Atryo epilepsia

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Conceito Condição crônica, compreendendo um grupo de doenças que têm em comum crises epilépticas que recorrem na ausência de doença tóxico-metabólica ou febril

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TESTE 3

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Conceito

• Condição crônica, compreendendo um grupo de doenças que têm em comum crises epilépticas que recorrem na ausência de doença tóxico-metabólica ou febril

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DEFINIÇÕES

• Crises Parciais - disfunção temporária de uma pequena parte do cérebro

Simples - Auras

Complexas

• Crises Generalizadas - disfunção envolvendo os dois hemisférios

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DIAGNÓSTICO

• Anamnese

• Exame físico

• Exames Complementares - EEG

CT / RNM

Vídeo EEG

SPECT

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INCIDÊNCIA E PREVALÊNCIA

• Incidência - 11 a 131 / 100.000/ano

• Prevalência - 1,5 a 30 / 1.000

São Paulo - 11,9 / 1.000

Maior incidência - Abaixo de 2 anos e acima de 65 anos

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Etiologia

70 % idiopáticas ou criptogênicas

30% sintomáticas

• Doenças Substância Cinzenta

• Doenças Inflamatórias

• Áreas de Gliose

Causas - Aguda ?

Remota?

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Causas Sintomáticas

variam com a faixa etária

• Fatores genéticos

• Perinatais

• Doenças infecciosas

• Trauma

• Distúrbios vasculares

• Doenças degenerativas

• Doenças inflamatórias

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CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DAS EPILEPSIAS E SÍNDROMES EPILÉPTICAS E CONDIÇÕES

RELACIONADAS

1. Síndromes e Epilepsias Localizadas (locais, focais, parciais)

1.1. IDIOPÁTICA ( início relacionado à idade)

• Epilepsia benigna da infância com Espícula Centro-Temporal

• Epilepsia da Infância com Paroxismos Occipitais

• Epilepsia Primária da Leitura

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1.2. SINTOMÁTICA

• Epilepsia Parcial Contínua Progressiva Crônica

• Epilepsia Lobo Temporal

• Epilepsia Lobo Frontal

• Epilepsia Lobo Parietal

• Epilepsia Lobo Occipital

1.3. CRIPTOGÊNICAS

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2. Síndromes e Epilepsias Generalizadas

2.1. IDIOPÁTICA (início relacionado à idade)• Convulsão Familiar Neonatal Benigna• Convulsão Neonatal Benigna• Epilepsia Mioclônica Benigna do Lactente• Epilepsia Ausência da Infância• Epilepsia Ausência Juvenil• Epilepsia Mioclônica Juvenil• Epilepsia com Crises Tônico-Clônica ao

Despertar

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2.2.CRIPTOGÊNICA OU SINTOMÁTICA

• Síndrome de West

• Síndrome de Lennox- Gastaut

• Epilepsia com Crises Mioclônica-astáticas

• Epilepsia com Ausência Mioclônicas

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EPILEPSIAS FOCAIS

Epilepsia Benigna da Infância com Pontas centro-temporais(EBI-CT)

• ID- 9a ( 3 a 13 anos)

• CC- Parciais

• CE- Idiopática

• incidência 21/100000- 25%

• Meninos -60%

• Crianças normais com história familiar rica(gen autossômico dominante com penetrância idade dependente)

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‘h

• Características mais comuns: Início somatossensorial- convulsão tônico-clônica, tônica ou clônica envolvendo face, lábios, língua, músculo da faringe e laringe- podendo generalizar- mais noturna.

• Respondem bem as drogas antiepilépticas

• Desaparecem na segunda década de vida

• EEG- Localização/Unilateralidade/Morfologia/Ati-ação

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EPILEPSIA BENIGNA DA INFÂNCIA

COM PONTAS OCCIPITAIS

• Idade- 7 anos (15 m a 17 anos)

• Crises Convulsivas - parcias

• C E- idiopáticas

• Exame neurológico normal

SEMIOLOGIA : Aura visual (amaurose, hemianopsia, alucinação ou ilusão visual) evoluindo para manifestações motoras ou psicomotoras e cefaléia do tipo migranosa no período pós ictal.

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• EEG - Atividade de base normal

Descargas de alta voltagem (200-300uv) tipo ponta seguida por onda lenta . São máximas nas regiões occiptais e temporais posteriores unilaterais ou bilaterais. Bloqueadas pela abertura ocular.

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EPILEPSIA PRIMÁRIA DA LEITURA

Predomina no sexo masculino

Inicia-se na adolescência (17-18 anos)

SEMIOLOGIA DAS CRISES - Desencadeadas pela leitura ou atividade relacionada como falar, escrever ou ouvir música.

