ATOS 17
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8/15/2019 ATOS 17
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hATOS 17: MISSÕES NA IGREJA PRIMITIVA (2)
Ao estudar esse capítulo devemos ter em mente que Pauloevangelizou três cidades: Tessalônica (vs 1-9), Beréia (vs. 10-15)
e Atenas (vs. 16-34), cada qual esboçou uma reação diferentediante da Palavra. Vejamos quais são:
1-) Tessalônica (vs. 1-9)
Paulo costumava ministrar nas cidades maiores e transformá-las em centros de evangelismo a toda a região (At 19:10, 26; e1Ts 1:8).
O apóstolo sabia que Tessalônica (atual Salônica) era umacidade estratégica para a obra do Senhor. Não apenas era acapital da Macedônia, mas também um centro comercialequiparável apenas a Corinto. A cidade possuía um excelenteporto, e por ela passavam diversas rotas comerciais. Apesar deser controlada pelos romanos, Tessalônica erapredominantemente grega. Ao lermos 1Tessalonicenses,
notamos que Deus abençoou o ministério de Paulo ali. Seumétodo de exposição, pode ser visto em 17:2-3:
Paulo arrazoou – dialogou com eles por meio de perguntas e derespostas. Paulo explicou – “Expondo” as Escrituras. Pauloprovou – “Demonstrando” que Jesus era o Cristo. O termotraduzido por "demonstrar" significa "colocar lado a lado aoapresentar as evidências". O apóstolo colocou diante deles
uma série de provas do Antigo Testamento de que Jesus deNazaré é o Messias de Deus.
A reação de Tessalonica foi de resistênciaa Palavra de Deus.
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2-) Beréia (vs. 10-19)
O povo de Beréia foi ávido pela Palavra. Examinando todos osdias as Escrituras.
Há três coisas que nos chamam a atenção nesta curta seção.
(1) A pregação de Paulo foi quase totalmente bíblica. Levou opovo de Beréia a investigar as Escrituras. A única coisa quefazia os judeus estarem seguros de que Jesus não era o Messiasera o fato de que foi crucificado. Para eles um homem que eracrucificado estava maldito. Sem dúvida alguma que Paulo
utilizou passagens como a de Isaías 53 para encaminhar aspessoas de Beréia na busca de um prenúncio da obra de Jesus.
(2) Destaca-se a amargura envenenada dos judeus. Não só seopuseram a Paulo em Tessalônica, mas também o seguiram atéBeréia. O trágico é que certamente pensavam estar fazendo avontade de Deus ao buscar silenciar a Paulo. Pode ser terrível
que o homem identifique seus fins com a vontade de Deus emlugar de submeter-se a ela.
(3) Sobressai mais uma vez a coragem de Paulo. Esteve detentoem Filipos. Abandonou Tessalônica ameaçado por grandeperigo e ao amparo da escuridão. E mais uma vez em Beréiateve que fugir para salvar sua vida. A maioria dos homensteriam abandonado uma luta que parecia condenada a
terminar na prisão e na morte. Quando se perguntou a DaviLivingstone até onde estava disposto a ir, respondeu: "Estoudisposto a ir a qualquer parte, sempre que for para frente”.
3-) ATENAS (vs 16-34)
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Era ainda a maior cidade universitária do mundo, a qual sedirigiam todos os que queriam obter conhecimentos. Era umacidade de muitos deuses. Dizia-se que havia mais estátuas dedeuses em Atenas que em todo o resto da Grécia, e que nelaera mais fácil encontrar-se com um deus que com um homem.
Havia os epicureus, cujas crenças podem resumir-se assim:
(1) Criam que tudo acontecia por acaso.
(2) Criam que a morte era o fim de tudo.
(3) Criam na existência dos deuses, mas que estes estavammuito longe do mundo e que não se preocupavam com ele.
(4) Criam que a principal finalidade do homem devia ser oprazer. Não se referiam ao prazer carnal, mundano e material,tão comum então, mas sim o prazer maior era aquele que nãotrazia consigo a dor.
Havia também os estoicos:
(1) Criam que tudo era literalmente Deus. Este Deus era umespírito veemente. Na matéria se tornava torpe e insensível,mas estava em tudo. O que dava a vida aos homens era umapequena faísca desse espírito que vivia neles, e quandomorriam, ela voltava para Deus.
(2) Criam que tudo estava destinado, já que tudo obedecia àvontade de Deus; e, portanto não deviam preocupar-se com oque acontecia. Era a vontade de Deus e deviaaceitar-se assim.
