Auditoria

18
SUMÁRIO INTRODUÇÃO................................................... 4 AUDITORIA: CONCEITO, TIPOS, RESPONSABILIDADES E POSTURA DO AUDITOR E AUDITADO..........................................4 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS AUDITADAS............................7 PLANEJAMENTO DE AUDITORIA....................................9 A IMPORTÂNCIA DA CARTA DE RESPONSABILIDADE, CRIAÇÃO DA LEI SABANES-OXLEY E SEUS IMPACTOS CAUSADOS NAS EMPRESAS DE AUDITORIA .................................................. 11 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................14 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS..................................15

description

Atps de auditoria

Transcript of Auditoria

Page 1: Auditoria

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..........................................................................................................................4

AUDITORIA: CONCEITO, TIPOS, RESPONSABILIDADES E POSTURA DO AUDITOR

E AUDITADO...........................................................................................................................4

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS AUDITADAS..................................................................7

PLANEJAMENTO DE AUDITORIA........................................................................................9

A IMPORTÂNCIA DA CARTA DE RESPONSABILIDADE, CRIAÇÃO DA LEI

SABANES-OXLEY E SEUS IMPACTOS CAUSADOS NAS EMPRESAS DE

AUDITORIA ...........................................................................................................................11

CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................................14

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS......................................................................................15

Page 2: Auditoria

2

INTRODUÇÃO

O termo auditoria é proveniente do termo em latim audire que tem por significado o verbo

“ouvir”. Segundo Lins, os primeiros a utilizarem o termo para expressar um conjunto técnico

de procedimentos com a intenção de se revisar a contabilidade foram os ingleses.

A auditoria é em principio uma avaliação de documentos e arquivos que objetiva averiguação

das atividades realizadas por determinada empresa de acordo com as disposições planejadas e

estabelecidas anteriormente relacionadas com o controle do patrimônio.

Segundo Crepaldi, ao citar entendimento de Attie: a auditoria se volta para testar a eficiência

e eficácia do controle patrimonial e seu resultado objetiva a expressão de opinião acerca de

determinado dado. Pois, através dele o empresário poderá escolher a melhor forma de

continuar no mercado com o uso do trabalho de consultoria de reorganização societária.

ETAPA 1

AUDITORIA: CONCEITO, TIPOS, RESPONSABILIDADES E POSTURA DO

AUDITOR E AUDITADO

A auditoria é o processo pelo qual através de uma análise cuidadosa de documentos e

registros há a investigação se as atividades realizadas pela empresa estão de acordo com o

planejado anteriormente.

A base da auditoria está na emissão da opinião do auditor ao analisar conjuntamente critérios,

condições, causas e efeitos.

O principal objetivo é dar credibilidade às demonstrações preparadas pela administração.

Auditoria é dividida em dois grandes segmentos relativos à forma de intervenção, podendo

ser:

INTERNA:

Segundo Crepaldi a auditoria interna “examina a integridade, adequação e eficácia dos

controles internos e das informações físicas, contábeis, financeiras e operacionais da

entidade”.

Trata-se de uma avaliação independente dentro da empresa e funciona como um serviço

prestado à administração através da revisão das operações.

Page 3: Auditoria

3

A auditoria interna ajuda aos membros da administração no desenvolvimento das suas

responsabilidades através de analises e comentários relacionados às atividades examinadas.

O auditor interno requer confiança dos dirigentes e está vinculado á empresa através de

contrato trabalhista, tendo, portanto sua intervenção de forma permanente.

EXTERNA:

A auditoria externa é por sua vez constituída por técnicas que possuem como escopo a

emissão do parecer acerca da adequação à posição patrimonial e financeira, e entre outras

coisas, as origens e as aplicações de recursos da entidade auditada em consonância às normas

brasileiras.

Diferente da interna, esse tipo de auditoria é feita por profissional sem vinculo com o quadro

da empresa, ou seja, por profissional independente. Além dessa, pode-se citar tantas outras

diferenças entre esses tipos de auditoria. Tais como a eventualidade das tarefas do auditor

externo em contrapartida com as atividades periódicas e abrangentes exercidas pelo auditor

interno.

