. Outro exemplo mais sutil seria a estimativa do montante por meio do qual o valor contábil do ativo seria ajustado para refletir a perda por

desvalorização no seu valor (impairment loss). Essa estimativa pode ser uma representação fidedigna se a entidade que reporta a informação tiver aplicado

com propriedade o processo apropriado, tiver descrito com propriedade a estimativa e tiver revelado quaisquer incertezas que afetam significativamente a

estimativa. Entretanto, se o nível de incerteza de referida estimativa for suficientemente alto, a estimativa não será particularmente útil. Em outras

palavras, a relevância do ativo que está sendo representado com fidedignidade

será questionável. Se não existir outra alternativa para retratar a realidade econômica que seja mais fidedigna, a estimativa nesse caso deve ser

considerada a melhor informação disponível.

CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DE MELHORIA

QC19. Comparabilidade, verificabilidade, tempestividade e compreensibilidade são características qualitativas que melhoram a

utilidade da informação que é relevante e que é representada com fidedignidade. As características qualitativas de melhoria podem também auxiliar

a determinar qual de duas alternativas que sejam consideradas equivalentes em termos de relevância e fidedignidade de representação deve ser usada para

retratar um fenômeno.

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COMPARABILIDADE

QC20. As decisões de usuários implicam escolhas entre alternativas, como, por exemplo, vender ou manter um investimento, ou investir em uma entidade ou

noutra. Consequentemente, a informação acerca da entidade que reporta informação será mais útil caso possa ser comparada com informação similar

sobre outras entidades e com informação similar sobre a mesma entidade para outro período ou para outra data.

QC21. Comparabilidade é a característica qualitativa que permite que os

usuários identifiquem e compreendam similaridades dos itens e

diferenças entre eles.

Diferentemente de outras características qualitativas, a comparabilidade não está relacionada com um único item. A comparação requer no mínimo dois itens.

QC22. Consistência, embora esteja relacionada com a comparabilidade, não significa o mesmo. Consistência refere-se ao uso dos mesmos métodos para os mesmos itens, tanto de um período para outro considerando a mesma

entidade que reporta a informação, quanto para um único período entre entidades. Comparabilidade é o objetivo; a consistência auxilia a alcançar

esse objetivo.

QC23. Comparabilidade não significa uniformidade. Para que a informação seja comparável, coisas iguais precisam parecer iguais e coisas diferentes

precisam parecer diferentes. A comparabilidade da informação contábilfinanceira não é aprimorada ao se fazer com que coisas diferentes pareçam iguais ou ainda

ao se fazer coisas iguais parecerem diferentes.

VERIFICABILIDADE

QC26. A verificabilidade ajuda a assegurar aos usuários que a informação representa fidedignamente o fenômeno econômico que se propõe representar. A verificabilidade significa que diferentes observadores,

cônscios e independentes, podem chegar a um consenso, embora não cheguem necessariamente a um completo acordo, quanto ao retrato de uma realidade

econômica em particular ser uma representação fidedigna. Informação quantificável não necessita ser um único ponto estimado para ser verificável.

Uma faixa de possíveis montantes com suas probabilidades respectivas pode

também ser verificável.

TEMPESTIVIDADE

QC29. Tempestividade significa ter informação disponível para tomadores de decisão a tempo de poder influenciá-los em suas decisões.

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Em geral, a informação mais antiga é a que tem menos utilidade. Contudo, certa

informação pode ter o seu atributo tempestividade prolongado após o encerramento do período contábil, em decorrência de alguns usuários, por

exemplo, necessitarem identificar e avaliar tendências.

COMPREENSIBILIDADE

QC30. Classificar, caracterizar e apresentar a informação com clareza e concisão torna-a compreensível.

QC31. Certos fenômenos são inerentemente complexos e não podem ser

facilmente compreendidos. A exclusão de informações sobre esses fenômenos dos relatórios contábil-financeiros pode tornar a informação constante em

referidos relatórios mais facilmente compreendida. Contudo, referidos relatórios seriam considerados incompletos e potencialmente distorcidos (misleading).

QC32. Relatórios contábil-financeiros são elaborados para usuários que têm conhecimento razoável de negócios e de atividades econômicas e que revisem e

analisem a informação diligentemente.

Por vezes, mesmo os usuários bem informados e diligentes podem sentir a necessidade de procurar ajuda de consultor para compreensão da informação

sobre um fenômeno econômico complexo.

Comentário:

As Características qualitativas de melhoria são comparabilidade, verificabilidade,

tempestividade e compreensibilidade.

Comparabilidade é a característica qualitativa que permite que os usuários identifiquem e compreendam similaridades dos itens e diferenças entre eles.

A verificabilidade ajuda a assegurar aos usuários que a informação representa fidedignamente o fenômeno econômico que se propõe representar

Tempestividade significa ter informação disponível para tomadores de decisão

a tempo de poder influenciá-los em suas decisões.

Compreensibilidade significa que a classificação, a caracterização e a apresentação da informação são feitas com clareza e concisão, tornando-a

compreensível. Mas não é admissível a exclusão de informação complexa e não facilmente compreensível se isso tornar o relatório incompleto e distorcido.

As características qualitativas de melhoria devem ser maximizadas na extensão

possível. Entretanto, as características qualitativas de melhoria, quer sejam individualmente ou em grupo, não podem tornar a informação útil se dita

informação for irrelevante ou não for representação fidedigna.