(3) Criam que a cada tantos anos o mundo se
desintegrava em uma grande conflagração e
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que tudo voltava a repetir-se outra vez.
A PREGAÇÃO DE PAULO (VS 22-34)
Em Atenas, Paulo foi chamado de tagarela, o termo deve sertraduzido como “um pássaro pegando sementes” e se referea alguém que junta vários tipos de ideias e ensina conceitosemprestados de outros como se fossem seus - uma descriçãonada lisonjeira do maior missionário e teólogo da Igreja.
Nessa mensagem, que se parece seu sermão em Listra (14:15-17), Paulo compartilhou quatro verdades fundamentais sobre
Deus:
1-) A Grandeza de Deus – Ele é o Criador (v.24)
Os epicureus, que também eram ateus, diziam que tudo eramatéria e que a matéria sempre havia existido. Os estóicosdiziam que tudo era Deus, o "Espírito do Universo". Na
verdade, Deus não havia criado coisa alguma; apenasorganizara a matéria e lhe conferira certa "lei e ordem".
Mas Paulo afirmou com toda intrepidez: "No princípio, Deus!"Deus fez o mundo e tudo o que nele há, e é Senhor sobre tudoo que criou. Não é um Deus distante, separado da criação;também não é um Deus cativo, preso na criação. É grandedemais para ser contido em templos feitos por mãos humanas
(1Rs 8:27; Is 66:1, 2; At 7:48-50), mas não é grande demaispara se preocupar com as necessidades dos seres humanos (At17:25).
2-) A bondade de Deus: Provedor (v.25)
É Deus quem nos dá aquilo de que precisamos:
"vida, respiração, e tudo mais". Deus é a fonte
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de toda dádiva boa e perfeita (Tg 1:17). Ele nos deu vida esustenta essa vida com sua bondade (Mt 5:45). É a bondade deDeus que deve conduzir os homens ao arrependimento (Rm2:4).
3-) O governo de Deus (vs. 26-29)
Os deuses dos gregos eram seres distantes, que nãodemonstravam qualquer preocupação pelos problemas enecessidades dos homens. Mas o Deus da criação também é oDeus da história e da geografia! Criou a humanidade "de umsó" homem (At 17:26), de modo que todas as nações são feitas
da mesma substância e do mesmo sangue.
Os gregos acreditavam ser uma raça especial e diferente dasoutras nações, mas Paulo afirmou o contrário. Até mesmo aterra preciosa que veneravam era uma dádiva de Deus. Não é opoder humano, mas sim a soberania divina que determina aascensão e queda das nações (Dn 4:35).
Deus não é uma divindade distante: "Não está longe de cadaum de nós" (At 17:27). Assim, os homens devem buscar a Deuse conhecê-lo em verdade.
A essa altura de seu discurso, Paulo citou o poeta Epimênides:"Pois nele vivemos, e nos movemos e existimos". Em seguida,acrescentou as palavras de outros dois poetas, Arato e
Cleantes: "Porque dele também somos geração". Paulo nãodizia que todos na Terra são filhos espirituais de Deus, pois ospecadores tornam-se filhos de Deus somente pela fé em JesusCristo (Jo 1:11-13). Antes, afirmava a "paternidade" de Deusem sentido natural, pois o homem foi criado àimagem de Deus (Gn 1:26). Nesse sentido, Adãoera "filho de Deus" (Lc 3:38).
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4-) A graça de Deus – Salvador (vs. 30-34)
Para os membros do Conselho, a ideia mais difícil de aceitar foia doutrina da ressurreição. Os gregos consideravam o corpoapenas uma prisão e, quanto antes a pessoa deixasse o corpo,mais feliz seria. Por que trazer um corpo morto de volta à vida?E por que Deus se daria o trabalho de julgar pessoalmente? Noentanto, a Doutrina cristã nos ensina sobre a ressurreição docorpo (Fp. 3:21; 1Ts. 4:16-18; 1Co. 15; Lc. 24:39).
A mensagem de Paulo gerou três reações distintas. Algunsriram, escarneceram e não levaram a mensagem de Paulo a
sério. Outros se interessaram, mas quiseram saber maisdetalhes. Um pequeno grupo aceitou a pregação de Paulo, creuem Jesus Cristo e foi salvo. Esperamos que os outros queadiaram sua decisão também tenham crido em Jesus Cristo.