Assemelham-se no que tangem ao processo utilizado, as bases em que se assentam o exame e

os resultados obtidos.

Importante salientar que tanto o auditor como a empresa auditada possuem responsabilidades.

Os dirigentes da empresa devem estabelecer diretrizes contábeis adequadas para proteger

ativos além de planejar e manter um sistema de controle que assegure a apresentação de forma

adequada das demonstrações financeiras.

O auditor externo deve ainda ser submetido ao registro na comissão de valores mobiliários e

deve ter esse registro efetivado, além de apresentar certidão válida de aprovação no Conselho

Federal de Contabilidade. Cabe aos auditores a responsabilidade de adotar mecanismos para

que haja o comprometimento com a independência, objetividade, integridade, mantendo dessa

forma a confiança e a ética com todos os envolvidos. Devem ainda manter sigilo e guardar

toda documentação para fins de fiscalização.

Ainda referente às responsabilidades do auditor, cabe entender do negocio do cliente e o setor

em que o negocio se situa bem como obter e avaliar evidências referentes às demonstrações

contábeis além de verificar se as demonstrações estão de acordo com os princípios.

Page 4: Auditoria

4

Devendo sempre agir com padrões éticos de conduta através da adoção de posturas, a saber:

Bom-senso no procedimento de revisão e sugestão

Autoconfiança

Sigilo profissional

Discrição

Capacidade prática

Pesquisa permanente

Integridade

Objetividade

Competência e zelo profissional

Confidencialidade na conduta profissional

Page 5: Auditoria

5

ETAPA 2 - DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS AUDITADAS

Quadro 1 – Demonstrações Contábeis Auditadas

DEMONSTRAÇÕES AUDITADAS

DEMONSTRAÇÃO QUAL O OBJETIVO DESTA

DEMONSTRAÇÃO?

QUAL A FINALIDADE DE

SE AUDITAR?

BALANÇO

PATRIMONIAL

Objetiva apresentar de forma

resumida as contas patrimoniais da

entidade, conforme sua natureza.

Analisar ativos, passivos e

patrimônio liquido.

DEMONSTRAÇÃO

DAS

MUTAÇÕES DO

PATRIMÔNIO

LÍQUIDO (DMPL)

Fornecer a movimentação nas

diversas contas que compõe o

patrimônio liquido.

Analisa seus componentes:

capital, reserva de capital,

ajuste de avaliação

patrimonial, reserva de lucro,

ações em tesouraria e

prejuízos acumulados.

DEMONSTRAÇÃO

DO

RESULTADO DO

EXERCÍCIO

(DRE)

Tem por objetivo apresentar o

resultado econômico das operações

da empresa durante o ano. Trata-se

de resumo de todas as operações que

foram realizadas durante o exercício

social.

Para apuração de lucro ou

prejuízo.

DEMONSTRAÇÃO

DO FLUXO

DE CAIXA (DFC)

Quando usada em conjunto com as

demais demonstrações contábeis,

proporciona informações que

possibilitam avaliar as mudanças nos

ativos líquidos de uma entidade.

Para avaliar a capacidade da

empresa em gerar recursos e

também podem melhorar a

comparabilidade dos

relatórios de desempenho

operacional.

DEMONSTRAÇÃO Objetiva evidenciar o quanto a

empresa gerou de recursos e para

Para avaliar o segmento de

atividades produtivas, bem

Page 6: Auditoria

6

DO VALOR

ADICIONADO

(DVA)

onde foram destinados. como a avaliação de unidades

de negócios.

NOTAS

EXPLICATIVAS

Complementa as demonstrações

contábeis evidenciando as suas

informações.

Para verificar a autenticidade

das informações das notas.

Fonte: O Autor da ATPS.