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Restrição de custo na elaboração e divulgação de relatório contábil-financeiro útil

QC35. O custo de gerar a informação é uma restrição sempre presente na entidade no processo de elaboração e divulgação de relatório contábil-financeiro.

O processo de elaboração e divulgação de relatório contábil-financeiro impõe custos, sendo importante que ditos custos sejam justificados pelos benefícios

gerados pela divulgação da informação. Existem variados tipos de custos e

benefícios a considerar.

O custo para gerar a informação é uma restrição, que impede a geração de toda a informação considerada relevante para o usuário. Assim, é necessária a

consideração da relação custo-benefício da informação, por parte dos órgãos normatizadores.

Meus amigos, na aula de hoje era isso o que tínhamos a expor. Para acertarem as questões de prova sobre esta resolução é: leiam, leiam e leiam o máximo que

puderem este CFC (pelo menos umas 10 vezes). Após, tentem compreender de maneira prática, com exemplos contábeis. Por fim, resolvam a maior quantidade

de questões sobre o assunto que aparecerem. Fazendo isso, indubitavelmente, o êxito é certo!

Vamos agora às questões sobre o assunto!

Um forte abraço e, precisando, estamos à disposição!

GABRIEL RABELO/LUCIANO ROSA

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QUESTÕES COMENTADAS – PRINCÍPIOS CONTÁBEIS

1. (CESPE/Técnico em Contabilidade/PF/2004) A contabilidade, desde seu

aparecimento como conjunto ordenado de conhecimentos, com objeto e finalidades definidos, tem sido considerada como arte, como técnica ou como

ciência, de acordo com a orientação seguida pelos doutrinadores ao enquadrá-la no elenco das espécies do saber humano.

Hilário Franco. Contabilidade geral. São Paulo: Atlas, 1997, p. 19 (com

adaptações).

Tendo o texto acima por referência inicial e considerando o assunto por ele abordado, julgue o item a seguir.

Cinco são os princípios fundamentais de contabilidade: registro pelo valor original, competência, atualização monetária, prudência e oportunidade.

Entidade e continuidade são considerados postulados contábeis.

Comentários

Os princípios contábeis hoje existentes, com as modificações provenientes da Resolução 1.282/2010 do CFC, são: entidade, registro pelo valor original,

continuidade, competência, oportunidade, prudência.

Gabarito Errado.

2. (CESPE/Fiscal de Tributos Estaduais/AL/2002) Com relação aos princípios fundamentais de contabilidade, julgue o item a seguir.

Na aplicação dos princípios fundamentais de contabilidade a situações concretas,

a essência das transações deve prevalecer sobre os aspectos formais.

Comentários

Segundo o artigo 1, §2º, da Resolução n. 750/93 do CFC:

§ 2º Na aplicação dos Princípios de Contabilidade há situações concretas e a essência das transações deve prevalecer sobre seus aspectos formais. (Redação

dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)

Gabarito Correto.

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3. (CESPE/Fiscal de Tributos Estaduais/AL/2002) Com relação aos

princípios fundamentais de contabilidade, julgue o item a seguir.

A continuidade ou não da entidade não deve ser necessariamente considerada

quando da classificação e avaliação das mutações patrimoniais quantitativas e qualitativas.

Comentários

A presunção é sempre a de que a entidade estará em funcionamento contínuo.

O princípio da continuidade está diretamente ligado à avaliação dos ativos e

passivos da empresa.

Basicamente, todo o ativo fica registrado por valores de entrada. Por

exemplo, as máquinas e equipamentos ficam registrados pelos valores que a empresa pagou, menos a depreciação acumulada e eventual ajuste para perdas.

Esse critério de avaliação é válido em função da continuidade esperada da empresa.

Se não houver continuidade (se a empresa for fechar as portas), aí não importa

mais quanto a empresa pagou pelas máquinas; interessa saber por quanto elas serão vendidas.

Assim, na ausência de continuidade, saímos de uma contabilidade

basicamente a preços de entrada para uma contabilidade a preços de saída.

No caso do passivo, se a empresa tiver dívidas a longo prazo e houver

descontinuidade, as dívidas passam a ter vencimento antecipado (ninguém vai

ficar com dívidas de uma empresa fechada; se houver falência, os credores irão se habilitar junto à massa falida, enfim , vão tomar as providências necessárias

para receber a dívida).

Gabarito Errado.

4. (CESPE/Fiscal de Tributos Estaduais/AL/2002) Com relação aos

princípios fundamentais de contabilidade, julgue o item a seguir.

A avaliação dos componentes patrimoniais deve ser feita com base nos valores de entrada, considerando-se como tais os resultantes do consenso com os

agentes externos ou da imposição destes.

Comentários

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Art. 7º O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do patrimônio devem ser INICIALMENTE registrados pelos

valores originais das transações, expressos em moeda nacional.

§ 1º As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em graus distintos e combinadas, ao longo do tempo, de diferentes formas:

I – CUSTO HISTÓRICO. Os ativos são registrados pelos valores pagos ou a

serem pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que são entregues para adquiri-los na data da aquisição. Os passivos são

registrados pelos valores dos recursos que foram recebidos em troca da obrigação ou, em algumas circunstâncias, pelos valores em caixa ou

equivalentes de caixa, os quais serão necessários para liquidar o passivo no

curso normal das operações.

