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4 1. INTRODUÇÃO Essa ATPS nos faz buscar conceitos sobre a educação não formal, sendo que para isso precisamos entender o que é Educação formal e Educação Informal, para podermos entender as diferenças. Buscamos informações sobre a função do pedagogo em outros ambientes que não são o usualmente encontrado. Desde os âmbitos do setor empresarial ao âmbito de atividades de associação, ONG’s, instituições do Terceiro Setor. Deparamos com algumas informações sobre a Educação Não Formal na Formação Profissional, algo muito importante, que permite, nós estudantes do curso de Pedagogia, percebemos as dimensões de aeras onde nós como profissionais podemos atuar.

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1. INTRODUÇÃO

Essa ATPS nos faz buscar conceitos sobre a educação não formal, sendo que para isso

precisamos entender o que é Educação formal e Educação Informal, para podermos entender

as diferenças.

Buscamos informações sobre a função do pedagogo em outros ambientes que não são

o usualmente encontrado. Desde os âmbitos do setor empresarial ao âmbito de atividades de

associação, ONG’s, instituições do Terceiro Setor.

Deparamos com algumas informações sobre a Educação Não Formal na Formação

Profissional, algo muito importante, que permite, nós estudantes do curso de Pedagogia,

percebemos as dimensões de aeras onde nós como profissionais podemos atuar.

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2. OS SIGNIFICADOS DA EDUCAÇÃO NÃO-FORMAL.

Devemos entender primeiro de forma clara o que é educação formal e informal para

podermos compreender o que é educação não formal.

A educação que se dá em uma instituição de ensino, escolas, universidades,

politécnicas e escolas profissionalizantes que atribuem grau, sendo sistematizado o ensino

historicamente construído e que possibilita novos conhecimentos é compreendida com

educação formal.

Já aquela que se aprende no dia a dia; relação da formalidade com a informalidade que

trás um aprendizado é a educação informal, ela não é organizada e pode variar suas teorias.

Abrangendo esses conceitos podemos então compreender a educação não- formal ela é

uma educação distinguida que visa o meio social, ela surge em movimentos sociais,

consecutivamente nas classes menos beneficiadas que procuram uma melhora social. Sendo

assim nesta busca pelos direitos se dá a educação não- formal, que é organizada que busca o

amparo da lei sem apoio do estado.

No entanto a educação não-formal, tem com objetivo dispor o indivíduo em seu meio

social, considera o meio que se vive e as necessidades reais que se tem, sendo que, essa

educação não-formal não deve ser vista como uma afronta ou como uma melhor educação,

mas deve ser vista como uma nova forma de educar e ser repensada no sentido de

contextualizar o individuo e o conteúdo aprendido.

Na educação não formal existe uma organização própria, mas seus intercessores de

informação não precisam ser professores, podendo ser qualquer um, desde que seja eleito ou

escolhido pelo grupo inserido e ele não é ligado ao estado mas busca respaldo na lei para

exercer, exemplos são as assembleias, que são um método de ponderação entre determinados

grupos que buscam um bem para aquela sociedade ou para aquele grupo social, o ensinar, a

forma de se portar, falar, essa orientação mediação de idéias que é defendido no grupo é uma

forma de elucidarmos esse processo pois o grupo que busca uma melhora em seu meio social

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vão a uma assembléia que tem respaldo na lei que vão buscar revogar seus direitos esse

processo de interação para defender o grupo seus ideais, se forma o processo educacional que

é passado entre eles não necessariamente por um professor mas um líder do grupo.

Podemos categorizar a educação não formal como uma nova forma de se realizar o

processo de educar, nova perspectiva que existe e deve ser acatado como fruto da educação

social que é hoje a pedagogia social e pode ser vista como uma ação teórico-prático sócio

educativo, concretizado por educadores ou por agentes sociais. Abrangendo essa perspectiva

individualizada temos que refletir sobre a educação atual que temos em nossas escolas, mas

não podemos esquecer ou não utilizar a educação formal.

Através dos meios educacionais a pedagogia social tenta resolver ou amenizar os

problemas sócios culturais, políticos e econômicos, pois só existe essa nova visão da educação

não-formal pela procura de uma igualdade de direitos que pelas diferenças de classes, onde o

grupo em trazer uma solução causa conflitos e reflexão nesse processo de aprendizado para

solicitar seus direitos advém o processo educacional, ou seja, o conhecimento é intercedido

entre o grupo para resolver as questões sugeridas.

A educação formal não visa o aluno que não tenha uma instabilidade familiar entre

outros conflitos e possibilidades de diferentes problemas.

Entretanto o aluno muitas vezes se sente excluído do sistema de ensino, pois a sua

realidade não esta inserida no convívio ou no conteúdo aprendido, na instituição de ensino,

onde deve ser visto o aluno não como uma "tabua rasa", mas como o dono do conhecimento

que é apenas aflorado pelo professor e desta maneira não pode dissociar o individuo ou aluno

de seu contexto social.

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3. O QUE É ASSOCIATIVISMO E QUAL SUA RELAÇÃO COM OS PROJETOS

SOCIAIS.