Sensação de enrijecimento, fraqueza, formigamento ou movimentos anormais nos músculos envolvidos na leitura e na fala,

sem perda da consciência, podendo evoluir com CTCG

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• EEG - 80 % normais

11 % ponta onda bilateral

9 % anormalidades focais temporoparietal

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Epilepsias focais sintomáticas ou criptogênicas

• Sinais e sintomas clínicos nem sempre são reveladores da região onde são iniciadas (áreas silentes x eloqüentes)

• EEG Superfície - Limitado

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EPILEPSIA DO LOBO TEMPORAL

• Mais freqüente- 60%

• A que mais mostra anormalidades interictais e ictais ao EEG

• AURAS-Viscerais/Autonômicas/Psíquica

Segue parada comportamental, olhar fixo, automatismos, distonias, presença de linguagem e generalização

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EPILEPSIA DO LOBO FRONTAL

• 20% A 30% - Epilepsias parciais

• Início e término súbitos

• Duração curta

• Ocorrência freqüente

• Confusão pós crítica breve

• Presença de automatismos motores importantes, como debater-se, atirar-se, balançar-se, pedalar e chutar, acompanhado de vocalização primitiva, como grunhidos e gemidos. Generalização é freqüente.

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EPILEPSIA DO LOBO PARIETAL

Sensação parestésicas ou disestésicas, principalmente da face e braço, que podem assumir marcha Jacksoniana. Freqüentemente seguidas de fenômenos motores.

EPILEPSIA DO LOBO OCCIPITAL

Crises visuais caracterizam-se por alucinações elementares, como luzes ou cores, embora possa ocorrer perda visual crítica.

Alucinações complexas e ilusões visuais

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EPILEPSIA PARCIAL CONTÍNUA

(SÍNDROME DE KOJEWNIKOW)

Síndrome de Rasmussen

Epilepsia Rolândica associada a lesão do córtex motor.

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TRATAMENTO

HIDANTAL

• Ácido orgânico fraco pouco solúvel em água

• 95% de metabolização hepática

• Farmacocinética não linear(cinética zero)

• Meia vida 22 hs ( média 14 hs)

• Via de administração (VO e EV)

• Velocidade de infusão - 50mg/min

• Latência de 30 min

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• Efeitos colaterais: sedação, redução do libido, incoordenação, zumbido,dismorfia de pele e fâneros, distúrbio gastrointestinal.

Dosagens séricas acima de 40ug/ml resultam em atrofia cerebelar.

• Mecanismo de ação- interfere no transporte de sódio através da membrana neuronal

• Dose- 3 a 5 mg /Kg

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CARBAMAZEPINA

• Mecanismo de ação; bloqueia os canais de sódio a nível pré e pós sináptico

• Meia vida- 12 hs(formulação CR 18 a 24 hs)

• Dose diária dividida 3 tomadas

• Provoca indução e auto indução

• Efeitos colaterais: diplopia, visão borrada, sonolência, cefaléia, náusea e epigastralgia.

Idiossincrásico- supressão de medula óssea e rash cutâneo

Dose: 10 mg/kg, acréscimo lento

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EPILEPSIAS GENERALIZADAS

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CONVULSÃO NEONATAL BENIGNA

• Crise do quinto dia

• Mais freqüente no sexo masculino

• Crises clônicas, de apnéia ou crises parciais, mas nunca do tipo tônico

• Estado de mal epiléptico é comum

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CONVULSÃO NEONATAL BENIGNA

FAMILIAR

• Ocorre no segundo ou terceiro dia de vida

• Criança com antecedente familiar positivo para epilepsia

• Igual proporção entre os sexos

• Crises clônicas, apnéia e ocasionalmente tônica

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EPILEPSIA MIOCLÔNICA BENIGNA DA

INFÂNCIA

• Ocorre mais no sexo masculino

• idade: 4 meses a 3 anos

• Crises mioclônicas breves (1 a 3 seg)

• EEG: Atividade de base Normal

CPO difusos 3 hz

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EPILEPSIA DE AUSÊNCIA INFANTIL

• Idade: 3-12 anos- média 6- 7 anos

• Predomina no sexo feminino

• Predisposição familiar

• Crises de curta duração- 2 a 3 seg com início e término súbitos- há perda da responsividade, com cessação das atividades e olhar vago.

SIMPLES

COMPLEXA

• 40% se associa a CTCG

• EEG: CPO 3 Hz -Máximos nas regiões frontais

Descargas ictais (12,4 seg)

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AUSÊNCIA JUVENIL

• Crises não tão freqüentes

• É comum associação com crises mioclônicas e CTCG que ocorrem ao despertar

• Idade: 10 a 17 anos

• Não há predomínio de sexo

• EEG: CPO 3,5 a 4 Hz mais irregulares

• Descargas ictais 16,3 seg

• São precipitadas por privação de sono e hiperventilação

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EPILEPSIA MIOCLÔNICA JUVENIL

• Abalos mioclônicos irregulares, arrítmicos, únicos ou agrupados predominando nos MMSS, bilateralmente , sem perda de consciência.