Com efeito, a avaliação dos componentes patrimoniais se dá, inicialmente, ao

preço de entrada. Este preço de entrada pode advir do consenso com fornecedores ou pela imposição destes em determinada compra, por exemplo.

Logo, o item está correto.

Gabarito Correto.

5. (CESPE/Fiscal de Tributos Estaduais/AL/2002) Com relação aos

princípios fundamentais de contabilidade, julgue o item a seguir.

De acordo com o regime de competência, as receitas consideram-se realizadas, nas transações com terceiros, quando estes efetuam o pagamento.

Comentários

O item está incorreto.

Art. 9º O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem,

independentemente do recebimento ou pagamento.

Gabarito Errado.

6. (CESPE/Fiscal de Tributos Estaduais/AL/2002) Ainda com relação à contabilidade geral, julgue o item abaixo.

O princípio da prudência impõe a escolha da hipótese de que resulte maior

patrimônio líquido, quando se apresentarem opções igualmente aceitáveis diante dos demais princípios fundamentais de contabilidade.

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Comentários

O item está incorreto. O princípio da prudência impõe a adoção do maior passivo

e menor ativo, consequentemente a opção deve se dar pelo menor patrimônio líquido.

Gabarito Errado.

7. (CESPE/Agente de Polícia Federal/2004) Ao avaliar um passivo, no caso de dúvidas acerca do valor de determinado item patrimonial, a empresa deverá

registrar o maior valor obtido, contrariamente ao que ocorre na avaliação de ativos, em que deve ser registrado o menor valor obtido.

Comentários

A questão trata de um princípio contábil chamado princípio da prudência.

O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se

apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.

O entendimento é o seguinte: quando se apresentem alternativas válidas para

quantificação das mutações patrimoniais que alterem o PL, escolhe-se o menor valor para o Ativo, e maior valor para o Passivo. Assim, se é possível que a

conta clientes fique avaliada pelo total de vendas, no montante de R$ 100.000,00, mas, se é possível também estimar que 5% desses valores não

serão recebíveis, deveremos fazer a provisão adequada, em homenagem ao

princípio da prudência.

Portanto, o item está correto.

Gabarito Correto.

8. (CESPE/Analista de Controle Externo/TCU/2001) Julgue o item abaixo,

relativo a princípios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade.

A aplicação do princípio da prudência ganha ênfase quando, para definição dos valores relativos às variações patrimoniais, devam ser feitas estimativas que

envolvam incertezas de grau variável.

Comentários

Segundo a Resolução CFC n. 750/93:

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Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os

componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações

patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.

A questão, portanto, está correta. O entendimento é o seguinte: quando se apresentarem alternativas válidas para quantificação das mutações patrimoniais

que alterem o PL, escolhe-se o menor valor para o ativo e maior valor para o passivo. Assim, se é possível que a conta clientes fique avaliada pelo total de

vendas, no montante de R$ 100.000,00, e é possível também estimar que 5% desses valores não serão recebíveis, deveremos fazer a provisão adequada, em

homenagem ao princípio da prudência.

Gabarito Correto.

9. (CESPE/Agente de Polícia Federal/2012) Julgue o item que se segue, a respeito dos princípios de contabilidade.

Segundo o princípio da oportunidade, é necessário ponderar a relação entre a

oportunidade e a confiabilidade da informação, pois a falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da informação contábil pode

ocasionar a perda de sua relevância.

Comentários

Art. 6º O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras

e tempestivas.

Parágrafo único. A falta de integridade e tempestividade na produção e na

divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da

informação. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)

Este princípio também ganhou nova roupagem, mais enxuta. A informação contábil necessita ser TEMPESTIVA E ÍNTEGRA (essas são as duas palavras

chaves). A tempestividade ajuda de modo consistente na produção de informação para a tomada de decisões acertadas. Quanto mais tempestiva

(rápida) uma informação, mais subjetiva ela se torna, uma vez que a rápida produção de uma informação contábil pode estar desprovida de elementos que

provem sua integridade e confiabilidade, e vice-versa. Por exemplo, uma S/A anuncia a venda de uma filial no momento em seguida à realização da venda

(logo após fechar o negócio). O anúncio é feito verbalmente na imprensa, sem

explicar pormenorizadamente a situação. Essa informação foi tempestiva (até demais), porém, não foi íntegra, pois não se pautou em documentos, notas,

contratos, que são documentos que garantiriam a fidedignidade da informação

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contábil. Por isso, deve-se fazer a PONDERAÇÃO entre a oportunidade e a

confiabilidade da informação.

Gabarito Correto.

10. (CESPE/Agente de Polícia Federal/2012) Julgue o item que se segue, a

respeito dos princípios de contabilidade.

De acordo com o princípio do registro do valor original, a atualização monetária não representa nova avaliação, mesmo gerando o ajustamento dos valores

originais para determinada data, mediante aplicação de indexadores e outros elementos aptos a traduzir a variação do poder aquisitivo da moeda.

Comentários

A atualização monetária deixou de ser princípio e passou a ser subprincípio do registro pelo valor original.

A norma prega que:

e) ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA. Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da

moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis mediante o ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais.