Page 7: Auditoria

7

ETAPA 3- PLANEJAMENTO DE AUDITORIA

Quadro 2 – Planejamento de Auditoria

Planejamento de Auditoria Significado e Função

CONTROLES INTERNOS

Destina-se a fiscalizar e verificar a prática

administrativa. Abrange além dos métodos

adotados para proteger o patrimônio da

empresa até o plano de organização. Verifica

a exatidão das transações e garante os dados

que foram gerados, e desenvolve também a

eficiência operacional, estabelecendo assim a

obediência às diretrizes administrativas.

SISTEMA DE INFORMAÇÕES

Para Lins, os sistemas de processamento

eletrônico são ferramentas imprescindíveis,

pois possuem como ponto fundamental a

segurança e a confiabilidade trazidas tanto

para a empresa quanto para o auditor.

PROCEDIMENTOS DE CONHECIMENTO

DAS

ATIVIDADES DO CLIENTE

Para que a auditoria seja realizada de forma

correta é fundamental o conhecimento da

execução das atividades do cliente. Pois

através dessa informação pode-se com a

antecipação detectar possíveis problemas que

demandarão maior atenção.

RELEVÂNCIA

A relevância se refere ao tamanho de uma

omissão ou classificação da informação

contábil feita de forma indevida que torna

provável o julgamento de uma pessoa que

tenha utilizado a informação ao ter sido

influenciado pela omissão ou engano

apresentado.

Page 8: Auditoria

8

MATERIALIDADE

Trata-se do valor mínimo para que a

ocorrência de um erro que não fora detectado

não cause distorções significativas nas

demonstrações.

RISCO DE AUDITORIA

Trata-se do risco que o auditor pode ter de

não modificar de forma adequada o parecer

referente às demonstrações contábeis que

possuem erros e /ou classificações indevidas.

Podem ser classificadas em riscos: inerentes,

de controle e de detecção.

Fonte: O Autor da ATPS.

Page 9: Auditoria

9

ETAPA 4 - A IMPORTÂNCIA DA CARTA DE RESPONSABILIDADE, CRIAÇÃO

DA LEI SABANES-OXLEY E SEUS IMPACTOS CAUSADOS NAS EMPRESAS DE

AUDITORIA.

A carta de responsabilidade possui como escopo resumir informações importantes que se

referem a uma das demonstrações contábeis. É considerado um papel de trabalho, trata-se de

uma declaração que define a veracidade das informações. Ela deverá ser arquivada com todos

os outros papéis de trabalho.

Deverá ser destinada à auditoria e emitida pelo auditado. Segundo LINS, o fato de a

administração não fornecer a referida carta implicará em uma limitação na finalidade de seu

exame.

A obrigatoriedade da carta de responsabilidade deu-se com as normas de auditoria

independente, que foi aprovada pelo conselho federal de contabilidade (Resolução n° 700)

A carta de responsabilidade é um elemento que dá suporte ao trabalho de auditoria, ela

não elimina muito menos substitui o trabalho do auditor, ele continua tendo por finalidade

obter evidências e\ ou provas para fundamentar sua opinião no que se refere às

demonstrações examinadas.

Mas nem em todos os casos as evidencias são obtidas através de provas documentais, há

também as informações verbais que para terem efeito necessitam da carta de responsabilidade.

A carta de responsabilidade entre tantas outras peculiaridades deve conter a confirmação de

que não há nenhum fato conhecido que possa impedir a continuidade das atividades da

entidade, deve confirmar que todos os livros e

registros contábeis e documentos comprobatórios foram colocados à disposição dos auditores

e ainda deve ser endereçada ao auditor independente na mesma data do parecer da auditoria

sobre as demonstrações a que se refere.

Em 2002, nos Estados Unidos várias empresas entravam em colapso- não se tratava de casos

isolados.

Page 10: Auditoria

10

Segundo U.S.  Securities and Exchange Commission- SEC, Entre 1998 e 2007, 347

corporações americanas apresentaram algum aspecto fraudulento em suas demonstrações

financeiras.

Estima-se que o total de apropriações indébitas e registros indevidos, somente nos casos mais

conhecidos alcancem o montante de 120 bilhões de dólares.