Para compreender o significado e a relação entre associativismo e os projetos sociais, é

necessário estudar a origem desses termos. Como definição de associativismo, pode-se

resumir em uma junção de interesse comum, defendendo pontos de vista de forma global,

bem como, um produto social ou mesmo, grupo e interesses econômicos, sociais e culturais,

auto-sustentáveis.

Em termos de Brasil, entende-se que o associativismo veio pela precisão de viver em

um grupo estruturado de empreendedores que visam defender seus direitos, uma vez que

projetos sociais são iniciativas individuais ou coletivas que visam a proporcionar a melhoria

da qualidade de vida de pessoas e comunidades.

Logo, a harmonia encontrada entre os dois termos pelas pesquisas realizadas, sugere

que os projetos sociais, necessitam de projetos associativistas para prosperarem. Para a

sociedade moderna, a aplicabilidade de associativismo vê em sindicatos, ONGS, cooperativas,

que deveriam desenvolver suas atividades, visando apenas o interesse coletivo, sendo ele,

burocrático e em sua aplicabilidade na sociedade, sem interesses lucrativos.

Entretanto, entende-se que associativismo e sua relação com os projetos sociais, é o

meio de organizar grupos de interesse econômico auto-sustentáveis e a liga da consciência

individual e o direito a necessidade de agregação e uma conjunção de esforço a base de

organizações da sociedade.

No contexto brasileiro o associativismo vem de associação para fins e objetivos

comuns as diversas atividades econômicas, culturais e sociais gerando assim um

cooperativismo, participativo e assim buscando uma ferramenta essencial para que a

comunidade saia do esquecimento e passe a ter uma voz mais ativa perante os nossos

administradores e tendo assim mais oportunidade de se expressar diante da política ambiental

e social.

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E por meio dessa associação a comunidade fica cada vez mais fortalecida e ganha

grandes chance de alcançar os seus objetivos e obter melhores condições de vida. Em relação

aos projetos sociais podemos perceber que a um numero elevados de indicações para apoiar as

ONGS, manifestações públicas e abaixo assinado, por fim passeata.

Nestes movimentos tem claramente a visão de uma alternativa de desenvolvimento

local e social, o associativismo é como um fenômeno que pode ser encontrados em vários

lugares e tem um sentido importante de distribuição econômica dos bens necessários a vida da

comunidade. Nesta ampla discussão do papel do associativismo, a posição assumida é de uma

responsabilidade de criar mecanismo de desenvolver o conhecimento em grupo.

As possibilidades que a globalização do mundo trouxe de contatos e de confrontos

interculturais para os sujeitos sociais, por um lado, é de parcerias e de ações de cooperação

entre as múltiplas associações da sociedade civil e destas com o Estado, por outro, requerem

que se trabalhe ao nível da pesquisa social, das práticas educacionais e da ação voluntária, de

forma a contemplar estas complexas interfaces da "construção da cidadania".

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4. EDUCAÇÃO PROFISSIONAL NO BRASIL E ATUAÇÃO DO PEDAGOGO

A Educação Profissional no Brasil se iniciou no século XX, com o intuito de

aprimorar a classe trabalhadora. Tendo como objetivo não só a formação de técnicos de nível

médio, mas a qualificação, a requalificação, a reprofissionalização para trabalhadores com

qualquer escolaridade, a atualização tecnológica permanente e a habilitação nos níveis médio

e superior. Obtendo por meio dessa instrução uma melhor produtividade.

Sabendo que a Educação Profissional busca um conhecedor do processo produtivo e

social o qual está inserido. Ele não somente aprende a fazer, mas sabe por que está fazendo.

Tem por finalidade criar cursos que garantam perspectivas de trabalho para os jovens e

facilitem seu acesso ao mercado; que atendam, também, os profissionais que já estão no

mercado, mas sentem falta de uma melhor qualificação para exercerem suas atividades, e,

ainda, sejam um instrumento eficaz na reinserção do trabalhador no mercado de trabalho.

Nesta etapa percebemos que os pedagogos podem atuar em diversas áreas, desde que

ele se permita a conhecer e vivenciar outras experiências contribuindo para vários segmentos

como educação não formal e formal.

Diante disso proporcionamos uma situação didática que envolve a Educação Não

Formal, sendo desenvolvida em um museu, onde possui um espaço amplo para o atendimento

ao publico em visitação. Oferecendo atividades com guias que acompanham e orientam os

estudantes pelas salas.

Com o objetivo direcionado aos aspectos regionais e a cultura negra, apresentando aos

estudantes um roteiro de visitação, no qual constava uma lista de critérios que deveriam ser

analisados, para posteriormente, confortarmos as pesquisas dos envolvidos, obtendo uma

participação conjunta, de forma colaborativa, em olhar holístico nos espaços não-formais

visitados.

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Esse tipo de educação é aquela que ocorre fora do sistema escolar, mas que possui sem

sombra de duvidas, fins educativos. Os ambientes diferenciados contribuem para a

aprendizagem é a capacidade criativa e critica de cada individuo fazendo assim a formação do

conhecimento de cada um.

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5. RELAÇÃO ENTRE À EDUCAÇÃO NÃO-FORMAL E À EDUCAÇÃO

PROFISSIONAL NO BRASIL.