§ 2º São resultantes da adoção da atualização monetária:

I – a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não

representa unidade constante em termos do poder aquisitivo;

II – para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das transações

originais, é necessário atualizar sua expressão formal em moeda nacional, a fim de que permaneçam substantivamente corretos os valores dos componentes

patrimoniais e, por conseqüência, o do Patrimônio Líquido; e

III – a atualização monetária não representa nova avaliação, mas tão somente o ajustamento dos valores originais para determinada data,

mediante a aplicação de indexadores ou outros elementos aptos a traduzir a variação do poder aquisitivo da moeda nacional em um dado

período. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)

Gabarito Correto.

11. (CESPE/Analista Judiciário/Contabilidade/TRE/ES/2011) Com referência a conceitos abásicos de contabilidade, julgue o item seguinte.

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A observância do princípio da continuidade é indispensável à correta aplicação

do princípio da competência.

Comentários

O princípio da continuidade é indispensável à correta aplicação do princípio da competência, por efeito de se relacionar diretamente à quantificação dos

componentes patrimoniais e à formação do resultado, e de constituir dado importante para aferir a capacidade futura de geração de resultado. Assim,

devemos apropriar receitas e despesas no resultado no pressuposto de que a entidade continuará funcionando.

Gabarito Correto.

12. (CESPE/Analista Judiciário/Contabilidade/TRE/RJ/2012) O Conselho

Federal de Contabilidade e o Comitê de Pronunciamentos Contábeis são responsáveis pela elaboração das normas contábeis comumente aceitas. Sobre

essas normas, julgue o item que se segue.

De acordo com o princípio da competência, todas as variações patrimoniais devem ser registradas de imediato e com a extensão correta,

independentemente das causas que as originaram.

Comentários

O item está incorreto, uma vez que se refere ao princípio da oportunidade e não ao princípio da competência.

Gabarito Errado.

13. (CESPE/Analista Judiciário/Contabilidade/TRE/RJ/2012) O Conselho

Federal de Contabilidade e o Comitê de Pronunciamentos Contábeis são responsáveis pela elaboração das normas contábeis comumente aceitas. Sobre

essas normas, julgue o item que se segue.

O princípio do registro pelo valor original deve ser determinante, quando houver dúvida entre a sua aplicação e a aplicação do princípio da prudência.

Comentários

Nos termos da Resolução n. 750/93, o princípio da prudência determina a adoção do menor valor para componentes do ativo e maior para o passivo.

Todavia, quando há condições para se aplicar o princípio do registro pelo valor original, desnecessária resta a aplicação do princípio da prudência.

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Gabarito Correto.

14. (CESPE/TRE MS/Analista/Contabilidade/2013) No mês de dezembro de 2012, em uma empresa hipotética, ocorreram os fatos descritos a seguir.

• despesa de janeiro de 2013, paga em dezembro de 2012 = R$ 1.000,00;

• despesa de dezembro de 2012, a ser paga em janeiro de 2013 = R$ 2.000,00; • despesa de dezembro de 2012, paga em novembro de 2012 = R$ 4.000,00;

• receita de janeiro de 2013, recebida em dezembro de 2012 = R$ 5.000,00; • receita de dezembro de 2012, a ser recebida em janeiro de 2013 = R$

6.000,00; • receita de dezembro de 2012, recebida em dezembro de 2012 = R$ 8.000,00.

De acordo com os princípios de contabilidade, na situação hipotética acima descrita, o resultado da empresa em dezembro de 2012 foi igual a

a) R$ 12.000,00.

b) R$ 14.000,00. c) R$ 6.000,00.

d) R$ 8.000,00. e) R$ 10.000,00.

Comentários

De acordo com o princípio da competência, as receitas e despesas devem ser

computadas quando incorridas, independentemente de pagamento ou recebimento. Assim, para apuração do resultado teremos:

- Receita de dezembro de 2012, a ser recebida em janeiro de 2013 = R$ 6.000,00;

- Receita de dezembro de 2012, recebida em dezembro de 2012 = R$ 8.000,00. - Despesa de dezembro de 2012, a ser paga em janeiro de 2013 = R$ 2.000,00;

- Despesa de dezembro de 2012, paga em novembro de 2012 = R$ 4.000,00;

Assim, temos: 6.000,00 + 8.000,00 - 2.000,00 - 4.000,00 = 8.000,00.

Gabarito D.

15. (CESPE/Técnico de atividades de meio ambiente/IBRAM/2009) Considere a situação em que a administração de determinada entidade contábil

tenha admitido um empregado. Sabendo-se que esse empregado irá trabalhar e gerar despesas certas, é correto que o seu salário seja registrado no momento

de sua admissão, tendo em vista o princípio da oportunidade.

Comentários

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O item está incorreto. A administração de um empregado é apenas um ato administrativo, não gera efeito no patrimônio. O reconhecimento de uma

despesa de salário é feito no último dia do mês, segundo o princípio da competência.

Gabarito Errado

16. (CESPE/Embasa/2009) O princípio da competência significa que os fatos devem ser reconhecidos no patrimônio, isto é, registrados contabilmente

independentemente do recebimento ou pagamento.

Comentários

O item está correto. Trata-se da correta sistemática do regime de competência.

Gabarito Correto.

17. (CESPE/Auditor do Estado/Secont/ES/2009) A fim de atingir seus objetivos, as demonstrações contábeis devem ser preparadas em conformidade

com o regime de caixa. Segundo esse regime, os efeitos das transações e outros eventos são reconhecidos quando são recebidos ou pagos.