Pressionado, o congresso dos Estados Unidos respondeu à sociedade sancionando em junho

de 2002 a lei Sarbanes- Oxley (SOX).

A SOX através das seções 302 e 404 reescreveu as regras de governança corporativa para a

emissão  e divulgação de relatórios financeiros e contábeis.

Executivos, administradores, auditores e advogados passaram a responder explicitamente e

civilmente por atividades ilícitas praticadas pelas suas companhias.

Como contrapartida a alta administração das companhias em diversos segmentos passou a

questionar o alto investimento demandado para programar e\ou certificar suas estruturas de

controle no padrão SOX.

Para supervisionar os processos de auditoria das empresas sujeitas a SOX, foi criado o

PCAOB (public company accounting oversight board)- conselho de auditores de companhias

abertas.

A SOX, marco da governança corporativa é um pequeno passo em direção a razão

social sustentável das empresas.

Em resumo, a SOX foi proposta em decorrência de escândalos corporativos que geraram

desconfiança no mercado financeiro. A SOX surgiu na tentativa de resgatar essa confiança, a

partir dela a boa governança corporativa tornou-se lei, dando credibilidade à companhia que a

segue.

A referida lei possui 11 títulos tendo como principal ponto a responsabilidade penal da

diretoria, medida tomada com vistas à recuperação da confiança publica perdida por falta

de padrões éticos para com suas informações financeiras.

Page 11: Auditoria

11

As empresas brasileiras não estão obrigadas a seguir a SOX, salvo se tiverem suas ações

negociadas na bolsa de valores americana. Entretanto, o fato de a empresa se adequar à lei,

traz princípios de governança corporativa o que torna a empresa bem vista, pois reeduca

para o bem estar social.

A SOX entre outras coisas trata da organização do PCAOB e de suas atribuições, define

regras e padrões de auditoria, controle de qualidade e independência, determina criação de um

programa permanente de inspeção nas empresas de auditoria registradas na SEC, define o

financiamento e taxas de funcionamento do PCAOB e serviços que são proibidos para os

auditores dentro das companhias que auditam.

Determina ainda a rotatividade a cada cinco anos do sócio responsável por cada cliente, em

empresa de auditoria. Cria regras para comunicação entre os auditores contratados e o comitê

de auditoria da companhia.

Tanto a Lei SOX quanto a Carta de Responsabilidade trouxeram para as companhias cada vez

mais transparência e comprometimento com a veracidade de suas informações.

Page 12: Auditoria

12

CONSIDERAÇÕES FINAIS.

Independentemente da sua classificação, a auditoria é de suma importância para uma boa

administração empresarial. Ela engloba vários processos relevantes que resultam em um

“raio-X” da empresa e através desse feedback pode-se traçar metas e objetivos para

manutenção do sucesso dos negócios por meio do planejamento da empresa.

Page 13: Auditoria

13

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

LINS, Luiz dos S. Auditoria: Uma abordagem Prática com ênfase na Auditoria Externa. São

Paulo: Atlas, 2011. PLT 538.

CREPALDI, Silvio Aparecido. AUDITORIA CONTÁBIL: teoria e prática. 3º Ed. São Paulo:

Atlas, 2004.

BOYNTON, William C. AUDITORIA; Tradução: José Evaristo dos Santos. São Paulo: Atlas,

2002.

FARIS, Fabiana. Principais Impactos da Sarbanes Oxley Act. ConTexto, Porto Alegre,v.4,

n.6, 1º semestre 2004. Disponível em:

<http://www.sel.eesc.usp.br/informatica/graduacao/material/etica/private/

principais_impactos_da_sarbanes-oxley_act.pdf>. Acesso em: 10 agosto 2015.

OLIVEIRA, Raquel V. A Lei de Sarbanes-Oxley como nova motivação para mapeamento de

processos nas organizações. XXVI ENEGEP - Fortaleza, CE, Brasil, 9 a 11 de Outubro

de 2006. Disponível em:

<http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2006_TR450313_8769.pdf>. Acesso em: 10

agosto 2015.