Alunos da APAE recebem Educação Profissional que consiste em desenvolver por

meio de atividades práticas, o potencial laborativo do aprendiz para executar e produzir

determinado trabalho com qualidade na função na qual ele poderá ser colocado futuramente.

fonte: http://trespontas.apaebrasil.org.br/artigo.phtml?a=21784

A Escola Eugênio Rosa proporcionou aos alunos uma socialização com o meio

ambiente, através de uma visita a Reserva Ecológica de Itapina. Mediante a mesma

desenvolver nos alunos atitudes de respeito e cuidado com o meio ambiente e sua importância

para o ser humano.

fonte: http://escolaantonioeugeniorosa.blogspot.com.br/2011_11_01_archive.html

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Os cursos técnicos como o SENAI, que enfatizam a importância de uma educação

profissional paralela à educação forma, para crescimento de vida do aluno.

fonte: http://www.fieb.org.br/Noticia/1672/senai-abre-inscricoes-para-processo-seletivo-para-cursos-tecnicos.aspx

As aulas de corte e costura visa à formação dos indivíduos para a vida e suas

adversidades além de oferecer uma capacitação para estar no mercado de trabalho.

fonte: http://www.prefeiturademacaiba.com.br/noticia/2617/comecam-as-aulas-praticas-do-curso-de-corte-e-costura

Escoteiros do Brasil é um movimento de educação não formal, que trabalham com o

desenvolvimento do ser humano como um todo, visão a formação de cidadãos responsáveis.

fonte: http://escoteiros.org.br/pagseguro/

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6. QUAIS SÃO AS POSSÍVEIS CONTRIBUIÇÕES DA EDUCAÇÃO NÃO-FORMAL

NO COTIDIANO DA SOCIEDADE ATUAL?

A educação não-formal é aquela que se aprende "no mundo da vida", onde o grande

educador é o outro.Sua finalidade é abrir janelas de conhecimento sobre o mundo que rodeia

os indivíduos e suas relações sociais.

A educação não-formalocorre em ambientes e situações interativos construídos

coletivamente, segundo diretrizes de dados grupos, usualmente a participação dos indivíduos

é optativa, mas ela também poderá ocorrer por forças de certas circunstâncias da vivência

histórica de cada um. Há na educação não-formal uma intencionalidade na ação, no ato de

participar, de aprender e de transmitir ou trocar saberes.

Algumas das contribuições esperadas pela educação não-formal:

Consciência e organização de como agir em grupos coletivos;

A construção e reconstrução de concepções de mundo e sobre o mundo;

Contribuição para um sentimento de identidade com uma dada comunidade;

Forma o indivíduo para a vida e suas adversidades (e não apenas capacita-o para entrar

no mercado de trabalho);

Quando presente em programas com crianças ou jovens adolescentes a educação não-

formal resgata o sentimento de valorização de si próprio;ou seja dá condições aos

indivíduos para desenvolverem sentimentos de autovalorização, de rejeição dos

preconceitos que lhes são dirigidos, o desejo de lutarem para ser reconhecidos como

iguais;

Os indivíduos adquirem conhecimento de sua própria prática, os indivíduos aprendem

a ler e interpretar o mundo que os cerca.

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7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Entendemos que a Educação Não Formal não segue um currículo pré-definido baseado

nas normas e diretrizes do governo federal, o conteúdo é definido a partir da vontade e das

necessidades das pessoas envolvidas.

A despeito das práticas educativas não formais permanecerem presentes nas

organizações sociais, nos movimentos sociais, nas associações comunitárias e nos programas

de formação, ainda é uma pratica pouco cultivada como ferramenta de auxilio a educação

formal. Assim sendo, isto é visto como um aprendizado de pouca significado na formação

deste estudante.

Portanto como futuros profissionais da área da Educação também ocupamos um

importante papel no difundir da idéia de associativismo e a participação da comunidade no

ambiente educativo. Em nossas bases de aprendizagem devem construir e compor formar

alunos em cidadãos éticos conscientes de seus atos na sociedade e no meio ambiente, que

estes sejam participativos, ativos e responsáveis pelo seu bem estar e todos sociedade.

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8. REFERÊNCIAS

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desenvolvimento. Disponível em: <http://www.gestiopolis.com/canales3/eco/pratiass.htm>.

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script=sci_arttext&pid=S0104-40362006000100003> Acesso em: 29 mar. 2015.

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estruturas colegiadas na escola. Ensaio: aval. pol. públ. Educ., Rio de Janeiro, v. 14, n.50,

p. 27-38, 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ensaio/v14n50/30405.pdf>. Acesso

em: 14 mar. 2015.

GOHN, Maria da Glória. Educação não-formal na pedagogia social. Ano 1. Anais do

Congresso Internacional de Pedagogia Social, 2006. Disponível em:

<http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?

pid=MSC0000000092006000100034&script=sci_arttext&tlng=pt>. Acesso em: 14 mar.

2015.

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<http://www.estudosdotrabalho.org/anais6seminariodotrabalho/joaocarlosleonelloeclaudiamar

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