Comentários

O item está incorreto. O CPC 00 (Estrutura conceitual básica) reza que as demonstrações contábeis devem ser preparadas sob a égide do regime de

competência. De igual maneira prescreve a Lei 6.404/76, ao dispor:

Art. 177. A escrituração da companhia será mantida em registros permanentes, com obediência aos preceitos da legislação comercial e desta Lei e aos princípios

de contabilidade geralmente aceitos, devendo observar métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo e registrar as mutações patrimoniais segundo

o regime de competência.

Gabarito Errado.

18. (CESPE/PC/ES/Perito Criminal/2011) Com respeito aos princípios

contábeis fundamentais, conforme normatizados pelo Conselho Federal de Contabilidade, julgue os itens a seguir.

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O reconhecimento dos fatos contábeis apenas por ocasião de seu efetivo

recebimento ou pagamento é prática condenável na contabilidade brasileira, tendo em vista que viola o princípio da competência contábil.

Comentários

O item está incorreto.

O regime a se utilizar na contabilidade é o da competência, que contabiliza

receitas e despesas quando incorridas.

Todavia, as micro e pequenas empresas podem se utilizar do regime de caixa.

Dispõe a Resolução n. 94 do Comitê Gestor do Simples Nacional que:

Art. 61. A ME ou EPP optante pelo Simples Nacional deverá adotar para os registros e controles das operações e prestações por ela realizadas: (Lei

Complementar n º 123, de 2006, art. 26, §§ 2 º e 4 º )

I - Livro Caixa, no qual deverá estar escriturada toda a sua movimentação financeira e bancária;

(...)

§ 3 º A apresentação da escrituração contábil, em especial do Livro Diário e do

Livro Razão, dispensa a apresentação do Livro Caixa.

O livro caixa escritura receitas e despesas conforme haja pagamento ou

recebimento. Por seu turno, livros diário e razão coadunam com o princípio da competência. Portanto, a questão tomou como absoluto algo que comporta uma

pequena exceção.

Questão confusa, gerou muitos comentários, porém, incorreta.

Gabarito Errado.

19. (CESPE/Técnico em Contabilidade/TJ ES/2011) Apesar de sua relevância, o princípio da competência não prevalece sobre os demais princípios

contábeis.

Comentários

O item está correto. Não há hierarquia entre os princípios contábeis. A

interpretação entre eles deve se dar de maneira harmônica.

Gabarito Correto.

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20. (CESPE/Analista/MPU/2010) Para o Conselho Federal de Contabilidade

brasileiro, os conceitos de entidade contábil e de continuidade, mais do que princípios, são postulados, axiomas com base nos quais se constrói a teoria

contábil.

Comentários

O item está incorreto. O CFC, através da Resolução de n. 750/93, apenas põe a entidade e a continuidade como princípios, não os elevando à categoria de

postulados ou axiomas.

Gabarito Errado.

21. (CESPE/Analista/TRE/ME/2010) Determinada indústria foi contratada no mês de janeiro/20X3 para montar um computador de grande porte para

entrega futura. Em março/20X3, o contratante adiantou-lhe 60% do preço do computador para aquisição de peças e acessórios necessários ao início da

montagem dos acabamentos do equipamento. No final de abril/20X3, a contratada já estava com o hardware encomendado em fase de testes e

embalagem. No início de junho/20X3, foi feita a entrega do computador ao encomendante, mediante o recebimento de 10% do preço acordado. Os

restantes 30% foram pagos pelo cliente no mês de agosto/20X3.

Nessa situação, de acordo com os princípios fundamentais de contabilidade, o reconhecimento da receita de vendas na referida indústria deve ser

corretamente feito no mês de:

a) janeiro.

b) março. c) abril.

d) junho. e) agosto.

Comentários

Pelo regime de competência, as receitas e despesas devem ser reconhecidas

quando incorridas. No caso da venda de mercadorias, o reconhecimento da receita se dá com a tradição, isto é, a entrega da mercadoria ao cliente, quando

há transferência da propriedade. Com efeito, a receita deverá ser reconhecida em junho.

Gabarito D.

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22. (CESPE/Analista Judiciário/Contabilidade/TJ/RO/2012) A

observância dos princípios de contabilidade é obrigatória no exercício da profissão e constitui condição de legitimidade das normas brasileiras de

contabilidade. Nesse sentido, é correto afirmar que o princípio da oportunidade:

a) determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou

pagamento. b) estabelece a adoção do menor valor para os componentes do ativo e do maior

para os do passivo, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio

líquido. c) reconhece o patrimônio como objeto da contabilidade e afirma a autonomia

patrimonial, a necessidade de diferenciar um patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, a

um conjunto de pessoas, a uma sociedade ou instituição de qualquer natureza

ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. d) refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes

patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas. e) pressupõe que a entidade continuará em operação no futuro e, portanto, a

mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio consideram essa circunstância.

Comentários

Analisemos item a item. A questão quer saber acerca do princípio da

oportunidade. Ele...

a) determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do

recebimento ou pagamento.

O item está incorreto, já que se refere ao princípio da competência.

b) estabelece a adoção do menor valor para os componentes do ativo e

do maior para os do passivo, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que

alterem o patrimônio líquido.