• Ocorrem preferencialmente ao despertar

• Ativadas pela privação de sono

• Associa-se CTCG e raramente com ausência

• Idade: 8 a 26 anos

• EEG: CPO ou CPPO Generalizados- 4 a 6 Hz, irregulares, ativados pela HV e FEI

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EPILEPSIA COM CRISES DE GRANDE MAL

DO DESPERTAR

• CTGC que ocorrem exclusivamente ou predominantemente ao despertar

• Idade: 9 a 24 anos

• Predomínio no sexo masculino

• Associa-se a crises ausência e mioclônicas

• São precipitadas por privação de sono

• EEG: Achados inespecíficos:

76% ondas lentas

CPO ou CPPO 41,3%

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TRATAMENTO

VALPROATO DE SÓDIO

• Mecanismo de ação: interfere na condutância de sódio e aumenta a inibição neuronal mediada pelo GABA

• Efeitos colaterais: tremores, aumento de peso, perda de cabelo, edema de tornozelo e hepatotoxicidade

• Não leva a indução- em politerapia aumenta níveis séricos de outras drogas

• Dose 20 a 50 mg/kg Meia vida 12 hs-administrar 3 doses diárias

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FENOBARBITAL

• Mais tradicional das DAE

• Baixo custo

• Facilidade de administração

• Mecanismo de ação: Agonista GABA

• Efeitos colaterais: Esfera cognitiva (Fadiga, falta de concentração) comportamental( irritabilidade , hipercinesia )

• Induz enzimas do citocromo P450

• Dose 3a 5 mg/Kg

• Tempo de meia vida: 36 hs

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EPILEPSIA GENERALIZADA SINTOMÁTICA E CRIPTOGÊNICA

SÍNDROME DE WEST

• Caracterizada por uma tríade:

ESPASMOS INFANTIS

RETARDO MENTAL

HIPSARRITMIA

• Pico de idade de início 4- 7 meses

• sexo masculino é o mais afetado

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• Espasmo: contração súbita , usualmente bilateral e simétrico de músculos do pescoço, tronco e membros. Uma abrupta contração com duração menor que 2 seg

• Prognóstico: Criptogênico? Sintomático?

• EEG: hipsarritmia- eletrogênese cortical caótica e completamente desorganizada

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SÍNDROME DE LENNOX-GASTAUT

• Crises: ausência atípica

tônicas

Atônicas

Mioclônicas

• Retardo mental com distúrbio de personalidade

• Idade: 3 a 5 anos

• Prognóstico desfavorável

• EEG- CPO lentos e polipontas generalizadas 10 a 20 Hz (Ritmo Recrutante)

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EPILEPSIA COM CRISES MIOCLONO-

ASTÁTICA

• Crises: Mioclônicas, astáticas ou mioclono-astática, ausência, CTCG e ocasionais crises tônicas noturnas

• História familiar positiva

• retardo mental com o início das crises

• Idade: primeiros 5 anos de vida

• Sexo masculino 2 vezes mais afetado

• EEG: teta monorrítmico com acentuação parietal, CPO lento com predomínio frontal

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EPILEPSIA COM AUSÊNCIA MIOCLÔNICA

• Ausência acompanhada por mioclonias bilaterais durando 10 a 60 seg

• Idade de início 7 anos

• sexo masculino e mais afetado

• Evolução variável

• EEG: semelhante ao da ausência infantil

• Mioclonias bilaterais possuem mesma freqüência das descargas

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ESTADO DE MAL EPILÉPTICO

Crise epiléptica com duração igual ou maior que 30 min, ou crises repetitivas sem recuperação da consciência entre elas

Tratamento Geral: Manter VAS

Cânula de Guedel

Decúbito lateral

Manter Sinais vitais

Veia calibrosa

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Colher exames laboratoriais

Paralelamente tratamento medicamentoso:

• Diazepam 10 mg (0,2 mg/kg) infusão 2 min

• Fenitoína 20 mg/kg em bolus ou diluído em SF0,9% (50 mg/ min) - respeitar latência- caso ocorra crise diazepam deve ser repetido

• Fenitoína deve ser repetida se crise recidivar após 30 min do bolus (respeitar latência)

• Persistindo crise FB 20 mg/ kg- 100mg/min- esperar latência de 30- 40 min- persistindo crise considerar EME refratário

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ESTADO DE MAL REFRATÁRIO

CTI

Midazolam- bolus de 0,1 a 0,3 mg/kg

manutenção de 0,08 a 0,4mg/kg/h

Propofol- bolus 2 mg/kg

manutenção 5 a 10 mg/kg/h

Tiopental- bolus 100 a 250 mg

manutenção de 3 a 5 mg/kg/h

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• COMPLICAÇÕES:

Hipotensão arterial

Hipoglicemia

Acidose metabólica

Falência renal: Mioglobinúria

Hipóxia

Hipotensão

Edema cerebral