O item está incorreto, já que se refere ao princípio da prudência. c) reconhece o patrimônio como objeto da contabilidade e afirma a

autonomia patrimonial, a necessidade de diferenciar um patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente

de pertencer a uma pessoa, a um conjunto de pessoas, a uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins

lucrativos.

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O item está incorreto, já que se refere ao princípio da entidade.

d) refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos

componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas.

Este é o nosso gabarito.

e) pressupõe que a entidade continuará em operação no futuro e,

portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio consideram essa circunstância.

O item está incorreto, já que se refere ao princípio da continuidade.

Gabarito D.

23. (CESPE/Analista Judiciário/Contabilidade/TJ RR/2012) Em

conformidade com o princípio contábil da competência, quando determinada entidade reconhece um ativo circulante em consequência de uma venda a prazo,

supõe-se o reconhecimento das despesas correlatas.

Comentários

O artigo 9º, parágrafo único da Resolução n. 750 prega que deve haver O a simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas.

Assim, e este assunto ficará mais claro no decorrer do curso, quando realizamos

uma venda a prazo, entregando a mercadoria, devemos reconhecer a receita de

venda. Ao mesmo tempo, deve-se dar baixa desta mercadoria na contabilidade da nossa empresa. Esta baixa é gerada em uma conta de despesa, chamada

“custo da mercadoria vendida”.

Gabarito Correto.

24. (CESPE/Analista Judiciário/Contabilidade/TJ RR/2012) O princípio do

registro pelo valor original determina que os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional não sejam reconhecidos nos registros contábeis.

Comentários

Segundo a Resolução de n. 750/93 do CFC:

Art. 7º O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores

originais das transações, expressos em moeda nacional.

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§ 1º As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em graus distintos

e combinadas, ao longo do tempo, de diferentes formas:

II – Variação do custo histórico. Uma vez integrado ao patrimônio, os componentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variações

decorrentes dos seguintes fatores:

e) Atualização monetária. Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis

mediante o ajustamento da expressão formal dos valores dos

componentes patrimoniais.

Gabarito Errado.

25. (CESPE/Contador/FUB/2011) A partir da NBC T1, que define a estrutura conceitual para a elaboração e apresentação das demonstrações contábeis,

todas as entidades contábeis devem seguir exclusivamente o regime de competência.

Comentários

O regime a se utilizar na contabilidade é o da competência, que contabiliza

receitas e despesas quando incorridas.

Todavia, as micro e pequenas empresas podem se utilizar do regime de caixa.

Dispõe a Resolução n. 94 do Comitê Gestor do Simples Nacional que:

Art. 61. A ME ou EPP optante pelo Simples Nacional deverá adotar para os registros e controles das operações e prestações por ela realizadas: (Lei

Complementar n º 123, de 2006, art. 26, §§ 2 º e 4 º )

I - Livro Caixa, no qual deverá estar escriturada toda a sua movimentação financeira e bancária;

(...)

§ 3 º A apresentação da escrituração contábil, em especial do Livro Diário e do

Livro Razão, dispensa a apresentação do Livro Caixa.

O livro caixa escritura receitas e despesas conforme haja pagamento ou

recebimento. Por seu turno, livros diário e razão coadunam com o princípio da

competência. Portanto, a questão tomou como absoluto algo que comporta uma pequena exceção.

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Gabarito Errado.

26. (CESPE/Auditoria governamental/TCU/2008) A estrutura conceitual para a elaboração e apresentação das demonstrações contábeis da CVM

recomenda que as incertezas que envolvem certos eventos e circunstâncias sejam tratadas com prudência, não se superestimando ativos e receitas, e não

se subestimando passivos e despesas. O limite da prudência deve ter em conta a neutralidade, a imparcialidade, de modo a evitar, por exemplo, a formação de

reservas ocultas ou provisões excessivas.

Comentários:

Esta questão versa sob a estrutura antiga do CPC 00. Mas vale a pena comentá-

la, mesmo na égide de uma legislação ultrapassada.

Conforme o texto do pronunciamento CPC 00 (texto revogado):

Prudência 37. Os preparadores de demonstrações contábeis se deparam com incertezas

que inevitavelmente envolvem certos eventos e circunstâncias, tais como a possibilidade de recebimento de contas a receber de liquidação duvidosa, a vida

útil provável das máquinas e equipamentos e o número de reclamações cobertas por garantias que possam ocorrer.

Tais incertezas são reconhecidas pela divulgação da sua natureza e extensão e

pelo exercício de prudência na preparação das demonstrações contábeis.

Prudência consiste no emprego de um certo grau de precaução no exercício dos

julgamentos necessários às estimativas em certas condições de incerteza, no sentido de que ativos ou receitas não sejam superestimados e que passivos ou

despesas não sejam subestimados.

Entretanto, o exercício da prudência não permite, por exemplo, a criação de reservas ocultas ou provisões excessivas, a subavaliação deliberada de ativos ou

receitas, a superavaliação deliberada de passivos ou despesas, pois as demonstrações contábeis deixariam de ser neutras e, portanto, não seriam

confiáveis.

Gabarito Correto.

27. (CESPE/Técnico em Contabilidade/TRE/ES/2011) De acordo com o

princípio da comparabilidade, uma entidade deve aplicar e divulgar determinada política contábil, visto que esse procedimento contribui para que os usuários

sejam capazes de comparar as demonstrações contábeis que apresentar ao

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longo do tempo e, também, suas demonstrações contábeis com as de diferentes

entidades.

Comentários

Segundo o CPC 00:

QC20. As decisões de usuários implicam escolhas entre alternativas, como, por exemplo, vender ou manter um investimento, ou investir em uma entidade ou noutra. Consequentemente, a informação acerca da entidade que reporta

informação será mais útil caso possa ser comparada com informação similar sobre outras entidades e com informação similar sobre a mesma entidade para

outro período ou para outra data.

QC21. Comparabilidade é a característica qualitativa que permite que os usuários identifiquem e compreendam similaridades dos itens e

diferenças entre eles.

Gabarito Correto.

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QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

1. (CESPE/Técnico em Contabilidade/PF/2004) A contabilidade, desde seu aparecimento como conjunto ordenado de conhecimentos, com objeto e

finalidades definidos, tem sido considerada como arte, como técnica ou como ciência, de acordo com a orientação seguida pelos doutrinadores ao enquadrá-la

no elenco das espécies do saber humano.

Hilário Franco. Contabilidade geral. São Paulo: Atlas, 1997, p. 19 (com adaptações).

Tendo o texto acima por referência inicial e considerando o assunto por ele

abordado, julgue o item a seguir.

Cinco são os princípios fundamentais de contabilidade: registro pelo valor

original, competência, atualização monetária, prudência e oportunidade. Entidade e continuidade são considerados postulados contábeis.

2. (CESPE/Fiscal de Tributos Estaduais/AL/2002) Com relação aos

princípios fundamentais de contabilidade, julgue o item a seguir.

Na aplicação dos princípios fundamentais de contabilidade a situações concretas, a essência das transações deve prevalecer sobre os aspectos formais.

3. (CESPE/Fiscal de Tributos Estaduais/AL/2002) Com relação aos

princípios fundamentais de contabilidade, julgue o item a seguir.

A continuidade ou não da entidade não deve ser necessariamente considerada quando da classificação e avaliação das mutações patrimoniais quantitativas e

qualitativas.

4. (CESPE/Fiscal de Tributos Estaduais/AL/2002) Com relação aos princípios fundamentais de contabilidade, julgue o item a seguir.

A avaliação dos componentes patrimoniais deve ser feita com base nos valores

de entrada, considerando-se como tais os resultantes do consenso com os agentes externos ou da imposição destes.

5. (CESPE/Fiscal de Tributos Estaduais/AL/2002) Com relação aos

princípios fundamentais de contabilidade, julgue o item a seguir.

De acordo com o regime de competência, as receitas consideram-se realizadas,

nas transações com terceiros, quando estes efetuam o pagamento.

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6. (CESPE/Fiscal de Tributos Estaduais/AL/2002) Ainda com relação à contabilidade geral, julgue o item abaixo.

O princípio da prudência impõe a escolha da hipótese de que resulte maior

patrimônio líquido, quando se apresentarem opções igualmente aceitáveis diante dos demais princípios fundamentais de contabilidade.

7. (CESPE/Agente de Polícia Federal/2004) Ao avaliar um passivo, no caso

de dúvidas acerca do valor de determinado item patrimonial, a empresa deverá registrar o maior valor obtido, contrariamente ao que ocorre na avaliação de

ativos, em que deve ser registrado o menor valor obtido.

8. (CESPE/Analista de Controle Externo/TCU/2001) Julgue o item abaixo, relativo a princípios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de

contabilidade.

A aplicação do princípio da prudência ganha ênfase quando, para definição dos

valores relativos às variações patrimoniais, devam ser feitas estimativas que envolvam incertezas de grau variável.

9. (CESPE/Agente de Polícia Federal/2012) Julgue o item que se segue, a

respeito dos princípios de contabilidade.

Segundo o princípio da oportunidade, é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da informação, pois a falta de integridade e

tempestividade na produção e na divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância.

11. (CESPE/Analista Judiciário/Contabilidade/TRE/ES/2011) Com

referência a conceitos abásicos de contabilidade, julgue o item seguinte.

A observância do princípio da continuidade é indispensável à correta aplicação

do princípio da competência.

12. (CESPE/Analista Judiciário/Contabilidade/TRE/RJ/2012) O Conselho Federal de Contabilidade e o Comitê de Pronunciamentos Contábeis são

responsáveis pela elaboração das normas contábeis comumente aceitas. Sobre essas normas, julgue o item que se segue.

De acordo com o princípio da competência, todas as variações patrimoniais

devem ser registradas de imediato e com a extensão correta, independentemente das causas que as originaram.

13. (CESPE/Analista Judiciário/Contabilidade/TRE/RJ/2012) O Conselho

Federal de Contabilidade e o Comitê de Pronunciamentos Contábeis são

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responsáveis pela elaboração das normas contábeis comumente aceitas. Sobre

essas normas, julgue o item que se segue.

O princípio do registro pelo valor original deve ser determinante, quando houver dúvida entre a sua aplicação e a aplicação do princípio da prudência.

14. (CESPE/TRE MS/Analista/Contabilidade/2013) No mês de dezembro

de 2012, em uma empresa hipotética, ocorreram os fatos descritos a seguir.

• despesa de janeiro de 2013, paga em dezembro de 2012 = R$ 1.000,00; • despesa de dezembro de 2012, a ser paga em janeiro de 2013 = R$ 2.000,00;

• despesa de dezembro de 2012, paga em novembro de 2012 = R$ 4.000,00; • receita de janeiro de 2013, recebida em dezembro de 2012 = R$ 5.000,00;

• receita de dezembro de 2012, a ser recebida em janeiro de 2013 = R$ 6.000,00;

• receita de dezembro de 2012, recebida em dezembro de 2012 = R$ 8.000,00.

De acordo com os princípios de contabilidade, na situação hipotética acima

descrita, o resultado da empresa em dezembro de 2012 foi igual a

a) R$ 12.000,00. b) R$ 14.000,00.

c) R$ 6.000,00. d) R$ 8.000,00.

e) R$ 10.000,00.

15. (CESPE/Técnico de atividades de meio ambiente/IBRAM/2009) Considere a situação em que a administração de determinada entidade contábil

tenha admitido um empregado. Sabendo-se que esse empregado irá trabalhar e gerar despesas certas, é correto que o seu salário seja registrado no momento

de sua admissão, tendo em vista o princípio da oportunidade.

16. (CESPE/Embasa/2009) O princípio da competência significa que os fatos

devem ser reconhecidos no patrimônio, isto é, registrados contabilmente independentemente do recebimento ou pagamento.

17. (CESPE/Auditor do Estado/Secont/ES/2009) A fim de atingir seus

objetivos, as demonstrações contábeis devem ser preparadas em conformidade com o regime de caixa. Segundo esse regime, os efeitos das transações e outros

eventos são reconhecidos quando são recebidos ou pagos.

21. (CESPE/Analista/TRE/ME/2010) Determinada indústria foi contratada no mês de janeiro/20X3 para montar um computador de grande porte para

entrega futura. Em março/20X3, o contratante adiantou-lhe 60% do preço do computador para aquisição de peças e acessórios necessários ao início da

montagem dos acabamentos do equipamento. No final de abril/20X3, a

contratada já estava com o hardware encomendado em fase de testes e

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embalagem. No início de junho/20X3, foi feita a entrega do computador ao

encomendante, mediante o recebimento de 10% do preço acordado. Os restantes 30% foram pagos pelo cliente no mês de agosto/20X3.

Nessa situação, de acordo com os princípios fundamentais de contabilidade, o

reconhecimento da receita de vendas na referida indústria deve ser corretamente feito no mês de:

a) janeiro.

b) março. c) abril.

d) junho. e) agosto.

22. (CESPE/Analista Judiciário/Contabilidade/TJ/RO/2012) A

observância dos princípios de contabilidade é obrigatória no exercício da

profissão e constitui condição de legitimidade das normas brasileiras de contabilidade. Nesse sentido, é correto afirmar que o princípio da oportunidade:

a) determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos

nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento.

b) estabelece a adoção do menor valor para os componentes do ativo e do maior para os do passivo, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas

para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.

c) reconhece o patrimônio como objeto da contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade de diferenciar um patrimônio particular no universo

dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, a um conjunto de pessoas, a uma sociedade ou instituição de qualquer natureza

ou finalidade, com ou sem fins lucrativos.

d) refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas.

e) pressupõe que a entidade continuará em operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio consideram essa

circunstância.

23. (CESPE/Analista Judiciário/Contabilidade/TJ RR/2012) Em conformidade com o princípio contábil da competência, quando determinada

entidade reconhece um ativo circulante em consequência de uma venda a prazo, supõe-se o reconhecimento das despesas correlatas.

24. (CESPE/Analista Judiciário/Contabilidade/TJ RR/2012) O princípio do

registro pelo valor original determina que os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional não sejam reconhecidos nos registros contábeis.

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25. (CESPE/Contador/FUB/2011) A partir da NBC T1, que define a estrutura

conceitual para a elaboração e apresentação das demonstrações contábeis, todas as entidades contábeis devem seguir exclusivamente o regime de

competência.

26. (CESPE/Auditoria governamental/TCU/2008) A estrutura conceitual para a elaboração e apresentação das demonstrações contábeis da CVM

recomenda que as incertezas que envolvem certos eventos e circunstâncias sejam tratadas com prudência, não se superestimando ativos e receitas, e não

se subestimando passivos e despesas. O limite da prudência deve ter em conta a neutralidade, a imparcialidade, de modo a evitar, por exemplo, a formação de

reservas ocultas ou provisões excessivas.

27. (CESPE/Técnico em Contabilidade/TRE/ES/2011) De acordo com o princípio da comparabilidade, uma entidade deve aplicar e divulgar determinada

política contábil, visto que esse procedimento contribui para que os usuários

sejam capazes de comparar as demonstrações contábeis que apresentar ao longo do tempo e, também, suas demonstrações contábeis com as de diferentes

entidades.

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GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

QUESTÃO GABARITO

1 ERRADO

2 CORRETO

3 ERRADO

4 CORRETO

5 ERRADO

6 ERRADO

7 CORRETO

8 CORRETO

9 CORRETO

10 CORRETO

11 CORRETO

12 ERRADO

13 CORRETO

14 D

15 ERRADO

16 CORRETO

17 ERRADO

18 ERRADO

19 CORRETO

20 ERRADO

21 D

22 D

23 CORRETO

24 ERRADO

25 ERRADO

26 CORRETO

27 CORRETO